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A Organização Dinâmica do Jogo de Futebol

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Miguel Cardoso (Shakhtar Donetsk)

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  • 1. A Organizao Dinmica do Jogo de Futebol Curso de Treinadores de Futebol Tcnico-Tctica Miguel Cardoso UEFA B Maio 2010
  • 2. JOGO JOGADORES Aco Conjugada Individual Misses Tcticas Individuais Cooperao simultnea ou sequencial Lgica de dimenso - Sectorial - Intersectorial A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010
  • 3. Lgica de dimenso Sectorial Sectorial e Intersectorial Agrupam-se um pequeno nmero de jogadores, os quais tm a tarefas bsicas idnticas, assegurando, em ltima anlise, a estabilizao e o reforamento das suas atitudes e comportamentos tctico-tcnicos individuais e, a sua sincronizao com os outros colegas do mesmo sector. Intersectorial Articulao dos diferentes sectores da equipa (defensivo, mdio e ofensivo) nos quais se procura evitar que cada sector se concentre somente nas suas tarefas tcticas e, simultaneamente, percam a noo da funcionalidade geral da equipa. Quanto maior for a desarticulao intersectorial maior a permeabilidade da equipa s aces dos adversrios! A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010
  • 4. Diviso de funes tcticas especficas para cada jogador Jogo - Treino Reagrupamento das aces individuais em sectores de jogo Em funo de um MODELO DE JOGO Dos objectivos estratgicos do jogo Dos contextos situacionais momentneos deste Os jogadores possam assumir comportamentos tctico-tcnicos de segurana, de equilbrio entre risco e a segurana e de risco!!! A Organizao Dinmica do Jogo Sincronizao das aces individuais numa dimenso colectiva
  • 5. O que se pretende com este Sistema Metodolgico? Concretizao de formas superiores de coordenao Articulao sectorial e intersectorial Movimentao coerente e global da equipa Sincronizao temporal dos comportamentos dos jogadores Criao constante de um amplo leque opcional Cada comportamento individual tenha sentido colectivo Afinao dos tempos de resoluo mental e de execuo motora Rentabilizao dos esforos de carcter fsico A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010
  • 6. Mtodos de Jogo A sua natureza deriva de vrias premissas Coordenao unitria dos jogadores que constituem a equipa - Conjugao de esforos dos vrios elementos da equipa com o intuito de responder colectiva e eficazmente a todas as contextualidades situacionais que o jogo de futebol em si encerra Diviso de tarefas e funes tcticas Estas devem ser compreendidas e assimiladas por todos, isto , que cada um entenda as suas e as dos seus companheiros. Unidade de compreenso, da atitude e da aco Necessidade de cada jogador sincronizar os seus comportamentos, em funo da resoluo das situaes de jogo, estando simultaneamente consciente das suas aces e das dos seus companheiros, por forma, que cada comportamento tenha uma inteno, um ritmo, um tempo e uma eficcia na resoluo. resoluo. Estabelecimento de princpios directores e orientadores A forma geral de organizao do ataque e da defesa dentro do Modelo de Jogo da equipa, desenvolve mecanismos directores e orientadores de participao, entreajuda, equilbrio, simplificao, racionalizao. A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010
  • 7. Mtodos de Jogo Cada equipa ao aplicar um determinado mtodo de jogo expressa um tempo e um ritmo que determinam diversos aspectos: A variao sequencial da velocidade de execuo dos procedimentos tctico-tcnicos individuais e colectivos quer do mbito ofensivo como defensivo. O conhecimento dos espaos de jogo, onde e como os aplicar de forma metdica e sistemtica, com vista a assegurar o sucesso de cada iniciativa. O uso do factor surpresa por forma a tirar vantagens, que derivam dos desequilbrios pontuais e temporrios da organizao ofensiva ou defensiva da equipa adversria. A conduzir a equipa adversria a entrar em crise de raciocnio tctico, o que determinar uma anlise, uma tomada de deciso e um comportamento incorrectos para a resoluo das diferentes situaes de jogo. A jogar convenientemente com os diferentes graus de segurana e de risco, na resoluo das situaes de jogo. Criando de forma constante e consistente alteraes estruturais na organizao da equipa adversria. O impor variabilidade nas situaes de jogo para que a equipa adversria responda estratgica, tctica e tecnicamente de modo desfasado em funo dos momentos mais propcios para a sua aplicao.
  • 8. Mtodos de Jogo Contra-ataque Ataque rpido Ataque posicional MJO compostos Mtodos de Jogo Defensivo Visam uma coordenao eficaz das aces dos jogadores que constituem a equipa, por forma a criar as condies mais favorveis para concretizar os objectivos da defesa, isto , a recuperao da posse da bola e a proteco da baliza. Mtodos de Jogo Ofensivo Visam uma coordenao eficaz das aces dos jogadores que constituem a equipa, por forma a criar as situaes mais favorveis para concretizar os objectivos do ataque da equipa em consonncia com os objectivos do jogo o golo. Defesa Individual Defesa Zona Defesa mista Defesa zona pressionante A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010
  • 9. Processo Ofensivo CONCEITO O processo ofensivo representa uma das duas fases fundamentais do jogo de futebol, sendo objectivamente determinado, pela equipa que se encontra de posse de bola, com vista obteno do golo, sem cometer infraces s leis do jogo. Quando determinada equipa est de posse de bola, para alm de poder concretizar o objectivo o golo, poder: 1. Controlar o ritmo especfico do jogo. 2. Criar condies por forma a surpreender os adversrios. 3. Obrigar os adversrios a passarem por longos perodos sem a posse da bola. 4. Concretizar a recuperao fsica de companheiros. A Organizao Dinmica do Jogo
  • 10. Processo Ofensivo OBJECTIVOS A posse da bola no um fim em si e torna-se utpica, se no for conscientemente considerada como o primeiro passo indispensvel no processo ofensivo, sendo condio "sine qua non" para a concretizao dos seus objectivos fundamentais. fundamentais Progresso/finalizao - Aps a recuperao da posse da bola, o objectivo fundamental da equipa o de progredir em direco baliza adversria, de uma forma rpida e eficaz, evitando-se ao mximo a interrupo deste processo. Contnua instabilidade da equipa adversria Orientao das aces tcnico-tcticas especficas do jogo numa direco definida Criao de condies para a obteno do golo A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010
  • 11. Processo Ofensivo Manuteno da posse da bola - A concretizao deste objectivo significa evitar o risco irracional presente em alguns jogadores, que em diferentes circunstncias do jogo perdem, de forma extempornea, a posse da bola pondo assim em causa todo um esforo colectivo, que determinou a sua recuperao. A maximizao deste objectivo pressupe a/o: Resolver os diferentes contextos situacionais, avaliando-os em funo do binmio risco/segurana Quebrar o ritmo do jogo adversrio Manter a iniciativa do jogo A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010
  • 12. Processo Ofensivo ETAPAS CONSTRUO DO PROCESSO OFENSIVO Procura assegurar o deslocamento da bola da zona de recuperao para as reas vitais do terreno de jogo. CARACTERSTICAS ESSENCIAIS 1. a fase do ataque mais fcil e frequentemente observvel despendendo-se igualmente maior tempo para a sua concretizao. 2. Consta de circulaes, combinaes e aces tcticas individuais e colectivas visando a progresso da bola para as zonas propcias finalizao. 3. A circulao da bola pelos vrios jogadores realizada de uma forma contnua, fluente e eficaz, evitando-se ao mximo a sua interrupo. 4. Procura-se criar de forma continua ou pontual situaes de instabilidade na organizao defensiva adversria. A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010
  • 13. CRIAO DE SITUAES DE FINALIZAO CARACTERSTICAS ESSENCIAIS a etapa que visa fundamentalmente assegurar nas zonas predominantes de finalizao os pressupostos mais vantajosos para a concretizao imediata do objectivo do jogo. 1. nesta etapa do ataque que culminam as combinaes "mais ricas" do ponto de vista tctico, pois, s assim possvel provocar as roturas necessrias implementao da fase de finalizao. 2. Esta etapa concentra-se num espao de jogo onde afluem um grande nmero de jogadores requerendo por parte dos atacantes um maior risco e uma maior eficcia na execuo das aces tcnico-tcticas 3. fundamental que se observem aces que exprimam uma grande mobilidade por forma a criar, explorar e a ocupar espaos vitais de jogo. 4. nesta etapa do processo ofensivo que se procura e se provoca situaes de jogo que levem os defesas a errar e a cometer infraces. A Organizao Dinmica do Jogo
  • 14. FINALIZAO Esta fase do processo ofensivo objectivada pela aco tcnicotctica individual (remate) que culmina todo o trabalho da equipa com vista obteno do golo. CARACTERSTICAS ESSENCIAIS 1. Desenrola-se numa zona restrita do terreno de jogo, onde a presso dos adversrios elevada e o espao de realizao diminuta. 2. As condies de execuo tcnico-tctica exigem uma preciso e um ritmo elevados, em que a espontaneidade, a determinao e a criatividade so as componentes mais evidentes desta etapa do ataque. 3. A responsabilidade do jogador que objectiva esta fase do jogo, reside no facto de ter de valorizar individualmente aquilo que foi construdo atravs do esforo colectivo. A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010
  • 15. Mtodos do Jogo Ofensivo 4 CONTRACONTRA-ATAQUE CARACTERSTICAS ESSENCIAIS 1. Rpida transio das atitudes e comportamentos tcnico-tcticos individuais e colectivos, da fase defensiva para a fase ofensiva do jogo, logo aps a recuperao da posse da bola. 2. Elevada velocidade de transio da zona do campo onde se efectuou a recuperao da posse da bola, s zonas predominantes de finalizao. 3. Mxima (a mais elevada) cadncia-ritmo de circulao da bola e dos jogadores. 4. Simplicidade do processo ofensivo, implicando um reduzido nmero de jogadores que intervm directamente sobre a bola, executando comportamentos tcnico-tcticos fundamentalmente pelo lado do risco 5. Execuo de respostas tcnico-tcticas em condies favorveis em termos de tempo e espao, cuja direco tem como alvo a baliza adversria. 6. Impedir a equipa adversria, devido velocidade deste mtodo ofensivo, em dispr do tempo necessrio para poder evoluir para uma organizao mais estvel e coesa do seu mtodo defensivo. A Organizao Dinmica do Jogo 1 3 2
  • 16. 7. Obriga a aplicao de mtodos defensivos, em que os jogadores se posicionam e se concentram muito perto da sua grande rea. Este facto provoca na equipa adversria, quando em processo ofensivo, uma falsa sensao de domnio de jogo levando os jogadores, a "subir" no terreno para colmatar o desequilbrio existente e a recrutar um maior nmero de jogadores para cumprirem o objectivo do ataque. Em consequncia desta aco, criam-se grandes espaos de jogo, entre a ltima linha defensiva e a baliza, espaos esses que podero ser utilizados para a aplicao eficaz do CONTRA-ATAQUE. ASPECTOS FAVORVEIS 1. Cria sucessivamente condies de instabilidade do processo defensivo adversrio, devido rpida transio de atitudes e comportamentos da fase defensiva para a fase ofensiva e elevada velocidade de transio da zona de recuperao da posse da bola para as zonas predominantes de finalizao. 2. Transmite equipa adversria, quando eficazmente utilizado, um elevado nvel de insegurana. Assim, decorrido algum tempo observa-se, que um s atacante "prende" a ateno de dois ou mais adversrios 3. Provoca um elevado desgaste tcnico-tctico, fsico e principalmente psicolgico aos adversrios, cuja funo tctica marcar os atacantes que relanam e suportam fundamentalmente este mtodo ofensivo 4. Aumenta as dificuldades de marcao dos atacantes, pois a maioria dos deslocamentos neste mtodo ofensivo, executam-se de trs para a frente da linha da bola, o que torna as situaes mais delicadas em termos defensivos A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010
  • 17. ASPECTOS FAVORVEIS (cont.) 5. Eleva a capacidade de iniciativa, improvisao e criatividade dos jogadores, que devido sua grande liberdade de aco podem valorizar e explorar amplamente as suas capacidades individuais. 6. Usufrui de condies favorveis em termos de espao. A criao e utilizao eficaz destes espaos leva a uma constante modificao do ngulo de ataque, consequentemente provoca uma constante instabilidade da organizao da defesa adversria, sempre que este conceito tctico se verifica. 7. Dificulta ou mesmo impossibilita a equipa adversria a contra-atacar ou atacar rapidamente, logo aps a recuperao da posse da bola, visto haver um grande nmero de jogadores atrs da linha da bola, mantendo um rgido e eficaz equilbrio defensivo. A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010
  • 18. ASPECTOS DESFAVORVEIS 1. Possibilidade de se observar constantes e rpidas perdas da posse da bola, devido elevada velocidade de execuo tcnico-tctica, assim uma falha individual pode comprometer de imediato a continuidade do processo ofensivo e criar situaes difceis de resoluo. 2. Elevado carcter individualizado das aces, pois em que quase todas as situaes de jogo, os jogadores encontram-se em igualdade ou inferioridade numrica. 3. Diminui a coeso e aumenta a permeabilidade da organizao ofensiva, devido a no haver uma mtua cobertura nas situaes de jogo. 4. Contribui para um rpido desgaste fsico dos jogadores sobre quem recaem fundamentalmente a construo do ataque da equipa 5. Necessidade de se utilizar mtodos defensivos em que se verifica uma grande concentrao de jogadores perto da sua prpria baliza, o que: (i) determina uma maior perigosidade na recuperao da posse da bola e, (ii) quando a equipa sai para o contra-ataque diminui-se a coeso e homogeneidade da equipa. 6. Impe um elevado esprito de sacrifcio e pacincia, pois sem estes atributos, dificilmente haver efectividade deste mtodo ofensivo A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010
  • 19. QUESTES DE OPERACIONALIZAO 1. Preparar a equipa para preparar e conduzir o processo defensivo no sentido da recuperao da bola ser feito nas zonas do campo pretendidas. 2. Definio clara do espao ocupado pelo bloco-equipa Onde defendemos? 3. Fazer a equipa perceber as zonas e os momentos onde e em que dever intensificar a presso face ao eventual maior interesse de roubar a bola. 4. Fazer perceber a necessidade de aproveitar eventuais vantagens de espao, nmero de jogadores e tempo (per si ou em simultneo). 5. Perceber que o contra-ataque pode ser planeado (quando segue um conjunto de movimentaes estabelecidas por rotinas ofensivas) ou livre (quando acontece no aproveitamento das condies dadas circunstancialmente pelo adversrio). 6. Salientar que a execuo de um contra-ataque no implica desorganizao da equipa que o realiza ou incapacidade estrutural de fazer face equilibradamente perda da bola. 7. Preparar a equipa psicologicamente para a utilizao deste MJO 8. Perceber que h jogadores mais habilitados para a utilizao deste MJO EXERCCIOS DE TREINO DO CONTRA-ATAQUE A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010
  • 20. Mtodos do Jogo Ofensivo ATAQUE RPIDO As caractersticas fundamentais do ataque rpido so as mesmas que foram referidas para o contra-ataque. A diferena estabelece-se fundamentalmente no facto do contra-ataque procurar assegurar as condies mais favorveis para preparar a fase de finalizao, antes da defesa contrria se organizar de forma efectiva. O ataque rpido, ter de preparar a fase de finalizao j com a equipa adversria organizada eficientemente no seu mtodo defensivo. Observa-se os mesmos pressupostos referidos para o contra-ataque, especialmente no que diz respeito, rpida transio da zona de recuperao da posse da bola para as zonas predominantes de finalizao, com uma preparao mais demorada e laboriosa da etapa de criao e da finalizao. As vantagens e as desvantagens deste mtodo ofensivo, so fundamentalmente as mesmas que foram referidas para o contra-ataque. A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010
  • 21. Mtodos do Jogo Ofensivo 5 6 8 ATAQUE POSICIONAL 4 7 1 3 2 CARACTERSTICAS ESSENCIAIS 1. Eleva-se o tempo de elaborao da fase de construo do processo ofensivo, em que a maior ou menor velocidade de transio da zona de recuperao da posse da bola s zonas predominantes de finalizao, sempre consequncia do nvel de organizao da equipa em processo ofensivo e da equipa em processo defensivo. 2. Pressupe-se a utilizao de um grande nmero de jogadores e de aces tcnicotcticas para concretizar os objectivos do ataque. Neste sentido, a equipa joga constantemente numa organizao que evidencia um bloco homogneo e compacto, devido a permanentes aces de cobertura ofensiva, especialmente, aos jogadores que intervm directamente sobre a bola. 3. Impe-se que as atitudes e os comportamentos individuais e colectivos dos jogadores nas situaes momentneas de jogo, so resolvidas pelo lado do seguro, fundamentalmente na de construo do processo ofensivo. Sendo prefervel aces "a mais", ou seja, que no resolvam eficazmente a situao de jogo, do que aces que possam provocar a perda da bola extemporaneamente. A Organizao Dinmica do Jogo
  • 22. CARACTERSTICAS ESSENCIAIS (CONT.) 4. Criam-se constantemente as condies mais favorveis, em termos de tempo, de espao e nmero, para uma simples, eficaz e segura resposta tctica em funo das situaes de jogo. 5. Estabelece-se constantemente um equilbrio dinmico da organizao do mtodo ofensivo, devido utilizao de aces tcnico-tcticas de compensao e permutao, na procura permanente de uma ocupao racional do espao de jogo. 6. Possibilita-se a aplicao de mtodos defensivo pressionantes que evidenciam a preocupao da recuperao da posse da bola em zonas longe da sua prpria baliza ASPECTOS FAVORVEIS 1. Possibilita que a organizao ofensiva reflicta continuamente um bloco homogneo e compacto. 2. Diminui a possibilidade de se perder a posse da bola de uma forma extempornea, ao se optar por solues tcticas pelo lado do seguro. 3. Estabelece que as falhas individuais possam ser prontamente corrigidas pelos companheiros, devido contnua execuo de aces de cobertura ofensiva, construindo-se assim, um elevado grau de solidariedade. A Organizao Dinmica do Jogo
  • 23. ASPECTOS FAVORVEIS (CONT.) 4. Proporciona uma melhor diviso dos esforos produzidos pela equipa, no existindo a sobrecarga de uns jogadores em detrimento de outros. 5. Permite muitas situaes de superioridade numrica no centro do jogo ofensivo, devido ao deslocamento de um ou mais jogadores para um certo espao vital de jogo. 6. Pode determinar, devido ao tempo que normalmente este mtodo ofensivo dura, que os adversrios entrem em crise de raciocnio tctico. ASPECTOS DESFAVORVEIS 1. Possibilita, devido ao tempo necessrio para a elaborao da fase de construo do ataque, que a equipa adversria pode estabelecer uma organizao defensiva consistente 2. Implica por parte dos jogadores atacantes uma percepo e leitura constantes das situaes de jogo e a antecipar as aces tcnico-tcticas dos defesas. 3. Requer a execuo constante de aces que visam o reequilbrio da organizao da equipa (compensaes-permutaes) A Organizao Dinmica do Jogo
  • 24. ASPECTOS DESFAVORVEIS 4. Perspectiva a resoluo tctica das situaes de jogo pelo lado da segurana. Em alguns casos, perde-se a possibilidade de se aproveitar uma excelente situao de jogo para isolar um companheiro e resolver rapidamente a aco ofensiva. 5. Estabelece a possibilidade, devido ao processo ofensivo desenrolar-se frequentemente em espaos reduzidos, que a equipa adversria se concentre nesses espaos facilitando as aces de marcao 6. Diminui a eficcia do mtodo defensivo, se no se corrigir rapidamente os possveis desequilbrios na organizao da equipa, logo aps a perda da posse da bola. QUESTES DE OPERACIONALIZAO 1. Necessidade clara de solicitao permanente de pressupostos de cultura tctica necessidade de os criar! 2. Que tipo de jogadores para este mtodo de jogo? Nas diferentes posies e em cada uma delas em particular? 3. Que tipo de Transio Defensiva poder ser feita face ao posicionamento da equipa? A Organizao Dinmica do Jogo
  • 25. QUESTES DE OPERACIONALIZAO 4. Definio clara do espao ocupado pelo bloco-equipa Onde defendemos? 5. Fazer perceber a necessidade de criar permanentes equilbrios face ao grande nmero de jogadores envolvidos na preparao do ataque e na criao das situaes de finalizao. 6. Necessidade de criar uma identidade em termos de entendimento e operacionalizao do ataquer rpido que crie uma base de solues, aberta integrao de solues de contingncia. 7. Preparar a equipa psicologicamente para a utilizao deste MJO 8. Que tipo de finalizaes sero mais frequentes? 9. EXERCCIOS DE TREINO DO ATAQUE POSICIONAL A Organizao Dinmica do Jogo
  • 26. QUE CONCEPES DE JOGO ESTO SUBJACENTES UTILIZAO DOS DIFERENTES MTODOS DE JOGO OFENSIVO? CONTRA-ATAQUE E ATAQUE RPIDO Filosofia de jogo directo que caracterizada pela orientao sistemtica dos comportamentos tcnico-tcticos em direco baliza contrria e pela transposio rpida do centro do jogo para as zonas predominantes de finalizao. Esta concepo de jogo exprime uma atitude positiva isto , jogar para ganhar. condicionada pela inteno de marcar golos e no pelo medo de perder a posse da bola. Dados recolhidos atravs da observao de jogos de nvel internacional (Hughes, 1990; Castelo, 1994) permitem constatar que 7 em cada 8 golos (87%) resultam de processos ofensivos muito breves (com 5 ou menos passes). Esta constatao leva-nos a uma concluso muito simples e muito lgica: no futebol existe uma frmula ganhadora assente no jogo directo. Se queremos ganhar os jogos devemos jogar, sempre que possvel, em direco baliza adversria tentando construir as situaes de finalizao com o mximo de 5 passes (Hughes, 1990). A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010
  • 27. ATAQUE POSICIONAL Filosofia de jogo indirecto, apoiado, de posse da bola, caracterizada pela preponderncia da fase de construo do processo ofensivo atravs de uma laboriosa e metdica progresso da bola em direco baliza adversria. Muitas equipas de nvel internacional utilizam, como estratgia ofensiva predominante, o ataque indirecto, o ataque posicional. Os seus jogadores, laboriosa, segura e pacientemente, procuram conduzir o centro do jogo para a zona de finalizao para, uma vez a, tentarem construir as situaes de finalizao. Esta concepo de jogo, quando aplicada de forma sistemtica e exclusiva, pode exprimir uma atitude negativa e que a seguinte: jogar para no perder enquanto tivermos a posse da bola, a equipa adversria no pode fazer golo (Hughes, 1990). Mas como que tudo isto funciona na prtica??? A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010
  • 28. Na prtica, constata-se que um grande nmero de processos ofensivos apresentam caractersticas de dois ou mais mtodos E se aps a recuperao da bola na sua zona defensiva, uma determinada equipa passa, de forma muito simples e muito rpida, para a zona de finalizao (contra-ataque) para, uma vez a e devido capacidade de organizao defensiva evidenciada pela equipa adversria, ter que temporizar e reorganizar as suas aces ofensivas de forma mais elaborada, mais lenta e mais segura (caractersticas do ataque posicional)?! Mas o contrrio tambm pode ser observado A equipa, aps a recuperao da bola, comea por executar, com lentido e segurana, um conjunto de aces individuais e colectivas para, de repente, aumentar o ritmo e a velocidade de execuo dos comportamentos tcnico-tcticos procurando atingir as zonas predominantes de finalizao o mais rapidamente possvel (ataque rpido ou contra-ataque). A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010
  • 29. Mtodos de Jogo Ofensivo Neste contexto, alm dos mtodos de jogo ofensivo de base, podemos considerar a existncia de mtodos de jogo ofensivo compostos Contra-ataque passando a ataque posicional Mtodos de Jogo Ofensivo Ataque rpido passando a ataque posicional Ataque posicional passando a ataque rpido A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010
  • 30. A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010
  • 31. PROCESSO OFENSIVO ASPECTOS FUNDAMENTAIS Criar um sentido e mentalidade colectiva - A funcionalidade de uma equipa de futebol passa inabalavelmente pela interligao e o ajustamento dos comportamentos simultneos dos jogadores em funo das contigncias e do desenvolvimento contextual das situaes de jogo. Existncia de uma compreenso elementar de base - Se um jogador deixa a sua posio e funes especficas de base num determinado momento da partida, para ocupar a posio e as funes especficas de um outro companheiro, dever este ltimo, o mais rapidamente possvel voltar, no sua posio e funes de base, mas antes ocupar o lugar deixado livre pelo companheiro que o ajudou. Mudam assim momentneamente de posio e funes especficas, mas nunca de responsabilidades, organizao e solidariedade. Criar condies para que cada jogador possa optar por uma entre diferentes respostas tcticas possveis - A resoluo de cada situao de jogo dever resultar da mtua responsabilidade de todos os jogadores da equipa, dando a todos eles a possibilidade de decidirem e executarem entre vrias opes a resposta tctica a que lhes parecem ser a mais adaptada e ajustada relativamente situao. A Organizao Dinmica do Jogo
  • 32. Processo Defensivo CONCEITO O processo defensivo representa uma das duas fase fundamentais do jogo de futebol, na qual uma equipa luta para entrar na posse da bola, com vista realizao de aces ofensivas, sem cometer infraces e sem permitir que a equipa adversria obtenha golo. A fase defensiva consubstancia-se na base de aces de marcao, que em ltima anlise, traduzem a presena fsica do defesa sobre o atacante, visando a tomada de todas as disposies para os neutralizar, em qualquer momento do jogo, empregando os meios lcitos sua disposio (incluindo naturalmente o contacto fsico). A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010
  • 33. Processo Defensivo OBJECTIVOS O objectivo bsico da defesa de restringir o tempo e o espao disponvel dos atacantes, mantendo-os sob presso e negando-lhes a possibilidade de poder progredir no terreno de jogo. Recuperao da posse da bola Uma atitude fundamental - No sendo possvel atacar a baliza adversria, uma vez que a equipa no se encontra de posse de bola, dever-se- "atacar a bola" de modo a recuper-la ou a retardar o processo ofensivo adversrio. Comportamentos tcnico-tcticos - Caracterizados pela procura de desapossar, o mais rapidamente possvel, os adversrios da bola. A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010
  • 34. Processo Defensivo Defesa da Baliza - A impossibilidade de recuperar de imediato a posse da bola ou de estancar (parar) a progresso do processo ofensivo adversrio, deriva de um de dois factores: capacidade da equipa em processo ofensivo ultrapassar os diferentes e variados problemas (obstculos) que lhe vo sendo sucessivamente colocados. incapacidade organizativa momentnea da equipa em fase defensiva, fazer face aos diferentes e variados problemas postos pelas situaes de jogo criados pelo processo ofensivo. A surpresa criada pelas aces ofensivas e o risco delas poderem terminar na Maior simplicidade das aces tcnico-tcticas sem bola. concretizao de golos, reflectem a desvantagem do Grande nmero de processos que permitem a processo defensivo. recuperao da posse da bola. VANTAGENS E DESVANTAGENS Colocao concentrada dos jogadores num certo espao de jogo, estabelecendo uma melhor entreajuda dos jogadores. A Organizao Dinmica do Jogo
  • 35. Processo Defensivo ETAPAS EQUILBRIO DEFENSIVO (2 momentos) 1. No desenrolar do processo ofensivo da prpria equipa Atravs de medidas preventivas asseguradas por um ou mais jogadores, que se colocam e agem na retaguarda dos adversrios (em fase defensiva) que no esto directamente implicados nas aces que determinam a possibilidade de finalizao. 2. Aps a perda da posse da bola - Atravs da rpida reaco de todos os jogadores da equipa que se deslocam: (1) em direco bola e ao atacante que a possui, (2) em direco aos espaos vitais de jogo e, (3) aos adversrios que possam dar de imediato uma continuidade efectiva do processo ofensivo da sua equipa. OBJECTIVOS 1. Entrar de novo na sua posse por forma a reorganizar o ataque. 2. Impedir o relanamento do processo ofensivo adversrio e, em especial, que este renuncie ao contra-ataque/ataque rpido. 3. Ganhar o tempo suficiente para que todos os jogadores se possam enquadrar no dispositivo defensivo da equipa. A Organizao Dinmica do Jogo
  • 36. RECUPERAO DEFENSIVA ACES FUNDAMENTAIS Comea nos momentos logo aps a impossibilidade de recuperar imediatamente a posse da bola ou de evitar a progresso do ataque do adversrio na sua fase inicial, atravs das aces que consubstanciam a fase de equilbrio defensivo e dura at ocupao do dispositivo defensivo previamente preconizado pela equipa. 1. Marcar espaos e atacantes durante o deslocamento dos defesas em recuperao defensiva. 2. Interpr-se rapidamente entre o atacante e a prpria baliza. 3. Obstaculizar constantemente a aco dos atacantes. 4. Entreajuda estabelecida e coordenada pelos vrios defesas. DEFESA PROPRIAMENTE DITA Esta constitui-se como a fase principal da defesa. Pressupe a ocupao, por parte de todos os jogadores, do dispositivo defensivo previamente preconizado pela equipa. A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010
  • 37. CARACTERSTICAS FUNDAMENTAIS DEFESAS MODERNAS Tirar parte da iniciativa ao processo ofensivo No deslocamento coordenado dos jogadores dentro dos seus sectores da equipa, em direco ao centro do jogo: (1) procurando reduzir o espao onde os seus adversrios podem desenvolver as suas aces, (2) tentar recuperar a bola em espaos longe da sua prpria baliza e, (3) procurar beneficiar da lei do fora-de-jogo. Na variao sequncial da execuo dos comportamentos tcnico-tcticos individuais e colectivos de marcao sobre os adversrios, por forma que a ordem, o espao e a velocidade sejam imprevisveis aos olhos dos adversrios. No aumento da presso e agressividade na marcao sobre o atacante de posse de bola e dos companheiros que possam dar continuidade ao processo ofensivo de forma eficiente, isto , obriglos a terem respostas tcticas cujas direces sejam para o lado ou para trs (em direco sua prpria baliza). Na colocao em profundidade de 1 ou 2 jogadores que no se empenhem directamente na luta pela recuperao da posse da bola, mas que assumam atitudes e comportamentos tcnico-tcticos de preparao do ataque da sua equipa logo que esta recupere a posse da bola. Na conduo dos adversrios com e sem a posse da bola para espaos menos perigosos ou onde beneficiem de situaes de superioridade numrica, diminuindo assim: (1) os ngulos de passe ou de remate, (2) o nmero de jogadores a quem a bola possa ser passada eficazmente e, (3) tornar o jogo ofensivo previsvel. A Organizao Dinmica do Jogo
  • 38. Ter um carcter construtivo MJD Carcter destrutivo do processo ofensivo adversrio. Base fundamental pela qual se deve construir o seu processo ofensivo logo aps a recuperao da posse da bola. As probabilidades da aco ofensiva culminar em finalizao, dependem em larga medida das circunstncias em que ocorreu a recuperao da posse da bola. fundamental construir-se situaes de treino que potenciem uma recuperao modelar da posse da bola por forma a que os seus efeitos de carcter positivo se possam repercutir durante a fase ofensiva que dai resulta. A defesa no deve limitar-se rplica a dar ao adversrio, pelo contrrio, dever ripostar sempre por forma a obrigar o ataque a preocupar-se igualmente com a proteco da sua prpria baliza. disto que consta o carcter agressivo das defesas modernas. A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010
  • 39. Mtodos do Jogo Defensivo Mtodo de Defesa Individual CARACTERSTICAS ESSENCIAIS 1. Aplica, em todos os momentos do jogo, a lei do um contra um. 2. Estabelece que cada atacante marcado por um defesa que o importuna sem cessar, evitando que este receba a bola sob quaisquer circunstncias (respeito pelo princpio da conteno). 3. Fundamenta situaes de igualdade numrica a todo o momento, evidenciando uma maior agressividade quando a aco se aproxima da baliza. 4. Desenvolve a responsabilizao individual ao mais alto grau. Assim, em qualquer momento podemos observar qual ou quais os jogadores que foram fundamentais na resoluo ou no da situao de jogo. 5. Utiliza primordialmente os fundamentos individuais defensivos inerentes ao princpio da conteno, seno no h eficcia. 6. Necessita de uma elevada capacidade fsica de todos os jogadores por forma a reagirem constantemente aos deslocamentos dos seus adversrios mantendo-os sob presso. A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010
  • 40. CARACTERSTICAS ESSENCIAIS (cont.) 7. Recruta elevados nveis de ateno selectiva, especialmente sobre o atacante que o defesa dever marcar de modo constante. 8. Evidencia a necessidade de elevados nveis de sacrficio e abnegao, pois sem estes atributos este mtodo defensivo no tem eficcia. ASPECTOS FAVORVEIS 1. Possibilidade de se anular um jogador de grande capacidade tcnicotctica por um jogador de menores recursos, compensados por outras caractersticas, tais como a perseverncia, o empenho e a vontade. 2. Estabelece misses facilmente compreendidas no plano tctico, por parte dos jogadores, pois cada um pode concentrar a sua ateno e esforo num s adversrio, numa s misso. 3. Transmite, quando eficazmente aplicado, uma autoconfiana de extrema importncia no desenrolar do jogo, porque a defesa ganha mais duelos de jogo do que perde. 4. Provoca um desgaste tcnico-tctico, fsico e principalmente psicolgico aos jogadores sujeitos a este tipo de marcao, pois esto sujeitos de forma continua a uma marcao impediedosa. A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010
  • 41. ASPECTOS FAVORVEIS (cont.) 5. Reduz a iniciativa do adversrio que est sob influncia deste tipo de marcao, pois nunca tem espao e tempo para exprimir as suas capacidades tcnico-tcticas. 6. Consegue-se sempre um certo equilbrio numrico em qualquer situao momentnea de jogo e em qualquer espao. 7. Potencializa-se a sua eficcia quando utilizado. Logo, aps a equipa ter conseguido o golo, aumenta-se assim, o carcter perturbador da situao. ASPECTOS DESFAVORVEIS 1. Contextualiza situaes muito difceis de ultrapassar quando se verifica a falha individual de um defesa, podendo assim comprometer de imediato toda a organizao defensiva. 2. Determina um rpido desgaste fsico, pois o defesa dever reagir constantemente s movimentaes do seu adversrio directo 3. Estabelece a possibilidade se criar e explorar espaos livres em zonas vitais do terreno de jogo, em consequncia de roturas devido a falhas individuais. A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010
  • 42. ASPECTOS DESFAVORVEIS (cont.) 4. Limita o jogo ofensivo da equipa, pois depende largamente do defesa que a conquistou e do adversrio directo que a perdeu. 5. Diminui a iniciativa, criatividade e a improvisao do jogador em termos defensivos, pois minimiza as suas misses tcticas. 6. Reduz a coeso e aumenta a permeabilidade da organizao defensiva devido ao no cumprimento de um dos princpios especfico da defesa - cobertura defensiva. 7. Possibilidade de existir um maior nmero de contactos fsicos, que podero traduzir-se por um maior nmero de infraces s leis do jogo. Mtodo de Defesa Zona CARACTERSTICAS ESSENCIAIS 1. Aplica, na maioria das situaes de jogo a lei do todos contra um. 2. Atribui a cada jogador a responsabilidade por uma certa zona do campo, o qual intervm desde que a penetre: a bola, o adversrio de posse de bola e o adversrio sem bola 3. Evidencia uma primeira linha defensiva, que se forma em funo do posicionamento da bola forando os adversrios a ter que a contornar. Simultaneamente organiza-se uma outra linha defensiva que assegura a cobertura permanente primeira linha. A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010
  • 43. 4. Estabelece continua e permanentemente aces tcnicotcticas colectivas com o objectivo de uma entreajuda permanente. 5. Poder utilizar a denominada defesa em linha tentando tirar partido da lei do fora-de-jogo. ASPECTOS FAVORVEIS 1. Delimita o posicionamento dos defesas, os quais gozam da facilidade de ver a sua aco limitada a um determinado espao (zona) que lhe familiar, pois no abandonam os seus postos habituais de marcao. 2. Reduz largamente o desgaste fsico e psicolgico comparativamente aos mtodos individuais 3. Obriga os atacantes adversrios a terem de executar aces em direces alternativas relativamente baliza adversria, devido continua existncia de duas linhas defensivas 4. Aumenta a dificuldade de se criar, explorar e ocupar espaos vitais de jogo. 5. Correco pronta das falhas individuais pelos companheiros, devido contnua execuo de cobertura defensiva. 6. Proporciona um melhor aproveitamento das qualidades tcnico-tcticas-fsicas dos jogadores. A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010
  • 44. ASPECTOS DESFAVORVEIS 1. Cria condies que facilitam a possibilidade dos atacantes evidenciarem uma maior capacidade de iniciativa, particularmente quando se deslocam de um para outro espao de marcao. 2. Permite situaes de superioridade numrica ofensiva, pois poder-se- verificar a entrada simultnea de 2 ou mais jogadores numa determinada zona de marcao de um defesa. 3. Desenvolve as dificuldades inerentes em definir, com exactido, os limites das respectivas zonas de marcao respeitantes a cada defesa e as inibies que da possam advir. 4. Impe um elevado sentido de sacrifcio, pois sem isso dificilmente haver efectividade. 5. Estabelece elevados nveis de insegurana se no existir uma sincronizao colectiva correcta. 6. Compartimenta o mtodo defensivo, que determina sempre uma maior permeabilidade do sistema. A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010
  • 45. Mtodo de Defesa Zona As duas equipas esto a defender zona, o que d tempo e espao ao adversrio para pensar! Conceito de Marcao como ponto de partida Acompanhar muito de perto e passo a passo a deslocao de um jogador adversrio no campo, impedindo ou condicionando as suas jogadas Marcao a aco tctica que os jogadores da equipa que no possui a bola realizam sobre os seus adversrios, com o intuto prioritrio de evitar que estes entrem em contacto com a mesma, ou de o fazer nas piores condies possveis (Lpez Ramos, 1995) A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010
  • 46. Marcao Marcao conjunto de aces tcnico-tcticas individuais de natureza defensiva, desenvolvidas no absoluto respeito pelos princpios defensivos, que visam a anulao a anulao e cobertura dos espaos livres. Os comportamentos tcnico-tcticos de marcao manifestam-se atravs de um posicionamento em funo da bola, dos adversrios, dos companheiros e da baliza. (Queirz, 1993) da coordenao colectiva que depende, em ltima anlise a eficcia das aces de marcao! Podemos dizer que face diferenciada importncia dada s diferentes referncias alvo da marcao e no nfase que se coloca em cada uma das referencias de posicionamento, que h diferentes concepes para a organizao defensiva!!! O modo como o treinador perspectiva a organizao defensiva da sua equipa est intimamente relacionado com a sua interpretao do conceito de marcao!!! A Organizao Dinmica do Jogo
  • 47. CONSIDERAES Tentativa colectiva de encurtar (em profundidade) e estreitar (em largura) o espao de jogo e assim conseguir-se superioridade numrica junto bola. Ocupao inteligente dos espaos mais valiosos e que nos permite, por arrastamento, controlar os adversrios. Quando se defende zona, o jogador adversrio em posse deve ter a noo de estar a jogar contra 11 jogadores, pois a equipa comporta-se como um todo apenas possvel com uma referncia de posicionamento comum a todos os jogadores da equipa a bola. Comportamentos TcticoTctico-tcnicos (TCTICA COORDENA TODA A EQUIPA E CADA UM DOS JOGADORES) Ento como que feito o roubo da bola? Os jogadores devem manter-se sempre perfilados na direco do portador da bola para estarem em condies, primeiro, de reduzir o espao junto ao portador da bola (apenas com a inteno de o levar a fazer um passe). Para que, depois, se o passe acontecer, os jogadores se movimentem rapidamente, um com a inteno de se antecipar (contando com a cobertura dos respantes companheiros da linha) e os outros fechando as sadas prximas de passe A Organizao Dinmica do Jogo
  • 48. O objectivo fazer o terreno de jogo mais pequeno, por isso, ao mesmo tempo que se deve pressionar o jogador adversrio com bola, os restantes defesas devem deslocar-se rapidamente em direco zona onde se encontra a bola e tentar manter uma distncia de separao constante em relao aos companheiros. A ideia que, durante o trabalho defensivo, os jogadores paream unidos ao centro do jogo por uma cinta elstica Equilbrio na organizao defensiva. Esta forma de defender requer comunicao e viso de jogo por parte dos jogadores, os quais tero de saber o que sucede ao seu redor, bem como volta do portador da bola. CONCLUSES 1. Os espaos so a grande referncia-alvo de marcao. 2. A grande preocupao fechar como equipa os espaos de jogo mais valiosos (os espaos mais prximos da bola) para assim condicionar a equipa adversria. 3. A posio da bola e, em funo desta, a posio dos companheiros so as grandes referencias de posicionamento. 4. Cada jogador, de forma coordenada com os companheiros, deve fechar diferentes espaos de acordo com a posio da bola. A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010
  • 49. 5. A existncia permanente de um sistema de coberturas sucessivas, conseguido pelo escalonamento das diferentes linhas. 6. Importante pressionar o portador da bola para este se ver condicionado em termos de tempo e espao para pensar e executar. 7. a ocupao cuidada e inteligente dos espaos mais valiosos que permite, por arrastamento, controlar os adversrios sem bola. 8. Qualquer marcao prxima a um adversrio sem bola sempre circunstancial e consequncia dessa ocupao espacial racional. Trata-se de conseguir um padro defensivo colectivo, complexo, mas principalmente dinmico, adaptativo, compacto, homogneo e solidrio. Coeso Defensiva A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010
  • 50. Mtodo de Defesa Misto CARACTERSTICAS ESSENCIAIS 1. Sintetiza de forma global o mtodo defensivo zona e o mtodo defensivo individual. 2. Desenvolve uma marcao ao atacante que evolui numa determinada zona do terreno de jogo, continuando mesmo que este progrida para outra zona, que no da responsabilidade do defesa. Neste caso, s depois do atacante se desfazer da bola ou outro companheiro assumir as suas funes, que o defesa poder (consoante a situao de jogo) voltar para a sua zona de marcao. 3. Acentua as aces de cobertura defensiva ao 1 defesa (conteno) tornando-as mais rigorosas que no mtodo zona. Assim, verifica-se que os outros defesas se posicionam em funo da aco do companheiro que marca o adversrio de posse de bola e de outros atacantes, que possam evoluir na sua zona de marcao os quais podero de imediato dar continuidade ao processo ofensivo adversrio. ASPECTOS FAVORVEIS 1. Oferece uma excelente segurana defensiva. 2. Dificulta a criao de situaes de superioridade numrica por parte dos atacantes. A Organizao Dinmica do Jogo
  • 51. ASPECTOS FAVORVEIS (cont.) 3. Permite a possibilidade permanente de execuo de compensaes-permutaes. 4. Aumenta a iniciativa e criatividade dos defesas possibilitando-os de sair da sua zona de marcao para outra, marcando o atacante numa posio vital. ASPECTOS DESFAVORVEIS 1. Requer a leitura constante das situaes de jogo e a antecipao das aces tcnico-tcticas dos atacantes. 2. Determina a necessidade de um grande esprito de solidariedade e um alto grau de responsabilidade individual. 3. Obriga os defesas a jogarem em certas zonas, s quais esto menos habituados. 4. Diminui, em certas circunstncias a eficcia do mtodo ofensivo da equipa. A Organizao Dinmica do Jogo
  • 52. A Zona Pressionante 1. Relacionado com a criao de superioridade numrica e o constrangimento espao-temporal (caractersticos da defesa zona) est tambm o Pressing Pressing. 2. Inovao no futebol (Arrigo Sachi) utilizao da zona incorporando o pressing, criando uma zona agressiva Zona Pressionante ou Zona Pressing. 3. Pode ser feita onde e quando a equipa desejar (bloco mais ou menos subido) 4. O que sobressai da inteno de se fazer uma zona pressionante a procura da bola, a procura do erro adversrio para recuperar a bola, o mesmo dizer, querer atacar (faz da defesa a arte de atacar, Maturana). 5. Pressing Definies pgina 49 6. Relao Defesa Zona e Pressing No se consegue fazer presso sem reduzir os espaos e tentar criar superioridade numrica na zona da bola, sob risco de ficar desequilibrado! A Organizao Dinmica do Jogo A Defesa Zona atravs da qual dominamos os espaos mais Zona, adequados em funo da bola, e a Presso Defensiva que trata Defensiva, de aproveitar o domnio e a reduo dos espaos para pressionar o portador da bola e os atacantes que o apoiam, so dois aspectos que devem estar intimamente relacionados em qualquer organizao defensiva!!!
  • 53. 7. Presso alta Tentativa colectiva de recuperar a bola o mais frente possvel. Nunca um acto isolado de um jogador, por isso a equipa tem de ser curta, de jogar com os sectores prximos uns dos outros, com grande entreajuda, e tem de arriscar atrs, com a defesa avanada no terreno (Tadeia, 2003). 8. Que Transio Defensiva? Reduzir o espao em funo da bola e, se possvel, pressionar a bola. 9. Fuga Zona Pressing Jogar para trs ou procura das costas da linha defensiva semelhana do que acontece na Defesa Zona, na Zona Pressionante a grande preocupao fechar os espaos de jogo mais valiosos. A diferena est na agressividade com que se atacam esses espaos e o portador da bola. No fundo, trata-se de colocar a equipa adversria e, em particular o jogador em posse da bola, sob forte constrangimento espaotemporal para desse modo induzir o erro e a recuperar. E recupera-la para poder atacar. A Organizao Dinmica do Jogo
  • 54. Mtodo de Defesa Zona Pressionante CARACTERSTICAS ESSENCIAIS 1. Estabelece uma marcao rigorosa ao adversrio de posse de bola, no qual o defesa deve demonstrar agressividade na tentativa da sua recuperao ou para obrig-lo a cometer erros no plano tcnico-tctico. 2. Permite a cada defesa evoluir na sua zona de marcao, mas dever deslocar-se para outras zonas concentrando-se nos espaos de jogo prximo da bola. 3. Impe de forma continua a marcao agressiva a zonas e jogadores adversrios que possam dar continuidade ao processo ofensivo. Para se obter uma maior concentrao defensiva, diminui-se a presso exercida aos atacantes que estejam posicionados em espaos longe da bola. 4. Conduz o ataque adversrio para um espao de jogo prprio onde predomina a melhor capacidade da equipa em termos de recuperao da posse da bola. 5. Concentrao e homogeneidade da organizao defensiva, independentemente do deslocamento da bola. 6. Constante comunicao verbal entre os jogadores, fundamentalmente quando os atacantes adversrios conseguem mudar o ngulo de ataque, levando a bola para outro espao de jogo. 7. Elevado esprito de equipa, coordenao e solidariedade. A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010
  • 55. ASPECTOS FAVORVEIS 1. Proporciona muitas situaes de recuperao da posse da bola que derivam das aces dos defesas no seu conjunto. 2. Diminui o espao de jogo, volta da posio da bola criando-se as condies mais favorveis para a sua recuperao. 3. Cria continuamente situaes de superioridade numrica nos vrios momentos do jogo. 4. Diminui a iniciativa dos adversrios, forando-os a cometer erros no plano tcnico-tctico, que normalmente no ocorrem, 5. Permite organizao defensiva jogar num bloco homogneo e compacto. 6. Dificulta a criao, explorao e utilizao de espaos livres no ataque adversrio, especialmente nas zonas volta da bola e nas zonas vitais do terreno de jogo. 7. Estabelece uma solidariedade efectiva entre os defesas, verificando-se a cobertura permanente dos comportamentos tcnico-tcticos na procura da recuperao da bola. 8. Impossibilita a existncia de linhas de passe em direco baliza, obrigando os adversrios a jogarem para o lado ou para trs. 9. Determina que o recuo defensivo seja realizado sempre em funo da progresso possvel do processo ofensivo, no se recuando pelo simples facto de se recuar. A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010
  • 56. ASPECTOS FAVORVEIS (cont.) 10. Aumenta a iniciativa e criatividade dos defesas de acordo com a sua velocidade e habilidade. 11. Extremamente eficaz contra equipas, cuja organizao ofensiva lenta e sem ritmo ou com dificuldades de condio fsica. ASPECTOS DESFAVORVEIS 1. Dificuldades em se estabilizar a organizao defensiva, se a bola circular rapidamente de um para outro corredor de jogo 2. Requer uma leitura constante das situaes momentneas de jogo, obrigando a antecipar as aces tcnicotcticas dos atacantes. 3. Impe a execuo constante de aces de compensaes podendo em alguns casos, no haver o tempo necessrio para um reequilbrio eficaz 4. Necessita de um elevado esprito de equipa e trabalho rduo 5. Criam-se grandes espaos de jogo entre o ltimo defesa e o guarda-redes, devido ao facto de o recuo defensivo ser efectuado em funo da progresso da bola. 6. Excesso de agressividade sobre o atacante de posse de bola ou sobre que podem traduzir-se num maior nmero de infraces s Leis do jogo. A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010
  • 57. ASPECTOS DESFAVORVEIS (cont.) 7. Dificuldades de fazer uma rpida transio defesa/ataque, devido s grandes concentraes de jogadores em processo ofensivo e defensivo 8. Impe-se uma elevada capacidade fsica dos jogadores para que se possa adoptar e aplicar este mtodo defensivo. PROCESSO DEFENSIVO Aspectos Fundamentais 1. Criar um sentido e mentalidade colectiva 2. Continuidade da aco 3. Combinao eficiente das diferentes tarefas tcticas dos jogadores em fase defensiva 4. Na fase defensiva do jogo o problema de um o problema de todos A Organizao Dinmica do Jogo
  • 58. TRANSIES 1. Quais so os Momentos do Jogo? 2. O que uma Transio Defensiva? 3. O que uma Transio Ofensiva? 4. No confundir Transies com Mtodos de Jogo e seus Princpios!!! 5. Que linguagem quando se fala sobre estas questes? Somos tcnicos!!! 6. Transies h sempre que se ganha ou perde a bola Podem ser feitas de vrias maneiras! 7. Diferentes Princpios de Transio podem privilegiar a utilizao de um ou outro Mtodo de Jogo! 8. O Modelo de Jogo, seus Princpios e os Momentos do Jogo. A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010
  • 59. OBRIGADO! A Organizao Dinmica do Jogo Curso Treinadores UEFA B Braga 2010