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Avaliação de desempenho de verniz acrílico e Avaliação de desempenho de verniz acrílico e verniz poliuretano antipichação como verniz poliuretano antipichação como revestimento de proteção às estruturas de revestimento de proteção às estruturas de concreto aparente concreto aparente Avaliação de desempenho de verniz acrílico e Avaliação de desempenho de verniz acrílico e verniz poliuretano antipichação como verniz poliuretano antipichação como revestimento de proteção às estruturas de revestimento de proteção às estruturas de concreto aparente concreto aparente Adriana de Araújo Zehbour Panossian

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE VERNIZ ACRÍLICO E VERNIZ POLIURETANO ANTIPICHAÇÃO COMO REVESTIMENTO DE PROTEÇÃO ÀS ESTRUTURAS DE CONCRETO APARENTE

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Acrylic varnishes are widely used as protective coatings for Brazilian residential, commercial and industrial constructions. However, the market offers other types of varnishes as a result of the great technological development occurring in the chemical industry dedicated to the civil construction. Among the available varnishes, it can be pointed those based on polyurethanic resins, especially antigraffiti polyurethanic varnishes. The polyurethanic coatings remain intact even after several graphite removal cleaning processes. Thus, they present larger application being a good choice for replacing the acrylic varnishes used in civil construction. Acrylic varnishes, apparently, don’t protect the concrete surface from graphite and their protective properties against aggressive environmental compounds are inferior to the polyurethanic base varnishes. The objective of this work was to compare the performance of two protective varnishes available in the market for protecting concrete structures, one traditional and another based on polyurethane resin. The comparison was done through characterization tests and performance tests in order to verify their behavior against two environmental aggressive compounds: carbon dioxide and chlorides. The obtained results confirmed the superiority of the antigraffiti polyurethanic varnish, as much in characteristics as performance in protection barrier. Os vernizes acrílicos são largamente utilizados como revestimento de acabamento nas edificações brasileiras. Além destes vernizes, o mercado oferece outras opções decorrentes do grande avanço tecnológico da indústria química voltada para construção civil. Dentre os vernizes recentemente incorporados no mercado, citam-se os à base de poliuretano, em destaque aqueles que são denominados como antipichação. O filme deste tipo de verniz mantém-se íntegro mesmo após constantes limpezas para a remoção de pichações na sua superfície. Desta forma, o verniz antipichação tem um maior campo de aplicação, podendo ser, também, um substituto no emprego, generalizado, do verniz acrílico nas construções, já que o mesmo, além de não proteger as fachadas contra pichações, aparentemente, tem um desempenho inferior como barreira de proteção contra os agentes mais potencialmente nocivos ao concreto armado. O objetivo do presente trabalho foi comparar dois vernizes de proteção para concreto aparente, ambos disponíveis no mercado, sendo um acrílico tradicional e outro poliuretano. Esta comparação foi realizada por meio de ensaios de caracterização e de ensaios de desempenho destinados a verificar o comportamento dos vernizes em relação a dois agentes agressivos: o dióxido de carbono e os íons cloreto. Os resultados obtidos confirmaram a superioridade do verniz poliuretano antipichação em relação ao verniz acrílico, tanto em características como em desempenho como barreira de proteção. ARAUJO, A.; PANOSSIAN, Z. Avaliação

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Avaliação de desempenho de verniz acrílico e Avaliação de desempenho de verniz acrílico e verniz poliuretano antipichação como verniz poliuretano antipichação como

revestimento de proteção às estruturas de revestimento de proteção às estruturas de concreto aparenteconcreto aparente

Avaliação de desempenho de verniz acrílico e Avaliação de desempenho de verniz acrílico e verniz poliuretano antipichação como verniz poliuretano antipichação como

revestimento de proteção às estruturas de revestimento de proteção às estruturas de concreto aparenteconcreto aparente

Adriana de Araújo

Zehbour Panossian

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Conteúdo

• Introdução• Objetivos• Metodologia (não descrita com detalhe),

resultados e discussão– seleção e caracterização de vernizes;– concepção e preparação dos corpos-de-prova

(características do concreto);– ensaios de desempenho: ensaio acelerado de exposição à

névoa salina e ao cloreto de sódio

• Conclusões

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Introdução Edificações com concreto aparente sofrem

degradação, muitas vezes de maneira intensa, decorrente da ação de agentes agressivos presentes na atmosferas: CO2 e Cl-;

para minimizar esta degradação aplicam-se vernizes como proteção adicional, que podem assegurar a durabilidade do concreto devido à diminuição da permeabilidade superficial;

tradicionalmente, é utilizado verniz acrílico, porém o poliuretânico antipichação aparece no mercado como um potencial substituto do acrílico.

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Objetivos caracterizar um verniz acrílico e um verniz

poliuretânico antipichação, verificando as suas características essenciais para sua aplicação no concreto armado aparente como barreira de proteção;

avaliar o desempenho dos vernizes selecionados, aplicados em corpos-de-prova de concreto, em duas diferentes espessuras (duas e três demãos) e duas diferentes condições (filme recém-aplicado e filme envelhecido), frente a dois dos principais agentes atmosféricos que atuam na deterioração do concreto armado: o CO2 e os íons Cl-.

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Seleção e caracterização de vernizes

Foram selecionados dois vernizes disponíveis no mercado para uso em construção civil: o critério de escolha foi a flexibilidade aplicado em substrato metálico (NBR 10545).

Os vernizes foram caracterizados na forma líquida; na forma de filme livre, aplicado sobre substrato metálico e aplicado sobre substrato cimentício. Foram preferidos ensaios normalizados, porém para alguns ensaios foram estabelecidas metodologias com base na literatura.

Foi feito um estudo preliminar para verificação de quais os parâmetros caracterizavam adequadamente os vernizes: só serão apresentados os selecionados.

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Preparação dos corpos-de-prova

Especialmente concebidos, tendo como base:− limitação do tamanho das câmaras de ensaio: pequenos;

− necessidade de respostas rápidas nos ensaios de desempenho: concreto de baixo desempenho – cimento com escória de alto forno tipo II, traço 1:2,64:1,56:0,65, relação a/c de 0,65;

− necessidade de preservar a integridade dos vernizes durante os ensaios eletroquímicos: eletrodos embutidos;

− necessidade de ensaios de acompanhamento destrutivos (avanço da carbonatação e ingresso de cloreto): foram preparados corpos-de-prova armados (ACP) e não-armados (NCP).

Obs.: trabalho apresentado no LATINCORR 2006 Brasil apresenta descrição detalhada dos corpos-de-prova.

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Pintura epóxi

Região protegida com os vernizes ensaiados

Tubo de plástico rígido para o eletrodo de referência

Eletrodo de trabalho (armadura)

Contra-eletrodo de cobre

Corpo-de-prova armadoACP

Corpo-de-prova não-armadoNCP

10 cm

5 cm

2 cm

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Resultados e discussão: caracterização dos vernizes líquidos

Ensaios Verniz acrílico Verniz poliuretânico

Identificação da resina

Acrílica (poliacrilato com preponderância de uma mistura de polimetacrilato de metila, poliacrilato de butila, pequenas proporções de poliacrilato de metila e polimetacrilato de butila)

Poliuretano (isocianato)

Sólidos por volume 16% 26%

Viscosidade (Copo Ford) 11,7 s 12,5 s

Tempo de secagem

Toque 30 min 30 min

Livre de pegajosidade 50 min 1 h

Endurecida 3 h 30 min 2 h 50 min

Manuseio 3 h 40 min 3 h 10 min

Completamente endurecido 4 h 10 min 4 h 35 min

Espessura do filme úmido por demão

75 µm 75 µm

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Resultados e discussão: caracterização dos vernizes em filme livre

Ensaio Verniz acrílico Verniz poliuretânicoPermeabilidade à água

Corpo-de-prova CP1 CP2 CP3 CP1 CP2 CP3Espessura média do filme (µm) 146 120 130 116 116 91Taxa de transmissão (g/(m2.dia)) 8,1 7,0 9,4 6,7 7,1 8,0Taxa de transmissão média (g/(m2.dia)) 8,1 7,3Desvio padrão médio (g/(m2.dia)) 1,2 0,6Camada equivalente a do ar (m) 0,7 1,0 0,7 1,1 1,0 1,2Camada média equivalente a do ar (m) 0,8 1,1Desvio padrão (m) 0.2 0,1Perm

eabilidade ao CO2

Corpo-de-prova CP1 CP2 CP3 CP1 CP2 CP3Espessura média do filme (µm) 123 120 94 79 86 96Permeabilidade (g/(m2.dia)) 2,9 2,9 3,9 2,3 2,3 2,4Permeabilidade média (g/(m2.dia)) 3,2 2,3Desvio padrão médio (g/(m2.dia)) 0,6 0,1Camada equivalente a do ar (m) 86 86 64 109 108 103Camada média equivalente a do ar (m) 79 107Desvio padrão (m) 13 3

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Resultados e discussão: caracterização dos vernizes em filme livre

Ensaio Verniz acrílico Verniz poliuretânicoPermeabilidade à água

Corpo-de-prova CP1 CP2 CP3 CP1 CP2 CP3Espessura média do filme (µm) 146 120 130 116 116 91Taxa de transmissão (g/(m2.dia)) 8,1 7,0 9,4 6,7 7,1 8,0Taxa de transmissão média (g/(m2.dia)) 8,1 7,3Desvio padrão médio (g/(m2.dia)) 1,2 0,6Camada equivalente a do ar (m) 0,7 1,0 0,7 1,1 1,0 1,2Camada média equivalente a do ar (m) 0,8 1,1Desvio padrão (m) 0.2 0,1Perm

eabilidade ao CO2

Corpo-de-prova CP1 CP2 CP3 CP1 CP2 CP3Espessura média do filme (µm) 123 120 94 79 86 96Permeabilidade (g/(m2.dia)) 2,9 2,9 3,9 2,3 2,3 2,4Permeabilidade média (g/(m2.dia)) 3,2 2,3Desvio padrão médio (g/(m2.dia)) 0,6 0,1Camada equivalente a do ar (m) 86 86 64 109 108 103Camada média equivalente a do ar (m) 79 107Desvio padrão (m) 13 3

IS0 7783 baixa permeabilidade ao vapor d’água: taxa de transmissão < 15 g/(m2.dia) e

camada de ar equivalente > 1,4 m; média permeabilidade ao vapor d’água: taxa de transmissão entre 15 g/

(m2.dia) e 150 g/(m2.dia) e camada de ar equivalente entre 0,14 m e 1,4 m ; alta permeabilidade ao vapor d’água: taxa de transmissão > 150 g/(m2.dia) e

camada de ar equivalente < 0,14 m. Obs: camada equivalente ao ar leva em consideração a espessura média do filme

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Ensaio Verniz acrílico Verniz poliuretânicoPermeabilidade à água

Corpo-de-prova CP1 CP2 CP3 CP1 CP2 CP3Espessura média do filme (µm) 146 120 130 116 116 91Taxa de transmissão (g/(m2.dia)) 8,1 7,0 9,4 6,7 7,1 8,0Taxa de transmissão média (g/(m2.dia)) 8,1 7,3Desvio padrão médio (g/(m2.dia)) 1,2 0,6Camada equivalente a do ar (m) 0,7 1,0 0,7 1,1 1,0 1,2Camada média equivalente a do ar (m) 0,8 1,1Desvio padrão (m) 0.2 0,1Perm

eabilidade ao CO2

Corpo-de-prova CP1 CP2 CP3 CP1 CP2 CP3Espessura média do filme (µm) 123 120 94 79 86 96Permeabilidade (g/(m2.dia)) 2,9 2,9 3,9 2,3 2,3 2,4Permeabilidade média (g/(m2.dia)) 3,2 2,3Desvio padrão médio (g/(m2.dia)) 0,6 0,1Camada equivalente a do ar (m) 86 86 64 109 108 103Camada média equivalente a do ar (m) 79 107Desvio padrão (m) 13 3

Resultados e discussão: caracterização dos vernizes em filme livreLiteratura considera camada média equivalente ao ar de

50 g/(m2.dia) como o valor mínimo aceitável.

Ambos poderiam ser classificados como anticarbonatação se fossem aplicados:

verniz acrílico: 118 µm

verniz poliuretânico: 87 µm

Sendo o verniz poliuretânico muito superior

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Resultados e discussão: caracterização dos vernizes aplicados sobre substrato metálico

Número de demão

Verniz acrílico Verniz poliuretânicoEspessura

(µm)Desvio padrão

(µm)Flexibilidade

(%)Espessura

(µm)Desvio padrão

(µm)Flexibilidade (%)

1 demão 8,9 2,4 11,4 10,0 1,8 30,12 demão 17,3 3,6 31,2 18,8 1,3 32,0

Número de demão

Verniz acrílico Verniz poliuretânicoEspessura

(µm)Desvio padrão

(µm)Flecha de

ruptura (%)Espessura

(µm)Desvio padrão

(µm)Flecha de ruptura

2demão 18,4 2,3 2,7 19,2 1,5 7,13demão 33,8 2,5 3,6 33,6 1,2 8,4

Verniz poliuretânico é mais flexível

Verniz poliuretânico tem elevada flecha de ruptura

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Resultados e discussão: caracterização dos vernizes aplicados sobre substrato cimentício

Número de demão

Verniz acrílico Verniz poliuretânico

Espessura (µm) Desvio padrão (µm)

Espessura (µm) Desvio padrão (µm)

2demão 31 8 51 11

3demão 41 7 60 17

Número de demão

Verniz acrílico Verniz poliuretânico

Aderência (MPa)

Desvio padrão (MPa)

Aderência (MPa)

Desvio padrão (MPa)

2demão 2,5 0,6 3,2 0,9Literatura: o valor mínimo para uma boa aderência é de 1 MPa.

Ensaios de remoção de pichação mostrou que o verniz poliuretânico protege o concreto.

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Ensaio acelerado de exposição ao CO2

Uma câmara de carbonatação com insuflamento de (20±1)% CO2, sendo a umidade relativa do ambiente mantida em (65±1)%.

Filme recém-aplicado e envelhecido (exposição durante 30 dias à água de condensação e aos raios ultravioleta em câmara de intemperismo).

ensaios de acompanhamento:

medidas eletroquímicas (não-destrutivo): dez corpos-de-prova;

ensaio de profundidade de carbonatação: fratura do CP e aspersão de um indicador fenoftaleina: três corpos-de-prova por retirada.

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Ensaio acelerado de exposição ao CO2

Profundidade de carbonatação em µm (média/desvio padrão)

NCP – AC2 NCP – AC3 NCP – AC3 ENV NCP - SP

Ref.* – 1,0/0,0 Ref.* – 0,0/0,0 Ref.* – 0,5/0,5 Ref.* –1,0/0,0

8o dia** – 14,8 /1,5 8o dia** – 8,8/3,7 8o dia** – 23,4/2,4 8o dia** – 16,0/2,0

15o dia*** – 20,2/4,9 15o dia*** – 7,5/4,2 15o dia*** – 25,0/0,0 15o dia*** – 25,0/0,0

-

29o dia*** – 25,0/0,0 29o dia*** – 15,0/5,0 29o dia*** – 25/0 29o dia*** – 25,0/0,0

P1 P2 P3

P4 P5 P6

P1 P2 P3

P4 P5 P6

P1 P2 P3

P4 P5 P6

P1 P2 P3

P4 P5 P6

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Ensaio acelerado de exposição ao CO2Profundidade de carbonatação (média/desvio padrão)

NCP – PU2 NCP – PU3 NCP – PU3 ENV NCP - SP

Ref.* – 0,8/0,7 Ref.* – 0,8/0,7 Ref.* – 0,8/0,7 Ref.* –1,0/0,0

8o dia** – 7,8 /3,2 8o dia** – 8,3/2,2 8o dia** – 11,7/2,8 8o dia** – 16,0/2,0

15o dia*** – 10,7/1,1 15o dia*** – 14,0/3,6 15o dia*** – 16,5/4,0 15o dia*** – 25,0/0,0

-

29o dia*** – 12,5/3,8 29o dia*** – 16,7/3,6 29o dia*** – 25,0/0,0 29o dia*** – 25,0/0,0

- -

43o dia*** – 15,2/4,6 43o dia*** – 22,3/4,0 43o dia*** – 25,0/0,0 43o dia*** – 25,0/0,0

P1 P2 P3

P4 P5 P6

P1 P2 P3

P4 P5 P6

P1 P2 P3

P4 P5 P6

P1 P2 P3

P4 P5 P6

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Ensaio acelerado de exposição ao CO2

TEMPO ACP –AC2 ACP –AC3 ACP –AC3 ENV ACP –SP

1o dia Média* = -96Desvio padrão = 34

Média* = -24Desvio padrão = 11

Média* = -80Desvio padrão = 43

Média*= -44Desvio padrão = 23

8o dia Média* = -376Desvio padrão = 208

Média* = -108Desvio padrão = 88

Média* = -333Desvio padrão = 29

Média*= -438Desvio padrão = 60

15o dia Média* = -376Desvio padrão = 208

Média* = -398Desvio padrão = 62

Média* = -306Desvio padrão = 20

Média*= -497Desvio padrão = 98

43o dia Média* = -368Desvio padrão = 62

Média* = -358Desvio padrão = 55

Média* = -259Desvio padrão = 18

Média*= -341Desvio padrão = 70

61o dia Média* = -302Desvio padrão = 42

Média* = -275Desvio padrão = 14

Média* = -218Desvio padrão = 22

Média*= -275Desvio padrão = 35

91o dia

Média* = -273Desvio padrão = 33

Média* = -252Desvio padrão = 76

Média* = -139Desvio padrão = 16

Média*= -253Desvio padrão = 58

E < -291 mVECS 90% de probabilidade de estar ocorrendo corrosão nas armaduras

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Ensaio acelerado de exposição ao CO2

TEMPO ACP –PU2 ACP –PU3 ACP –PU3 ENV ACP –SP

1o dia Média= -58 Desvio padrão = 15

Média*= -33Desvio padrão = 23

Media*= -68Desvio padrão = 37

Média*= -44Desvio padrão = 23

8o dia Média= -198Desvio padrão = 39

Média*= -121Desvio padrão = 89

Média* = -138Desvio padrão = 99

Média*= -438Desvio padrão = 60

15o dia Média= -287Desvio padrão = 56

Média*= -229Desvio padrão = 147

Média* = -297Desvio padrão = 197

Média*= -497Desvio padrão = 98

43o dia Média= -380Desvio padrão = 88

Média*= -464Desvio padrão = 87

Média* = -397Desvio padrão = 16

Média*= -341Desvio padrão = 70

61o dia Média= -307Desvio padrão = 15

Média*= -396Desvio padrão = 73

Média* = -352Desvio padrão = 18

Média*= -275Desvio padrão = 35

91o dia

Média= -236Desvio padrão = 6

Média*= -350Desvio padrão = 57

Média* = -271Desvio padrão = 44

Média*= -253Desvio padrão = 58

E < -291 mVECS 90% de probabilidade de estar ocorrendo corrosão nas armaduras

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Ensaio acelerado de exposição ao CO2:

medidas de potencial

Os desvios padrões foram elevados, sendo em alguns casos muito elevados.

Um exame criterioso da superfície fraturada dos corpos-de-prova mostrou que nos casos de desvios muito elevados, a despeito da proteção adicional aplicada na região de inserção dos eletrodos, alguns corpos-de-prova apresentaram penetração preferencial da frente de carbonatação por esta região; sendo esta a causa dos valores muito elevados dos desvios observado;

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-600

-500

-400

-300

-200

-100

0

(0) Referência 8º dia 15º dia 43º dia 61º dia 91º diaDias

Po

ten

cial

de

Co

rro

são

( m

V, E

CS

)

ACP - AC2 ACP - AC3 ACP - AC3 ENV ACP - PU2

ACP - PU3 ACP - PU3 ENV ACP - SP

Ensaio acelerado de exposição ao CO2:

medidas de potencial

Após a diminuição do potencial para as faixas de alta probabilidade de ocorrência de corrosão, observa-se um aumento dos valores do potencial. Isto deve ter ocorrido devido à formação de produtos de corrosão na superfície das barras, fato constatado pela presença de produtos vermelhos de forma generalizada após a fratura dos corpos-de-prova.

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Ensaio acelerado de exposição ao NaCl

Dois dias de exposição em câmara de névoa salina seguido de cinco dias em ambiente de laboratório, sendo este ciclo repetido por onze vezes (ensaio diferenciado!).

Filme recém-aplicado e envelhecido (exposição durante 30 dias à água de condensação e aos raios ultravioleta em câmara de intemperismo).

ensaios de acompanhamento:

medidas eletroquímicas (não-destrutivo): dez corpos-de-prova. Em alguns corpos-de-prova, aspersão de nitrato de prata no final do ensaio;

ensaio de análise de cloretos: três corpos-de-prova por retirada.

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Exposição ao NaCl:TERO DE CLORETOS

Variável Profundidade da coleta de concreto

Teor de cloretos (%)Referência 2o ciclo 3o ciclo 5o ciclo

NCP – AC2(5 a 10) mm 0,08 0,53 0,70 1,93(10 a 15) mm 0,07 0,22 0,65 1,32(15 a 20) mm 0,07 0,10 0,33 0,58

NCP – AC3(5 a 10) mm 0,08 0,51 0,77 1,86(10 a 15) mm 0,07 0,28 0,27 1,0(15 a 20) mm 0,07 0,10 0,13 0,53

NCP – AC3 ENV

(5 a 10) mm 0,08 0,62 1,14 1,49(10 a 15) mm 0,07 0,21 1,00 0,82(15 a 20) mm 0,07 0,07 0,58 0,55

NCP – PU2(5 a 10) mm 0,08 0,06 0,07 0,10(10 a 15) mm 0,07 0,05 0,05 0,05(15 a 20) mm 0,07 0,06 0,05 0,05

NPU – PU3(5 a 10) mm 0,08 0,06 0,06 0,09(10 a 15) mm 0,07 0,04 0,05 0,05(15 a 20) mm 0,07 0,04 0,08 0,03

NCP – PU3 ENV

(5 a 10) mm 0,08 0,10 0,08 0,06(10 a 15) mm 0,07 0,10 0,07 0,11(15 a 20) mm 0,07 0,15 0,06 0,06

NCP – SP(5 a 10) mm 0,08 1,02 1,00 2,24(10 a 15) mm 0,07 0,62 116 1,85(15 a 20) mm 0,07 0,22 0,73 0,62

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Ensaio acelerado de exposição ao NaCl

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

Referência 1º ciclo 2º ciclo 5º cicloCiclos

Teor

de

clor

eto

(%)

ACP - AC 2 ACP - AC 3 ACP - AC 3 ENV ACP- PU 2

ACP - PU 3 ACP - PU 3 ENV ACP - SP

Page 24: AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE VERNIZ ACRÍLICO E VERNIZ POLIURETANO ANTIPICHAÇÃO COMO REVESTIMENTO DE PROTEÇÃO ÀS ESTRUTURAS DE CONCRETO APARENTE

Ensaio acelerado de exposição ao NaClTEMPO ACP –AC2 ACP –AC3 ACP –AC3 ENV ACP –SP

1o ciclo Média*= -162Desvio padrão = 16

Média** = -160Desvio padrão = 14

Média* = -200Desvio padrão = 14

Média*= -187Desvio padrão = 53

2o ciclo Média*= -162Desvio padrão = 16

Média** = -244Desvio padrão = 140

Média* = -190Desvio padrão = 14

Média*= -269Desvio padrão = 104

5o ciclo Média*= -221Desvio padrão = 147

Média** = -256Desvio padrão = 157

Média* = -520Desvio padrão = 157

Média*= -404Desvio padrão = 72

6o ciclo Média*= -246Desvio padrão = 149

Média** = -254Desvio padrão = 162

Média* = -530Desvio padrão = 162

Média*= -402Desvio padrão = 85

7o ciclo Média*= -246Desvio padrão = 149

Média** = -317Desvio padrão = 150

Média* = -490Desvio padrão = 150

Média*= -415Desvio padrão = 65

8o ciclo Média*= -262Desvio padrão = 168

Média** = -350Desvio padrão = 163

Média* = -500Desvio padrão = 163

Média*= -417Desvio padrão = 63

9o ciclo Média*= -205Desvio padrão = 162

Média** = -306Desvio padrão = 186

Média* = -490Desvio padrão = 186

Média*= -393Desvio padrão = 73

10o ciclo Média*= -236Desvio padrão = 156

Média** = -410Desvio padrão = 41

Média* = -550Desvio padrão = 41

Média*= -407Desvio padrão = 77

11o ciclo

Média*= -251Desvio padrão = 149

Média** = -446Desvio padrão = 19

Média* = -550Desvio padrão = 19

Média*= -403Desvio padrão = 70

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Ensaio acelerado de exposição ao NaClTEMPO ACP –PU2 ACP –PU3 ACP –PU3 ENV ACP –SP

1o ciclo Média*= -168Desvio padrão = 12

Média** = -168Desvio padrão = 12

Média* = -125Desvio padrão = 38

Média*= -187Desvio padrão = 53

2o ciclo Média*= -141Desvio padrão = 11

Média** = -153Desvio padrão = 34

Média* = -192Desvio padrão = 215

Média*= -269Desvio padrão = 104

5o cicl Média*= -139Desvio padrão = 36

Média** = -150Desvio padrão = 52

Média* = -222Desvio padrão = 233

Média*= -404Desvio padrão = 72

6o ciclo Média*= -143Desvio padrão = 34

Média** = -131Desvio padrão = 39

Média* = -520Desvio padrão = 243

Média*= -402Desvio padrão = 85

7o ciclo Média*= -125Desvio padrão = 26

Média** = -132Desvio padrão = 51

Média* = -234Desvio padrão = 242

Média*= -415Desvio padrão = 65

8o ciclo Média*= -123Desvio padrão = 32

Média** = -163Desvio padrão = 61

Média* = -266Desvio padrão = 254

Média*= -417Desvio padrão = 63

9o ciclo Média*= -100Desvio padrão = 20

Média** = -107Desvio padrão = 13

Média* = -178Desvio padrão = 175

Média*= -393Desvio padrão = 73

10o ciclo Média*= -108Desvio padrão = 15

Média** = -116Desvio padrão = 13

Média* = -288Desvio padrão = 246

Média*= -407Desvio padrão = 77

11o ciclo

Média*= -112Desvio padrão = 14

Média** = -116Desvio padrão = 14

Média* =-219Desvio padrão = 222

Média*= -403Desvio padrão = 70

Desvios elevados = ao ensaio de CO2

Page 26: AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE VERNIZ ACRÍLICO E VERNIZ POLIURETANO ANTIPICHAÇÃO COMO REVESTIMENTO DE PROTEÇÃO ÀS ESTRUTURAS DE CONCRETO APARENTE

ConteúdoTodos os ensaios, tanto os de caracterização como os de desempenho, indicaram claramente a superioridade do verniz poliuretano antipichação em relação ao verniz acrílico tradicionalmente utilizado para a proteção de superfícies de concreto aparente, destacando-se: maior aderência ao concreto; maior flexibilidade; maior teor de sólidos, o que permite a obtenção de espessuras maiores de filme seco

para o mesmo consumo do produto líquido (por volume); menor permeabilidade ao vapor d’água e ao dióxido de carbono; desempenho melhor como barreira de proteção, retardando o avanço da

carbonatação e a ocorrência da corrosão. O envelhecimento do verniz provoca uma perda na sua capacidade de proteção, que passa a ser similar ao desempenho do verniz acrílico recém-aplicado;

desempenho melhor como barreira de proteção contra o ingresso de cloreto e, conseqüentemente, contra a ocorrência da corrosão na barra de aço. Embora seria esperado que, igualmente para o ensaio de carbonatação, o envelhecimento do filme provocasse uma perda na sua eficiência como proteção, isto não ocorreu. Este fato, possivelmente, é devido à estrutura do filme do verniz, que deve ter maior resistência a penetração da água líquida (contaminada com cloreto) do que do gás carbônico.

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Agradecimentos

FAPESPFAPESPFAPESPFAPESP

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Obrigada pela Obrigada pela atençãoatenção

Obrigada pela Obrigada pela atençãoatenção

Adriana Araújo

Zehbour Panossian