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Primeiras experiências etnográficas na Igreja Universal do Reino de Deus Participantes: Adna Cristina Martins Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Alana J. Sá Leitão Braga de Souza Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Danielle Gomes da Costa Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Coordenadora: Alana J. Sá Leitão Braga de Souza Debatedor: Eduardo Gusmão (Universidade Federal de Campina Grande - UFCG). É professor da UFCG e ministra disciplinas de Ciências Sociais junto aos cursos de Psicologia e Enfermagem nesta universidade. Desenvolve pesquisa sobre trajetórias e experiências de mulheres presas. Sua tese, defendida no Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFPE, versou sobre a experiência de conversão de detentos em uma unidade prisional e escreveu artigos sobre a Igreja Universal do Reino de Deus. É pesquisador do NERP. Nos últimos anos o número dos brasileiros que se declaram evangélicos tem crescido de modo continuo. Tal crescimento e a ação desses grupos na sociedade mais ampla foi acompanhado de um crescente interesse de diversos pesquisadores sociais sobre o assunto.Segundo os dados colhidos pelo IBGE (Censo, 2010), a porcentagem dos que se declaram evangélicos saltou de 6,6% para 22,2% nos últimos 30 anos. Entre o grupo de evangélicos, 60% afirmam ser pentecostal. Estes números deixam clara a grandeza da expansão do pentecostalismo no Brasil. A IURD em meio a este grupo destacou-se por seu rápido crescimento - em 10 anos já possuía mais de quinhentos templos em todo o país e havia adquirido a rede Record de televisão - pelo seu uso das mídias visando o proselitismo, e por sua incorporação e demonização de religiões populares. Deste modo, entre os estudos sobre neopentecostalismo que encontramos em nosso programa um número deles tem se debruçado sobre a IURD (ver Campos, 1995; Souza, 2013). Atualmente estudos sobre esta Igreja continuam sendo realizados e debatidos entre os alunos. Entres estes alguns realizaram e realizam seu primeiro trabalho de campo na Igreja Universal do Reino de Deus. Assim propomos a realização de uma mesa redonda com voltada a discutir primeiras experiências etnográficas que tem ou tiveram a IURD como enfoque de pesquisa, o que certamente proporcionou resultados e percepções específicas. Juntamente traremos discussões relacionada a juventude, gênero, liderança carismática, proselitismo e exorcismo vindas de dados colhidos durante estas experiências etnográficas.

Primeiras experiências etnográficas na igreja universal do reino de deus

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Primeiras experiências etnográficas na Igreja Universal do Reino de Deus

Participantes:

Adna Cristina Martins – Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Alana J. Sá Leitão Braga de Souza – Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Danielle Gomes da Costa – Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Coordenadora: Alana J. Sá Leitão Braga de Souza

Debatedor: Eduardo Gusmão (Universidade Federal de Campina Grande - UFCG).

É professor da UFCG e ministra disciplinas de Ciências Sociais junto aos cursos de

Psicologia e Enfermagem nesta universidade. Desenvolve pesquisa sobre trajetórias e

experiências de mulheres presas. Sua tese, defendida no Programa de Pós-Graduação

em Antropologia da UFPE, versou sobre a experiência de conversão de detentos em

uma unidade prisional e escreveu artigos sobre a Igreja Universal do Reino de Deus. É

pesquisador do NERP.

Nos últimos anos o número dos brasileiros que se declaram evangélicos tem crescido de

modo continuo. Tal crescimento e a ação desses grupos na sociedade mais ampla foi

acompanhado de um crescente interesse de diversos pesquisadores sociais sobre o

assunto.Segundo os dados colhidos pelo IBGE (Censo, 2010), a porcentagem dos que se

declaram evangélicos saltou de 6,6% para 22,2% nos últimos 30 anos. Entre o grupo de

evangélicos, 60% afirmam ser pentecostal. Estes números deixam clara a grandeza da

expansão do pentecostalismo no Brasil. A IURD em meio a este grupo destacou-se por

seu rápido crescimento - em 10 anos já possuía mais de quinhentos templos em todo o

país e havia adquirido a rede Record de televisão - pelo seu uso das mídias visando o

proselitismo, e por sua incorporação e demonização de religiões populares.

Deste modo, entre os estudos sobre neopentecostalismo que encontramos em nosso

programa um número deles tem se debruçado sobre a IURD (ver Campos, 1995; Souza,

2013). Atualmente estudos sobre esta Igreja continuam sendo realizados e debatidos

entre os alunos. Entres estes alguns realizaram e realizam seu primeiro trabalho de

campo na Igreja Universal do Reino de Deus.

Assim propomos a realização de uma mesa redonda com voltada a discutir primeiras

experiências etnográficas que tem ou tiveram a IURD como enfoque de pesquisa, o que

certamente proporcionou resultados e percepções específicas. Juntamente traremos

discussões relacionada a juventude, gênero, liderança carismática, proselitismo e

exorcismo vindas de dados colhidos durante estas experiências etnográficas.