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“Pessoa e poder transcendental no xangô e no pentecostalismo: Aproximações e afastamentos entre o axé que forma o filho de santo e a unção que preenche o crente pentecostal.” A proposta dessa mesa redonda é discutir a constituição da “pessoa” e sua relação com o “poder” no xangô (forma de culto afro-pernambucana) e no pentecostalismo, ou seja, como o poder transcendental constitui a pessoa, tentando apontar semelhanças e diferenças entre o “Axé” e a “Unção” na constituição do fiel para cada religião. Dessa forma, apontamos que nessas religiões o Ser percorre caminhos a fim de tornar-se mais completo. Sendo o xangô uma religião iniciática, os fiéis existem mais ou menos de acordo com o poder que adquirem do “Axé”, sendo este, digamos, transmitido pela comunidade e pelos deuses. No pentecostalismo, discutiremos como o fiel só se torna pessoa a partir do momento em que é cheio da “unção” do Espírito Santo, podendo ser mais ou menos “cheio da unção” a partir do momento em que se engaja na circulação do carisma pentecostal. Tentaremos ainda, de modo inicial, no entanto, levantar questões sobre as relações entre a pessoa no xangô, no pentecostalismo e sua relação com a formação da noção de pessoa ocidental moderna e, a partir daí, tirar conclusões sobre a expansão destas formas de religiosidade. Apresentadores: Cleonardo Mauricio Junior - Doutorando em Antropologia na UFPE. Membro do NERP. Escreveu sua dissertação sobre o processo de construção das subjetividades dos líderes pentecostais. Ligia Gama - Doutoranda em Antropologia na UFPE. Membro do NERP. Desenvolve pesquisa sobre a participação da criança enquanto agente no candomblé. Pedro Germano Mestrando em Antropologia na UFPE. Membro do NERP. Desenvolve pesquisa sobre a noção de pessoa no xangô pernambucano. Debatedor: Amurabi Oliveira - Possui Licenciatura Plena (2007) e Mestrado (2008) em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Campina Grande e Doutorado em Sociologia pela Universidade Federal de Pernambuco (2011). Atualmente é professor do Centro de Educação da Universidade Federal de Alagoas, Campus I, e professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFAL. É pesquisador do NERP e atua principalmente nos seguintes temas: Religiosidades, Nova Era, Novos Movimentos

Pessoa e poder transcendental no xangô e no pentecostalismo

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Page 1: Pessoa e poder transcendental no xangô e no pentecostalismo

“Pessoa e poder transcendental no xangô e no pentecostalismo: Aproximações e

afastamentos entre o axé que forma o filho de santo e a unção que preenche o crente

pentecostal.”

A proposta dessa mesa redonda é discutir a constituição da “pessoa” e sua relação com

o “poder” no xangô (forma de culto afro-pernambucana) e no pentecostalismo, ou seja,

como o poder transcendental constitui a pessoa, tentando apontar semelhanças e

diferenças entre o “Axé” e a “Unção” na constituição do fiel para cada religião.

Dessa forma, apontamos que nessas religiões o Ser percorre caminhos a fim de tornar-se

mais completo. Sendo o xangô uma religião iniciática, os fiéis existem mais ou menos

de acordo com o poder que adquirem do “Axé”, sendo este, digamos, transmitido pela

comunidade e pelos deuses. No pentecostalismo, discutiremos como o fiel só se torna

pessoa a partir do momento em que é cheio da “unção” do Espírito Santo, podendo ser

mais ou menos “cheio da unção” a partir do momento em que se engaja na circulação do

carisma pentecostal. Tentaremos ainda, de modo inicial, no entanto, levantar questões

sobre as relações entre a pessoa no xangô, no pentecostalismo e sua relação com a

formação da noção de pessoa ocidental moderna e, a partir daí, tirar conclusões sobre a

expansão destas formas de religiosidade.

Apresentadores:

Cleonardo Mauricio Junior - Doutorando em Antropologia na UFPE. Membro do

NERP. Escreveu sua dissertação sobre o processo de construção das subjetividades dos

líderes pentecostais.

Ligia Gama - Doutoranda em Antropologia na UFPE. Membro do NERP. Desenvolve

pesquisa sobre a participação da criança enquanto agente no candomblé.

Pedro Germano – Mestrando em Antropologia na UFPE. Membro do NERP.

Desenvolve pesquisa sobre a noção de pessoa no xangô pernambucano.

Debatedor:

Amurabi Oliveira - Possui Licenciatura Plena (2007) e Mestrado (2008) em Ciências

Sociais pela Universidade Federal de Campina Grande e Doutorado em Sociologia pela

Universidade Federal de Pernambuco (2011). Atualmente é professor do Centro de

Educação da Universidade Federal de Alagoas, Campus I, e professor permanente do

Programa de Pós-Graduação em Educação da UFAL. É pesquisador do NERP e atua

principalmente nos seguintes temas: Religiosidades, Nova Era, Novos Movimentos

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Religiosos, Vale do Amanhecer, Educação, Sociologia e Antropologia da Educação,

Ensino de Sociologia, Ensino de Antropologia, Dádiva, Estudos Pós-Coloniais,

Antropologia e Sociologia do Corpo.