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Dança do ventre descobrindo sua deusa interior (1)

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Dança do Ventre Descobrindo sua Deusa Interior

Sueli Lyz

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Índices para catálogo sistemático:

1. Dança do ventre : Estudo e ensino : Artes 792,807

ISBN – 85-85839-33-3

Copyright © 1999 by Sueli Lyz.

Copyright © 1999 By Berkana Editora Ltda.®

Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, por

qualquer meio, sem a expressa autorização do editor.

Copy-desk: Maudie Chiarini

Revisão: Maria Tereza Franchi.

Capa e Editoração Eletrônica: Renata Chiarini Bistão.

Ilustração (capa e miolo): Claudinei Hidalgo.

Lyz , Sueli

Dança do Ventre : descobrindo sua deusa interior / Sueli Liz. – São Paulo:

Berkana Editora, 1999.

Bibliografia.

1. Dança do Ventre 2 . Dança do Ventre – Estudo e ensino I Título

99-4907 CDD-792,807

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No dia em que eu descobrir o meu destino e o meu caminho, talvez

tantas coisas e assuntos na Terra já tenham se transformado e eu, ainda

estarei tentando entender os ciclos da Lua e das marés, que vão e vêm

nas tempestades.

Sueli Lyz

7

8

Este trabalho é dedicado a você mulher:

esposa, mãe, avó, dançarina, professora,

psicólogo. A todo homem: marido, pai,

professor, metafísico, astrólogo. Aos que

pesquisa sobre melhores condições do viver,

em fim, a todos nós que vivemos e

interpretamos a vida.

9

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O Dançar de uma Deusa

A música é suave, envolvente.

O clima da dança é mágico como num conto das mil e uma

noites.

No ar, os incensos perfumados relaxam o corpo e mente.

A mulher se prepara para a dança, enfeita-se veste-se com seu

belíssimo traje de tecido leve e brilhante.

Seus véus esvoaçam diáfanos, como se fossem levados pelo

vento.

A delicadeza de suas mãos e de seus gestos parecem transformá-la

em uma criatura celestial.

Seu corpo dança, sinuoso como uma serpente, como se deslizasse

suavemente ao som de um flauta.

A expressão de seu tosto é de felicidade, seu semblante reflete

esplendor, beleza e feminilidade divinos.

Tudo nela é suave, delicado, mas seus olhos são fortes,

possuem um magnetismo desconcertante e cheio de mistérios.

Meio em transe, se entrega ao ritmo da dança.

Não importa se é gorda ou magra, feia ou bonita, idosa ou

jovem – sabe apenas que é mulher, feminina, sensual, plena, cheia

de vida e energia.

A dança revela seu mistério num olhar, num gesto, num

sorriso, num jeito de jogar os cabelos, no andar, no brilho da aura

de quem está de bom com a vida e não tem medo de ser feliz.

Sueli Lyz

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ÍNDICE

PRÓLOGO ....................................................................................................15

A DANÇA DO VENTRE ...................................................................................20

MOVIMENTO 1 ..............................................................................................27

MOVIMENTOS DA DANÇA .......................................................................27

PASSO YASMIN .................................................................................27

PASSO GREGO .................................................................................28

A DEUSA AFRODITE ..............................................................................29

LUZ E SOMBRA DE AFRODITE .................................................................31

DANÇAR PARA TRANSFORMAR A VIDA ....................................................33

RELAÇÃO DOS CHACRAS COM OS MOVIMENTOS DA DANÇA ....................35

1º CHACRA – BÁSICO ........................................................................35

CHACRAS COMPLEMENTARES – PÉS E JOELHOS ....................................39

CHACRAS DOS PÉS ..........................................................................39

CHACRAS DOS JOELHOS ...................................................................40

MOVIMENTO 2 .............................................................................................43

MOVIMENTOS DA DANÇA ......................................................................43

OITO DEITADO .................................................................................43

OITO MAIA .......................................................................................44

PASSOS DO CAMELO ........................................................................44

ONDULAÇÕES ..................................................................................45

BATIDAS FORTE E SHIMIS .................................................................46

REDONDOS DE QUADRIL ...................................................................46

A DEUSA DEMÉTER ...............................................................................48

LUZ E SOMBRA DE DEMÉTER .................................................................49

DANÇAR PARA TRANSFORMAR A VIDA ....................................................50

RELAÇÃO DOS CHACRAS COM OS MOVIMENTOS DA DANÇA .....................52

2º CHACRA – UMBILICAL ...................................................................52

MOVIMENTO 3 .............................................................................................54

MOVIMENTOS DA DANÇA ......................................................................54

ONDULAÇÕES ABDOMINAIS ..............................................................54

A DEUSA ARTEMIS ...............................................................................55

LUZ E SOMBRA DE ARTEMIS .................................................................57

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DANÇAR PARA TRANSFORMAR A VIDA ....................................................58

RELAÇÃO DOS CHACRAS COM OS MOVIMENTOS DA DANÇA ....................60

3º CHACRA – PLEXO SOLAR ..............................................................60

MOVIMENTO 4 ..............................................................................................63

MOVIMENTOS DA DANÇA .......................................................................63

OITO DE BUSTO ................................................................................63

A DEUSA ATENA ...............................................................................65

LUZ E SOMBRA DE ATENA .................................................................67

DANÇAR PARA TRANSFORMAR A VIDA ....................................................68

RELAÇÃO DOS CHACRAS COM O MOVIMENTOS DA DANÇA ......................70

4º CHACRA – CARDÍACO ...................................................................70

MOVIMENTO 5 ..............................................................................................74

MOVIMENTOS DA DANÇA .......................................................................74

ONDULAÇÕES E CIRCULARES DE PESCOÇO .......................................74

A DEUSA HERA .....................................................................................75

LUZ E SOMBRA DE HERA .......................................................................76

DANÇAR PARA TRANSFORMAR A VIDA ....................................................78

RELAÇÃO DOS CHACRAS COM O MOVIMENTOS DA DANÇA ......................79

5º CHACRA – LARÍNGEO ....................................................................79

MOVIMENTO 6 ..............................................................................................82

MOVIMENTOS DA DANÇA .......................................................................82

3ª VISÃO ..........................................................................................82

A DEUSA PERSÉFONE ...........................................................................82

DANÇAR PARA TRANSFORMAR A VIDA ....................................................89

RELAÇÃO DOS CHACRAS COM O MOVIMENTOS DA DANÇA ......................90

6º CHACRA – FRONTAL .....................................................................90

MOVIMENTO 7 ..............................................................................................90

MOVIMENTOS DA DANÇA .......................................................................92

A APARIÇÃO DA DEUSA ....................................................................92

RELAÇÃO DOS CHACRAS COM OS MOVIMENTOS DA DANÇA ....................95

7º CHACRA – CORONÁRIO ................................................................95

CHACRAS DAS MÃOS ............................................................................96

ALINHANDO O LADO FEMININO COM AS MÃOS ....................................98

ALINHAMENTOS DO LADO MASCULINO COM AS MÃOS ........................99

A APARIÇÃO DA DEUSA .......................................................................100

AS DANÇAS ...............................................................................................103

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A DANÇA DO CANDELABRO ................................................................103

A DANÇA DOS SETE VÉUS ..................................................................105

SIGNIFICADO DOS VÉUS .................................................................106

OS DEUSES MASCULINOS .........................................................................108

OS QUATRO ELEMENTOS ..........................................................................111

ELEMENTO TERRA .............................................................................111

DESEQUILÍBRIO DA TERRA .............................................................112

EXERCÍCIOS PARA EQUILIBRAR O ELEMENTO TERRA .......................112

ELEMENTO ÁGUA ................................................................................112

DESEQUILÍBRIO DA ÁGUA ................................................................113

EXERCÍCIOS PARA EQUILIBRAR O ELEMENTO ÁGUA .........................113

ELEMENTO FOGO ................................................................................113

DESEQUILÍBRIO DA FOGO ................................................................114

EXERCÍCIOS PARA EQUILIBRAR O ELEMENTO FOGO .........................114

ELEMENTO AR ....................................................................................114

DESEQUILÍBRIO DA AR ....................................................................115

EXERCÍCIOS PARA EQUILIBRAR O ELEMENTO AR .............................115

OS QUATRO ELEMENTOS E AS COREOGRAFIAS ...................................115

FOGO .............................................................................................116

TERRA ...........................................................................................116

ÁGUA .............................................................................................116

AR .................................................................................................117

COREOGRAFIAS ARTÍSTICAS – RITUAIS E CONSAGRAÇÕES .........................118

AFRODITE – CELEBRAÇÃO E COREOGRAFIA .........................................118

ARTEMIS – CELEBRAÇÃO E COREOGRAFIA ...........................................118

RITUAL DA ABUNDANCIA – COREOGRAFIA ............................................118

PERSÉFONE – COREOGRAFIA ..............................................................118

CONCLUSÃO ..............................................................................................123

A DANÇA DA MULHER DO 3º MILÊNIO ...................................................123

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................125

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15

Prólogo

“Minha História de Reencarnação”

Para escrever Dança do Ventre – Descobrindo Sua Deusa

Interior eu poderia discorrer sobre os deuses egípcios, hindus,

ou Inana na civilização na civilização da Mesopotâmia. Mas, foi no

contato com os arquietipo gregos que senti haver em mi uma

estreita relação com as energias e personalidades dos deuses

gregos. Coloquei-me no centro da Roda das Deusas e pude

verificar quais delas estão feridas ou esquecidas e outras com

poucas atividades em minha vida, meus relacionamentos, minha

profissão, etc.

Nessa comunhão com os deuses, pude constatar que

quando a energia de uma deusa emerge em nossa vida, pode-se

vivencias uma total reviravolta. Tudo o que vínhamos fazendo,

vira de pernas para o ar. Relacionamentos, carreira, viagens,

enfim, mudanças em geral, nos liberam de velhos

comportamentos e feridas muito antigas.

Assim, que pude nesses últimos períodos da minha vida,

Lançar luz em vários recônditos da alma que estavam esquecidos

ou inconscientes e tinham que vir à tona, resgatando em mim

mesma toda a vida. Para isso precisei, mesmo que,

involuntariamente, fazer uma longa viagem de volta no tempo...

Grécia. 6000 a 7000 a. C..

Nessa época, os rituais destinados à Grande Deusa eram

oferendados com grãos, cereais, perfumes, incensos, frutas

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variadas e o porco que, em algumas regiões, era a oferenda em

forma de sangue. Por sete noites e sete dias, aconteciam ofícios

nos templos ao ar livre e os discípulos que se interessasse, eram

iniciados nos mistérios.

As cerimônias eram realizadas por sacerdotisas devido a

sua natureza feminina e receptiva. Elas eram responsáveis pela

abertura de canais para o plano espiritual, através de mantras, de

mudràs (gestos) e de dança, para que a energia dos deuses

fizesse sua passagem pelos chacras abrisse o Corpo de Luz.

Sem a energia feminina, nenhum ritual poderia emancipar o

discípulo. Havia uma integração com a parte masculina. Os

homens também, entendiam a interagiam nos rituais de

fertilidade.

A escolha da Sacerdotisa destinada a ser a Mãe do clã, era

feita em uma grande festa, com muitas danças sagradas. Nessa

ocasião, aquela para quem era passada essa responsabilidade,

recebia o Cálice Sagrado, feito de diamantes, representando os

elementos.

Os Sabás das Mulheres eram realizados nas florestas, ao ar

livre, à luz do Luar, ou recebendo a energia solar. Os astros eram

estudados juntamente com a energia das pedras e os ciclos da

natureza.

O cálice nos rituais, representava o útero das mulheres e

sua ligação com a Grande Mãe. O “sangue menstrual” que era

oferecido à Terra. Nesses rituais, as vestais dançavam como o

fogo, representado em círculos sagrados, parecidos com objetos

indígenas de chocalhos.

Assim, a vida era vivida em plena paz. A loucura dos

homens, por guerra, poder e sangue, era neutralizada pelas

oferendas proporcionadas pelas mulheres que, em comunhão

com a Deusa, pelo seu poder de dar e manter a vida,

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faziam de seu ventre o grande mistério de onde surtia a vida.

Alguns guerreiros e sacerdotes incitados por rituais e

devoções praticados por magos negros, invejando o “poder

natural das mulheres” quiseram usurpar essa comunhão com a

Deusa. Começou então uma perseguição silenciosa e uma

estratégia de extermínio aos clãs das mulheres.

A ideia de escrever Dança do Ventre – Descobrindo sua

Deusa Interior, aconteceu no momento em que uma imagem

dessa época horrível surgiu na minha tela mental. Todos os meus

chacras temeram e se voltaram para esse passado, afim de que

eu soubesse e contasse às mulheres e homens desta época,

como tudo aconteceu, e juntos, resgatássemos o feminino, que a

partir daí, foi sufocado em cada uma de nós.

Nessa volta, encontrei-me em meio a muitas lutas entra

guerreiro e amazonas que defendiam as mulheres xamãs, sibilas

e sacerdotisas, possuidores de dons sobrenaturais de entrar em

contato com a Deusa Mãe em rituais e ela oferecidos.

Um clã de mulheres já vivia em enormes grutas, escondidas com

os velhos, crianças e a vida não mais corriam livres nos campos,

pois se fossemos pegas, o preço seria a própria vida.

Eu era jovem e estava ali para ocupar o meu lugar de

sacerdotisa. Celebrávamos com uma grande festa, com muitas

danças e muita alegria. Dos gestos e coreografias fluíam, com

esplendor energias que abriam novos canais psíquicos e

espirituais, quando nossa vidência e capacidade de cura,

proporcionava grande emoção.

A vida, mesmo em grutas, era ainda muito feliz e prospera,

com muito amor e divisão fraternal, embora soubéssemos

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que a Era Matriarcal estava no final e muitos inocentes pagariam

com a vida por erros de alguns clãs femininos, por abuso de seu

poder em rituais de fertilidade.

As amazonas, mulheres guerreiras, traçavam seu império e

protegiam o clã, guerreando sem tréguas para que o patriarcado

não imperasse.

Nessas imagens de magnitude daquela sociedade, que

passavam como um filme em minha mente, eu reconhecia os

rosto, o andar e a força de muitas daquelas mulheres que hoje

estão encarnadas e são minhas eternas amigas, muitas, que eu

sei, ainda virei conhecer.

Na revisão dessa vida anterior, compreendi que não pude

efetuar e completar o meu trabalho naquela época, como

sacerdotisa, pois fui morta por “sacerdotes bruxos” numa

emboscada. De volta, já nesta nossa era, só depois de haver

estruturado meus corpos, pude trazer para a consciência o

contato com os deuses em mim, resgatando os “rituais

esquecidos” através das danças sagradas.

Nos trabalhos de regressão, nós temos um raio de visão

maior dos problemas e questões a serem desbloqueadas, através

da luz, alem da minha historia pessoal, eu entrava em contato

com os rituais, a sociedade, as divindades, o declínio de um

sistema, a educação das crianças e o resgate de uma parte minha

esquecida: “A Sacerdotisa”.

Além de aprender tudo que era possível a respeito da dança,

algo, dentre de mim dizia que os movimentos não eram só os

passos com perfeição de técnica. Havia algo mais profundo a ser

recuperado; os rituais para que a s mulheres e homens pudessem

resgatar “o Feminino”, adormecido dentro de cada ser.

Pode ser que demore algum tempo, mas a cada dia e cada

trabalho que fazemos, mais homens guerreiros desta nossa

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época, estão entregando as armas, aderindo às danças

ritualísticas em homenagem a Grande mãe e, o melhor de tudo,

deixando abrir seu coração para esse trabalho interior. Assim,

podemos visualizar como trazer essa energia de Amor, de

concretização, de força e de sensualidade que os deuses nos

ofertam, na experiência de Fonte Divina, que é o nosso EU

Superior.

Com a experiência e os trabalhos de pesquisa nas aulas de

dança e nas terapias, pude avaliar o quanto a dança e certos

exercícios despertam os chacras, fazendo a passagem da energia

da deusa que nos fornece equilíbrio, forma, beleza e também

desenvolvimento espiritual, resgatando na mulher a serpente do

conhecimento que faz ressurgir a Deusa/Sacerdotisa.

O resgate do feminino em Dança do Ventre – Descobrindo

sua Deusa Interior vem para tentar restaurar o poder da Deusa

em cada mulher e em cada homem da época atual, reafirmando a

necessidade de haver um para completar o outro.

Sueli Lyz

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A dança do ventre

Remota e esquecida, a dança do ventre, um pratica milenar

que chegou até nossos dias, era usada no Egito para reverenciar

os deuses.

Na Índia, pelo que se sabe através de filosofia hindu, era

praticada em rituais tântricos.

Na Arábia antiga, contada por Abdrushin, os Sultões eram

homens sábios que usavam a dança como abertura de canal de

comunicação com a divindade, que permitiria que só filhos que

tivessem, fosse sábios e evoluídos.

Desde as mais antigas tribos indígenas, dos mais diferentes

lugares do mundo, a prática da dança era feita com movimentos

fortes de quadris, sentido-se a pulsação da Terra e de seus

elementais.

Atualmente, a dança do ventre, entre outras danças

orientais, nos oferece uma iniciação de abertura, renovação e

consagração da mulher e do homem, na passagem desse milênio,

decifrando a magia e a nostalgia que música oriental nos traz.

Entretanto nessa sintonia, a que época nos remete a

memória e a saudade de um tempo longínquo? Teríamos sido

odaliscas, sacerdotes, príncipes, sultões, escravos ou cidadãos

do povo que sempre teriam dançado em cerimoniais sagrados?

Estaríamos hoje retornando a este tempo presente para

materializar a arte, a musica, os rituais, enfim, as comemorações

do passado, que por motivos muito sérios teriam sido banidos da

vida diária dos povos?

21

Pessoas sensíveis com um desenvolvimento psíquico

altamente confiável, os que estudam os mitos através de Jung e

alguns astrólogos, já perceberam que algo de muito serio está

acontecendo nos Céus e sendo restaurado na Terra – um

movimento de regeneração e mudanças. Mulheres e homens de

mentes avançadas percebem essa onda de vibração, que

também é captada pelo inconsciente coletivo. É a energia dos

Deuses, renascendo na era atual.

Algumas pessoas já perceberam as mudanças na

humanidade como um todo e em suas vidas especificamente.

Essa mutação pede que estejamos preparados para o

Retorno da Deusa e as consequentes subdivisões em formas de

arquétipos, regatando o feminino na mulher e no homem, pois

cada criatura é formada do masculino e feminino, considerando-

se que pela “real história da humanidade” havia um

Deus/Pai/Mãe.

No passado, houve um longo tempo de paz e harmonia na

Terra, um tempo em que homens, mulheres e crianças viviam

felizes, celebravam e dançavam nas consagrações feitas a

Deusa-mãe que nutria essa Terra e o pai protegia.

Desde a remota Atlântida, e mais recentemente na Grécia,

pode-se constatar que as celebrações que se fazia à Deusa, aos

poucos forma sendo dizimadas por guerreiros e sacerdotes,

estabelecendo-se, lentamente, o culto ao deus masculino.

Na história dessa humanidade, no caminhar dos séculos,

poucas foram as mulheres que puderam sobressair-se em alguma

ideia, forma ou pensamento.

Quando alguma mulher trazia à luz alguma coisa, seu

psiquismo, ou suas ideias eram julgados avançados e ele era

louca, cortesã, bruxa ou cigana-xamã, isolada na floresta.

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Vênus/Afrodite foi arrancada de seu templo, culpada e

condenada sumariamente. Fizeram-na profana e reprimida pelas

funções do seu corpo. O poder da deusa, ou o poder feminino,

nesse momento começou a diminuir. Isso levou à repressão da

mulher e do homem através dos tempos, à somatização de

doenças e à falta de amor, na visão triste da chamada abertura

sexual de hoje.

Atualmente, vemos a expressão “amor de Afrodite”, como

sinônimo de traição, mentira, transe sexual e, várias nuances de

sexualidade desbravada e sadomasoquista.

Na verdade, trazemos dentro de nos mesmos, a energia de

muitas deusas: da Sabedoria, da Paciência, da Força, da

Criatividade, da Guerra, do Amor.

Aprendemos como o tempo e com o dançar, a harmonizar

essas energias em nossos relacionamentos, nos sentimentos, nos

chacras e no desempenho de papeis que não são impostos em

nossa cultura.

Do Panteão dos Deuses Gregos, cuja energia foi

arremessada para nossa época, vamos decifrar em sua Mitologia,

a natureza e as funções de cada deus, que transportadas para o

nosso século nos ajudam a entender como agimos, como nos

descobrimos e como estamos mudando nossas funções como

homens e mulheres.

Com a dança, podemos abrir nossa consciência, descortinar

o “pior” de nossos bloqueios e o “melhor” de nosso

autoconhecimento e avançar no desenvolvimento corporal e

energético.

Dentro dos arquétipos das deusas, podemos descobrir qual

delas está esquecida ou reprimida dentro de nós, pela dor de uma

ferida não curada de nossa infância, pelo desamor ou pela raiva.

Podemos descobrir, também, se a deusa está à luz ou à

sombra, em nosso interior, fazendo-nos rever nos departamentos

23

de nossas vidas onde a energia está estagnada, recriando nosso

destino e nossa história, livrando-nos das amarguras, ansiedade,

tensões, e frustrações, trazendo luz a pontos mais escondidos do

nosso Ser.

Na Astrologia, já podemos estudar os papeis das principais

deusas em nosso Mapa Natal e na Revolução Solar (mapa que

fazemos para verificar os acontecimentos, a partir de nosso

aniversario até o não seguinte), pois cada planeta que interfere

em nossa vida é a representação de um deus ou de uma deusa.

Através da Astrologia, podemos verificar, que a maioria das

pessoas possui a chave da prisão da deusa, isto é, são capazes,

ela mesmas, quando trabalhadas adequadamente, de conseguir a

liberdade que lhes trata harmonia e bem estar.

A dança é a melhor forma de expressão que existe. Na

prática dos exercícios e mudrás, pode-se verificar que o físico e o

energético caminha interligados, “abrindo” e fazendo evoluir em

harmonia – corpo – mente – alma.

A magia que a dança do ventre traz para que a pratica, ou

aprecia simplesmente olhar, permite que seja captada a energia

que está de volta nos Céus e na Terra, podendo mexer com o

inconsciente.

A dança do ventre não originou-se somente em um país ou

em um região. Recebeu as características dos costumes de cada

país era praticada, dependendo dos deuses e deusas que as

sacerdotisas consagravam ou cultuavam em seus rituais, sendo

indispensável dizer, que esses cultos eram destinados à

Deusa/Mãe e à fertilidade.

Ela foi dançada e consagrada nos templos de várias ordens

e religiões.

Assim, ao logo da história, a dança do ventre recebeu

influências das mais variadas e, naturalmente, seguiu um

24

processo evolutivo em dois tipos de cenários: o culto religioso e a

dança dos palácio e das ruas.

A dança do ventre evoluiu através dos tempos e hoje, muitas

dançarinas realizam um trabalho maravilhoso, que vai desde o

puro prazer de dançar, até as curas feitas através da dança.

A finalidade da dança era comunicar-se com os níveis sutis

de energia e sés mistérios, harmonizar-se com os ciclos da Terra

e da Natureza e também com os quatro elementos. Dançava-se

para a Terra, para o Ar, para as Águas e para o Fogo. Para que

os reinos fossem férteis.

Dentro de cada mulher, há uma grande ligação do físico com

o espiritual, da Terra com o Universo. A sabedoria da Deusa

Interior é eterna.

Hoje, esta grande deusa regressa para que a mulher

conheça e saiba que sua energia, se usada de forma errada leva

a vaidade, ao egoísmo, às doenças psíquicas, à confusão mental,

emocional e espiritual. Por outro lado, quando é usada de forma

adequada, há a abertura para canalização, à mediunidade e à

proteção dos mestres espirituais, para a ascensão total. É neste

momento que ligação da mulher com a deusa acontece.

Ao som de uma musica forte, o acariciar da Serpente era o

convite, a escolha de aceitar o conhecimento a força e a

responsabilidade se ser possuidora de habilidades psíquicas.

A Serpente ou Píton é a simbologia usada para presentear a

força psíquica que existe em cada mulher.

Píton, Gaia, Pítia, Tiamat, Shavki, Cênon, Isis serpente do

Arco-Iris, Coatlique, Iemanjá, ou seja, qual for o nome atribuído à

serpente em cada civilização, ela representa a própria imagem da

Deusa que sempre existiu, em todas as épocas, perpetuando as

raças e o conhecimento.

25

As dançarinas/sacerdotisas acolhem a serpente enrodilhada,

cujo corpo em espiral é o símbolo da vibração crescente da

Grande Mãe. Em transe, elas aceitam os dons do seu corpo. O

nascer pelos centros de energias dos chacras, o despertar do seu

Eu adormecido.

Quando a bailarina dança, seus movimentos parecem os de

uma chama que se eleva, imitando o “bote” das serpentes quando

se erguem e, então, se transformam na expressão da força

sagrada do Eu interior centrado e seguro.

O ventre descoberto da mulher recebe as energias de Rá

(Sol) e também dos rituais feitos para as Luas:

Crescente – para tudo frutificar e realizar;

Minguante – para as coisas que queiram minimizar ou secar;

Cheia – o nível máximo de energia física e psíquica;

Nova – para novos planos, renovação, aliança, em rituais em

que alcançavam-se novos e dinâmicos estados de consciência.

Tanto hoje como no passado. Os dons e a sabedoria abrem-

se dentro da mulher. Ela transforma-se no que vê e, através da

dança, acolhe a dignidade de seu Ser, apreciando sua beleza e

aceitando as responsabilidades de paz e positividade que os dons

lhe trazem.

Nos templos modernos de dança como nos templos

iniciáticos, a cada ritual de dança, pelos quatros corpos – físico,

etérico mental e emocional – flui e resplandece uma luz

transparente, envolvendo e energizando cada chacra, trazendo

uma grande emoção e a alegria do reencontro. Assim, a

dançarina entra em contato com a Deusa.

A energia do Retorno da Deusa poderá fluir nos caminho da

vida através de cada corpo de mulher, que se dedique à Arte e

26

ao Sagrado da Dança, proporcionando equilíbrio, liberdade e

criatividade pessoal.

Enquanto dança, a mulher ondula seu corpo com

sinuosidade, mimetizando os movimentos da Serpente Sagrada

(Píton), cuja energia é transformada em ritual pela dançarina. Ela

canaliza a força da Terra, energizando e alinhando os chacras

que podem estar bloqueado, tanto na entrada com na saída das

energias e a conseqüência disso é a somatização, isto é, o

aparecimento, no corpo físico de doenças que se iniciaram no

corpo etérico.

Cada um dos movimentos da dança do ventre, cada um de

seus passos tem um significado especial, pois tira da “sombra”

trazendo para a “luz”, a energia das deusas adormecidas dentro

da mulher, que muitas vezes, envolvida na luta pela

sobrevivência, esquece-se de si mesma.

É importante que sejam bem executados para que se

consiga, alem da alegrai e do prazer que a própria dança

proporciona, atingir seu objetivo principal – a harmonização de

todas as energias de nossos quatro corpos inferiores (físico,

etérico, mental e emocional).

27

Movimento 1

Movimentos da Dança

Inicialmente, voltamos nossa atenção para os membros

inferiores.

A maneira como andamos, os pés, os tornozelos, os joelhos,

as articulações, a musculatura das pernas e virilhas são

trabalhados, intimamente, na dança.

As rotações e os alongamentos são necessários para

fortalecer todas essas partes do corpo e para que ganhem mais

energia.

Quando estamos fazendo, perfeitamente, os primeiro

movimentos da dança, os passos Yasmin e Grego, é sinal de que

houve uma abertura do chacra Terra, chamado chacra básico,

que circula desde o cóccix até a ponta dos pés, nos

proporcionando garra, senso de vida e coordenação motora.

Passo Yasmin

28

1) Levante a perna direita até a altura do quadril, abra na

lateral e volte fazendo um semicírculo até a frente da outra

perna, abaixando como mostra a figura.

2) Faça o mesmo movimento com a perna esquerda.

3) No inicio, você pode sentir as pernas fracas, mas ao

poucos, com a repetição sistemáticas dos exercícios vão

tornado-se mais fortes e os movimentos perfeitos e

graciosos.

Passo grego

1) Abra a perna direita na lateral, volte cruzando na frente da

perna esquerda. Assim que o pé direito estiver firme e em

equilíbrio, repetir o movimento com a perna esquerda.

Os passos Yasmin e Grego facilitam a coordenação,

fortalecem os tornozelos e os joelhos e dão, além de

desenvoltura, muita graça e beleza à dança.

O som dos derbaques, com batidas fotes e sons primais, é o

primeiro impacto que faz a energia subir e nos faz sentir a força

mágica do elemento terra.

A Deusa do amor – Afrodite – é despertada através de

sexualidade, força e sensualidade, quebrando as couraças do

“cinturão” presente na região pélvica. Aqui, inicia-se a elevação da

energia branca cinda da Terra.

29

A Deusa Afrodite

Segundo a mitologia, Saturno, o grande policial cósmico,

não se conformando com Uranus e sua ânsia de libertinagem pelo

Olimpo, cortou-lhe os órgãos genitais e jogou-os no mar.

Os órgãos da considerada liberdade sexual de Uranus,

juntando-se às espumas do mar, ocasionou um ato de

sensualidade cósmica, do qual nasceu Afrodite.

Uranus representa o Pai Celestial e Saturno, o Deus do

Tempo (Cronos).

Afrodite, para os gregos, e Vênus, para os romanos,

simboliza o desejo de todos nós, de união e relacionamentos

felizes.

O potencial de Afrodite não é apenas para os

relacionamentos, mas para a beleza e para todos os tipos de arte

e estética. É, também, a maneira pela qual realizamos

30

nossa especial identidade, sendo a deusa uma espécie de agente

equilibrador.

Afrodite, Deusa do Amor e das Artes, possui um “cinturão

mágico” que tem o poder de encantar, seduzir e escravizar os

homens.

Há várias nuances de personalidade ou do potencial da

Deusa. Usamos a essência de Afrodite quando queremos

ressaltar a mulher, ou quando procuramos satisfazer os desejos

de natureza física ou instintiva, apetites caprichosos em relação a

comidas e sexo, necessidades de segurança e conforto. Usamos,

também, sua essência quando não estamos conseguindo impor

limites para o nosso corpo ou sendo sugados em algum

relacionamento.

A herança da simbologia que Afrodite nos dá, é o ensejo de

realizar ideais românticos, desenvolver a criatividade, praticar o

amor e a justiça e deixar fluir as fases belas da vida.

As profissões mais adequadas para a mulher Afrodite são:

modelo, atriz, poetisa, dançarina, pintora, modelista, decoradora.

Aceita grandes contratos para posar nua.

Seu poder é mais acentuado no Signo de Libra que rege a

ética, a estética, a beleza e as artes e no Signo de Escorpião por

sua natureza sensual e sexual.

A cor de Afrodite é a vermelho-rubi.

As essências são rosas vermelhas e ylang-ylang.

Sem Afrodite dentro do nosso ser, não há união sexual-

espiritual. Afrodite é a força catalisadora de tudo. Ela nos faz

seguir em direção a vários caminhos, dependendo se a Deusa

está na parte da Luz ou na Sombra de nossa historia de vida.

31

Luz e Sombra de Afrodite

Afrodite é símbolo da compaixão e do poder de alquimia do

amor. É a “musa” que traz inspiração aos poetas, aos músicos e

aos artistas em geral.

Não existe nenhuma deusa que tenha sido tão amada e tão

rejeitada como Afrodite. Deusa do amor, do êxtase, do prazer, das

artes. Modelo para pintores e escultores. Inspiração é sue tema.

A mulher que está na luz de Afrodite é muito bela. Cultiva a

beleza, cuida das unhas dos cabelos. Dedica-se à beleza do

corpo de forma sensual. Usa roupas da moda, esvoaçantes ou

justas; adora as de marca, de cores vibrantes, que tenham um

toque gostoso na pele. É delicada em sua postura e andar. Ama

as coisas que despertam os sentidos. Adora perfumes, flores,

música sentimental e comidas finas.

O nascimento de Afrodite em qualquer ser indica a

possibilidade de apresentar novas ideias e alternativas de forma

uma forma lúcida, com justiça e com diplomacia. Ela tem o dom

de trazer a união do masculino e do feminino, através do toque do

corpo, do sentir e do olhar.

Quando Afrodite está na luz, a mulher é ousada sem pudor.

Sua existência no mundo de hoje é complicada, por que ela

vive intensamente o sei momento.

O homem é muito importante e necessário para ela, que

gosta de ter vários à sua volta. Ele tem que conquistá-la com

envolvimento amoroso. Para ela, a relação que importa é através

do coração. Somente ama quando o sentimento é mútuo. Valoriza

a conexão sentimentos com os outros, possui uma energia

criativa; cria beleza ao seu redor.

32

É preciso ser criativo com Afrodite – jantar a luz de velas,

flores, presentes, etc. Ela investe muito no relacionamento.

Afrodite nos carrega de excitação e energia quando temos

que traçar um projeto. Ela nos ajuda na auto-valorização e amor

próprio. A Deusa é sensual e sexual, fluindo dessa energia muita

criatividade e fertilidade.

Repressão é a sombra de Afrodite. Reprimindo sua

capacidade e seu talento, muitas vezes para figuras masculinas,

pode gerar violência contra si própria.

Quando há a falta de luz de Afrodite – não nos gostamos,

não temos criatividade e não vemos beleza em nós.

Nossa Afrodite está esquecida, isto é, está na sombra

quando, sufocadas e reprimidas em qualquer relacionamento, não

temos coragem para reagir e impor o que somos ou o que

queremos. Falta-nos opinião e força própria de criar um outro

momento em nossa vida.

Essa situação, gerada pela competição, pelo poder de seu

“Cinturão Mágico de Afrodite” encontrado tanto nos homens como

nas mulheres, está sendo quebrada toda a repressão sexual e da

magia do amor, libertando-nos dos tabus que nos impedem de

vivenciar a sexualidade sadia do amor verdadeiro.

A deusa encarcerada como concubina, prostituta, amante ou

cortesã, foi libertando-se como pôde, ao longo dos séculos. Hoje,

temos a oportunidade de curar e repelir a sombra de Afrodite –

nosso amor e nossa sexualidade reprimida.

33

Podemos, agora, nos abrir à cura da Afrodite que está

dentro de nos, para que possamos cumprir o majestoso destino

que nos foi reservado, fundindo o coração ao corpo sensual.

Dança para Transformar a Vida

No decorrer de minha vida profissional, tenho atendido a

muitas mulheres/Afrodite, hoje na faixa dos 50 anos, que foram na

adolescência reprimidas pela família. Seus talentos artísticos para

o teatro, para o canto, para a música e para a pintura foram

sufocados, tendo sido empurradas para um “casamento feliz”.

Mas, não importa a idade, todas chegam para iniciar suas aulas

de dança, reticentes e tímidas. Sua sensualidade está escondida.

Quando a música começa, imediatamente sente-se sua

vontade de sair dançando e, não é difícil perceber dentro delas, a

Deusa amordaçada pela repressão e mais tratos. As lágrimas são

inevitáveis.

Através da música, vislumbram, novamente, a vontade e a

alegria de viver que lhes foram roubadas por experiências

amorosas, frustrantes e assustadora, que quase fizeram-nas

esquecer o significado do prazer.

Logo, seus ventres começam a ondular como o fogo

serpentíneo e seus corpos, invadidos por um prazer imenso,

explodem as amarras, libertando a Deusa de sua prisão.

Os oitos de bustos abrem seus corações. Os movimentos de

braços, como os Shiva, transformam o amor de seu coração em

benevolência dirigida para si própria e doação para os outros.

Todos os movimentos da dança são soltos e revelam a mais bela

das Deusas.

34

Para sustentar essa “voltagem”, são necessárias inteligência

e criatividade. Logo, estas mulheres começam a se arrumar

melhor e a colorir a sua visa. Relacionamentos de amizades e

casos amorosos mais sólidos, voltam a permear suas vidas.

A primeira coisa que precisa acontecer para a

mulher/Afrodite é recuperar seu respeito próprio para ter de volta

o seu corpo. Isso significa que toda mulher em busca da

consciência perdida da Deusa precisa começar a amar e a

acalentar seu corpo, tal como é, e não como o ideal que deveria

ser.

Quando ainda não encontramos criatividade e beleza em

nós, é porque nossa Afrodite está esquecida. A dança é uma das

maneiras de fazê-la ressurgir.

Para isso, um primeiro passo poderia ser, explorar o domínio

perdido ou proibido do toque ou movimento através da dança do

ventre, biodança ou massagem

Os homens, por sua vez, precisam para de compara toda

mulher desejável, com algum retrato interior impossível que

trazem dentro de si.

Mulheres de qualquer faixa etária, que nunca tinham tido

orgasmo, com um árduo trabalho corporal, energético e também

psicológico, libertaram-se de mensagens negativas cristalizadas

em suas próprias historias de vida, quando conseguiram iluminar-

se com luz de Afrodite.

35

Relação dos Chacras com os

Movimentos da Dança

1º Chacra – Básico

Cor – vermelho.

Elemento – terra.

Partes do Corpo – útero, ovários, próstata, testículos,

órgãos genitais, ânus, uretra, bacia, coxas, pernas, pés.

Características – é a nossa conexão com a terra.

Cristal – granada.

Essências – laranja e sândalo, acalmam.

– cravo e canela, estimulam.

Mantra – RAM.

A função do chacra básico é estimular a criatividade, a

sensualidade, a fertilidade. Permitir a entrega em total doação.

Está relacionado ao ato de criar e fertilizar. Representa o

equilíbrio, a vitalidade, a força, a alegria, a decisão vocacional –

saber do próprio potencial.

Existe um campo eletromagnético, tanto nas mulheres como

nos homens, localizado ao redor da pelve (região do chacra

básico), que chamamos de “Cinturão de Afrodite”. Nele estão

registradas todas as nossas experiências, referentes aos atos

concretos, básicos e primais. É onde estão reprimidas emoções,

abusos sexuais, tanto praticados como recebidos, inclusive em

grandes rituais tântricos (em vidas passadas), que podem causar

problemas tão graves, a ponto da pessoa não se sentir

reencarnada no Planeta.

Por essa razão, muitas pessoas, desde crianças, têm uma

inexplicável sensação de nostalgia, angustia e tristeza. Algo

36

parecido com uma saudade de não se sabe do que. Às vezes,

lhes parece que aquela família não é a sua, ou tem a impressão

de que aquele lugar não é o seu.

Essas sensações as levam à eterna busca dos porquês, dos

motivos desta nossa vida aqui na Terra. Se não tiverem um

encaminhamento religioso, filosófico, esotérico ou

psicoterapêutico, que lhes explique todas essas sensações no

campo energético e áurico, podem vivenciar graves bloqueios de

energia.

A falta de força nas pernas e nos tornozelos pode ter a

explicação no fato do nosso HARA ou energia Ki (que é nossa

energia vital), não estar circundando para as pernas, não

conseguindo nos enraizar na terra, deixando-nos sem o

necessário equilíbrio.

São muitos os problemas que podem afetar o nosso corpo

físico pelo bloqueio do chacra básico: dores nos ovários, útero,

próstata, infertilidade e esterilidade. Rigidez em todas as

articulações: quadril, pés, tornozelos, joelhos, coxo-femural;

constantes torções nos pés, pernas fracas, dormência, ma

circulação, câimbras, varizes, menopausa precoce, problemas

menstruais, cólicas, velhice precoce, impotência, frigidez, estado

de anemia e de fraqueza.

Desbloqueio do Chacra básico – Exercícios da dança:

Rotação dos pés, massagem com bola de cristal (cristal are

o chacra dos pés para entrar e fluir a energia da Terra).

Outros exercícios: massagem com bambu na sola dos pés;

alongamento das pernas; Cross crawl, que são exercícios

cruzados para as pernas e para o cérebro; rotação de quadril e

equilíbrio das pernas, pés no Pliê.

37

Na história do nosso feminino, existiu muita repressão da

mulher.

Nesse contexto, a mulher vem caminhando, vidas e vidas

gerando sua existência sem se realizar, emaranhada em

pensamentos e ações negativas.

Em nosso “cinturão”, estão inseridos pensamentos e

magoas profundas, relacionados à prisão de não ter podido

vivenciar todas as áreas de nossa existência.

A Deusa solicita que trabalhemos “nossos corpos inferiores”

para estarmos “plenas e limpas”, para atuarmos com sabedoria e

feminilidade me todas as áreas de nossas vidas. – social,

profissional e afetiva, para que ela atue na saúde de nossa alma e

psique dando-nos inteligência e mantendo nossos canais abertos

para receber sua boa nova na Era que se inicia.

A “onda vibratória” que o retorno da Deusa Interior nos traz,

poderá abranger mais e mais mulheres, que unidas em um

exercito de amor e solidariedade, nos levara, triunfantes, ao

Resgate do Feminino.

Já existem pesquisas comprovando cientificamente, que os

pensamentos, bons ou maus, interferem em nossa qualidade de

vida, pois tem influencia na respiração, na circulação e,

consequentemente, na oxigenação dos órgãos.

Pessoas otimistas, que só pensam coisas agradáveis, de si

mesmas e dos outros, geralmente, têm mais saúde do que as

pessimistas, que estão sempre mal humoradas e queixando-se da

vida.

Para os espiritualistas, os pensamentos negativos são

trazidos para o mundo das formas pela energia dos seres

elementais e ficam pairando no ar, prejudicando o fluxo de

energia.

38

Pensamentos positivos que podem equilibrar o chacra

básico:

sou bem equilibrada;

caminho sobre meus pés;

abro meus caminhos, sei do meu caminho;

sigo em direção cera;

tenho confiança e otimismo;

sinto uma ligação profunda com a terra;

vivo em harmonia com toda criatura terrestre;

tenho dinheiro e gasto com prazer;

eu danço e solto meu prazer;

eu me harmonizo com a Deusa Afrodite.

Pensamentos negativos que podem prejudicar o equilíbrio do

chacra básico:

não consigo andar por mim mesmo;

não sei para onde vou;

qual dos dois caminho;

sempre estou atrasada;

sempre estou adiantada e apresso os outros;

compro todos com dinheiro;

não consigo da um passo;

sou obcecada por sexo;

o bom da vida é comer, beber e ter sexo.

39

CHACRAS COMPLEMENTARES – PÉS E

JOELHOS

Chacras dos Pés

Alongamento e Flexao dos pés e tornozelos.

A rotação dos tornozelos para dentro e para fora, fortalecem

os pés , dando mais firmeza à nossa base.

A função dos pés é dar apoio, equilíbrio e movimento.

Eles são a nossa ligação com a energia da terra; por isso

devem ficar o mais tempo possível descalços, em contato direto

com o chão.

Todos os meridianos do corpo passam pelas solas do pés

em têm conexão com os órgãos internos, daí a sue grade

importância.

O bloqueio do chacra dos pés pode causar pânico,

desanimo, tristeza e depressão.

A dança é uma das formas de estimular os Chacras do Pés

e com isso, energizar os órgãos conectados com os meridianos

que por eles passam.

40

Chacras dos Joelhos – Flexibilidade na

Vida.

Fortalecimento e soltura dos joelhos.

Os joelhos são muito exigidos na dança e precisam ser muito

exercitados para que tenham a flexibilidade necessária.

Faça rotações com os joelhos fletidos para dentro e para fora.

A função dos joelhos é dar equilíbrio, flexibilidade,

movimento, abertura de caminhos e suporte.

Os bloqueios dos chacras do joelhos podem ser causados

por tombos, pancada, torceduras, cirurgias, etc.

Os chacras dos joelhos são os pontos de eixo do equilíbrio,

não só da Dança do Ventre, mas de qualquer outra dança.

Guardamos nos joelhos, muitas histórias de nossas vidas e

muitas pessoas os possuem travados, porque a energia não flui

convenientemente.

41

A dança, desde que bem executada, fortalece a musculatura

das pernas, dando mais apoio aos ossos dos joelhos. A cada

aula, pode-se notar a diferença.

Durante a dança, os ossos começaram a receber

mensagens de alegria e movimento; estes mandam estas

mesmas mensagens para o sangue, que são repassadas para as

articulações, nervos e musculatura. Consequentemente, através

da oxigenação pélvica, você já estará removendo energias e

crostas cinza, de armazenamento de nossas experiências.

Respire no vermelho descendo para as pernas, isto é,

respire profundamente, mentalizando que todo o ar à sua volta

transformou-se em uma nuvem vermelha de energia, que você

agora aspira.

Mesmo não gostando do vermelho, que é a cor do chacra

básico, use roupas dessa cor, principalmente – saias, calcinhas,

meias, que estarão próximos ou em contato com os membros

inferiores.

Os oitos, os balanços, os shimis, passo grego, passo yasmin

fortalecem as pernas.

Esses passos da dança renovam o vermelho, começamos a

desbloquear as couraças pélvicas, trazendo chão e vitalidade.

A massagem energética remove as energias sacro-

lombares, aliviando a dor ciática, que muitas vezes aparece,

quando sofremos alguma pressão familiar ou no trabalho , ou

sentimos falta de algo como: dinheiro, auto-estima, e bons

relacionamentos.

Essências afrodisíacas como ylang-ylang; óleos aromáticos

e energéticos como lavanda e arnica, são recomendados para

dores musculares.

Em todos os tempos, os aromas fora usados para rituais

sagrados e para todos os tipos de doenças físicas emocionais e

espirituais.

42

Pensamentos positivos que podem equilibrar o Chacra dos

Joelhos:

estou conectada com tudo;

tenho equilíbrio perfeito;

sou maleável;

amparo e me sinto amparada;

ouço a minha intuição;

sou firme e seu dobrar quando preciso;

dou apoio às pessoas.

Pensamentos negativos que podem prejudicar o equilíbrio do

Chacra dos Joelhos.

estou indo na direção errada;

recuso-me a seguir minha intuição;

não tenho estabilidade;

estou com medo;

não tenho leveza nos meus movimentos;

não me dobro;

estou sem firmeza.

43

MOVIMENTO 2

MOVIMENTOS DA DANÇA

Quando a Píton transpassa as regiões do ventre e lombar,

começamos a trabalhar a kundalini que é a própria energia da

serpente do conhecimento, energia da criação e da saúde.

Nesse ponto, começamos a ondular, com os lábios soltos,

num movimento de prazer e soltura, praticando os movimentos

descritos a seguir e que são alguns dos muitos, que

desbloqueiam o chacra umbilical.

OITO DEITADO

1) Imagine-se desenhando à sua frente, uma bola com o lado

direito do quadril e depois, como o esquerdo. Para isso você

começa elevando a pena direita, levando o quadril para cima,

44

voltando à posição inicial e recomeçando com a perna

esquerda.

OITO MAIA (EM PÉ)

1) Desbloqueie, primeiramente, o osso do quadril, alongando

para um lado e encaixe na pélvis. Repita com outro lado.

PASSOS DO CAMELO

1) Eleve a perna direita e pé na ponta, a pélvis para trás, fezendo

um rotação e agora encolha a barriga e quebre o ventre acima

do umbigo. Repita no lugar até conseguir flexibilizar bem o

quadril, com movimentos profundos de pélvis.

45

1) Eleve a perna direita e pé na ponta, a pélvis para trás, fazendo

uma rotação e agora quebre o abdômen fazendo flexões para

frente e para trás.

ONDULAÇÕES

1) Flexibilizar e soltar os joelhos, elevando os quadris para a

direita e para a esquerda.

2) Pense que seu quadril é um barquinho, movimentando-se com

as ondas do mar.

3) Se você fizer os exercícios ao som de uma música, irá facilitar

o seu trabalho.

46

BATIDAS FORTES E SHIMIS

1) Para fazer as Batidas fortes, imagine-se fechando a porta de

um carro com o quadril, do lado direito e do lado esquerdo.

2) Para os Shimis, fletir, levemente, os joelhos e imaginar em

seus quadris as batidas e tremidos da máquina de lavar

roupas.

REDONDO DE QUADRIL

1) São movimentos redondos como a Lua Cheia, indo da direita

para a esquerda e vice-versa.

47

2) O formato de meia lua acontece, quando se fazem os

movimentos só com o lado direito, elevando o quadril par trás

e trazendo para a frente, repetidas vezes, ou tantos quantas a

coreografia pedir.

3) O formato de Lua Minguante acontece, quando se eleva o

quadril direito, fazendo movimentos de encaixe e desencaixe,

movimentando-o para frente e para trás.

Os movimentos relativos ao chacra umbilical, traduzem as

fases da Lua, pois todos os movimentos da dana do ventre são

redondos, serpentíneos e em forma de oito, levando à harmonia

geral do corpo. Relacionam-se com a fertilidade e a energia lunar.

Massageiam os órgãos internos e como conseqüência, aliviam e

até curam as cólicas menstruais.

Lua Cheia – são os movimentos redondos e oitos.

Lua Crescente – movimentos laterais de meia lua.

Lua Nova – são os movimentos dos oitos.

Lua Minguante – os camelos que dinamizam a kundalini,

embora a subida seja lenta.

Movimento da Terra – as batidas fortes, shimis e balanços.

Esses movimentos nos envolvem com o elemento água, que

rege o chacra umbilical.

A Deusa Deméter – fertilidade e criação, e a Deusa Afrodite

(página 27) – sensualidade e alegria, dividem seu poder nesse

criativo trabalho do corpo.

48

A DEUSA DEMÉTER

A Deusa Deméter, Ceres, para os romanos, é a mulher

que nutre e acalenta. Ceres significa o trigo da terra.

Deméter/Ceres é a deusa de todas as sementes, de

todas as árvores, de todos os frutos, de todos os grãos, da

colheita e da terra.

Literalmente, Ceres significa cereais e seus atributos

e símbolos são as papoulas, as coroas de espigas, as flores

e os frutos.

Deméter é muito mais uma mãe biológica. Ele indentifica-se

totalmente com o casamento e abastece, com sabedoria,

o lar e os filhos. Está totalmente disponível, todos

os dias do ano. Tem uma maneira natural de cuidar das flores, do

marido e de todos que dela necessitam. É uma forma infinita de

ternura e devoção, sem cobranças.

A mãe/Deméter provê seu lar fazendo dele um recanto

gostoso, cheio de ternura; o lugar onde todos gostam

de estar e onde vão buscar forças e alento para suas vidas.

49

É ligada ao corpo e a todas as necessidades naturais

da criança, às quais supre de amor e aconchego para a

para a formação de um adulto equilibrado.

Profissão de Deméter: professora, enfermeira, babá,

cozinheira, sendo ótima para administrar um restaurante

com muita comida boa, doces, salgados, e pães; costureira

para alta costura.

Notadamente, a pessoa nascida sob o Signo de Câncer,

ascendente Câncer, ou que tem a Lua em Câncer,

possui as características da Deusa Deméter.

As cores de Deméter são laranja e branca.

As essências são flor-de-laranjeira e laranja.

LUZ E SOMBRA DE DEMÉTER

A energia de doação da mulher Deméter é, muitas

vezes, tão intensa que chega e esquecer suas próprias

necessidades.

Casa-se muito jovem e ter filhos é seu ideal. Pode

acontecer gravidez antes do casamento e ela vai pela vida

afora, gerando bebês fortes e bem cuidados.

Essa necessidade de cuidar do lar torna, muitas vezes,

difícil, a identificação do eu potencial vocacional.

A relação simbólica da mulher Deméter com as filhas

dificulta a separação da sua personalidade. Ela pode

projetar seus ideais, principalmente os artísticos, para uma

das suas filhas.

A mãe/Deméter é aquela que leva a filha para dançar

e projeta-se no sucesso dela como dançarina.

Quando existe excesso de cuidado, pode tornar-se

possessiva em relação aos filhos e ao marido; e quando

os filhos se vão, ele entra em crise e depressão.

50

É essencial que os homens tomem consciência de sua

ligação com suas mães/Deméter e procurem cortar o

cordão umbilical com ela, para que seus relacionamentos

não sejam prejudicados pela exagerada proteção que dedicam a

elas.

Muitas outras qualidades a mulher/Deméter precisa

aprender, como por exemplo, trabalhar fora ou exercer

alguma fonte de arte. Quando ela vai, aos poucos, redescobrindo

em si a Deusa Afrodite, que a leva para o campo

das artes: pintura, cerâmica, exposições, ela recompõe

sua vida, começa a perceber-se como um ser uno, embora

pertencendo ao todo.

Usar negativamente a força de Deméter gera egoísmo,

pânico e ressalta nossas carências de infância. Sua energia

positiva nos dá paciência, graça e nutrição para sermos

um eixo forte no lar, fluindo harmonia e amor para os

filhos, marido e familiares. É ela que nos dá capacidade e

força para equilibrar o nosso Eu e dar continuidade à vida,

quando em muitas situações de separação precisamos elevar

a nossa auto-estima.

DANÇAR PARA TRANSFORMAR A VIDA

A dança da deusa Deméter é feita com músicas suaves

e etéreas, exaltando as crianças, as flores e os grãos.

Quando Afrodite anuncia sua presença no corpo de

Deméter, ela ilumina-se, irradiando sua alegria para todos

os setores de sua vida, principalmente, as artes. Com o

talento tanto especial para costura, confecciona belíssimas

roupas para usar em suas danças.

Assim, a recatada Mãe, começa a se individualizar e

a participar, ativamente, no movimento da dança.

51

Nas celebrações à Deusa Deméter, os iniciados, tanto

homens como mulheres, usavam longas túnicas e louros

nos cabelos.

As festas, realizadas com longas procissões noturnas,

eram seguidas por milhares de pessoas que acompanhavam

o cortejo iluminando-se, mutuamente, como os

archotes, levados pelos iniciados, dançando um bailado

ritualístico. As tochas eram a representação da luz divina que

tinha o poder de purificar as almas.

Os ritos de iniciação eram marcados por mímicas e

símbolos, representado no drama do rapto de Perséfone,

a dor de Ceres e sua caminhada pelo mundo em busca da

filha perdida.

Os sacerdotes e iniciados, homens e mulheres

representavam cenas de alegria e dor, que significavam a

passagem pelas trevas, presa de horrores, produzindo gemidos

com sinos de bronze. Era um espetáculo de dor,

arte e sombra e voltavam a encontrar-se no meio das mais

esplendidas luzes, no meio de coros de dança e das harmonias

sagradas.

Essa passagem representava para os iniciados o

conhecimento das sombras, com a volta às luzes, pois se

Ceres continuasse triste com o desaparecimento de filha,

a Terra sucumbiria no flagelo da falta de abundância e da

nossa ligação com a Grande Mãe.

Em sua dor, as mulheres/Deméter que tenho atendido

contam que foram perfeitas em seus lares e com suas famílias.

Aos 50 anos, a queixa mais frequente é a de não se

terem realizado como mulher, como seres individualizado.

agora, procuram firmemente uma saída, para compor os

dias vazios de sua vida.

52

RELAÇÃO DOS CHACRAS COM OS MOVIMENTOS

DA DANÇA

2º Chacra – umbilical

Cor – laranja.

Elemento – água.

Órgãos – vértebras lombares, apêndice, rins, supra-

renais, bexiga, intestinos.

Características – interfere nos relacionamentos, tanto

sociais como amorosos e, também, na fertilidade.

Cristais – ágata laranja, quartzo laranja.

Essências – erva doce (embala a criança interior, traz

alegria e prazer, alecrim (limpa o chacra).

Mantra - VAM

Na região do chacra umbilical estão localizados, além

das vértebras lombares, os órgãos do nosso sistema excretor,

onde estão concentradas todas as nossas energias de

filtragem, tanto da matéria quanto das emoções.

Nesse chacra estão contidos os registros de nossa infância:

amor e desamor; confiança e desconfiança, auto-estima,

timidez, falta de confiança e de amor-próprio.

O laranja é uma cor quente que desbloqueia e limpa. É

a cor da vida, da alegria, da criatividade e da sensualidade.

A não sustentação da cor laranja traz estresse, falta de

ânimo, falta de saídas e de estímulos.

O chacra umbilical pode ficar bloqueado quando

sofremos um rejeição, ou quando perdemos um amor.

Exemplo: no casamento, seu parceiro progrediu, evoluiu

e você parou no tempo.

Os bloqueios físicos do chacra umbilical podem causar:

intestino preso, cistites crônicas, câncer e outros

53

Problemas do aparelho excretor, que podem levar a cirurgias

e extrações.

Desbloqueio do Chacra Umbilical – Exercícios da Dança:

Os oitos Maia/ oitos verticais e horizontais.

Abertura da articulação coxofemoral e movimentos de

Lua.

Batida pélvica.

Camelo.

Respiração na faixa umbilical.

Shimmis de barriga. (Exercícios ilustrados nas páginas

41- 44).

Todos esses exercícios pélvicos massageiam e fazem

mobilizar a energia de intestinos, rins, supra-renais, bexiga.

Pensamentos positivos que podem equilibrar o chacra

umbilical:

eu sou feminina e bela.

gosto de estar ao lado do meu amor.

eu amo e meus relacionamentos são envolvidos no amor e

confiança

gosto de tocar e ser tocada.

Sou alegre, independente e autoconfiante.

Pensamentos negativos que podem prejudicar o equilíbrio do

chacra umbilical

Sou confusa quanto ao que realmente sou;

Não sinto prazer pelo meu corpo;

Eu esqueci do meu lado feminino;

Eu não consigo dançar;

Tenho medo da maternidade;

Eu odeio estar menstruada;

Não tenho prazer em ser mulher, mulher só sofre;

Não gosto que me toquem.

54

MOVIMENTO 3

MOVIMENTOS DA DANÇA

É no plexo solar, que abrange toda a região abdominal,

incluindo o estômago, que exercitamos maiores ondulações e

pivôs, ganhando força no abdômen e na coluna, o que nos dá

mais graça e beleza.

Ondulações abdominais

1) As ondulações abdominais podem ser feitas de cima para

baixo e de baixo para cima.

2) Comece inspirando e expirando profundamente,

até sentir que a musculatura abdominal está descontraída

podendo executar um ondulação perfeita. Imagine um

serpente arrastando a barriga no chão, encolhendo e

expandindo o ventre até conseguir um movimentação

ondulante.

55

Esses movimentos acendem o elemento fogo em nosso

corpo, como um gerador de energia que nos traz o

poder de realização.

É nesse centro que todos os sonhos manifestam-se

com abundância e as cores brilham da amarela à dourada,

nos tronando radiantes.

As Deusas Artemis e Atena, que são símbolos de ação

e concretização, dividem o seu poder neste centro de energia,

que é o plexo solar, nos dando uma nova vontade de viver.

Ambas são guerreiras, mas em campo diferentes.

Artemis/Diana é a guerreira da floresta, a caçadora e Atenas

na mulher forte, dura, a guerreira das batalhas.

A Deusa Artemis

O mito de Artemis/Diana vem das amazonas, mulheres

guerreiras de grande coragem, que enfrentavam com

56

destemor qualquer batalha. Por isso, a deusa é representada

com arco e flecha.

Artemis é a deusa das águas, possuidora de grande beleza,

sendo considerada a grande mãe, guerreira – independente

e livre, não aceitando nenhuma autoridade.

Vive na natureza, cercada do mundo animal e vegetal.

Não tem regras, não segue disciplina a não ser, os ciclos

da natureza: nascimento, vida e morte.

Ela é a que traz a vida, a luz. É a parteira, a curandeira.

Tem controle sobre a força vital que existe dentro dela.

A mulher /Artemis é uma solitária que preserva seu espaço

interno a qualquer custo. Prefere não ter companheiro

para que ninguém possa violar sua intimidade. O

amor para ela é algo diferente, porque não busca o erótico

e o sentimento, ela busca o seu verdadeiro Eu o mais

profundo desafio é consigo mesma, o encontro do equilíbrio

do seu interior.

Nos tempos de hoje, ela vive no campo, sozinha,

respeitando a Natureza. Faz parte de movimentos ecológicos

tentando preservar o meio ambiente. Ela não pára, adora

caminhadas na floresta, ou lugares onde pode misturar-se à

Natureza.

Assim, uma mulher/Artemis pode viver sem dificuldades

sozinha, como artista, alguém contemplativo da

natureza ou líder de novas comunidades.

Muito física, cuida do corpo, ma sem recorrer a salões

de beleza. É a mulher selvagem de grande beleza

física, mas sem vaidade – nada de batom, nada de sapato

alto – e sente-se bem usando jeans, cabelos soltos despenteados

sandálias havaianas e até roupas masculinas.

Quando criança, gosta de brincar com os meninos ao invés

das meninas. Muitas vezes, passa por experiências

homossexuais.

57

Profissões da mulher Artemis – ecologista, de diretoras

a faxineiras dos parques ecológicos, veterinárias,

shop dog, balonistas, arremessadoras, campeãs de

arco e flecha, biólogas, alpinistas, mulher macaco, trapezistas,

turismo pelo mundo, piloto. Sua casa é repleta de

gatos, cachorros, passarinhos (o amor projetado para os animais).

Os signos de Capricórnio, Áries, Touro e Virgem

correspondem bem às características da Deusa Artemis.

As essências da mulher/Artemis são sutis como o

perfume das matas: flor de laranjeira, cidreira, erva

doce e manjericão. Elas ajudam a equilibrar seu sistema nervoso.

Verde com nuances de marrom, cores escuras

ornamentada com prata são as cores de Artemis na sombra.

A cor de Artemis é a verde clara iluminada.

LUZ E SOMBRA DE ARTEMIS

Enquanto Atena é a guerreira pragmática e racional,

exercendo seu poder nas cidades, Artemis é a guerreira

interior, precisa estar só, na natureza. É xamã e ecológica

e sua força é mais sentida nas matas.

Sentimos sua presença quando estamos cansados dos

relacionamentos e da saturação das energias complicadas

das cidades; é quando emerge a vontade de abandonar

tudo e ir ao encontro da natureza, respirar, caminhar, silenciar

para reorganizar o nosso interior.

Artemis é a Deusa que nos proporciona o encontro,

que pode ser através de sonhos, ou até mesmo por alguma

iniciação xamã, como o nosso animal de proteção, representado

por águias. Serpentes, dragões, jaguares.

58

A luz de Artemis desenvolve em nós o “feeling” necessário

para lutarmos contra qualquer perigo, cortando

a energia negativa, ou descortinando a verdade de qualquer

situação encoberta por mentiras.

A luz de Artemis nos permite penetrar os mistérios

da natureza, buscando novos horizontes e equilibrando

as energias masculina e feminina.

A sombra de Artemis é a sua forma muito independente

de expressar o amor. Não gosta de partilhar nada

com o outro. Ela está tão plena que não precisa de um

companheiro.

Ela faz tudo e não da muita importância para o corpo.

Entende-se muito bem com outra mulher. O mundo

patriarcal tem muito trabalho com Artemis, pois ela tem

dificuldade com relacionamentos.

Quando se casa, o casamento pode ser caótico.

Ela não pede ajuda nem carinho; não se entrega, não

partilha as emoções de seu ser. Tem um espírito feminino

independente, inata em si mesma. Personifica a auto-

confiança. Necessita de aprender a partilhar essa força,

voltar para a feminilidade, a dividir esse poder.

É a Deusa da caça. É a Lua.

Em seu espírito felino tem uma raiva ou mau humor contido,

pronto para atacar.

DANÇAR PARA TRANSFORMAR A VIDA

Nos dias atuais, a mulher Artemis é muito angustiada

e inquieta. Sem perceber, ela começa a fazer as coisas

e não termina.

59

Tem dificuldade em abri-se para o amor, que para

ela pode ser sufocante, desmedido e cheio de ira, com

impulsividade avassaladora, sendo como um bumerangue que

volta-se contra ela mesma.

Artemis traz em si a beleza natural de sua alma frenética,

mas quando dança tem muita dificuldade de soltar

as mãos e braços, mas fascina com seu corpo forte e garra

selvagem.

Aos poucos, vai mostrando seu gosto pelas danças

com as serpentes, com espadas, lanças, tochas de fogo,

que são fortes e têm os sons de natureza que é o seu domínio.

A mulher/Artemis, muitas vezes, é mestre em artes marciais,

mas é necessário que ela dance e deixe a música

penetrar seu corpo, dando suavidade e equilíbrio ao seu

sistema nervoso, sempre agitado.

Com a prática da dança do ventre, podemos notar a

manifestação da deusa na mulher/Artemis, porque ela

rejuvenesce, fica com pele mais macia e brilhante.

Essa mudança é perceptível, porque com o desbloqueio

do ventre, pela interferência de Afrodite, a sensualidade

começa a surgir como uma nova energia. A mulher

começa a arrumar-se melhor, tornando-se mais motivada e capz

de fazer novas escolhas.

O centro umbilical adquire a cor laranja e ela pode,

como Shakti, levar seu amado ao êxtase da sexualidade

transcendente.

Quando a mulher energiza seu ventre com os movimentos

da dança, adquire uma maestria de levar o poder

sexual do ventre para o coração.

60

RELAÇÃO DOS CHACRAS COM OS

MOVIMENTOS DA DANÇA

3º Chacra – Plexo Solar Cor – amarelo e dourado.

Elemento – fogo.

Partes do Corpo – estômago, fígado, pâncreas, baço

e diafragma.

Características – o poder pessoal, a auto-realização, a

vontade.

Cristais – citrino amarelo.

Essências – laranja ou tangerina – passar por toda área do

Plexo Solar.

Mantra – RAM.

A região do Plexo Solar assemelha-se a um Sol cuja

intensidade da luz depende de como está o nosso desempenho

na vida pessoal.

O fluxo de energia sutil, através do chacra do Plexo Solar, é

diretamente afetado pelo modo que encaramos o universo em que

vivemos.

Se não nos sentimos á vontade e realizados com o mundo,

que deveríamos considerar um local acolhedor e nos

impressionamos com todos os perigos, atrairemos sempre

acontecimentos ruins e pressentimos as coisas, sem

desvencilharmos delas.

Se a chama desse sol interior não estiver bem regulada,

podemos começar a manifestar problemas físicos

nos processos de digestão dos alimentos, pois a energia sutil não

está fluindo normalmente para a oxidação química e a queima de

energias liberadas pelos alimentos. Isso pode causar úlceras e

problemas no duodeno.

61

A cólera, a agressão e outras emoções são questões

Relacionadas com o senso de poder pessoal e auto-realização.

Se essas questões não estiverem, conscientemente resolvidas,

poderemos nos ver às voltas com um conflito interno, dando início

a uma gastrite.

Úlceras são, geralmente, desenvolvidas por pessoas que

se obrigam a assumir as responsabilidades de uma

posição de poder e no intimo, são passivas, sensíveis,

dependentes e submissas.

Desbloqueio do chacra do Plexo Solar – Exercícios

de dança

Respiração em 4 tempos.

Deitada, com as mãos no plexo (respire em 4 tempos,

prenda em 4 tempos, solte em 4 tempos – faça 5 vezes).

Com essa respiração, você abastece o Chacra.

Enquanto respira.

Mentalize o verde para limpar;

Mentalize o amarelo para abastecer;

Mentalize o dourado para irradiar;

Mentalize o que você quer mudar – trabalho, auto-estima,

realização;

Mentalize que você já concretizou.

Quanto mais tempo você fizer esses exercícios, mais poderá

mudar o fluxo e o programa negativo de sua vida.

Através de exercícios como, camelo e ondulações

abdominais, você massageia as glândulas supre-renais, rins, fígado,

vesícula e pâncreas, para frente e para trás.

O amarelo vitaliza esse chacra, transformando-se no

Dourado do Amor Universal. O amor gera um Poder Real de

autotransformação.

62

Pensamentos positivos que podem ativar o chacra

do plexo solar.

Tenho uma fonte interna que me guia;

Tenho sucesso no que faço;

Tenho sucesso nos meus relacionamentos;

Tenho intuição super desenvolvida;

Meus desejos se concretizam com facilidade;

Faço escolhas que me iluminam e me fortalecem;

Faço o trabalho que me dá prazer;

Tenho metas e projetos bem definidos;

Minha clareza interior envolve todo o meu corpo;

Onde vou, levo comigo as vibrações de amor e de

cura;

Sou protegida contra qualquer vibração negatia.

Pensamentos negativos que podem prejudicar o

equilíbrio do chacra do plexo solar.

Ninguém faz as coisas certas;

Não tenho sendo de responsabilidade;

Eu manipulo os outros, com autoridade;

Eu uso o meu poder através de autoridade;

Gosto de exercer o poder e conquistar;

Sou oportunista quando me interessa;

Posição social e dinheiro são o mais importante em

minha vida;

Só faço amizade com gente importante;

Acredito em tudo o que me disseram quando criança,

estou confusa e perdida;

Eu sugo tudo dos outros;

Não tenho paciência com nada;

Não tenho paciência de esperar.

63

Movimento 4

Movimentos da Dança

Oito de Busto

1) Movimentar o seio direito para baixo, fazer o

círculo para cima, fechando o movimento no centro.

Repita o movimento com o seio esquerdo. O ombro

deve, na medido do possível, ficar imobilizados.

2) No inicio, para ajudar a soltar os seios e as costas, é

interessante fazer os movimentos das vogais minúsculas,

isto é, movimentar os seios como se estivesse

escrevendo as vogais, a, e, i, o, u.

64

Durante a dança, a energia da Píton faz com que as

dançarinas alcancem o centro do coração, muitas vezes

pouco energizado, harmonizando-o.

Os movimentos redondos de busto, os sinuosos oitos,

além de desbloquear o tórax e as partes das costas, quando

deslocamos os seios com os movimentos para fora, limpamos

a parte emocional do chacra cardíaco e quando voltamos

os seios para o centro, no peito, num movimento

de fechamento, cicatrizamos e harmonizamos todos os

sentimentos.

Assim, esses movimentos dos seios unem o nosso feminino,

nos dando uma energia sensual de beleza e prazer,

libertando o chacra cardíaco, aprisionado pela armadura da deusa

Atena.

Embora este seja o chacra da Deusa Atena, Afrodite

já fez subir a energia de sexualidade para o coração,

dividindo seu Amor com Deméter, a Deusa/Mãe, vivenciando

todas as formas mais sublimes de amor, envolvendo toda a área

cardíaca com a cor rosa e dourada.

Todos os movimentos realizados nessa fase, devem ser

acompanhados de respiração apropriada, que se faz na faixa alta

do tórax, pois esse centro é ativado pelo elemento Ar.

Ao fazer os movimentos de busto em oito, inspiramos;

quando deslocamos os seios para fora e quando

fechamos o oito, voltamos com o peito vazio ao centro.

O público fica encantado ao assistir a dançarina realizar

sua dança e como agradecimento (um costume que vem desde a

Antiguidade), as pessoas colocam dinheiro (notas) na roupa

da dançarina, ou jogam a seus pés, moedas,

jóias, ouro ou flores.

65

A deusa Atena

O mito nos conta que a primeira mulher do deus grego

Zeus (Júpiter para os romanos) foi Métis, a Deusa da Sabedoria.

Ela estava grávida de Atena quando Zeus recebeu a

advertência de que seria destronado por um filho seu com

Métis. Para evitar que o fato ocorreste, devorou Métis e

a criança que ela esperava.

“Somos aquilo que comemos” – com essa filosofia,

Zeus o maior Deus do Olimpo, personificou a Suprema

Sabedoria.

Mais tarde, depois de ter um terrível dor de cabeça,

por seus próprios meios, ele deu a luz à Atena e ela tornou-se

sua filha favorita.

Atena é a Deusa da Sabedoria, rege as obras literárias,

a vida intelectual, a educação, a justiça e as leis.

66

A mulher/Atena possui mais cabeça e sabedoria. Tudo nela

é regido pela cabeça, então, todos os fatos têm

que ser digeridos, pensados e repensados.

Na sua psique, a mulher/Atena está sempre opondo-se

ao pai, ou tem sérios problemas com ele e com as figuras

masculinas.

Ela não tem um referencial feminino, por isso, basta-se

não precisa de ninguém. Como nasceu da Cabeça de Zeus, teve

pouco contato corporal. Sua sabedoria não é plena não alcança

corpo, mente e alma.

O signo de Áries, Lua em Áries ou ascendente em

Áries são as pessoas que têm a Deusa Atena mais proeminente.

Muito intelectualizada atrai doenças como tumores

cerebrais, derrames, inflamações, porque a energia não

circula facilmente pelo seu corpo.

Sua cura pode ocorrer, ao sintonizar-se com a feminilidade

da Deusa Deméter, com sua energia de mãe que

nutre, que acalenta.

Atena em excesso, precisa de meiguice do amor de todos os

aspectos do feminino para resgatar o elo do

amor perdido. Trabalhar sobre o coração.

Falta de Atena – a mulher precisa de garra, de proteção, de

vontade, para a ação que propicia a abertura de caminhos.

Indicamos para o excesso de energia guerreira de Atena,

que pode gerar problemas no sistema no sistema nervoso central,

essência de Rosas, Gerânio, Sândalo e a própria

essência Deméter.

A cor das vestes da Deusa Atena vai do vermelho ao

vinho quando está na sombra e, vermelho com um toque

de laranja ou vermelho magenta, quando surge a luz.

67

Luz e sombra de Atena

A vida para a mulher Atena é um campo de batalha, por

isso, ela está sempre com sua armadura, não sai desprotegida

para a luta.

Cheia de vida e paixão, seu grito de independência é

feito com a espada na mão.

É uma guerreira e sabe utilizar o mental de forma tão

brilhante, que chega a incomodar os homens com os quais

se relaciona.

É só quando é solteira, preenche-se com o lado masculino

bastante desenvolvido.

Independência é sua qualidade por temperamento;

trabalha sua solidão ao lado dos homens e só aceita um

relacionamento com alguém que não lhe coloque grilhões.

Sonha em ter um herói e compartilhar com eles as glórias

da vitória de uma competição.

É pragmática e realista no seu ponto de vista. Usamos

sua essência quando é necessário centrar sua ação para

concretizar um plano, atingir metas, ou para realizar um grande

evento.

Atena tem habilidade de tornar brilhantes, estratégias

e soluções lógicas. Ela traça suas regras pela cabeça ao

invés do coração.

Ela não curte dançar, ser tocada, ser massageada,

entregar-se. Sua vida interior é muito intensa; raramente

consegue relaxar.

Nos tempos de hoje, usa vestes refinadas, sofisticadas,

de luxo; seu estilo de vestir é prático, usa mais calças compridas

e terninhos. Seu perfume é discreto.

As profissões que a Atena moderna escolhe: advogada,

juíza, promotora, assessora, diretora financeira, cargos

administrativos em geral, atleta, guerrilheira.

68

Lida bem com cultura, assistência social, justiça,

artes e teatro.

Segundo Carl Jung, existe uma rejeição inconsciente

de mãe, pela perda do referencial feminino e ela não consegue

expressar seus sentimentos.

O corpo, que funciona para Atena como um escudo, não tem

significado e vive cheio de tensão.

Incorpora, com muita potência, a forma masculina

dentro dela e, então, perde o amor de mulher que deveria

estar, naturalmente, em seu interior. Essa é sua sombra.

O chacra cardíaco está escondido dentro de sua

armadura, o que não permite que seus sentimentos resplandeçam

com força.

Sua respiração é curta ou quase não entra em contato com

sua respiração.

Não sabe dizer – “preciso de amor, preciso de carinho”.

O homem percebe que precisa dele, mas como amigo.

Próxima às ideias do homem, acompanha e colabora

com as coisas masculinas. Ela traz sempre o melhor, o mais

brilhante para estar junto e não para contrastar.

DANÇAR PARA TRANSFORMAR A VIDA.

A mulher/Atena tem a constituição racional, onde a mente

é seu mecanismo de defesa e tudo tem que ser compreendido

pelo mental. O corpo não consegue captar a mensagem – música,

ritmo, flexibilidade – tornando difícil o desbloqueio corporal, sendo

necessária muita paciência consigo mesma.

A mulher/Atena tem visíveis couraças no peito e

pélvis e dificuldade de soltar as articulações coxo-femural.

69

As pernas guardam muitas tensões, posicionando-se

como se estivessem “em guarda para se proteger, ou prontas

para atacar” e, muitas vezes, guardam histórias de

repressão e inflexibilidade.

Precisa da dança para soltar-se e é Afrodite quem a

leva para dançar, lembrando à mulher/Atena que ela tem um

corpo e sentimentos. É Deméter quem equilibra suas

emoções.

Na vida diária, não usa saias e nem vestidos, e em sua

primeira aula apresenta-se trajada com os “famosos

jeans apertado como couraças ou armaduras”. E, dentro dessa

perspectiva, o caminho de quebrar as couraças é longo.

Sua dança é marcada por batidas fortes de pernas, pés,

articulações e quadris. Em sua dança com músicas rápidas e

sinuosas, usa a espada, com graça, justiça e sabedoria.

O trabalho é muito importante para as mulheres/

Atena, tanto a proeminente, como a que tem a deusa

esquecida dentro de si, porque trabalha a vontade à ação,

a praticidade, a abertura de caminhos na vida, principalmente

quando acha-se sem saída, sem forças para ir

adiante.

Afrodite, a cada aula, vai revelando-se na mulher/Atena,

ajudando a quebrar suas couraças. Percebe-se que

Afrodite, já está operando sua magia, com as mudanças

que se vão operando, desde o modo de vestir-se e de

maquiar-se, até as atitudes alegres e descontraídas.

Suavemente, Afrodite aflora do corpo amordaçado

de Atena, iluminando-a e colorindo-a com seus véus esvoaçantes

e fazendo-a sentir que é mulher e que está resgatando

sua feminilidade.

70

Quando o início do trabalho com uma mulher/Atena,

geralmente, ela está solitária e cansada de competições,

quando sua vontade é apenas caminhar junto, estar lado-a-lado.

É um grande prazer vê-la, aos poucos, enquanto dança

executa os mais variados exercícios, incorporar as qualidades

das outras deusas que lhe faltam, principalmente, a

feminilidade de Deméter.

RELAÇÃO DOS CHACRAS COM OS MOVIMENTOS

DA DANÇA

4º Chacra cardíaco

Cores – verde, que é usada para ativar a circulação.

Rosa, que traz paz, calma e cicatrização das emoções,

depressões, angústias e tristezas. A rosa traz a sensação

de serenidade. Dourada, que representa a chegada a um

estágio espiritual mais elevado, quando nos tornamos doadores

de luz, ao invés de sugadores e dependentes.

Elemento – ar.

Partes do Corpo – coração, pulmões, artérias, glândula

timo, omoplatas, articulações dos ombros braços e mãos.

Características – centro do equilíbrio entre a razão e

emoção.

Cristais – quartzo rosa e verde, que podem ser usados no

centro cardíaco para relaxar.

Essências – de rosas e gerânios, usar em toda área

cardíaca, inclusive braços e mãos.

Mantra – YAM.

71

O chacra cardíaco é um dos centros mais importantes

dos nossos corpos energéticos sutis, pois é através dele

que conseguimos expressar nossas emoções e todas as

formas de amor à Natureza, a compaixão, o desejo e a

abnegação.

É considerado um chacra de transição e serve de

intermediário entre as energias terrenas inferiores e as energias

espirituais superiores.

O coração está intimamente ligado à expressão do

amor e ocupa uma posição situada entre o Céu e a Terra.

Você pode transformar sua vida em um Céu na Terra,

tornando-se nutridora, amando a si própria, com leveza e

força interior.

Crie beleza em tudo e de todas as formas. Deixe que

as mãos sejam sensores do coração.

Abrace, física, mental e emocionalmente, a todos,

principalmente suas crianças, pois se a nossa criança interior

não registrar amor, for sufocada por superproteção ou

manifestação desequilibrada de amor maternal ou paternal,

esse registro afetará o centro cardíaco, causando espasmos,

problemas respiratórios e conflito emocional interior.

Se o ar que respiramos é muito poluído, ou se respiramos

de forma inadequada, não conseguimos uma perfeita

oxigenação e o prana não circula por todas as partes

do corpo. Isso, a médio e longo prazo, irá refletir-se em nossa

saúde física.

A dança e os exercícios propostos a seguir, pertencem

aos trabalhos de desbloqueio, energização e harmonização

dos órgãos do chacra cardíaco.

O desequilíbrio desse chacra causa:

Endurecimento dos ombros e das articulações dos

braços e das mãos;

72

Costas e omoplatas com a pele na musculatura, sem

elasticidade;

Braços doloridos, mãos frias e sem contato com

as articulações.

Asmas, bronquite, doenças cardíacas e cerebrais como

enfartes e derrames.

Desbloqueio do Chacra do Cardíaco – exercícios da

Dança:

Os oitos ajudam a abertura desse canal e quando nos

envolvemos nesse difícil trabalho, há uma oxigenação

maior e melhor circulação do fluxo de prana. As ondulações

crescentes do camelo, faz com que a Kundalini se

eleve até o coração, através da coluna.

Abrimos e fechamos a musculatura dos seios e costa com

os oitos e, consequentemente, abrimos e fechamos

o chacra.

Abrimos para soltar e limpar as emoções. Ao

movimentarmos essas energias, aumentamos a força de atração

do amor, que podem nos levar a melhores relacionamentos,

curar o coração partido por um amor perdido, ou

curar o sofrimento inconsciente de muitas vidas.

Pensamentos positivos que podem equilibrar o

chacra cardíaco:

eu sou tranquila;

eu perdoo;

sou um canal de amor divino;

eu irradio amor e cordialidade;

amor pela alegria de dar, sem esperar nada em troca;

tenho equilíbrio em receber e dar amor;

73

amo cada órgão do meu corpo;

sou dedicada ao meu amor;

tenho amor a toda humanidade, sem distinção de cor,

nacionalidade, religião ou riqueza material.

Pensamentos negativos que podem prejudicar o

equilíbrio do chacra cardíaco.

ofereço meu amor, sem estar ligada à fonte do amor;

não me dobro para o amor;

tudo que é meigo e suave me aborrece;

eu não dou atenção às minhas necessidades

emocionais;

tenho medo de ser traída;

sou dependente emocionalmente;

amor me destrói, não acredito no amor;

sou sempre abusada quando amo;

eu abuso das pessoas que me amam;

eu me fecho para relacionamentos;

não perdoo traição;

meu medo de ser abandonada me faz ciumenta.

74

Movimento 5

Movimentos da Dança

Ondulantes e Circulares de Pescoço

1) Esse movimento é feito com a base do pescoço

em rotação circular e depois para frente e para trás.

No chacra laríngeo as energias da serpente unificam-se

e irradiam as mais diversas nuances do azul turquesa.

Os movimentos ondulantes e circulares de pescoço

propiciam a abertura dos lados esquerdo e direito do cérebro

(emocional e racional).

A serpente da Sabedoria une-se para alçar vôo. A

mulher torna-se mais harmoniosa, a sua voz fica mais melidiosa,

ela sabe ouvir e sabe quando falar.

75

A Deusa Hera

Hera, rainha imortal, eminente filha de Rea, irmã e

esposa de Zeus, o grande e fulminante trovão.

Esplêndida Hera, parceira de Zeus, brandindo raios,

reverenciada no Olimpo, venerada por todos os deuses.

Sua parceira com Zeus, porém, é só no status, pois

não é amada nem reverenciada por ele, que é pleno de

histórias de romances com Afrodite, ninfas e tudo o que

lhe aguçar os sentidos.

A mulher/Hera almeja status, progresso e aumento

do patrimônio.

Ela representa o “poder criativo”, que estando em equilíbrio,

manisfesta-se através do controle sobre seu “reino” e sobre seus

filhos.

Quando a mulher/Hera consegue “em sua parceira com

Zeus” projetar seu “poder criativo” para além da família

comum, poderá ocupar posições de destaque. Um

76

exemplo de casamento perfeito é o Rei de Suécia e sua

Rainha Silvia, um casal moderno que serve seus país com

equilíbrio e amor.

Podemos encontrar a mulher/Hera como primeira

dama, nos jantares e reuniões de posse do cargo de Presidente

do marido, nos comitês, altas recepções culturais e

sociais, emanando autoconfiança e uma inabalável postura.

Profissão da mulher/Hera – diretora de entidades

sociais, primeira dama, anfitriã e organizadora do lar e

das grandes recepções. Com a presença das qualidades

de Deméter dentro de si, ela projeta não só o seu amor,

mas também os seus talentos humanitários para o social.

Lady Diana era uma típica Hera.

Poderá ser quem dirige, muito bem, as finanças da

família, preservando os tesouros de toda uma tradição.

Os signos de Leão, Virgem e Touro traduzem as qualidades

de poder, perfeccionismo, tradição discriminação e

crítica em demasia, quando a mulher/Hera está na

sombra.

A essência de Hera é Vervain.

A cor vinho com dourado caracteriza a Deusa Hera.

Azul noite com prata, ilumina a Deusa Hera.

Luz e Sombra de Hera

As veste da mulher/Hera são clássicas, com muito

dourado. Vestidos brilhantes e esvoaçantes. A coroa encarna

seu estilo de Rainha Poderosa.

Na sua fala, percebe-se a mágoa de um amor perdido

e a esperança de ser aclamada e amada por Zeus, que por

sua vez, é pleno de histórias de romances com as Afrodites que

vai encontrando em sua vida.

77

No casamento está longe de ser feliz, porque procura

no companheiro mais o “poder” do que o amor.

Ela é capaz de trabalhar, incansavelmente, para que

o marido nunca perca o status, fonte de alimento para o

seu Ego. Pode traçar, em seus mínimos detalhes, planos e

estratégias para conseguir esse intento.

Possui vontade de ferro, grande energia e quando

traça um plano, realizá-lo torna-se ideia fixa. É uma

força a ser considerada sendo, muitas vezes, odiada ou temida

pelos seus “súditos”.

A mulher/Hera, embora mãe, é desintegrada do princípio

feminino que Deméter traz em sua essência.

Todos os assuntos familiares passa pela sua consulta

e pelo domínio de seu pulso. A vida não pode acontecer para

seus filhos, sem seus cuidados imperiais, mas que,

desprovidos de carinho não consegue despertar a autoconfiança

deles, e o fato de precisarem reverenciá-la sempre,

os impede de crescer por eles mesmos.

Exerce seu poder, mais severamente, sobre as filhas

que sentem-se presas pelo domínio de Hera e não conseguem

ter suas personalidades individualizadas.

Quanto aos filhos, a mãe Hera exige que sejam o

reflexo/espelho do pai Zeus. Ela pode confundir a vocação

dos filhos, influenciando-os a seguir e dar continuidade à

carreira do pai.

Eles consideram que nenhuma mulher chegará aos pés

de Hera, por isso, continuam emocionalmente imaturos e

rendem-se, sempre, aos encantos da mãe, não conseguindo

se realizar, devido à relação incestuosa que, inconscientemente,

mantém com ela.

78

A sombra de Hera é seu desequilíbrio masculino

jogando tudo pelo status e domínio. Incapaz de conquistar Zeus, a

conquista se efetuará através dos filhos homens.

Dançar para Transformar a Vida

Através da dança, a luz de Hera virá à tona. Aos

poucos, serão trabalhadas dentro de si as qualidades:

da Deusa Deméter – a nutrição, o acalento e a

fertilidade, que poderão equilibrar o feminino de Hera e colocá-la

no lugar de mãe/nutridora.

da Deusa Afrodite – a capacidade de seduzir, que

lhe dará o encanto e a docilidade para conquistar seu

homem de poder. Assim, unirá a plenitude e a maturidade

na união das forças masculinas e femininas, em seu casamento.

Não é difícil reconhecer uma bailarina/Hera quando

dança. Ela admira-se o tempo no espelho, quer ser

absolutamente perfeita em sua técnica, ser o máximo e

ter brilho intenso.

É empresária de sua arte, mas choca-se na aparência,

pois no palco e mesmo na vida amorosa não deixa Adrodite

fluir.

Portanto, é um grande exercício para Hera harmonizar-se

com Afrodite, pois seu rosto pode ser frio, retumbante

sua apresentação, mas falta fazer as pazes com

Afrodite.

79

Relação dos Chacras com os Movimentos

da Dança

5º Chacra – Laríngeo

Cor – Azul

Elemento – éter.

Partes do corpo – cordas vocais, traqueia, faringe,

boca, vértebras cervicais. O sistema nervoso simpático e

parassimpático e a glândula da tireóide, que produz hormônios

que atuam sobre o metabolismo do cálcio e a saúde

dos ossos.

Características – é o centro da vontade, criatividade,

sensibilidade e estética superior.

Cristais – cianita, safira, topázio azul.

Essências – eucalipto e bergamota.

Mantras – OM e HAM.

O chacra laríngeo é a base de operação do Eu Superior.

Ele envolve o nosso senso de escolha, daí a importância

do seu equilíbrio. Estando bloqueado, poderá nos

atrapalhar, pois a cada momento da nossa vida, somos

obrigadas a fazer as mais diversas escolhas.

Quando a energia da serpente atinge a coluna cervical

(pescoço) e a Kundalini alcança esse centro, torna-o muito

mais criativo. Temos, então, impressões sutis como por

exemplo: ao tocar o telefone saber de antemão quem está

ligando, ou quando pensamos em alguém, o encontramos

em seguida. Esses exemplos são triviais, mas indicam o

começo da abertura desse chacra.

Doenças como o bócio (crescimento da glândula tireóide),

ou o aparecimento de tumores na tireóide; a má utilização

do supremo dom da fala, que acontece com

80

pessoas que tagarelam sem para e não sabem escutar;

voz desarmônica, aguda ou metálica; falta de conexão com

o nível de consciência, podem ser consequências do

desequilíbrio do 5º Chacra.

Mantras cantados pelos monges ou Mantra “OM” –

ouvidos durante a meditação nos ajudarão a desbloquear

a fala, a audição a inteligência, a percepção, a criação e

o movimento de vibração.

Cante canções de ninar para você mesma; ouça músicas

árabes que enalteçam o Sagrado.

Desbloqueio do Chacra do Laríngeo – Exercícios da

Dança:

Deixe seus lábios e maxilares soltos.

Solte a língua.

Faça exercícios giratórios com a base da coluna, para

soltar a cervical.

Exercício da cabeça da Serpente.

Massagem com bambus para abrir as musculaturas do

pescoço.

Respiração para soltar os plexos nervosos.

Sentada sobre as pernas, olhando para o teto, coloque a

língua no céu da boca. Inspire pelo nariz e só solte quando

sentir que tem que inspirar novamente. Expire olhando

para baixo.

Agora, inspire na barriga e prenda o ar.

Aguente o quanto conseguir e solte o ar.

Repita 10 vezes cada um dos exercícios.

81

Pensamentos positivos que ajudam a equilibrar o

Chacra laríngeo

sou amável em todas as situações;

a vontade de Deus é minha vontade;

eu me rendo ao meu guia espiritual;

eu confio em que sou guiado divinamente;

tenho honestidade comigo e com os outros;

permaneço calada, quando é preciso, e ouço os

outros, de coração, e com compreensão;

diante das dificuldades e de obstáculos, permaneço fiel a

mim mesma;

capto e retransmito as informações dos setores materiais

mais sutis e das dimensões mais elevadas.

Pensamentos negativos que podem prejudicar o

equilíbrio do chacra laríngeo.

minha cabeça não funciona em harmonia com

meu corpo;

sinto dificuldade para refletir os meus sentimentos

tenho medo de mostrar quem realmente eu sou;

vivo sobrecarregada;

sou tímida, quieta e retraída;

manipulo as pessoas com minha capacidade de

expressão;

temo a opinião dos outros;

estou isolada;

falo alto demais e critico a tudo e a todos;

minha linguagem e mal educada e rude.

82

Movimento 6

Movimentos da dança

3ª Visão

1) Esse movimento de mãos levadas ao centro da testa é

acompanhado da expressão do rosto e dos olhos,

que movimentando-se da direita para a esquerda,

dão graça e harmonia à bailarina.

A energia da serpente, agora, atingiu a cabeça, o centro da

testa, irrigando o cérebro, o canal psíquico da bailarina,

tornando-a “sacerdotisa”, equilibrando toda a sua vida.

Ela já sabe para onde ir e como ir, toma consciência

de sua intuição e de seu poder, enquanto mulher. Todo

seu rosto, principalmente os olhos, têm uma nova expressão.

83

A magia da Dança concede somente aos que a praticam,

a capacidade de sentir o passado e a força dos

templos iniciáticos e trazer para o hoje o processo desse

carisma.

Aqui, podemos sentir os éteres mais sutis, quando

dançamos as músicas mais suaves nos fazendo volitar entre

todos os elementos da natureza.

A Deusa Perséfone

Para que se entenda a mulher/Perséfone, é interessante

conhecer o mito do Rapto de Coré, que traz uma

simbologia muito rica, nos fazendo entender melhor a

profundidade dos sentimentos que envolvem um menina

transformando-se em mulher.

Na primavera, Coré, donzela adolescente, brincava

nos campos com outras deusas virgens, tranquila e feliz

entre um abraço e outro de sua mãe Deméter.

84

Afrodite, a madrinha dos poderes do amor sensual,

do alto do Olimpo, olha para Coré e, enciumada de sua

ingenuidade e simplicidade, planeja uma lição à jovem.

Chama Eros e o instrui a ferir Plutão/Hades, o deus dos

infernos, com uma de suas setas destinadas a torná-lo

apaixonado.

Plutão, após receber a flechada, sai em busca de ajuda,

em sua carruagem preta. Vê Coré que ainda brincava nos

campos e naquele momento colhia um narciso, flor que

significa os mundos subterrâneos.

Plutão apaixona-se, imediatamente. Rapta Coré,

levando-a para o mundo subterrâneo, onde é violentada

por ele.

Nesse golpe, Coré é invadida em seu mundo primaveril

e arrancada para um lugar escuro e desconhecido,

onde as emoções mais intensas – paixão, sexo, raiva,

poder, manipulação e lamentação, são vividas normalmente.

Coré, iniciada por Plutão, teve seu nome mudado para

Perséfone, que significa – “aquela que ama a

escuridão”.

Assim, a terra ficou estéril. Foi proibido que as plantações

florescessem e as árvores frutificassem. Essa ordem

foi dada pela Deusa Deméter que caiu numa depressão

profunda, abalada pela perda da filha e pela indiferença

de Zeus.

Durante sete anos, a Humanidade passou fome, devido

a esterilidade da terra.

Os deuses temendo não ter mais ninguém para escravizar

e para adorá-los, se a humanidade desaparecesse da

Terra, intercederam junto a Plutão. Assim, ele permitiu

que Perséfone passasse seis meses com sua mãe Deméter

na Terra e seis meses, nos mundos subterrâneos, reinando ao

seu lado.

85

Esse rito de passagem, que é a simbologia de adolescente,

o tornar-se mulher e independente, deveria ser normal e

iluminado, não um sofrimento. Mas, para as mulheres

que têm a deusa Perséfone proeminente em seu interior,

nem sempre acontece de um modo fácil.

O Signo de Aquário, ou o ascendente em Aquário,

traduz a mulher/Perséfone da Nova Era. Essa nova mulher

reúne em si a energia de todas as deusas e está integrada

com o seu movimento de descida. É esse o momento em

que a liderança feminina deverá fortalecer-se e a mulher

assumir o lugar que lhe cabe. A deusa generosa, manteve-se

por trás das guerras dos homens, mesmo tendo sua força

criativa em todas as coisas e todas as áreas, e agora irá

mostrar-se.

As pessoas nascidas sob o signo de Escorpião, que

têm a Lua em Escorpião ou ascendente em Escorpião,

estão sob a regência da Deusa Perséfone ou o Deus Plutão.

Vivem as características de transformadoras e moradoras

entre o mundo avernal e a Terra.

Todas as pessoas passam pela mudanças simbolizadas

pelo rapto de Coré, só que os nativos de Escorpião,

vivem essa energia “muito mais intensamente”.

Essa passagem é difícil, pois ela atua em nossas feridas

mais profundas, e se não tivermos uma ajuda terapêutica/

energética, podemos repetir muitas vezes uma experiência

negativa até nos causar uma doença, quando o

Amor pode vir acompanhado de dor e de violência.

Profissões da mulher/Perséfone: terapeuta, para-

psicóloga, astróloga, xamã, taróloga, cromoterapeuta,

enfim, todos os trabalhos holísticos para a cura e transformação

do Ser.

Pode trabalhar, também, como: detetive particular,

empresária de agência funerária ou cemitérios para classe

86

alta, defensora dos pobres, arqueóloga, com brechós de

roupas antigas, antiguidades.

Podemos vê-la líder nas comunidades esotéricas,

proprietária de espaços esotéricos, onde atrai um grande público

para dividir o conhecimento.

Suas essências são: jasmim, sândalo, angélica, mirra,

rosas e gerânio.

Com elas, podemos tomar banhos, da cabeça aos pés,

de purificação e de proteção espiritual, fortalecendo nossa

aura.

Luz e Sobra de Perséfone

A mulher/Perséfone é mediúnica. Vive entre a Terra

e o mundo astral e dessa fusão pode viver uma vida muito

criativa ou muito destrutiva. Ela tem uma incrível capacidade

de permanecer no limiar ou de adentrar novos domínios de

consciência psíquica.

Seu mundo é “paranormal” e a estrutura de sua consciência

é objeto de Parapsicologia.

Será atraída por estudos de Metafísica, de Astrologia, de

Tarô e das Ciências Alternativas.

O caráter de Perséfone não e fácil de entender. Muito

reservada e, às vezes, reclusa, precisa de isolamento para

as longas conversas com suas emoções.

Essa mulher precisa de muito tempo sozinha, ligada

aos seus projetos secretos, as suas reflexões, a sua comunhão

com o mundo invisível e entre os espíritos.

O desgaste psíquico de permanecer em meio às pessoas

e à agitação dos grandes centros, faz com que se retire

do cenário social e procure a Natureza.

Ser Perséfone, “a mulher que ama a escuridão”, significa

estar imersa na atmosfera psíquica do ambiente e do

87

espírito da época, mas essa é uma situação que precisa ser

trabalhada, pois hoje já estamos vivendo uma Nova Era.

“Aquela que ama a escuridão” anseia que o pai Zeus

e a mãe Deméter venham em seu auxílio. Assim estuda

Metafísica, associa-se às ordens esotéricas, buscando o

conforto em sua vida, junto aos mestres e guias.

A mulher que passa a vida toda identificada com Perséfone,

em geral, sofreu algum trauma grave muitas vezes

na primeira infância, o que incrusta como uma cicatriz

ou ferida sua postura psíquica perante a vida.

Uma enorme sensibilidade e um ego frágil pode arrastar a

jovem Perséfone para o mundo avernal, forçada

pelos acontecimentos estranhos que ocorrem em sua vida.

Nunca é uma vida de simples causas, terá desde criança

aprender a viver entre dois mundos, pois tem visão,

vê e fala com os espíritos; o que é um fardo pesado para uma

criança.

Para a mulher/Perséfone, a infância pode ser a época

de um primeiro “Rito de Passagem para o mundo avernal,

quando ela não possui e não criou ainda uma proteção em torno

de si.

É necessário à jovem Perséfone reconhecer o profundo

impacto e a grande importância do primeiro encontro

com o mundo da morte e dos espíritos.

A mulher/Perséfone poderá ser propensa a sofrer

acidentes ou atrair para si pessoas com graves problemas

de saúde, ou de comportamento violento, visto que sua

primeira experiência é a violência.

Poderá ser brutalmente assaltada, ou mesmo estuprada.

As drogas poderão tornar muito confusa sua vida.

Atrai casamentos com homens Plutão na sombra,

esquizofrênicos, psicopatas que podem leva-las à loucura,

a morte, ou a hospitalizações.

88

Tendo sorte a Perséfone sofredora encontrará um bom

terapeuta que a ajudará a entender a descida ao mundo

avernal e a sair de suas doenças.

Compreender a ligação entra a esfera espiritual ou o

mundo subterrâneo é observar que a descida de Perséfone,

trouxe-lhe a possibilidade de atravessar as pontes das

várias mortes, pare descobrir vários talentos e a capacidade

de transformar esse potencial ou mediunidade, em criatividade

e arte.

A mulher Perséfone preserva a sua jovialidade física,

e o tempo parece não marcar seu rosto que esconde tanto

sofrimento. Mantém um viço juvenil até bem depois dos

40 anos de idade.

Ela busca só a luz e tudo é “para cima”. Por isso, não

entende porque apesar de sua espiritualidade e devoção,

está sempre atraindo tragédias. Isso lhe acontecerá sempre,

enquanto ela não entender que as partes de sua

personalidade que foram dissociadas e sua infância ou

por uma traumática passagem, terão que ser compreendidas

e integradas. Essas partes, justamente, representam a

“descida passando pelos 7 portões que levam às profundezas”.

São elas que lhe mostrarão seus chacras e suas

aderências de luxuria, de desejos, de paixões e de preconceitos,

que ainda terão que ser vividos ou transformados.

É Plutão/Hades que provoca esse fator de equilíbrio,

fazendo-a capaz de ver a própria alma e seu caminho,

identificando em que ponto está em sua caminhada.

A regeneração que Plutão traz, reduz a mulher/Perséfone

ao seu tamanho real, fazendo-a ver seu lado sombra.

Para chegar a essa cura que a regeneração traz, é

preciso que ela entenda que para ser uma curadora ou

terapeuta, precisa antes curar a si mesmo. Sair de sua

ingenuidade onde diz que tudo é luz, vinculando as qualidades

89

das outras deusas, tornando-se mais forte e mais

real no mundo dos mortais.

Luz e sombras devem integrar-se no interior dessa

Deusa. Sua cura é ressaltar seu lado humano e vivê-lo

intensamente.

Dançar para transforma a vida

A dança é uma atividade que pode estar integrada à vida

diária da mulher/Perséfone, trazendo equilíbrio e harmonia

a sua mente e corpo.

A cada movimento, ela vai conseguindo externar seus

mais profundos sentimentos, livrando-se das angústias

causadas por traumas do passado.

É Afrodite que leva a mulhee/Perséfone a alguma

forma de Arte: pintura – dança – argila. Ela quer ter uma

casa bonita, espaçosa, quadros, artes, festas enfim, participar

do mundo.

Para fortalecer o Ego, ela precisa do glamour e da

segurança, presenciei muita mulher/Perséfone conseguir

desatar-se dos fios doentes de relacionamentos que

as sufocavam e ver sua beleza e sua força interior fluir

em todas as suas atividades.

90

Relação dos Chacras com os movimentos da

dança 6º Chacra – Frontal

Cores - violeta, índigo e verde.

Partes do corpo – glândula pineal, hipófise, medula espinal,

olhos, ouvidos, nariz e seios paranasais.

Características – é o centro da percepção, inteligência e

intuição; representa a 3ª visão.

Cristais – lápis-lazuli.

Essências – limão e camomila.

Mantras – AUM – é o mantra do 3º olho.

O chacra frontal localiza-se no centro da testa, entre

as sobrancelhas.

O desequilíbrio desse chacra causa problemas de falta

de coordenação muscular e motora, de lateralidade, tontura

e labirintite.

As doenças causadas por disfunção no chacra da testa

podem ser produzidas pelo fato de na querermos ver

algo que e importante para nosso crescimento espiritual.

A disfunção desse chacra gera vozes interiores negativas,

ideias negativas, pessimismo e escapismo.

No corpo físico, o desequilíbrio do chacra frontal pode

causar catarata, miopia, labirintite e descontrole de

pressão (baixa ou alta).

Desbloqueio do Chacra Frontal – Exercícios de Dança:

Os Olhos, o rosto, a Expressão

Exercícios do Elefante – estenda o braço direito e

deite o pescoço sobre o ombro direito.

91

Descreva o oito com o braço e mão. Repita o mesmo

exercício com o braço esquerdo.

Os olhos, o rosto e a expressão devem refletir sua

alma, sua alegria e a energia doadora da dançarina – A

Sacerdotisa.

Você deve falar com os seus olhos, expressando o

calor de sua alma.

Movidas pela sensação da música e dança, somos

capazes de mudar o nosso destino e a realidade ao redor.

Pensamentos positivos que podem ajudar no

equilíbrio do chacra frontal:

Tenho a mente aberta para o novo;

A minha percepção é expandida;

Recebo intuição e inspiração do alto;

Administro e organizo a minha vida, com

consciência e sabedoria.

Pensamentos negativos que podem prejudicar o

equilíbrio do chacra frontal:

Critico os outros;

Vivo somente através do intelecto e da mente;

Evito me envolver com tudo e com todos, num

nível mais elevado.

92

Movimento 7

Movimentos da Dança

A Aparição da Deusa

Quando a Serpente atinge o chacra coronário acontece

como que uma explosão liberando uma energia em espiral, que

percorre toda a coluna vertebral. A impressão

que se tem é que todas as cores, ao mesmo tempo,

manifestam o seu esplendor.

Nesse momento, pode-se vivenciar uma experiência

mística, como um estado de graça, uma meditação dinâmica

que agita todo o nosso corpo, como um prazer em

transe.

É quando sentimos, realmente, que uma energia superior

percorre nosso corpo, alterando todo o estado negativo

da alma, nos dando vida e ampliando nossa aura em luz.

Aqui, surge a “sacerdotisa”, que através da dança

resgatou de dentro de si, a força de todas as deusas que

alinhou e harmonizou as energias de seus quatro corpos

inferiores – físico, etérico, mental e emocional.

93

É essa energia, total equilíbrio, que fala dos mistérios da

dança que passa para o público, através das mãos

da dançarina. É nesse estágio que a Deusa Perséfone emite

seu poder de intuição.

Através dos exercícios das mãos, você capta os éteres

dos Céus, os traz para a Terra e devolvê-los aos Céus, formando

um vórtice de energia, Céu e Terra.

Os movimentos harmoniosos de rotação de pulsos, a

beleza da postura dos cotovelos, rotação e flexibilidade

dos ombros são requisitos exigidos para levar a dançarina

a atingir as mais perfeitas e mágicas energias.

94

Todas as articulações dos dedos, a mobilidade das

palmas e das partes de cima das mãos, lentamente, vão se

assemelhando à boca da Serpente, totalmente flexível.

Esses mudrás ou gestos eram usados nos rituais para

indicar que eram necessárias as duas energias masculina

e feminina, para se iniciar algum ritual.

Considerando-se que tanto os homens como as

mulheres têm os lados masculino e feminino, praticamos os

movimentos de mãos e trazemos a harmonização dessas

energias, ao mesmo tempo antagônicas e complementares.

As mãos da dançarina, muitas vezes, tocam os Snujs

que são instrumentos muito antigos semelhantes às castanholas

usadas pelas bailarinas de danças espanholas.

São compostos de quatro pratinhos, colocados dois

em cada mão e tocados com as pontas dos dedos. São

necessários muita musicalidade e treino, para tocá-los.

Os snujs enriquecem a percussão de uma música e

seguem a cadência diferenciada dos instrumentos de corda,

como a cítara, o violino, o violoncelo, o alaúde.

Influencia, também, os instrumentos de sopro, como flauta

de bambu e metal de diversos tamanhos; de percussão

como o daff (que é um tipo de pandeiro com muitos

pratinhos que dão mais som e balanço à música oriental),

bomgô e tambores.

Muitas orquestras, conjuntos árabes, egípcios e gregos,

adequaram-se aos movimentos modernos da música,

introduzindo instrumentos modernos ou eletrônicos como

guitarras, piano, sintetizadores, órgãos, etc..

95

Relação dos Chacras com os

movimentos da dança

7º Chacra – Coronário

Cor – violeta e dourada.

Partes do corpo – córtex cerebral e funcionamento geral do

sistema nervoso e de glândula pineal.

Características – é o centro do equilíbrio, corpo, mente e

espírito.

Cristais – quartzo transparente e ametista.

Essências – lavanda, rosa âmbar.

Mantra – OM.

Para que o chacra coronário ou da coroa fique

completamente ativo, é preciso que a mente, o corpo e o

espírito estejam equilibrados.

A abertura do chacra da coroa permite que a pessoa

penetre nos mais elevados níveis de consciência. A ativação

consciente desse centro representa o estagio inicial

da ascensão para um estado de perfeição espiritual.

Esse chacra desprotegido ou hiperexcitado pode

abrir-se para influência a psicoses.

Energia em atividade – sensibilidade e delicadeza –

requer elevada dose de integridade pessoal e pureza de

intenções. Se ativamos esse centro sem essas características,

nesta vida ou numa anterior, forçando espiritualmente

ou por maus tratos, poderemos desencadear uma

série de problemas físicos e energéticos.

O escapismo, que procura ignorar qualquer forma

de crescimento espiritual, pode gerar o vício de drogas

que atrofiam o hipotálamo. Com drogas, também entra-se

em transe mas, geralmente, isso leva à prisão e à conexão

96

espiritual com seres do umbral que precisam de nosso

fluido vital e se abastecem do vício; tornamo-nos vítimas

de possessão.

A meditação, os mantras, a Ioga e a dança, ativam o

hipotálamo, renovam e abrem o chacra coronário em

direção à luz, à intuição e ao contato com o Eu superior.

Todo esse caminho em direção à luz é árduo; por

isso, a grande fuga para as drogas para superar-se, sentir

flutuar, viajar. A alma sempre quer algo mais para sair da

realidade tridimensional e o caminho imediato e que “parece”

mais fácil é o da droga. Mas, essa é uma “viagem”,

muitas vezes sem volta, que rompe com violência o hipotálamo,

nos roubando, muitas vezes, a capacidade de um

dia conseguirmos entrar em contato com nosso “Eu

Superior”.

Chacras das Mãos

As mãos são as antenas que nos ligam ao mundo.

Sua função é a de captar e a de dispersar energia.

Elas podem ser suaves ou rudes. Seu toque pode ser

- de amor, de compaixão, de maldade. Podem acarinhar,

ferir ou curar.

Com as mãos seguramos, recebemos, doamos, embalamos,

nutrimos e alimentamos.

A má circulação pode causar formigamento e insensibilidade

nas mãos, prejudicando todo o organismo pelo

bloqueio na entrada e saída de energias do organismo.

Elas alinham seu lado feminino e masculino, através

de exercícios executados pelas Iniciações Egípcias.

Quadrante – deslocando as escapulas (omoplatas).

97

Através desses exercícios das mãos, a dançarina/

mulher começa a sentir a abertura do chacra das mãos e,

assim sendo, a Energia da Deusa.

E quando essa energia começa a entrar, todo o seu

corpo reflete leveza e transformação dos bloqueios que o

imobilizam como se fossem couraças. Seus ombros e pulsos

começam a soltar-se, entrando na sintonia da energia

que agora flui, sem empecilhos. É como que suas mãos

captassem e emanassem energias rosa, verde e dourada.

Pensamentos positivos que podem equilibrar o

chacra das mãos.

Tenho facilidade em tocar;

Sou sensível e criativa;

Sou generosa, carinhosa e terna;

Eu amo e nutro quem precisa;

Tenho o toque de “Midas”;

Sou alegre e me movo com facilidade.

Pensamentos negativos que podem prejudicar o

equilíbrio do chacra das mãos.

O dinheiro escapa de minhas mãos;

Eu não sei receber;

Eu não sei dar;

Eu não sei fazer nada;

Aponto o erro dos outros;

Não consigo agarrar o que quero.

98

Alinhando o Lado Feminino com as Mãos

Puxar energia do chacra básico, fio terra, através das

mãos, ampliando a aura, ampliando a energia feminina.

1) Elevar a mão direita, fazendo um movimento redondo

ao redor da cabeça, levando a mão para baixo

do pescoço até a orelha e depois descendo, procurando

ressaltar dois dedos, demonstrando que estamos

alinhando o Ying e o Yang. Descer a mão direita até o

chacra básico novamente.

2) Fazer o mesmo movimento com a mão esquerda.

Fazer com a duas mãos, ao mesmo tempo, pois esse

movimento irá ampliar e harmonizar os dois lados da aura.

1) Elevar as duas mãos, descendo-as cruzadas, até o

pescoço. Depois de passadas pela frente do pescoço,

as mãos abrem-se, indo até as orelhas para, em seguida,

descerem, uma de cada lado, até os quadris (fio terra).

Ao executar o exercício com as duas mãos, expandimos o

máximo de energia.

99

Alinhamento do Lado Masculino com as Mãos

Puxar a energia do chacra básico, fio terra, através das

mãos, ampliando a aura, ampliando a energia masculina.

1) Elevar a mão direita até a cabeça, levando a mão

espalmada em linha reta até o rosto e depois descer,

procurando ressaltar dois dedos, demonstrando que

estamos alinhado o Yin e o Yang. Descer a mão direita

até o chacra básico novamente.

2) Fazer o movimento com a mão esquerda.

Fazer com as duas mãos, ao mesmo tempo, pois esse

movimento irá ampliar e harmonizar os dois lados da aura.

1) Elevar as duas mãos até a cabeça, passar, em linha

reta, pela frente do rosto, sem cruzar. Depois, descer

uma de cada lado, até os quadris (fio terra), demonstrando os

dois dedos.

Ao executar o exercício com as duas mãos, expandimos o

máximo da energia.

100

O movimento do masculino é uma continência,

é mais seco.

Quando fazemos, em grupo, esses movimentos de

alinhamento, sentimo-nos envolvidas por uma energia tão

forte e, ao mesmo tempo, tão fluídica, que todo o grupo

fica muito harmonioso e coeso.

Os praticantes vão do primeiro movimento ao final

do ritual, sentindo a uníssona energia que é captada e emanada

pelas mãos. Quem tem vidência, poder ver sair das

mãos da dançarina, as cores dourada, rosa, azul, etc..

A Aparição da Deusa

101

Com todos os movimentos da deusa em nosso corpo,

a Kundalini sobe, leve e lentamente, pela coluna até ao

chacra da coroa, energizando e harmonizando todo o seu

caminho, irradiando vitalidade e fazendo fluir através da

respiração abdominal, a expansão do dourado do Plexo

Solar.

É importante ressaltar que, o trabalho que faz com que a

energia da Kundalini suba pela coluna energizando

todos os chacras deve ser lento, passo a passo, à medida

que seu corpo/mente/emocional possam assimilar juntos,

essa força.

À medida que fazemos os movimentos da dança, a

energia sobe pela coluna, passando em cada vértebra. Irá

alongando-se e abrindo os “canais” do interior da coluna,

delicadamente, sem forçar.

Se, então, pudermos entender que somos um campo

cheio de energia e de habilidades, de improvisações e de

percepções e que esse campo é sensitivo às vibrações de

tudo e de todos, poderemos nos preservar mais e fazer

melhores escolhas.

Protegendo e preservando a pureza dos nossos esforços.

ouviremos a pequena voz dentro de nós, no momento

em que precisarmos ter mais cuidado com os ambientes

que frequentamos, com o tipo de amigos com que convivemos

e com a qualidade dos relacionamentos que desejamos.

A harmonização das energias de nossos quatro corpos

inferiores representa o verdadeiro nascimento do ser, que

abre-se para a espiritualidade como um lótus colorida

de mil pétalas e, pela primeira vez, iremos compreender que

somos unos, pertencentes a um todo e que não existem

limites para a criação.

O corpo torna-se leve ao dançar e, já na escolha da

vestimenta, mostraremos que, agora, sabemos o que queremos e

do que precisamos.

102

Chegamos a esse estágio, com certeza podemos dizer,

limpamos todos os miasmas, todos os relacionamentos

depressivos e complicados que nos enfraqueciam e já estamos

prontas para atrair um novo par, ou a nossa alma

gêmea, para juntos desfrutamos da energia da Deusa

esquecida há milhares de séculos.

Agora, já nos abrimos para o feminino bem cuidado

e para a grande elevação da auto-estima. Paz é a lição

aqui envolvida e para sermos capazes de conseguir

sustentá-la, é necessário permanecer em nosso próprios pés.

103

As Danças

A Dança do Candelabro

A poderosa energia represada da Grande-mãe torna-se

reconhecida e visível em nossos corpos físico, mental

104

e espiritual. Através de nossas couraças musculares, depressões

e a subida da Kundalini, há um trabalho de limpeza

de nossos chacras, dependendo da abertura mental

que temos e o caminho que queremos seguir na vida.

Tornamo-nos, então, sacerdotisas/dançarinas e podemos

executar a Dança do Candelabro, que é repleta de

simbolismo e não deve ser vulgarizada.

Embora seja usada em várias culturas, conta a lenda

que essa dança teve sua origem no deserto, quando Moisés

retirou o povo judeu do Egito. Pela miscigenação de raças

que já acontecera, foi acompanhado por pessoas de muitas

outras raças e religiões, inclusive sacerdotisas/dançarinas.

Nas longas noites do deserto, depois da estafante

caminhada do dia, quando o povo reunia-se ao redor das

fogueiras, as sacerdotisas/dançarinas surgiam misteriosas,

como aparições vestidas de dourado, trazendo luz e alegria

para o povo que celebrava a liberdade do cativeiro egípcio.

Vinham com um candelabro à cabeça. Nesse ritual,

das velas acesas do candelabro, faziam uma consagração

ao fogo e aos seus elementais, as salamandras, que com

sua energia primal, permitia que as sacerdotisas, funcionassem

como um canal de purificação e transmutação do

carma.

Atualmente, as dançarinas podem dançar como o

candelabro ou apenas com uma vela em cada mão, mas é

preciso que ela já tenha dominado todos os movimentos da

dança e tenho conhecimentos sobre a força do elemento

fogo.

105

A Dança dos Sete Véus

O véu representa o mistério que a bailarina, enquanto

dança, vai desvendando à medida que os retira. Ela abre

o caminho do oculto que leva à realidade. É como se

através dos véus, canalizasse as chamas dos éteres mais

sutis, que penetrando em seu corpo vão deixando-o leve

para dançar e sentir a presença da deusa.

Há muito tempo, a Dança dos Sete Véus era executada

com uma conotação de sensualidade e sedução. A

bailarina desnudando-se para ser entregue ao anfitrião das

festas, ou em rituais tântricos de magia.

Atualmente, a Dança dos Sete Véus, quando executada

corretamente, funciona como uma terapia, em que

com sensualidade e prazer, alinham-se todos os chacras,

106

conseguindo-se grande bem estar, tanto físico como

emocional.

Para realizar essa dança, escolhem-se músicas suaves

e serpentíneas; músicas religiosas ou New Age para elevar

a consciência do público, pois trabalham-se os chacras e

não, a sensualidade.

Espiritualmente, essa dança significa a descida ao

mundo interior e ao trabalho de autoconhecimento, quando

a bailarina eleva-se, transcende, purifica-se, remove de seus

chacras a luxúria e faz de seu corpo, um instrumento de magia

alquímica, através da energia da serpente.

A Dança dos Sete Véus é carregada de simbolismos.

em relação a bailarina, cada um dos véus que vai sendo

retirado, significa o desbloqueio do chacra relativo àquela

cor especifica. Em relação ao público, a retirada e o cair

dos véus podem ser interpretados como o cair das vendas

e as lentes cor-de-rosa que mascaram a realidade, despertando a

consciência das pessoas que assistem à dança.

Significado dos véus

1º Véu – Vermelho significa vitalidade, alegria e

decisão. Relaciona-se com o chacra básico; envolve os

quadris e é o primeiro a ser retirado, com movimentos

sensuais e sutis.

2º Véu – Laranja significa felicidade, criatividade e

sensualidade. Relaciona-se com o chacra umbilical; envolve

o ventre e sua retirada é feita com gestos sensuais.

3º Véu – Amarelo traduz entusiasmo. Relaciona-se

com o chacra do plexo solar; é colocado no abdômen e

retirado de modo gracioso.

4º Véu – Rosa e Verde trançados nos seios, significam

amor, compaixão e abnegação, são retirados com graça e doçura.

Relacionam-se com o chacra cardíaco.

107

5º Véu – Azul ou Turquesa significa sensibilidade e

vontade; enlaçado no pescoço, é retirado com arte, como

um trabalho de serpente nos braços. Relaciona-se com o

chacra laríngeo.

6º Véu – Violeta significa percepção e intuição; pode ser

colocado como uma faixa na testa e a dança no

momento de sua retirada deve ser com movimentos

serpentíneos e muita expressão de rosto. Relaciona-se com

o chacra frontal.

7º Véu – Branco ou Dourado significa integridade

e pureza de intenções; é colocado na cabeça, junto aos cabelos.

É retirado com uma dança que expressa à mulher

serpente e a Deusa. Relaciona-se com o chacra coronário.

O ritual da Dança dos Sete Véus era realizado na

Lua Crescente. Com pedra, desenhava-se, em círculos

feitos na Terra, os signos do zodíaco para receberem toda a

energia dos signos planetários.

Para acontecer essa magia, eram necessárias muita

concentração e pureza de todos os participantes.

A dançarina, como para um misterioso ritual, prepara-se

para sua dança mágica e sensual, dentro de seu lindo

traje das mil e uma noites.

Os trabalhos com véus exigem o máximo de feminilidade

da mulher e também, prática para se chegar à graça,

à beleza e à perfeição.

Além da Dança dos Sete Véus, há varias outras danças

feitas com os véus:

A Sacerdotisa/ a Sultana/ a Beduína/ a Espanhola/

Tenda/ Capa de Anjo/ Ondulações várias.

108

Os Deuses Masculinos

Nos dias de hoje, na sociedade moderna, tanto a

mulher como o homem são exigidos a desempenhar vários

papeis, ao mesmo tempo. Mas podem aproveitar a volta da

deusa para resgatarem dentro de si, todas as qualidades

inerentes a ela, para que possam Ser e Existir, plena e

harmoniosamente.

É importante que, durante as várias etapas da vida,

cada ser humano perceba e ressalte as qualidades presentes

em si mesmo e nas pessoas com as quais se relaciona,

procurando entrar em contato e desenvolver as energias

ausentes.

Os homens, por seu lado feminino, trazem a energia

da deusa esquecida dentro de si, mas ressaltam, também,

as qualidades e defeitos de deusas masculinos em seus

relacionamentos.

Os atributos de alguns deuses:

Zeus é o deus máximo a quem tudo era permitido.

Com todas as suas características, hoje, em nossa

sociedade, um homem/Zeus, sempre atrairá uma mulher/

Hera como esposa, pois para ela, o casamento e a

instituição familiar estão sempre em primeiro plano. Para

mantê-los, ela suporta todas as traições, até bissexuais. É

Afrodite quem traz o elo do Amor para que o casamento

perdure e adquira mais romantismo e sensualidade.

Eros tem o caráter fugidio e as atitudes imaturas.

109

Embora possa casar-se com uma Deméter, em seus

sonhos sensuais sempre estará procurando a resolução

de seu complexo de Édipo, em seu amor mal resolvido

com a mãe Afrodite.

Apolo pode sentir-se atraído por Artemis, pois têm

ambos os mesmos gostos e procurarão partilhar dos encantos

das caminhadas pelas montanhas, e das longas conversas

ecológicas.

Entre eles, é mais provável que haja uma amizade

colorida do que um amor eterno. Certamente, cada um

morrerá em sua casa, porém, se encontrarão nas viagens

que empreenderão juntos.

Plutão está presente em muitos homens de tendências

negativas e positivas.

São eles que poderão levar a isolada Perséfone para

conhecer o fogo dos instintos mais selvagens, através do

inferno e da morte de seu sentimento.

É através do relacionamento com Plutão que Perséfone

desce do Céu e conhece a paixão, a obsessão, a ânsia

de poder, a selvageria e as feridas mais primordiais, onde

a dor, as crises de amor e as perdas, fazem com que os casais se

renovem e provem ser a relação duradoura ou

não. Falar dos homens Plutão não é fácil, mas você deve

se lembrar de algum por essas características.

São homens com um magnetismo irresistível. Não

fazem nada para atrair, mas atraem feitos ímã e tudo que

acontecer, a culpa será sempre da mulher, nunca deles.

São altamente viris, férteis, sensuais, e toda gravidez

que causar, será meramente de passagem e ele a fará

lembrar que foi ela quem quis.

São difíceis de prender e vivem, quando casados,

perfeitamente bem com duas famílias e se as duas

mulheres descobrirem, com certeza manipularão essa situação

110

fazendo com que as duas enxerguem que é possível

viver assim.

São homens videntes, psíquicos, curadores e

pesquisadores, porém poucos fizeram a descida de Perséfone

e tornam-se homens da Sombra, Magos Negros ou Sacerdotes

da Luz.

O homem Plutão pode sugar da parceira o seu poder

feminino, aniquilando sua feminilidade com posse, ciúme,

destruição psíquica e relacionamento de codependência.

Toda visão desse homem pode ser terrível, mas

eles existem em muitas histórias de mulheres a que atendi,

ao longo desses anos todos.

Quando exercendo seu lado positivo, podemos ver o

homem/Plutão trabalhando na área de pesquisas: bacteriológicas,

da saúde, nucleares, nos oceanos. Mas, assim

como Perséfone, o homem/Plutão, precisa de Eros para

tirá-los do mundo abissal e conviver e exercitar o amor.

Só assim poderá curar-se.

Uma mulher/Atena não seria uma boa opção para o

homem/Plutão, pois estariam em constante competição,

pela força de seus lados masculinos. Para que tivessem um bom

relacionamento, precisariam desenvolver as qualidades

de um deus mais forte, dominador e rebelde como

Marte (Adônis). Ele lhes daria o entusiasmo de que necessitam

para suas jornadas pela vida.

111

Os Quatros Elementos

Além do trabalho com os chacras, temos que conhecer

a importância dos quatro elementos da natureza (terra,

água, fogo, ar) que fazem parte de nossa vida, e o quanto

somo influenciados por suas energias, que precisam estar

em equilíbrio em nosso corpo.

Tanto a carência como excesso dos elementos com

os quais nós não estamos em contato consciente, dificultam

nossos relacionamentos e o fluir das energias, em várias

áreas de nossa vida.

Muito se pode aprender a respeito de uma pessoa,

simplesmente pela analise mercante dos elementos.

Elemento terra

O elemento Terra é a nossa força de sustentação, de

equilíbrio e de realidade.

A ligação que o ser humano tem com a Terra é muito

intensa, até mesmo na formação de seu corpo físico que é

composto, como a terra, de água, ferro, iodo, cálcio, sódio,

etc..

Gnomos e duendes são os elementais que simbolizam

o elemento terra. Eles têm a capacidade de captar e

absorver a energia do Sol e distribuí-la para todos os seres

do Planeta.

112

Desequilíbrio do Elemento Terra

A falta – pode levar a pessoa a se sentir desligada do

mundo, perder o senso da realidade, sentir-se como se

não tivesse nenhum lugar para ficar, sentir falta de contato

com o corpo físico. Essa sensação de estar deslocada leva

a alguma experiência como transcender os limites da

matéria – dedicando-se à vida espiritual. Muitas vezes,

faz ignorar os requisitos da sobrevivência do mundo material

e a experiência do trabalho duro.

O excesso – causa estreita visão e mudanças vocacionais.

O trabalho e o dinheiro dominam a vida da pessoa.

Exercícios para equilibrar o elemento terra:

Coreografia com música de batuques e sons primais

e, sequência, sons melodiosos.

Cestas e peneiras com frutos e flores encenam e

saúdam o elemento terra.

Andar na terra, massagear os pés.

O elemento terra em equilíbrio reforça o nosso senso

de realidade e nos proporciona vitalidade e equilíbrio.

Elemento Água

O elemento água, como todos os outros, está presente

em nosso corpo físico, fazendo parte do sangue, do

suco gástrico, da saliva, enfim, de tudo o que se refere

aos líquidos e as mucosas.

Os elementais da água são as ondinas e as sereias.

As ondinas, também chamadas de ninfas e nereidas

fazem parte do elemento sutil das águas doces. Seu ponto

máximo de energia acontece nas cachoeiras e cascatas.

As sereias são elementais que habitam o corpo sutil das

águas salgadas.

113

Desequilíbrio do Elemento Água

A falta – desequilibra a intuição e causa apego exagerado

à matéria e à razão, levando à falta de solidariedade e ao

egoísmo.

O excesso – torna as pessoas encharcadas de emoção,

trazendo sentimentos contraditórios e torna difícil sair dos

problemas emocionais.

Exercícios para equilibrar o elemento água:

Danças e coreografias em cachoeiras ou cascatas,

na praia, no mar ou mesmo em piscinas, evocando o

elemento água. Ondulações, imitando o nadar das sereias.

O elemento água em equilíbrio, além de proporcionar

ao corpo físico, hidratação, limpeza, e purificação,

facilita o fluxo das emoções e permite a clarividência.

Elemento Fogo

A descoberta do fogo tirou o homem da escuridão.

Desde a mais remota antiguidade, os povos da Terra

reverenciavam seus deuses em rituais e cerimônias, onde

o fogo estava sempre presente.

As salamandras, também chamadas de espírito, do

fogo, são os elementais que simbolizam essa energia.

O elemento fogo exerce influência no ser humano

através do calor interno e externo do corpo, fazendo-o

vibrar internamente e impulsionando-o tanto para construir

como para destruir.

114

Desequilíbrio do Elemento Fogo

A falta – causa digestão deficiente, falta de ânimo e

da alegria de viver. Isso levar a não confiar na vida.

O excesso – causa muita atividade, intranquilidade,

não consegue relaxar; consome-se em sua própria energia.

impulsividade e excesso de confiança. Egocentrismo no

contato com os outros.

Exercícios para equilibrar o elemento fogo:

Coreografias feitas com velas, castiçais e tochas;

Dançar em volta da fogueira;

Respiração envolvendo ondulações no Plexo Solar.

O elemento fogo em equilíbrio proporciona iniciativa,

dinamismo, coragem, dedicação e energia.

Elemento Ar

O elemento ar só é por nós percebido através de uma

brisa que brinca em nossos cabelos, de uma ventania que

derruba as folhas de uma árvore, mas no entanto ele está

sempre nos envolvendo.

Através do ar, é feita a oxigenação do nosso organismo

e a renovação de cada célula de nosso corpo.

Os elementais do ar são os silfos e fadas.

As fadas habitam os jardins, os bosques e as florestas.

Os silfos são energias invisíveis, cuja concentração

mais forte encontra-se no cume das montanhas.

115

Desequilíbrio do Elemento Ar

A falta – é grave, pois é o ar que capacita a pessoa à ·se

ajustar facilmente a novas idéias, a mudanças e aos

tipos de pessoas. Ocasiona dificuldade de refletir a sua

vida e o seu Eu. Causa preocupação material.

O excesso – leva a ideias exageradas. Falta chão e a

mente torna-se demasiadamente ativa, podendo ocasionar

reações violentas. A cabeça não pára e, sem reflexão, há

uma paralisia da vontade. Desordens psicológicas acontecem,

pois a mente foge da realidade. Fora do contato

do que é possível, os planos ficam apenas na cabeça.

Exercícios para equilibrar o elemento ar:

Coreografias feitas acendendo incensos, florais,

aromas que incentivam o olfato e a intuição;

Danças com véus esvoaçantes, turquesa de

preferência;

Respiração e mantras.

O elemento ar em equilíbrio acentua sua intuição

proporciona saúde e purificação para o corpo.

Os Quatro Elementos e as Coreografias

Coreografar é um dom artísticos que qualquer pessoa

com sensibilidade e criatividade pode desenvolver.

O cuidado na criação de uma coreografia, dentro da

parte sagrada da dança, começa com a escolha das músicas

que inspirem ao uso dos elementos e dos seus símbolos:

Terra – flores, frutas e as crianças;

Ar – incensos, véus e espada;

116

Fogo – archotes, castiçais com velas coloridas,

castiçal de cabeça;

Água – jarros e moringas.

Pode-se também criar coreografias usando todos nos

elementos em harmonia, o que intensifica a magia da

dança, tornando-o tão bela e interessante que irá, certamente,

encantar o público.

Escolhida a música, é preciso notar os tempos da

música e introduzir a técnica, juntamente como os passos

e elementos. Pode-se criar historias de reinos de fadas,

de princesas e da mitologia.

Fogo

O elemento fogo, na dança, é representado pelos

exóticos castiçais e tochas, usadas na cabeça ou simplesmente

velas ofertadas à Deusa, em forma de velas coloridas e

candeeiros.

Terra

O elemento terra pode ser representado pelas flores,

trigo, papoulas e cereais, colocados em peneiras e cestas.

Batidas de percussão fortes são as músicas que favorecem

o impacto na apresentação.

Água

Elemento água é representado pelos jarros ou ânforas.

A música deve nos lembrar da mulher que vai à fonte

buscar água, nos oásis do deserto.

117

Ar

O elemento ar é representado pelos incensos, aromas

e espadas. Quando fazemos coreografias usando os

aromas e incensários, as músicas devem nos passar leveza

e a dança feita no ar com muitos giros, juntamente com o

volitar dos véus de cor turquesa, azul celeste e prateados.

118

Algumas Coreografias

Artísticas – Rituais e

Consagrações

Na antiguidade, eram oferecidas às deusas diferentes

cerimoniais com danças, celebrações, rituais e oferendas,

dependendo das energias que se procurava obter de cada

uma delas.

Nas minhas aulas e festivais dos quais participo com

o meu grupo, procuro reproduzir essa danças e rituais,

criando coreografias artísticas que irão ajudar a formação

de uma egrégora de energia, no local onde realizamos

nossas danças.

Afrodite – Celebração e

Geografia

A Deusa Afrodite permeia todas as áreas de nossa

vida. Sem ela, não há beleza, a arte, o amor, as relações

intimas, o luxo, a vontade de ser desejada, toda a riqueza

financeira, os valores materiais e o poder que ele nos dá

para atrair o que necessitamos.

Com essa coreografia, fazemos fluir os tesouros que

a deusa nos traz – seus símbolos sagrados, e portanto,

energéticos para quem dança, trazendo um impulso de

119

energia de desbloquear o medo do amor, de ser amada e

feliz.

Significado: representa as 3 graças mitológicas:

Amor. Sensualidade e Beleza.

Símbolos usados: jarra, taça, pérolas, colar.

Pode ser dançada por 3 mulheres ou 6 (em pares)

1ª Parte:

Entra a 1ª sacerdotisa trazendo nos braços o jarro.

Dança – A 1ª parte da música dança com o jarro –

trabalhos suaves, batidas de quadril com o jarro.

Coloca o jarro no chão.

Aproxima-se de um pedestal onde está uma taça: ela

enche a taça com água, oferece à Deusa Afrodite e depois

oferece ao público. Depois, retorna a taça ao pedestal.

2ª Parte:

A 2ª Sacerdotisa entra com flores (rosas vermelhas)

e dança em volta a 1ª dançarina. Oferece as rosas para a

primeira que irradiou Afrodite e as coloca dentro do vaso.

A 1ª Sacerdotisa oferece para a 2ª a taça com a água,

para que se energize. Ela toma a água e deixa a taça no

pedestal.

3ª Parte:

A 3ª Sacerdotisa entra trazendo nas mãos, uma concha

cheia de pétalas e colares de perolas (símbolo de Afrodite).

Dança em volta da 2ª sacerdotisa e lhe oferece um

colar. Esta lhe oferece flores.

A 3ª sacerdotisa dança em volta da 1ª e lhe oferece

um colar. Esta oferece a água do jarro, bebida na taça.

As três dançam juntas com seus símbolos nas mãos.

120

Artemis – celebração e coreografia

O estado de solidão que Artemis tanto almeja e a

comunhão com a Grande Mãe, a Natureza, são qualidade

de que todos nós precisamos. Isso podemos alcançar,

permitindo que o verde dos campos nos restaure e nos

recarregue de energia, para voltarmos plenos dessa força,

que será canalizada para todas as áreas de nossa vidas.

Assim, as coreografias idealizadas para a Deusa Artemis

nos remetem ao verde dos campos e florestas da Terra,

que, com seus mistérios, nos dão compreensão maior da

solidão dessas mulheres/Artemis. É que elas se abastecem

do ruído dos ventos, do fragor das tempestades e do

crepitar do fogo das lareiras. Quando todos esses sons

são abafados pelos ruídos das cidades grandes, elas perdem

o contato com suas fontes de energia e isolam-se do

mundo e dos relacionamentos, procurando um sentido

maior para suas vidas.

Ritual da Abundância – Coreografia

Este ritual era oferecido à Deusa Ceres, na Grécia

Antiga, para a fertilidade e agradecimento à abundância

doada pela deusa às famílias e à vida pessoal.

A onda de vibração e a expansão da Energia da deusa

Ceres – a deusa da Abundância, nos fará recordar dos

cerimoniais oferecidos à Mãe Terra, representada pelo trigo,

cevada, milho, frutos e flores e todo alimento que a terra

nos oferece, exceto os animais em sacrifício.

Se sua vida está árida e não há abundância, pense

que Universo e a Terra estão plenos dessas riquezas.

121

Ao menos uma vez ao ano, faça esse ritual. A data

certa é 30 de março, mas pode-se oferecer mais que uma

vez.

Devolvemos à terra o que ela nos dá.

Faça um linda cesta com 7 tipos de frutas e 7 espécies

de flores de sua preferência.

Regue com essência de Flor de Laranjeira.

Deixe em sua casa por 7 dias, no ciclo da Lua Cheia

ou Nova, para fluidificar.

No 8º dia, leve a cesta com os frutos e flores na mata,

ao pé de uma linda árvore dizendo:

Saúdo, O’ Terra! Agradeço a sua generosidade e a

rapidez com que os meus pedidos são atendidos.

Perséfone – coreografia

A dança de Perséfone é a das sacerdotisas que usavam

velas, castiçais, flores, aromas, deixando algo mágico em

seus rituais do passado.

Violeta, lilás e muito dourado são as cores de suas

vestes quando dançam.

Em nossas coreografias, remontamos aos arquétipos

das deusas e as alunas, no segundo mês de aula, já participam

de todos os preparativos.

A sacerdotisa também pratica a alquimia, por isso,

trabalhamos através de dança com coreografias que incluem

os elementos da Natureza.

Água: a cachoeira, as águas doce e salgada, os rios.

dançamos dentro da água ou com o jarro.

Fogo: amarelo, laranja, vermelho, dourado, violeta

claro, são as cores dos véus, velas e castiçais, incensos

122

são os recursos usados nessas coreografias. Rodas energéticas,

e música especial fazem do elemento fogo uma parte

excepcional nessas evocações.

Ar: véus e roupas esvoaçantes, manifestado as correntes

do Céu que permeiam nossos pensamentos e novas

ideias dentro da evolução da consciência.

Se o Céu está cinza, tormentas, furacões. O anoitecer

e o amanhecer terão influências em nossas psique. Por

isso, usamos a cor azul-turquesa e seus degrades.

Turquesa evoca a criatividade superior na arte da dança,

quando abrirmos nossa mente para captar o mais profundo

que cada movimento proporciona e nos inspira a

arte especial de criar algo novo, cheio de encantamento.

123

Conclusão

A Dança e a Mulher do 3º Milênio

Ao longo dos anos, tenho tido a oportunidade de

acompanhar e a felicidade de presenciar o encontro vocacional

de alunas iniciantes que, em consequência do amor

e da entrega à dança, tornaram-se professoras e hoje

mantém espaços dedicados à dança.

É evidente que isso não acontece com a maioria, pois

para que se faça bem qualquer trabalho, é preciso haver

vocação verdadeira, que não pode, nem deve, ser confundida

com entusiasmo inicial.

Aos poucos, conforme cada ma vai identificando-se

com as deusas em geral e com a sua em particular,

incorporando, pouco a pouco a energia esquecida, começa

a perceber que existem milhares de formas de libertação.

a dança vai ocupar apenas os seus momentos de lazer, de

meditação e de relax.

Tenho visto, também, a dança resgatar o feminino, a

energia da auto-estima e a alegria de viver em mulheres

traumatizadas pela perda de útero e ovários, que descobriam

que se bastavam e queriam um companheiro para

caminhar, lado a lado, e não para apenas acompanhar.

Muitas começaram a administrar melhor seu tempo

e seu dinheiro e, ao organizar-se, tornaram menos estafantes

124

os afazeres do dia-a-dia e até desabrocharam para

novas profissões.

Através de danças especificas para cada deusa, a

mulher vai, lentamente, libertando-se dos preconceitos e

complexos que a detém e consegue incorporar as energias

do que é carente. Assim, ela tem a possibilidade de encontrar

cada parte de seu EU e incorporar a sua força.

Embora abrir-e para a intimidade, em qualquer tipo

de relacionamento, seja mais fácil para as mulheres do que

para os homens, pois elas trabalham melhor suas emoções, cada

ser humano, à sua maneira, está sempre à

procura do amor e da vibração de êxtase que ele pode

proporcionar. Assim, a cada bloqueio descoberto e trabalhado,

estaremos mais perto da freqüência vibratória, daquele

homem, mulher ou grupo que nos auxiliará nesse

momento de transição, na integração de nossas mudanças.

Essa nova mulher do 3º Milênio conseguirá, através

da dança, equilibrar em seu corpo as energias de todas as

deusas integradas saberá falar de seus sentimentos e desejos,

tornando mais fácil para os homens acompanhá-la

nessa mudança.

Dance e transforme seu mundo!

125

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