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5º módulo 1ª aula

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• A palavra "trindade" não aparece nas Bíblias comuns que usamos.

• “Por esse motivo, eu evito o uso dela”. • Procuremos falar sobre assuntos bíblicos usando

linguagem bíblica.• As pessoas que usam termos como trindade, Deus trino,

etc. as empregam para explicar um conceito da existência de três pessoas distintas que podem ser chamadas de Deus. Vamos considerar, em termos bem resumidos, o que a Bíblia diz a respeito dessa idéia.

Introdução

• Estudar, especificamente, sobre a DOUTRINA CRISTÃ DA TRINDADE é, nada mais nada menos do que, estudar sobre o ser criador, sustentador, e dirigente de todas as coisas, qual seja, DEUS.

• Porém, o estudo doutrinário da DIVINA TRINDADE, nos mostra a revelação de DEUS sobre o seu modo trino de existir, manifestar e agir.

• Estudemos, portanto, um pouco sobre o que a BÍBLIA SAGRADA nos ensina sobre a TRINDADE para enriquecermos o nosso conhecimento sobre o causador e criador de todas as coisas, sendo, por isso, indubitavelmente, o mais importante ser do universo, qual seja, DEUS que se revela e manifesta ao ser humano através de três pessoas distintas.

O que é a Trindade.

• O minidicionário Aurélio define a TRINDADE como:• Na doutrina CRISTÃ, dogma da união de três pessoas

distintas (o Pai, o Filho e o ESPÍRITO SANTO) em um só DEUS: O mistério da Santíssima Trindade.

• O conciso dicionário de teologia CRISTÃ nos diz:• Referência à doutrina de que DEUS é um e que existe

eternamente em três pessoas.• Portanto, TRINDADE é o termo usado, no cristianismo,

para definir a manifestação e ação de DEUS através de três pessoas distintas.

• TRINDADE é, por isso, a tríplice maneira de DEUS se revelar.

• Por mais que nos esforcemos e procuremos, em toda a BÍBLIA SAGRADA, a palavra TRINDADE, jamais será encontrada.

• Porém, tal constatação, não significa que a TRINDADE não existe, ou que seja invenção de alguma religião, denominação, igreja ou líder religioso, em particular.

• Não há necessidade de fazermos muito esforço pessoal, para descobrirmos na BÍBLIA SAGRADA que DEUS existe, se manifesta e age de modo tríplice.

A Doutrina da Trindade no Antigo Testamento

• O Antigo Testamento enfatiza com clareza inquestionável, a unidade de Deus.

• Não contém, porém, plena revelação da existência da doutrina da Trindade.

• Mas contém indicações desta. Isto se dar pelo fato de Israel está plenamente cercado de tribos e nações que haviam se afastado do conhecimento original do Deus Todo-Poderoso para abraçar o politeísmo.

• Introduzir a Trindade de modo perceptível nessa conjuntura teria sido prematuro e confuso para o povo de Israel, uma nação incipiente.

• Como já enfatizamos acima, o Antigo Testamento nos dar indícios da natureza trina de Deus, mas eles são mais claros apenas à luz da revelação mais completa do Novo Testamento e esta revelação vai tendo maior clareza, na medida em que a obra redentora de Deus é revelada mais claramente, como na encarnação do Filho e no derramamento do Espírito.

• Palavras plurais. No Antigo Testamento existem nomes plurais para Deus, que são usados para referir-se a Ele. Os nomes Elohim e Adonai são plurais. Elohim (plural) para Deus (Gn 1.1) quando se refere ao Deus verdadeiro, tem uma forma singular do verbo.

• Temos também verbos e pronomes no plural relativos à divindade: “façamos”, “nossa” (Gn 1.26); “nós” (Gn 3.22); “desçamos e confundamos” (Gn 11.7); “por nós” (Is 6.8).

• Esses termos usados no plural dão-nos uma indicação de pluralidade de pessoas na Deidade. Gênesis 1.1, onde o nome hebraico para Deus, Elohin, é plural, já mostra que essa unidade de Deus é composta.

• O Anjo do Senhor. • Esse anjo aparece inúmeras vezes em todo o Antigo

Testamento. • Apesar de essa designação poder se referir a qualquer

um dos anjos de Deus (1Rs 19.7; cf, v. 5). • Algumas vezes esse Anjo é chamado de Deus (Gn

31.11-13; Ex 3.2-6; Jz 13.21,22), embora seja distinto dele (Gn 16.7-13; 18.1-21; 19.1-28; Ml 3.1).

• Isso certamente aponta para distinções pessoais dentro da Deidade.

• Estudiosos são da opinião de que o “Anjo do Senhor” no Antigo Testamento é uma representação do Cristo pré-encarnado.

• Distinção de pessoas. • Algumas passagens do Antigo Testamento fazem

distinção entre as pessoas que formam a Deidade.• • a) O Senhor é distinto do Senhor (Gn 19.24; Os 1.7). • b) O Redentor (que deve ser divino) é distinto do Senhor

(Is 59.20). • c) O Espírito é distinto do Senhor (Is 48.16; 59.21;

63.9,10).

• A Trindade no Novo Testamento.• O Novo Testamento não contém uma declaração

explicita da doutrina da Trindade de Deus, mas contém muitas evidências da mesma. É importante enfatizarmos aqui três pontos importantes com relação à doutrina da Trindade:

• Assim como o Antigo Testamento, o Novo Testamento nos revela a existência de apenas um Deus verdadeiro. O Pai o Filho e o Espírito Santo constituem um só Deus. O texto de Deuteronômio 6.4 nos trás essa revelação: “Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor”. O próprio Deus enfatiza que não há outro Deus além dele (Is 45.5).

• Em toda a revelação do Novo Testamento, não vemos qualquer idéia de que haja três deuses. Textos bíblicos como 1Coríntios 8.4-6; Efésios 4.3-6; e Tiago 2.19 mostram com clareza de detalhes este assunto.

• Sabe-se não ser fácil a compreensão de que há três pessoas distintas na Trindade, “cada uma contendo todo o ser de Deus em si, mesmo havendo somente um Deus e sendo Ele indivisível” (Wayne Grudem – Entenda a fé cristã, pg. 45).

• Temos convicção que, enquanto neste mundo, nunca entenderemos plenamente esta tão importante doutrina, pois partes dela estão além da nossa compreensão.

Ação distinta na Trindade

• Os papeis distinto na Trindade são evidenciados• Cada pessoa da Trindade é plenamente Deus. • Vamos observar o assunto com maior evidência abaixo. • O Pai reconhecido como Deus. • Essa é uma doutrina bem conhecida em todas as

Escrituras. • Há um Deus como Pai na revelação bíblica.

• No Antigo testamento essa revelação de Pai não era muito comum para Deus, principalmente para não confundir o Deus de Israel com os deuses do paganismo.

• No Novo Testamento o termo é bastante usado. Jesus emprega o termo cerca de 170 vezes.

• Deus é o “Pai das luzes” (Tg 1.17); o “Pai da glória” (Ef 1.17); o “Pai de todos” (Ef 4.6).

• O título é uma indicação de que Deus é a fonte de todas as coisas, ocupando por isto o primeiro lugar na Trindade.

• É importante observamos aqui as seguintes referências (Jo 6.27; 1Pe 1.2).

O Filho reconhecido como Deus. • Jesus Cristo detém atributos naturais de divindade tais

como: onisciência (Mt 9.4), onipotência (Mt 28.18), onipresença (Mt 28.20), imutabilidade (Hb 13.8), eternidade (Jo 1.1).

• Durante o seu ministério terreno realizou obras que somente Deus poderia fazer, como perdoar pecados (Mc 2.1-12), além disto, o Novo Testamento mostra ainda obras que somente Deus poderia fazer em Cristo, como ressuscitar os mortos (Jo 12.9), criar e sustentar todas as coisas (Cl 1.17:Jo 1.1,2), o julgamento do mundo (Jo 5.29,30; Mt 25.31,32), etc.

O Espírito Santo reconhecido como Deus. • “Então disse Pedro: Ananias, porque encheu Satanás

teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo? Não mentiste aos homens, mas a Deus (grifo nosso)” (At 5.3,4).

• Neste relato bíblico vemos que, mesmo que o Espírito Santo tenha impulsionado Ananias e Safira a tomarem a decisão de vender sua propriedade e generosamente depositar aos pés dos discípulos, tal intento foi logo pervertido pela cobiça do casal, que tentou enganar os apóstolos.

• Quando assim procederam mentiram ao Espírito Santo e não aos homens, conforme o texto acima citado.

• Alem disso o Espírito Santo possui atributos que somente Deus possui, como onisciência (1Co 2.11), eternidade (Hb 9.14).

• Obras de Deus também são atribuídas ao Espírito Santo, tais como: a regeneração das pessoas (Jo 3.5,6,8), ressurreição (Rm 8.11).

• Títulos também são atribuídos ao Espírito Santo.

Vejamos alguns: • “Espírito do Pai” (Mt 10.20), “Espírito de Deus” (Rm 8.9),

“Espírito de Cristo” (Rm 8.9), “Espírito da Glória” (1Pe 4.14), “Paracletos” (Jo 14.16,26; 15.26).

a) Há um só Deus.

• (Efésios 4:6). • O fato que existem mais de uma pessoa divina, como

veremos logo, não sugere múltiplos deuses. • A doutrina bíblica não se compara com as doutrinas

politeístas de algumas religiões pagãs.

b) O Pai, o Filho e o Espírito Santo são pessoas distintas.

• No batismo de Jesus, cada um fez seu papel, concordando com os outros dois, mas distinto deles. Jesus subiu das águas; o Espírito desceu como pomba sobre ele; o Pai falou dos céus (Marcos 1:9-11).

• As doutrinas de algumas igrejas que dizem que o Filho e o Pai são a mesma pessoa contradizem afirmações óbvias das Escrituras.

• O Pai é maior do que o Filho (João 14:28). O Pai enviou e instruiu o Filho (João 14:24).

c) Jesus é Deus.

• As seitas que negam a divindade de Jesus trabalham muito para evitar o significado de diversas passagens.

• As Testemunhas de Jeová, por exemplo, usam uma versão das Escrituras cheia de acréscimos e traduções equívocas calculadas justamente para negar as provas textuais da divindade de Jesus.

• Mas, ele é eterno, divino e merecedor de adoração (João 1:1; João 8:24,58; Mateus 4:10; 14:33; 28:9,17; João 9:38; Hebreus 1:6; Apocalipse 5:9-14; etc).

d) O Espírito Santo é a ação ativa de Cristo.

• Não apenas força ativa. Reconhecemos algumas dificuldades quando estudamos a palavra "espírito" na Bíblia. Sabemos que o espírito do homem não é outra pessoa (1 Coríntios 2:11).

• Apesar de alguns trechos difíceis (veja o aviso de 2 Pedro 3:16), não podemos negar a personalidade do Espírito Santo. O mesmo Pai que enviou Jesus enviou o Espírito (João 14:26).

• Jesus o chamou de "outro Consolador", mostrando que ele pertence à mesma categoria que Jesus: uma pessoa divina (João 14:16).

• Vários textos apresentam o Pai, o Filho e o Espírito Santo como pessoas unidas mas distintas (veja Mateus 28:19 e o último versículo de 2 Coríntios).

• O Espírito ensina (João 14:26); habita nos fiéis como o Pai e o Filho o fazem (João 14:17,23) e intercede como Cristo também o faz (Romanos 8:26,34).

• Para negar tais afirmações, alguns distorcem o sentido das passagens ou até jogam fora livros bíblicos que não apoiam suas doutrinas humanas.

• O verdadeiro seguidor de Cristo aceitará toda a Verdade, até as coisas difíceis de entender (João 8:32; 17:17; Deuteronômio 29:29).

Evidência da Triunidade.

• O Novo Testamento mostra com clareza de detalhes a doutrina da Trindade.

Vejamos: O batismo de Jesus (Mt 3.16,17) A fórmula batismal (Mt 28.19).

• O outro Consolador (Jo 14.16). A distribuição dos dons espirituais (1Co 12.4-6). A benção apostólica (2Co 13.13) e a unidade da Igreja em Deus (Ef 4.4-6).

• São provas bíblicas irrefutáveis da Trindade.

• Cada pessoa da Trindade é descrita na Bíblia como tendo os seguintes atributos:

• Eternidade (Rm 16.26; Ap 22.13; Hb 9.14);• Santidade (Ap 4.8; At 3.14; 1Jo 2.20); • Onisciência (Jr 23.24; Ef 1.23; Sl 139.7); • Onipotência (Gn 17.1; Ap 1.8; Rm 5.5); • Onipresença (1Rs 8.27; Mt 18.20; 18.19,20; Sl 139.7-

10); • Amor (1Jo 4.7-11; Jo 14.21; Rm 5.5);

• Poder criador (Gn 1.1; Cl 1.16; Jó 26.13); • Imutabilidade (Sl 33.11;Hb 1.12; 13.8; At 5.3,4); • Bondade (Ex 34.6; At 10.38; Ne 9.20); • Poder de ressuscitar (1Co 6.14; Jo 2.19; 1Pe 3.19); • Poder de enviar (Jr 26.5; Mt 10.5; At 13.2); • Salvador (2Ts 2.13; Tt 3.4-6; 1Pe 1.2).