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O SACRO E O PROFANO
• Os religiosos orientais criam na existência de vários deuses; os judeus, maometanos e cristãos acreditam que há apenas uma divindade, um ser impassível de ser sentido pelos sensores humanos e que é capaz de provocar acontecimentos improváveis/impossíveis que podem favorecer ou prejudicar os homens.
• Para grande parte das religiões, as coisas e as ações se dividem entre sacras e profanas.
• Sacro é aquilo que mantém uma ligação/relação com o(s) deus(es).
• Frequentemente está relacionado ao conceito de moralidade.
• Profano é aquilo que não mantém nenhuma ligação com o(s) deus(es).
• Já o verbo "profanar" (tornar algo profano) é sempre tido como uma ação má pelos religiosos.
AS TRÊS CARACTERÍSTICAS COMUNS
• As religiões possuem grandes narrativas, que
explicam o começo do mundo ou que legitimam a
sua existência.
• O exemplo mais conhecido é talvez a narrativa do
Gênesis na tradição judaica e cristã.
• Quanto à legitimação da existência e da
validade de um sistema religioso, este costuma
apelar a uma revelação ou à obtenção de uma
sabedoria por parte de um fundador, como sucede
no budismo, onde o Buda alcançou a iluminação
enquanto meditava debaixo de uma figueira ou no
Islão, em que Muhammad recebeu a revelação do
Corão de Deus.
• As religiões tendem igualmente a sacralizar determinados
locais.
• Os motivos para essa sacralização são variados, podendo
estar relacionados com determinado evento na história da
religião (por exemplo, a importância do Muro das
Lamentações no judaísmo) ou porque a esses locais são
associados a acontecimentos miraculosos (santuários
católicos de Fátima ou de Lourdes) ou porque são marcos de
eventos religiosos relacionados à mitologia da própria
religião (monumentos megalíticos, como Stonehenge, no caso
das religiões pagãs).
• Na antiga religião grega, os templos não eram locais para a
prática religiosa, mas sim locais onde se acreditava que
habitava a divindade, sendo por isso sagrados.
• As religiões estabelecem que certos períodos temporais
são especiais e dedicados a uma interação com o divino.
• Esses períodos podem ser anuais, mensais, semanais ou
podem mesmo se desenrolar ao longo de um dia.
• Algumas religiões consideram que certos dias da semana
são sagrados (Shabat no judaísmo ou o Domingo no
cristianismo), outras marcam esses dias sagrados de
acordo com fenômenos da natureza, como as fases da lua,
na religião Wicca, em que todo primeiro dia de lua cheia
esbat é considerado sagrado.
• As religiões propõem festas ou períodos de jejum e
meditação que se desenvolvem ao longo do ano.
Classificação das religiõesClassificação geográfica
Esta classificação procura agrupar as religiões com
base em critérios geográficos, como a concentração
numa determinada região ou o fato de certas
religiões terem nascido na mesma região do mundo:
Religiões do Oriente Médio: judaísmo,cristianismo, islamismo, zoroastrismo, fé bahá'í;
Religiões do Extremo Oriente: confucionismo,taoísmo, budismo e xintoísmo;
Religiões da Índia: hinduísmo, jainismo, budismoe siquismo;
Religiões africanas: religiões dos povos tribais daÁfrica Negra;
Religiões da Oceania: religiões dos povos dasilhas do Pacífico, da Austrália e da Nova Zelândia;
Religiões da Antiga Grécia e Roma.
NÚMERO DE ADEPTOS POR RELIGIÃO
(Segundo Gordon Conwell Theological Seminary)
Cristianismo: 2.100.000.000
Islão: 1.300.000.000
Hinduísmo: 970.000.000
Sem religião: 769.000.000
Religiões tradicionais chinesas: 405.000.000
Protestantismo: 375.000.000
Cristianismo Ortodoxo: 220.000.000
Anglicanismo: 80.000.000
Cristãos independentes: 430.000.000
Budismo: 379.000.000
Sikhismo: 25.000.000
Judaísmo: 15.000.000
Religiões tradicionais africanas: 100.000.000
Novas religiões: 108.000.000
CARACTERÍSTICAS DAS RELIGIÕES
HINDUÍSMO
O Hinduísmo foi dividido em fases para melhor
apresentar sua história: Hinduísmo Védico, Hinduísmo
Bramânico e Hinduísmo Híbrido. Na primeira fase,
chamada de Hinduísmo Védico, cultuava-se deuses tribais
como Dyaus (deus do céu, deus supremo) que gerou outros
deuses. Na segunda fase, a partir de adaptações de
outras religiões, surgiu o Hinduísmo Bramânico que
cultuava a trindade composta por Brahma (divindade da
alma universal), Vishnu (divindade preservadora) e
Shiva (divindade destruidora). Na terceira fase
percebem-se diferentes adaptações influenciadas por
religiões a partir do cristianismo, islamismo e outras.
A casta mais pura, formada pelos líderes
espirituais, ou seja, SACERDOTES
Políticos e guerreiros
Comerciantes, Artesãos,
mercadores e camponeses
Trabalhadores menos
qualificados e servos
Brâ
man
es
Xátrias
Vaícias
Sudras
Párias (Dhalits) – os sem casta, os impuros, que só trabalhavam com lixo
Pirâmide Social - HINDU
Em termos de culto, a vaca é mais "pura" do que o
brâmane. Assim, a pessoa que toca uma vaca está
ritualmente limpa. Todos os produtos derivados da vaca
(como o leite e a manteiga) são utilizados em diversas
cerimônias de purificação. Até mesmo o excremento e a
urina da vaca são tão sagrados que podem ser usados
como agentes de purificação.
Um hinduísta acredita que, depois da morte de um indivíduo,
sua alma renasce numa nova criatura vivente. Pode renascer
numa casta mais alta ou mais baixa, ou pode passar a habitar
um animal.
Há uma ordem inexorável nesse ciclo que vai de uma
existência a outra. O impulso por trás dela, ou que a mantém
sempre em movimento, é o karma do homem, palavra sânscrita
que significa "ato". Porém, nesse caso, ato se refere a
pensamentos, palavras e sentimentos, não apenas a ações físicas.
O hinduísmo não reconhece nenhum "destino cego" nem divina
providência. A responsabilidade pela vida do hinduísta no dia de
hoje — e por sua próxima encarnação — será sempre dele. O
homem colhe aquilo que semeou. Os resultados das ações — ou
frutos de uma vida — derivam dessas ações automaticamente.
Poderíamos dizer que a transmigração está sujeita à lei da causa e
efeito. Em outras palavras, o que a pessoa experimenta nesta vida
em termos de riqueza ou pobreza, alegria ou tristeza, saúde ou
doença, é resultado de suas ações numa vida anterior. É desse
modo que os hinduístas explicam as diferenças entre as pessoas.
TRÊS VIAS DE SALVAÇÃO
Durante o período védico, a doutrina do carma e a da reencarnação
eram vistas como algo positivo. Por meio dos sacrifícios e das boas
ações, o indivíduo podia garantir que iria viver várias vidas. Mais
tarde, o hinduísmo passou a considerar esse ciclo como algo
negativo, como um círculo vicioso a ser quebrado. O hinduísmo
não possui uma doutrina clara e não ambígua sobre a salvação que
explique de que modo o homem pode escapar do interminável e
cansativo ciclo das reencarnações. Dentro do hinduísmo há uma
grande quantidade de movimentos e seitas com visões divergentes.
Apesar disso, é possível distinguir três caminhos diferentes para a graça,
que exerceram papel relevante na história da Índia. E continuam
prevalecendo no hinduísmo moderno.
São as Vias do sacrifício, do conhecimento e da devoção.
É importante não pensar que essas vias sejam movimentos religiosos
organizados. Trata-se, na verdade, de três tendências principais dentro do
hinduísmo. O caminho escolhido pode depender do indivíduo. Mas um hinduísta também pode se inspirar nessas três vias.
O Hinduísmo é tão vasto em conteúdo que possui centenas de
conceitos importantes, tais como Brahman, Madhava, Atma,
Samsara, Karma e Moksha:
Brahman – significa imensidão, vastidão ilimitada. É a substância
de todo o universo, e este é multifário e existente. Brahman não
apenas existe, mas É. O multifário é existência, Brahman é Uno. É
o Ser. É a Essência, que se expressa como existência. Existência é
aquilo que está fora (ex) d’Aquilo que É – a Essência, Brahman.
Brahma, que é o Criador do Universo, apenas é uma existência,
como que uma ilusão sobre a face do Real. A letra “n”, no final, faz
enorme diferença.
Madhava – Deus, é o Ser universal em que tudo Nele vive. Deus
encontra-se no interior e exterior de todos os seres e está ao
mesmo tempo próximo e distante. Em Sua sutileza extrema é
imperceptível, preenchendo e envolvendo todo o universo. Deus
é o Ser supremo e onisciente, eterno e soberano. Deus sustém o
universo. Sua forma é inconcebível, pois, sendo infinito, possui
forma como também não a possui. Deus é fulgurante como o
sol que brilha sobre as trevas.
Atma – é o ser que somos, Deus em nós. Paramatma é o Ser
Supremo, o Pai de Cristo.
Samsara – é aquilo que incessantemente se transforma,
isto é, o universo. O que não muda é Brahman, a
realidade. Samsara é uma “sobreimposição” Àquilo que
sempre É (Brahman). Samsara é o mundo cambiante,
palco dos nascimentos e mortes; a roda das
reencarnações, também na terminologia budista.
Samsara é o mundo instável, onde reinam o surgir e o
sumir, o nascer e o morrer. É o nome que se atribui à
roda sempre girante das reencarnações impostas.
TrimurthiKrishna emana de Sua personalidade três formas pessoais, que são
também princípios cósmicos e aspectos do mesmo ser primordial:
1- o mantenedor, 2 - o criador, 3 - o transformador.
O mantenedor ou preservador dos Universos visíveis e invisíveis é
denominado Sri Vishnu. O criador do Universo material é
denominado Sri Brahma e o transformador do universo material é
denominado Sri Shiva. Este último também é conhecido como o
deus destruidor, ao mesmo tempo que é considerado o devoto mais
puro de Krishna. Para os vários universos existem Senhores Brahmas
diferentes. Para os Vaishnavas o centro da trimurthi ( divina trindade
indiana), cuja unidade é Krishna, é Sri Vishnu.
Trimurthi
Algumas religiões surgiram na Índia em decorrência da
trimurthi, entre as quais: o Brahmanismo, o Shivaísmo e o
Vaishnavismo, segundo a importância atribuída aos vários
aspectos da Trimurthi. Atualmente podemos citar alguns
movimentos religiosos importantes: Brahma Kumaris,
Sociedade Satya Sai Baba ( Satya Sai Baba é considerado
uma encarnação de Shiva ) e a ISKON, Sociedade
Internacional para a Consciência de Krishna ( Movimento
Hare Krishna).
Avatar é a encarnação de Deus, o qual desce à forma
humana a fim de restaurar a justiça ( o Sanathana
Dharma, ou Lei Eterna). Os avatares podem ser
classificados segundo critérios estabelecidos pela
sabedoria sagrada. Entre as centenas de nomes de
Deus aceitas pela tradição indiana, o nome Krishna é o
mais reverenciado. Krishna é considerado o próprio
Deus absoluto personificado, não havendo diferença
entre Krishna e o seu nome.
BUDISMO
A história do budismo desenvolve-se desde século VI a.C,
começando com o nascimento de Siddharta Ghautama. Durante
este período, esta religião evoluiu à medida que
encontrou diferentes países e culturas, acrescentando ao
fundo indiano inicial elementos culturais oriundos da
cultura helênica, bem como da Ásia Central, do Sudeste
asiático e Extremo Oriente. No processo, o budismo
alcançou uma expansão territorial considerável ao ponto
de influenciar de uma forma ou de outra, quase todo o
continente asiático. A história do budismo caracteriza-se
também pelo desenvolvimento de vários movimentos e
cismas, entre os quais se encontram as tradições
Theravada, Mahayana e Vajrayana.
O fundador do Budismo neste mundo foi Siddharta
Ghautama ou Buda, que viveu e ensinou no norte da
Índia há cerca de 2.500 anos (entre 563-83 a.C.).
Desde então, milhões de pessoas ao redor do mundo têm
seguido o caminho espiritual que ele revelou.
Na crença budista, a existência terrestre de
Siddharta foi a última etapa de uma série de
sucessivos renascimentos, isto é, a vida deste
representa o fim do caminho em direção à
libertação do Samsara.
O termo “Buda” significa “o iluminado”; aquele que se
desperta a ele próprio e que proporciona o despertar
dos outros. O Budismo também se assume como uma
doutrina moral, considerando a bondade e a compaixão
qualidades essenciais à Iluminação. A primeira
qualidade leva à paz, a segunda combate a miséria.
Como é sabido, Buda pregava a igualdade de todas as
castas ante a religião, pregava a transmigração,
a caridade, a renúncia a todas as paixões,
o aniquilamento de todos os desejos para se poder
chegar a tranquilidade absoluta – .
As Três Leis Fundamentais
(Três Marcas da Existência)
A primeira lei é o ponto de partida para todo o sistema
religioso budista - a “impermanência” (anitya), que nos
revela que no mundo material nada permanece, tudo está
em movimento. As coisas podem dar a impressão de o
serem, contudo isso não passa de uma ilusão.
A segunda lei é a ”insatisfação” (duhkha), ou seja, a
dor, que é consequência da primeira. Para o
pensamento budista, tudo o que não fosse permanente
gerava insatisfação.
A terceira lei é a ideia de ”inexistência de
alma” (anatman). Segundo o budismo, os seres humanos
não têm alma (atman) permanente. Para este, o ser
humano era um ser desigual, constituído por uma nuvem
de componentes físicos e mentais em permanente
mudança.
As Quatro Nobres Verdades
e o Caminho Óctuplo.
Este despertar não é possível sem antes desarraigar a ignorância, fonte de todo sofrimento. Logo após ter alcançado a iluminação, Buda aconselhou à compreender as Quatro Nobres Verdades, caminhar pelo Nobre Caminho Óctuplo e completar a prática das Seis Perfeições (paramitas).
As Quatro Nobres Verdades
1.A primeira considerava a vida na sua
essência, insatisfatória.
2.A segunda corresponde à ideia de que essa insatisfação
deriva das ânsias (trsna), ou seja desejos, que
assolavam o ser humano e da sua ignorância(avidya).
3.A terceira era que este não tinha de ser o destino de
todos os homens e que haveria uma forma de fugir à
escravatura deste mundo insatisfatório.
4.A quarta nobre verdade determinava o caminho de fuga à
escravidão do mundo, ou seja, as Oito Vias Sagradas.
Nobre Caminho Óctuplo.
ÉTICA
3 - Reta Palavra4 - Reta Ação
5 - Retos Meios de Vida
6 - Reto Esforço7 - Reta Atenção8 - Reta Concentração
1 - Reto Entendimento2 - Reto Pensamento
SABEDORIA
DISCIPLINA
Últimas palavras de Buda:
"Ó, monges! Estas são minhas últimas palavras.
Tudo o que foi criado está sujeito à decadência
e à morte. Nada é permanente. Trabalhem muito
pela própria salvação com atenção plena, esforço
e disciplina".
Confucionismo
• Filosofia originada dos ensinamentos de Confúcio, formulados no século V a.C. Introduziu um conjunto de regras éticas que pregam o respeito aos idosos, à família e à pátria.
• Valoriza o ensino e defende a presença de sábios e intelectuais no poder. As idéias de Confúcio ainda são utilizadas pelas elites chinesas para se manterem no poder há milhares de anos.
Confúcio viveu numa época em que a China se
encontrava dividida em estados feudais que
lutavam pela supremacia do poder, estas
guerras eram seguidas de execuções em
massa, soldados eram pagos para trazer as
cabeças dos seus inimigos. Populações
inteiras eram dizimadas através da
decapitação de mulheres, crianças e velhos,
o numero de mortes era assustador.
A longa e complexa história política do povo
provocou a desunião e diversidade, que estavam
refletidas nas características sociais e
culturais da Dinastia Chou. A renascença social e
moral advogada por Confúcio não tinha aprovação
universal, principalmente nos círculos de poder,
e seu ardente desejo era um posto governamental.
Confucionismo não é o termo original dessa corrente
de pensamento, mas sim a palavra chinesa “Jucia”.
Esta palavra definia os adeptos do confucionismo. A
palavra “Confucionismo” foi conferida pelos
missionários católicos que visitavam a China.
Confúcio chegou a alcançar o cargo de governador do
Estado de Lu, mas viveu a maior parte de sua vida
pregando aos seus discípulos.
Regressou a sua terra natal quando tinha 68 anos,
onde continuou a dedicar-se ao ensino de um grupo
de discípulos. A escola privada, fundada por
Confúcio, cresceu a ponto de ter 3.000 alunos,
dos quais setenta e dois eram os seus discípulos
mais eruditos. Ele tentou transformá-los em Jens,
seres humanos perfeitos que praticassem o
exercício do amor e da bondade.
Segundo seus ensinamentos, a sociedade humana deve
ser regida por um movimento educativo, o qual parte
de cima, e equivale ao amor paterno, e por outro de
reverência, que parte de baixo, como a obediência
de um filho. O Confucionismo considera o homem bom
e possuidor do livre arbítrio, sendo a virtude sua
recompensa. O único sacrilégio é desobedecer à
regra da piedade.
Não existe Deus criador do mundo, nem deuses menores.
Não existe uma hierarquia sacerdotal. Apesar de não
existir um deus criador, o conceito de Tao, muito
presente na filosofia indiana, aparece muito no
Confucionismo. Tao é uma palavra difícil de definir ou
traduzir, mas pode ser entendida como a harmonia de toda
a existência, seu equilíbrio e expressão. O caminho do
Confucionismo está fundamentado na busca do Tao. Para
tanto, é preciso situar a consciência além do mundo da
dualidade, representada na filosofia chinesa como o yin
e yang.
Se considerarmos a religião apenas como
uma Igreja hierarquicamente constituída
com seu clero e sua estrutura jurídica,
o confucionismo não é uma religião;
mas, se voltarmos nossa atenção às
crenças em entidades sobrenaturais e em
espíritos, então sim o confucionismo
pode e deve ser reconhecido como uma
autêntica religião.
T`ien, o Deus do Céu, não é criador, porém, vigia o
cumprimento das exigências morais por parte dos homens
e as correspondentes leis da natureza; também reparte
prêmios e castigos. Ao lado do Deus do Céu encontra-se
a Deusa da Terra e, a união dos mesmos se converteu
nos progenitores simbólicos do Imperador.
Sendo o Imperador considerado descendente do Deus do
Céu, é ele que devia ofertar-lhe os sacrifícios.
Igualmente os Senhores Feudais que identificavam aos
deuses da natureza (o deus do solo e o deus do grão)
como sendo seus próprios antepassados, ofertavam
sacrifícios a estes deuses inferiores.
Grandes Frases de Confúcio
• Confúcio nos ensina também que “Se o povo for conduzido apenas por meio de leis e decretos impessoais e se forem trazidos à ordem apenas por meio de punições, ele apenas procurará evitar a dor das punições, evitando a transgressão por medo da dor. Mas se ele for conduzido pela virtude e trazido à ordem pelo exemplo e pelos ritos em comum, ele terá o sentimento de pertencer a uma coletividade e o sentimento de vergonha quando agir contrario a ela e, assim, bem se comportará de livre e espontânea vontade”.
"Aquele que for realmente bom nunca poderá estar
infeliz“
"Aquele que for realmente sábio nunca poderá
estar confuso"
"O sábio não se aflige por não ser conhecido dos
homens; ele se aflige por não conhecê-los.“
“Não faça aos outros o que não queres que façam
com você”.
• Escolha um trabalho que você ame e não terás que trabalhar um único dia em sua vida.
• O homem de bem exige tudo de si próprio; o homem medíocre espera tudo dos outros.
• É mais fácil vencer um hábito hoje do que amanhã.
• O homem superior age antes de falar e depois fala de acordo com suas ações.
• Aquele que mais estima o ouro do que a virtude, há de perder a ambos.
• O homem se distingue dos outros seres pelo seu sentido de justiça.
• O silêncio é um amigo que nunca trai.
• O caminho da verdade é largo e fácil de descobrir. O mal está em que os homens não o
procuram.
• A melhor maneira de ser feliz é contribuir para a felicidade dos outros.
• Não são as más ervas que sufocam o grão. É a negligência do cultivador.
• Ser ofendido não tem importância nenhuma, a não ser que a gente continue a lembrar disso.
• Até que o sol brilhe, acendamos uma vela na escuridão.
• Se tiverdes acesso à fama, comporta-te como se estivesses a receber um hóspede; se estiverdes no governo de um povo, comporta-te como se estivesses pronto a oferecer um grande sacrifício.
• Para onde quer que fores, vai todo, leva junto teu coração.
• Não te suponhas tão grande ao ponto de pensares ver os outros menores que ti.
O Taoismo, também chamado Daoismo e Tauismo, é uma
tradição filosófica e religiosa, originária da
China, que enfatiza a vida em harmonia com o Tao
(romanizado atualmente como "Dao"). O termo chinês
"Tao" significa "caminho", "via" ou "princípio", e
também pode ser encontrado em outras filosofias e
religiões chinesas. No taoísmo, especificamente, o
termo designa a fonte, a dinâmica e a força motriz
por trás de tudo que existe.
• Baseia-se num livro chamado Tao Te Chiang, atribuído ao filósofo Lao-tsé, que viveu no século VI a.C.
Segundo ele, o tao é a base da qual todas as coisas
são criadas. O mundo é dinâmico e cíclico, com
contradições que se completam: o Yin e o Yang, ou
seja, o preto e o branco, o homem e a mulher, o
complexo e o simples, o salgado e o doce, o
introvertido e o extrovertido.
• Segundo o taoísmo, a vida é a busca combinada da harmonia entre o Yin e o Yang, isto é, a busca do
equilíbrio, mesmo que um dos dois lados se sobreponha
ao outro momentaneamente.
• Uma das religiões mais importantes da China, divide com o budismo e o confucionismo as
preferências dos chineses que praticam uma mistura
das três religiões.
• Mais do que uma religião, o taoísmo é uma filosofia que busca a integração do indivíduo à
ordem universal pela compreensão da essência do
Universo.
• A Acupuntura é um bom exemplo da utilização do taoísmo no cotidiano da população, pois parte do
princípio de que o corpo e o espírito estão em
equilíbrio, representando o Yin e o Yang. Se o
corpo adoece é porque o espírito sofre.
As escolas taoistas tradicionalmente reverenciam
Lao Zi e os "imortais" ou "ancestrais" e possuem
diversos rituais de adivinhação e exorcismo, além
de práticas que visam a atingir o êxtase e obter
maior longevidade ou mesmo a imortalidade.
As tradições e éticas taoistas variam de acordo com
a escola, porém, no geral, enfatizam a serenidade,
a não ação (wu-wei), o vazio, a moderação dos
desejos, a simplicidade, a espontaneidade,
a contemplação da natureza e os Três Tesouros:
compaixão, moderação e humildade.
A alquimia chinesa (especialmente neidan),
a astrologia chinesa, o zen-budismo,
diversas artes marciais, a medicina
tradicional chinesa, o feng shui e diversos
estilos de Qi gong têm suas histórias
entrelaçadas com a do taoismo. Além da
China em si, o taoismo teve grande
influência nas sociedades do leste da Ásia.
Representação do "Tao", o conceito
fundamental do taoísmo, na escrita
chinesa
Lao-Tsé, o mítico fundador do taoísmo
Xintoísmo era a religião primitiva do Japão antes da
vinda do budismo, que é atualmente a principal religião
do Japão. É uma religião muito simples. Existe apenas um
mandamento: a necessidade de ser fiel a seus ancestrais.
Seus primeiros aspectos foram naturalistas, que incluíam
espiritismo, totemismo, adoração da natureza, e uma
espécie de rude monoteísmo. Precocemente o japonês
adorava o sol, o trovão, a terra, os vulcões, os tigres,
serpentes, árvores, arbustos, trepadeiras, etc, e até
mesmo pedras. A etapa posterior é mais intelectual e
eticamente orientada.
xintoismo
As origens mais antigas do xintoísmo são desconhecidas,
mas acredita-se que o que hoje é conhecido como
xintoísmo começou a se formar provavelmente no
período Jomon, entre -982 AC. Acredita-se que após as
primeiras migrações do que viria a ser o povo japonês
(também existem muitas dúvidas quanto a origem do povo
japonês), as pessoas se estabeleceram em
pequenas tribos, isoladas umas das outras, e cada qual
possuía suas próprias divindades e ritos.
O deus principal é Amaterasu, o Deus Sol, de quem a
Família Imperial do Japão tem suas raízes.
Xintoísmo (em japonês: 神道, transl. Shintō) é o nome
dado à espiritualidade tradicional do Japão e
dos japoneses, considerado também uma religião pelos
estudiosos ocidentais. A palavra Shinto ("Caminho dos
deuses") foi adotada do chinês escrito (神道),através
da combinação de dois kanji: "shin" (神?), que
significa "deuses" ou "espíritos" (originalmente da
palavra chinesa shen); e "tō" (道?), ou "do", que
significa "estudo" ou "caminho filosófico"
(originalmente da palavra chinesa tao).
O xintoísmo caracteriza-se pelo culto à natureza,
aos ancestrais,e pelo seu politeísmo, com uma forte
ênfase na pureza espiritual, e que tem como uma de suas
práticas honrar e celebrar a existência de Kami (神?),
que pode ser definido como "espírito", "essência" ou
"divindades", e é associado com múltiplos formatos
compreendidos pelos fieis; em alguns casos apresentam
uma forma humana, em outros animística, e em outros é
associado com forças mais abstratas, "naturais", do
mundo
(montanhas, rios, relâmpago, vento, ondas, árvores,
rochas).
Não possui livros sagrados como a Bíblia, Alcorão.
Há um conj. de textos sobre ensinamentos da religião –
Shinten – corresponde a escrituras sagradas.
Kojiki – considerado o texto sagrado mais antigo,
composto por três volumes.
Kogo-shui: compilação das tradições do clã.
O sacerdote xintoísta é designado pelo termo shinshoku
ou kannushi.
Os espíritos dos antepassados também são considerados
deuses tutelares da família ou do país, motivo pelo qual
os ritos fúnebres possuem grande relevo.
Não é uma religião confessional.
Influenciou fortemente todas as religiões do Japão.
ZOROASTRISMO
O Faravahar (ou Ferohar),
representação da alma humana antes
do nascimento e depois da morte, é
um dos símbolos do zoroastrismo.
O zoroastrismo, masdaísmo, masdeísmo ou parsismo é uma
religião fundada na antiga Pérsia pelo profeta
Zaratustra, a quem os gregos chamavam de Zoroastro. É
considerada como a primeira manifestação de um
monoteísmo ético. De acordo com historiadores da
religião, algumas das suas concepções religiosas, como a
crença no paraíso, na ressurreição, no juízo final e na
vinda de um messias, viriam a influenciar o judaísmo, o
cristianismo e o islamismo.
Tem seus fundamentos fixados no Avesta e admite a
existência de duas divindades (dualismo), as quais
representam o Bem (Aúra-Masda) e o Mal (Arimã). Da luta
entre essas divindades, sairia vencedora a divindade do
Bem, Aúra-Masda.
Zoroastro viveu na Ásia Central, num território que
compreendia o que é hoje a parte oriental do Irã e a
região ocidental do Afeganistão. Não existe um consenso
em torno do período em que viveu; os acadêmicos têm
situado a sua vida entre 1750 e 1000 a.C. Sobre a sua
vida, existem poucos dados precisos, sendo as lacunas
preenchidas por lendas.
De acordo com os relatos tradicionais zoroastrianos,
Zoroastro viveu no século VI a.C., pertencendo ao clã
Spitama, sendo filho de Pourushaspa e de Dugdhova. Era
o sacerdote do culto dedicado a um determinado ahura.
Foi casado duas vezes e teve vários filhos. Faleceu aos
setenta e sete anos assassinado por um sacerdote.
A religião do Irã antes do surgimento do zoroastrismo
apresentava semelhanças com a da Índia védica, dado que as
populações que habitavam estes espaços descendiam de um
mesmo povo, os arianos (ou indo-iranianos). Era uma
religião politeísta, na qual o sacrifício dos animais e o
consumo de uma bebida chamada haoma (em sânscrito: soma)
desempenhavam um importante papel.
Os seres divinos enquadravam-se em duas classes, ambas de
características positivas: os ahuras (em sânscrito:
asuras; "senhores") e os daivas (em sânscrito: deivas;
"deuses").
Aos trinta anos, enquanto participava num ritual de
purificação num rio, Zaratustra viu um ser de luz que se
apresentou como sendo Vohu Manah ("Bom Pensamento") e que o
conduziu até à presença de Ahura Mazda(Deus) e de outros
cinco seres luminosos, os Amesha Spentas, sendo este o
primeiro de uma série de encontros com Ahura Mazda, que lhe
revelou a sua mensagem. As autoridades civis e religiosas
opunham-se às doutrinas de Zoroastro. Após doze anos de
pregação, Zoroastro abandonou a sua região natal e fixou-se
na corte do rei Vishtaspa na Báctria (região que se encontra
no atual Afeganistão). Este rei e sua esposa, a rainha
Hutosa, converteram-se à doutrina de Zoroastro e o
zoroastrismo foi declarado como religião oficial do reino.
Os zoroastrianos dividem-se entre o dualismo ético ou o
dualismo cosmológico, existindo também outros que aceitam
os dois conceitos. Alguns acreditam que Ahura Mazda tem um
inimigo chamado Angra Mainyu (ou Ahriman), responsável pela
doença, pelos desastres naturais, pela morte e por tudo
quanto é negativo. Angra Mainyu não deve ser visto como um
deus; ele é, antes, uma energia negativa que se opõe à
energia positiva de Ahura Mazda, tentando destruir tudo o
que de bom foi feito por ele (a energia positiva de Deus é
chamada de Spenta Mainyu). No final, Angra Mainyu será
destruído e o bem triunfará.
Muitos zoroastrianos encaram o dualismo no plano
interno de cada pessoa, como a escolha que cada
um deve fazer entre o bem e o mal, entre uma
mentalidade progressista e uma mentalidade
retardatária.
Os zoroastrianos acreditam que Zoroastro é um
profeta de Deus, mas não é alvo de particular
veneração. Eles acreditam que, através dos seus
ensinamentos, os seres humanos podem aproximar-
se de Deus e da ordem natural marcada pelo bem e
justiça (asha).
Os masdeístas não representam seus deuses em esculturas e têm
templos. Deixaram traços nas principais religiões mundiais como
o judaísmo, cristianismo e islamismo através das seguintes
crenças:
Imortalidade da alma
Vinda de um Messias
Ressurreição dos mortos
Juízo final
A doutrina de Zaratustra foi espalhada oralmente e suas reformas
não podem ser entendidas fora de seu contexto social. O
indivíduo pode receber recompensas divinas se lutar contra o mal
em seu cotidiano, como pode também ser punido após a morte caso
escolha o lado do mal. Os mortos são considerados impuros, então
não são enterrados, pois consideram a terra, o fogo e a água
sagrados, eles os deixam em torres para serem devorados por aves
de rapina.
Templo de fogo na cidade iraniana de Yazd
Os templos religiosos do zoroastrismo, onde se desenrolam as cerimônias e se celebram os festivais próprios da religião, são conhecidos como templos de fogo.Estes edifícios possuem duas partes principais. A mais importante é a câmara onde se conserva o fogo sagrado, que arde numa pira metálica colocada sobre uma plataforma de pedra. Os sacerdotes zoroastrianos visitam o fogo cinco vezes por dia e procuram mantê-lo aceso, fazendo oferendas de sândalo purificado. Recitam também orações perante o fogo com a boca tapada por um tecido, de modo a não contaminarem o fogo. Este respeito pelo fogo sagrado levou a que os zoroastrianos fossem chamados de "adoradores de fogo", o que constitui um erro, na medida em que o fogo não é adorado em si, mas como um símbolo da sabedoria e luz divina de Ahura Mazda. Os templos de fogo mais importantes do Irão e da Índia mantêm uma chama de fogo sagrado a arder perpetuamente.
A Fé Bahá’í é uma religião monoteísta fundada por
Bahá'u'lláh, um nobre persa que viveu no século XIX. Os
seus ensinamentos afirmam que existe um único Deus e que
todas as grandes religiões mundiais têm a mesma origem
divina. Os fundadores das grandes religiões mundiais
trouxeram ensinamentos adequados às necessidades e
maturidade de diversos povos, em diferentes momentos da
sua história. Entre estes Mensageiros - designados como
"Manifestantes de Deus" - encontram-se Krishna, Buda,
Abraão, Moisés, Zoroastro, Cristo, Maomé, e mais
recentemente o Báb e Bahá'u'lláh.
BAHÁ´Í
Os seguidores da religião Bahá’í são conhecidos como
"Bahá’ís". Esta palavra deriva do árabe "Bahá", que
significa "glória" ou "esplendor".
As três figuras centrais da fé Bahá’í são: Báb
(1819-1850), Bahá’u’ lláh (1817-1892), e Abdu’l-Bahá
(1844-1921). As escrituras foram escritas por estes
três profetas. São escritos únicos, dado que, pela
primeira vez, escrituras sagradas de uma religião
chegam aos nossos dias escritas pelo punho e letra
do seu fundador ou assinadas por ele.
DEUS
As Escrituras Bahá'ís mencionam diversos atributos de Deus:
Único, Inacessível, Omnisciente, Omnipotente, Imperecível,
Todo-Geneoso, etc. Deus e a criação são considerados eternos,
sem princípio nem fim. Apesar de ser inacessível, Deus tem
consciência da Sua criação, transmitindo-lhe a Sua vontade e
propósito através dos Seus Manifestantes.
Os ensinamentos Bahá'ís declaram que Deus é demasiado grande
para que os seres humanos O possam compreender, ou obter dele
uma mensagem correta e completa. Desta forma, considera-se
que a única forma para conhecer Deus é através dos Seus
Mensageiros.
A RELIGIÃO
O conceito Bahá’í de Revelação Progressiva baseia-se na
aceitação da validade da maioria das grandes religiões
mundiais, cujos fundadores são considerados Mensageiros de
Deus. Ao longo da história da humanidade, têm surgido
diversos Manifestantes de Deus, que fundaram religiões com
leis e ensinamentos adequados à maturidade e necessidades
de diferentes povos.
Nessas religiões encontramos princípios e valores que
são comuns (exemplo: o amor ao próximo, o respeito pelos
pais) e que nunca são alterados; também encontramos
ensinamentos de carácter social específicos (exemplo:
restrições alimentares ou o divórcio) que podem não
existir noutras religiões ou vir a ser revogados por
outro Manifestante de Deus. Os Bahá'ís consideram que o
processo de revelação progressiva não terá fim,
considerando que Bahá'u'lláh não é o último dos
Manifestantes, mas apenas o mais recente.
O SER HUMANO
As Escrituras Baha’is consideram que o ser humano possui uma
alma racional, e que isso lhe confere a capacidade única de
reconhecer o seu Criador e compreender a relação da
humanidade com Deus. Considera-se que todos os seres humanos
têm o Dever de reconhecer Deus através dos Seus
Manifestantes, e obedecer aos seus ensinamentos. Através do
reconhecimento e obediência aos Manifestantes de Deus,
serviço à humanidade e oração regular, o indivíduo consegue
desenvolver as suas potencialidades espirituais.
Quando uma pessoa morre, a alma entra num novo
mundo onde o desenvolvimento espiritual
conseguido durante a existência no mundo material
se torna a base dessa nova etapa da sua
existência. O ensinamento principal de
Bahá'u'lláh pode resumir-se na frase "A terra é
um só país e a humanidade os seus cidadãos“. Na
verdade, chegou o momento de unificação da grande
família humana e construção de uma sociedade
global. Segundo Bahá'u'lláh, preconceitos
raciais, sociais, religiosos e nacionalistas
devem ser postos de lado de forma a conseguirmos
transformar-nos numa civilização global.