Click here to load reader

Jesus nos 4 evangelhos - Escola Santo André

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Apostila de formação - Jesus nos 4 evangelhos

Citation preview

  • 1.Jos H. Prado FloresJESUS nos Quatro EvangelhosEtapaICurso4

2. Nihil Obstat Salvador Carrillo Alday M.Sp.S. Censor 12 de Dezembro de 1999 Imprimatur Pbro. Lic. Guillermo Moreno Bravo 13 de Janeiro de 2000 Mxico D.F. Mxico ISBN03-2003-021411260300-01 Desenho Hctor Narro Traduo Vilma Marli Stanislavski da Silva Reviso Wagner Luiz Ribeiro dos Santos Cristhiane Maurcio Cornlio Atualizao: agosto de 2007 E - mail: [email protected] Pagina WEB: www.escoladeevangelizacao.com.br24. Jesus nos Quatro EvangelhosI Etapa 3. CONTEDOI.VISO PANORMICA DO CURSO 1. Objetivo 2. Enfoque 3. Metodologia 4. Sntese Conceitual e Mapa PanormicoII.TEMRIO DO CURSO Apresentao: Quatro amigos do paraltico 1. Marcos 2. Mateus 3. Lucas 4. Joo Concluso: Toma o teu leitoIII.RESUMO LOGSTICO DO CURSO 1. Calendrio 2. 3.I EtapaMaterial Anexos4. Jesus nos Quatro Evangelhos3 4. 44. Jesus nos Quatro EvangelhosI Etapa 5. I. VISO PANORMICA DO CURSO 1. O B J E T I V O Conhecer Jesus, o que consiste em ter a vida eterna. A vida eterna esta, que eles te conheam a ti, o nico Deus verdadeiro, e aquele que enviaste, Jesus Cristo: Jo 17, 3. Experimentar Jesus em diferentes facetas, para am-lo, segui-lo e proclam-lo.2. E N F O Q U E No um estudo bblico dos evangelhos, mas um encontro com Jesus em cada um deles.3. M E T O D O L O G I A O crach elaborado em forma de uma maca, com o perfil de uma pessoa. Dentro dessa maca, coloca-se o nome do participante. Cada tema dos trs sinticos tem quatro partes: O evangelista: sua vida e sua personalidade. Seu escrito: trs caractersticas, objetivo e destinatrios.Sua viso particular de Jesus.Anlise de uma passagem do evangelho que resume sua mensagem.Joo tem um esquema original. Ainda que o pregador identifique-se mais com um dos evangelhos, no momento de apresentar cada um deles, deve faz-lo como se fosse o seu preferido. Os textos bblicos foram retirados da Bblia de Jerusalm em lngua portuguesa. Quando se recorre a uma traduo mais acorde com o texto original grego, a citao indicada com TG. O objetivo no somente falar do Evangelho e sim deixar que o Evangelho nos fale. Isso o fazemos lendo, proclamando e nos confrontando com ele. Ter um contato direto com o escrito, para que no se torne um estudo frio, sem experincia. Os textos bblicos que devem ser lidos durante o tema esto sublinhados. Apresenta-se o Mapa Panormico em preto e branco. No final de cada evangelista, pede-se a uma comunidade que o pinte com uma cor diferente. Pode-se acrescentar algum elemento ao Mapa Panormico. Vnculos Pedaggicos: Os quatro amigos do paraltico. I EtapaOs culos de diferentes cores.4. Jesus nos Quatro Evangelhos5 6. 4. S N T E S E C O N C E I T U A L E M A P A P A N O R M I C O A. INTRODUO Os quatro evangelistas so como os quatro amigos do paraltico de Mc 2, 1-12; eles nos conduziro a Jesus. Cada evangelista nos emprestar seus culos para vermos Jesus como ele o via. B. CONTEDO a. b. c. d.Marcos nos explana Jesus como a Boa Notcia, que realiza 18 milagres e, ao morrer na cruz, reconhecido como o Filho de Deus. Mateus, por sua parte, manifestar para ns um Jesus Mestre, que cumpre as profecias do Antigo Testamento e proclama o Reino dos Cus com cinco discursos. Lucas nos oferecer uma viso de Jesus misericordioso. Salvador universal, que anuncia a Boa Nova aos pobres e aos pecadores. O evangelista Joo, mais que nos apresentar Jesus, deixa que o prprio Jesus se apresente para ns, proclamando sete vezes Eu Sou. Com sete sinais revela a sua misso neste mundo.C. CONCLUSO Assim como o paraltico curado por Jesus tomou a sua maca para ir buscar outro paraltico e lev-lo a Jesus, tambm ns temos de buscar outros que necessitem de Jesus. Contudo, sozinhos no podemos carregar o leito com o enfermo, preciso faz-lo em comunidade.6Acompanha-se com a explorao do Mapa Panormico da seguinte pgina.4. Jesus nos Quatro EvangelhosI Etapa 7. JESUS NOS QUATRO EVANGELHOSOS QUATRO EVANGELISTASI Etapa4. Jesus nos Quatro Evangelhos7 8. CONDUZEM-NOS A JESUS84. Jesus nos Quatro EvangelhosI Etapa 9. I Etapa4. Jesus nos Quatro Evangelhos9 10. II. TEMRIO DO CURSO APRESENTAO a. Analogia ou parbola Vamos contemplar o que aconteceu h dois mil anos. A passagem daqueles que levaram o paraltico at Jesus representa o que os quatro evangelistas faro com cada um de ns.Leitura pessoal de Mc 2, 1-12, em voz alta. RECURSO DIDTICO: Q u a t r o a m i g o s?Procedimento: Representao sem palavras. Quatro pessoas entram na sala de ensino carregando um leito com um paraltico e o colocam aos ps de Jesus. Cada um dos quatro leva um culos com lentes de cores diferentes. As lentes dos culos de Joo so transparentes. Jesus perdoa os pecados do paraltico, cura-o e o envia. Comentrio personificado. O pregador convida os protagonistas a que expliquem a cena. Cada personagem narra de maneira coloquial, acentuando o que compete a sua pessoa: O paraltico narra sua experincia, destacando que no podia mover-se para se encontrar com Jesus e ser curado, mas o conseguiu graas a seus quatro amigos. Jesus narra o acontecimento daquele dia, insistindo na f dos quatro carregadores. Os quatro amigos contam o mesmo, enfatizando o seu papel na cura do amigo. Todos permanecem na sala at o final da apresentao. Desafio Se voc fosse o paraltico ou um de seus quatro amigos, qual seria seu sentimento nesse momento? Alguns participantes partilham.Neste curso, Marcos, Mateus, Lucas e Joo nos transportaro at Jesus, para termos uma experincia similar. Introduziro cada um de ns pelo teto para nos encontrarmos pessoalmente com Jesus. Nossos pecados sero perdoados e nossa paralisia que nos impede caminhar, sentir e servir, ser curada.ApresentaoI.4. Jesus nos Quatro Evangelhos10 11. RECURSO DIDTICO: C r a c h = m a c a Objetivo: Identificar os melhores amigos que o conduzem a Jesus. Procedimento: Escrever nas esquinas do crach o nome dos amigos que o conduzem a Jesus.Insiste-se em que os participantes no faam a dinmica de maneira fictcia, mas s se realmente tiverem amigos que o conduzam at Jesus. Caso contrrio melhor reconhecer que no tm. Ensinamento: Todos necessitam de todos. b. Apresentao e localizao do curso dentro do Programa de Formao O Programa de Formao da Escola de Evangelizao Santo Andr forma novos evangelizadores. Para um evangelizador indispensvel conhecer Jesus, que , ao mesmo tempo, o maior evangelizador e o prprio Evangelho: Magistrio da IgrejaO centro da evangelizao o anncio do Nome, a doutrina, a vida, as promessas, o Reino e o mistrio de Jesus de Nazar, Filho de Deus. Evangelii Nuntiandi 22.Veremos Jesus de diversos ngulos. o mesmo Jesus, mas visto a partir de Marcos, Mateus, Lucas e Joo. c. Motivao com Objetivo do Curso e Desafio Conceitual?Pergunta Voc ganhou um prmio de uma viagem gratuita para qualquer lugar do mundo, com direito a levar um acompanhante. Aonde e com quem voc iria?Os que vieram a este curso ganharam um grande prmio: aqui vamos empreender uma excurso para a vida eterna, a qual consiste precisamente em conhecer Jesus e o nico Deus verdadeiro. A vida eterna esta: Que eles te conheam a ti, o nico Deus verdadeiro, e aquele que enviaste, Jesus Cristo. Jo 17, 3. Teremos contato direto com Jesus, que a Palavra de Deus, nas asas do Esprito Santo. Algo inesperado vai acontecer, porque teremos a oportunidade de experimentar o que sucedeu com Zaqueu, com a samaritana, Bartimeu e Tom. Prepare-se para um encontro real e inesquecvel com Jesus em sua Palavra. d. Justificao do ttulo do curso e Contedo (Ver: 4. Sntese Conceitual, pgina 6) Este curso se chama Jesus nos quatro Evangelhos, porque veremos Jesus na tica de cada um dos quatro evangelistas; ou melhor, com a marca da experincia de cada um deles. Pediremos emprestados os culos de cada evangelista para ver como eles viam. Assim sendo, teremos uma viso mais completa de Jesus.ApresentaoI.4. Jesus nos Quatro Evangelhos11 12. DINMICA: M e l h o r a m i g oC Objetivo: Perceber o nvel cultural e o interesse dos participantes. Motivao: O paraltico tinha quatro amigos, porm no sabemos o nome de nenhum deles. Ns, sim, sabemos o nome de nossos amigos: Marcos, Mateus, Lucas e Joo. Qual deles seu melhor amigo e por qu? Procedimento: Cada participante identifica qual dos quatro evangelhos seu preferido. 1 Umas 20 pessoas compartilham, indicando o seu preferido e o porqu. 2 Soma-se quantos participantes selecionaram cada evangelista. Aplicao: Neste curso, ou voc vai confirmar porque escolheu tal evangelista, ou vai mudar de opinio ao conhecer os outros. (O pregador no diz qual seu evangelho preferido, para no induzir preferncias).Marcos nos mostrar Jesus Boa Notcia, com grande poder para atuar (usam-se culos com lentes de cor A). Mateus nos apresentar Jesus Mestre com uma palavra sem igual (usam-se culos com lentes de cor B). Lucas nos oferecer um Jesus misericordioso, Salvador universal (usam-se culos com lentes de cor C). Joo tem uma grande surpresa para todos ns (usam-se culos com lentes transparentes).Os evangelhos no so fotografias de Jesus, mas pinturas que esto filtradas pela personalidade do autor, objetivo do escrito e os destinatrios do evangelho. No evangelho de Joo, talvez mais que uma pintura, seja uma radiografia. e. Trs etapas da Revelao e Desafios Conceituais A transmisso da Boa Notcia percorreu trs etapas, que convm sempre ter presente: 1 etapa: Jesus pregador anuncia com palavras e obras o Evangelho do Reino. Desafio ConceitualSe Jesus sabia escrever (Jo 8, 6), por que no escreveu um evangelho, uma pgina ou uma carta para ns? Vamos encontrar a resposta ao longo deste curso.2 etapa: Jesus ordenou a seus discpulos anunciar a Boa Notcia do Reino at os confins da terra, proclamando-o como Salvador e Senhor. Jesus pregador transforma-se em Jesus pregado. Tradio oral por testemunhas autorizadas. Desafio ConceitualJesus ordenou aos seus apstolos e discpulos: Ide e pregai; no lhes disse Ide e escrevei. Por que, ento, eles escreveram? Cada um ir encontrar uma razo e justificativa ao terminar este curso.3 etapa: consigna-se por escrito a pregao das testemunhas, editando-se e adaptando-se de acordo com a realidade das comunidades. Tradio escrita.12I.4. Jesus nos Quatro EvangelhosApresentao 13. Exemplo:A transmisso da Boa Nova como a gua que passa por trs fases: 1 fase: chuva que cai do cu (pregao de Jesus). 2 fase: leito do rio (pregao dos Apstolos). 3 fase: congela-se e se pode segurar nas mos (Sagradas Escrituras).Magistrio da IgrejaOs quatro evangelhos comunicam fielmente o que Jesus, Filho de Deus, fez e ensinou para a salvao. Dei Verbum 19.f. Resumo e Aplicao Vamos transpassar as fronteiras da vida eterna com o passaporte da Bblia. A vida eterna esta: Que eles te conheam a ti, nico Deus verdadeiro, e aquele que enviaste, Jesus Cristo: Jo 17, 3. ATIVIDADE TERMMETRO: I n c i o d o e v a n g e l h oObjetivo: Perceber o nvel de conhecimentos dos participantes. Motivao: O incio de todo escrito a chave para entend-lo. Cada evangelista comea de uma maneira particular e diferente o seu relato. A primeira frase de cada evangelista um resumo de seu evangelho. O que eles escreveram? Procedimento: Trabalho pessoal.Sem ver a Bblia, cada participante escreve o texto do primeiro versculo de cada um dos quatro evangelhos em quatro post it diferentes.ANEXO A: desenho dos quatro evangelistas Os post it so colados nas cartolinas que contm o desenho de cada evangelista. g. Fechamento motivador e orao para pedir o Esprito Santo Vamos, pois, comear este vo rumo vida eterna. Cada participante abre sua Bblia no evangelho preferido e o pregador dirige uma orao para que o Esprito Santo lhes revele quem Jesus, no decorrer deste curso. ANEXO 2: sntese do curso O pregador explica o que o participante deve preencher ao terminar cada evangelista.ApresentaoI.4. Jesus nos Quatro Evangelhos13 14. 1 1.MARCOSOBJETIVO Perceber o perfil particular do Jesus de Marcos.2.IDIA-CHAVE Marcos nos apresenta de maneira viva, atrativa e pitoresca a humanidade e divindade de Jesus, como Messias, para nos enamorarmos dele.3.METODOLOGIAa. Didtica e Pedagogia Usam-se culos com lentes de cor A. No s falar do evangelho, mas deixar o Evangelho falar. No se trata de um mero estudo bblico. uma viso panormica de Jesus. Portanto, insistese mais em Jesus que na estrutura do escrito. b. Tempo Trs sesses de 60 minutos.4.DESENVOLVIMENTO DO TEMAA. INTRODUO a. EvocaoEscreva os nomes dos trs personagens mais importantes que voc conhece na Igreja.O pregador enfatiza a ausncia ou presena de pobres na lista. b. Apresentao e localizao do tema O primeiro amigo que nos conduz a Jesus chama-se Joo Marcos, ainda que muitos somente o conheam por Marcos. Comeamos com ele por ser o evangelho mais antigo. Este tema tem quatro partes: Primeiro veremos a vida do evangelista, pois sua personalidade ficou estampada no escrito. 14Depois analisaremos as trs principais caractersticas do escrito.I.4. Jesus nos Quatro Evangelhos1. Marcos 15. Na parte central contemplaremos Jesus com os culos de Marcos.Finalmente entraremos numa passagem que resume o evangelho de Marcos.c. Objetivo do tema e motivao Este tema far com que fiquemos enamorados deste Jesus contrastante que Marcos nos apresenta; sua personalidade e seu carter; sua fora e senso de humor; sua humanidade e sua divindade. Aqueles que, no princpio, escolheram Marcos como seu melhor amigo e como seu evangelho preferido, vo se dar conta de que tinham razo. Inclusive, muito provvel que outros que no elegeram Marcos, mudem de opinio com este tema. B. CORPO DO ENSINAMENTO1. EVANGELISTA MARCOS a. Sempre esteve junto com os grandes da Igreja primitiva Quanto mais conhecermos o evangelista Marcos, melhor conheceremos Jesus, porque o evangelista como um espelho, onde podemos contemplar a pessoa de Jesus. Primo de Barnab (Col 4, 10), o homem das relaes internacionais da Igreja primitiva (At 4, 36; 9, 27). Secretrio de Pedro, centro da comunho dos Apstolos (Ppias). To prximo do chefe da Igreja que este lhe chamava meu filho (1Pe 5, 13). Companheiro de Paulo, o apstolo dos gentios. No final, visita-o no crcere (2Tm 4, 11). Colega de Lucas, Timteo, Tito e outros grandes pilares da Igreja (Col 4, 14).Sempre esteve entre os grandes e, em contato com as fragilidades das colunas da Igreja, entendeu que o nico grande Jesus. ?Desafio As mais ilustres personalidades da Igreja tm mostrado para voc que o nico importante Jesus? De que maneira? Voc est mostrando para os outros que o nico grande Jesus?b. Filho de Maria de Jerusalm Sua casa, que deveria ser ampla, foi o centro da reunio da comunidade primitiva. Sua me chamava-se Maria (At 12, 12). Tinha uma criada chamada Rode (At 12, 12-13). Estava acostumado com a vida cmoda e no estava preparado para enfrentar dificuldades. c. Dupla desero Muitos o identificam com o jovem que segue Jesus no Getsmani e, deixando o lenol, foge nu (14, 51-52). Integra o primeiro grupo missionrio com Barnab e Paulo (At 13, 13), mas desiste na Panflia (At 15, 38-39). No entanto, continua com sua nsia de evangelizar.d. Sntese e evocao analogia1. MarcosI.4. Jesus nos Quatro Evangelhos15 16. Marcos de uma personalidade fascinante que, apesar de suas deseres no Getsmani e na Panflia, continua evangelizando. Nem suas prprias debilidades o detinham. Nem suas deseres o impediram de evangelizar. 16I.4. Jesus nos Quatro Evangelhos1. Marcos 17. Assinatura: jovem que foge nu.Fotografia: Bartimeu, que exclama Rabunn, meu querido mestre.Smbolo: leo, forte e agressivo.2. EVANGELHO DE MARCOS a. Trs caractersticas do evangelho de Marcos Marcos tem a imaginao e a criatividade para iniciar um novo gnero literrio: o evangelho. 1 Caracterstica: o evangelho mais antigo. Escrito por volta do ano 64. o evangelho que est mais prximo dos acontecimentos, quando a lembrana est ainda fresca na memria do evangelista. Quase podemos ver e tocar Jesus. No narra os acontecimentos no tempo passado (foi, fez, disse), mas no presente histrico (vai, diz, chega), dando a idia de que o evangelho atual (11, 15; 12, 13.18; 13, 1; 14, 17. 32.43). Tem a lembrana to viva na memria que usa sete palavras em aramaico, as quais nos transportam para aquela cultura. ATIVIDADE DOS PARTICIPANTES: A r a m a i c o@Procedimento: Pede-se aos participantes que recordem e escrevam sete palavras em aramaico.Trabalho pessoal e, se no encontrar sete palavras diferentes, completa a lista com aqueles que o tenham achado.Boanerges (3, 17), Taltha kum (5, 41), Corban (7, 11), Effatha (7, 34), Rabbun (10, 51), Abb (14, 36), Elo, Elo (15, 34). 2 Caracterstica: evangelho que Pedro pregava. Pedro o grande amigo de Jesus. Pedro deixou uma profunda marca em Marcos, seu secretrio e, sem dvida, acompanhava-o em suas viagens missionrias. O carter do rude pescador da Galilia se reflete em todo este escrito. Exagerado (como Simo Pedro): o o o o Levavam todos os enfermos e a cidade inteira aglomerava-se porta (1, 32-33). Pedro lhe adverte: Todos te procuram (1, 36-37), e depois todos iam at ele (2, 13). Grande multido, multido imensa (3, 7-8). No lhes sobrava tempo nem para se alimentarem (3, 20). Atrs desta frase est Pedro.Descritivo e detalhista: o Grama verde (6, 39), grandes ramos da rvore de mostarda (4, 32) e pedra muito grande do tmulo (16, 4). o Jesus pregava beira-mar (5, 21); ao cair da tarde (4, 35). o A manada de 2.000 porcos se arrojou no mar (5, 13). Mateus e Lucas no especificam quantidade. o Jesus sofre pavor e angstia no Getsmani (14, 33). No evangelho de Mateus tristeza e angstia.1. MarcosI.4. Jesus nos Quatro Evangelhos17 18. Especifica e esclarece: casa de Pedro e de Andr (1, 29), fariseus e herodianos (3, 6), tua me, teus irmos e tuas irms (3, 32); detalhes que no encontramos em outros sinticos. Pedro se sobressai de maneira particular: interessa mais para Marcos a pessoa que a misso de Pedro. o Casa e barco de Pedro (1, 29; 2, 1). o Pedro o porta-voz da comunidade apostlica (8, 29). oO primado de Pedro em Mateus grandioso e solene, porm Marcos nem o relata. Por qu? Porque Pedro no falava muito de si prprio. No se presumia nem se ostentava. Somente os que sofrem complexo de autoridade tratam de se impor aos demais. Pedro no precisava fazer isso. Sua autoridade moral era to reconhecida que no havia necessidade de justific-la. 3 Caracterstica: evangelho querigmtico. Anncio da Boa Notcia. Resume a pregao de Jesus em quatro pontos: Jesus veio para a Galilia proclamando o evangelho de Deus. Cumpriu-se o tempo. O Reino de Deus est prximo. Arrependei-vos. Crede no evangelho: 1, 14-15. Sacrifica a cronologia histrica, em funo da proclamao querigmtica. Para Marcos, no interessa nem a gramtica nem a geografia, porque s lhe importa Jesus como Boa Notcia. Tudo o mais passa para um segundo plano. Erros gramaticais na concordncia de verbos: chama os que queria (3, 13 TG). Redao pobre (repete 678 a letra e. Ver 5, 4-5). No respeita a geografia (7, 31): Jesus d uma grande volta, em vez de tomar um caminho mais curto. Jesus o nico centro de interesse. Marcos est to fascinado por Jesus que no admite nenhum outro resplendor junto a Ele. o No fala da Virgem Maria. o Joo Batista que continuava levantando suspeitas se era ou no o Messias, morre na metade do ministrio de Jesus. Isto para no deixar nenhuma dvida de que Jesus o nico Messias (6, 17). o A famlia de Jesus no o entende e o considera louco (3, 21). o Tiago e Joo fazem o ridculo, querendo sentar um direita e o outro esquerda do trono (10, 37). o Pedro o nega trs vezes (14, 67-71).No firmamento do evangelho de Marcos, no h lua, estrelas nem constelaes. H apenas um sol que tudo ilumina. b. Objetivo do evangelho de Marcos: enamorar-nos de Jesus Marcos, como Pedro, estava fascinado por Jesus e tratava de que todos se enamorassem dele, para que cressem e o proclamassem como Filho de Deus.? 18Desafio possvel fazer que os outros se enamorem de Jesus, se voc no est enamorado dele?I.4. Jesus nos Quatro Evangelhos1. Marcos 19. c. Marcos um vdeo Para Marcos mais importante o que Jesus faz do que o que Ele diz. Recurso Didtico: fita de vdeo. para ser visto a cores, mais do que para ser escutado e ns podemos ver o que escutamos (4, 24 TG). Jesus v o rudo (5, 36-38TG). No especifica o contedo da pregao de Jesus (1, 21.27; 2, 13; 4, 1), mas os resultados (1, 22). Alm disso, reporta que Jesus pregava longamente: Comeou a ensinar-lhes muitas coisas: 6, 34. Para Marcos, no interessa tanto o que Jesus diz (como para Mateus), mas o que Jesus faz. d. Destinatrios Evangelho destinado aos cristos vindos do paganismo. Para isso, explica costumes dos judeus para seus leitores estrangeiros (7, 3-4). o primeiro manual do missionrio; Marcos oferece uma fascinante apresentao da pessoa e misso de Jesus para fomentar a nossa f e nos enamorarmos dele. e. Sntese do escrito Marcos criativo e inicia um novo gnero literrio: o evangelho. Marcos foi o primeiro a consignar por escrito a vida e o ministrio de Jesus, d maior nfase no que Jesus faz do naquilo que Ele diz. Muitos quiseram encontrar uma ordem ou um esquema no evangelho de Marcos. Porm, isso impossvel, porque Marcos s est fascinado com a pessoa de Jesus Cristo, o Filho de Deus. O escrito de Marcos o mais breve de todos os evangelhos (s tem 16 captulos), porque como os perfumes finos, que so guardados em frascos pequenos. RECURSO DIDTICO: P e r f u m eProcedimento: Passar o frasco de perfume para que os participantes possam cheirar (dois frascos pequenos). Quem o entrega diz para quem o recebe: o evangelho de Marcos um perfume fino que se guarda em um frasco pequeno. Ensinamento: Como um frasco pequeno contm um perfume fino, o evangelho de Marcos, apesar de ser pequeno, contm o melhor, Jesus. O evangelho de Marcos mostra que o nico grande Jesus. ATIVIDADE DOS PARTICIPANTES: C o n t a t o d i r e t o1. MarcosI.4. Jesus nos Quatro Evangelhos19 20. @Objetivo: Ter contato pessoal e comunitrio com o evangelho de Marcos. Motivao: Vamos ter um contato direto com o evangelho. J falamos do evangelho de Marcos, agora deixemos que o Evangelho fale por si prprio. Procedimento: Comunidade A: ler em voz alta 5 passagens prprias do evangelho de Marcos, imaginando a cena descrita por ele. Fazer a modulao da voz de acordo com a passagem narrada. - Os parentes procuram Jesus: 3, 20-21. - Semente que germina por si s: 4, 26-29. - Siro-fencia: 7, 24-30. - Surdo-mudo: 7, 31-37. - Cego em Betsaida: 8, 22-26. - Envio com poder: 16, 14-20. Comunidade B: comparar e tirar as diferenas entre Marcos e Mateus nas seguintes passagens: Paixo no Getsmani (Mt 26, 36-56; Mc 14, 32-52), negaes de Pedro (Mt 26, 69-75; Mc 14, 66-72) e morte de Jesus (Mt 27, 31-54; Mc 15, 21-39). Comunidade C: encontrar 7 exageros de Marcos e apresent-los em uma cartolina. Comunidade D: encontrar 10 traos humanos de Jesus no evangelho de Marcos e apresent-los em uma cartolina. Comunidade E: encontrar na passagem de Bartimeu (10, 46-52) os diferentes elementos que enumeramos: presente histrico, aramaicos, pregao de Pedro, exageros, detalhes, etc.3. JESUS DE MARCOS DINMICA: Q u i n t o e v a n g e l h o20I.4. Jesus nos Quatro Evangelhos1. Marcos 21. CObjetivo: Induzir os participantes a se identificarem com os evangelistas. Motivao: J vimos como Marcos, Mateus, Lucas e Joo comearam seu evangelho com uma frase que resume a mensagem que querem transmitir. Vamos imaginar que corresponde a ns escrever o quinto evangelho. Como comearamos o primeiro versculo? Procedimento: Trabalho pessoal:Cada participante escreve num post it o primeiro versculo do seu evangelho: Evangelho segundo so (nome prprio): ...Partilha-se. Todos os post it so colocados em uma cartolina que contm o desenho da silhueta de Jesus. Aplicao: De fato, j estamos escrevendo o quinto evangelho com nossa vida. Vamos pedir que Marcos nos empreste seus culos para vermos Jesus da forma to fascinante como ele e Pedro o enxergavam.1. MarcosI.4. Jesus nos Quatro Evangelhos21 22. Recurso Didtico: o pregador coloca por alguns minutos os culos com lentes de cor A, para personificar a viso de Marcos sobre Jesus.A pergunta fundamental e permanente do evangelho de Marcos : quem Jesus? (1, 27; 2, 6-7; 4, 41; 6, 2-3; 8, 27; 11, 28). Mesmo que esta resposta estenda-se ao longo de todo o Evangelho, encontramos a chave encapsulada no primeiro versculo deste escrito: Princpio da boa nova (Yesha) de Jesus Cristo, Filho de Deus: Mc 1, 1. J nesta frase descobrimos as quatro caractersticas do perfil de Jesus no evangelho de Marcos: Jesus Boa Notcia. Jesus Yesha. Jesus o Messias. Jesus o Filho de Deus. a. Evangelho de Jesus: Jesus Boa Notcia A Boa Notcia no algo, algum: Jesus a Boa Nova. Quando falamos bolsa de Maria ou bolsa de couro, h uma diferena enorme. Na primeira, a bolsa pertence a Maria; mas, na segunda, mostra o prprio ser da bolsa: o couro bolsa e a bolsa couro.Recurso Didtico: usa-se uma bolsa de couro.Quando se refere Boa Notcia de Jesus, no est mostrando a quem o evangelho pertence, mas sua constituio essencial: o Evangelho, a Boa Notcia o prprio Jesus. Tanto sua pessoa, quanto seu estilo e sua atuao so Boa Nova de Deus para a humanidade. 18 milagres e curas Uma das formas preferidas de como Marcos manifesta que Jesus a Boa Notcia, faz-se mediante seus prodgios e cura dos doentes. O evangelista teceu seu evangelho com 18 milagres de Jesus. Sem estes sinais de poder, seu escrito seria reduzido a uma nica pgina. Os milagres, mais que provas da veracidade da doutrina, so diversas maneiras de se experimentar a salvao de Deus. Marcos contm pouca doutrina. Inclusive, escreve pouqussimas pregaes de Jesus. Alm das curas pessoais, So Marcos relata-nos tambm curas grupais: 1, 32; 3, 10; 6, 5; 6, 56. Para Marcos, as coisas que Jesus realizou so muito mais importantes do que as palavras ou discursos que Ele pronunciou. Jesus continuamente realiza curas, milagres e prodgios. S h trs excees: No realiza o sinal no cu quando os fariseus lhe pedem (8, 11-13). No cura a orelha de Malco no Getsmani. Para Pedro, que foi o verdugo, essa cura no lhe interessa. Deixa-o sem orelha para sempre (14, 47). No desce da cruz, porque no procura admirao (15, 30). Os milagres no so para provar a doutrina, mas manifestaes palpveis da salvao e do messianismo de Jesus. Cada cura ou milagre mostra uma cor diferente do arco-ris da Boa Notcia para o homem de hoje. Alm das curas, existem outras duas manifestaes de Jesus como Boa Notcia:22I.4. Jesus nos Quatro Evangelhos1. Marcos 23. Perdoa os pecados (2, 5). Jesus perdoa o paraltico de maneira incondicional e gratuita sem que este o solicitasse ou demonstrasse algum arrependimento,. Vence Satans. Marcos narra quatro libertaes: 1, 21ss; 5, 1ss; 7, 25ss; 9, 14ss. Sua vitria sobre Satans o sinal fundamental de que o Reino chegou.?Dentre os 18 milagres de Marcos, qual voc acha o mais e o menos importante? Por qu? Alguns participantes partilham.ANEXO 6: 18 milagres de Jesus no evangelho de Marcos Sugerimos no cancelar os assinalados com um asterisco * no anexo. Explicam-se alguns dos 18 milagres e aplica-se aos participantes, pedindo que Deus realize aqui e agora o que Ele fez na Galilia e em Jerusalm h dois mil anos. Sntese Jesus, com sua vida e suas obras, a Boa Notcia de Deus para o homem. b. Jesus Yesha, a salvao de Deus A Boa Notcia identifica-se com um perfil e um nome: Jesus, Yesha tem duplo significado: Yesha significa Salvao de Deus. Todo o evangelho vai manifestar Deus salvando de muitas maneiras por meio de Jesus. Talvez a forma mais constante de manifestar a salvao seja atravs de milagres e curas. Por outro lado, ao cham-lo por seu nome, ressalta a sua humanidade. Ela se manifesta com aspectos normais da vida cotidiana. Sempre com seus discpulos Amigo de seus discpulos: est sempre com eles e forma um grupo indivisvel.Este homem no vive isolado, nem um eremita. Necessita dos seus. Antes de qualquer milagre ou pregao chama os seus quatro primeiros companheiros (1, 16ss) para que ficassem com ele (3, 14). Sem haver dependncia, h pertena e solidariedade com os seus. Forma uma comunidade indivisvel com os seus (1, 21.29.31; 2, 15.23; 3, 7, etc.). Se Mateus destaca Jesus do grupo, Marcos sempre o integra, formando um grupo compacto (1, 21.31; 5, 1; 6, 53; 8, 22; 9, 9.30.33; 10, 32.46; 11, 15.27; 14, 22.32). Exemplos: Segundo Mt 8, 15, a sogra de Pedro servia Jesus, mas em Mc 1, 31 ela servia a todos. No relato do Getsmani, Mateus ressalta a pessoa de Jesus sobre o grupo dos apstolos (Mt 26, 36), ao passo que, em Marcos, vo todos juntos (14, 32). Defende seus discpulos dos ataques de escribas e fariseus (2, 23ss), mas tambm defende as crianas dos discpulos (10, 13-14). Yesha viveu nossas mesmas situaes de vida. Sentimentos fortes: o Fica irritado e expulsa os vendedores do templo (11, 15ss). o Fica triste no Getsmani (14, 34). o Olha com indignao para os seus inimigos (3, 5). o Sente compaixo pelos enfermos (3, 5; 8, 2; 10, 47-48). o Abraa as crianas (9, 36). o Ama o jovem rico (10, 21). 1. MarcosI.4. Jesus nos Quatro Evangelhos23 24. o Sente pavor e angstia no Getsmani (14, 33) e grita dramaticamente na cruz (15, 34).Traos humanos: o O olhar de Jesus (8, 33; 10, 21; 12, 41). Olha ao redor para observar tudo (3, 34; 5, 32; 10, 23). o Est sempre com pressa (40 vezes). Apenas chega a Jeric, j est saindo. Portanto, urge aproveitar a oportunidade, como Bartimeu o fez. o Canta os salmos na ltima ceia (14, 26). o Dorme no barco sacudido pela tormenta (4, 38). o Come (2, 15). o Caminha (2, 23; 9, 30). o Vai a Jeric por um itinerrio ilgico e no faz nada; s cura Bartimeu ao sair da cidade (10, 46ss). Senso de humor (caracterstica de boa sade mental): o Pergunta ao cego Bartimeu: Que queres que eu te faa? (10, 51). o Ao surdo-mudo curado que, pela primeira vez na vida podia comunicar-se, probe-lhe falar (7, 36). o O cego de Betsaida v quando Jesus coloca as mos sobre seus olhos (8, 25). o Cansado, dorme em uma tarde de tempestade (4, 38). o Responde a uma figueira que no lhe havia perguntado nada (11, 14TG). o V o rudo (5, 38 TG). o Ganha todas as discusses menos contra uma mulher, a siro-fencia (7, 26ss). o Tiago e Joo querem sentar-se direita e esquerda de seu trono. Mas, se Jesus est sentado direita do Pai, um dos dois pretende ocupar o trono do Pai! (10, 37). o As mulheres que esto to tristes com a morte de Jesus vo fazer compras (16, 1).Se Jesus Yesha a salvao de Deus ento este mesmo Jesus tambm como ns, vive toda a diversidade da realidade humana. Cem por cento humano e prximo de ns. Magistrio da IgrejaCristo tambm nos revela o autntico rosto do homem. Novo Millennio Ineunte 23.c. Jesus o Filho de Deus Marcos apresenta Jesus de maneira to humana e, para no causar maus entendidos, deve especificar trs vezes que , ao mesmo tempo, Filho de Deus. Desde o princpio, para que no exista nenhuma confuso, apresenta-o como Filho de Deus (1, 1). No corao do Evangelho, do cimo do Tabor, Deus mesmo o declara seu Filho e seu Filho amado (9, 7). No final (15, 39), o centurio romano o confessa diante dos que provocaram e presenciaram sua ignominiosa morte. Todo o Evangelho ser para manifest-lo Filho de Deus: Reconhecido pelo prprio Deus como seu Filho (1, 11; 9, 7). 24Os demnios tambm o declaram como Filho de Deus (1, 23-24; 3, 11; 5, 6-8).I.4. Jesus nos Quatro Evangelhos1. Marcos 25. Jesus mesmo confessa a si prprio como Filho de Deus diante do Sumo Sacerdote (14, 61-62).d. Jesus o Messias sofredor e o Filho do Homem (Segredo Messinico) A grande tese com que comea e termina o evangelho de Marcos mostrar (no provar) que Jesus o Messias prometido. Inicia seu ministrio de forma deslumbrante e avassaladora, mas, pouco a pouco, o entusiasmo das multides esfria porque o perfil de Jesus no corresponde s expectativas blicas e dominantes dos judeus. Israel esperava um Messias poderoso e guerreiro vitorioso, que os libertasse da opresso romana com sinais do poder humano (Bblia de Jerusalm). Jesus, para no criar confuso, mantm seu segredo messinico: Adota um ttulo mais simples: Filho do Homem (2, 10.28; 8, 31.38; 9, 9.12.31; 10, 33.45; 13, 26; 14, 21.41.62). Probe publicar seus milagres (7, 36) e divulgar sua identidade (8, 30). Mantm o segredo messinico para no fomentar falsas expectativas. Este Messias sempre tem problemas com todo mundo e chega a seu cume na cruz: Problemas com os escribas (2, 6), fariseus (2, 16), herodianos (3, 6) e at com sua prpria famlia (3, 21). Freqentemente, ele mesmo provoca os problemas: cura em dia de sbado (1, 21) e, para desafiar os seus inimigos, no lava as mos (7, 2). Pavor e angstia no Getsmani (14, 33). Jesus o Messias, mas um Messias crucificado, que grita Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste? (15, 34). No desce da cruz (15, 29-30), porque quer amigos, no subordinados. Busca amor, no admirao.e. Drama de Marcos: vive o abandono dos seus e at de seu Pai Se em Mateus o drama o povo de Israel que rejeita seu Messias, em Marcos so os mais prximos, que falham: Sua famlia o considera louco (3, 21). os seus,Seus amigos no o entendem (8, 14-21) e dormem no Getsmani (14, 37).Seu amigo Pedro o nega e at o maldiz (14, 66-71).Todos o abandonam (14, 50). Sente a ausncia de seus amigos na cruz. Sempre estavam juntos, menos na hora da prova suprema. No crem depois da ressurreio (16, 11-14).A Cruz O cume do evangelho de Marcos a morte de Jesus na cruz. Diz-se que Marcos o relato da cruz com uma grande introduo de 13 captulos. Se, no evangelho de Joo, Jesus subiu trs vezes a Jerusalm, em Marcos, ele sobe em uma nica ocasio. Seu itinerrio um caminhar para Jerusalm; ou melhor, para o Calvrio, onde morre dramaticamente (em Joo, Jesus morre vitorioso e Senhor). Em Marcos, Jesus s pronuncia uma palavra na cruz (coincide com Mateus). Trata-se de um grito angustiado, gravado na lngua original de Jesus: ANEXO 1: sete palavras de Jesus na cruz Elo, Elo, lem sabactan, Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?: 15, 34.1. MarcosI.4. Jesus nos Quatro Evangelhos25 26. Na cruz, Jesus vive o momento mais dramtico: os judeus j o haviam rejeitado, os seus o abandonaram e Pedro, seu amigo, o negou. Como se isso no fosse suficiente, experimenta o silncio de Deus. Deus no o defende da injustia. Sente o abandono de quem lhe havia declarado no Jordo: Tu s o meu Filho amado, em ti me comprazo: Mc 1, 11.?Desafio Voc j experimentou o silncio de Deus, que no responde quando voc mais necessita dele? O que ser mais difcil suportar: ataque injusto de um inimigo ou o silncio ou ausncia de seu melhor amigo?Triunfo O Jesus humilhado vence a morte: O crucificado h ressuscitado: 16, 6 TG. Esse Jesus cheio de pavor, ultrajado e despojado, que morre com um grito angustiado, abandonado por seu Pai e deixado por todos os seus; esse mesmo Jesus h ressuscitado. A verdade vence a mentira, a justia vence a injustia, o bem supera o mal. A vida venceu a morte. A incgnita da identidade messinica de Jesus esclareceu-se. O Messias prometido por Deus, anunciado pelos profetas e esperado por Israel, que morre na cruz, j ressuscitou. Venceu o pior inimigo: a morte. Portanto, tudo possvel. A salvao foi definitivamente instaurada. C. CONCLUSO a. Resumo Este primeiro evangelho foi escrito por um homem que estava fascinado pela pessoa de Jesus. O carter do autor, assim como a sombra de Pedro, esto refletidos em cada pgina e na coluna vertebral dos 18 milagres. O Jesus de Marcos spero, rude, forte e cheio de poder, como um leo da tribo de Jud. O escrito reflete a pregao de Pedro e apresenta-nos um Jesus com quatro caractersticas: Jesus Boa Notcia, Jesus Yesha, Jesus o Messias e Jesus Filho de Deus. O Jesus de Marcos contrastante: forte e sensvel; humano e divino. Esta diversidade torna-o fascinante, por isso, tanta gente se enamora do Jesus de Marcos. b. Fechamento: confisso de f do centurio romano Marcos culmina seu escrito de forma genial com a confisso de f do centurio romano que proclama publicamente a divindade de Jesus.26I.4. Jesus nos Quatro Evangelhos1. Marcos 27. DINMICA: C e n t u r i o d a c r u zCObjetivo: Confisso pessoal que Jesus crucificado o Filho de Deus. Motivao: O centurio romano diante da cruz representava cada um de ns quando professou a sua f no crucificado como o Filho de Deus. O pregador descreve o drama da morte de Jesus na cruz: grito angustiante. Morte dramtica. O centurio pago que nos representava fez sua confisso de f: Verdadeiramente este homem era Filho de Deus. Hoje ns no necessitamos de ser representados. Temos a oportunidade de proclamar que Jesus crucificado , verdadeiramente, o Filho de Deus. Vamos proclamar com a boca o que cremos no corao. Procedimento: Diante de um crucifixo grande, colocando a mo direita sobre uma Bblia, cada pessoa proclama Jesus como o Filho de Deus.4. PASSAGEM DO EVANGELHO: BARTIMEU (10, 46-52) A passagem de Bartimeu condensa de alguma forma o evangelho de Marcos, uma vez que nos apresenta o itinerrio de um discpulo, como deixar de ser um seguidor annimo de Jesus para se converter num verdadeiro discpulo dele: crer para ver, ver para seguir. O filho de Timeu era cego, mendigo e estava sentado beira do caminho. Vivia do que sobrava dos outros. Sem futuro, pois no tinha para onde ir. Quando Jesus passa diante dele, o cego grita do mais profundo de sua alma, pois no quer perder a ltima oportunidade que tem para mudar sua vida. Jesus parece indiferente, mas no fundo ele tinha uma estratgia: deveria crer em Bartimeu, para que o mendigo acreditasse em si mesmo. Deveria fazer sair o melhor daquele cego: poder gritar, saltar e caminhar. Bartimeu deixa a capa junto palmeira, porque no quer que nenhum peso lhe impea de chegar rapidamente at Jesus. Ento Jesus lhe pergunta: Que queres? No que Jesus no saiba a resposta, mas porque quer que Bartimeu toque seu interior e expresse com seus lbios o que cr e sente em seu corao: Rabbun, responde o cego, quer dizer: Meu amado Mestre. Bartimeu expressa seu amor por Jesus naquele grito: Rabbun. 1. MarcosI.4. Jesus nos Quatro Evangelhos27 28. Rabbun no significa somente Mestre, mas meu amado, queridssimo Mestre. Bartimeu expressa publicamente seu amor afetivo por Jesus. Estava fascinado pelo Mestre da Galilia e no tem respeito humano para demonstrar seu afeto por ele. Seguia-o no caminho. Uma vez curado por Jesus e enamorado Dele, segue-o no caminho. Agora tem aonde ir e com quem percorrer o caminho. Sua vida tem um objetivo e uma motivao, discpulo de Jesus.ATIVIDADE DOS PARTICIPANTES: M a n i f e s t a r n o s s o a m o r p o r J e s u s@@28Objetivo: Manifestar nosso amor afetivo por Jesus. Motivao: O evangelho de Marcos serve para nos enamorarmos de Jesus. A expresso de Bartimeu demonstra que o cego estava enamorado de Jesus. Muitas vezes, nossa orao muito fria, doutrinal e teolgica, e esquecemos de expressar nossos sentimentos, nosso carinho e nosso afeto por Jesus. Hoje, como Bartimeu, temos a oportunidade de manifestar para Jesus nosso afeto, mais que nossas idias. Procedimento: Imaginar Jesus diante de cada um de ns; Jesus assina um cheque em branco como fez com Bartimeu: Que quer que eu faa por voc? Agora, cada um responde com uma frase cheia de ternura e afeto, manifestando seu amor perceptvel porque est fascinado por Jesus. Atividade dos Participantes: preencher a parte 1 do Anexo 2.I.4. Jesus nos Quatro Evangelhos1. Marcos 29. 1. MARCOS A. EVANGELISTA MARCOSDesertor. Sempre entre os grandes.1. MarcosI.4. Jesus nos Quatro Evangelhos29 30. B. EVANGELHO DE MARCOSEvangelho mais antigo. Evangelho querigmtico.Evangelho de Pedro.C. JESUS DE MARCOS30I.4. Jesus nos Quatro Evangelhos1. Marcos 31. JESUS TAUMATURGO E CRUCIFICADO A BOA NOTCIA1. MarcosI.4. Jesus nos Quatro Evangelhos31 32. 32I.4. Jesus nos Quatro Evangelhos1. Marcos 33. 2 1.MATEUSOBJETIVO Perceber o perfil particular do Jesus de Mateus.2.IDIA-CHAVE Se o evangelho de Marcos para crer, o evangelho de Mateus para aqueles que crem. Se Marcos querigmtico, Mateus catequtico e apresenta Jesus como Mestre, com o poder de suas palavras.3.METODOLOGIAa. Didtica e Pedagogia Usar culos com lentes de cor B. Devem ser feitas contnuas aluses e comparaes com Marcos, para que o novo conhecimento de Mateus seja edificado sobre os alicerces do que os participantes j tm. Preparar com antecipao uma vela que fumega, para xito do recurso didtico. b. Tempo Trs sesses de 60 minutos.4.DESENVOLVIMENTO DO TEMAA. INTRODUO a. Evocao Qual palavra, frase ou discurso de Jesus voc gostaria de ter escutado de seus prprios lbios? Por qu? Alguns participantes partilham. b. Apresentao e localizao do temaRecurso Didtico: pede-se com insistncia que todos desliguem seus celulares: Deus vai nos falar, mas no pelo celular.Vejamos o segundo amigo que nos conduz a Jesus: Mateus, conhecido como coletor de impostos.2. MateusI.4. Jesus nos Quatro Evangelhos33 34. Primeiro consideraremos a vida do evangelista, pois sua personalidade ficou estampada em seu escrito. Depois, analisaremos as trs caractersticas principais deste evangelho.Na parte central, contemplaremos Jesus com os culos de Mateus.Por ltimo, meditaremos uma passagem chave do evangelho de Mateus.c. Motivao: evangelho preferido pela Igreja durante muitos sculos Estamos diante do relato evanglico mais querido, lido e comentado pela Igreja durante muitos sculos. Por isso, aqueles que escolheram Mateus como seu melhor amigo tinham razo e, com a explicao seguinte, alguns que haviam escolhido outro evangelista talvez mudem de opinio. B. CORPO DO ENSINAMENTO1. EVANGELISTA MATEUS Quanto mais conhecermos o evangelista Mateus e a estrutura de seu escrito, melhor conheceremos Jesus, porque o evangelista deixou-nos impressa a sua experincia com Jesus. Felizmente, neste caso, temos dados essenciais para conhecer Mateus, tambm chamado de Levi. J no primeiro versculo deste evangelho podemos perceber a personalidade de Mateus: Livro da origem de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abrao: Mt 1, 1. uma pessoa que gosta de olhar para o passado: genealogia, promessas e textos do Antigo Testamento. Desafio ConceitualPor que Mateus gosta de olhar para o passado? Vamos descobrir em seu evangelho.a. Judeu versado nas Escrituras Mateus conhecia muito bem a Lei, os Escritos e os Profetas. Prottipo do escriba, ele escreve aos judeus, tambm chamado de Levi (Mt 9, 9; Mc 2, 14; Lc 5, 27). b. Coletor de impostos: contador, interessa-lhe os nmeros e seu significado Seu trabalho o tornava aliado e colaborador do invasor romano, inimigo de Israel. O ttulo publicano era sinnimo de pecador pblico. Para Mateus importante que todos, inclusive Jesus e Pedro, paguem os impostos (17, 24ss).Gosta da simbologia numrica, especialmente o nmero sete: seu evangelho tem sete partes; sete peties do Pai Nosso (6, 9-13); perdoar 70 X 7 (18, 21-22); sete espritos (12, 45); Jesus multiplica 7 pes (15, 34); os sete irmos (22, 25); sete maldies contra escribas e fariseus (23, 13ss). Contrasta a dvida dos 10.000 talentos (360 toneladas de prata) com a de 100 denrios (salrio de cem dias) (18, 23-35). Outros nmeros preferidos: 3, 5, 10 e 12. Muito ordenado e esquemtico. Como bom contador, organiza e edita a pregao de Jesus em cinco partes, com uma introduo e concluso. Cada parte contm uma seo narrativa e um discurso.c. Um dos Doze Apstolos Mateus, diferena de Marcos, foi membro do seleto grupo dos 12 Apstolos, conhecido tambm como os Doze (10, 2; 20, 17). 34I.4. Jesus nos Quatro Evangelhos2. Mateus 35. Para Mateus, os Apstolos so os profetas, sbios e patriarcas do Reino dos Cus. Com razo seu evangelho se chamava muitos sculos. evangelho eclesistico e foi o preferido da Igreja pord. Assinatura, Fotografia e Smbolo do evangelista Assinatura: seu testemunho (9, 9). Mateus relata brevemente a experincia do seu encontro com Jesus. Mateus, depois de seu chamado, organizou um banquete e convidou seus amigos (9, 10-13).? Pergunta Voc, no lugar de Mateus, a quem convidaria para sua festa com Jesus? Por qu? Alguns participantes respondem.Fotografia: no final do discurso em parbolas, Mateus nos oferece sua prpria experincia:Todo escriba que se tornou discpulo do Reino dos Cus semelhante a um pai de famlia que do seu tesouro tira coisas novas e velhas: 13, 52. (Novo e Antigo Testamento). Smbolo: anjo, porque este muitas vezes simboliza a Palavra de Deus. O Anjo do Senhor foi enviado a..., poderia significar que a Palavra de Deus foi dirigida a... RECURSO DIDTICO: C e l u l a rObjetivo: Interessar-se pela pessoa e pelo escrito de Mateus. Procedimento: Neste momento, um telefone celular toca vrias vezes, interrompendo o ensinamento e perturbando a todos. A ligao para o pregador. Mateus que chega ao aeroporto. O pregador faz um dilogo fictcio com o evangelista que est por chegar ao curso. O grupo motivado a aproveitar a sua visita e formular algumas perguntas. Formar grupo de quatro pessoas para elaborar as perguntas.2. EVANGELHO DE MATEUS a. Trs caractersticas do evangelho de Mateus 1 Caracterstica: evangelho eclesistico Centra-se na misso da Igreja, seus Apstolos e na vida comunitria. Pedro o primeiro dos Doze (10, 2). Pedra especial da Igreja, confessa a f da comunidade. Bem-aventurado s tu, Simo, filho de Jonas, porque no foi carne ou sangue que te revelaram isso, e sim o meu Pai que est nos Cus. Tambm eu te digo que tu s Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as portas do Inferno nunca prevalecero contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Cus e o que ligares na terra ser ligado nos cus, e o que desligares na terra ser desligado nos cus: Mt 16, 17-19. Os Doze Apstolos ocuparo um lugar privilegiado quando o Filho do Homem sentar no seu trono de glria (Mt 19, 28). 2. MateusI.4. Jesus nos Quatro Evangelhos35 36. Marcos fotografa a personalidade de Pedro, porm, para Mateus mais importante misso e a autoridade de Simo. Se Marcos destaca o lugar do querigma e dos carismas (Jesus que cura), Mateus insiste na vitria final da Igreja, apesar das provas (16, 18), e na presena de Jesus com os seus at o final dos tempos. Eis que eu estou convosco todos os dias, at a consumao dos sculos: Mt 28, 20b. Dedica um discurso completo para mostrar os elementos da comunidade (18), ela portadora da mensagem de salvao (28, 16-20). 2 Caracterstica: evangelho catequtico, o Reino de Deus Tema central do evangelho de Mateus: o mistrio do Reino dos Cus (de Deus). Por Reino devemos entender que nossa forma de vida neste mundo necessita estar em sintonia com o plano de Deus. Mostra o estilo de vida no Reino, supera os parmetros do Antigo Testamento. O mistrio do Reino apresentado por meio de imagens e parbolas. ATIVIDADE DOS PARTICIPANTES: Parbola@Objetivo: Ter um contato direto com o evangelho de Mateus. Motivao: Para entendermos o evangelho necessrio que o leiamos. Procedimento: Atividade pessoal.Ler em voz alta o captulo 13 do evangelho de Mateus.3 Caracterstica: unio e continuao do Antigo com o Novo Testamento Mateus se interessa em mostrar a unio e continuao entre Antigo e Novo Testamento: Usa 16 vezes a frmula: para que se cumpram as Escrituras, mostrando que o Novo Testamento a continuao e a plenitude do Antigo. Usa 41 citaes do Antigo Testamento para provar que tanto a vida de Jesus como seu ministrio tem suas razes nas profecias do Antigo Testamento. Exemplos: o Da linhagem de Davi (1, 1.6.17). o Nasce de uma virgem (1, 23), em Belm (2, 6). o Permanncia no Egito (2, 13ss) e estabelecimento em Cafarnaum (4, 13-16). o Entrada messinica em Jerusalm (21, 5.16).Para Mateus no h diviso, muito menos rompimento entre Antigo e Novo Testamento, mas continuidade. Mateus constri esta ponte.Magistrio de la Igreja36O Novo Testamento est latente no Antigo E o Antigo Testamento est patente no Novo: Dei Verbum 16.I.4. Jesus nos Quatro Evangelhos2. Mateus 37. Por esta razo, na transfigurao, Jesus acompanhado pelas duas grandes colunas do Antigo Testamento: Elias, pai do profetismo, e Moiss, mediador da Antiga Aliana (17, 2-3). Jesus no veio para cancelar ou suprimir algo, mas coroar esse processo que firma suas razes no Antigo Testamento: No penseis que vim revogar a Lei e os Profetas. No vim revog-los, mas dar-lhes pleno cumprimento: Mt 5, 17. Porm, ao mesmo tempo, o Novo Testamento supera o Antigo: sua doutrina no cabe em velhos moldes. Necessita de odres novos: uma nova mentalidade, um novo corao (9, 16-17). b. Objetivo e destinatrios No dirigido para nefitos, mas para os judeus convertidos ao cristianismo. Eles j crem e buscam a perfeio (5, 48). Mateus elaborou um Evangelho para seus irmos judeus que conhecem a Escritura, a fim de mostrar como Jesus cumpre e supera o Antigo Testamento e como o novo Israel tem seu fundamento no plano de salvao. Estamos diante de um relato que tem o objetivo de sustentar e aprofundar a f dos crentes judeus, pois estes deixaram o estvel e seguro esquema de uma religio milenar para passarem a um cambaleante barco sacudido pelas tempestades e perseguies. O relato das duas casas em que caiu a chuva, vieram as enxurradas e sopraram os ventos, mostra que o novo Israel tambm sofrer combates, mas seu fundamento tem duas rochas firmes: o plano de salvao e o colocar em prtica a Palavra de Jesus. Sendo assim, esta casa est edificada sobre a rocha (Mt 7, 24-27). c. Coluna vertebral: discursos e parbolas explicam o mistrio do Reino Se Marcos um vdeo, Mateus um rdio gravador.Recurso Didtico: fita cassete e fita de vdeo.Para Mateus mais importante o que Jesus diz do que aquilo que Ele faz. Se em Marcos Jesus cura com o poder de Deus, em Mateus Ele cura com sua Palavra: O centurio respondeu-lhe: Senhor, no sou digno de receber-te sob o meu teto; basta que digas uma palavra e meu criado ficar so: Mt 8, 8. A palavra de Jesus suficiente para curar. d. Chave para entender: Jesus tanto o Mestre quanto o ensino Jesus no somente Mestre, mas Ele mesmo, com seu estilo de vida, a matria do ensinamento. Aprendei de mim: 11, 29. O Novo Testamento est latente no Antigo e o Antigo no Novo. RECURSO DIDTICO: T e s t e m u n h o d e M a t e u s2. MateusI.4. Jesus nos Quatro Evangelhos37 38. Objetivo: Perceber o grau de interesse dos participantes a respeito do evangelho de Mateus. Procedimento: Chega Mateus com uns pergaminhos, porque escreve um livro. O grupo motivado a aproveitar a oportunidade para apresentar as perguntas e/ou reclamaes a respeito do evangelho. Eles tambm podem fazer algumas recomendaes para o livro que o evangelista escreve. Mateus no responde s perguntas. O pregador faz a ltima pergunta: por que voc deu tanta importncia s palavras de Jesus? Ento, Mateus conta o seu testemunho em primeira pessoa: Eu estava sentado, ocupado com as minhas coisas, contando dinheiro, quando fui visto. Jesus tomou a iniciativa. Chamou-me com a fora de uma nica palavra: segue-me. Levantei-me. Deixei tudo. Primeiro o Reino de Deus, pois todas as outras coisas so acrscimos. O mais importante no foi o que deixei, mas a quem segui. No me arrependo, pois encontrei o tesouro escondido. Em seguida, organizei um banquete e convidei pessoas muito caras para mim. Minha vida mudou com uma nica palavra: segue-me. Por isso, muito valorizo as palavras de Jesus. Cada palavra de Jesus como uma prola preciosa e as tenho guardadas como um rico tesouro no campo de meu escrito. No momento em que voc encontrar este tesouro e esta prola, deixe tudo para adquirir a prola preciosa da Palavra de Jesus. Mateus, mas afinal, qual seu segredo? Valorizem cada palavra de Jesus. Uma nica Palavra dele capaz de nos curar e nos salvar. (Mateus se despede, mas esquece seus pergaminhos sobre a mesa).3. JESUS DE MATEUS: MESTRERecurso Didtico: o pregador coloca por alguns momentos os culos de cor B, para personificar a viso de Mateus sobre Jesus. o mesmo Jesus visto de outra perspectiva, em que se captam certos aspectos e caractersticas singulares. Se o primeiro versculo de Marcos a chave do pentagrama, em que o evangelista deixa concretizado o perfil de Jesus, tambm o primeiro versculo de Mateus a chave da leitura: Livro da origem de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abrao: Mt 1, 1. Mateus gosta de olhar para trs (profecias e o plano de salvao), no para regressar, mas para conhecer as razes da figueira de Israel. a. Jesus filho em diferentes perspectivas e etapas da histria de Israel 38Jesus filho de Abrao, pai do povo de Israel. Como Mateus destaca que seu escrito para os judeus, ento Jesus filho do fundador do povo (1, 1). Jesus filho de Davi (1, 1; 1, 20; 9, 27; 12, 23; 15, 22; 20, 30; 20, 31). Este ttulo significa que o Messias prometido se sentar eternamente no trono de Israel. Ser rei como seu pai Davi, mas ser maior do que Davi (22, 42-45; 21, 9). I.4. Jesus nos Quatro Evangelhos2. Mateus 39. Jesus filho do homem: (29 vezes: 8, 20; 9, 6; 10, 23; 11, 19; 12, 8.32.40; 13, 37.41; 16, 13.27.28; 19, 28; 20, 18.28; 24, 27.30.37.39.44; 25, 31; 26, 2.24.45.64). Ttulo misterioso, humilde e glorioso, recorda o profeta Daniel (7, 13-14). Jesus filho de Deus: (11 vezes: 3, 17; 4, 3.6; 8, 29; 14, 33; 16, 16; 17, 5; 26, 63; 27, 40-43.54). O cume a confisso de Pedro: Tu s o Cristo, o Filho do Deus vivo (16, 16), no corao do Evangelho. Jesus filho de Maria (1, 18-20; 2, 11; 13, 55). No relato do nascimento de Jesus, fica perfeitamente claro que Jesus nasce de Maria, esposa de Jos (1, 16). Jesus filho do carpinteiro, segundo a viso e tradio dos nazarenos (13, 55). Jos foi o responsvel por ensinar Jesus a viver, trabalhar e orar. Preparou-o para a misso. Foi um verdadeiro pai.b. Novo Israel (este ponto pode ser cancelado se houver pouco tempo) Mateus escreve seu evangelho aos judeus convertidos, que sofrem uma terrvel crise: deixaram o judasmo, que lhes oferecia todo tipo de segurana religiosa para pertencer a uma comunidade que no tinha muita garantia nem futuro; eram perseguidos, condenados morte e at as portas do inferno ameaavam destruir a pequena semente de mostarda. O propsito de Mateus mostrar que Jesus o Novo Israel, portanto nele se tem tudo e at mais que no antigo sistema religioso: Um novo fara (Herodes) trata de matar o menino. Por vingana, mata todos os meninos menores de dois anos, os quais representam os primognitos que foram mortos no Egito. Isso suscita um grande lamento de Raquel, a esposa de Israel. (2, 13-18) O filho chamado do Egito o prprio Jesus (ver nota em 2, 15 da Bblia de Jerusalm). Jesus vive o xodo de Israel: sai do Egito e entra na terra de Israel (2, 19-21). Cruza o rio Jordo (3, 13ss) onde recebe a confirmao de ser o Filho predileto de Deus (3, 17). Se Israel permaneceu 40 anos no deserto, tambm Jesus passa 40 dias nele. Depois tem fome e sede. Sofre as tentaes no deserto de tomar o caminho fcil converter as pedras em po e lhe apresentado um novo bezerro de ouro para ser adorado o demnio lhe oferece todos os reinos da terra (4, 8-9). As estrelas mais luminosas da histria de Israel esto ao lado de Jesus: Moiss e Elias (17, 3). maior que Jonas (12, 38ss), Salomo (12, 42) e at o prprio Davi menor que ele (22, 44).Supera o Templo (12, 6).Os Apstolos so os herdeiros dos doze filhos de Jac (Israel) e julgaro as tribos de Israel (19, 28). A grande promessa de Deus para Jac Israel: Eu estarei contigo (Gen 31, 3) o compromisso final do prprio Jesus aos seus: Eu estou convosco todos os dias at a consumao dos sculos (28, 20). Assim, para o judeu que aceita o Reino, Jesus o novo e verdadeiro Israel de Deus. Por esta razo, Mateus nos mostra a tempestade na noite que ameaa afundar o barco da Igreja. No entanto, Jesus caminha sobre o mar e possibilita Pedro a fazer o mesmo. c. Novo Moiss com a nova Lei Os judeus esperavam o cumprimento da promessa de Deus feita a Moiss: Vou suscitar para eles um profeta como tu, do meio dos seus irmos.2. MateusI.4. Jesus nos Quatro Evangelhos39 40. Colocarei as minhas palavras em sua boca e ele lhes comunicar tudo o que eu lhes ordenar: Deut 18, 18. Mateus destaca de diversas formas Jesus o novo Moiss: Sobe no monte para pronunciar as oito bem-aventuranas (5, 1). Apresenta uma nova Lei (no uma nova edio da Lei).Seis vezes usa a frase: ouvistes que foi dito (um mandamento do Antigo Testamento). Eu, porm, vos digo. Em outra ocasio, corrige o prprio Moiss, que escreveu um mandato transitrio referente ao divrcio (19, 7). Mediador da Nova Aliana em seu sangue (Mt 26, 28).O prprio Jesus a Nova Lei:Aprendei de mim, porque sou manso e humilde de corao: 11, 29. A regra de vida no est em umas tbuas de pedra, mas na pessoa de Jesus. Os discpulos devem ser com Jesus (10, 25): fiis a suas razes, suas obras congruentes com suas palavras, harmonia entre vocao e misso, o externo com o interno, sentimentos com pensamentos. d. Juiz poderoso e universal O Filho do Homem, acompanhado dos anjos e de seus Doze Apstolos (19, 28), h de vir na glria de seu Pai para o julgamento final (25, 31-46), onde separar as ovelhas dos cabritos. Ento, pagar cada um de acordo com a coerncia entre a vida e a f; os que, conhecendo Jesus, reconheceram-no, ou no, nos mais necessitados. Ateno: o tema do juzo final no so as boas obras, mas a congruncia entre a vida e a f; pois os destinatrios do evangelho so judeus convertidos que professam uma f, a qual deve estar em sintonia com a vida.?Pergunta Michelngelo pintou O juzo final na Capela Sistina, condenando certos inimigos seus e colocando no cu outras pessoas. Se voc pintasse o juzo final, que atitudes (no pessoas) condenaria no inferno e quais atitudes corresponderiam aos que vo para o cu? O pregador ajuda com um exemplo.e. Servo de YHWH Jesus o Servo de YHWH, predito por Isaas, ele levou nossas enfermidades e por suas chagas fomos curados. Sua obra de salvao se realiza mediante sua morte. Nele se cumpre a profecia do Servo de YHWH.Ler Mt 12, 18-21; Is 42, 1-4.Sofre e morre para que se cumpra o orculo do profeta Isaas (Is 53, 4): Levou nossas enfermidades e carregou nossas doenas: Mt 8, 17. Em Marcos, Jesus mostra o poder de Deus curando as enfermidades (a febre desaparece e os demnios se lanam no mar), mas a teologia de Mateus diferente: Jesus carrega sobre si prprio as enfermidades e por suas chagas fomos curados. Sua morte uma morte vicria; morre em nosso lugar. f. Mestre, com uma palavra sem igual: cinco discursos40I.4. Jesus nos Quatro Evangelhos2. Mateus 41. Marcos mostra o poder das aes de Jesus que cura, porm, Mateus manifesta o poder da Palavra de Jesus, que ensina, desafia e profetiza, atravs de discursos e parbolas. um Jesus majestoso com uma palavra sem igual. Ele ensina a sabedoria, mas desmascara as intenes perversas dos fariseus. Enfrenta os mestres de Israel, dizendo: Raa de vboras, sepulcros caiados, s limpam o exterior do copo (23, 26.27.33). Ope-se a eles e, em sete ocasies, maldiz suas intenes perversas. Valente defensor dos direitos divinos, ao estilo de Elias e outros profetas. No tem medo diante de seus inimigos nem diante dos poderosos deste mundo. A Palavra de Jesus cura (8, 8). Jesus no fala porque tem autoridade, mas, porque fala e como fala, tem autoridade. Pronuncia uma palavra sem igual, no como os escribas e fariseus. Mateus organizou e reuniu os trs anos da pregao de Jesus em cinco discursos. Tema dos cinco discursos: Reino dos Cus = de Deus. CINCO DISCURSOS DE JESUS EM MATEUS O evangelista Mateus sintetizou e editou em cinco discursos os trs anos de pregao do Mestre. 1: DISCURSO EVANGLICO: interiorizao da Lei (5-7) O sermo da montanha a carta magna do cristianismo. Nele promulgada a Nova Lei do Reino. As bem-aventuranas uma radiografia de Jesus e o ideal da vida no Reino. Ateno: no se feliz por ser pobre, por chorar, por ter fome ou ser perseguido; mas porque, com a chegada do Reino, terminar toda situao de injustia e sofrimento. A Nova Lei do Reino: Jesus supera a legislao de Moiss, interiorizando-a e aprofundando. Ouvistes que foi dito aos antigos: no matars. Eu, porm, vos digo: nem ofendais. Reconcilia-te logo dos problemas com o teu irmo. o Ouvistes que foi dito: no cometers adultrio. Eu, porm, vos digo: no adulterar com o corao. Os olhos e a imaginao so as janelas para a tentao. No simplesmente evitar o mau, mas inclusive no o desejar. o Foi dito: divrcio condicionado. Eu, porm, vos digo: no ao divrcio, por perigo de adultrio. No se trata de no pecar, mas de no se expor ao pecado. o Ouvistes que foi dito: no perjurars. Eu, porm, vos digo: no jurar. Falar sempre a verdade. o Foi dito: olho por olho. Eu, porm, vos digo: resistir ao mal. No vingana. o Foi dito: amars o teu prximo e odiars o teu inimigo. Eu, porm, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem. O caminho a Deus passa pelo homem: no podemos ir ao altar tendo inimizade com nosso irmo. oExemplo: Na celebrao eucarstica do rito ambrosiano, a paz dada no incio.Trs aes positivas: o essencial no o que fazemos, mas a inteno pela qual a realizamos (pureza de inteno). o Esmola: compartilhar o que temos sem presuno. o Orao em segredo: Deus est no mais ntimo de ns. o Jejum: quando nos privamos de algo, criar ambiente positivo.2. MateusI.4. Jesus nos Quatro Evangelhos41 42. Magistrio da IgrejaA lei evanglica d cumprimento, purifica e leva sua perfeio a lei antiga. Nas bem-aventuranas, cumprem-se as promessas divinas. Catecismo da Igreja Catlica 1968.2: DISCURSO APOSTLICO: misso evangelizadora (10) Manual do apstolo: dedicado comunidade de missionrios, tendo Pedro como cabea. Ir misso sem nada, para depender somente da fidelidade de Deus. Contedo da pregao: o Reino est prximo.Com poder: curando enfermos e expulsando demnios.Compartilhar gratuitamente, sem nada pedir em troca.Ao entrar em uma cidade, procurar saber de algum digno e ficar em sua casa at sair da cidade. Deixar a paz nessa casa. As perseguies so normais, como ovelhas no meio de lobos. Necessidade de perseverar nas provas sem ter medo dos inimigos, pois valemos mais do que os pssaros do cu. O Esprito Santo ilumina aquilo que deve ser respondido diante dos inimigos.Condio: tomar a cruz, que significa por a vida a servio do Evangelho e dos outros (10, 38; 16, 24). Regra prtica: prudentes como as serpentes e simples como as pombas (10, 16). Concluso: Jesus deve estar acima de toda relao (10, 37). 3: DISCURSO PARABLICO: o Reino de Deus (13, 1-52) As diversas parbolas de Jesus so uma sntese da histria da salvao e uma anlise panormica da vida humana. ANEXO 7: parbolas em So Mateus O pregador explica brevemente algumas parbolas, de maneira especial as assinaladas por asterisco: gro de mostarda, fermento na massa, trabalhadores da vinha, figueira estril e 10 virgens.4: DISCURSO ECLESISTICO OU COMUNITRIO (18) Mostra os elementos essenciais da vida comunitria: Hierarquia do Reino: primeiro as crianas. Renunciar a tudo para entrar no Reino.Correo fraterna: processo que evita muitos problemas.Orao comunitria: Jesus no centro, no como um a mais, mas dentro da comunidade.O perdo das ofensas (70 X 7) ilustrado com uma parbola contrastante: um homem foi perdoado de uma dvida de 10.000 talentos, mas no quis perdoar outra de s 100 denrios. Em Mateus, de modo diferente de Joo, no so os Apstolos os encarregados de perdoar, mas a prpria comunidade (18, 17-18). Concluso: o Reino vivido em comunidade.42I.4. Jesus nos Quatro Evangelhos2. Mateus 43. 5: DISCURSO ESCATOLGICO (24-25) No final se pedir contas aos administradores dos talentos, assim como ao mordomo. Ser realizado o exame definitivo no juzo final, em que sero separadas as ovelhas dos cabritos. Desenlace do drama: os eleitos, que se sentiam com direito por serem filhos de Abrao e terem sua confiana colocada na lei, no respondem. O mordomo que tem autoridade delegada e temporal deve ser fiel e prudente. As virgens esto preparadas para o momento importante. Administradores dos talentos confiados e no o enterrar, porque assim o perder. Antecipa a matria do exame final: seis obras de misericrdia. importante dar-nos conta de que coisas seremos julgados e de quais no. Jesus trouxe para ns as perguntas bem antes, para que possamos responder desde agora e no termos problemas no julgamento definitivo. Sntese: o caminho mais curto entre Deus e ns no uma reta, mas pelos homens. aquele que passaTranscendncia do Evangelho: grande incumbncia fazer discpulos (28, 16-20) Mateus olha para trs para fixar suas razes no passado. Ele se interessa em sustentar o messianismo de Jesus na histria da salvao e nas profecias do Antigo Testamento. O presente uma sntese do passado e a histria um mestre de vida para viver o presente. Porm, na concluso, Mateus lana seu olhar para o futuro: o final dos tempos. Se no evangelho de Marcos, Jesus envia seus discpulos para proclamar a Boa Notcia a toda criao (Mc 16, 14-15), em Mateus, Jesus, com todo seu poder, ordena-lhes, fazer discpulos, batizar e ensinar a observar tudo quanto Ele ordenar (Mt 28, 16-20), garantindo sua presena. g. Drama de Mateus: o povo eleito rejeita o seu Messias Os quatro evangelhos so preciosos, mas no so uma comdia. Cada um deles apresenta um drama. Se no Evangelho de Marcos o drama radica-se no abandono dos melhores amigos de Jesus, para Mateus, o povo eleito, veculo da Promessa, quem no aceita o Messias. Os primeiros destinatrios da salvao no aceitam o convite. E, como se no fosse suficiente, os trabalhadores da vinha decidem matar o herdeiro para ficarem com a herana, enquanto Deus d o salrio completo a quem quase nada trabalhou na vinha (Mt 20, 1-16). Mateus apresenta este drama em trs atos: ATO Primeiro AtoO Messias foi enviado s ovelhas da casa de Israel. Portanto, os judeus so os primeiros destinatrios da salvao.Nem as autoridades nem o povo o recebem, ao contrrio, Segundo rejeitam-no e decidem mat-lo. A salvao , ento, oferecida Ato a todos os homens, sem distino de raa.2. MateusPALAVRA DE MATEUS Jesus vem para salvar o seu povo (Israel) de seus pecados (1, 21; 10, 6) e apascent-lo (2, 6). Os judeus so os primeiros convidados (15, 24) a trabalhar na vinha (20, 1ss) e a eles confiada a herana (21, 33ss). Os experientes de Israel no vo a Belm (2, 5). Os convidados festa no aceitam (22, 2-6). Os trabalhadores da vinha decidem matar o herdeiro (21, 33-46; 27, 22-23). A figueira (Israel) no produz fruto e seca (21, 18ss).I.4. Jesus nos Quatro Evangelhos43 44. Terceiro AtoO drama transforma-se em tragdia: no so os piedosos judeus, nem os sbios escribas, tampouco os observantes fariseus que entraro no Reino.A gente religiosa no entra nem deixa outro entrar (23, 13). As autoridades religiosas preferem o sedicioso Barrabs a Jesus (27, 20). Em verdade vos digo que os publicanos e as prostitutas esto vos precedendo no Reino de Deus: 21, 31.Este drama mostrado desde o nascimento do Rei dos Judeus, quando os que tm experincia nas Escrituras s transmitem informaes sobre o Messias, mas no se movem para mais alm. Tampouco o poderoso Herodes. Somente os magos, pecadores estrangeiros, vo oferecer seus dons a Jesus e ador-lo. Mas, apesar de Israel rejeitar o Messias, o Deus de Abrao, de Isaac e de Jac no rejeita Israel. Na parbola dos vinhateiros homicidas que matam o herdeiro para apropriar-se da vinha, segundo So Lucas, Deus mesmo declara a sentena contra os assassinos (Lc 20, 15-16), mas, em Mateus, Deus simplesmente pergunta o que far (Mt 21, 40). RECURSO DIDTICO: M e c h a q u e f u m e g aObjetivo: Aprender que para Deus nem tudo est acabado. Jesus disse que no quebraria o canio rachado nem apagaria a mecha que ainda fumega. (Mt 12, 20). Procedimento: Vela grande, acesa por 10 minutos. A vela apagada e acesa a partir da fumaa. No estava apagada!!! Orao: no me pergunte Senhor, o que deverias fazer comigo, porque a sentena cairia automaticamente sobre mim. Faa segundo o teu plano maravilhoso. Tu, Senhor, enxergas o que os outros no conseguem ver.Deus no apaga a mecha que ainda fumega. Ela pode acender novamente. Sua famlia, sua vida, sua comunidade, a Igreja no esto perdidas. No se d por vencido. Nem tudo est perdido, ainda h fogo e luz nesta mecha que fumega. ATIVIDADE DOS PARTICIPANTES: M o n u m e n t o@44Objetivo: Representar o drama de Israel. Motivao: So Mateus nos apresentou o cume de um drama. Agora, vamos represent-lo num monumento. Procedimento: Trabalho por comunidades: representar o drama de Israel com objetos animados ou inanimados, sem palavras nem movimentos. Concluso: O drama de Israel pode ser tambm o nosso prprio drama.I.4. Jesus nos Quatro Evangelhos2. Mateus 45. C. CONCLUSO a. Resumo O evangelista ordenado e sistemtico deixou sua marca no seu escrito. Sua experincia pessoal est impressa em todo seu evangelho, pois o Mestre que o conquistou com uma nica palavra, segue-me. Isso fez com que ele valorizasse cada uma das palavras de Jesus. Sabe olhar para trs, no para ficar paralisado no passado, mas como apoio para o futuro. Apresenta Jesus como mestre que tem uma Palavra sem igual. Em Jesus Mestre, as Escrituras se cumprem. b. Fechamento e aluso analogia O Jesus de Mateus tem uma Palavra sem igual e cumpre as Escrituras.RECURSO DIDTICO: M a t e u s r e g r e s s a d e v i d o a s e u s e s c r i t o sProcedimento: Mateus regressa devido aos seus manuscritos que havia esquecido e o pregador aproveita para agradec-lo: Pregador: Obrigado, Mateus, por nos apresentar as palavras de Jesus. Algum gostaria de agradecer a Mateus por sua apresentao? . Alguns agradecem a Mateus pelo maravilhoso evangelho escrito por ele. Pregador: Qual sua concluso, Mateus?. Mateus: Procurei mostrar o poder da Palavra de Jesus em discursos e parbolas que sintetizam a pregao do Mestre. Pregador: Mas por que olhava tanto para trs?. Mateus: Porque queria ter uma base para valorizar o presente e olhar para o porvir. O telefone celular de Mateus toca. Chamam-no desde Jerusalm e deve regressar imediatamente. DINMICA: T e a t r o c o m p a r b o l a s2. MateusI.4. Jesus nos Quatro Evangelhos45 46. C46Objetivo: Aplicar aos dias de hoje a mensagem das parbolas por meio de uma dramatizao que acentua os contrastes. Motivao: As parbolas de Jesus so aplicadas em nossos dias. Procedimento: Cada comunidade representa uma parbola: Comunidade A: trabalhadores da undcima hora (20, 1-12). No centro, o proprietrio da vinha. direita, os trabalhadores cansados e indignados que recebem s um denrio. esquerda, os trabalhadores felizes, sem cansao, que recebem um denrio. Cada comunidade faz cinco perguntas ou reclamaes ao proprietrio, as quais ele no responde. Comunidade B: os dois filhos (21, 28-32). No centro, o pai que envia seus dois filhos para trabalharem na vinha. Exagera-se as atitudes de cada um dos filhos. Comunidade C: 10 virgens (25, 1-13). Discusso e pleito entre os dois grupos de 5 virgens. Comunidade D: juzo final (25, 31-33). No centro, o juiz universal. esquerda, os que mostram suas devoes e boas obras, seguros de que ganharo o cu. direita, os surpreendidos, porque lhes dado aquilo que no esperavam.I.4. Jesus nos Quatro Evangelhos2. Mateus 47. 4. PASSAGEM DO EVANGELHO: TRABALHADORES DA LTIMA HORA (20, 1-16) A parbola dos trabalhadores da vinha sintetiza de maneira genial o evangelho de Mateus, uma vez que demonstra a essncia da mensagem da Boa Notcia de Jesus, embora, para falar a verdade, seja desconcertante para quem se sente com direitos sobre Deus.Ler Mt 20, 1-16.De manh bem cedo, o dono da vinha saiu a buscar trabalhadores para ela. Com os primeiros, estipulou (fez um contrato ou aliana, simboliza a Antiga Aliana) o pagamento de um denrio pelo total da jornada. Seguiu procurando mais trabalhadores durante todo o dia. s 16:00 h. saiu a buscar os ltimos, com os quais no fez nenhum contrato (trabalhadores de confiana). Eles simplesmente se ajustariam com aquilo que o patro lhes desse, pois haviam trabalhado pouco ou nada. No final da jornada, o patro chamou o mordomo para que pagasse a todos. Comeou pelos ltimos, que receberam, surpresos, um denrio, mesmo trabalhando praticamente nada. Os que haviam chegado desde o amanhecer (os primeiros chamados, simbolizam Israel e haviam suportado o peso do trabalho e o calor do sol), abriram suas duas mos, pensando que receberiam muito mais que os outros, pois estavam confiantes no trabalho que eles fizeram (as boas obras e o cumprimento da lei). No entanto, s receberam o valor acertado anteriormente. Ento, com muita raiva, consideraram que o patro era injusto. Na verdade tinham razo, porque com os que chegaram por ltimo, ele no foi justo, mas generoso. No dependeu do trabalho deles, mas de sua generosidade. Este o Deus pintado por Jesus, Ele no paga segundo nossas obras, mas de acordo com a sua misericrdia. Esta mensagem custou a vida de Jesus. Para aqueles que tm sua confiana posta nas obras da lei, no fcil aceitar essa mensagem. Por isso, Israel rejeita o Messias. Mas, se percebermos que ns somos os ltimos, estaremos gratos e confiantes na bondade de nosso Deus.@2. MateusAtividade dos Participantes: preencher a parte 2 do Anexo 2.I.4. Jesus nos Quatro Evangelhos47 48. 2. MATEUS A. EVANGELISTA MATEUSB. EVANGELHO DE MATEUSC. JESUS DE MATEUSEM JESUS MESTRE, AS ESCRITURAS SE CUMPREM48I.4. Jesus nos Quatro Evangelhos2. Mateus 49. 2. MateusI.4. Jesus nos Quatro Evangelhos49 50. 3 1.LUCASOBJETIVO Perceber o perfil particular do Jesus de Lucas.2.IDIA-CHAVE A personalidade, cultura e espiritualidade de Lucas so refletidas na sua pintura de Jesus misericordioso e Salvador universal.3.METODOLOGIAa. Didtica e Pedagogia Devem ser feitas contnuas aluses e comparaes com Marcos e Mateus, para que o novo conhecimento que Lucas nos oferece seja edificado sobre os alicerces do que os participantes j sabem. No se trata de um mero estudo bblico, mas de uma viso panormica de Jesus. Portanto, necessrio insistir mais em Jesus que na estrutura do escrito. b. Tempo O tema deve ser dividido em trs sesses de 60 minutos.4.DESENVOLVIMENTO DO TEMAA. INTRODUO a. Evocao Lembrar da pessoa mais amvel e misericordiosa que voc conheceu ou deseja conhecer. b. Apresentao e localizao do tema Vejamos o terceiro amigo que nos conduz a Jesus. Ele tem muita experincia, pois j levou milhares de pessoas a Jesus. Este tema, como os anteriores, tem quatro pontos: Primeiro veremos a vida do evangelista, pois sua personalidade ficou estampada em seu escrito. Depois analisaremos as trs principais caractersticas do escrito. Na parte central, contemplaremos Jesus com os culos de Lucas.3. LucasI.4. Jesus nos Quatro Evangelhos50 51. Finalmente, entraremos numa passagem que resume o evangelho de Lucas.3. LucasI.4. Jesus nos Quatro Evangelhos51 52. c. Objetivo do tema e motivao Vamos pedir que Lucas nos empreste seus culos para vermos Jesus da maneira que ele viu.Recurso Didtico: usam-se os culos com as lentes de cor C.Os que, no princpio, escolheram Lucas como melhor amigo e evangelho preferido percebero que tinham razo. Inclusive, muito provvel que outros que no elegeram Lucas mudem de opinio com este tema. B. CORPO DO ENSINAMENTO1. EVANGELISTA LUCAS Quanto mais conhecermos o evangelista Lucas e a estrutura de seu escrito, melhor conheceremos Jesus, porque o evangelista como um espelho em que podemos contemplar a pessoa de Jesus. a. Judeu, no palestino. Tem uma mentalidade aberta e universal Mentalidade aberta e universal. b. Fiel companheiro de Paulo e reconhecido nas Igrejas O apstolo o chama mdico querido (Col 4, 14).Fiel at o fim, no crcere de Roma (2Tm 4, 11).Tinha fama e autoridade moral em todas as Igrejas (2Cor 8, 18).c. Literato fino e educado Homem culto, conhece perfeitamente o grego clssico. Rico vocabulrio. Tem especial cuidado com o papel das mulheres: Isabel, Ana, a viva de Naim, a pecadora perdoada, as mulheres que acompanham Jesus, Marta e Maria, a mulher encurvada, a mulher da moeda perdida, a viva inoportuna, as mulheres de Jerusalm, as mulheres no tmulo, etc. Mdico que tem cultura. d. Assinatura, Fotografia e Smbolo do evangelista Assinatura: mdico, cure-te a ti mesmo. Atribui a Jesus sua prpria profisso (Col 4, 14).? 52Pergunta Se Lucas comparou Jesus com a sua profisso de mdico, em que aspecto Jesus se parece com sua profisso ou trabalho? Alguns respondem.Fotografia: parbola do bom samaritano (10, 29-37). Assim era Lucas e assim tambm ele via os outros. Smbolo: boi manso, no faz mal a ningum. o Sempre desculpa: os Apstolos adormecem de tristeza e no crem na ressurreio por causa da alegria (22, 45; 24, 40-41; 9, 45; 18, 34). o Suprime a pretenso de Tiago e Joo, que querem sentar um direita e outro esquerda do trono do Messias.I.4. Jesus nos Quatro Evangelhos3. Lucas 53. e. No conheceu Jesus pessoalmente, mas investigou com testemunhas de primeira mo No pertenceu ao grupo dos Doze nem conheceu pessoalmente Jesus. Desafio ConceitualSe Lucas no conheceu Jesus, como conseguiu fazer uma pintura to maravilhosa e converter tantas pessoas? possvel falar to maravilhosamente de uma pessoa s por referncias de outros?Lucas investigou com testemunhas autorizadas para nos deixar um escrito autntico. Muitos dos protagonistas de seu evangelho so os mesmos que falam ao longo deste escrito. DINMICA: E n t r e v i s t a d e i m p r e n s aCMotivao: Lucas fez um trabalho de jornalista com as testemunhas que experimentaram a salvao. Procedimento: Cada comunidade prepara uma entrevista de Lucas a uma testemunha (30 minutos). Comunidade A: Lucas entrevista os discpulos de Emas (7 minutos). Comunidade B: Lucas entrevista Zacarias e Isabel (7 minutos). Comunidade C: Lucas entrevista Zaqueu e sua famlia (7 minutos). Comunidade D: Lucas entrevista o ladro na cruz (7 minutos). Comunidade E: Lucas entrevista Maria e Jos (7 minutos). As representaes so realizadas ao longo do tema, no princpio e no final de cada exposio. Sugere-se fazer de forma natural, porque Lucas o evangelho da alegria cada entrevistado deve transparecer a alegria de sua relao e experincia com Jesus. Aplicao: Lucas relata testemunhos diretos, com testemunhas autorizadas.2. EVANGELHO DE LUCAS a. Trs caractersticas do evangelho de Lucas 1 Caracterstica: evangelho da salvao universal Lucas, judeu no palestino e companheiro de Paulo em sua misso entre os pagos, escreve para os cristos convertidos do paganismo (no tanto para os judeu-cristos, como Mateus). Escrito para os cristos vindos do paganismo. Portanto, est destinado especialmente para ns. Lucas insiste em que a Boa Nova da salvao universal. Todos ns somos chamados a participar do Reino. Chegou o tempo da salvao das naes: entramos no plano universal de salvao por desgnio e plano divinos, no devido recusa dos judeus . Jesus no vem salvar somente os filhos de Israel, mas todos os homens. Por isso, no se apresenta como filho de Abrao (pai do povo de Israel), mas como filho de Ado, pai de toda a humanidade (3, 38), porque sua misso para todos os homens. Assim havia profetizado Joo Batista: Toda carne ver a salvao: 3, 6. 3. LucasI.4. Jesus nos Quatro Evangelhos53 54. Por isso os anjos cantam: paz na terra aos homens que o Senhor ama (2, 14), e Jesus salvador e luz para todas as naes (2, 11.32). Estrangeiros agradveis Sendo um evangelho para os no-judeus, Lucas destaca o papel positivo dos estrangeiros: O samaritano curado da lepra o nico que agradece pela sua cura (17, 11-19). O centurio romano pede a cura de seu servo (7, 9).Um centurio romano reconhece a inocncia de Jesus (23, 47).O cume (que at foi escandaloso): o modelo de quem cumpre a Lei no um judeu, mas um samaritano, inimigo acrrimo dos judeus (10, 25-37). Se a mensagem universal, ento o evangelho deve ser proclamado a todas as naes (24, 47).2 Caracterstica: mostra a misericrdia e perdo para os pecadores uma Boa Notcia para os pecadores (ou seja, especialmente escrito para ns). Magistrio da IgrejaO evangelho na revelao em Jesus Cristo da misericrdia de Deus com os pecadores. Catecismo da Igreja Catlica 1846.Jesus sente compaixo e defende a pecadora de seus inimigos (7, 36-50).O publicano pecador justificado ao invs do observante fariseu (18, 10-14).? Desafio Por que o fariseu cumpridor de toda a lei no recebeu a bno da salvao e o publicano foi justificado?Jesus se auto-convida pessoalmente para ir casa de Zaqueu, o maior pecador de Jeric (19, 1-5). Jesus perdoa Simo Pedro (ns) antes de ser trado (22, 61).Supera a splica do ladro da cruz, oferecendo-lhe muito mais do que solicitava (23, 39-43).Sntese Jesus veio buscar e salvar o que estava perdido (19, 10). 3 Caracterstica: evangelho do Esprito Santo O terceiro evangelho destaca de maneira toda especial o lugar do Esprito Santo. Por esta razo tambm chamado: Evangelho do Esprito Santo: O Esprito Santo move os pais de Batista (1, 41.67), Joo fica pleno dele (1, 15.80) e ilumina Simeo (2, 25-27). O Esprito Santo realiza em Maria a concepo de Jesus, o Filho de Deus (1, 35). Unge Jesus (3, 22) e o conduz ao deserto (4, 1).Unge-o para seu ministrio (4, 14). Repousa sobre o Messias para realizar o plano de Deus (4, 18). Com seu poder expulsa os demnios (11, 20). Segundo Mateus, Jesus assegura que Deus dar coisas boas aos que o pedirem, porm na verso de Lucas a coisa boa por excelncia o Esprito Santo (11, 13). Lucas termina seu evangelho com a grande promessa do Esprito, que o Pai enviar sobre os discpulos de Jesus (24, 49), e o livro dos Atos, o qual tambm chamado Atos do Esprito Santo, continua a ao do mesmo Esprito na Igreja. 54I.4. Jesus nos Quatro Evangelhos3. Lucas 55. Sem o Esprito Santo no haveria Jesus - Messias nem existiria a Igreja.3. LucasI.4. Jesus nos Quatro Evangelhos55 56. Fruto do Esprito Santo: paz e alegria. So como as duas asas do Esprito O Esprito Santo tem duas asas: paz e alegria. Um fruto do Esprito a paz; paz messinica (Shalom), to enfatizada neste Evangelho: o o o o oOs anjos cantam: paz na terra aos homens que o Senhor ama (2, 14). A pecadora perdoada vai em paz (7, 50). A mulher que experimenta a cura regressa em paz (8, 48). Jesus chora diante de Jerusalm porque esta no aceita o dom da paz portado pelo Messias (19, 41-43). O primeiro dom do ressuscitado comunidade atribulada pela crucifixo a paz (24, 36).Talvez o valor mais almejado em nosso mundo seja a alegria. Alguns a buscam de forma enganosa, outros disfaram que a tem. Lucas nos apresenta 10 janelas onde podemos contemplar o tesouro mais valioso de nosso mundo, a alegria: o O anjo sada Maria dizendo: alegra-te, cheia de graa (1, 28). o Maria, com Jesus em seu ventre, entoa um canto de alegria (1, 46-55). o Os pais do Batista esto cheios de alegria (1, 57-58). o Os 72 discpulos encontraram a fonte da alegria: anunciar Jesus com o poder do Esprito Santo (10, 17). o Jesus exulta de alegria sob a ao do Esprito Santo (10, 21). o A multido inteira se alegrava com todas as maravilhas que Jesus realizava (13, 17). o Deus se regozija com a converso dos pecadores (15, 7.10.32). o Zaqueu personifica a alegria de receber Jesus em sua casa (19, 6). o Os discpulos se regozijam com a entrada de Jesus em Jerusalm (19, 37). o A pequena comunidade crist se alegra com a glorificao do Senhor (24, 41.52). Sntese: a paz e a alegria so frutos da salvao. b. Objetivo do evangelho: solidificar o ensinamento Para que verifiques a solidez dos ensinamentos que recebeste: 1, 4. Este escrito para solidificar a f, para aquele que precisa crescer com firmeza, ou ainda, aquele cuja f cambaleia e degrada. c. Coluna vertebral A misericrdia de Deus, especialmente para com os pecadores, os pobres e as mulheres. d. Ideal cristo Sede misericordiosos como o vosso Pai celestial misericordioso: 6, 36. O Sede perfeitos... de Mateus, Lucas traduz como Sede misericordiosos. A perfeio de Deus a sua misericrdia. RECURSO DIDTICO: D o i s c o r o s56I.4. Jesus nos Quatro Evangelhos3. Lucas 57. Objetivo: Perceber em que consiste a perfeio de Deus. Motivao: Vamos contrastar os dois pontos chaves entre Lucas e Mateus. Procedimento: Coro A diz em voz alta: Sede perfeitos como vosso Pai celeste perfeito.Coro B responde em voz baixa: Sede misericordiosos como vosso Pai celeste misericordioso. Repetem vrias vezes. O coro A em voz cada vez mais forte. O coro B em voz cada vez mais baixa. Por isso, no corao deste evangelho encontramos as trs parbolas da misericrdia, assim como a histria do samaritano compassivo. e. Destinatrios: cristos provenientes do paganismo e que se reconhecem pecadores Para os que tm necessidade de crescer em seu conhecimento e amor por Jesus e, em seguida estar disposto a deixar tudo (evangelho da pobreza e do desprendimento).?Desafio Por que o fariseu que cumpria toda a lei no recebeu a bno da salvao e o pecador foi justificado?f. Sntese Lucas era um homem misericordioso e isto se reflete em sua obra. O terceiro evangelho mostra a salvao universal, incluindo de maneira especial os pecadores e estrangeiros. Esta Boa Notcia destinada precisamente para ns, que no somos judeus, mas pecadores. ATIVIDADE DOS PARTICIPANTES: Personagens prprios de Lucas3. LucasI.4. Jesus nos Quatro Evangelhos57 58. Procedimento: Identificar os homens e mulheres que s aparecem no evangelho de Lucas e assinalar a principal caracterstica de cada um deles. Calibra-se com um exemplo. Exemplo:@Zaqueu: pecador perdoado.Homens Tefilo: 1, 3 Simo o fariseu: 7, 40.43.44 Filho da viva de Naim: 7, 12.14 Grupos Dez leprosos: 17, 12Simeo: 2, 25.34 Zaqueu: 19, 2 Dono do jumentinho: 19, 33Pastores: 2, 8.15.17.20Clofas: 24, 18 Um hidrpico: 14, 2Discpulos de Emas: 24, 13-35Matrimnios Zacarias e Isabel: 1, 11-25Jairo e sua esposa: 8, 56Mulheres Ana, profetisa: 2, 36 Joana e Susana: 8, 358Jos e Maria: 1, 26 Pecadora pblica: 7, 37 Mulher encurvada: 13, 11Viva de Naim: 7, 12.14I.4. Jesus nos Quatro Evangelhos3. Lucas 59. 3. JESUS DE LUCAS Cada evangelista imprime uma cor diferente na pessoa de Jesus. Vejamos a cor prpria de Lucas, que diferente da dos outros trs. Desafio ConceitualSe Lucas no conheceu Jesus, como conseguiu fazer uma pintura to maravilhosa e converter tantas pessoas? possvel falar to maravilhosamente de uma pessoa s por referncias de outros?a. Jesus pobre anuncia o Evangelho aos pobres Jesus foi pobre: livre de todo apego material Maria canta a sua pobreza e humildade (1, 52). Seus pais foram pobres (2, 24). Nasce pobre e entre os pobres (2, 7-8).Jesus o grande pobre, no tem onde reclinar a cabea (9, 58).Evangelho para os pobres Os anjos dirigem a Boa Notcia do nascimento do salvador aos pobres (2, 8-12).Jesus, ungido pelo Esprito, evangeliza os pobres (4, 18; 6, 20).Os primeiros bem-aventurados so os pobres (6, 20). (Ateno: em Lucas so os pobres simplesmente, no os pobres de esprito, como em Mateus). Os pobres so convidados para o banquete do Reino (14, 12-14).Jesus fala muito forte contra as riquezas Ateno com a cobia, porque a abundncia dos bens no assegura a vida de ningum. Na parbola do rico insensato, o homem pensa somente em seus bens materiais e por isso se torna incapaz de perceber que tudo termina neste mundo e que existe o cu (12, 13-21). A parbola do rico que banqueteia diante do pobre Lzaro mostra como a abundncia de bens faz a pessoa fechar o corao frente s necessidades dos outros (16, 19-31). Por outro lado, Lzaro salvo, no s por ser pobre, mas porque confia em Deus (isto significa o nome Lzaro). As duas coisas caminham juntas: ser pobre e confiar em Deus. No entesourar para si, mas se enriquecer na ordem das coisas de Deus (12, 30-31). Para Jesus, as riquezas so injustas, pouca coisa e alheias (16, 9-12). Por isso, faz um constante convite ao desprendimento e pobreza evanglica. A condio para ser discpulo desprender-se de tudo (9, 23). Os discpulos deixam tudo para seguir o Mestre (5, 11) e Levi (Mateus) abandona o dinheiro sobre a mesa (5, 28). Aconselha a entesourar aonde os ladres no chegam nem a traa corri (12, 33-34). No se trata de desprendimento por desprendimento, mas abandonar-se Providncia do bom Deus, que alimenta at os corvos (12, 24). Diante do grande tesouro do Reino, todo o resto vem por acrscimo (12, 31). mais fcil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus (18, 24-25). Os que amam as riquezas fecham-se ao Evangelho e zombam dele (16, 14-15).3. LucasI.4. Jesus nos Quatro Evangelhos59 60. Sntese: viva do templo (21, 1-4) A ltima lio de Jesus aos discpulos. Certa vez, Jesus estava sentado em frente ao tesouro do Templo. Restavam-lhe poucos dias de vida e ele estava pensando no tema do seu ltimo ensinamento a seus discpulos. Amor, misericrdia, salvao, Igreja, sacramentos, perdo? Neste instante, chegou uma pobre viva que s depositou duas moedinhas no tesouro do Templo. Ento Jesus aproveita a ocasio para mostrar que no importa o que se d, mas como se d. No importa a quantidade, mas a qualidade da oferenda. Deus no olha tanto o que damos, mas com quanto ficamos no bolso.?Desafio Vamos colocar-nos diante do Tesouro para depositar nossa oferenda. Jesus est olhando para ns: qual seria o comentrio dele?b. Misso de Jesus (4, 18-19) Jesus quem declara para que ele veio e o faz apoiado na Palavra O Esprito de Deus est sobre mim, porque ele me ungiu e me enviou para cinco coisas unidas: Anunciar a Boa Nova aos pobres. Proclamar a remisso dos presos.Dar vista aos cegos.Restituir a liberdade aos oprimidos.Proclamar o ano da graa do Senhor (a salvao gratuita).c. O Jesus que ora O Jesus de Lucas, diferena do Jesus de Marcos, est sempre em orao (19 vezes): Ora no momento de seu batismo (3, 21) e durante seu ministrio (5, 16; 10, 21; 11, 1). Nos momentos importantes, como antes de eleger os doze (6, 12).Para fazer um milagre como a multiplicao dos pes (9, 16).Antes da confisso messinica de Pedro (9, 18).Durante a transfigurao (9, 28-29).Na ltima ceia (22, 17.19).Intercede por seu amigo Pedro (22, 32).Getsmani: no ordena a seu Pai que afaste o sofrimento (Marcos), ou se possvel (Mateus), mas mostra total abandono nas mos de Deus: se queres (22, 41).Por isso, seus discpulos lhe pedem: Senhor, ensina-nos a orar. Ento Jesus o faz, no com um retiro ou curso sobre o tema, mas ele mesmo comea a orar (Pai Nosso), para nos ensinar que orar aprende-se orando (11, 2-4). Outras oraes em Lucas: Zacarias (1, 68-79) e Maria (1, 46-55). d. Jesus misericordioso O trao mais importante e destacvel do Jesus de Lucas sua misericrdia. Misericordioso com os pecadores. No os acusa, mas os entende, coloca-se