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Apostila compilada pela Equipe de Capacitação/MDS/Senarc MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME Secretaria Nacional de Renda de Cidadania Cadastro Único Brasília/2009

Apostila Cadastro Único - Azul

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Apostila compilada pela Equipe de Capacitação/MDS/Senarc

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À

FOME

Secretaria Nacional de Renda de Cidadania

Cadastro Único

Brasília/2009

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Índice

1. Apresentação ...................................................................................................... 3

2. Módulo – Visão Geral sobre o Cadastro Único para Programas Socias ............. 4

2.1 Conceito ......................................................................................................... 4

2.2 Fundamentos legais ...................................................................................... 5

2.3 Responsabilidades e competências.............................................................. 6

2.4 CadÚnico como instrumento de gestão ...................................................... 10

3. Módulo – Processo de Cadastramento ............................................................. 13

3.1 Conceitos iniciais e organização do cadastramento .................................... 13

3.2 Cópias de segurança ................................................................................... 30

3.3 Termo de responsabilidade ......................................................................... 31

3.4 Exclusão de cadastro ................................................................................... 32

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1. Apresentação

A presente apostila tem o objetivo de fornecer subsídios para os estados e

municípios sobre o tema Cadastro Único dos Programas Sociais (CadÚnico).

O CadÚnico é uma importante ferramenta de apoio à ação dos gestores

municipais que atuam na área social, pois além de servir como referência para

diversos programas sociais, permite que os municípios e os estados conheçam

melhor os riscos e as vulnerabilidades aos quais sua população está exposta.

Aqui o leitor encontrará um panorama completo sobre o CadÚnico: conceito,

fundamentação legal, como fazer a gestão do cadastro, os procedimentos para o

cadastramento e para manter o cadastro atualizado e organizado e outras

informações imprescindíveis para a efetividade do processo.

Com o auxílio deste material, que poderá ser utilizado em conjunto com a

apresentação em PowerPoint sobre o tema CadÚnico, disponibilizada no portal do

MDS no endereço eletrônico www.mds.gov.br/bolsafamília, os estados e municípios

estarão mais preparados a realizar seu trabalho. No final desta apostila encontram-se

sugestões de exercícios que poderão auxiliar no desenvolvimento de capacitações.

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2. Módulo – Visão Geral sobre o Cadastro Único para Programas Socias

Este módulo fornece um panorama sobre o Cadastro Único para Programas

Sociais (CadÚnico), os principais conceitos e a legislação que o instituiu e

regulamentou.

Será abordada também a utilização do CadÚnico como um instrumento de

gestão de políticas públicas e serão apresentados os sistemas de indicadores sociais.

2.1 Conceito

O Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) é um instrumento de

identificação e caracterização socioeconômica das famílias brasileiras de baixa renda,

entendidas como aquelas com renda mensal igual ou inferior a ½ salário mínimo por

pessoa ou renda familiar mensal de até três salários mínimos.

2.1.1 Utilização do Cadastro

O CadÚnico é utilizado como mecanismo de seleção de público-alvo para

diversos programas e benefícios sociais, tais como:

• Programa Bolsa Família;

• Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI);

• Tarifa Social de Energia Elétrica;

• Carteira do Idoso;

• ProJovem Adolescente;

• Isenção para pagamento de taxas de concursos públicos;

• Programa Cisternas (em fase de integração).

É importante salientar que o cadastramento não significa a inclusão automática

da família nos programas sociais: a seleção e o atendimento da família por esses

programas ocorrem de acordo com os critérios e procedimentos de cada um deles.

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O CadÚnico constitui uma base de informações que pode ser usada pelos

governos municipais, estaduais e federal para obter o diagnóstico socioeconômico

das famílias cadastradas, possibilitando a análise das suas principais necessidades e

facilitando a formulação e a implementação de políticas públicas capazes de

promover a melhoria da vida dessas famílias.

Esse diagnóstico permite que o poder público convirja suas políticas e

programas para um público-alvo comum, otimizando recursos e potencializando

esforços no sentido de implementar políticas solidárias entre si.

Famílias que não atendem aos recortes de renda estabelecidos também

podem ser incluídas na base de dados do CadÚnico, desde que a sua inclusão esteja

vinculada a algum programa social desenvolvido em âmbito federal, estadual ou

municipal.

2.2 Fundamentos legais É fundamental uma leitura atenta dos instrumentos legais que embasam o

assunto e que se encontram no site do MDS.

Instituído em 2001 o CadÚnico é regulamentado pelo Decreto nº 6.135, de 26

de junho de 2007, e tem sua gestão disciplinada pela Portaria GM/MDS nº 376, de 16

de outubro de 2008.

Ainda em seus fundamentos legais, existem outros documentos que devem ser

consultados para melhor entender o Cadastro Único:

• Lei nº 10.836, de 9 de janeiro de 2004;

• Decreto nº 5.209, de 17 de setembro de 2004;

• Regimento Interno do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à

Fome;

• O MDS disponibiliza também Informes e Instruções Operacionais sobre o

Cadastro Único, que precisam ser conhecidos e entendidos, são eles:

• Os informes nº 62, 99, 104, 105, 113, 116, 121, 126, 132, 134, 136, 137, 139,

140, 149, 150, 153, 160, 161,163, 177, 181 e 182;

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• As Instruções Operacionais nº 12, de 31/02/06, nº 16 reeditada de 26/02/07, nº

19 reeditada de 24/09/07, nº 22 de 25/07/09, nº 24 reeditada de 17/09/08, nº

27, de 22/01/09, nº 28, de 13/02/09 e nº 31 de 17/07/2009.

Esta legislação pode ser encontrada no endereço do Programa Bolsa Família,

no portal do MDS na Internet: http://www.mds.gov.br/bolsafamilia/, conforme abaixo:

2.3 Responsabilidades e competências

As propostas de cooperação e de solidariedade entre os entes federativos que

vem sendo incorporadas na gestão pública brasileira a partir da Constituição Federal

de 1988, também estão presentes no modelo de gestão adotado pelo CadÚnico.

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A gestão do CadÚnico requer a cooperação dos três níveis da federação, que

atuam conjuntamente para cumprir uma responsabilidade que é constitucionalmente

compartilhada: o combate à pobreza e às desigualdades.

Cada esfera de governo – União, estados e municípios – tem

responsabilidades e competências que garantem o bom funcionamento e a correta

utilização dos dados do CadÚnico. Vamos examinar, a seguir, as responsabilidades e

competências de cada esfera.

Compete aos municípios:

• Identificar as famílias que compõem o público-alvo do CadÚnico e registrar

seus dados nos formulários específicos;

• Analisar os dados e zelar pela qualidade das informações coletadas;

• Digitar, em sistema específico, e transmitir os dados das famílias cadastradas,

acompanhando o retorno do processamento pela Caixa (arquivo-retorno);

• Manter atualizada a base de dados municipal do CadÚnico;

• Dispor de infraestrutura e recursos humanos permanentes para a execução

das atividades inerentes à operacionalização do CadÚnico;

• Estimular a utilização dos dados do CadÚnico para o planejamento e gestão de

políticas públicas locais voltadas à população de baixa renda, executadas no

âmbito do governo local;

• Prestar apoio e informações às famílias de baixa renda sobre o CadÚnico; e

• Arquivar os formulários em local adequado por um período mínimo de 5 anos.

Você observou que o município é o protagonista dess e processo?

Este fato se deve pelas suas possibilidades de interlocução direta com a

população e o torna peça-chave para garantir que o cadastro seja alimentado com

informações qualificadas.

E quais são as competências dos Estados?

• Promover, em sua área de abrangência, a utilização do CadÚnico como

ferramenta de planejamento e integração de políticas públicas estaduais

voltadas à população de baixa renda;

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• Coordenar o processo de cadastramento em âmbito estadual;

• Analisar os dados do CadÚnico e verificar as principais necessidades das

famílias;

• Constituir legalmente e com funcionamento regular um colegiado intersetorial

ou uma coordenação, do PBF e do CadÚnico, com pelo menos um

representante de cada uma das seguintes áreas, sem prejuízo de outras: a)

assistência social; b) educação; c) saúde; d) planejamento;

• Contribuir para a ampliação do acesso da população pobre, inclusive indígenas

e quilombolas, à documentação civil, com prioridade para o registro civil de

nascimento;

• Promover atividades de capacitação aos municípios, apoiando-os técnica e

logisticamente;

• Contribuir para a identificação e o cadastramento de populações tradicionais e

específicas;

• Estimular o uso do cadastro pelos programas das demais secretarias estaduais

e dos municípios; e

• Motivar os municípios a manter atualizada a base de dados do Cadastro Único.

Também a Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (Senarc), do Ministério

do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) possui competências

específicas:

• Coordenar, acompanhar e supervisionar, no âmbito federal, a gestão, a

implantação e a execução do CadÚnico;

• Emitir regulamentos e instruções operacionais sobre o CadÚnico, para

subsidiar procedimentos que se verificarem necessários à operacionalização

do mesmo;

• Articular os processos de capacitação de gestores e de outros agentes públicos

envolvidos com a operação do CadÚnico;

• Avaliar a conformidade e qualidade do CadÚnico, definindo estratégias para a

buscar a veracidade e aumentar a qualidade das informações nele registradas;

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• Tornar disponível atendimento aos governos locais para esclarecimentos de

dúvidas referentes ao CadÚnico;

• Estimular o uso do cadastro por outros órgãos do Governo Federal, pelos

estados, Distrito Federal e municípios;

• Disponibilizar para os estados, periodicamente, a base de dados dos

municípios situados em sua área de abrangência;

• Adotar procedimentos de fiscalização e controle, com intuito de detectar falhas

ou irregularidades;

• Autorizar o envio de formulários de cadastramento aos governos locais.

Ainda na esfera federal, o MDS contratou como Agente Operador do CadÚnico

a Caixa Econômica Federal (CAIXA), que tem as seguintes atribuições.:

• Fornecer e remeter os formulários utilizados para o cadastramento das

famílias, mediante autorização do MDS;

• Desenvolver, sob supervisão do MDS, os aplicativos necessários à digitação e

à transmissão dos dados cadastrais;

• Processar os cadastros enviados pelos municípios, identificando e atribuindo o

Número de Identificação Social (NIS) para as pessoas cadastradas;

• Capacitar gestores e técnicos no sistema operacional, mediante autorização do

MDS;

• Manter atendimento operacional e suporte técnico próximo aos municípios.

Você percebeu que a gestão do CadÚnico se baseia no compartilhamento de

esforços e na distribuição de responsabilidades entre os entes da federação? Todos

desempenham funções estratégicas, atendendo ao princípio da cooperação

federativa, consagrada pela Constituição Federal de 1988.

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2.4 CadÚnico como instrumento de gestão O processo de gestão do CadÚnico consiste em um conjunto articulado de

procedimentos, técnicas e capacidades utilizado para registrar e manter atualizadas

as informações pertinentes às famílias brasileiras em situação de pobreza.

Acompanhe as etapas a serem seguidas pelos municípios no quadro abaixo:

Nº ETAPAS DO PROCESSO DE GESTÃO DO CADASTRO ÚNICO

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Planejamento do cadastramento:

1.1 – Identificar, localizar e estimar a população a ser incluída no CadÚnico, tomando como referência a estimativa de famílias pobres disponibilizada pelo MDS; 1.2 - Definir : -- os procedimentos de coleta de dados a serem utilizados (visita domiciliar, posto de atendimento, mutirões ou todos); -- a infraestrutura e os recursos humanos necessários; e -- como será realizada a digitação e a transmissão dos dados coletados.

2 2.1 - Solicitar ao MDS o quantitativo de formulários necessários com, no mínimo 20 dias de antecedência de sua utilização com base na estimativa de cadastramento. Para a inclusão de famílias, deve-se utilizar o Caderno Azul . Para a atualização cadastral, deve-se utilizar o formulário avulso de identificação do domicílio e da família e/ou o formulário avulso de identificação da pessoa. É importante que o Município deixe claro, no pedido enviado ao MDS, as quantidades e os tipos de formulários requeridos. Os formulários devem ser solicitados por meio do Si stema de Atendimento e Solicitação de Formulários – SASF. Link: (http://aplicacoes2.mds.gov.br/senarc/ ) ou diretamente no site do MDS.

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3.1 - O MDS autoriza a solicitação feita.

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A CAIXA tem o prazo de 20 dias para postar os formu lários ao

Município.

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De posse dos formulários os municípios devem:

4.1 - Capacitar os entrevistadores sobre a coleta de dados (informando-lhes sobre a importância de abordar adequadamente a família, os campos do formulário de preenchimento obrigatório e os procedimentos corretos de preenchimento dos formulários – em letra de forma, com um espaço entre as palavras etc.. Este é um trabalho fundamental para que a qualidade do cadastro seja g arantida .).

5 5.1 - Coleta r as informações por meio de visitas domiciliares e/ou postos de atendimento e mutirões.

6 6.1 - Digitar as informações coletadas na versão mais atual do Aplicativo de Entrada e Manutenção de Dados do Cadastro Único (aplicativo offline); 6.2 - Extrair os arquivos; e 6.3 - Transmitir à CAIXA por meio do Aplicativo Conectividade Social.

7 7.1 – Processamento pela CAIXA d os dados recebidos;

7.2 – Atribuição de um Número de Identificação Social – NIS a cada pessoa efetivamente inserida no cadastro; 7.3 – Envio, pela CAIXA do Arquivo-Retorno aos municípios, informando os cadastros processados com êxito e aqueles que apresentaram problemas, ou seja, foram rejeitados.

8 8.1 - Importar o Arquivo -Retorno no aplicativo offline, incorporando o resultado do processamento à sua base de dados. Caso algum cadastro familiar tenha sido rejeitado, deve-se proceder a correção do erro apontado pelo Arquivo-Retorno e realizar novamente os procedimentos necessários à transmissão do domicílio à base nacional.

9 9.1 - Arquiv ar os formulários para preservação em bom estado durante cinco anos, período em que esses documentos deverão estar disponíveis para as eventuais auditorias que acontecerem. Uma boa idéia é organizar os formulários por ordem alfabética ou por

bairros

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10 10.1 - A CAIXA mensalmente extrai um espelho da base e envia à Senarc/MDS.

11 11.1 – A Senarc/MDS processa a base recebida, valida cadastros, avalia a consistência da base, gera indicadores e resultados de auditoria e atualiza as regras e procedimentos para a gestão do CadÚnico .

12 12.1 - A Senarc /MDS, após validar os cadastros recebidos e identificar cadastros atualizados, calcula o pagamento do IGD, repassado mensalmente aos municípios.

Atenção!

Estas etapas devem ser minuciosamente observadas, pois as funções de

cadastramento e atualização, executadas pelo município são especialmente

importantes, por quê:

• As informações geradas pelo CadÚnico permitirão melhor compreensão e

análise dos problemas e potencialidades das famílias em situação de pobreza;

e

• O município é o principal responsável pela qualidade e veracidade dos dados

inseridos no CadÚnico.

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3. Módulo – Processo de Cadastramento

Neste módulo você conhecerá todas as fases envolvidas no processo de

cadastramento das famílias, inclusive de povos e comunidades tradicionais e da

população em situação de rua.

3.1 Conceitos iniciais e organização do cadastramen to

O processo de cadastramento é um conjunto de procedimentos planejados e

executados de forma precisa e que necessita ser permanentemente atualizado, para

que seja um instrumento eficaz para a identificação das diferentes dimensões da

pobreza e da vulnerabilidade social no município.

Outros conceitos importantes como família, domicílio, renda familiar mensal e

responsável pela unidade familiar são importantes nesse contexto:

• Família: é a unidade nuclear composta por um ou mais indivíduos,

eventualmente ampliada por outros indivíduos, que com ela possuam relações

de parentesco ou de afinidade, residente em um mesmo domicílio, que se

mantenha pela contribuição dos seus membros.

• Domicílio: é o local que serve de moradia à família.

• Renda familiar mensal: é a soma dos rendimentos brutos (sem deduções ou

descontos) recebidos pelos membros da família. Não devem ser incluídos no

cálculo da renda familiar os valores recebidos dos seguintes programas:

Programa de Erradicação do Trabalho Infantil; Programa Agente Jovem de

Desenvolvimento Social e Humano; Programa Bolsa Família e os programas

remanescentes nele unificados; Programa Nacional de Inclusão do Jovem;

Seguro-desemprego; Auxílio emergencial financeiro e outros programas de

transferência de renda destinados à população atingida por desastres,

residente em municípios em estado de calamidade pública ou situação de

emergência e demais programas de transferência condicionada de renda,

implementados por estados, Distrito Federal ou municípios.

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Atenção!

Vale mencionar que o Benefício de Prestação Continuada (BPC), aposentadorias,

pensões e outros benefícios previdenciários devem ser considerados como parte

integrante da renda da família.

A renda familiar por pessoa (per capita) corresponde à soma dos rendi-

mentos brutos divididos pelo número de membros da família

• Responsável pela Unidade Familiar (RF): antes conhecido como responsável

legal, é um membro da família, que com ela reside em um mesmo domicílio,

com idade igual ou superior a dezesseis anos e, preferencialmente, mulher.

Definidos os conceitos,é importante lembrar que o processo de cadastramento

das famílias é definido pela Portaria nº 376/08 e engloba as seguintes fases e

atividades:

• Identificação das famílias que compõem o público-alvo;

• Coleta e registro de dados nos formulários específicos;

• Inclusão de dados no sistema de cadastramento e transmissão dos dados das

famílias cadastradas para o banco de dados nacional;

• Acompanhamento do retorno do processamento pela Caixa Econômica Federal

(CAIXA);

• Manutenção de dados: alteração, atualização e confirmação dos registros

cadastrais.

Também são considerados parte do processo de cadastramento

procedimentos como digitação dos dados coletados, extração do cadastro das

famílias, transmissão de dados por meio do aplicativo, processamento dos cadastros

na base nacional, incorporação do arquivo retorno pelo município, entre outras

atividades.

Veremos a seguir, os procedimentos necessários para atender cada uma

dessas fases.

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3.1.1 Identificação das famílias que compõem o públ ico- alvo

A primeira etapa no processo de cadastramento é a identificação das famílias

que compõem o público-alvo do CadÚnico pelo município, antes de organizar as

atividades referentes à coleta de dados, ou seja, as famílias pobres que possuem:

• Renda familiar per capita até meio salário mínimo; ou

• Renda familiar total até três salários mínimos.

Há uma estimativa de famílias pobres utilizada pelo MDS, calculada com base

na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar – IBGE), e cada município pode

conhecer a sua acessando o site do MDS.

Para identificar e localizar as famílias em situação de pobreza, é recomendado

criar estratégias para sua localização, dentre as quais as visitas domiciliares ou os

postos de atendimento.

• Visita domiciliar: é a forma mais indicada para que o cadastramento tenha um

alcance social maior e consiga chegar aos mais pobres dentre os pobres. Isto

acontece porque a visita domiciliar não implica em custos de deslocamento

para as famílias de baixa renda. A visita domiciliar possibilita obter das famílias

informações mais próximas da realidade, quanto à renda declarada, às

condições habitacionais e o acesso aos serviços públicos

• Postos de atendimento: constituem uma alternativa mais barata para o

município. No entanto, os problemas que se relacionam aos custos de

deslocamento e o limitado acesso aos meios de informação por parte das

famílias podem fazer com que a população mais vulnerável não busque este

tipo de atendimento, sobretudo se tais postos forem instalados em locais

distantes das áreas de concentração de pobreza.

Assim, o levantamento preliminar de informações é imprescindível para os

municípios que utilizam unidades de atendimento, pois os dados sobre concentração

territorial da pobreza é que permitirão identificar a localização mais adequada para

os postos a serem implantados.

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De qualquer forma, recomenda-se que municípios com pouca capacidade de

viabilizar visitas domiciliares combinem as duas formas de cadastramento, realizando

visitas aos domicílios situados nas regiões de alta concentração de pobreza e

montando postos de atendimento em locais socialmente mais diversificados e com

maior fluxo de pessoas. É importante, ainda, uma ampla divulgação destes postos

junto à população.

O município deve ter atenção especial se em seu território existirem famílias

indígenas e famílias quilombolas. O cadastramento dessas famílias, por meio de

busca ativa, deve ser priorizado pelo município em razão das vulnerabilidades

históricas dessas famílias. Ações de cadastramento, por meio de abordagens

específicas, também devem ser feitas pelo município quando houver entre seus

habitantes, pessoas em situação de rua.

Povos indígenas e comunidades quilombolas pertencem a um grupo mais

amplo denominado Povos e Comunidades Tradicionais, cujo conceito se encontra

abaixo:

Povos e comunidades tradicionais são grupos culturalmente diferenciados e

que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social,

que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua

reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando

conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição. (Decreto

no 6.040 de 7 de fevereiro de 2007).

Sobre o seu cadastramento há pontos importantes a considerar:

• Todos povos e comunidades tradicionais podem ser inseridos no CadÚnico,

uma vez que preencham os critérios de renda. Entretanto, somente famílias

indígenas e quilombolas são identificadas como tais no CadÚnico;

• Famílias indígenas e quilombolas são públicos preferenciais no processo de

cadastramento e para a concessão do benefício do PBF;

• Para o MDS a identificação de famílias indígenas e quilombolas ocorre por

intermédio da autodeclaração, ou seja, se uma família se declarar como

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indígena (ou quilombola) esse fato é considerado suficiente para que ela seja

assim identificada nos formulários do CadÚnico;

• No processo de cadastramento devem ser utilizados os recursos dos estados

(IGDE), busca ativa, capacitação pelas instâncias governamentais (municipais

e estaduais), emissão de documentação civil básica, priorizando ações

intersetoriais entre FUNAI, FUNASA, SEPPIR, INCRA, SEDH e Ministério

Público;

• Indígenas e quilombolas estão dispensados da apresentação do CPF e título

de eleitor, caso possuam algum outro documento de identificação reconhecido

nacionalmente;

• Em relação aos indígenas, o RANI (Registro Administrativo de Nascimento do

Indígena) é aceito como documento de identificação;

• Para os quilombolas aceita-se outro documento civil, como a Certidão de

Nascimento;

• Famílias indígenas e quilombolas seguem as mesmas regras que os demais

em relação às condicionalidades, Entretanto, a Senarc poderá considerar as

particularidades desses segmentos populacionais, conforme Portaria 321, de

29/09/2008.

Famílias Indígenas

População Indígena Urbana X População Indígena em Terra Indígena (TI).

Como mencionado anteriomente, não há a necessidade de se habitar em uma

terra indígena para ser considerado indígena, uma vez que a identificação ocorre por

meio da autodeclaração. Entretanto, existem especificidades no cadastramento de

famílias que habitam Terras Indígenas:

• Desenvolvimento de pactuação com instituições que trabalham com esses

segmentos sociais para apoio do processo de cadastramento;

• Necessidade de consulta prévia às etnias (Convenção 169 OIT);

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• Verificação da adequabilidade do PBF para famílias que habitam Terras

Indígenas (utilizar informações contidas no Mapa da Fome entre os povos

indígenas).

Famílias Quilombolas

É importante ressaltar que não há a necessidade de titulação do território da

comunidade quilombola pelo Incra para que as famílias sejam consideradas

quilombolas, uma vez que o critério para tanto é a autodeclaração.

Comunidades Quilombolas

O acesso às famílias quilombolas deve iniciar com a localização geográfica das

comunidades. Para facilitar essa localização, o MDS disponibiliza levantamento

nacional de comunidades quilombolas contendo informações que precisam ser

verificadas e atualizadas pelos municípios.

De maneira análoga às famílias indígenas, para o cadastramento de famílias

quilombolas também é recomendável o estabelecimento de parcerias com outras

instituições que trabalham com esse segmento social como o Incra, Secretarias

Estaduais de Promoção da Igualdade Racial, etc.

Pessoas em Situação de Rua

As pessoas em situação de rua devem receber tratamento diferenciado.

São consideradas pessoas em situação de rua aquelas cujos vínculos

familiares foram interrompidos ou fragilizados e que não possuem moradia

convencional regular, habitando, logradouro públicos (ruas, praças, jardins, canteiros,

marquises e sob viadutos) e áreas degradadas (dos prédios abandonados, ruínas,

cemitérios e carcaças de veículos), fazendo destes locais seu espaço de moradia e

sustento, temporária ou permanente, podendo utilizar albergues para pernoitar,

abrigos, casas de acolhida temporária ou moradias provisórias.

É importante diferenciar pessoas/famílias em situação de rua de

pessoas/famílias abrigadas. De um modo mais simples, pessoas em situação de rua

são pessoas que de fato que “moram” na rua, podendo dormir em abrigos ou outras

instituições de acolhimento. As pessoas/famílias que vivem em abrigos ou qualquer

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outra instituição de acolhimento fazem parte de outro conceito, o de famílias

abrigadas.

Sobre o cadastramento de pessoas em situação de rua, alguns pontos devem

ser observados:

• Não deve ser feito na rua;

• Utilização de equipe qualificada de abordagem;

• O endereço deve ser o do equipamento de assistência social ou instituição de

acolhimento.

3.1.2 Coleta de dados

Como já foi abordado anteriormente, a coleta dos dados das famílias deve ser

realizada, preferencialmente, por meio de visitas domiciliares.

Ao coletar as informações na residência, o entrevistador tem melhores

condições de observar a situação da família, contribuindo não só para evitar possíveis

fraudes, mas principalmente para se certificar de que as famílias mais pobres do

município tenham sido inscritas no CadÚnico.

Quando a visita domiciliar for operacional ou economicamente inviável a

Prefeitura pode organizar o cadastramento por demanda da população, por meio de

outros procedimentos de coleta de dados, tais como:

• Postos de coletas com infraestrutura mínima, necessária e adequada ao

atendimento preferencial a gestantes, idosos e pessoas com deficiência;

• Posto itinerante, para atendimento de demandas pontuais.

Nestes casos, os locais e os horários em que serão realizados o

cadastramento devem ser divulgados com antecedência, de modo a garantir que as

famílias tenham acesso a essas informações.

Conforme determina a Portaria GM/MDS nº 376/08, caso o município opte pela

coleta de dados por meio de postos de atendimento ou outros procedimentos, pelo

menos 20% dos cadastros das famílias deverão, obrigatoriamente, ser avaliados por

meio de visitas domiciliares.

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3.1.2.1 Procedimentos para coleta de dados

O procedimento de coleta de dados pode ser realizado de duas maneiras:

• Preenchendo o formulário específico de cadastramento ou,

• Preenchendo os dados diretamente no Aplicativo de Entrada e Manutenção de

Dados do CadÚnico, também conhecido como Aplicativo offline.

Antes de iniciar a coleta de dados, o município deve obter os formulários de

cadastramento, por meio do:

• Sasf (Sistema de Acompanhamento e Solicitação de Formulários), disponível

no link http://aplicacoes2.mds.gov.br/senarc/ ;

• Site do MDS (www.mds.gov.br, ver Informe nº160).

Nos casos de preenchimento dos dados diretamente no Aplicativo offline, o

formulário deverá ser impresso após a inclusão dos dados para que seja assinado

pelo entrevistado, pelo entrevistador e pelo responsável pelo cadastramento.

O formulário principal, conhecido como Caderno Azul , para incluir novas

famílias no CadÚnico, traz impresso o código domiciliar que é atribuído a cada família.

É preciso prestar muita atenção para este código inscrito no canto superior direito do

Caderno Azul, pois este é o número que irá identificar a família cadastrada no banco

de dados municipal do Cadúnico.

No ato do cadastramento cada pessoa deve ser cadastrada em somente uma

família, e cada formulário identifica apenas uma família.

É importante registrar que o Caderno Azul deve ser utilizado apenas para

inclusão de novas famílias no CadÚnico, não sendo utilizado para atualização de

informações de famílias já cadastradas.

O Caderno Azul é composto por:

• 01 formulário de "Identificação do Domicílio e da Família”;

• 05 formulários de "Identificação da Pessoa”; e,

• 02 formulários de "Identificação do Agricultor Familiar".

A seguir vamos conhecer as características de cada um:

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Formulário de "Identificação do Domicílio e da Família”:

• Identifica o local e as características do domicílio e de seus residentes; no

Caderno Azul, essa folha é única e identifica o domicílio por meio dos dados

inseridos pelo entrevistador e relaciona com o código domiciliar que já vem

impresso no formulário (na parte superior do lado direito).

• Endereço;

• Características do domicílio (tipo de localidade; número de cômodos; tipo de

domicílio, situação, tipo de construção, tipo e tratamento da água, esgoto e lixo,

tipo de iluminação, quantidade de pessoas, de gestantes, de mães

amamentando, de deficientes físicos, se é família situação de rua).

Formulário de "Identificação da Pessoa”:

Nesse formulário serão coletadas as informações de cada membro da família.

Fique atento, pois o Caderno Azul atende a famílias com até cinco pessoas.

Nos casos de famílias com mais de cinco pessoas em sua composição, as demais

devem ser cadastradas em formulários de identificação avulsos, os quais devem ser

anexados ao Caderno Azul.

As principais informações coletadas nesse formulário:

• Informações pessoais (nome completo, data de nascimento, sexo, estado civil,

nacionalidade, etc.);

• Documentos;

• Qualificação escolar;

• Qualificação profissional (situação no mercado de trabalho, rendimentos);

• Características da família (tempo de moradia);

• Despesas familiares (aluguel, transporte, alimentação e outros);

• Relação familiar (parentesco em relação a mãe ou responsável legal da

família, se tem criança de 0 a 6 anos e com quem fica, etc.);

• Participação em algum programa do Governo Federal ou recebimento de

algum benefício social;

Page 22: Apostila Cadastro Único - Azul

22

• É importante ressaltar que a identificação das pessoas/famílias indígenas

ocorre pela marcação da opção 5 “Indígena” do quesito 215 “Raça/Cor” do

formulário de identificação da pessoa.

Formulário de "Identificação do Agricultor Familiar“:

O formulário de identificação do agricultor familiar é utilizado para atualizar

informações das pessoas da família que trabalham na agricultura, pesca artesanal,

extrativismo vegetal, fruticultura, entre outros. É por meio deste formulário que as

famílias quilombolas são identificadas como tais, de acordo com padrão de

preenchimento específico definido pelo MDS (veja mais informações em

http://www.mds.gov.br/bolsafamilia/cadastro_unico/cadastramento-de-povos-e-

comunidades-tradicionais).

É importante ressaltar que o padrão de preenchimento para a identificação de

famílias quilombolas por meio do Formulário do Agricultor Familiar deve ser seguido

uma vez que os campos têm preenchimento obrigatório e a ausência de informação

em quaisquer dos campos impede o fechamento do formulário.

Vale lembrar que a identificação de famílias quilombolas por meio do

Formulário do Agricultor Familiar complementa as informações do Formulário de

Identificação da Pessoa e do Formulário de Identificação do Domicílio e da Família.

As principais informações coletadas nesse formulário:

• Identificação do beneficiário (Nome e apelido do agricultor);

• Organização social a que pertence;

• Estrutura da atividade agropecuária (localização do domicilio, condição de

posse e uso da terra, caracterização da atividade, área do estabelecimento;

• Força de trabalho além da familiar (se contrata empregados eventuais, o

numero de empregados permanentes contratados, a natureza da

administração do estabelecimento);

• Composição da renda bruta familiar anual (o ano agrícola, as perdas na

produção agropecuária, a renda bruta das atividades agropecuárias, a renda

bruta de atividades não agropecuárias).

Page 23: Apostila Cadastro Único - Azul

23

Observações importantes:

A introdução da versão 6.05 do Aplicativo de Entrada e Manutenção de Dados

do CadÚnico possibilitou a coleta de outras informações como a identificação de:

• Pessoas resgatadas de condição de trabalho escravo;

• Famílias em situação de rua (campo 226);

• Jovens que participam do Programa Juventude Cidadã e,

• Famílias beneficiárias de outros programas federais.

Ressalte-se que os campos relativos a essas informações foram inseridos

apenas no Aplicativo offline e não constam no Caderno Azul.

O entrevistador deverá registrar os dados adicionais em instrumento próprio

definido pelo município e anexá-lo ao Caderno Azul, para que as informações estejam

disponíveis também em formulários físicos.

A Instrução Operacional Senarc/MDS nº 20, de 14 de dezembro de 2007 traz

todas as orientações e mais informações sobre os novos campos inseridos,

destacando orientações para preenchimento.

3.1.2.2 O Cadastramento

O município deve treinar os entrevistadores, ou seja, as pessoas que irão

efetuar o cadastramento das famílias, após receber os formulários, por meio do

material disponibilizado pelo MDS.

Além disso, deve-se estar atento a conceitos importantes para o CadÚnico,

como o de Família, Domicílio e Responsável pela Unidade Familiar, e outros previstos

no Decreto nº 6.135/07 e na Portaria nº 376/08.

Os entrevistadores devem ser orientados a preencher o formulário com o

máximo de cuidado, seguindo as instruções contidas no material específico, e a

registrar as informações de, pelo menos, um documento de numeração única nacional

(CPF ou Título de Eleitor) para o Responsável pela Unidade Familiar, que deve ser

maior de 16 anos.

Page 24: Apostila Cadastro Único - Azul

24

Para os demais membros da família, basta a apresentação da Certidão de

Nascimento, Certidão de Casamento ou de outro documento de identificação previsto

no formulário (RG ou CTPS).

O registro do documento de padronização nacional para o Responsável pela

Unidade Familiar é de extrema importância para evitar multiplicidades cadastrais, e

para que o cadastro do domicílio seja considerado válido depois de transmitido para a

base nacional do CadÚnico.

Como já foi abordado anteriormente, às comunidades quilombolas e famílias

indígenas é dispensada a obrigatoriedade de apresentação, para o Responsável pela

Unidade Familiar, do CPF ou Título de Eleitor, sendo suficiente a apresentação de

qualquer outro documento de identificação.

No caso de povos indígenas, será aceita a Certidão Administrativa de

Nascimento do Indígena (RANI), expedida pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI),

caso o indígena não possua nenhum outro documento de identificação;

Se o Responsável pela Unidade Familiar possuir o CPF ou o Título de Eleitor,

esses documentos devem ser registrados.

Para todos os casos, se a família possuir membros que não tenham nenhum

tipo de documento de identificação, recomenda-se que o município articule ação

específica com os órgãos locais responsáveis pela emissão de documentos,

solicitando à Coordenação Estadual do CadÚnico e do Programa Bolsa Família apoio

para a implementação de atividades voltadas para a documentação dessas pessoas

para posterior inclusão no CadÚnico.

Principais dúvidas no preenchimento do formulário

A diversidade de situações encontradas torna difícil o preenchimento de alguns

campos dos formulários. A variedade de arranjos familiares e a precariedade da

urbanização em certas localidades, por exemplo, são alguns dos fatores que geram

situações difíceis de serem enquadradas dentro dos padrões definidos pelo Cadastro

Único.

Page 25: Apostila Cadastro Único - Azul

25

Algumas delas já foram identificadas, o que permitiu a elaboração de soluções

padronizadas. Vamos a elas:

• As famílias, que mantenham residência fixa em habitação sem Código de

Endereçamento Postal (CEP), deverão ser incluídas no Cadastro Único com a

utilização do CEP de referência mais próximo à sua residência. Vale relembrar

que a precisão das informações sobre endereço é fundamental para o

Cadastro Único;

• A pessoa que viver em famílias diferentes, alternando de domicílio, deverá ser

incluída no cadastro da família cujo Responsável pela Unidade Familiar tem o

grau de parentesco mais próximo;

• As crianças e adolescentes em situação de abrigo poderão ser incluídas no

cadastro de seus pais ou responsáveis legais, desde que tenham um parecer

da assistência social ou conselho tutelar do município (referendado pelo gestor

do Cadastro Único), afirmando que os pais ou responsáveis legais apresentam

condições para a reintegração da criança e a inclusão da família em algum dos

programas usuários do CadÚnico pode contribuir para reintegração familiar da

criança.

• Nas famílias cujas crianças e/ou adolescentes estão envolvidos em qualquer

situação de trabalho, as atividades exercidas por estes devem ser informadas

no campo 270 do formulário.

Dicas importantes!

Cuidados no manuseio e preenchimento caderno:

• Não dobre e nem amasse os cadernos;

• Não destaque as folhas;

• Escreva com letra legível e com caneta;

• Respeite os limites dos campos a serem preenchidos;

• Para corrigir uma anotação de qualquer natureza não deixe marcas que

possam confundir a leitura;

Page 26: Apostila Cadastro Único - Azul

26

• Deve-se evitar abreviar o nome da pessoa ou filiação. No entanto, se houver

falta de espaço no formulário, manter sempre o primeiro e o último nome,

abreviando os nomes intermediários.

Uma vez finalizados os processos de coleta, deve-se partir para as ações finais

de cadastramento que dependem, em grande parte, dos recursos humanos e técnicos

da área de informática.

A conclusão do cadastramento das famílias pode ser dividida em duas etapas:

• Digitação e transmissão das informações das famílias por parte dos municípios

e processamento dos cadastros na base nacional; e

• Importação do arquivo-retorno, mecanismo a partir do qual se incorpora o

processamento realizado em âmbito nacional à base de dados do município.

Essas atividades são realizadas por meio do Aplicativo de Entrada e Manutenção

de Dados do CadÚnico – Aplicativo offline e o Programa Conectividade Social ,

conforme serão detalhados a seguir.

Veja como se faz para baixar estes aplicativos. Sig a o passo a passo.

• Vá ao site da Caixa: www.caixa.gov.br;

• Selecione a opção governo, localizado no canto superior direito da tela;

• Em seguida, clique em cadastramento único. Nesta tela, na parte superior

central, clique em documentos para download. É exibida a tela de documentos

para download.

3.1.3 Inclusão de dados

De posse dos cadernos e respectivos formulários preenchidos, as informações

coletadas pelos entrevistadores devem ser digitadas no Aplicativo de Entrada e

Manutenção de Dados do Cadastro Único - Aplicativo offline, que está em constante

processo de atualização e aperfeiçoamento.

Esse instrumento permite incluir, alterar ou excluir prefeituras, domicílios ou

pessoas. Este software possibilita também extrair e importar arquivos para troca e

Page 27: Apostila Cadastro Único - Azul

27

atualização de dados entre os municípios e o Governo Federal, além de outras ações

relacionadas à manutenção e ao gerenciamento da base de dados.

3.1.4 Transmissão de dados

Após serem digitados, os dados da família devem ser extraídos e transmitidos

à CAIXA, por meio de um programa chamado Conectividade Social, disponível no site

da CAIXA. Esse programa permite transmitir as informações digitadas pelo município

para a base de dados nacional do Cadastro Único, abrigada na CAIXA e replicada no

MDS. É por meio deste aplicativo que o município recebe o arquivo-retorno.

Só podem ser transmitidos os domicílios que estiverem em situação “Fechado”,

ou seja, aqueles em que as informações foram corretamente registradas na base de

dados municipal.

É importante ter atenção especial ao preenchimento dos campos obrigatórios,

e para os quais foi apresentado o CPF ou Título de Eleitor para o Responsável pela

Unidade Familiar, à exceção das famílias indígenas e comunidades quilombolas.

O arquivo transmitido é processado e o sistema vai checar as informações em

nível nacional, para garantir a integridade dos dados e não permitir a duplicidade de

cadastramento de pessoas.

3.1.5 Retorno do processamento

No prazo de 48 horas, a CAIXA disponibilizará ao município, também por meio

do Conectividade Social, o resultado do processamento dos arquivos recebidos,

conhecido como “arquivo-retorno”, com os cadastros que foram integrados à base

nacional e a indicação daqueles que não o foram, juntamente com o respectivo

motivo.

O município deve importar o arquivo-retorno no Aplicativo offline, para que as

informações processadas na base nacional sejam incorporadas e atualizadas na base

municipal.

Page 28: Apostila Cadastro Único - Azul

28

Somente após a importação do arquivo-retorno o município obterá as

informações referentes à situação cadastral do domicílio, sabendo se o cadastro da

família está processado e ativo, se foi rejeitado ou se tem mensagens de erro e alerta.

O arquivo-retorno contém todos os domicílios enviados, os quais podem estar

em duas situações:

• Processado: todos os dados estão corretos e não apresentaram problemas em

relação à base nacional; e

• Rejeitado: cadastros que apresentaram problemas e cujas informações não

foram incorporadas à base de dados nacional.

Os cadastros rejeitados devem ser tratados por meio da correção do erro

apontado pelo arquivo-retorno.

Para auxiliar esse procedimento, há disponível no site da CAIXA o “Manual de

Mensagens de Rejeições” que relaciona os tipos de erros e descreve o tratamento

que deverá ser realizado pelo município para cada caso.

Após o tratamento do cadastro, deve-se realizar novamente os procedimentos

necessários à transmissão do domicílio à base nacional. É importante que o município

mantenha controle e arquive os protocolos de transmissão, relatórios de arquivos

extraídos e arquivo-retorno.

Para cada componente da família dos cadastros processados e ativos será

atribuído o Número de Identificação Social (NIS), de caráter único, pessoal e

intransferível.

O gestor deve ficar atento ao preenchimento dos seguintes campos que, dentre

outros, são necessários para a atribuição do NIS:

• Nome completo da pessoa;

• Data de nascimento;

• Nome da mãe;

• Município de nascimento; e

• Documento de identificação.

Page 29: Apostila Cadastro Único - Azul

29

Uma vez incorporados à base nacional, esses dados são utilizados para

selecionar as famílias para o PBF ou outros programas sociais, considerando os

critérios de elegibilidade de cada um deles.

Além de inserir os dados das famílias na base local, os municípios devem

realizar constantemente a manutenção da base de dados local.

3.1.6 Manutenção da base de dados

A manutenção da base de dados local implica na verificação de todas as

informações contidas no cadastro da família, por meio dos procedimentos de:

• Atualização e,

• Revalidação dos registros cadastrais.

Esses procedimentos visam assegurar a unicidade, completeza e atualidade

desses registros.

3.1.6.1 Atualização cadastral

A atualização cadastral é o processo necessário a ser realizado sempre que

houver modificações na composição das famílias, condição socioeconômica ou

mudança de residência. Cada cadastro deve ser atualizado em um prazo máximo de

24 meses, contando a partir da data de inclusão ou última atualização.

Para a atualização de informações de famílias já cadastradas e do domicílio,

deverão ser utilizados os Formulários Avulsos de:

• Identificação do domicílio e da família e,

• Identificação da pessoa.

O município deve resgatar o Formulário Principal de cadastramento (Caderno

Azul) e procurar as famílias cadastradas, registrando as informações nos Formulários

Avulsos e transcrevendo neles o mesmo código domiciliar existente no Formulário

Principal.

Page 30: Apostila Cadastro Único - Azul

30

É importante notar que tanto os formulários originais quanto os utilizados para

a atualização cadastral devem ser arquivados pelo prazo de cinco anos, em

condições de boa guarda e manuseio.

3.1.6.2 Revalidação dos dados

A revalidação cadastral é entendida como a confirmação das informações do

cadastro das famílias que, após o transcurso do prazo de dois anos da data de

inclusão ou da última atualização, mantiverem inalteradas as informações previstas

no artigo anterior. A revalidação de cadastros produzirá os mesmos efeitos que a

atualização cadastral.

3.2 Cópias de segurança

Os municípios devem realizar periodicamente cópias de segurança (backups),

da base de dados local que devem estar atualizadas e armazenas em computadores

diferentes. Essas cópias devem ser feitas em CD, DVD ou qualquer outro dispositivo

que garanta restauração, caso ocorra algum problema com o computador onde está

instalado o Aplicativo do CadÚnico.

Quando o município tiver algum problema de ordem tecnológica ou operacional

com a sua base municipal, ele poderá solicitar uma base gerada a partir da base

nacional, conhecida por arquivo Base Caixa.

Entretanto, a Base Caixa só deve ser utilizada nos casos em que o município

perdeu todos ou parte dos dados das famílias cadastradas e não tem como recuperá-

los.

3.2.1 Solicitação da Base Caixa

Para solicitar a Base Caixa o gestor municipal deve enviar um ofício ao MDS,

com as devidas justificativas, conforme orientações da Instrução Operacional nº 19

(revisada), e Informe nº 132;

Page 31: Apostila Cadastro Único - Azul

31

O ofício deve ser feito em papel timbrado da prefeitura, assinado pelo gestor

municipal do CadÚnico e PBF e conter a justificativa detalhada do motivo que gerou a

necessidade do arquivo Base Caxa, especificando como ocorreu a perda total ou

parcial da base de dados municipal.

3.3 Termo de responsabilidade

A qualquer momento o governo local e o MDS poderão adotar medidas de

controle e prevenção de fraudes ou inconsistências cadastrais, conforme previsto no

art. 5º, VIII e art. 8º, VIII da Portaria 376 de 20/10/2008, a fim de averiguar a

veracidade e aumentar a qualidade das informações do CadÚnico. Nos casos em que

houver evidências de omissão de informações ou de prestação de informações

inverídicas pela família, o Responsável pela Unidade Familiar deverá assinar termo

específico que se encontra no anexo da Instrução Operacional nº 24 SENARC/MDS

reeditada em 17 de setembro de 2008, por meio do qual assume a responsabilidade

pela veracidade das informações coletadas, e que deverá conter, pelo menos, os

seguintes itens:

I – rol dos componentes da unidade familiar sob sua responsabilidade que não

tenham como comprovar a renda declarada;

II - ciência de que a omissão da verdade nas informações declaradas e a prestação

de informações inverídicas terão reflexo sobre os benefícios decorrentes das

informações constantes em seu cadastro; e

III – compromisso de atualizar o cadastro de sua família, sempre que houver alguma

alteração em sua composição, situação socioeconômica e endereço de residência,

informando tais mudanças ao gestor municipal do CadÚnico e do Programa Bolsa

Família.

Essa prática já vinha sendo adotada pela Senarc em suas medidas de controle

e prevenção de fraudes ou inconsistências cadastrais e agora a portaria

institucionaliza esse instrumento de responsabilização;

Os termos deverão ser encaminhados pelo município às Instâncias de Controle

Social (ICS), além do resultado das ações de atualização cadastral motivadas por

essas medidas.

Page 32: Apostila Cadastro Único - Azul

32

3.4 Exclusão de cadastro

Os cadastros da base do CadÚnico somente poderão ser excluídos nas

seguintes situações:

• Falecimento de toda a família;

• Recusa da família em prestar informações; ou

• Comprovação de omissão de informações ou prestações de informações

inverídicas pela família e que caracterize má fé.

Nos casos de cadastros não atualizados ou revalidados após 24 meses da sua

inclusão ou última alteração, o município também poderá excluí-los se, no decorrer

dos 24 meses subseqüentes, a família não tiver sido encontrada para atualização ou

revalidação.

Cadastros com mais de 2 anos sem nenhuma atualização, não contarão para o

cálculo do Índice de Gestão Descentralizada IGD.

Exemplo : se uma família foi incluída no CadÚnico em 01/01/2009, seu

cadastro deverá ser atualizado ou revalidado num prazo de até 24 meses dessa data,

ou seja, até 01/01/2011.

Após essa data, o município terá mais 24 meses (até 01/01/2013) para

encontrar essa família com o objetivo de atualizar ou revalidar os dados, senão o

cadastro deverá ser excluído do CadÚnico.

Atenção!

• Os municípios não podem excluir cadastros, a exceção dos registros

procedentes do Cadastro Bolsa Escola (CadBes) não complementados, nos

últimos seis meses do término da gestão de um governo no município;

• Além disso, a exclusão do cadastro de uma família por motivo de mudança de

município só poderá ocorrer depois que a família for comprovadamente

cadastrada no município de destino.

È importante que no final do estudo desta apostila, você tenha ficado com a

percepção do grande potencial do Cadastro Único e para que ele seja uma

Page 33: Apostila Cadastro Único - Azul

33

ferramenta efetiva no combate à pobreza, todos os procedimentos sejam feitos com

cuidado e precisão.

Page 34: Apostila Cadastro Único - Azul

34

Apêndice

Atividades para verificação de aprendizagem sobre o Cadastro Único

Marque com um X a resposta correta:

1) Como cuidado a ser seguido na geração da cópia de segurança, podemos citar:

( ) Salvar os arquivos na mesma máquina;

( ) Guardar a cópia de segurança em cima da mesa do Gestor PBF;

( ) Salvar em disquete a cópia de segurança;

( ) Salvar mais de uma cópia e em lugares diferentes;

( ) Salvar uma cópia anualmente.

2) A periodicidade da geração da cópia de segurança é um fator: ( ) De baixíssima relevância;

( ) Que não deve ser uma preocupação quando há um bom no-break ligado ao

servidor;

( ) De extrema necessidade pois nunca se sabe quando ocorrerá um problema de

perda da base;

( ) Que não alterará em nada caso haja uma pane, pois não há muitas diferenças

entre as cópias;

( ) De baixa relevância quando temos um ambiente com boas máquinas e bons

sistemas anti-vírus.

3) Quanto à solicitação do arquivo base caixa, marque a alternativa correta:

( ) O arquivo base caixa deve ser solicitado mensalmente a fim de atualizar a base

local;

( ) O arquivo base caixa é necessário quando há uma perda total da base, mesmo

tendo uma cópia de segurança recente;

Page 35: Apostila Cadastro Único - Azul

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( ) O arquivo base caixa serve para atualizar o status dos domicílios cadastrados;

( ) O arquivo base caixa não deve ser entendido como um procedimento rotineiro, e

deve ser usado em casos extremos, a melhor forma de evitar solicitá-lo é ter um

processo de geração de cópia de segurança contínuo, importação dos arquivos

retornos e mensalmente importação do arquivo remessa. Uma boa gestão evitará

problemas com a base local e evitará a solicitação do arquivo base caixa;

( ) O arquivo base caixa é o retorno do arquivo extraído e transmitido via

conectividade social.

4) A respeito do SASF é importante salientar que:

( ) Os formulários devem ser solicitados somente quando não houver mais

formulários no estoque;

( ) O SASF é um sistema mais lento, sendo preferível solicitar os formulários por

ofício;

( ) O SASF é um sistemas de solicitação de dados cadastrais;

( ) O SASF precisa ser baixado no sítio do MDS e instalado para uso;

( ) O SASF é um sistema de solicitação de formulários de cadastramentos online que

agiliza o atendimento das solicitações de formulários pelos municípios.

5) Sobre o site do MDS, é correto afirmar que:

( ) Os informes e Instruções Operacionais não podem ser baixados através do site

do MDS, sendo necessário solicitá-los por email para a Central de Atendimento;

( ) O site do MDS é um portal com vários conteúdos sobre o Ministério do

Desenvolvimento Social e Combate à Fome, onde é possível localizar os informes aos

gestores municipais, Instruções Operacionais, Portarias, Decretos e informações

diversificadas;

( ) O endereço para acesso é o www.ministeriodesenvolvimentosocial.com.br ;

( ) O site serve apenas para informar o público geral, os gestores não necessitam

acessá-lo frequentemente;

Page 36: Apostila Cadastro Único - Azul

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( ) Nele não há link para outros sistemas do MDS. 6) Sobre a nova versão do CadÚnico ( versão 7.0), marque a alternativa correta:

( ) Será uma aplicação totalmente offline como as demais versões do CadÚnico;

( ) Não terá muitas novidades, pois será apenas uma versão de correção da versão

6.05;

( ) É a versão posterior à versão 6.02;

( ) Esta versão que não irá utilizar a internet;

( ) A versão 7.0 permitirá a exibição online de alterações (histórico) realizadas por

outras origens, eliminando, consequentemente, o desbalanceamento de bases.

7) Sobre a Central de Sistemas da Senarc, marque a alternativa correta:

( ) A Central de Sistemas é uma ferramenta com a qual os municípios podem

acessar vários sistemas do Bolsa Família por um mesmo canal;

( ) A Central de Sistemas precisa ser baixada e instalada através do site do MDS;

( ) A Central de Sistemas é um procedimento a ser executado pelos municípios;

( ) Para solicitar senha para acesso à Central de Sistemas basta se cadastrar no

site e solicitar o acesso;

8) A frequência da atualização cadastral deve ser:

( ) No prazo máximo de 5 anos;

( ) No prazo máximo de 4 anos;

( ) No prazo máximo de 3 anos;

( ) No prazo máximo de 2 anos;

( ) No prazo máximo de 1 anos.

9) Marque alternativa que informa todos os indicadores básicos do IDF:

Page 37: Apostila Cadastro Único - Azul

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( ) Vulnerabilidade habitacional,desenvolvimento familiar, acesso à família;

( ) Vulnerabilidade do trabalho, acesso à escola, acesso à saúde;

( ) Nível de educação, acesso ao desenvolvimento social;

( ) Acesso às políticas governamentais, água, luz, telefone e alimentação;

( ) Vulnerabilidade das famílias, condições habitacionais, desenvolvimento infantil,

acesso ao conhecimento e acesso ao trabalho.

10) Como proceder quando há uma exclusão equivocada de Cadastro?

( ) Caso o cadastro ainda não tenha sido transmitido, enviar ofício ao MDS

solicitando reversão de exclusão cadastral;

( ) Caso já tenha sido transmitido, no aplicativo do CadÚnico selecionar a opção

“ Reverter Exclusão”;

( ) Não há como reverter a exclusão do cadastro;

( ) Só é possível reverter a exclusão do cadastrado reinstalando a cópia de

segurança;

( ) Se o município excluiu o domicílio apenas na base local e ainda não transmitiu

essa exclusão à base nacional, basta clicar na opção “Reverter exclusão” no

Aplicativo do Cadastro Único.

Page 38: Apostila Cadastro Único - Azul

38

Para mais informações a respeito do Cadastro Único e do PBF, existem os

canais de atendimento abaixo:

Page 39: Apostila Cadastro Único - Azul

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Referências

HAYDT, Regina Célia Cazaux. Curso de didática geral.8 ed. São Paulo: Ática, 2006.