As religiões-de-matriz-africana-e-a-escola apostila
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ILÈ ASÉ E NSTITUTO OROMILADE. 2012 As religiões de matriz africana e a escola. Guardiãs da Herança cultural, memória e tradição africana. Yá comendadora Carmen S. Prisco R UA E ROS E MILIO T UROLA , 35/45- P RAIA G RANDE /SP.
As religiões-de-matriz-africana-e-a-escola apostila
1. IL AS E NSTITUTO OROMILADE. 2012 As religies de matriz
africana e a escola. Guardis da Herana cultural, memria e tradio
africana. Y comendadora Carmen S. Prisco R U A E R O S E M I L I O
T U R O L A , 3 5 / 4 5 - P R A I A G R A N D E / S P .
2. Mapa da dispora africana. Nossa contribuio comea quando
analisamos o mapa da dispora africana e a chegada cronolgica dos
escravos africanos ao Brasil. NOSSOS ANCESTRAIS: BANTUS, grupo mais
numeroso, dividiam-se em dois subgrupos: angola-congoleses e
moambiques. A origem desse grupo estava ligada ao que hoje
representa Angola, Zaire e Moambique (correspondestes ao centro-sul
do continente africano) e tinha como destino Maranho, Par,
Pernambuco, Alagoas, Rio de Janeiro e So Paulo. IORUBAS OU NAGS
-SUDANESES dividiam-se em trs subgrupos: iorubas, jejes e
fanti-ashantis, trazidos do sudoeste do continente africano do que
hoje representado pela Nigria, Daomei e Costa do Ouro e seu destino
geralmente era a Bahia. Os IORUBS so o principal grupo tnico nos
estados de Ekiti, Kwara, Lagos, Ogun, Ongo, Osun, e Oyo. Um nmero
considervel de iorubas vive na Repblica do Benin, Os JEJES so um
povo africano que habita o Togo, Gana, Benim e regies vizinhas,
representado, no contingente de escravos trazidos para o Brasil,
pelos povos denominados fon, w, mina, fanti e ashanti. Os
GUINEANOS-SUDANESES MUULMANOS dividiam-se em quatro subgrupos:
fula, mandinga, haussas e tapas. Esse grupo tinha a mesma origem e
destino dos sudaneses, a diferena estava no fato de serem
convertidos ao islamismo. FON - a maior expresso histrica, poltica
e social do povo se expressou no Benin atravs do Reino do Dahomey e
na Dispora africana atravs do vodun. Todos esses, falando lnguas
diferentes e cultuando seus prprios deuses.
3. CONSTRUINDO NOSSA RELIGIOSIDADE E CONHECIMENTO Os bantus Os
angolanos e os congueses chegaram primeiro aqui. A partir de 1580 j
havia uma grande quantidade de escravos na Bahia. Os negros de
Angola foram escravizados junto com os ndios nas fazendas dos
jesutas e de certos senhores de engenho. Eles receberam dos
indgenas o segredo das plantas da terra e criaram os primeiros
candombls, chamados de calunduns. Os djedjes. No sculo XIX chega a
prxima leva de escravos africanos que so os djedjes, muito
importantes numericamente, eles j encontram uma tradio religiosa
organizada, herdam vrios elementos, mas trazem muitos recursos
importantes da prpria tradio jeje e criam uma segunda tradio aqui.
Os nagos. Ainda h um terceiro momento, dos nags e iorubs, que so os
ltimos a chegar, mas vm com tradies poderosssimas, que trazem
muitas novidades tambm, mas que absorvem essa terminologia, essa
organizao espacial, tanto que dentro do candombl de ketu existem
vrios termos de Angola e do jeje, que foram absorvidos. Ou seja, o
candombl de ketu nag trouxe tradies que influenciaram todos os
demais, mas, por sua vez, eles tambm absorveram tradies que j
estavam instaladas aqui. Alm de se misturarem entre si, as tradies
africanas tambm receberam influncias das culturas indgena e
portuguesa. Este cruzamento a base da criao de religies como a
umbanda, o catimb e a jurema nordestina. A religiosidade afro
brasileira. O candombl, o cabula, a umbanda, a quimbanda, etc.
Cultos etnico-religiosos. - Rio Grande do Sul, e se estendeu para
pases vizinhos como Uruguai e Argentina. fruto de religies dos
povos da Costa da Guin e da Nigria, como as naes Jeje, Ijex, Oy,
Cabinda e Nag. - Do Calundu colonial da Bahia surgem os primeiros
terreiros de candombl e com eles a organizao
politico-social-religiosa.
4. Cabula o nome pelo qual foi chamada, na Bahia, uma seita
surgida no final do sculo XIX, com carter secreto e fundo
religioso. Alm do cunho hermtico, a seita mantinha forte influncia
da cultura afro-brasileira, sobretudo dos mals, bantos com
sincretismo provocado pela difuso da Doutrina Esprita nos ltimos
anos do sculo XIX. A Cabula classificada como candombl de caboclo,
considerada como precursora da Umbanda, persiste ainda como forma
de culto nos estados da Bahia, Esprito Santo, Minas Gerais e Rio de
Janeiro. Culto aos Egungun uma das mais importantes instituies, tem
por finalidade preservar e assegurar a continuidade do processo
civilizatrio africano no Brasil, o culto aos ancestrais masculinos,
originrio de Oyo, capital do imprio Nag, que foi implantado no
Brasil no incio do sculo XIX. O culto principal aos Egungun
praticado na Ilha de Itaparica no Estado da Bahia mas existem casas
em outros Estados. - Concebe-se como Catimb-Jurema, ou simplesmente
Jurema, a religio que se utiliza de sesses de Catimb na venerao da
Jurema sagrada e dos Orixs (sendo estes ltimos inexistentes no
culto catimbozeiro original). O Catimb-Jurema[1] um culto hbrido,
nascido dos contatos ocorridos entre as espiritualidades indgena,
europia e africana, contatos esses que se deram em solo brasileiro,
a partir do sculo XVI, com o advento da colonizao. [2] . Umbanda
uma religio brasileira que sincretiza vrios elementos, inclusive de
outras religies como o catolicismo, o espiritismo, as religies
afro-brasileiras e a religiosidade indgena. A palavra umbanda
deriva de m'banda, que em quimbundo significa "sacerdote" ou
"curandeiro".[1] Quimbanda. - uma ramificao da umbanda desde a sua
fundao pelo mdium brasileiro Zlio Fernandino de Morais, j que o
mesmo admitiu ter um exu como guia por ordens de seus guias. Assim
como qualquer religio, dentro da quimbanda, existem vrias linhas de
desenvolvimento, mas o princpio de trabalhar respeitando as leis da
Umbanda fundamental, uma vez que estas entidades so comandadas
pelas entidades da Umbanda, que sua matriz. - A Nao Xamb uma
religio afro-brasileira ativa em Olinda, Pernambuco. Alguns
autores, como Olga Caciatore[1] e Reginaldo Prandi,[2] afirmam que
este culto est praticamente extinto no pas. Omoloc um culto
originrio do Rio de Janeiro com prticas rituais e de culto aos
Orixs e que aceita cultos, aos Caboclos, aos Pretos-velhos e demais
Falangeiros de Orixs da Umbanda. O culto Omolok apontado por
estudiosos do assunto e praticantes como um dos principais
influenciadores da formao da Umbanda africanizada ao lado do
Candombl de Caboclo, do Cabula e do prprio Candombl. Teria surgido,
segundo Tancredo da Silva Pinto entre o povo africano
Lunda-Quico.
5. O CANDOMBL Reduto de resistncia e organizao social. O
CANDOMBL. Aps mais de um seculo de escravido, resolveu-se
resguardar a identidade de cada povo usando a religio africana do
candombl para definir um processo de integrao das diferentes naes
cujos representantes chegaram ao Brasil durante o perodo da
escravido. O que significa Candombl uma palavra derivada da lngua
bantu: ca [ka]=uso, costume, ndomb=negro, preto , l=lugar, casa,
terreiro e/ou pequeno atabaque. A reunio dos trs vocbulos resulta
em "lugar de costume dos negros", por extenso, lugar de tradies
negras, tradies entre as quais, destacam-se, no sentido atual as
prticas religiosas que incluem a msica percussiva, a dana, as
comidas, o idioma, usos e costumes, e principalmente a hierarquia
ou organizao social. O PANTEO. AFRICA O panteo africano rene mais
de 400 divindades. BRASIL 16 orixs principais,
6. No obstante, "correndo por fora", contam-se ainda, outros 14
orixs reconhecidos em diferentes centros de culto. Os 16 Orixs
cultuados no Brasil. Ess, gn, Osossi, Osanyin, Obalay, smr, Nn
Buruku, Sng, Oya, Ob, Ewa, Osun, Yemanj, LogunEde, Osguian e
Oslufan Herana cultural, memria e tradio africana. O candombl visto
como reduto de resistencia. O modo africano de
ser/viver/conhecer/saber est no dia a dia dos terreiros de candombl
e perpassa toda a cultura nacional, s que isso camuflado e muitos
de ns no aprendemos atravez da formao escolar. Hoje podemos dizer
que essa influncia est na cincia (que at pouco tempo era
considerada um legado exclusivo dos portugueses), nos modos de
curar doenas, na engenharia, nos modos de construir, na
arquitetura, na esttica, na culinria e por que no? na
religiosidade, nas manifestaes culturais e artsticas, na nossa
brasilidade. Vencendo o preconceito. Agora vamos aprender
intelectualmente e que j tinhamos aprendido com o corao, a cabea
(ori), os olhos, ouvidos, braos e pernas, com o nariz, e talvez
acionando o passado estejamos construindo no presente um futuro sem
preconceitos racial ou social.
7. O IDIOMA. O idioma portugus chegou ao territrio brasileiro a
bordo das naus portuguesas, no Sculo XVI, para se juntar famlia
lingstica tupi-guarani, em especial o Tupinamb, um dos dialetos
Tupi. Portugus, a lngua oficial do Brasil Os ndios, subjugados ou
aculturados, ensinaram o dialeto aos europeus que, mais tarde,
passaram a se comunicar nessa lngua geral - o Tupinamb. Em 1694, a
lngua geral reinava na ento colnia portuguesa, com caractersticas
de lngua literria, pois os missionrios raduziam peas sacras, oraes
e hinos, na catequese. Com a chegada do idioma iorub (Nigria) e do
quimbundo (Angola), por meio dos escravos trazidos da frica, e com
novos colonizadores, a Corte Portuguesa quis garantir uma maior
presena poltica. Uma das primeiras medidas que adotou, ento, foi
obrigar o ensino da Lngua Portuguesa aos ndios. Lei do diretrio Em
seguida, o Marques de Pombal promulgou a Lei do Diretrio (1757) que
abrangia a rea compreendida pelos estados do Par e do Maranho, um
tero do territrio brasileiro de ento. Esta lei considerava a lngua
geral uma inveno verdadeiramente abominvel e diablica e proibia s
crianas, filhos de portugueses, e aos indgenas aprenderem outro
idioma que no o portugus. Em 1759, um alvar ampliou a Lei do
Diretrio: tornou obrigatrio o uso da lngua portuguesa como idioma
oficial em todo o territrio nacional. Portanto, ao longo de dois
sculos, o Brasil possuiu dois idiomas: a lngua geral ou tupinamb e
o portugus. A influncia banto muito mais profunda em razo da
antiguidade do povo banto no Brasil, da densidade demogrfica e
amplitude geogrfica alcanada pela sua distribuio humana em
territrio brasileiro. A sua presena foi to marcante no Brasil no
sculo XVII que, em 1697, publicada, em Lisboa, A arte da lngua de
Angola, do padre Pedro Dias, a mais antiga gramtica de uma lngua
banto, escrita na Bahia para uso dos jesutas, com o objetivo de
facilitar a doutrinao dos 25.000 negros angolanos, segundo Antnio
Vieira, que se encontravam na cidade do Salvador sem falar portugus
(Cf. Silva Neto 1963:82). Os aportes bantos ou bantuismos ou seja,
palavras africanas que entraram para a lngua portuguesa no Brasil,
esto associados ao regime da escravido (senzala, mucama, bang,
quilombo), enquanto a maioria deles est completamente integrada ao
sistema lingstico do portugus, formando derivados portugueses a
partir de uma mesma raiz banto (esmolambado, dengoso, sambista,
xingamento, mangao, molequeira, caulinha, quilombola), o que j
demonstra uma antiguidade maior. Em alguns casos, a palavra banto
chega a substituir a palavra de sentido equivalente em portugus:
caula por benjamim, corcunda por giba, moringa por bilha, molambo
por trapo, xingar por insultar, cochilar por dormitar, dend por
leo-de-palma,
8. bunda por ndegas, marimbondo por vespa, carimbo por sinete,
cachaa por aguardente. Alguns j esto documentados na literatura
brasileira do sculo XVII, a exemplo dos que se encontram na poesia
satrica de Gregrio de Matos e Guerra. (1633-1696). os aportes do
iorub Devido a uma introduo tardia e numerosa concentrao dos seus
falantes na cidade do Salvador, os aportes do iorub so mais
aparentes, especialmente porque so facilmente identificados pelos
aspectos religiosos de sua cultura e pela popularidade dos seus
orixs no Brasil (Iemanj, Xang, Oxum, Oxossi, etc.). Por isso mesmo,
a investigao sobre culturas africanas no Brasil tem sido baseada
nos mais proeminentes candombls de tradio nag- queto em Salvador,
uma abordagem metodolgica que vem sendo observada desde Rodrigues
(1945) e que terminou por desenvolver a tendncia de interpretar os
aportes africanos no Brasil atravs de uma ptica iorub, mesmo quando
no o so. "cochilo". muito comum, em vrias regies do pas, aps o
almoo tirar um "cochilo". O termo vem das lnguas africanas e foi
apropriado pela lngua portuguesa. Cochilar significa dormir um
pouco. Ax ou as. No contexto da efervescncia das lutas e organizaes
de valorizaao da negritude, a palavra Ax vao ocupar um lugar de
destaque na lngua portuguesa, dada a sua significao. O termo
extrapola seu alcance no mbito das religies e passa a ser
compreendido e assimilado na lngua portuguesa como a energia
irradiante, contaminadora que nasce das aes e prticas dos negros.
Moleque. O termo moleque empregado para designar criana pequena.
comum tambm o seu uso quando algumas crianas se comportam de
maneira que entendemos inadequada. Nesse caso o termo comporta uma
dose de pejoratividade e pode ser inclusive ser usado para
referir-se a gente grande, que se comporta como criana, sem
responsabilidades ou de forma desavergonhada. "chamego ou cafun"
Ainda nas relaes familiares, ao referir-se a algum que est meio
tristonho, fazer um "chamego, um cafun" uma prtica social que
restabelece o ser. Trata-se de um modo carinhoso de cuidar. Nas
relaes sociais, o chamego empregado como terminologia que encerra
galanteios e conquistas. Ficar de chamego com algum o mesmo que
deixar aflorar um bem querer... Oxal Oxal o nome de um orix
cultuado nos terreiros, cujo dia em que se celebra a sexta feira,
razo pela qual muito utilizam a cor branca em suas roupas nesse
dia. Entretanto no
9. cotidiano da lngua portuguesa, oxal, tornou-se uma expresso
cujo significado queira Deus, permita Oh Deus. O Plural. Do ponto
de vista da morfologia e da sintaxe, na lngua iorub, a composio do
plural dos substantivos se d pela flexo dos artigos que os
precedem. Enquanto na lngua portuguesa se constri o plural
flexionando os substantivos, na estrutura da lngua iorub, isso se
faz apenas com os artigos. Exemplificando: Na lngua portuguesa, a
construo do plural de a casa fica as casas. Em ioruba flexiona-se
so o artigo e fica assim as casa. Vogal e consoante. Nas lnguas
iorub e banto no se utiliza consoantes na pronncia das palavras,
quando essas esto no final da palavra. Na lngua portuguesa tais
consoantes fazem parte da regra gramatical. Ao afirmar essa
configurao lingustica, vamos encontrar na pronncia brasileira as
palavras terminando com as vogais. Ex.: cant, quando deveria,
segundo a lngua portuguesa ser cantar; com, ao invs de comer; pul,
em se tratando de pular. Essa tendncia est relacionada estrutura
silbica da lngua iorub. Encontro de consoantes. Outra
particularidade interessante a questo dos encontros consonantais.
Esses to comuns na estrutura da lngua portuguesa inexistem na lngua
iorub. comum no falar cotidiano encontrarmos as palavras com tais
encontros consonantais sendo desfeitos com a insero de uma vogal
entre as consoantes. Aqui o exemplo clssico a palavra salvar, que
em funo do desdobramento das consoantes L V acrescido a vogal A,
precedida de R, resultando na palavra SARAVA. Algo muito parecido
acontece com a palavra flor. As letras F e L vo receber a vogal U
entre si o que resulta na palavra FUL, sem o R final em funo do que
explicitamos acima. Como considerao final Muitos termos
compreendidos como falta de cultura na verdade esto associados s
origens africanas no assimiladas em funo da dominao cultural e
lingustica dos colonizadores, que impuseram a lngua portuguesa em
todo o territrio nacional, tornando-a lngua oficial a ser ensinada
nas escolas. Africanizao do portugus o portugus brasileiro descende
de trs famlias lingsticas: a famlia Indo-Europia que teve origem
entre a Europa e a sia, da qual faz parte a lngua portuguesa; a
famlia Tupi, de lnguas faladas pelo indgenas brasileiros e que se
espalha pela Amrica do Sul; e, por fim, a famlia Nger-Congo que
teve origem na frica subsaariana e se expandiu por grande parte
desse continente. Conseqentemente, povos indgenas e povos negros,
ambos marcaram profundamente a cultura do colonizador portugus que
se estabeleceu no Brasil, dando origem uma nova variao da lngua
portuguesa mestia, brasileira
10. O idioma que se fala Nos candombls do Brasil. Terreiros da
nao angola. kimbundo e kikongo As casas de candombl de congo-angola
usam como lnguas veiculares, segundo a opinio geral do
povo-de-santo angoleiro, o kimbundo e kikongo, lnguas do grupo
lingstico bantu, ambas faladas na Repblica de Angola, a primeira
pelos ambundos e a segunda pelos bakongos, povos que fazem limites
geogrficos entre si e dentre os quais foram trazidos milhares de
pessoas escravizadas para o Brasil, entre os sculos XVI e XIX.
1.dilng prato 2.Ndka - lingua, goela, cordas vocais, palavra,
palavra. 3.mnga - sangue 4.maza -gua, rio, lquidos variados. 5.nd -
compartimento, acampamento noturno, banheiro 6.ngoma grande tambor
de dana cilndrico 7.Nsba - jardinzinho, horta, pequena plantao. 8
.Nzl - fome, penria, necessidade 9.Bakissi (quarto de santo) ?
10.kuxikama assentamento do santo (?) 11.Nzo (casa) 12.Nd k
(banheiro) 13.Sakulupemba (limpeza com pemba) 14. Sakula
(limpa)
12. O idioma que se fala nos Terreiros da nao jeje. EWE-FONGBE
(JEJE). H ainda, nos terreiros jejes, o uso de palavras de origem
yorub devido influncia dos candombls nags e do culto nag-vodun,
dentre elas: ag, ax, pad, ori, ad, etu, er, ej, eb, dentre outras,
variando de casa para casa. abaman/agbn: caneca. abagana: pulseira
Aberign: um dos nomes do vodun Gbsn. bk: natimorto, nascido para
morrer bksn: cultuar bk. abl: po de milho fermentado. dorozn: dana,
o mesmo que xir. Don: sacerdotisa cujo vodun pertence famlia de
Hevioso. Dot: sacerdote cujo vodun pertence famlia de Hevioso.
13. Dot/don a: pedido de bno dos iniciados cujo vodun pertence
a famlia de Hevioso para seu (a) dote/don. dokw/kkw (grafa-se
doxw/kxw): cemitrio. db: adeus. egbe: hoje. ekidi: aca vermelho.
Eku: a Morte (divindade). mi/emil : ele/ele mesmo. : no. Etemi:
algum com mais tempo de santo. O mesmo que egbomi para os nags.
esn/sn: gua. gbedom: ol, saudaes. Gbdoto: Criador da Vida (Mw-Lis)
gbgluz: javali, porco selvagem. gbeme: atmosfera, natureza. gb:
cabras. gb: pare. gb: muito (no sentido de bastante); em grande
quantidade. glo: em baixo, abaixo lan: carne. lk: cana-de-aucar.
Legb: divindade anloga ao orix Ex dos yorubs.
14. O idioma falado nos Terreiros da nao keto. Nao Ketu, aonde
se cultuam os rss do panteo Yoruba... proveniente da Nigria. A dp -
Obrigado(a) b - Metade k - Machado Aar - Raio Aar run - Relmpago br
Irm- Mais Nova Ad - Coroa Adie - Galinha Adit - Surdo Adr - Orao
Aff - Vento fin - Palcio Afju - Cego ga - Cadeira gbdo - Milho
Agbra - Poder Agbd - Estmago gbon Coco
15. j - Briga jb - Acidente jta - Anteontem Iji - rvore ka -
Dedo k - Morte Il - Quiabo l rn - Leste Il - Casa Il - Terra Il Ok
- Cemitrio l - Cidade Im - Nariz Inn - Fogo j - Chuva Oj Aj -
Segunda-feira Oj sgun - Tera-feira Oj R - Quarta-feira Oj B -
Quinta-feira Oj Et - Sexta-feira Oj bmta - Sbado Oj ik - Domingo Oj
- Olho Oj run - Cu Okan - Corao k - Montanha Oko - Esposo Ok - Pnis
k - Cadaver kun - Mar Okunlin - Homem kta Pedra Wr - Leite W -
Banho W - Vestir Wol - Entrar Wr - Ouro ::: S ::: Correspondente a
Letra "X" Saju - Antes Sir - Diverso
16. Culinria. Na perspectiva da apropriao dos termos africanos
na lngua portuguesa, a culinria brasileira um lugar onde uma vasta
terminologia acabou se configurando prtica cotidiana. A influncia
africana na dieta do brasileiro possui dois aspectos. O primeiro
diz respeito ao modo de preparar e temperar os alimentos. O
segundo, introduo de ingredientes africanos na culinria portuguesa.
Mas, na Bahia, no fim do sculo XVIII esse processo de organizao das
comunidades religiosas se inicia para alm das devoes individuais e
domsticas dos escravos e libertos. (...) quando foram recriadas
muitas das comidas cotidianas dos homens e dos santos. Pois que os
santos comem o que os homens comem. Nessa altura... O negro j havia
introduzido na cozinha portuguesa o leite de coco-da-Baha, o azeite
de dend, confirmou a excelncia da pimenta malagueta sobre a do
reino, deu ao Brasil o feijo preto, o quiabo, ensinou a fazer
vatap, caruru, mungunz, acaraj, angu e pamonha. A cozinha negra,
pequena mas forte, fez valer os seus temperos, os verdes, a sua
maneira de cozinhar. Modificou os pratos portugueses, substituindo
ingredientes; fez a mesma coisa com os pratos da terra; e
finalmente criou a cozinha brasileira, descobrindo o chuchu com
camaro, ensinando a fazer pratos com camaro seco e a usar as
panelas de barro e a colher de pau. essa cozinha to marcadamente
africana - que a ideologia de um sistema religioso ajudou a criar e
de certa maneira ajuda a preservar - se encontra atualmente
espalhada por todo o pas.
17. A Carne seca A carne que era salgada e secada ao sol no
perodo colonial a qual os negros chamavam de jab passou a fazer
parte da culinria brasileira. O Acaraj. Quase todas as pessoas que
visitam Salvador querem conhecer e experimentar o "acaraj" do
tabuleiro da baiana. O acaraj um termo utilizado para designar uma
comida tipicamente baiana. Trata-se de um alimento, uma
especialidade gastronmica da culinria afro-brasileira. O CAMARO
SECO SALGADO OU DEFUMADO. O camaro seco defumado utilizado no
preparo de pratos tpicos da Bahia (acaraj, xinxim de galinha,
farofa de azeite, bob de camaro, caruru, vatap, etc). As pimentas
da frica.
18. A pimenta um ingrediente antigo e muito utilizado pelas
culinrias africana e indgena. Tanto os ndios nativos do pas, quanto
os negros africanos que vieram como escravos consumiam pimentas em
abundncia. Os primeiros comiam-nas secas ou piladas, juntamente com
farinha de mandioca (quya). Com a chegada dos escravos africanos ao
Nordeste do Brasil a primeira Regio a ser ocupada pelos
colonizadores o consumo de pimentas foi incrementado. A nobreza e o
clero apreciaram muito a pimenta brasileira aCapsicum que, por ser
mais suave, passou a ser preferida e exportada para Portugal. A
culinria no bass. Os pratos assumem estticas prprias nas maneiras
de servir, nos companhamentos de arroz, de pires e farofas de
farinha-de-mandioca, molhos de pimenta, entre outros. H escolhas de
utenslios, objetos de barro, de madeira, de loua, para cada receita
que tenha no quiabo o principal ingrediente, como o amal. O azeite
de dende. Ieo extrado da noz do dendezeiro, de larga aplicao na
culinria e nos cultos afro- brasileiros. Na religio dos orixs,
substncia fortemente portadora de ax. No simbolismo iorub,
representa o poder dinmico dos descendentes de Odudu.
19. Fonte: Enciclopdia Brasileira da Dispora Africana, Nei
Lopes O quiabo africano. Hibiscus esculentos Originrio da frica,
tambm conhecido por quingomba e gombo em Angola, e gongo em outras
regies do continente. Comida tradicional Amal Comida sagrada do
orix Xang. Feita de quiabos em rodelas e alguns inteiros, refogados
no azeite-de-dend, com cebolas,camares defumados e pimentas, sobre
piro de inhame e complementado com acas bolos de milho branco
cozidos em folhas de bananeira , tudo colocado em gamela redonda de
madeira, assumindo esttica prpria das comidas dos
20. candombls. Acarajs. Bolo de feijo-macaa temperada e moda
com camaro seco, sal e cebola,frito com azeite de dend e oferecido
ao Orixa Oy. Abar. Bolinho de origem afro-brasileira feito com
massa de feijo-fradinho temperada com pimenta, sal, cebola e
azeite-de-dend, algumas vezes com camaro seco, inteiro ou modo e
misturado massa, que embrulhada em folha de bananeira e cozida em
gua. (No candombl, comida-de-santo, oferecida a Ians, Ob e Ibeji).
Aberm.
21. Bolinho de origem afro-brasileira, feito de milho ou de
arroz modo na pedra, macerado em gua, salgado e cozido em folhas de
bananeira secas. (No candombl, comida-de- santo, oferecida a Omulu
e Oxumar). Akar ou acass (Ik). Bolinho da culinria afro-brasileira,
feito de milho macerado em gua fria e depois modo, cozido e
envolvido, ainda morno, em folhas verdes de bananeira. (Acompanha o
vatap ou caruru. Preparado com leite de coco e acar, chamada aca de
leite.) [No candombl, comida-de-santo, oferecida a Oxal, Nan,
Ibeji, Imanja e Exu.] Ado. Doce de origem afro-brasileira feito de
milho torrado e modo, misturado com azeite-de- dend e mel. (No
candombl, comida-de-santo, oferecida a Oxum). A feijoada.
22. Mas nunca esquecendo que a feijoada, oferecida Ogun e aos
pretos velhos, surgiu nas senzalas, feitas pelos escravos que
cozinhavam o feijo nas horas de seus intervalos e aproveitavam os
restos de porco (rabinho e ps) jogados fora pelos seus senhores
Alu. Bebida refrigerante feita de milho, de arroz ou de casca de
abacaxi fermentados com acar ou rapadura, usada tradicionalmente
como oferenda aos orixs nas festas populares de origem africana.
Comidas vendidas nas ruas da Bahia, no fim do sculo XVIII vendidos
nas ruas da cidade negra da Bahia, por "escravos-de-ganho". Digno
de nota. Um cronista da poca, Lus dos Santos Vilhena, que foi
professor de grego na Bahia no fim do sculo XVIII, dali escreveu
uma srie de cartas a um amigo em Portugal, publicadas em livro, com
o ttulo ainda barroco de Recopilaes de notcias soteropolitanas e
braslicas (1a edio: 1802). Dizia, ento, Vilhena, na Carta
Terceira:
23. Carta terceira. "No deixa de ser digno de reparo ver que
das casas mais opulentas desta cidade, onde andam os contratos e
negociaes de maior porte, saem oito, dez e mais negros a vender
pelas ruas, a prego, as coisas mais insignificantes e vis: como
sejam, mocots, isto mos de vaca, carurus, vataps, mingaus,
pamonhas, canjicas, isto , papas de milho, acasss, acarajs, abars,
arroz de coco, feijo de coco, angus, po-de-l de arroz, o mesmo de
milho, roletes de cana, queimados, isto , rebuados a oito por um
vintm e doces de infinitas qualidades, timos, muitos pelo seu
aceio, para tomar por vomitrios; o que mais escandaliza uma gua
suje feita com mel e certas misturas que chamam alu que faz por
vezes de limonada para os negros." A cultura. Herana africana
dentro e fora dos terreiros. O folclore. O folclore entendido como
o conjunto de manifestaes espirituais, materiais e culturais de
origem popular, transmitidos via oral ou pela prtica de gerao em
gerao. A musica As identidades sonoras afro-descendentes revelam
memrias, trazem muitas estticas musicais dos sistemas etnoculturais
dos povos africanos no Brasil. Assim, so preservados estilos,
repertrios, instrumentos musicais, estticas de tocar e estticas de
cantar, ampliando percepes que vo muito alm dos sistemas tonais de
culturas do Ocidente, ganhando uso e representaes de sonoridades
integradas a outras linguagens que expressam afro-descendncia. Os
instrumentos africanos.
24. A maioria dos instrumentos musicais de percusso: ingome,
atabaque, adufe, afox, tamborim, agog, gongu, faia (zabumba),
casaca (reco-reco antropomorfo), adj, ganz, xaque-xaque (chocalho
de flandres). H tambm os de corda, como a rabeca e o berimbau,
entre muitos outros. Os sons integram momentos do dia-a-dia, tm
grande revelao no tempo da festa, so fontes de contato religioso,
assumem os espaos das danas, do teatro, das brincadeiras, sendo
essencialmente ldicos e comunicadores, assumindo funes de
sociabilidade e exerccios de pertencimento. Afox. Afox um
instrumento musical composto de uma cabaa pequena redonda,
recoberta com uma rede de bolinhas de plstico ou metal, parecido
com o Xequer sendo que o afox menor. Alguns estudos relatam o Afox
como um instrumento afro-brasileiro. O afox pode ser de madeira,
cabaa, coco, metal ou plstico com missangas ou contas ao redor de
seu corpo. O som produzido quando se giram as missangas em um
sentido, e a extremidade do instrumento (o cabo) no sentido oposto.
Antigamente era tocado apenas em Centros de umbanda e no samba.
Atualmente, o afox ganhou espao no Reggae e msica Pop. Adj.
Instrumento Sagrado e sem substituio nos rituais de Candombl e
Umbanda, o Adj ou Adjarin uma sineta de metal, feito com Bronze ou
metal Dourada ou simplesmente Prateado.
25. Nas casas de Santo e nos Terreiros vemos muito o adj sendo
utilizado pelos mdiuns mais antigos da casa, ou mdium "coroado" com
pais e mes pequenos(a). Macumba. A origem da palavra macumba vem,
claro, de nossa me frica, onde macumba o nome da madeira vinda da
Macumbeira ou ainda Macumbe, uma rvore nativa. Essa madeira
utilizada para a confeco do atabaque, reco-reco e outros
instrumentos musicais. Seker. Xequer em portugus, Shekere em ingls
e Sekere na ortografia Yoruba, um instrumento musical de percusso
da frica, consiste de uma cabaa seca cortada em uma das
extremidades e envolta por uma rede de contas. Ao longo de todo o
continente africano chamado de diferentes nomes, como o lilolo,
axatse (Gana), e chequere. predominantemente chamado shekere na
Nigria. Leia mais: http://www.mundopercussivo.com/estudos-e-
pesquisas/conhecaosinstrumentos/xequer%c3%aa/
26. Casaca (reco-reco antropomorfo) A casaca um instrumento
musical de percusso da classe dos idiofones, feito de madeira,
tambm chamado cassaca, casaco, cansaca, canzaca, canz, ganz,
caracax, reque-reque reco-reco e reco-reco de cabea. tambm um dos
principais instrumentos das bandas de congo do Esprito Santo. Faia,
alfaia ou zabumba. Alfaia (significado: roupa, utenslio, enfeite)
um instrumento musical da famlia dos membranofones (o som obtido
atravs da membrana ou pele) com volume determinado pelo tocador,
utilizado principalmente no ritmo do Maracatu, e tambm usado no
Coco-de- Roda e Ciranda. Caxix.
27. O caxix um instrumento idifono, de origen yoruba que chegou
Amrica com os escravos. Tradicionalmente usado nos rituais de
Candombl e umbanda. Agog Formado por dois cones de metal, um agudo
e outro grave, ambos presos por uma mesma haste. tocado com um
basto. Tambm encontrado nas manifestaes religiosas afro-
brasileiras. Fonte: www.acordacultura.org.br Tamborim
28. Pequeno tambor agudo, prprio do samba carioca, tocado com
uma baqueta. tambm utilizado em outros ritmos. Fonte:
www.acordacultura.org.br Ganz Cilindro de metal ou bambu com
pedrinhas no interior. Fonte: www.acordacultura.org.br Gongu Espcie
de agog. Instrumento usado em danas como zamb e bambel.
Rabeca.
29. A palavra rabeca foi usada durante a idade mdia para
designar um Kebab, instrumento importado do Norte da frica.H
pesquisadores que apontam sua origem na cultura rabe, assim como o
alade e outros instrumentos de corda. Berimbau Instrumento musical
de tradio africana constitudo por um arco de madeira, preso por um
fio de arame esticado. Em uma de suas extremidades, colocada uma
cabaa aberta, fixada ao arame e madeira por um barbante. Para
tocar, usam-se um dobro ou uma pedra chata, na mo esquerda, e uma
vareta de bambu, mais um caxixi pequeno, na mo direita. Fonte:
www.acordacultura.org.br Guanazamba.
30. O guanazamba um grande atabaque, com 100 a 120 cm de
comprimento, s vezes 150, e dimetro aproximado de 40 cm, usado no
acompanhamento da dana "tambu" ou jongo e do batuque em So Paulo. O
tocador senta-se sobre ele, batendo em cheio com as mos, produzindo
um som cavo, grave. Tambm conhecido com os nomes de caxambu, joo,
pai-joo, pai-toco e tambu. Fonte: Enciclopdia da Msica Brasileira -
Art Editora. Atabaque Nome mais conhecido do tambor de origem
africana. No Brasil, tocado no candombl, no afox, no partido alto,
no jongo e nos sambas em geral. Fonte: www.acordacultura.org.br
Ingome. Tambm chamado angoma ou engono. Grande tambor de uma s
membrana, usado nos candombls bantos (angolas e congos) e tambm em
certas danas como cocos e jongos.
31. Adornos corporais. O candombl e a umbanda se veste com a
moda africana
32. Vestimenta completa:
33. O turbante. O turbante afro-brasileiro eminentemente
afro-islmico, protegendo a cabea do sol e dos desertos ou de reas
quentes e trridas no proprio continente africano. Ver uma pessoa de
turbante mais comum no estado baiano, mas o turbante no uma pea
exclusiva culturalmente da Bahia, est em trajes como nos maracatus
com as chamadas Baianas do Maracatu de Pernambuco, em alguns grupos
do Congadeiro em Minas Gerais em muitos outros locais sempre com um
princpio Afo. O oj nag. Durante o perodo da escravido, era comum
perceber as diferenas entre as culturas africanas trazidas ao
Brasil atravs de detalhes da roupa. Entre as nags, o oj era
amarrado com vrias voltas ao redor da cabea. O leno jeje.
34. J as negras Jeje usavam um leno sobre os cabelos. Dobravam
o tecido em formato triangular, com a ponta para trs. Turbante
mulumano. Preocupadas em esconder o cabelo, as muulmanas amarravam
o turbante com as pontas soltas para trs.
35. Cobrir a cabea era to importante para o povo antigo que, de
acordo com muitos relatos, era tradio, s sair de casa com
toro/turbante ou chapu. As tranas. As tranas foram usadas como ato
de resistncia pelo povo africano, pois quando os reis de tribos de
escravos eram capturados, tinham seus cabelos raspados, esse
castigo era dado para amedrontar os outros integrantes daquela
tribo, raspar a cabea dos lderes representava humilhao, pois a
dignidade era descartada junto com os cabelos. por esse motivo que
a trana simboliza resistncia. Hoje, as tranas no esto ligadas
somente a cultura africana, muitas mulheres aderiram ao penteado,
que por sinal trs elegncia e sofisticao ao look. As Joias e
adereos. O portar smbolos que identifiquem seus papis sociais faz
os indivduos serem reconhecidos e integrados a seus grupos. Joias
crioulas. Nos adornos corporais, destaca-se a joalheria tnica, que
continuidade de memrias e retoma a valorizao de materiais, cores,
tecnologias, formas, usos e funes de objetos para representar
diferentes momentos das pessoas em suas trajetrias sociais e
culturais.
36. As pencas de balangands. foram usadas por algumas mulheres
negras e mulatas na cintura, em ocasies festivas, na Bahia do sculo
XVIII s primeiras dcadas do sculo XX. Esses adereos, insgnias de
distino, possuem trs partes: corrente, nave ou galera e elementos
pendentes. A corrente serve para fixar o adorno usuria,
perpassando-lhe a cintura. A nave ou galera agrupa os elementos
pendentes, amuletos (elementos de proteo) e talisms (elementos
propiciatrios) definidores de cada penca de balangands. Sua reunio
torna cada exemplar
37. nico, visto que fruto de escolhas pessoais. Os elementos
mais freqentes na coleo Museu Carlos Costa Pinto so a figa, o coco
de gua, a chave, a moeda, o cilindro, a rom, o cacho de uvas, o
peixe e o dente. Todos esses elementos, de carter mgico, remetem a
uma postura diante da vida, referenciada por um conjunto de crenas
que lhe conferem sentido Os ids ( pulseiras) e outros. A prpria
escolha de bzios, palha-da-costa, tecidos confeccionados em teares
artesanais, couro, contas e metais presentes em colares, brincos,
pulseiras, nos trajes, nos calados e bolsas e compondo tambm
penteados j representa em si uma opo esttica para adornar ou
representar o corpo. As missangas. Fio-de-contas so colares
normalmente feitos de miangas coloridas de acordo com o orix,
Inkice, Vodun, cada fio-de-conta tem um significado, atravs do
fio-de-conta que se pode saber o grau de iniciao de uma pessoa do
candombl, e a que nao pertence. Bzios
38. Concha de praia de vrios tamanhos, utilizada como objeto de
adorno nas roupas dos Orixs onde so aplicados formando desenhos, em
colares chamados de fio-de-contas onde so colocados como fecho ou
como Braj totalmente feito de bzios imitando as escamas de uma
cobra, como objeto de comunicao com os Orixs nas consultas ao jogo
de bzios eMerindelogun. O bzio tem uma abertura natural e uma parte
ovalada, a maioria dos adornos e jogos de bzios so feitos com os
bzios cortados, onde tirada a parte ovalada do mesmo As 3 contas
sagradas do candombl. O Braj representa as escamas da cobra ou
serpente, representa a riqueza porque feito com bzios abertos (que
na frica era usado como dinheiro ou moeda corrente), tranados com
fios de cordon, de um lado e de outro sobrepostos formando as
escamas. O Humgeb entregue ao vodunsi (rodante, que entra em
transe) do candombl Jeje na obrigao de sete anos "odu ej" quando
ele passa a ser um sacerdote na entrega do oy. Somente os vodunsis
tem o direito de us-lo, Em determinadas casas vetado o uso para
ogans e ekedis.
39. O Lagdib feito de chifre de bfalo cortado em rodelinhas
formando pequenos discos, normalmente de cor preta, usados pelos
filhos da terra Omolu, Xapan, Sakpat e outros Os Deuses africanos e
a natureza. Ecologia magia e sade. As aguas doces So a morada das
ninfas, entre elas Oxun. As guas do mar. So o reduto das sereias,
ninfas entre elas Iemanja, Ajesaluga, Olokun, , etc As matas.
40. So a morada de Ossain, o orixa da magia das folhas, da
medicina e da saude. Ko si ew kosi Orisa "Sem folhas no h Orisa" A
terra. Sobre ela caminha o homen, caminha Ogun, nela nascem nossos
alimentos e sobre ela se deita Onil. Organizao social. Nos abas de
candombl se formam uma sociedade organizada. A hierarquia. Os Pais
ou mes de santo. As ekedjes Os Ogs, Os filhos de Santo. Os abians.
O Pai ou a Me de Santo ( babalorisa ou Iylorisa)
41. a autoridade mxima dentro do Candombl. Eles so escolhidos
pelos prprios Orixs para que os cultuem na terra. Os Orixs os
induzem a isto, fazem com que as pessoas por eles escolhidas sejam
naturalmente levadas religio, at que assumem o cargo para o qual
esto destinadas. Uma pessoa no pode optar se quer ou no ser um Pai
ou Me de Santo se no acontecer durante sua vida fatos que a levem a
isto. So pessoas que de alguma forma so iluminadas pelos Orixs para
que cumpram seu destino. Os Pais de Santo, normalmente, so donos de
uma roa, ou seja, um lugar onde esto plantados todos os axs e no
qual os Orixs so cultuados. Dentro da roa existe o barraco (assim
denominado por causa dos negros que antigamente moravam em
barraces), que o lugar em que so feitos os grandes assentamentos
(oferendas) para os deuses. Cargos de maior responsabilidade e
poder. Hierarquicamente, existe, ainda, na roa um pai pequeno ou me
pequena (BABALAS OU Iylas), que o brao direito do Pai de Santo
herdeiro do conhecimento mais profundo e normalmente um filho ou
filha da casa. Depois vem, as Iy Ekedes so mulheres bem escolhidas
pelos Orixs para cuidar deles e ajud-los. Embora sejam consideradas
autoridades dentro da roa, no podem ser Mes de Santo, visto que sua
funo j foi determinada e no h como mudar. Os cargos funcionais. A
seguir vem os Ogs, que tocam os atabaques, abatem os animais,
colhem as folhas, cuidam do peji e ajudam o Pai de Santo nos
fundamentos da casa; a Iy Bace, toma conta da cozinha, do alimento
das pessoas em funo espiritual e, de todas as comidas para os
Orixas. Posies temporarias. a Iy Efun, dona do efun (pemba), e que
est encarregada de pintar os Yas (iniciantes que esto recolhidos
para fazer o Orix); e finalmente os filhos de Santos, que so as
pessoas que "rasparam o Santo", ou melhor, rasparam a cabea para um
Santo a pedido deste. Hierarquia no Culto aos Egungun Masculinos:
Alapini (Sacerdote Supremo, Chefe dos alagbs), Alagb Sacerdote
(Chefe de um terreiro), Oj (iniciado com ritos completos), Oj agb
(oj ancio), Atokun (oj que guia de Egum), Amuixan (iniciado com
ritos incompletos), Alagb (tocador de atabaque).
42. Alguns oi dos oj agb: Baxorun, Oj lad, Exorun, Faboun, Oj
labi, Alaran, Ojenira, Akere, Ogogo, Olopond. Femininos: Iyalode
(responde pelo grupo feminino perante os homens), Iy egb (lider de
todas as mulheres), Iy monde (comanda as at e fala com os Bab), Iy
erelu (cabea das cantadoras), erelu (cantadora), Iy agan (recruta e
ensina as at), at (adoradora de Egun). Outros oi: Iyale alab, Iy
kekere, Iy monyoy, Iy elemax, Iy moro. Assogba Supremo sacerdote do
culto de Obaluaiy Babalosanyin: Responsvel pela colheita das
folhas. Hierarquia no candombl Ketu Iy / Bab: significado das
palavras iy do yoruba significa me, bab significa pai. Iyalorix /
Babalorix: Me ou Pai de Santo. o posto mais elevado na tradio afro-
brasileira. Iyaegb / Babaegb: a segunda pessoa do ax. Conselheira,
responsvel pela manuteno da Ordem, Tradio e Hierarquia. Iyalax
(mulher): Me do ax, a que distribui o ax e cuida dos objetos
ritual. Iyakeker (mulher): Me Pequena, segunda sacerdotisa do ax ou
da comunidade. Sempre pronta a ajudar e ensinar a todos iniciados.
Babakeker (homem): Pai pequeno, segundo sacerdote do ax ou da
comunidade. Sempre pronto a ajudar e ensinar a todos iniciados.
Ojubon ou Agibon: a me criadeira, supervisiona e ajuda na iniciao.
Iyamor: ou BabamorResponsvel pelo Ipad de Exu. Iyaefun ou Babaefun:
Responsvel pela pintura branca das Ias. Iyadagan e Ossidag:
Auxiliam a Iyamor. Axogun responsavel pelo imolamento de animais,
geralmente Ogan confirmado para o orisa Ogun Iyabass: (mulher):
Responsvel no preparo dos alimentos sagrados as comidas-de-santo.
Iyarub: Carrega a esteira para o iniciando.
43. Iyatebex ou Babatebex: Responsvel pelas cantigas nas festas
pblicas de candombl. Aiyaba Ewe: Responsvel em determinados atos e
obrigaes de "cantar folhas. Aiyb: Bate o ej nas obrigaes. Olgun:
Cargo masculino. Despacha os Ebs das obrigaes, preferencialmente os
filhos de Ogun, depois Od e Obaluwaiy. Oloya: Cargo feminino.
Despacha os Ebs das obrigaes, na falta de Olgun. So filhas de Oya.
Iyalabak: A guardi do al de osaala. Iyatojuom: Responsvel pelas
crianas do Ax. Pejigan: O responsvel pelos axs da casa, do
terreiro. Primeiro Ogan na hirarquia. Alagb: Responsvel pelos
toques rituais, alimentao, conservao e preservao dos instrumentos
musicais sagrados. (no entram em transe). Nos ciclos de festas
obrigado a se levantar de madrugada para que faa a alvorada. Se uma
autoridade de outro Ax chegar ao terreiro, o Alagb tem de lhe
prestar as devidas homenagens. No Candombl Ketu, os atabaques so
chamados de Il. H tambm outros Ogans como Gaip, Runs, Gait, Arrow,
Arrontod, etc. Og ou Ogan: Tocadores de atabaques (no entram em
transe). Ebmi: Ou Egbomi so pessoas que j cumpriram o perodo de
sete anos da iniciao (significado: meu irmo mais velho). Ajoi ou
ekedi: Camareira do Orix (no entram em transe). Na Casa Branca do
Engenho Velho, as ajois so chamadas de ekedis. No Terreiro do
Gantois, de "Iyrob" e na Angola, chamada de "makota de angzo",
"ekedi" nome de origem Jeje, que se popularizou e conhecido em
todas as casas de Candombl do Brasil. (em edio) Ia: filho-de-santo
(que j foi iniciado e entra em transe com o Orix dono de sua
cabea), nem todo Ia ser um pai ou me de santo quando terminar a
obrigao de sete anos. If ou o jogo de bzios que vai dizer se a
pessoa tem cargo de abrir casa ou no. Caso no tenha que abrir casa
o mesmo jogo poder dizer se ter cargo na casa do pai ou me de santo
alm de ser um egbomi. Abi ou abian: Novato. considerada abi toda
pessoa que entra para a religio aps ter passado pelo ritual de
lavagem de contas e o bori. Poder ser iniciada ou no, vai depender
do Orix pedir a iniciao. Sarepeb ou sarapeb responsvel pela
comunicao do egbe (similar a relaes pblicas). Otun e Osy Axogun so
os auxiliares do Axogun Apokan responsavel pelo culto de Olwuaye e
o Olugbaj Hierarquia do candombl Jeje
44. Os vodunsis da famlia de Dan so chamados de Megit, enquanto
que da famlia de Kaviungo, do sexo masculino, so chamados de Dot; e
do sexo feminino, de Don No Jeje-Mahi Dot o sacerdote, cargo
ilustre do filho de Sogb Don a sacerdotisa, cargo feminino, esse
ttulo usado no Terreiro do Bogum onde tambm so usados os ttulos
Gaiaku e Mejit. similar Iyalorix No Jeje-Mina Casa das Minas
Toivoduno- sacerdote, Noche - a sacerdotisa. No Kw Ceja Hound
Gaiaku, cargo exclusivamente feminino Ekede- Os cargos de Ogan na
nao Jeje so assim classificados: Pejigan que o primeiro Ogan da
casa Jeje. A palavra Pejigan quer dizer Senhor que zela pelo altar
sagrado, porque Peji = "altar sagrado" e Gan = "senhor". O segundo
o Runt que o tocador do atabaque Run, porque na verdade os
atabaques Run, Runpi e L so Jeje. Hierarquia do candombl Bantu
Angola, Tata Nkisi - Zelador. Mametu Nkisi - Zeladora. Tata Ndenge
- pai pequeno. Mametu Ndenge - Me pequena(h quem chame de Kota
Toror, mas no h nenhuma comprovao em dicionrio, origem
desconhecida). Tata NGanga Lumbido - Og, guardio das chaves da
casa. Kambondos - Ogs. Kambondos Kisaba ou Tata Kisaba - Og
responsvel pelas folhas. Tata Kivanda - Og responsvel pelas
matanas, pelos sacrifcios animais (mesmo que axogun). Tata Muloji -
Og preparador dos encantamentos com as folhas e cabaas. Tata
Mavambu - Og ou filho de santo que cuida da casa de Exu (de
preferncia homem, pois mulher no deve cuidar porque mulher mestrua
e s deve mexer depois da menopausa, quando no mestruar mais,
portanto, pelo certo as zeladoras devem ter um homem para cuidar
desta parte, mas que seja pessoa de alta confiana).
45. Mametu Mukamba - Cozinheira da casa, que por sua vez, deve
de prefer~encia ser uma senhora de idade e que no mestrue mais.
Mametu Ndemburo - Me criadeira da casa(ndemburo = runko). Kota ou
Maganga - Em outras naes EKEJI (todos os mais velhos que j passaram
de 7 anos, mesmo sem dar obrigao, ou que esto presentes na casa,
tambm so chamados de Kota). Tata Nganga Muzamb - babalawo - pessoa
preparada para jogar bzios. Kutala - Herdeiro da casa. Mona Nkisi -
Filho de santo. Mona Muhatu W Nkisi - Filha de santo (mulher). Mona
Diala W Nkisi - Filho de santo(homem). Tata Numbi - No rodante que
trata de bab Egun(Oj). Hierarquia do candombl Bantu Kongo Mametu
ria mukixi......sacerdotisa no Angola. Tatetu ria
mukixi......sacerdote no Angola.
Nengua-a-nkisi..........sacerdotisa no Kongo.
Nganga-a-nkisi.........sacerdote no Kongo. Mametu
ndenge..........me pequena no Angola. Tatetu ndenge..........Pai
pequeno no Angola. Nengua ndumba...........me pequena no Kongo.
Nganga ndumba...........pai pequeno no Kongo. Kambundo ou
Kambondo....todos os homens confirmados.
Kimbanda................Feiticeiro, curandeiro.
Kisaba.................pai das sagradas folhas. Tata
utala..............pai do altar.
Kivonda.................Sacrificador de animais (Kongo). Kambondo
poko...........sacrificador de animais (Angola). Kuxika ia
ngombe........Tocador (kongo). Muxiki..................tocador(
Angola). Njimbidi................cantador.
46. Kambondo mabaia.........responsvel pelo barraco.
Kota....................todas as mulheres confirmadas. Kota
mbakisi............responsvel pelas divindades. Hongolo
matona..........especialista nas pinturas corporais. Kota
ambelai............toma conta e atende aos iniciados. Kota
kididi............toma conta de tudo e mantm a paz. Kota
rifula.............responsvel em preparar as comidas sagradas.
Mosoioio................as (os) mais antigas. Kota
manganza............ttulo alcanado aps a obrigao de 7 anos.
Manganza.................ttulo dado aos iniciados.
Uandumba................designa a pessoa durante a fase iniciatria.
Ndumbe..................designa a pessoa no iniciada. Sacerdotes na
frica BANTU (ANGOLA-KONGO). Kubama..................adivinhador de
1a categoria. Tabi....................adivinhador de 2a categoria.
Nganga-a-ngombo.........adivinhador de 3a categoria.
Kimbanda................feiticeiro ou curandeiro.
Nganga-a-mukixi.........sacerdote do culto de possesso (Angola).
Niganga-a-nikisi........sacerdote do culto de possesso (Kongo).
Muka-umbanda...........sacerdote do culto de possesso
(Angola-Kongo).
47. O orculo. Os buzios brasileiros O opele if africano. Jogo
de buzios. O jogo de bzios uma das artes divinatrias utilizado nas
religies tradicionais africanas e na religies da Dispora africana
instaladas em muitos pases das Amricas. Existem muitos mtodos de
jogo, o mais comum consiste no arremesso de um conjunto de 16 bzios
sobre uma mesa previamente preparada, e na anlise da configurao que
os bzios adoptam ao cair sobre ela. O advinho, antes reza e sada
todos os Orixs e durante os arremessos, conversa com as divindades
e faz-lhes perguntas. Considera-se que as divindades afetam o modo
como os bzios se espalham pela mesa, dando assim as respostas s
dvidas que lhes so colocadas. No Brasil os bzios (conchas pequenas
de praia), (cawris na frica eram usados como dinheiro, foi moeda
corrente) so usados pelos Babalorixs e Iyalorixs para comunicao com
os Orixs, nas consultas ao jogo de bzios ou Merindelogun. Opele
If.
48. um sistema de adivinhao que se originou na frica Ocidental
entre os yorubas, na Nigria. tambm designado por Fa entre os Fon e
Afa entre os Ewe. No propriamente uma divindade (Orix), o porta-voz
de Orunmil e dos outros orixs. O sistema pertence as religies
tradicionais africanas mas tambm praticado entre os adeptos da
Lukum de Cuba atravs da Regla de Ocha, Candombl no Brasil atravs do
Culto de If, e similares transplantadas para o Novo Mundo. No
Candombl no existe autodidata nem auto-iniciao. Para ser um Filho
[a] de Santo um longo tempo de Iniciao indispensvel e se o
interessado em Candombl pretende se utilizar do orculo africano, o
Jogo de Bzios, foco de interesse de muita gente, a religio se
mostra ainda mais inacessvel. Apesar dos inmeros orculos online
[softwares, programas] disponveis na internet; apesar, ainda, de
existir at um Tar do Bzios ou Tar dos Orixs [Tar dos Orixs:
Senhores do Destino - Editora Palas], inovaes recentes, o orculo
afro-brasileiro, o Jogo de Bzios [If], somente confivel quando
"operado" pelas mos credenciadas dos sacerdotes, o Babalorix [Pai
ou Zelador de Santo] ou Yalorix [Me ou Zeladora de Santo]. Este um
ponto indiscutvel entre os especialistas. O negro histria no
Brasil, a sua histria cultura, saber, aprender, que para nosso
conhecimento e desenvolvimento social e cultural, infelizmente no
estudamos e nem ensinamos nas escolas. Apesar da lei de n 10.639
que altera a lei n 9394-96, ou seja, modifica a Lei das Diretrizes
e Bases da Educao incluindo a cultura afro-brasileira, ainda no h,
ao meu modo de ver, um "reconhecimento" do vigor da mesma e nem uma
exigncia de sua aplicao nas escolas. Tombamento. A algum tempo eu
estou pesquisando e preparando um documento para ser encaminhando
ONU, solicitando a proteo, o reconhecimento e o tombamento do
candombl brasileiro como Patrimnio Cultural Intangvel da
Humanidade. Baseada no fato que levou a destruio dos documentos de
desembarque dos escravos no Brasil e sua origem, ficamos apenas com
historia oral de quem somos descendentes, e temos apenas as casas
de candombl, os il ass e abassas como guardies de nossa identidade
ancestral. saber: O Patrimnio Oral e Imaterial da Humanidade, tambm
chamado Patrimnio Cultural Intangvel da Humanidade uma distino
criada em 1997 pela Organizao das Naes Unidas para a Educao, a
Cincia e a Cultura para a proteo e o reconhecimento do patrimnio
cultural imaterial, abrangendo as expresses culturais e as tradies
que um grupo de indivduos preserva em respeito da sua
ancestralidade, para as geraes futuras. So exemplos de patrimnio
imaterial: os saberes, os modos de fazer, as formas de expresso,
celebraes, as festas e danas populares, lendas, msicas, costumes e
outras tradies. A cada dois anos so escolhidos os bens a partir das
candidaturas apresentadas pelos pases signatrios da Conveno para a
Salvaguarda do Patrimnio Cultural Imaterial. A
49. primeira lista de bens inscritos foi divulgada em 2001,
seguida por outras duas, em 2003 e 2005, totalizando 90 bens
imateriais inscritos. Y Carmen S. Prisco, comendadora. Ministra
religiosa, Iyaloris e iylas do Il Iylas Iylde sn par romlad.
Comendadora pela Ordem do mrito municipalista. Medalha Tiradentes,
por servios prestados s populaes em risco social. Secr. de Relaes
Institucionais e parcerias estratgicas do Instituto Oromilade. Vice
presidente CNAB-regio metropolitana do litoral sudeste e Vale do
Ribeira. Comisso Organizadora_II Conferencia Metropolitana de
promoo da Igualdade Racial- 31/05/2009- SANTOS/SP. Delegada
metropolitana_II Conferencia Estadual de promoo da Igualdade
Racial- 10, 11, 12/05/2009- So Paulo/SP. Delegada estadual_ II
Conferencia Nacional de promoo da Igualdade Racial- 25, 26, 27,
28/06/2009- Brasilia/DF. Coordenao estadual do CENARAB- SP 2010.
Aspirante a conselheira no FRUM INTER RELIGIOSO da Secretaria de
Justia e defesa da cidadania do Estado de SP. Escritora_ Uma
princesa malgaxe na Bahia Telefones: 13 3495-1286/ Celular: CLARO
*13 9161-6133/ OI*13 8801-7584/ TIM*13 8151-3398/ VIVO *13
9710-7707. E-mail: [email protected] Facebook: Carmen Silvia
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