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Procurando Entender a Soberania de Deus na Salvação
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ESTUDANDO O LIVRO: AS GRANDES DOUTRINAS DA GRAÇA CAPÍTULOS 11 A 14
Procurando Entender a Soberania de Deus na
Salvação
IGREJA PRESBITERIANA
DE SANTO AMARO
PREDESTINAÇÃO
Dificuldades na Compreensão da Doutrina da Predestinação
Nossa natureza pecaminosa leva à rejeição do conceito – queremos autonomia
Uma base bíblica insuficiente provoca a distorção dos dados revelados na Palavra
Nosso desejo de compreensão total do conceito gera uma simplificação irreal da doutrina
Como estudar esta doutrina?
Examinar o maior número de trechos bíblicos possíveis – eles são a nossa única fonte confiável de dados.
Não seguir “nossa intuição”. Entrar “desarmado” e render-se às Escrituras.
Considerar o testemunho histórico da igreja – como ela tem sido entendida?
Ter conscientização do nosso propósito neste mundo: Glorificar a Deus. Tudo mais está subordinado a isso.
Deus tem um PLANO
A Bíblia fala que Deus tem um plano – ex.: Jeremias 23.20 Não se desviará a ira do SENHOR, até que ele execute e cumpra os desígnios do seu coração; nos últimos dias, entendereis isso claramente.
Este plano é mais que um “mero mapa”, com rotas alternativas.
Vejamos seis características deste plano.
Seis características do Plano de Deus – 1
1. Eterno: Is 46.9 e 10: “Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antigüidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade”
(outros trechos pertinentes: 2Tm 1.9; Sl 33.11; Is 37.26; Jr 31.3; Mt 25.34; 1 Pe 1.20; Sl 139.16; 2 Ts 2.13; At 15.17,18).
Seis características do Plano de Deus – 2
2. Imutável: Tg 1.17-18: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança...”
(outros trechos pertinentes: Is 14.24,27; Is 46.10,11; Nm 23.19; Ml 3.6).
Seis características do Plano de Deus – 3
3. Inclui os atos futuros dos homens: Todas as profecias da Bíblia. Vejamos dois trechos:Mt 20.18 e 19: “Eis que subimos para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos principais sacerdotes e aos escribas. Eles o condenarão à morte. E o entregarão aos gentios para ser escarnecido, açoitado e crucificado; mas, ao terceiro dia, ressurgirá”; e Lc 22.22: “Porque o Filho do Homem, na verdade, vai segundo o que está determinado, mas ai daquele por intermédio de quem ele está sendo traído”
(outros versos pertinentes: Dn 2.28 e Jo 6.64).
Seis características do Plano de Deus – 4
4. Inclui os eventos não importantes ou ocasionais: Pv 16.33: “A sorte se lança no regaço, mas do SENHOR procede toda decisão”
(Outros trechos pertinentes: Jn 1.7; At 1.24,26; Mc 14.30; 1 Rs 22.28-34).
Seis características do Plano de Deus – 5
5. Especifica a certeza e inevitabilidade dos eventos:Já vimos Lc 22.22 – como os passos de Jesus estavam determinados. O mesmo conceito está presente em Jo 8.20: “... ninguém o prendeu, porque não era ainda chegada a sua hora”
(outros trechos pertinentes: Gn 41.32; Hq 2.3; Mt 24.36; Lc 21.24; Jr 15.2; Jó 14.5; Jr 27.7).
Seis características do Plano de Deus – 6
6. Até os atos pecaminosos dos homens estão inclusos: (sem que Deus seja o autor de pecado).As ações malévolas dos irmãos de José faziam parte do plano de Deus - Gn 45.8 : “Assim, não fostes vós que me enviastes para cá, e sim Deus, que me pôs por pai de Faraó, e senhor de toda a sua casa, e como governador em toda a terra do Egito”. Deus, entretanto, não é o autor do pecado – Tg 1.13 e Dt 32.4: “Eis a Rocha! Suas obras são perfeitas, porque todos os seus caminhos são juízo; Deus é fidelidade, e não há nele injustiça; é justo e reto”
(Outros trechos pertinentes: Sl 5.4; Tg 1.13; Gn 50.20; Mt 21.42; At 3.17-18; Am 3.6).
Livre Arbítrio e Liberdade
Qual o nosso conceito de “liberdade” – por exemplo, nas nossas ações?
Qual o nosso conceito de “livre arbítrio”?O que a Bíblia tem a dizer sobre a
questão da “liberdade” com relação à pessoa de Deus?
O que a Bíblia tem a dizer sobre “liberdade, com relação às pessoas?
Deus é Livre? – 1 Certamente que sim!—Ele é livre em um grau muito
mais alto do que qualquer outro ser. Sua liberdade é expressa no Sl 115.3: “No céu está o
nosso Deus e tudo faz como lhe agrada”; 1 Co 12.11: “Mas um só e o mesmo Espírito realiza
todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um...”.
Isto significa que suas ações são incertas? Ele pode mudar como um pêndulo? Pode ele quebrar o concerto com o Seu povo?
Não! Por que não? Existe alguma compulsão EXTERNA obrigando-o a isto? Certamente que Não! Ele está soberanamente acima de tudo e de todos.
Deus é Livre? – 2 ENTRETANTO, é impossível para Deus mentir! Tito
1.2 fala do “... Deus que não pode mentir...”. Por que? Porque isto seria contrário à sua natureza e
aos seus atributos! Catecismo menor de Westminster: Pergunta 4 –
“Quem é Deus?”:
Deusé
Espírito
Deusé
Espírito
Em Seu• Ser,• Sabedoria,• Poder• Justiça,• Bondade e• Verdade
Em Seu• Ser,• Sabedoria,• Poder• Justiça,• Bondade e• Verdade
• Infinito,• Eterno e• Imutável
• Infinito,• Eterno e• Imutável
Deus é Livre? – 3
SIM! Mas nunca, na menor de suas ações, Ele se desviará do padrão de perfeição determinadopor sua própria natureza!
SIM! Mas nunca, na menor de suas ações, Ele se desviará do padrão de perfeição determinadopor sua própria natureza!
O Homem é Livre? – 1 SIM, o homem é livre no sentido de que suas
escolhas não são determinadas, em linhas gerais, por nenhuma compulsão externa – Livre Agência.
ENTRETANTO, suas ações são determinadas pela natureza de seu próprio caráter, e nós sabemos que esta natureza é só pecado (Rm. 3.10-23). Neste sentido ele não tem LIVRE ARBÍTRIO de escolher o bem, pois é escravo do pecado.
O “livre arbítrio” foi perdido com a queda, em Adão.
O Homem é Livre? - 2 Entendendo
LIVRE ARBÍTRIO vs. LIVRE AGÊNCIA livre arbítrio = possibilidade de escolha do
bem – não possui, em função da Queda. livre agência = “liberdade” que possui de
planejar e intencionar suas ações – não é incompatível com o enquadramento do Homem nos planos divinos.
Deus, soberanamente, executa os seus desígnios ATRAVÉS da vontade das suas criaturas...
O Homem é Livre? – 3
Filipenses 2.13:
... porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade
Filipenses 2.13:
... porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade
Pv 20.24; 2 Co 3.5; Jr 10.23; Rm 9.16 e Tg 4.13-15
O Homem é Livre? – 4
Não possuímos “livre arbítrio”, mas Deus é infinitamente soberano e onipotente para executar seus planos, sem violação da LIVRE AGÊNCIA que nos concedeu
Não possuímos “livre arbítrio”, mas Deus é infinitamente soberano e onipotente para executar seus planos, sem violação da LIVRE AGÊNCIA que nos concedeu
Deus realmente determina as ações das pessoas?
Cremos que sim. Na execução do seu plano soberano ele determina “tudo que acontece”
Muitos têm dificuldade na aceitação deste fato Apenas duas posições possíveis: (1) ou Deus determina
as ações do Homem, ou (2) Ele não as determina e o homem é completamente autônomo.
Como alguns pretendem compreender esta difícil questão? Dizendo que Deus não determina, na realidade... Como Ele tudo conhece de antemão, Ele “determinaria”, ou
“predestinaria”, as coisas que Ele sabe que irão acontecer. A sua determinação seria dependente do Seu conhecimento
prévio, de sua onisciência Esse entendimento procura deixar as pessoas “livres”.
Ancorar a determinação no conhecimento prévio de Deus, resolve o problema?
Solução apenas aparente mas não real. Confissão de Fé de Westminster, em
seu Cap. III, seção 2, diz que Deus “... não decreta coisa alguma por havê-la previsto como futura”.
Ancorar a determinação no conhecimento prévio de Deus, resolve o problema?
Análise: Se ele determina, simplesmente porque conhece de
antemão (ex.: as profecias registradas na Palavra de Deus), na hora em que ele haveria determinado, essas situações se tornaram fixas e imutáveis.
Um cristão não afirma (exceto se é proponente da “teologia relacional”) que Deus não é soberano, ou que ele não cumpre o que profetizou.
Como fica, então, a defesa da liberdade irrestrita das pessoas, do “livre arbítrio”, neste sentido?
E se as pessoas que são os agentes diretos do cumprimento das determinações que Deus colocou no seu plano (apenas “porque Ele já conhecia”), na última hora resolverem “mudar de idéia”?
Como fica esse plano de Deus? Deus também ficará mudando, à mercê das determinações do homem, e até quando?
Diagrama, para entender o dilemaAÇÕES
DO HOMEM
Deus asDetermina
Deus NÃO asDetermina
O homem age como um
robô e não é responsável
por seus atos.
Ações são operadas
voluntaria-mente (livre
agência), apesar de
determinadas por Deus.At 4.26-28
Deus as conhece antes de
acontecerem, mas não
interfere, para que o homem
seja “livre”
Deus não conhece as
ações, antes delas
acontecerem
... Levantaram-se os reis da terra, e as autoridades ajuntaram-se à uma
contra o Senhor e contra o seu Ungido; porque verdadeiramente se ajuntaram nesta cidade contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste,
Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios e gente de Israel, para
fazerem tudo o que a tua mão e o teu propósito predeterminaram.
At 4.26-28.
AÇÕES
Deus asDetermina
Deus NÃO asDetermina
Posição incoerente
com a revelação
bíblica e com a experiência
humana.Rm 14.12
Coerente com a doutrina de
um Deus soberano, que tem um plano!Sl 147.15 a 18;
Sl 24.1;Sl 100.3 Ef 1.11;
Rm 11.36
Como as ações são “livres”, se são fixadas, pois Deus as conhece e as registra antes
de acontecerem? Ef 1.4; Ap 17.8
Como pode Deus reger o mundo, se não sabe o
que acontecerá no
próximo minuto?
Um robô? Livre Agência Conhece Não Conhece
Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus
aqueles que habitam sobre a terra, cujos nomes não foram
escritos no Livro da Vida desde a fundação do
mundo, se admirarão...Apocalipse 17.8
AÇÕES
Deus asDetermina
Deus NÃO asDetermina
Posição incoerente
com a revelação
bíblica e com a experiência
humana.Rm 14.12
Coerente com a doutrina de
um Deus soberano, que tem um plano!Sl 147.15 a 18;
Sl 24.1;Sl 100.3 Ef 1.11;
Rm 11.36
Ações “livres”, mas fixadas?
Como pode Deus não
saber?
Um robô? Livre Agência Conhece Não Conhece
Se não foram determinadas
por Deus, existe uma
força, fora de Deus, mais poderosa e
independente, que tudo
determina?
Posição incoerente
com a doutrina
revelada de Deus e com
os Seus atributos.
Is 46.9 a 12;Is 45.1-4
Ele envia as suas ordens à
terra, e sua palavra corre velozmente
Salmo 147.15
Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante
a mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que
digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a
minha vontade; Isaías 46.9-10
A Soberania de Deus na Salvação
É apenas um ponto específico deste plano de Deus
Recebe o nome de PREDESTINAÇÃOSendo Deus soberano, não existe uma
área sequer de nossas vidas que esteja ausente ou autônoma do Seu plano maravilhoso
Isso inclui a questão da Salvação de almas
PREDESTINAÇÃO – 1
Definição: O aspecto da pré-ordenação de Deus, através do qual a salvação do crente é considerada efetuada de acordo com a vontade de Deus, que o chamou e o elegeu em Cristo, para a vida eterna, sendo a sua aceitação VOLUNTÁRIA, da pessoa e do sacrifício de Cristo, uma CONSEQUÊNCIA desta eleição e do trabalho do Espírito Santo, que efetiva esta eleição, tocando em seu coração e abrindo-lhe os olhos para as coisas espirituais.
PREDESTINAÇÃO – 2 Fonte: É a Soberana Vontade de Deus. Vejam
somente no capítulo 6 de João: 37 – “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim;
e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora”;
44 – “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia”; e
65 – “E prosseguiu: Por causa disto, é que vos tenho dito: ninguém poderá vir a mim, se, pelo Pai, não lhe for concedido”
Ver também – Ef 1.4, 5 e 11; Rm 9.11, 16
PREDESTINAÇÃO – 3 Causa: É a misericórdia infinita de Deus e a
manifestação de sua glória. Rm 9.23 diz – “... a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão” (ver também – Rm 11.33; Ef 1.6 e Jo 3.16).
Objetos: Pessoas pecadoras. Note Jo 1.12 e 13 – “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”
(ver também esses versos, todos em João – 5.21; 6.65; 10.26 e 27; 12.37-41; 15.16; 17.6-8).
PREDESTINAÇÃO – 4
Meios para a sua concretização: O chamado externo – Mt 22.14 “Porque
muitos são chamados, mas poucos, escolhidos”.
A resposta ao chamado interno (crença) – At 13.48 “... e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna”.
A Doutrina da Predestinação na História – 1
Entre os Judeus – normalmente: Pv 16.33 – “A sorte se lança no regaço, mas do SENHOR procede toda decisão” (também – Am 3.5 e 6; Is 45.7 e Jo 9.2).
Na igreja neo-testamentária: Jesus – Ensino claro: Jo 5.21; 6.65; 10.27; 15.16 Paulo – fundamentação: Rm 9.1-16; Ef 1.4,5-11 João e Lucas – registros: Jo 1.12,13; At 13.48 Pais da Igreja – Policarpo, Irineu, Eusébio. Agostinho – formulação sistemática. Pelágio – contestação.
A Doutrina da Predestinação na História – 2
Na igreja neo-testamentária: Igreja Católica – Esquecimento e misticismo Pré-Reforma – Valdenses, Hussitas, Lolardos Reforma – Lutero (De servo arbítrio) vs. Erasmus Pós-Reforma – Melancton, Zuínglio, João Knox A sistematização de João Calvino Jacobus Arminius – Os ataques e o nascimento dos
“cinco pontos”. Posicionamento da doutrina na História da Igreja
A Doutrina da Predestinação História – 3
A história - As Confissões: PRESBITERIANOS—Confissão de Fé de Westminster – capítulos
V, VIII, IX, X, XI e em várias perguntas e respostas dos Catecismos (Breve e Maior).
BATISTAS—Confissão de Fé de Londres (1689, na Inglaterra e 1742 nos Estados Unidos), que é semelhante em tudo à de Westminster, exceto na forma prescrita para o batismo.
CONGREGACIONAIS—Na sua doutrina soteriológica se assemelhavam aos Presbiterianos. Alguns puritanos (caracterizados pela convicção plena da soberania de Deus) eram presbiterianos, outros (como Roger Williams, na América) eram batistas, mas muitos eram congregacionais, como Jonathan Edwards.
ANGLICANOS—Na primeira reestruturação, sob Edward VI, quando foram escritos os 42 Artigos de Fé, a soberania de Deus e a posição Calvinista, sobre a salvação, foi retratada e defendida.
Grandes pregadores dos séculos 17 a 19: CHARLES SPURGEON. JONATHAN EDWARDS e GEORGE WHITEFIELD
A Doutrina da Predestinação na História – 4
As Igrejas Holandesas: Confissão Belga Catecismo de Heildelberg (adotado pelas igrejas Holandesas) Cânones de Dordt Abraão Kuyper
Princeton e o Presbiterianismo Americano: Os Hodge Warfield Dabney Influência em Simonton
Humanismo e o esquecimento da doutrina nos últimos 150 anos.
A situação no Brasil Presente no início Esquecimento, MAS interesse renovado no presente
Respondendo a cinco objeções comuns contra a Predestinação
1. “A Predestinação é incoerente com o livre arbítrio do homem e com a responsabilidade moral deste, para com suas ações”.
2. “Se tudo que acontece é pré-ordenado, como é que lemos, na Bíblia, que Deus ‘se arrepende’”?
3. “Se existe um plano predeterminado por Deus para tudo, como é que a Sua vontade e a Sua missão é muitas vezes derrotada, como por exemplo em Mateus 23.37?”
4. “Se a doutrina da Predestinação é verdade, como pode a Bíblia efetivar uma oferta sincera de salvação a todos, e como podemos nós, também, oferecê-la a todos os homens?”
5. “A Predestinação apresenta um Deus que faz acepção de pessoas!”
1. “A Predestinação é incoerente com o livre arbítrio do homem e com a responsabilidade moral deste, para com suas ações”.
O homem não é forçado a cometer o pecado. Deus trabalha através da vontade humana e
não contra ela (Fl 2.12-13)“Assim, pois, amados meus, como sempre
obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; 2.13 porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade”.
1. “A Predestinação é incoerente com o livre arbítrio do homem e com a responsabilidade moral deste, para com suas ações”.
Exemplos de como Deus trabalha:José no Egito...
Exemplos de Como Deus Trabalha. José no Egito – Gn 42, 45 e 50
42.21 – Os irmãos sabiam de sua culpa: “Então disseram uns aos outros: Nós, na verdade, somos culpados no tocante a nosso irmão, porquanto vimos a angústia da sua alma, quando nos rogava, e não o quisemos atender; é por isso que vem sobre nós esta angústia”.
45:5 – José tinha consciência de que Deus agia soberanamente sobre todos os incidentes: “Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos aborreçais por me haverdes vendido para cá; porque para preservar vida é que Deus me enviou adiante de vós”.
45:8 – A causa final era Deus: “Assim não fostes vós que me enviastes para cá, senão Deus, que me tem posto por pai de Faraó, e por senhor de toda a sua casa, e como governador sobre toda a terra do Egito”.
50:20 – O Plano soberano de Deus contemplava o bem, como resultado final: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; Deus, porém, o intentou para o bem, para fazer o que se vê neste dia, isto é, conservar muita gente com vida”.
1. “A Predestinação é incoerente com o livre arbítrio do homem e com a responsabilidade moral deste, para com suas ações”.
Exemplos de como Deus trabalha:José no EgitoFaraó ...
Exemplos de Como Deus Trabalha. Faraó – Ex 9, 10 e Rm 9
Ex 9.16 – Faraó agia livremente, externando a sua obstinação despótica e pecaminosa, mas cumpria o propósito de Deus: “... mas, na verdade, para isso te hei mantido com vida, para te mostrar o meu poder, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra”.
Ex 10.1-2 – Deus endureceu o coração de Faraó: “Depois disse o Senhor a Moisés: vai a Faraó; porque tenho endurecido o seu coração, e o coração de seus servos, para manifestar estes meus sinais no meio deles, e para que contes aos teus filhos, e aos filhos de teus filhos, as coisas que fiz no Egito, e os meus sinais que operei entre eles; para que vós saibais que eu sou o Senhor”.
Rm 9.17 – Paulo utiliza o incidente para demonstrar a soberania de Deus: “Pois diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei: para em ti mostrar o meu poder, e para que seja anunciado o meu nome em toda a terra”.
1. “A Predestinação é incoerente com o livre arbítrio do homem e com a responsabilidade moral deste, para com suas ações”.
Exemplos de como Deus trabalha:José no EgitoFaraóO Rei Ciro ...
Exemplos de Como Deus Trabalha. O Rei Ciro – Es 1 e Pv 21
Ed 1.1-3 – Vemos Deus em controle da história e o Rei em suas mãos: “No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a palavra do Senhor proferida pela boca de Jeremias, despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Pérsia, de modo que ele fez proclamar por todo o seu reino, de viva voz e também por escrito, este decreto. Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor Deus do céu me deu todos os reinos da terra, e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que é em Judá. Quem há entre vós de todo o seu povo (seja seu Deus com ele) suba para Jerusalém, que é em Judá, e edifique a casa do Senhor, Deus de Israel; ele é o Deus que habita em Jerusalém”.
Pv 21.1 – Este verso indica o governo soberano e incontestável de Deus: “Como corrente de águas é o coração do rei na mão do Senhor; ele o inclina para onde quer”.
1. “A Predestinação é incoerente com o livre arbítrio do homem e com a responsabilidade moral deste, para com suas ações”.
Exemplos de como Deus trabalha:José no EgitoFaraóO Rei CiroA crucificação de Cristo ...
Exemplos de Como Deus Trabalha. A Crucificação de Cristo – At 4 e 2
Era um evento CERTO, INEVITAVEL e planejado (Atos 4.27,28 – “Porque verdadeiramente se ajuntaram, nesta cidade, contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, não só Herodes, mas também Pôncio Pilatos com os gentios e os povos de Israel; para fazerem tudo o que a tua mão e o teu conselho predeterminaram que se fizesse”).
Não foram forçados. Judas não foi forçado a trair a Cristo. No entanto estava tudo predeterminado – Lc 22.22: Porque, na verdade, o Filho do homem vai segundo o que está determinado; mas ai daquele homem por quem é traído!
Seguiram a inclinação malévola dos seus corações. Pedro os responsabiliza: At 2.23 (“...a este, que foi entregue
pelo determinado conselho e presciência de Deus, vós matastes, crucificando-o pelas mãos de iníquos”).
1. “A Predestinação é incoerente com o livre arbítrio do homem e com a responsabilidade moral deste, para com suas ações”.
Exemplos de como Deus trabalha:José no EgitoFaraóO Rei CiroA crucificação de CristoDois exemplos adicionais de como Deus
cumpre os seus propósitos, com a responsabilidade humana mantida – Absalão e os adoradores da Besta
Exemplos de Como Deus Trabalha. Dois exemplos adicionais
Deus cumpre os seus propósitos e, mesmo assim, preserva a responsabilidade humana. As pessoas não são “forçadas” a fazer o que fazem.
Absalão: 2 Sm 17.14 – Absalão segue um conselho, mas sem saber cumpre os desígnios de Deus: “Então Absalão e todos os homens e Israel disseram: Melhor é o conselho de Husai, o arquita, do que o conselho de Aitofel: Porque assim o Senhor o ordenara, para aniquilar o bom conselho de Aitofel, a fim de trazer o mal sobre Absalão”.
Adoradores da Besta: Ap 17.17 – Deus coloca nos corações a execução de suas intenções: “Porque Deus lhes pôs nos corações o executarem o intento dele, chegarem a um acordo, e entregarem à besta o seu reino, até que se cumpram as palavras de Deus”.
2. “Se tudo que acontece é pré-ordenado, como lemos, na Bíblia, que Deus ‘se arrepende’?”
Exemplos: Gn 6.6 (“...arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem na terra ...”) ou Joel 12.13(“...se arrepende do mal”)
Mudança de curso de ação ou de relacionamento.
Antropomorfismo / Antropopatismo – Linguagem com forma humana (Gn 18.20,21; 22.12; Jr 7.13; Lu 20.13)
2. “Se tudo que acontece é pré-ordenado, como lemos, na Bíblia, que Deus ‘se arrepende’?”
Não tem conotação do mesmo sentimento na pessoa humana. Nm 23.19: “Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele dito, não o fará? ou, havendo falado, não o cumprirá?” (também 1 Sm 29.15)
Não tem conotação de “remorso”. Mesmo o “arrependimento”, a mudança do
curso de ação, estava contemplada em seus planos insondáveis e maravilhosos
3. “Se existe um plano predeterminado por Deus para tudo, como é que a Sua vontade e a Sua missão é muitas vezes derrotada, como por exemplo em Mateus 23.37?” “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas,
apedrejas os que a ti são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e não o quiseste”!
Diferença entre Vontade Preceptiva e Vontade Decretiva.
2 Pe 3.9 – Preceptiva: Ele “…quer que todos venham a arrepender-se…”
Is 46.10 – Decretiva: Is 46.10 – “O meu conselho subsistirá, e farei toda a minha vontade”.
Compare: Mt 23.37, com Is 65.2 (“Estendi as minhas mãos o dia todo a um povo rebelde, que anda por um caminho que não é bom, após os seus próprios pensamentos”).
4. “Se a doutrina da Predestinação é verdade, como pode a Bíblia efetivar uma oferta sincera de salvação a todos, e como podemos nós, também, oferecê-la a todos os homens?”
Não somos Pesquisadores de Predestinados, mas Declaradores da Verdade.
A Chamada Universal: Is 1.18-19 - “Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados são como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que são vermelhos como o carmesim, tornar-se-ão como a lã; Se quiserdes, e me ouvirdes, comereis o bem desta terra”.
A Oferta da Salvação em Ez 3.4-14: “quer ouçam, quer deixem de ouvir”.
É sincera, é a verdade — “quem crer será salvo!” Sabemos, a posteriori, e nunca antecipadamente (como Jesus o sabia), que “os que creram” foram os predestinados – At. 13.48.
5. “A Predestinação apresenta um Deus que faz acepção de pessoas!”
Acepção de pessoa: aceitação ou rejeição baseada em qualidades ou em um potencial intrínseco de uma pessoa
A Predestinação bíblica é INCONDICIONAL, isto é, não é baseada em nada existente NO HOMEM, mas unicamente nos propósitos insondáveis de Deus.
5. “A Predestinação apresenta um Deus que faz acepção de pessoas!”
Deus não é parcial, mas sim SOBERANO. Suas dádivas são fruto da Graça (Rm. 9.15-18, Mt 20.13-15).
Qualquer sistema teológico apresenta esta dificuldade:Têm todos a mesma oportunidade?As pessoas nascem em locais e
circunstâncias diferentes.Uns têm mais oportunidades do que outros.
Cinco Implicações Práticas da Doutrina da Predestinação
Cap. 14 do livro “As Grandes Doutrinas da Graça” – Rev. Leandro Lima
1.Humildade.
2.Adoração Verdadeira.
3.Santidade.
4.Oração.
5.Evangelismo.
1. Humildade
1 Coríntios 1.26-29:
Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus.
2. Adoração Verdadeira (1)
Deuteronômio 7.6-7 e 11 (humildade adoração):
Porque tu és povo santo ao SENHOR, teu Deus; o SENHOR, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra. Não vos teve o SENHOR afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos...
Guarda, pois, os mandamentos, e os estatutos, e os juízos que hoje te mando cumprir
2. Adoração Verdadeira (2)
Efésios 1.11-12 (eleição glória e louvor):
... nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade, a fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo;
Michael Horton (As doutrinas da maravilhosa graça, 87): “Nenhuma doutrina expulsa o narcisismo das igrejas e dos púlpitos como ela. Nenhuma doutrina é mais própria para fazer a justificação pela graça mais central. Nenhuma doutrina tem mais sucesso em colocar o homem em seu devido lugar e Deus no que lhe pertence. Por isso, entender a predestinação é vital para a adoração”.
3. Santidade
John Wesley – “... mina a santidade” (Será? Mesmo argumento contra a salvação pela graça, refutado por Paulo em Romanos 6.1-2):
Romanos 1.7: A todos os amados de Deus, que estais em Roma, chamados para serdes santos...
1 Pedro 2.9: Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz...
2 Tessalonicenses 2.13: ... Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade
4. Oração
“Por que orar, se Deus já sabe”?
1. A Bíblia comanda – 1 Tessalonicenses 5.17: “Orai sem cessar”.
2. Jesus Ensinou – Mateus 5.6-13: “... assim...”
3. Jesus Orou – Lucas 22.41-42: “... de joelhos, orava, dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua”. (também Lucas 9.18)
4. Jesus Demandou (é bom para nós) – Lucas 22.46: “ ... orai, para que não entreis em tentação”.
5. Não é para informar a Deus: João 6.5-6
5. EvangelismoJá pensou se o nosso poder de convencimento fosse A CHAVE da conversão?
Deus fala a Paulo, em Corinto, mostrando que a eleição é motivação para evangelização – Atos 18.6, 9-10:
Opondo-se eles e blasfemando, sacudiu Paulo as vestes e disse-lhes: “Sobre a vossa cabeça, o vosso sangue! Eu dele estou limpo e, desde agora, vou para os gentios”.
Teve Paulo durante a noite uma visão em que o Senhor lhe disse: Não temas; pelo contrário, fala e não te cales; porquanto eu estou contigo, e ninguém ousará fazer-te mal, pois tenho muito povo nesta cidade.
Conclusão1. A doutrina da Predestinação é difícil.
2. Não deve ser negligenciada no nosso estudo da Palavra.
3. Ela enaltece a Deus e o apresenta em toda a Soberania que lhe é atribuída na Bíblia.
4. A rejeitamos porque “achamos” que ela pode desencorajar a pregação do evangelho.
5. Devemos deixar a Bíblia falar por si.
6. Deus é maior que as nossas precauções e temores
7. É glorioso saber que estamos nas mãos de um Deus Soberano, que nos amou, nos deu a Salvação e que rege os nossos passos.
8. Temos um Deus que tudo pode e que, por esta razão, temos plena confiança no cumprimento das suas promessas, na vitória e na comunhão final ao Seu lado.
Romanos 11.33-36
Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído? Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!