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A festa da tartaruga Tuga

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Caro leitores,

A história “A festa da Tartaruga Tuga” teve como ponto de partida a exploração da célebre fábula de La Fontaine “A

Lebre e a Tartaruga”. Surgiu a ideia de inventarmos, em conjunto, um seguimento à história, dando asas à nossa

criatividade e imaginação.

Elaborámos também as ilustrações no Magalhães, existindo sempre cooperação entre os colegas, o que foi positivo,

pois aprendemos imenso uns com os outros. Este projecto foi, sem dúvida, uma experiência divertida, interessante e

enriquecedora.

Resta-nos desejar-vos uma ótima leitura!

Os alunos do 2ºano

Autores e Ilustradores: Turma do 2º ano

Escola: EB1 de Vila Nova da Baronia

Coordenação do Projecto: Profª Beatriz Andrade

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Após a vitória inesperada da tartaruga, o porquinho Barnabé, a pata Josefina e o sapo Tobias decidiram organizar

uma festa para comemorar a grande vitória da amiga tartaruga Tuga.

- Uma vitória desta merece uma grande festança! – disseram os três amigos com alegria.

- Vamos já tratar dos convites! Vamos convidar todos os animais da floresta! Quanto mais formos, melhor será a

diversão! – exclamou o porquinho Barnabé.

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E fizeram os convites:

“Aparece na festa dedicada à nossa querida campeã Tuga , amanhã,

pelas 17 horas, no quintal da pata Josefina.

Vai ser uma festa de arromba!!!”

Lá foram eles pela floresta fora, todos animados, entregar os convites.

- Bem, só falta entregar o último convite à lebre! – disse o Barnabé.

- Pois, temos aqui um grande dilema! Não sei se é boa ideia convidá-la! Acho que ela não vai reagir muito bem.

- disse o sapo Tobias.

- Se vai reagir bem ou mal, não sei! Mas ela faz parte da floresta e, apesar do que aconteceu, ela é nossa amiga.

– disse a Josefina.

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Com algum receio bateram à porta da casa da lebre

e disseram:

- Amiga lebre! Viemos entregar-te um convite!

- Um convite?

- Sim! –disse o Tobias. – Organizámos uma festa

para comemorar a vi.. vitó… a …bem …a …. a …

- Vitória da Tuga! – disse a pata com ar destemido.

Ao ouvir essas palavras, a lebre ficou furiosa e gritou:

- Festejar a vitória da tartaruga? Nuncaaaaaa………!!!

Gritou com tanta força que a casa chegou mesmo

a tremer. Estava tão enraivada que já deitava fumo

pelas orelhas.

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Mas, de repente, parou, acalmou-se, pensou…, pensou…, abriu a porta e disse com um ar doce:

- Uma festa em honra da nossa querida Tuga? Mas que bom. Podem contar com a minha presença. Vai ser, com

certeza, a melhor festa do ano, ou melhor, do século!

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No dia seguinte, a Josefina passou a manhã a confeccionar os seus melhores petiscos, enquanto o sapo preparava as

mesas e as cadeiras e o Barnabé tratava da decoração, enchendo balões, cortando fitas de papel reciclado e elaborando

cartazes coloridos. Já perto da hora da festa, o sapo e o porquinho encarregaram-se de ir chamar a tartaruga.

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- Olá Tuga! Não queres vir dar um passeio connosco?

- Agradeço muito o convite, mas estou com uma terrível enxaqueca e, ainda por cima, tenho fortes dores

musculares!

- Pois é natural que tenhas essas dores! Fizeste tanto esforço! – disse o Tobias.

- Tenho uma solução para o teu problema! Mas tens de vir connosco dar uma voltinha! – disse o porquinho.

- Está bem! Mas temos de ir devagar!

- Claro, devagar se vai ao longe! - disseram os dois, soltando uma gargalhada..

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Entretanto, a lebre estava a preparar-se para o grande festim.

Estreou o seu fato novo de seda azul e pôs o seu lindo chapéu com uma pena de pavão a condizer com o seu fato.

Parecia muito satisfeita.

- Está na hora! Ah… não me posso esquecer do bolo que fiz com tanto amor e carinho para a minha querida

amiga! – disse ela com ironia.

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No quintal da pata, já tinham chegado todos os convidados. Todos ficaram estupefatos ao verem a lebre tão

produzida e com um ar feliz, apesar da sua grande derrota.

Alguns minutos depois, chegou a tartaruga que ficou sem palavras quando viu que, afinal, lhe tinham preparado uma

festa surpresa.

- Então Tuga, não dizes nada? – perguntou a pata.

- Estou tão emocionada! Vocês são os melhores amigos do mundo!

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- Tu mereces isto tudo! – disse a lebre. – Quero oferecer-te este bolo de frutas que tu gostas tanto.

- Obrigada pela tua gentileza. Estou contente por ver que não tens mau perder!

- És muito ingénua. Nem sabes o que te espera. – disse a lebre entre dentes.

- Disseste alguma coisa?

- Eu? Bem, só disse que és muito queridinha, nem sabes o quanto te admiro!

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E a festa começou. O “Dj” Esquilomania ligou o som e alguns animais começaram a dançar, pular e cantar. Outros

foram logo apreciar os petiscos da pata que são conhecidos por serem deliciosos e muito variados.

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A festa estava muito animada quando a lebre pensou:

“Bem está na hora de entrar em acção. Agora é que a festa vai começar a sério”.

Quando todos se estavam a divertir, a lebre interrompeu a festa, chamando a atenção de todos:

- Atenção, por favor! Vamos fazer um brinde à nossa campeã e comer uma fatia de bolo.

- Que ótima ideia! Vamos a isto! – disse o esquilo guloso.

- Um brinde para a Tuga, para que nunca tenha momentos de azar na vida! E vai acima…, e vai abaixo…, e vai ao

centro…, e vai para dentro!!!

- Obrigado meus amigos! São uns queridos! – disse a Tuga feliz.

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A seguir, a lebre partiu o bolo, oferecendo a primeira fatia à Tuga:

- Toma, a primeira fatia é para ti. Tem, por cima, uma folhinha de alface em forma de coração porque és muito

especial.

- Nem pensar! Tu é que mereces esta fatia de bolo. Tens tido uma atitude que é de louvar! – disse a pata.

Todos os animais concordaram, deixando a lebre incomodada porque não estava nada à espera dessa situação.

- Ai, não, não… bem … eu…, eu estou de dieta!

- Hoje ninguém faz dieta, nem eu que sou muito gordinho! – disse o porquinho.

- Não nos faças uma desfeita destas! Se não comeres esta fatia, ficaremos todos muito desiludidos contigo! – disse

a pata, olhando para a lebre de uma forma estranha, como se desconfiasse de alguma coisa.

- Come, come, come… - diziam todos.

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Todos pediam com insistência para que a lebre comesse, mas esta recusava-se, arranjando mil e uma desculpas, o que

irritou a Josefina que, apercebendo-se da maldade da lebre, gritou:

- Se não comes a bem, comes a mal!

E dizendo isso, pegou na fatia de bolo e enfiou-a pela boca da lebre que não teve outro remédio senão engolir a dita

fatia.

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Todos estavam espantados com a atitude

da pata, mas ficaram completamente atónitos

ao verem a lebre a deitar uma chama de fogo

pela boca e a fugir a sete pés pela floresta

fora!

- Mas o que foi isto? – perguntou o sapo.

- Não se preocupem, eu depois explico -vos

– disse a pata. – Vamos esquecer este

incidente e continuar esta grande festa.

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E a festa continuou. Já em casa, a lebre que estava muito mal disposta e triste disse:

- Sou tão idiota! Não devia ter brindado à boa sorte da Tuga. Eu é que tive azar! Tive que comer aquela maldita

fatia cheia de piri-piri. Que má sorte a minha!!!

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Moral da história:

Não faças aos outros o que não gostas que te façam a ti.

O feitiço vira-se contra o feiticeiro.