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Goiás - Relatório descritivo adversário

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Page 1: Goiás - Relatório descritivo adversário

Relatório Descritivo - Adversário

Análise de Adversário

15 Agosto 2012

Taça BH 2012

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• A equipa do Goiás tem uma estrutura muito idêntica à nossa forma de jogar com sistema tático de 1:4:3:3 com 2 meias e 1 volante, tendo mudado para a variante de 2

volantes e 1 meia após estar em inferioridade numérica. A linha defensiva é muito bem coordenada na variação de corredor de jogo com os laterais a fecharem bem o

corredor quando não tem a posse da bola, apesar de em alguns momento sofrerem de arrastamento na marcação individual dos beiradas do cruzeiro. Em processo

ofensivo, são bastante ofensivos. Potenciando a subida de apenas 1 lateral a cada ataque. A dupla de Zagueiros é forte fisicamente e com boas noções de marcação,

apesar de preferirem uma marcação muito individualizada, seguindo o jogador em questão. Defensivamente muito prático e com grande níveis de eficácia no desarme.

No setor médio, existe um equilíbrio defensivo face à estratégia ofensiva da equipa, sendo o volante e capitão o pilar da transição defensiva/ofensiva, servindo como

equilibrador deste processo. Os dois meias foram mais apoios aos beiradas do que desequilíbrio, sendo que detém de capacidade para o executarem. A linha avançada

é o setor mais criativo do Goiás, detém jogadores muito rápidos, principalmente n.º 11 e o n.º 7 que jogam pela beirada. A equipa potencia muito estes jogadores

passando toda a lógica da equipa por este jogadores. A referência avançada da equipa potencia várias situações manter a posse de bola de costas para o ataque para

servir de suporte aos beiradas e meias. Sendo que em vários momento quando teve oportunidade potenciou movimento de progressão.

ESTRUTURAS E ALTERAÇÕES OBSERVADAS:

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Transição Ofensiva:

• 1º Momento – O Goiás com recuperação de posse de bola no sector Defensivo/Médio privilegia a

construção curta explorando os corredores laterais, com a solicitação dos Beiradas (Os Beiradas são

jogadores muito rápidos e com bons pormenores técnicos).

• Revelam boa capacidade e bons automatismos na criação de linhas de passe ao portador da bola (sejam de

apoio ou progressão) para a transição ofensivas em contra ataque ou ataque rápido. Demonstram boa

capacidade na segurança no 1º passe, privilegiando passes seguros e muito lateralizados. Grande

frequência na construção dos ataque pelo jogo exterior, com grande frequência pelo corredor esquerdo

(onde jogou o numero 11, jogador muito rápido e forte, mas de estatura baixa). Por fim, demonstraram boa

capacidade de variar o corredor de jogo após recuperação da posse de bola quando o adversário

pressionava de imediato, mas a grande frequência face ao comportamento do adversário foi progredir pelo

mesmo corredor da recuperação.

• 2º Momento – A equipa revelou pouca disponibilidade para saída em ataque rápido ou contra ataque e

passar para uma postura de ataque organizado. Desta forma, não criaram hipóteses de transição para a

posse, privilegiando a rápida transição com poucos jogadores a acompanhar a progressão. A equipa neste

momento ficava distribuída em dois blocos, principalmente quando a recuperação era feita no setor

defensivo. Quando a recuperação era realizada num setor intermediário, e a equipa estava mais compacta

havia um bom desdobramento dos laterais e dos meias. A criação era predominantemente individual com a

exploração da velocidade dos beiradas, em situações de 1x1 ou mesmo 1x2. Na finalização não tiveram

eficácia, mas os movimentos eram predominantes no 1º poste, face à pouca densidade ocupacional deste

momento.

Organização Ofensiva: • A equipa do Goiás organiza-se num sistema tático de 1:4:3:3 ( com 1 volante e 2 meias). Após ter sofrido o golo alterou a variante

do sistema tático para 2 volantes e 1 meia). Demonstraram uma iniciativa de jogo variável, sendo que privilegiaram sempre mais o contra ataque/ataque rápido do que a organização (face à grande posse do cruzeiro). No entanto demonstra uma boa compactidade do bloco ofensivo, jogando em ¾ de campo com um equilíbrio defensivo.

• Privilegiam com grande frequência o ataque pelos corredores laterais com uma boa qualidade, face à velocidade e qualidade técnica dos beiradas. A equipa quando ataca pelos corredores laterais consegue realizar boas alterações de ritmo de jogo.

• 1ª Fase de construção – A equipa privilegia construção longa através do Zagueiros//Laterais com referência o avançado/beirada. Em alguns momentos, alteraram a lógica com construção pelo 1º volante e laterais com construção curta. Demonstra uma boa segurança e boa velocidade de circulação de bola neste momento. Na saída de pressão a opção mais frequente é a referência da linha avançada, optando pela grande maioria, os beiradas. Na progressão para a 2ª fase, muita solicitação dos laterais e beiradas, alternado conforme a pressão do adversário com jogo interior.

• 2ª fase construção – A equipa revela boa capacidade de posse de bola, apesar da frequência neste jogo não ter sido muito relevante. No entanto, a capacidade técnica e os movimentos dos jogadores do sector médio demonstram que é possível que possam realizar mais posse contra nós. Revelam neste momento objetividade, principalmente os beiradas quando baixam para a construção do ataque e os meias quando solicitam o avançado ou os beiradas em diagonais ofensivas. A equipa realizou algumas variações de corredor de jogo, no entanto não teve grande qualidade neste processo. Porque os beiradas muitas das vezes jogam muito fechados e não potenciam a largura na variação do corredor de jogo.

• Criação – Não tiveram grande frequência neste momento, pois a estratégia face ao adversário era potenciar a transição ofensiva. Mas revelam grande opção por jogadas individuais através dos beiradas, convergindo para o corredor central e pouca utilização da linha de fundo e cruzamento. Em alguns momentos, houve cruzamentos mas com o desdobramento do lateral nas costas do beirada. Revelam grande capacidade de criação de situações de finalização, privilegiam a tomada de decisão de risco à de segurança.

• Finalização: A frequência que a equipa completou todo o processo foi muito reduzida. No entanto, pode-se prever que tenham uma ocupação das zonas de finalização aceitável, ficando só por preencher possivelmente a zona do 1º/2º poste face ao posicionamento do avançado. Visto que o beirada muitas vezes procura espaços mais interiores. Não revelaram grande eficácia neste momento, mas a frequência não foi significativa.

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Transição Defensiva:

• Revela ser o momento mais frágil do Goiás, pelo facto de colocar sempre muitos jogadores

em organização ofensiva. Apesar de deter jogadores rápidos na linha avançada e nos

Meias não são muito disciplinados neste momento.

• 1º Momento – A equipa detém ações muito opostas, os jogadores que estão junto ao centro de

jogo efetuam uma rápida mudança de atitude, principalmente nos Esquemas táticos

ofensivos(Bolas paradas). No entanto, a linha média e avançada não reage com uma atitude

dinâmica, preferindo reposicionar à posterior. A qualidade da 1ª pressão é inconstante, sendo que

quando a realizam obtiveram sucesso. É importante, que neste momento a nossa equipa seja

muito objetiva e prática, podendo explorar a fraca transição dos jogadores da linha avançada.

• 2º Momento – A reposição da equipa é feita com uma intensidade baixa, preferindo atrasar o

posicionamento para a recuperação da posse de bola por parte da linha defensiva para nova

transição ofensiva rápida. A equipa tem boa qualidade na linha defensiva para assumir poucos

jogadores em processo defensivo. E neste momento, a nossa equipa terá que potenciar a posse

de bola em ataque continuo do gol. Não podemos transitar com qualidade e face ao

posicionamento adversário perder a posse de bola com a nossa equipa ainda em transição

ofensiva.

Organização Defensiva:

• O Goiás organiza-se em 3 linhas defensivas, potenciando a pressão em bloco médio com coordenação

entre sectores. Executam bem a concentração defensiva, com coberturas efetuadas pelo volante/meias no

corredor central. Após alteração do sistema para 2 volantes a equipa ficou mais compacta, defendo melhor

o corredor central. A marcação era mista (individual/zona), no entanto é neste ponto que podemos tirar

vantagem. O Goiás privilegia mais a individual, acompanhado o jogador sempre, realizando poucas

permutas. E em zonas mais perigosas realizam a entreajuda mas sem compensação (2 golos sofridos

devido a esse facto)

• Início da Pressão – A linha avançada pressiona numa posição média. A equipa deixa jogar com alguma

facilidade no setor da 1ª fase de construção, no entanto quando se aproximam da zona do meio campo

saem na pressão com movimentos agressivos. A atitude dos beiradas é muito agressiva na procura na

recuperação da posse mas com pouca continuidade no processo.

• Intensificação da Pressão – a linha média realiza um bom suporte ao inicio da pressão pela linha

avançada, saindo para pressão sempre o meia do lado da bola. Quando o sistema alterou para apenas 1

meia ficou um processo mais de espectativa/ passivo. Revelam grande agressividade/combatividade na

conquista da 2º bola, não desistindo da mesma com facilidade. A linha defensiva apoia com grande eficácia

este momento, eliminando espaços entrelinhas para exploração do adversário.

• Defesa da baliza – É uma equipa muito forte nos duelos individuais ( aéreos; cargas), principalmente n.º 3

(Forte fisicamente, bom tecnicamente e muito agressivo). No entanto, revelam poucas ações de contenção

preferindo sempre um desarme no momento, o que num jogador mais criativo cria mais faltas e mais

desequilíbrios. Atenção que os Zagueiros fazem poucas coberturas neste momento.

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Imagem 2º Momento

Transição Defensiva

Exploração Espaço p/ transição OO

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Análise Individual Destaques:

- Linha Defensiva:

•N.º 3 – Zagueiro - Jogador com estatura alta, fisicamente forte, rápido e técnicamente bom . Demonstra uma

liderança forte da equipa no setor defensivo. É forte no jogo aéreo em processo defensivo e demonstrou boa

capacidade na transição defensiva. O jogador sempre que interviu nos desarme realizou-os com sucesso e

com agressividade. Nota importante, o jogador não interviu nos lances de bola parada. Ficando sempre como

jogador de equilíbrio defensivo no meio campo.

•Linha Média:

•N.º 10 – Meia – Jogador com estatura média, fisicamente forte e técnicamente muito bom. Representa o

armador da equipa, com boa qualidade de passe curto e longo. Privilegiou sempre a construção de jogo para

os seus companheiros da beirada, servindo como elo de ligação entre o processo defensivo e ofensivo.

Realizou alguns movimentos de progressão nas costas dos beiradas mas não foram representativos para a

forma da equipa jogar.

•N.º 8 – Volante – Jogador com estatura média/baixa, fisicamente forte e técnicamente bom. É o jogador pilar

da equipa, quando atou como o único volante demonstrou boa capacidade da ocupação dos espaços

interiores bem como uma boa capacidade de desarme e transição para ataque. Após a alteração do sistema

ficou mais apático, não interferindo da mesma forma no jogo. Realiza boas transições defensivas criando

boas soluções/ajudas para a linha defensiva.

• Linha Avançada:

•N.º 11 – Beirada – Jogador com estatura baixa, fisicamente muito forte e técnicamente bom. É o jogador

referência no processo ofensivo (ataque) da equipa. Nas transições ofensivas a escolha recai principalmente

neste jogador para transição. Sendo muito rápido e objetivo. Em processo defensivo não intervém muito,

criando alguns problemas ao lateral do seu lado.

•N.º 7 – Beirada – Jogador com estatura baixa, fisicamente forte e técnicamente bom. É um jogador muito à

imagem do anterior, no entanto menos participativo no ataque ( a equipa potencia-o menos que o anterior).

Defensivamente demonstra a mesma atitude que n.º 11.

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Rotinas de Jogo e Combinações Ofensivas:

• Principalmente rotina da equipa mesmo na 1ª fase de

construção, é solicitação do beirada para progressão

ataque. E com o apoio do n.º 10 e o lateral n.º 6

• 2ª rotina, quando a construção é através do lateral tem

como referência o beirada, ou caso esteja disponível o

meia para progressão, Pode também optar pelo passe de

VCJ solicitando o volante.

• Movimento de criação predominante pelos beiradas, com

movimento de progressão e tomada de decisão face ao

adversário.

• A equipa após alteração do sistema, privilegiou mais a

consistência defensiva com a liberdade maior do meia

criando linha de passe no espaço entrelinhas.

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Esquemas Tácticos Ofensivos:

Pontapé Frontal

• Corredor direito pé esquerdo (Ivo) cruzamento ao 2º poste com movimentos directos dos

jogadores de frente para a baliza com tempo de entrada diferentes.

Pontapé de Canto

• Sinal 2 Braços, Corredor direito – pé esquerdo (Ivo) canto curto com cruzamento para a

zona da pequena área.

• Sinal com 2 braços,Corredor esquerdo pé direito (Gonçalo ou Romário) cruzamento para

a zona do 2º poste. Acrescentaram mais um jogador à entrada da grande área. Existe 1

movimento de ruptura do homem do 2 poste de aproximação, mas a bola entra na zona

que ele deixou livre.

Pontapé Livre Frontal

Pontapé de Canto

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• Livre executado pelo n.º 10, pé destro com solicitação do 2º postes. Todos os

movimentos são muito diretos, apenas o último jogador faz um movimento em direção ao

rebote.

• Livre executado pelo n.º 10, pé destro com trajetória a desviar do gol. O movimentos dos

jogadores é padronizado procurando sempre as referências mais altas.

Page 8: Goiás - Relatório descritivo adversário

Esquemas Tácticos Defensivos:

Pontapé de Canto

• Canto executado sobre o lado esquerdo. A equipa organiza-se numa marcação

individual com 4 jogadores dentro da área +1 jogador na zona do 2º poste em marcação

individual também. 1 jogador da zona do 1º poste com marcação zona e 2 jogadores na

entra da área. Deixando 2 jogadores na frente de ataque.

Pontapé Livre Lateral

• Livre lateral executado sobre o lado direito. A equipa organiza-se numa marcação

individual. 1 jogador da zona do da entrada de área e 1 na frente para contra ataque.

Pontapé Livre Lateral

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Esquemas Tácticos Defensivos • Muita atenção p/ colocação da bola na zona do 2.º poste

movimentos muito agressivos e permuta neste sentido.

• Concentração elevada face a possibilidade de saída curta e de

reposições rápidas da bola em jogo.

Esquemas Tácticos Ofensivos • Bolas tensas para a zona da pequena área e realizar o escanteio

combinado, pois irá ter bloqueio – E desta forma o jogador poderá

aparecer na zona do 2º poste livre.

• Muita atenção às transições ofensivas do adversário, porque são muito

rápidos neste momento e criam grandes desequilíbrios. Em alguns

momentos deveremos para o ataque rápido.

Transição Defensiva • Este momento é fundamental que seja o mais equilibrado possível,

porque o adversário irá explorar muito este momento, onde são muito

rápidos e objetivos. Desta forma, penso que seja muito importante

manter os dois volantes no apoio aos lateral e beiradas.

• Evitar conceder muito espaço em profundidade se não existir pressão

na bola.

• No 2.º momento reorganizar rapidamente p/ distância curta entre e

intralinhas privilegiando reorganização no CC. Se houver

temporização da acção do ADV em posse de bola evitar

reposicionamento p/ zonas baixas, o que deverá permitir que a equipa

inicie pressão no SM zona de construção do ADV.

Transição Ofensiva • O comportamento da equipa neste momento vai ser fundamental: ADV

desequilibra-se c/ maior frequência em TD; importante que equipa tenha

capacidade p/ jogar em Ataque apoiado se não for possível iniciar

CA/AR.

• Na saída de pressão (onde temos de ser rápidos) privilegiar

verticalidade, c/ aproveitamento do espaço profundo, sobretudo nos

CLs utilização do apoio do PL no CC p/ posterior exteriorização ou

colocação em profundidade pode ser opção a considerar p/ jogo interior.

• Desdobramento exterior de Volantes, Meias e LATs importante p/

permitir VCJ na saída de pressão se não for possível verticalizar o jogo

passando p/ AP.

Organização Defensiva • Além dos aspectos de organização, vai ser fundamental atitude de

superação e espírito de entreajuda os duelos individuais vão ser

decisivos, mas devemos evitá-los, procurando sempre SUP NUM no CJ.

• Intensificar pressão no SMO, orientando jogo preferencialmente p/ o CLe

do ADV Evitar que os beiradas possam receber a bola à vontade,

sempre pressionados

• Muito importante compactação e coordenação do bloco. Evitar que o

ADV consiga IGU ou SUP NUM nos CLs.

• Estabilidade na coordenação da LD p/ impedir ruptura do ADV no espaço

profundo acção do GR também vai ser importante na gestão deste

espaço.

Organização Ofensiva • Elevada segurança na construção, evitando correr riscos (muito importante

não PPB no CC no SM). Na 1.ª fase privilegiar construção pelos DCs e Lat,

exteriorizando o jogo na 2.ª fase (considerar também opção do apoio

entrelinhas do PL). Importante que a equipa tenha posse de bola, retirando

iniciativa ao ADV.

• Fundamental largura no jogo e frequentes VCJ p/ despistar pressão do ADV.

• Na criação privilegiar movimentos de progressão com bola aproveitando a

marcação individualizada. Em alternativa, privilegiar jogo exterior p/ CRZ c/

envolvimento de Meias e LATs facilmente conseguiremos situações de

IGU/SUP NUM após VCJ.

• Privilegiar CRZ p/ 2.º poste e atrasados p/ zona da GP ou entrada da GA.

NOTAS ESTRATÉGICAS: