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jornalismo colaborativo em bases de dados Yuri Almeida @herdeirodocaos GJOL | LABJOR

Jornalismo colaborativo em bases de dados

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Apresentação realizada no Hangout com a turma do Entenda.

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jornalismo colaborativo em bases de dados

Yuri Almeida@herdeirodocaos

GJOL | LABJOR

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Jornalismo colaborativo

• A base filosófica do jornalismo colaborativo é movimento do software livre iniciado em 1984 por Richard Stallman.

• Metaforicamente, disponibilizar o código-fonte significa conceder espaços para veiculação do conteúdo produzido pelo público, ampliar os mecanismos de colaboração entre jornais e leitores

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• Na nova era das comunicações digitais, sinaliza Gillmor (2005), o “público pode tornar-se parte integral do processo – e começa a tornar-se evidente que tem de sê-lo”.

• Três níveis de colaboração no jornalismo colaborativo: parcial, total, rizomático

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Parcial

• as possibilidades de colaboração são limitadas e ocorrem na etapa de construção de notícia – seja sugestão de matérias, fontes, envio de fotos e vídeos e/ou relatos testemunhais de fatos. Neste nível de colaboração, os cidadãos-repórteres não têm o controle total de sua produção e ainda dependem do crivo do gatekeeping.

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Total

• neste modelo, o cidadão-repórter tem liberdade/acesso pleno ao “códigofonte”. Ele pensa a pauta, colhe os dados, embasa suas opiniões, escolhe suas fontes, escreve o conteúdo e sobe para a home da mídia colaborativa.

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Rizomático

• o que difere do Jornalismo Colaborativo ambientado em rede dos modelos parcial e total é caráter coletivo, seja de produção ou gerenciamento dos conteúdos colaborativos

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Modelos

• espaços colaborativos hospedados em grandes veículos ou sob a coordenação destes

• espaços colaborativos criados por grupos ou empresas de comunicação de pequeno porte, sem associação à uma grande marca

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Natureza da colaboração

• Nos grandes portais e jornais, a lógica de colaboração segue a agenda midiática. O público é convidado a participar quase sempre em caso de fait divers, como terremotos, enchentes, acidentes, festas e outros fatos onde a onipresença midiática não pode ser realizada

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• Já nos novos espaços nota-se a pluralidade maior em termos noticiosos. A agenda é escrita pelos colaboradores, a notícia será aquela que você publicar no site.

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Índice de descarte do conteúdo colaborativo

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Diálogo/colaboração

É impossível pensar relação com as mídias sociais sem criar mecanismos de colaboração

Jornalista deve deixar de escrever para o leitor e escrever com os co-autores

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Mediação

• Dialógica e não conectiva

• Ampliação do campo jornalístico

• Do gatekeeping para o “cartógrafo da informação” (Jorge Rocha – 2006/2009)

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Credibilidade

• Conquista

• Transparência

• A notícia não é “beta” (Brambilla,2006)

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Redes Sociais e Jornalismo Colaborativo

• Redes sociais são fundamentais para o jornalismo colaborativo, mas existe pouca interação entre os membros

• Colaboração ainda é focada na “vontade individual” e não nos anseios comunitários

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ApropriaçãoRedes como fonte de informação | personagens

| valores da comunidade | distribuição de notícias e novos modelos de negócios

Os jornais não devem esperar os cidadãos baterem na porta das redações, mas criar ambientes de conversação e colaboração

Mudar a cultura de moderação é fundamental

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E a velha caixa de comentários?

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Quem é o responsável?

• Quem publica é o responsável pelo que o público postou em sua área de comentários;

• A opinião do público integra o conteúdo;

• Retorno aos leitores é fundamental

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Experiências

The Huffington Post criou sistema de badges. Colaboradores podem até deletar comentários

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O Mashable também utiliza badges para os usuários que compartilham conteúdo e subscrevem tópicos

de notícias.

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É útil?

• Badges é um sistema de reputação, que pode reforçar a estrutura e o comportamento das pessoas;

• É mais fácil identificar o perfil dos leitores;

• Fidelização do público;

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• Construção da comunidade;

• Potencializa práticas colaborativas

• Recompensa o usuário.

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Avaliação pode ser uma saída

• Filtragem

• Credibilidade (delegados técnicos do Slashdot)

• Qualidade

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Hiperlocalismo pode ser uma saída

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Motivos?

• Matérias mais próximas dos grupos a que se destinam

• Memória local• Cobertura “afeta”• Potencializa-se o diálogo e o caráter social• Sentimento de pertencimento

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Resultados “The Local” (NYT)

• Não faz sentindo contratar uma equipe específica para cobrir um determinado local

• Uma boa cobertura hiperlocal se faz com jornalistas profissionais

• É preciso criar plataformas que facilitem a participação de diversas maneiras

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• Distribuir notícias por correio eletrônico tem grande potencial

• Experiência hiperlocal precisa estar articulada com a redação dos jornais

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Mineração de dados (mining)

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CROWDSOURCING | WIKI

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Hackear os jornais?

The Guardian apostou na ideia (2008)

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1º vez no Brasil (2012)

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LAI, base de dados públicos e o jornalismo

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Base de dados possibilita o diferencial do jornalismo na Web

(Barbosa, 2004)

UM POUCO DE TEORIA

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1. Coleta/apuração2. Narrativa3. Publicação4. Memória

UM POUCO DE TEORIAPalacios fala de memória múltipla e cumulativa

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Base de dados =Forma cultural simbólica (Manovich)

Tradução para outros formatosAgrupar e disponibilizar as notícias

(Fidalgo)

Modelo JDBD (Barbosa, 2004)4ª GERAÇÃO DO WEBJORNALISMO

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Base de dados orienta o “ver, navegar e buscar”(Manovich, 2001)

UM POUCO DE TEORIA

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Da liberação do “código de emissão” a liberação do “código-fonte”

O QUE SE PROPÕE...

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Tal processo pode resultar na segunda fase do jornalismo

colaborativo

O QUE SE PROPÕE...

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Associações com base de dados: liberação de API’s, mineração,

rankeamento...

COMO?

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Digitalização da memória a liberação da API

Migração dos jornais para o ciberespaço demandou a

digitalização do conteúdo impresso

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A segunda fase do jornalismo colaborativo

1ª fase: abertura dos códigos de emissão, circulação de informação e foco no “relato testemunhal”

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Liberação dos bancos de dados para remix da comunidade

2008 (The Guardian, NYT)

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Sabedoria da multidão, colaboração, hackeamento dos jornais

API’s do Google Maps potencializaram o jornalismo

hiperlocal

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ResultadosAplicativo para bloquear comentaristas chatos no

jornal

Números que aproxima valores da realidade. Ex. R$ 100 mil equivale a x vezes o salário de um motorista

App completa frase com bases de dados do próprio jornal

O mais interessante: leitor pode combinar tags e obter matérias relacionadas

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Liberação do código fonte e recombinação dos dados

Materializa a filosofia dos software livres: não tem dono, todos usam e qualquer um pode aprimorá-lo

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• O compartilhamento das APIs e banco de dados possibilitam aos colaboradores participarem da interface/apresentação das notícias.

• Geralmente essas práticas acontecem com o incentivo dos próprios jornais que convidam os leitores a analisarem documentos públicos ou identificar lobbistas a partir de uma fotografia.

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Jornalismo colaborativo potencializa também

o jornalismo em base de dados

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• Aumento da resolução semântica (Fidalgo, 2003);• Funções culturais (Manovich) é potencializada

em um modelo rizomático;• Escritas coletivas no Twitter complementam a

cobertura jornalística, uma vez que novos relatos e testemunhos são agregados a cobertura sobre determinados assunto;

• Classificação valorativa das notícias configura um filtragem colaborativa dos assuntos mundiais.

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E o jornalista?

Não entendemos a Web, aí vieram as redes sociais, a colaboração e agora as bases de dados...

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Cartógrafo da informação

Jornalista precisa enquadrar, selecionar e personalizar

informações em um ambiente conversacional e colaborativo

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Contatos

Yuri Almeida@[email protected]://herdeirodocaos.wordpress.com