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ESTUDO 5 - Líderes de Israel Juiz Rei Profeta

Os líderes de Israel

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ESTUDO 5 - Líderes de Israel

Juiz

Rei

Profeta

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Em seguida à seção que tratava da adoração em Israel, vem uma seção que trata do caráter dos líderes de Israel, os juízes (16:18-20), rei (17:14-20), e profetas (18:9-22). Cada um com sua esfera de ação definida.

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Juízes (Dt 16:18-20) Neste texto encontramos a instituição dos juízes em Israel. Estes tiveram um papel diferente dos juízes encontrados no Livro canônico dos Juízes. Os juízes encontrados no Livro dos Juízes não exerciam a mesma função dos juízes legais de Israel. Na verdade, a tarefa desempenhada na esfera legal, como árbitros nas disputas humanas, era uma função subsidiaria de seus personagens centrais. A chave para a conotação do termo em hebraico poderá ser encontrada em (Jz 2:16). Os juízes eram, primordialmente, “salvadores” ou “libertadores” de seu povo, contra seus inimigos (Jz 3:9, 15; 1Sm 12:11); foram líderes militares e políticos, e não presidentes de tribunais. O destaque deles era o fato de serem sustentados e fortalecidos por Deus (Jz 2:18).

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Durante o período da peregrinação Moisés é apresentado como o juiz principal de Israel, assessorado por juízes assistentes recrutados dentre as tribos (Dt 1:12-18; Ex 18:13-27). A presente passagem contempla dois grupos de oficiais: Juízes e oficiais (a serem escolhidos em todas as cidades). Não é improvável que os juízes tenham sido os líderes dos conselhos locais de anciãos (19:12). O segundo grupo, os oficiais, eram uma espécie de assistentes. Não eram, todavia, meros escribas (2Cr 34:13) talvez fossem “auxiliares de tribunal” associados aos juízes (1Cr 23:4; 26:29). É uma questão aberta o terem ou não sido estes dois grupos, funcionários do estado em dias posteriores.

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A responsabilidade dos juízes era julgar o povo com reto juízo. Três regras são apresentadas: Não torcerás a justiça, não farás acepção de pessoas, nem tomarás suborno. Para casos judiciais que fossem difíceis para os tribunais locais, as cortes de primeira instância localizadas nas cidades podiam apelar ao tribunal superior, localizado no santuário central. Surge alguma ambiguidade quanto a quem fazia a apelação ao tribunal superior, se o corpo de juízes mencionados em 16: 18-20 ou as partes litigantes. A presente passagem não elucida por não ser clara. Todavia, uma referencia ao precedente encontrado em (Ex 18: 13). Onde os homens escolhidos por Moises traziam a ele os casos mais difíceis, pode sugerir que os próprios juízes tomavam a decisão de levantar-se e ir ao lugar que Javé teu Deus escolher.

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O veredito da corte central era inapelável, pois era considerado como a expressão do próprio pensamento de Deus sobre o caso (Ex 18:15, 16). Nem os juízes podiam agir diferente da decisão (17:10-11), nem o homem que recebesse sua sentença (17:12). Parece que o corpo jurídico central consistia de vários sacerdotes e juízes (19:17), tendo cada grupo seu próprio líder, ou seja, o sumo sacerdote (chefe dos sacerdotes) e o chefe dos juízes (17:12). Cada um deles é definido pelo artigo neste versículo.

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Rei (17:14-20)

Após a morte de Josué, a nação hebraica não tinha um governo central forte. Era uma confederação de doze tribos independentes, sem qualquer força unificadora, exceto o seu Deus. A forma de governo nos dias dos juízes diz-se comumente que era “teocrática”, isto é, acreditava-se que Deus era o governante direto da nação (Jz 8:23).

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Desde os primeiros dias de Israel, o próprio Deus havia dirigido Seu povo, revelado Seus mandamentos e concedido lideres apropriados. Não pode haver dúvida de que os planos de Deus para Israel incluíam um rei (Nm 24:7, 17-19), uma dinastia especialmente escolhida, da tribo de Judá (Gn 49:10). Já nos dias de Abraão, o Senhor havia predito reinado (Gn 17:6). Antecipando esse evento, o Senhor estabeleceu na legislação hebraica certos controles (Dt 17:14-20). Deus era o verdadeiro Rei de Israel, consciência teológica que havia raiado no êxodo do Egito (Ex 15:18). No devido tempo, Deus daria um rei a Israel.

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A possibilidade de um monarca humano não era de todo excluída, desde que tal monarca exercesse sua autoridade sob a égide de Javé e de conformidade com as estipulações da aliança que Ele outorgara a Israel, pois em ultima analise Javé era o Rei de Israel. Assim, a questão da monarquia em si não constitui um mal para Israel. Essa necessidade é retratada com clareza (Jz 17:6; 18:1; 19:1; 21:25). No texto de (1Sm 2:10) a referência aqui ao rei do Senhor antevê o evento central dos livros de Samuel, a saber, a instituição de uma monarquia, e subentende que a ideia de uma monarquia, corretamente cogitada, não é errada.

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Contudo, na ocasião de (1Sm 8), Israel pecou ao buscar um rei (1Sm 8:7; 10:19; 12:17-20). Todavia, a razão por que o pedido do povo desagradou ao Senhor? Vejamos abaixo:

(1Sm 8:5) Os motivos apresentados pelos anciãos para desejarem um rei são realmente um pretexto; o que realmente queriam era ser "como todas as nações" (v. 20). Baseou-se no desejo de seguir os vizinhos pagãos quanto à forma de governo. A motivação de Israel era poder assemelhar-se ao mundo a seu redor, em vez de apegar-se à constituição santa e perfeita que Deus lhes outorgara, o código do Pentateuco. Em um sentido definitivo, Israel estava rejeitando as leis do Senhor, como se fossem inadequadas para às necessidades, preferindo seguir as pegadas dos pagãos idólatras.

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(1Sm 8.7) Samuel inicialmente interpreta a petição em termos de um ataque contra sua própria liderança (v. 6). Mas o Senhor lhe indica que a afronta é muito mais grave do que isso. O pecado deles foi o de rejeitar a Deus como seu Rei e desejar um monarca humano em seu lugar (1Sm 10:19; 12:12-20; contrastar a recusa de Gideão em - Jz 8:23).

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(1Sm 12:3-15) Samuel apresenta argumentos para compelir o povo a reconhecer a sua própria culpa em pedir um rei. Ressalta que no passado, sempre tinha sido o Senhor quem nomeava líderes plenamente adequados (v.6-8). Mesmo quando os israelitas "esqueceram-se do SENHOR", o Senhor fora gracioso para com eles. Embora os sujeitasse à opressão dos inimigos (v. 9), atendia suas confissões e seus rogos por livramento (v. 10) e suscitava juízes. Dentro desse contexto da suficiência da provisão do Senhor, a exigência do povo em ter um rei humano, embora o próprio Senhor fosse seu rei (v.12), pode ser considerada rebelião (8:7).

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No tempo dos juízes, a unidade política e espiritual das doze tribos deteriorou-se gravemente (Jz 17:6; 21:25). Israel viu-se constantemente sob o risco de ser invadido por seus inimigos (1Sm 9:16; 12:12). Em vez de confiar em Deus, o povo quis um rei e um exército que conduzissem a nação à vitória. Queriam alguém que os julgasse e que combatesse suas batalhas, alguém que pudessem ver e seguir. Assim, quando os anciãos pediram para ter um rei, (1Sm 8:5, 20), estavam se esquecendo de que a força de Israel deveria ser diferente da outras nações. O motivo pelo qual eles queriam um rei não era certo. Não foi porque quisessem ter um homem de Deus reinando sobre a nação, mas porque queriam que um homem reinasse sobre eles. Eles desejavam ter um rei para julgá-los com pompa e poder exterior, como todas as nações.

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Os filhos de Israel tinham clamado por um rei. Deus lhes deu primeiro um rei, conforme o desejo do coração deles, Saul. Saul é escolhido, um rei capaz, talentoso, na pessoa de Saul. Era formoso de aspecto, alto e de porte nobre, revelou-se um chefe militar. Entretanto, o primeiro rei foi um fracasso. Tornou-se carnal, voluntarioso, desobediente e ciumento a ponto de ficar insano e sedento de sangue, nos últimos anos de seu reinado. O fato de Saul ser da tribo de Benjamim (1Sm 9:1) e não de Judá (linhagem escolhida por Deus), já é forte indício de que não se esperava em momento algum que ele instituísse uma dinastia (Gn 49:8-10).

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Depois do primeiro rei Deus lhes deu outro, segundo o desejo do coração divino - Davi. Em Davi vemos o tipo de Cristo como Rei. A única profecia específica sobre Cristo nos livros de Samuel é a semente prometida de Davi, a qual estabeleceria o seu Reinado para sempre (2Sm 7:16; Lc 1:32, 33). Apesar de haver rei, os juízes continuariam a funcionar em um âmbito judicial, não numa posição administrativa ou política.

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Profetas (Dt 18:9-22)

A palavra profeta significa basicamente “aquele que fala em nome de um deus e interpreta sua vontade para o homem”. Longe do que parece ser à primeira vista, os profetas de Israel surgiram logo cedo com Abraão, Moisés e Samuel (Gn 20:7; Dt 18:15; 1Sm 3:20). Deus usou estes homens para falar ao povo. A profecia não é um fenômeno do tempo do reinado em Israel.

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Geralmente se pensa que os profetas viviam proclamando as coisas do futuro. No entanto não é assim que acontecia. Menos que 2% da profecia do Antigo Testamento é messiânica, menos que 5% especificamente descreve a era da Nova Aliança, e menos que 1% diz respeito a eventos ainda vindouros. Como vemos, a minoria do conteúdo profético estava relacionada com os acontecimentos futuros. Suas mensagens eram bem atuais para sua época. Sua função era fazer o povo retornar aos mandamentos da Lei. Os profetas denunciavam os erros sociais e religiosos da sociedade e da monarquia, e assim se tornaram arautos de uma compreensão verdadeiramente moral do reino de Deus. Traziam consolações e exortações ao povo da Aliança.

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O Senhor faria Sua vontade conhecida através dos Seus profetas, cujas palavras seriam plenamente compreensíveis ao povo, em contraste com as “revelações misteriosas” dos que operavam com adivinhações. A Lei sobre os profetas é apresentada:

Enumeram-se as práticas proibidas (Dt 18:9-14);Explica-se o ofício de profeta (Dt 18:15-18);Referência àqueles que rejeitarem a palavra

profética ou que corromperem o ofício profético (Dt 18:19-22);

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O homem que se lança ao ofício profético sem ser chamado por Deus é um profeta falso (Dt 18:20);

Os profetas autênticos falariam somente as palavras que Deus lhe desse (Dt 18:18);

Suas palavras se cumpririam infalivelmente (Dt 18:22);

Os falsos profetas poderiam, em certos casos, operar milagres e ter a palavra cumprida, mas ficariam a descoberto através de sua doutrina em desacordo com a de Deus (Dt 13:1, 2);

Deus permitiria que os falsos profetas fizessem sinais, a fim de provar Seu povo (Dt 13:3).

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Moisés introduziu o tema da profecia israelita. Deus comunicaria a sua Palavra a Israel através de uma sucessão de profetas. Na qualidade de mediadores da Palavra de Deus ao povo de Israel os demais profetas funcionariam de maneira semelhante a Moisés, todavia, nenhum deles seria o mediador inicial de uma aliança, e nenhum deles teria igual intimidade com Deus como tinha Moisés, e nem receberia revelações divinas tão claras como aquelas que lhe foram dadas (Nm 12.6-8; Dt 34:10, 11). A passagem de (Dt 18:15, 18, 19) encontra cumprimento final no profeta que é maior do que Moisés - Jesus Cristo (At 3:22-26; 7:37). À semelhança de Moisés, Cristo foi o Mediador de uma aliança entre Deus e o seu povo (Lc 22.20; Hb 8:6-13). Na verdade, Moisés é um tipo profético que aponta para Jesus.

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A advertência contra os falsos profetas foi dada para enfatizar que, embora um profeta parecesse ter credenciais impressionantes, o teste teológico continuava sendo crucial. Dois meios de discernir os falsos profetas são dados: 1º Integridade teológica - um verdadeiro profeta não ensinará o erro, nem desviará o povo (Dt 18:20; 13:1-5); 2º Profecias cumpridas (Dt 18:22).

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Ao se defrontar com profetas traiçoeiros, Israel deveria seguir três linhas de ação: a) Não deveria ouvir. O povo poderia reconhecer, na tentativa do profeta de desvia-los de sua lealdade, um teste para a mesma. b) O falso profeta deveria ser morto, pois estimulara rebelião contra Javé. A ameaça de execução a qualquer ofensor tinha por objetivo a prevenção da difusão de tal câncer e a eliminação do mal de entre o povo de Israel (Dt 13:5; 17:12; 19:11-13; 21:18-21; 22:21-24; 24: 7).

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Está claro biblicamente que tanto os sacerdotes como os profetas foram ordenados por Deus, porém havia diferenças entre si: 1-Quanto ao chamado: Os profetas eram convocados individualmente por Deus, os sacerdotes eram descendentes de Arão; 2-Quanto ao cargo: Os profetas constituíam-se representantes de Deus diante do povo; os sacerdotes eram representantes do povo diante de Deus; 3-Quanto à obra: Os profetas clamavam por justiça espiritual e pureza interior; os sacerdotes tinham sua visão voltada aos ritos religiosos da Aliança; 4-Quanto ao ensino: Os sacerdotes eram os que ensinavam habitualmente; os profetas pregavam reavivamento, reforma.

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Aplicações:Os juízes que governam nas igrejas locais

são os presbíteros, e da mesma forma que no passado, devem julgar retamente;

A igreja deve tomar cuidado em relação aos falsos profetas, pois pode ser provado por meio destes;

A igreja deve levar à sério os desvios doutrinários como era no Antigo Testamento;

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Devemos nos policiar para não nos rebelar contra o governo do Senhor em nossas vidas como fizeram os anciãos;

Os profetas da era da Nova Aliança não são inspirados como os do Antigo Testamento;

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