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Apocalipse Capítulo 7
Aula 13
Você que tem acompanhado sabe que temos seguido sistematicamente o texto e, sabe também que, dos sete
selos existentes seis já foram ‘abertos’. Pela lógica estudaríamos o sétimo hoje, mas o livro apresenta uma
interrupção.
Esse é o capítulo 7. este capítulo não é uma continuação do 6, mas uma interrupção ou um interlúdio que tem como seu propósito maior
trazer consolo aos cristãos perseguidos. Além disso, como
veremos este interlúdio também oferece:
...
1. Informações sobre a situação dos santos (fiéis) e sobre o conflito
que envolve os selos, as trombetas e as taças.
2. Veremos também que o interlúdio ressalta ainda mais o controle
de soberano Deus sobre todo processo que ele revela.
3. Esse interlúdio, em particular, responde à pergunta que conclui o
sexto selo.
Que pergunta é essa?
“Quem poderá subsistir?”
Esse capítulo não somente responde essa pergunta, mas
também ressalta o contraste entre os santos e pecadores. Assim, os
habitantes da terra ou os pecadores não resistirão quando o juízo de
Deus se abater sobre eles...
Mas, os habitantes do céu ou os santos, subsistirão porque eles têm o
selo de Deus. Portanto, eles certamente subsistirão em meio aos
juízos derramados sobre este mundo. Assim, a pergunta de 6.17 (‘quem
poderá subsistir ?’); é respondida por 7.9 (a grande multidão).
A grande multidão subsistirá!!!
O consolo encontrado neste capítulo se dá por meio da proteção
de Deus garantida àqueles que permanecerem fiéis. Deste modo, o
‘selamento’ ou a “marcação” destes fiéis descreve o modo que
esta garantia se estabelecerá. ...
Fica bem claro que os selos trombetas e taças são derramados
somente sobre os que não são salvos, enquanto os crentes fiéis
são poupados por terem sido selados por Deus.
Ao mesmo tempo, o selamento dos santos leva adiante a promessa feita
aos mártires em 6. 9 a 11, “ que esperassem ainda por um pouco
mais de tempo, até que se completasse o número de seus conservos que haveriam de ser
mortos”.
Devemos notar uma aparente distinção entre essas duas
revelações de Deus acerca do número que Ele próprio
espera completar.
6:11 e 7:3
Devemos notar que uma é o inverso da outra:
No capítulo 6 é o número dos mortos que deve ser completado.
No capítulo 7 é o número dos vivos que precisa ser completado.
Como os fiéis podem ser, ao mesmo tempo,
protegidos e mortos?
A resposta está na percepção de que os dois grupos que precisam ser
completados se aplicam a aspectos diferentes desses últimos dias. Quero
dizer: os santos serão protegidos da ira de Deus, mas não são protegidos da ira da besta. Os fiéis não sofrerão os juízos do selos, das trombetas e das taças, mas sofrerão as perseguições
dos habitantes da terra...
O que ratifica com as palavras de Cristo:
Em verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou
filhos, ou campos, por amor de mim e do evangelho, Que não receba cem vezes
tanto, já neste tempo, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e
campos, com perseguições; e no século futuro a vida eterna. Mc 10.29 e 30
Mateus 10: 28 E não temais os que matam o corpo e não podem matar a
alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a
alma e o corpo.
O apocalipse força o leitor a perceber o que realmente importa, se é o aspecto
terreno ou o celestial. Aprendemos assim que Deus protege a parte vital
(a que verdadeiramente importa),
a alma, mas permite o sofrimento intenso neste mundo.
Aliás, o NT como um todo, nos alerta sobre esta verdade. Ouçamos:
Romanos 5. 3 a 5Romanos 8: 16 a 18 e 35 a 37
1ª Coríntios 4. 8 – 131ª Tessalonicenses 1. 6 e 71ª Pedro 3. 13 a 15 e 4:19
Devemos notar e crer que a presença de Deus nunca se faz tão real quanto
em tempos de sofrimento e perseguição. A mensagem de
apocalipse 7 reitera essa verdade importante.
...
Deste modo, os crentes fiéis não têm razão alguma dos eventos terríveis garantidos pelo juízo de Deus. Pois pertencem a Deus e são povo Dele.
O teólogo Krodel observa o jogo intencional com o termo “selo”. Diz ele:
“...enquanto o Cordeiro abre os ‘selos’ de juízos contra os não
salvos, Deus coloca o seu ‘selo’ sobre os salvos. Os habitantes da terra são selados para o juízo, ao
passo que os habitantes do céu são selados para salvação.”
Dadas as devidas garantias por parte de Deus de que os crentes fiéis estarão
salvos de seus juízos, somos conduzidos pelo texto ao debate sobre
a ligação entre:Os santos selados na terra
(7. 1 a 8)As multidões que adoram no céu
(7. 9 a 17)
São dois grupos distintos ou o mesmo grupo?
A resposta depende de se as tribos aqui descritas são interpretadas
literalmente em referência ao povo judeu convertido a Cristo durante esse
período ou se essas tribos são compreendidas simbolicamente em
referência à igreja como o novo Israel.
O que vocês pensam?
Abordaremos esse assunto com maior profundidade mais adiante. No entanto,
preciso adiantar algumas considerações que nos ajudarão para
interpretação futura. São elas:1. Interpretar essas tribos de modo literal é difícil, em parte, porque dez
das doze tribos se perderam no exílio babilônico fazendo com que já não existissem no período de João.
2. A interpretação literal dessas tribos restringe o ‘selamento’ de Deus aos
judeus e exclui os gentios; quero dizer: os gentios não são contados dentro os selados de 7.3 e 4; mas os judeus são contados dentre a grande multidão de
7.9. Há justiça nisso? O que dificulta essa linha é que toda
atmosfera de todo livro indica que toda igreja em unidade está envolvida.
3. Admitir que essas tribos fazem referência literalmente à Israel, é também dizer que os 144.000 são
compostos exclusivamente de judeus. Teria o Senhor filhos preferidos?
4. Interpretar tais tribos como literais iria na contramão de todo livro que em momento algum faz menção separada
de judeus convertidos da igreja gentílica. Pelo contrário, o povo de
Deus é apresentado em unidade e de modo inextricável, os fiéis vencedores
de todas as eras.
Assim, concordem ou não, é mister, é necessário que entendamos que o
propósito deste interlúdio é apresentar o povo de Deus sendo selado antes do derramamento dos juízos e, então, no céu, adorando a Deus, depois que o número dos mártires foi completado.
Tentando entender de modo cronológico, podemos afirmar que em
relação aos selos o capítulo 7: 1 ao 8, nos apresenta uma
retrospectiva do período imediatamente anterior ao derramamento do juízo
divino, e o texto de 7. 9 a 17 nos leva adiante para o período posterior a
esses juízos. Quero dizer:
Os fiéis são selados como propriedades de Deus e, então,
estão imediatamente no céu regozijando-se nos frutos de seu
serviço e de sua fidelidade a Deus.
Porque foram guardados e protegidos pelo próprio Deus!
Fato é que as promessas desse texto têm uma grande aplicação para nós. É encorajador, por exemplo, saber que Deus com seu poder retêm os ‘ventos
da destruição’. Como Pedro nos ensina: “Deus é paciente para
convosco e não quer que ninguém pereça, mas que todos venham a se
arrepender”.
Deus não muda. A mesma paciência que ele teve nos dias de Noé e que terá durante a grande tribulação, ele também demonstra hoje, por isso,
podemos nos alegrar na fidelidade e na misericórdia de Deus. E mais, devemos
fazer deste estado paciente de Deus uma oportunidade para o conserto de
nossas vidas pois seu juízo vem!
ApocalipseCapítulo 7: 4-9
Continuação: Aula 13b
Quero começar relembrando que na semana passada aprendemos que o capítulo 7 não é uma continuação do 6, mas uma interrupção ou um
interlúdio que tem como seu propósito maior trazer consolo, fortalecimento e garantias aos cristãos perseguidos e, não só
isso, ...
O capítulo 7, em particular, responde à pergunta que os habitantes da terra fizeram e que conclui o sexto selo.
...
“Quem poderá subsistir?”
Esse capítulo não somente responde essa pergunta, mas
também ressalta o contraste entre os santos e pecadores. Assim, os
habitantes da terra ou os pecadores
não resistirão quando o juízo de Deus se abater sobre eles...
Mas, os habitantes do céu ou os santos
subsistirão porque eles têm o selo de Deus. Portanto, eles
certamente subsistirão em meio aos juízos derramados sobre este mundo.
Assim, a pergunta de 6.17 (‘quem poderá subsistir ?’); é respondida por
7.9 (a grande multidão).A grande multidão subsistirá!!!
O consolo encontrado neste capítulo se dá por meio da proteção
de Deus garantida àqueles que permanecerem fiéis. Deste modo, o
‘selamento’ ou a “marcação” destes fiéis descreve o modo que
esta garantia se estabelecerá. ...
Fica bem claro que os selos trombetas e taças são derramados
somente sobre os que não são salvos, enquanto os crentes fiéis
são poupados por terem sido
selados por Deus.
Com isso, aprendemos também que no livro de apocalipse não há
neutralidade! Eu diria que em toda bíblia, mas esse princípio é sublinhado
neste livro talvez porque trata das coisas concernentes ao fim cada vez
mais próximo.
...
Com o seu selo, Deus também está dizendo que uma pessoa só pode pertencer a Ele ou a satanás. Não existe meio termo, de modo que alguém “em busca” nesse livro
ainda não é um seguidor de Jesus Cristo. Pode estar no processo,
mas ainda não o é.
...
Aliás, sobre esse tema encontramos nas palavras de Cristo palavras
duríssimas contra os judeus que em nome de uma autodefesa alegavam
que eram filhos de Abraão. Fato é que a resposta que eles encontraram
de Jesus foi:
...
"Vocês pertencem ao pai de vocês, o diabo, e querem realizar
o desejo dele. Ele foi homicida desde o princípio e não se
apegou à verdade, pois não há verdade nele. Quando mente, fala
a sua própria língua, pois é mentiroso e pai da mentira.
João 8:44...
Mas, ainda sim, quero ler todo contexto deste episódio vivido por Jesus Cristo:
João 8: 31 a 59
Quer dizer, Jesus afirma categoricamente que não crer nele, a
negação de sua pessoa como o Messias prometido, como o filho de
Deus enviado ao mundo para salvação de todo homem e mulher é equivalente
a tornar-se servo de satanás e encontrar nele sua paternidade; seja
quem for, inclusive os judeus.“vocês dizem que são filhos de Abraão,
mas o diabo é que é o pai de vocês”
O que aguça, no mínimo, nossa curiosidade para entendermos o que significa o “selamento das doze
tribos” em apocalipse 7 e o que isso tem a ver com “a grande multidão que adora a Deus e ao cordeiro
no céu”.
Voltando ao texto e percebendo que as devidas garantias foram dadas por parte de Deus e que
deste modo, os crentes fiéis estarão salvos de seus juízos,
porque selados.
Somos conduzidos por esse mesmo texto ao debate sobre a ligação entre:
Os santos selados na terra(7. 1 a 8)
As multidões que adoram no céu(7. 9 a 17)
A resposta depende de se as tribos aqui descritas são interpretadas
literalmente em referência ao povo judeu convertido a Cristo – afinal de contas trata-se de Israel e alguma coisa vai acontecer para que eles
sejam salvos – ou, se essas tribos são compreendidas simbolicamente em
referência à igreja como o novo Israel.
João começa essa seção de um modo interessante: ‘então ouvi o número dos que foram selados’; 144.000 que, como
bem sabemos indicam completude (12x12x1000) e não um número exato
ou fechado em si mesmo.
A quem se refere este número?
A grande questão é se os 144.000 são uma referência a Israel ou à Igreja.
Concomitantemente, está o debate sobre a questão que tenta responder se 7. 1 a 8 e 7. 9 a 17 falam de um mesmo grupo de pessoas ou não.
Quero, de antemão, dizer que há quem defenda substancialmente
os dois caminhos, separadamente é claro.
Existem os que acreditam que 7. 1 – 8 refere-se a judeus convertidos, assim interpretam o capítulo 7 tratando de
dois grupos distintos.
Em contra partida existem os que de igual modo defendem
substancialmente que o capítulo 7 trata da Igreja como um todo, portanto, um único grupo, o da igreja vencedora.
Quanto aos primeiros, Osborne cita, por exemplo, John Walvoord, Josef
Seiss, Dwight Pentecost, que defendem a literalidade do texto e
fundamentam sua defesa na expressão “ de todas as tribos dos filhos de
Israel”. Tais pesquisadores argumentam que “Israel” é sempre
usado em referência ao povo Judeu do AT e do NT,...
...e que a ênfase em ‘cada tribo’ dificilmente pode ser espiritualizada
para indicar a igreja. Robert Thomas diz o seguinte:
“não existe nenhum exemplo claro em que a Igreja é chamada de Israel no NT ou nos escritos da
igreja antiga até 160 d.C.”
Afirmam ainda mais, pois para estes ver essas tribos como o novo Israel é ignorar o sentido literal do termo e o seu uso nas escrituras. Para John
Walvoord, “seria ridículo entender a tipologia de Israel como representação da Igreja a ponto de dividi-la em doze
tribos como ocorre aqui, caso a intenção do autor fosse
descrever a igreja”...
Em fim, para estes teólogos, o uso literal do termo ‘Israel’ e o
detalhamento das tribos deve ser interpretado como literal
referência ao povo judeu.
...
Todavia, porém, entretanto, há muitas indicações de que João está tratando
da Igreja, especialmente pela centralidade que a igreja ocupa ao
longo de todo livro de apocalipse. Para se ter uma ideia, não existe menção
separada de judeus convertidos à parte da igreja gentílica em qualquer outro
texto de apocalipse.
Quando chegarmos ao capítulo 21 veremos que o nome das doze tribos
estão sim escritas nos portões da nova Jerusalém, mas de igual modo, os nomes dos doze apóstolos estão
escritos na fundação. Aliás, ouçamos o texto:
21: 12 E tinha um grande e alto muro com doze portas, e nas portas doze
anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos dos filhos
de Israel.13 Do lado do levante tinha três portas, do lado do norte, três portas, do
lado do sul, três portas, do lado do poente, três portas.14 E o muro da
cidade tinha doze fundamentos, e neles os nomes dos doze
apóstolos do Cordeiro.
Ali, tais nomes indicam a unidade do povo de Deus do AT e do NT no
apocalipse que são identificados como um só grupo – os féis vencedores – além disso, sabemos que em vários
momentos o NT, como um todo, trata a igreja como o
novo ou verdadeiro Israel.
...
Osborne chega a afirmar:“Jesus Cristo escolheu os doze
apóstolos, mais provavelmente, para indicar o remanescente justo com uma encarnação do verdadeiro Israel e lhes
prometeu: Vós também vos assentareis em doze tronos, para
julgar as doze tribos de Israel”Mateus 19.28
Quatro outros textos, agora em Paulo e Pedro, nos ajudam na compreensão
deste tema. São eles:
Gálatas 3.
26 Todos vocês são filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus,27 pois os que em Cristo foram
batizados, de Cristo se revestiram.28 Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois
todos são um em Cristo Jesus.29 E, se vocês são de Cristo, são
descendência de Abraão e herdeiros segundo a promessa.
Romanos 2: 28 e 29
“Não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é meramente exterior e física.
Não! Judeu é quem o é interiormente, e circuncisão é a
operada no coração, pelo Espírito, e não pela lei escrita.”
Filipenses 3Finalmente, meus irmãos, alegrem-se no
Senhor! Escrever-lhes de novo as mesmas coisas não é cansativo para mim e é uma segurança para vocês. Cuidado com os cães, cuidado com esses que praticam o
mal, cuidado com a falsa circuncisão! Pois nós é que somos a circuncisão, nós que
adoramos pelo Espírito de Deus, que nos gloriamos em Cristo Jesus e não temos
confiança alguma na carne,
embora eu mesmo tivesse razões para ter tal confiança. Se alguém pensa que tem razões para confiar na carne, eu ainda
mais: circuncidado no oitavo dia de vida, pertencente ao povo de Israel, à tribo de
Benjamim, verdadeiro hebreu; quanto à lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei,
irrepreensível.
Mas o que para mim era lucro, passei a considerar perda, por causa de Cristo.Mais do que isso, considero tudo como
perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por cuja causa perdi todas as coisas. Eu as considero como esterco para
poder ganhar a Cristo
e ser encontrado nele, não tendo a minha própria justiça que procede da lei, mas a
que vem mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus e se baseia na fé.
Quero conhecer a Cristo, ao poder da sua ressurreição e à participação em seus
sofrimentos, tornando-me como ele em sua morte para, de alguma forma, alcançar a
ressurreição dentre os mortos.
Não que eu já tenha obtido tudo isso ou tenha sido aperfeiçoado, mas prossigo para
alcançá-lo, pois para isso também fui alcançado por Cristo Jesus.
Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço:
esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão
adiante,
prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus.Todos nós que alcançamos a maturidade devemos ver as coisas dessa
forma, e se em algum aspecto vocês pensam de modo diferente, isso também
Deus lhes esclarecerá. Tão somente vivamos de acordo com o que já
alcançamos.
Irmãos, sigam unidos o meu exemplo e observem os que vivem de acordo com o
padrão que lhes apresentamos.Pois, como já lhes disse repetidas vezes, e agora repito com lágrimas, há muitos que
vivem como inimigos da cruz de Cristo.Quanto a estes, o seu destino é a perdição, o seu deus é o estômago e têm orgulho do
que é vergonhoso; eles só pensam nas coisas terrenas.
A nossa cidadania, porém, está nos céus, de onde esperamos ansiosamente
um Salvador, o Senhor Jesus Cristo.Pelo poder que o capacita a colocar
todas as coisas debaixo do seu domínio, ele transformará os nossos
corpos humilhados, para serem semelhantes ao seu corpo glorioso.
Finalmente 1ª Pedro 2.9 que descreve a Igreja como “geração eleita, povo
adquirido, sacerdócio real, nação santa”.
Termos que, muito provavelmente foram extraídos do profeta Isaías e de Deuteronômio. Quer dizer, textos que num primeiro momento foi aplicado ao
povo Judeu, agora alcança um significado universal sendo aplicado à
Igreja de Cristo como um todo.
Com base nestes fundamentos há quem afirme categoricamente que
Apocalipse 7. 4 a 8 descreve a Igreja em sua totalidade como o
verdadeiro Israel. Para esta corrente teológica, o propósito é enfatizar a perfeita
completude do número total dos fiéis perseverantes da igreja de
um modo triplo. Explico:
Tomando o número 12 (o número da completude), elevando-o ao quadrado e multiplicando-o por mil (outro número que simboliza completude. Em outras
palavras, os 144mil são os vencedores do período da tribulação que
permanecerem fiéis a Cristo em meio à terrível perseguição instigada
pela besta...
Quer dizer, enquanto 7. 1 a 8 apresenta a Igreja militante na terra,
selada e posta em formação antes de a luta começar; 7. 9 a 17 mostra essa
mesma igreja, e não há outra, triunfante no céu após a grande batalha da qual saiu vitoriosa.
São os fiéis festejando no céu pela tão grande salvação com
que foram alcançados. A cena muda da terra para o céu.
A multidão incontável contrasta com os mártires e com os 144 mil no sentido de que ambos foram contados, já a
multidão é incontável.
Mas, termino essa aula com As seguintes perguntas:
Quem são estes que formam essa grande e incontável multidão?
De onde ela veio?Como ela vive?
O que ela faz no céu?O que Deus faz com ela no céu?
Enquanto não temos as respostas para estas perguntas, reafirmo que a
recompensa garantida e encontrada nos versículos 9 a 17 para a
perseverança exigida em 7. 1 a 8 faz valer a pena todo esforço necessário e feito com o intuito de permanecermos
fiéis. Que esta igreja seja contada dentre estes que permanecem fiéis!
ApocalipseCapítulo 7: 9 a 17
Continuação: Aula 13c
Diante do que refletimos na semana passada, a
conclusão que chegamos foi:
Enquanto 7. 1 a 8 apresenta a Igreja militante na terra, selada e posta em formação antes da luta começar; 7. 9 a 17 mostra essa mesma igreja, e não há outra,
triunfante no céu após a grande batalha da qual saiu vitoriosa.
São os fiéis festejando no céu pela tão grande salvação com
que foram alcançados. Assim, A cena muda da
terra para o céu.
Mas, vocês devem se lembrar que pouco antes do término,
lancei algumas perguntas sobre o texto que nos servirá de base
para nossa aula de hoje. Repito:
Quem são estes que formam essa incontável multidão?
De onde ela veio?Como ela vive?
O que ela faz no céu?O que Deus faz com ela no céu?
A aula de hoje tentará responder tais perguntas.
Repito: tentará!
Sobre essa multidão, de início, pode-se acreditar em duas possibilidades:
1.Pode ser que esta multidão seja constituída de três grupos, cada um
sendo parte do grupo seguinte, a saber:
Os mártires do cap. 6.9 são parte daqueles que são selados em 7.
4 – 8, e estes são parte da grande multidão de 7:9.
Mas, também podemos considerar e esta é a possibilidade mais
provável, o seguinte:
A incontável multidão é formada por dois grupos: os santos e aqueles
que foram martirizados.
O que se segue nos ajudará numa compreensão melhor sobre estas
teorias.
Por isso, devemos pensar sim sobre a referência que o termo ‘multidão’ faz
em relação ao período a que ele engloba.
Seria este termo uma referência exclusiva aos mártires do período
final da história?
Para respondermos será preciso reportarmos ao vers. 14.
E ele disse-me: Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do
Cordeiro.
Vejam que o texto identifica a multidão como ‘os que vieram da
grande tribulação’, e ‘lavaram as suas vestes no
sangue do Cordeiro’.Engana-se que pensa que a ênfase
está no martírio. Explico:
Sabemos que a metáfora ‘lavar suas vestes’ e ‘branqueá-las no sangue do
Cordeiro’ indica um avivamento moral e espiritual por terem sido libertos do pecado sórdido deste mundo e sido
purificados diante de Deus.
Isso acontecerá com quantos dentre essa multidão?
Com Todos!
Só farão parte dessa multidão incontável os que foram lavados pelo sangue do Cordeiro. O que revela um senso de totalidade e igualdade entre aqueles que a
integrarem...
Portanto a ênfase está na vitória sobre as forças do mal e na
fidelidade a Jesus Cristo em meio à terrível conflagração. Assim,
devemos notar, ainda que inter-relacionados, são dois os caminhos
para a vitória:O da perseverança em geral.O do martírio em particular.
João também nos diz:
Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e
tribos, e povos, e línguas,
Apocalipse 7:9
O que forma um paralelo com 5.9
“porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus
homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação;”
Preciso ainda dizer que há uma particularidade gramatical no texto.
Notem que João fala “toda nação” (no singular) seguido de quatro plurais.
Ou seja:TODA NAÇÃO que será formada de
todas as nações, tribos, povos e línguas.
Onde está a ênfase?
Toda nação, é claro. O que ecoa, inclusive, a promessa de Gen. 17.4
feita à Abraão – ‘serás pai de muitas nações’ ;
Enquanto o plural ‘tribos’ inclui Israel;
sugerindo que os cristãos judeus e gentios juntos formam a totalidade
do povo de Deus.
Contudo, ainda há mais o que se extrair destas expressões. Por exemplo, ‘TODA NAÇÃO’ dá
continuidade a ênfase do livro na missão universal da igreja para as
‘nações’. Ouçamos:
E ele disse-me: Importa que profetizes outra vez a muitos povos, e nações, e
línguas e reis. Apocalipse 10:11---
E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe poder
sobre toda a tribo, e língua, e nação.Apocalipse 13:7
E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o
proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e
língua, e povo,
E as nações dos salvos andarão à sua luz; e os reis da terra trarão para ela a
sua glória e honra.
Apocalipse 14:6 e 21.24
Repito, TODA NAÇÃO dá continuidade à ênfase do livro na missão universal
da igreja para as ‘nações’ e, há inclusive, quem interprete esta
expressão com cumprimento de Isaías 66. 18 a 21
Ouçamos:
18 Porque conheço as suas obras e os seus pensamentos; vem o dia em que ajuntarei
todas as nações e línguas; e virão e verão a minha glória. 19 E porei entre eles um
sinal, e os que deles escaparem enviarei às nações, a Társis, Pul, e Lude, flecheiros, a Tubal e Javã, até às ilhas de mais longe,
que não ouviram a minha fama, nem viram a minha glória; e anunciarão a minha
glória entre os gentios.
20 E trarão a todos os vossos irmãos, dentre todas as nações, por oferta ao
SENHOR, sobre cavalos, e em carros, e em liteiras, e sobre mulas, e sobre
dromedários, trarão ao meu santo monte, a Jerusalém, diz o SENHOR; como quando os filhos de Israel trazem as suas ofertas
em vasos limpos à casa do SENHOR.21 E também deles tomarei a alguns para sacerdotes e para levitas, diz o SENHOR.
Portanto, o singular TODA NAÇÃO é a ênfase principal e os outros termos (nações, povos, tribos e línguas)
o complementam.
Fato é que uma vez estando ‘diante do trono’ os fiéis obtêm um lugar de
honra quando recebem suas recompensas pela fidelidade.
Sabedora de sua condição de honra, a multidão celebra, adora. Aprendemos
que o clamor dos mártires era por justiça, aqui o clamor dá vez à festa, ao
louvor em virtude da alegria com a justiça que os santos receberam de
Deus.
Essa, portanto, é a celebração da vitória conquistada por Deus contra
seus inimigos e da libertação de seus seguidores selados. Nós! Amém?
Assim, neste sentido, 7. 1 a 8 é a promessa e 7. 9 a 17 celebra o cumprimento dessa promessa
para aqueles que perseveraram...
E mais, o texto continua dizendo que a perseverança e o fato de terem se
mantido puros, trarão ainda mais bênçãos que podem ser
resumidas em três partes. A saber:1.A presença e o serviço constantes
diante de Deus. 2. A remoção de todo sofrimento.
3. As ações do cordeiro e de Deus em favor da grande multidão.
“Por isso estão diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite...”
A ideia aqui recai sobre a vida toda como uma adoração oferecida a Deus permanentemente e ininterruptamente.
Aliás, como o ideal de Deus estabelecido para os seus filhos
enquanto aqui, nesta esfera humana. Basta lembrarmos de Paulo:
Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que
apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
Porque a circuncisão somos nós, que servimos a Deus em espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não
confiamos na carne.Rom. 12.1 e Filp. 3.3
Vejam que negar-se a viver assim, digo, como Deus espera é negar-se a
experimentar na terra, ainda que limitados por nossas fraquezas, a vida
que nos aguarda no céu.
O texto continua...
“...e aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a sua sombra.”
Ou “Aquele que está sentado no trono os
abrigará em sua tenda.”Ou
“e o que está sentado sobre o trono estenderá o seu tabernáculo
sobre eles.”
Sabemos que o tabernáculo era uma tenda. Em Êxodo 25.8 Deus diz:
“Eles me farão um santuário para que eu habite no meio deles”
Deste modo, quando João diz: “e o que está sentado sobre o trono estenderá o seu tabernáculo
sobre eles.”Devemos entender...
...Que na eternidade os santos experimentarão literalmente a glória de
Deus. O povo de Deus passará a eternidade no ‘lugar santíssimo’
celestial, pois Deus habitará entre eles garantindo conforto, proteção e
alegria eterna.
Enfim, chegamos à última seção deste capítulo e sua ênfase é levar o povo de Deus à consciência de uma
necessidade mais profunda do refrigério espiritual encontrado
e dado por Deus.
Diz o texto:
16 Eles não terão fome, nem sede nunca jamais; nem cairá sobre eles o
sol, nem calor algum, 17 porque o Cordeiro que está no meio do trono os pastoreará e os conduzirá às fontes da água da vida, e Deus enxugará toda a
lágrima dos olhos deles.
“Não terão mais fome e nem sede”
Do que Deus está falando?
Na bíblia aprendemos que a ‘fome’ faz referência não apenas às
necessidades físicas, mas a todas as necessidades da vida, como nos
ensina Isaías 55.Ouçamos:
1 Todos vós, que estais sedentos, vinde à nascente das águas; vinde comer, vós que não
tendes alimento. Vinde comprar trigo sem dinheiro, vinho e leite sem pagar! 2 Por que despender vosso dinheiro naquilo que não
alimenta, e o produto de vosso trabalho naquilo que não sacia? Se me ouvis, comereis excelentes
manjares, uma suculenta comida fará vossas delícias. 3 Prestai-me atenção, e vinde a mim; escutai, e vossa alma viverá: quero concluir
convosco uma eterna aliança, outorgando-vos os favores prometidos a Davi
Nesta mesma vertente Jesus disse: “felizes sois vós que agora tendes fome, porque ficarão satisfeitos”
(Luc. 6.21). Fato é que ‘fome’ e ‘sede’ são praticamente certas para aqueles
que servem a Deus de modo verdadeiramente pleno. Foi assim com
Paulo e seus companheiros.Ouçamos 1ª Cor. 4:
10 Nós somos loucos por amor de Cristo, e vós sábios em Cristo; nós fracos, e vós fortes; vós ilustres, e nós vis. 11 Até esta presente hora
sofremos fome, e sede, e estamos nus, e recebemos bofetadas, e não temos pousada
certa, 12 E nos afadigamos, trabalhando com nossas próprias mãos. Somos injuriados, e
bendizemos; somos perseguidos, e sofremos;13 Somos blasfemados, e rogamos; até ao
presente temos chegado a ser como o lixo deste mundo, e como a escória de todos.
Mas, em contrapartida, o que Deus revela e garante é que todas as provações da vida
sofridas por causa de Jesus Cristo simplesmente demonstram o poder
extraordinário de Deus."Porque para mim tenho por certo que as
aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de
ser revelada." (Romanos 8 : 18)Deste modo,
Todos os que submetem a tais ‘sacrifícios’ em nome de Jesus Cristo têm a garantia de sua recompensa final, quando Deus converterá sua
fome em êxtase eterno, e o cordeiro satisfará a sede deles para sempre.
Não somente serão atendidas suas necessidades físicas, como também nunca mais serão prejudicados por
qualquer privação externa, representado aqui pelo sol sempre
escaldante sobre suas cabeças. Isso não mais acontecerá, pois Deus
‘escurecerá’ o sol para bênção dos seus redimidos.
Por fim, seremos pastoreados por Cristo. O Cordeiro se torna pastor, o
bom pastor que conhece suas ovelhas às chama pelo nome e dá sua
vida por elas.
Terá alguma falta àquele que por Cristo for pastoreado?
Sabemos que não!
Jesus será o pastor que os conduzirá às fontes das águas, quer dizer, os
conduzirá à verdadeira e eterna vida que só ele e o pai têm a oferecer.Como se não fosse suficiente, o texto continua e nos revela uma
última graça:
“e Deus enxugará toda a lágrima dos olhos deles.”
Há quem diga que estas lágrimas são referências às tristezas que sentimos
por causa dos pecados e erros da vida presente. Contudo, o mais provável é
que estas lágrimas estejam relacionadas aos sofrimentos oriundos
das perseguições e dos martírios. Fato é que, qual seja a sua origem,
Deus garante que toda dor, tristeza e lágrima, serão removidas para sempre.
Permitam-me um breve resumo do que aprendemos
neste capítulo:
Antes da tribulação, a igreja é selada na terra, ou o novo Israel é selado na terra, ou os fiéis são selados na terra, ou os santos são selados na terra –
como queiram.
Depois da tribulação, os que venceram a tribulação são recompensados no
céu. Vimos que a recompensa divina tem três aspectos.
1. Teremos o privilégio de ficar de pé diante do trono de adoração
contínua por toda a eternidade habitando com Deus literalmente.
2. Todos os sofrimentos e tristezas terrenos serão eliminados
completamente. As privações internas (sede e fome) e externas (calor escaldante) serão removidas e experimentaremos o êxtase e a
satisfação para sempre.
3. O Cordeiro se tornará nosso Pastor, conduzindo-nos às fontes de águas
geradoras de vida plena e Deus enxugará todas as lágrimas de
sofrimento.
O que devemos entender destas promessas?
Vale a pena ser cristão e levar Deus a sério. Por isso Deus insiste em nos
encorajar a perseverar neste vida, pois sua recompensa é certa para os que
permanecerem fiéis. E mais, devemos reconhecer que o que é descrito nestas
palavras são, principalmente, as recompensas eternas de nossa
existência celestial futura.
Deste modo, quando passarmos por provas ou aflições – quer que origem
tenham – será importante trazer à mente os resultados prometidos aos
vencedores, pois assim seremos fortalecidos e encorajados à
perseverança e pureza que resultarão de nossa fidelidade.
Deus nos ajude!