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A ORGANIZAÇÃO ESCOLAR NO CONTEXTO DA
CRISE DO MODELO NACIONAL-
DESENVOLVIMENTISTA DE INDUSTRIALIZAÇÃO E
A IMPLANTAÇÃO DO MODELO “ASSOCIADO” DE
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
1955-1968Joselaine A. de G. StênicoSandra Gomes de Oliveira
Joseane TobiasTábata Bergonci
UNESP – RIO CLARO
ORGANIZAÇÃO DA APRESENTAÇÃO
O Tempo da Democracia Populista – Entendendo a Crise;
Teoria Educacional;
Movimentos Populares;
finalizar
Recursos Financeiros;
Queda do Estado Novo +/-20 anos Regime
democrático
populista
Durou até o golpe militar de 1964
foi governado
DEMOCRACIA POPULISTA
Participação, cada vez maior, das massas populares na vida política do
País
votoassociações
partidos sindicatos
Alto índice de crescimento econômico
INDÚSTRIA
Uma forma de fazer do Brasil um país desenvolvido:
Os capitais estrangeiros
O ÚLTIMO CAPÍTULO DA ERA DE VARGA (1951-1954)
1950 Ano da volta de GV ao Catete
Durante o mandato de Dutra(1946-1950), Vargas continuou a ser o mais influente político do Brasil
CANDIDATOS PARTIDOS VOTOS
Getúlio Vargas PTB 3.849.040
Eduardo Gomes UDN 2.342.384
Cristiano Machado PSD 1.697.193
João Mangabeira pequenos partidos 9.466
G.V.
Getúlio Vargas – Traços Gerais do Governo
Expressiva Votação
GV voltava à presidência
UDN
Sofre nova derrota
passaria
fazer
cerrada
oposição
O País despertava para os problemas do desenvolvimento
Desenvolvimento Industrialização
Preservação das Riquezas Nacionais
Continuou a política de atender algumas reivindicações da classe trabalhadora
Nacionalismo
A oposição – Governo GV
Medidas Nacionalistas
Campanha “O PETRÓLEO É NOSSO”
Criação da Petrobrás
Proteção das empresas nacionais
Tarifas protecionistas
Financiamentos pelo BNDE (criado em 1952)
Começou a ser
pressionado pelas
grandes empresas
estrangeiras
Atacado violentamente pela UDN, liderada pelo
Jornalista Carlos Lacerda
Crise política – Governo GV
1954 crescia a oposição da UDN
Comandada por Carlos Lacerda
Apoiada Grandes empresários
Oficiais da força armada
05 de agosto de 1954 Lacerda sofreu um atentado na rua Torneleros, no RJ
Planejavam substituí-lo pelo vice-presidente João Café Filho
Não estava envolvido na conspiração para matar Lacerda
UDN
Militares
renúncia de GV
passaram a exigir
aliado dos udenistas
RESISTIU ATÉ O FIM
enquanto pressões ameaças de golpe para depô-lo
Na manhã de 24 de agosto de 1954, o velho presidente surpreendia seus
inimigos com um tiro no coração e
deixando uma carta-testamento
Revólver com o qual Getúlio Vargas se suicidou
Fac-símile do jornal Última Hora anunciando a morte de Getúlio Vargas
O governo Café Filho (1954-1955)
Sucessor de Vargas Organizou elementos favoráveis
UDN
Empresas Estrangeiras
O Ministro da Fazenda
Eugênio Gudin Promulgou INSTRUÇÃO 113
AMPLAS VANTAGENS ÀS EMPRESAS ESTRANGEIRAS
“(...)um dos elementos da economia nacional” (RIBEIRO, p.152)
Políticos da UDN tentaram adiar as eleições presidenciais de 1955
Mas contra essa tentativa de golpe, “choveram” protestos de todas nação E o pleito presidencial teve de ser realizado em 03 de outubro de 55
CANDIDATO PARTIDOS VOTOS
Juscelino Kubitschek PSD-PTB 3.077.411
Juarez Távora UDN-PDC 2.610.462
Ademar de Barros PSD-PTB 2.222.725
Plínio Salgado PRP 714.379
Presidente, ex-governador de MG Vice-Presidente João Goulart,Ex-ministro do trabalho de GV
O resultado das eleição foram o seguinte:
O governo JK (1956-1961) – Os Anos Dourados
Brasil tinha 60% da população no campo
Abrindo um parênteses...
População 1960 1970
Suburbana/
Urbana 32.004.81752.904.744
Rural 38.987.52641.603.810(RIBEIRO, p.160)
aproximadamente, 30 milhões de brasileiros dependiam da
economia agrária.
“era hora” de modernizar o país
investir no desenvolvimento, gerando crescimento e empregos
A finalidade do plano era consolidar o que começou com Getúlio, o chamado processo de substituição das importações. Assim, a primeira fase foi criar infra-estrutura para que o país pudesse produzir dentro de seu território os produtos de que precisava", relata o professor do Departamento de Economia da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) Claudemir Galvani
CINQUENTA ANOS EM CINCO PLANO DE METAS
processo de rápida industrialização
carro-chefe a indústria automobilística
31 OBJETIVOS:
Energia (metas de 1 a 5)
Transporte (metas de 6 a 12)
Alimentação (metas de 13 a 18)
Indústria de base (metas 19 a 29)
EDUCAÇÃO (meta 30)
Construção de Brasília (meta 31)
Os Anos Dourados
coincidiu com a fase de prosperidade norte americana conhecida como
"Great American Celebration” caracterizada pela baixa inflação e
elevado crescimento econômico e do padrão de vida dos norte americanos.
O governo JK (1956-1961) – Os Anos Dourados
Fator fundamental para o êxito dos planos de JK
EXCESSO DE CAPITAIS QUE EXISTIA NOS PAÍSES DESENVOLVIDOS
O governo deu uma série de incentivos
Isenções de impostos
Tarifas baixas
E outras vantagens
Visando atrair esse capital
"Para atrair as empresas, o presidente tinha que
criar barreiras protecionistas. Com o protecionismo,
Juscelino incentivou a entrada de capital estrangeiro
no país, principalmente a indústria automotiva",
explica Galvani. "A indústria automobilística tem um
efeito multiplicador de investimentos muito elevado.
Para produzir um carro, você estimula a criação de
outras empresas, como fabricantes de pneus,
amortecedores, vidros, faróis. Isso fez com que a
escolha da empresa automobilística criasse um
estímulo muito grande para a chamada de indústrias
de auto-peças."
Paulo Nogueira Batista Jr., economista e professor da FGV - EAESP. “Plano de Metas criado por JK foi um marco da economia brasileira”Publicado em 17/02/2006
modelo político
Nacional-desenvolvimentista Substituição de importações
Fator fundamental para o êxito dos planos de JK
Capital estrangeiro
a partir
Conciliar
modelo econômico
(RIBEIRO, p.153)
RESULTADOS DO GOVERNO DO JK
--
IndústriasIndústrias
EstradasEstradas
PetróleoPetróleo
AçoAço
Energia ElétricaEnergia Elétrica
Inauguração de BrasíliaInauguração de Brasília
Dependência da economia brasileira em relação aos capitais estrangeiros
Dependência da economia brasileira em relação aos capitais estrangeiros
Inúmeros setores da indústria foramtotalmente dominados por multinacionais
Inúmeros setores da indústria foramtotalmente dominados por multinacionais
Parte do lucro foi levado para o exteriorParte do lucro foi levado para o exterior
Inflação = 25%Inflação = 25%
O progresso da indústria O progresso da indústria
Agravaram os desequilíbrios regionaisAgravaram os desequilíbrios regionais
Sudeste: maior mercado de recursosSudeste: maior mercado de recursos
++
Remessa de lucrosRemessa de lucros Gastos com a construção de Brasília
Gastos com a construção de Brasília
Fatos Posteriores:O Governo Jânio Quadros (31 de janeiro de 1961 até 25 de agosto de 1961)
Política extremamente impopular
Salários congelados
Crédito foi diminuído
Governo cortou subsídios que dava a vários produtos(trigo)
Contribuindo para aumentar o custo de
vida
Fatos Posteriores:O Governo João Goulart ( 07 de setembro de 1961 até 1° de abril de 1964)
Dificuldade econômicas Agitação Social e Política
Reformas de Base
O governo pretendia melhorar a situação de milhões de trabalhadores do campo, aumentando dessa forma o mercado interno para a indústria.
Nacionalismo
Pretendia diminuir a remessa de lucros e outros privilégios das empresas estrangeiras no Brasil.
Oposição
As classes dominantes começaram a ficar preocupadas com os planos de governo, com a força dos movimentos populares e dos partidos de esquerda.
Golpe
No dia 31 de março de 1964, iniciou-se em MG um levante militar que, alastrando-se pela País, derrubou o presidente João Goulart e encerrou a era da democracia populista.
DESPESAS REALIZADAS COM EDUCAÇÃO 1955 1964/1965*
UNIÃO * 5,7 9,6ESTADOS 13,7 14,8
MUNICÍPIOS 11,4 8,8OBS:despesas realizadas pelos Estados e fixados pelos municípios
(tabela adaptada)
LUGAR DE PRIORIDADES DA UNIÃO 1955 1965
GUERRA 1° 2°FAZENDA 2° 1°
VIAÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 3° 3°EDUCAÇÃO 4° 4°
DESPESAS REALIZADAS COM EDUCAÇÃO 1955 1964
UNIÃO 5,7 9,6
Percentual de 4,0% nas despesas pela
União com Educação
4° lugar nas prioridades governamentais
1955 73,1%
1965 76,1%
MilitaresFazendaViação e Obras Públicas
UNIÃO
(tabela adaptada)
(tabela adaptada)
LUGAR DE PRIORIDADES DOS ESTADOS
1955 1964
ENCARGOS DIVERSOS 1° 1°
ADMINISTRAÇÃO
GERAL 2° 3°
EDUCAÇÃO 3° 2°
ESTADOS
DESPESAS REALIZADAS COM EDUCAÇÃO
1955 1964ESTADOS 13,7 14,8
Estado dedicou uma quantidade maior em
1964 = 1,1 %
2° lugar nas prioridades
OBS: a autora traz dados de 1964, no entanto, no texto, fala-se em 1965.
(tabela adaptada)
(tabela adaptada)
LUGAR DE PRIORIDADES DOS MUNICÍPIOS 1955 1964
SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICA 1 1ADMISTRAÇÃO GERAL 2 3EDUCAÇÃO 3 4
OBS: a autora não define o 2° lugar no ano de 1955 , para tanto, adotamos Administração geral como o 2° lugar
MUNICÍPIOS
DESPESAS REALIZADAS COM EDUCAÇÃO 1955 1964
MUNICÍPIOS 11,4 8,8
Baixaram Em 2,6 as Dotações
(tabela adaptada)
(tabela adaptada)
LUGAR DE PRIORIDADES NA ÁREA DE EDUCAÇÃO 1955 1964/1965*
UNIÃO * 4° 4°ESTADOS 3° 2°
MUNICÍPIOS 3° 4°
COMPARAÇÕES DE PRIORIDADES ENTRE UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIOS
“BARRA”
PRIORIDADE
(tabela adaptada)
ANALFABETISMO NA POPULAÇÃO DE 15 ANOS E MAIS
1960 1970Analfabetos 15.815.903 18.146.977Porcentagem 39,4 33,6
Número de analfabetos
absolutos
2.331.074 pessoas
percentual
= 5,8%
1950-1960 = 11,1% (não se mantém)
Aumentos percentuais nos recursos financeiros, dedicados à educação pela União e pelos Estados possibilitaram:
1955 1965
Pessoal
Docente
Matrícula
Geral
Matrícula
Efetiva
Pessoal
Docente
Matrícula
Geral
Matrícula
Efetiva
Ensino Primário
Comum 14.956 4.545.630 - 351.466 9.923.183 9.061.530
Ensino Médio 73.885 828.097 752.106 144.943 2.154.430 2.114.305
Ensino Secundário - - - 90.465 1.553.699 1.550.134
Ensino Superior 14.601 73.575 69.942 33.126 - 154.981
Nota-se continuidade da ampliação da rede escolar tanto ao pessoal docente como à matricula
Ensino SecundárioDesperta interessa apesar das transformações técnico-industriais
73% da matrícula efetiva do ensino médio corresponde ao ensino secundário
Parece comprovar:
Novos grupos sociais Antiga ordem social Pressionar Destruição
Por uma nova ordem
Substituição
procuram participar para depois
Percentual nos recursos financeiros dedicados à educação pela União e Estados
Possibilitou uma significativa ampliação da rede escolar
(tabela adaptada)
Teoria EducacionalTeoria Educacional
1956-1961
Governo empenhado a levar o desenvolvimento a todo território nacional Democracia e Desenvolvimento
Plano de Metas:- 3,4% de investimento em educação- Formação de pessoal técnico- Educação para o desenvolvimento- Ensino Básico?
Ministro da Educação: Clóvis SalgadoApresentou ao congresso proposta da
criação da Universidade de BrasíliaCursos superiores voltados para
administração
Elite bem preparada = estender progressivamente a educação ao conjunto da população
Programa de desenvolvimento exigia formação especializada
Formar classes dirigentes
Trabalhadores
Ensino Técnico e Especialização
Desclalificação
“A história da formação do trabalhador no capitalismo é a história de sua desqualificação. Fato esse apontado por Marx e que permanece encoberto nas obras economistas burguesa, cujo discurso é o da qualificação como resultado para o desenvolvimento do capitalismo.” (KUENZER, 1995, p. 35 apud BATISTA, CLARK & PADILHA, 2008, p. 7)
E a Educação Básica?
Manifesto “Mais uma Vez Convocados”
“Manifesto dos Pioneiros daEducação Nova” – 1932
Fernando Azevedo, JúlioMesquita Filho e Anísio Teixeira
Constituição de 46 29 de abril de 1947
União Câmara Federal - 1948
Diretrizes e Bases da Lei - 1961 Educação Nacional
O Projeto deu origem a discussão:
Centralização x Descentralização
Escola Pública x Escola Privada
Escolas Particulares?
Igreja Católicae escolas particulares
acopladas
Argumento: Escolas laicas
instruem, mas não educam
Problema do homem
Solução Religiosa
Desenvolver a inteligência e formar o caráter
(educar)
• Escola pública Desadaptadora dos indivíduos
“É preciso antes formar as almas. Onde faltar esta cultura interior que dispõe as consciências a
qualquer sacrifício no cumprimento fiel dos seus deveres, toda a tentativa de harmonização entre
o bem dos indivíduos e o bem das sociedades acha-se de antemão condenada a um malogro
irreparável” (RIBEIRO, 2007, p. 166)
Criminalidade Propagação da escola pública
Escolas Públicas?
“Mais uma Vez Convocados” (1959)
“Certo, um educador pode bem ser um filósofo e deve ter a sua filosofia de educação; mas, trabalhando cientificamente nesse terreno,
ele deve estar tão interessado na determinação dos fins da educação, quanto
também dos meios de realizá-los.” (AZEVEDO, s.d: 60 apud RIBEIRO, 2007, p.
167)
Família anterior ao EstadoFamília anterior ao Estado
XX
Nem a família, nem o Nem a família, nem o EstadoEstado
Igreja:
Família tem direito de escolher sobre a
educação dos filhos
Florestan Fernandes:
Escolas Religiosas
Grupos Privilegiados
FinanciamentoFinanciamentoIgreja
Estado Financiar Escolas Particulares
Gratuitas
Impor o laicismo educativo
Incompatível às famílias
Pagam duas vezes
Defensores da Escola Pública
O problema é arranjar escolas e não escolher entre elas
Bolsas de estudo descapitalização do Estado em favor de grupos
Ajuda de Custo às Famílias
Lei n° 4024/61 Lei n° 4024/61 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional)Nacional)
Concepção Humanista Religiosa
Concepção Humanista Moderna
Predomínio da Concepção Humanista Predomínio da Concepção Humanista
Porém
Influência do humanismo religioso
Poder legislativo conservador (reacionário)
MOVIMENTOS POPULARES
Surgimento e conceitos
• Iniciativa : estudantes, intelectuais e políticos• Surgimento: meados de 1960• Objetivos: Participação ativa do adulto na vida
política• Principais movimentos:CPC, MCP E MEB
MCP – Movimento de Cultura Popular
• Criado em Recife (1960): priorizava o diálogo entre intelectuais e a população tendo a arte como instrumento de veículo para análise da realidade socila
• Atividades mais amplas na área da alfabetização de adultos e na educação de base
• O Programa influenciou no
desenvolvimento da teorização e metodologia de Paulo Freire, já
que este foi colaborador do
MCP de Recife nos dois primeiros
anos.
http://www.forumeja.org.br
http://www.forumeja.org.br
http://www.forumeja.org.br
http://www.forumeja.org.br
SIRENA – alfabetização via rádio
• Transmissão em escolas experimentais
• Livro próprio de leitura do MCP
• Finais de semana – transmissões musicais e teatrais
http://www.forumeja.org.br
CPC – Centro Popular de Cultura
• Ligado a UNE (1961- apoio financeiro)
• Despertou grande entusiasmo na juventude universitária
• Finalidade: contribuir para transformação da realidade brasileira
• Fundam-se CPCs (atividades votadas ao teatro, cinema, filosofia,etc)
Divulgação do espetáculo: “Eles não usam Black-tie” no CPC da UNE (1961) A Mais-Valia Vai Acabar,
Seu Edgar , 1960 Acervo Cedoc/FUNARTE Teatro de Arena da Faculdade Nacional de Arquitetura, Rio de Janeiro RJ
MEB – Movimento de Educação de Base
• Proposta da igreja católica para repor o SIRENA (escolas radiofônicas)
• Financiado pelo governo da União• Oferecer a população rural a
alfabetização• Foi o único movimento que
sobreviveu ao golpe militar
Datas importantes:
• 1963 – 1ª Encontro Nacional de Alfabetização e Cultura Popular
• 1964 – PNA – Plano Nacional da Alfabetização (extinto após 3 meses)
Paulo Freire – destaque ao seu método
• 1ª FASE: Levantamento do universo vocabular dos grupos
• 2ª FASE: Escolha das palavras geradoras
• 3ª FASE: Criação de situações típicas dos grupos
• 4ª FASE: Elaborar ficha-roteiro para os coordenadores
• 5ª FASE: Leitura de fichas com decomposição das famílias fonêmicas
Outra tentativa de superação do mecanismo de
transplante cultural
Certa unidade de propósito comos movimentos de educação popular
Maior participação da população na vida política
e econômica do país
Além disso...
Surgiu em contraposição às tradicionais universidades brasileiras.
criada pela lei nº 3.998 de 15 de dezembro de 1961.
Então, a UnB...
País em desenvolvimento necessitava de uma educação superior capaz de alavancar tal empreendimento.
Pois...
“Trata-se de escolher entre deixar que surja em Brasília,espontâneamente, uma série de escolas superiores
precárias como asque se vêm multiplicando por todo o país que em breve se
aglutinariam em mais uma universidade inviável, ou aproveitar a
oportunidade para, com os mesmos recursos, provavelmente até com
maior economia, dotar o país de uma universidade moderna,
estruturada nos moldes que vêm sendo recomendados pelos nossos
mais capazes professores e pesquisadores.” (Ribeiro, 1961)
Darcy Ribeiro (1922-1997)Intelectual defensor dos princípiosescolanovistas e1°reitor da UnB
Valores e padrões Internacionais da ciência e da cultura
Universidade de Brasília
Compromisso Povo Brasileiro e sua Nação
Busca de soluçõespara os problemas
nacionais
Universidade
Luta do povo brasileiropara levar seu processohistórico aos efetivos
caminhos da independênciae emancipação
corrigir a farsa dos graus e dos títulos universitários
nacional e internacionalmentedesprestigiados
vincular
ENFRENTAMENTO DOS PROBLEMAS UNIVERSITÁRIOS BRASILEIROS
“esforços pioneiros” de Anísio Teixeira
Universidade do Distrito Federal
Tentativa de Implantação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP
e do Rio De Janeiro
integração
Racionalização e Atualização
do ensino
Má utilização de
Pessoal e material
desenvolver
Centros de investigação e criação cultural
O projeto de Reforma da Universidade de Brasília é resultado...
Impossibilidade
Permitir
Evitar
Desde aDéc 30
Até aDéc 60
Estudantes + professoresEspírito
autenticamente
universitário
Para os Intelectuais empreendedores da reforma estava nítido que...
ENFRENTAMENTO
Brasileiros e sociedade brasileira
Anacronismo da universidade brasileira
Universidades norte-americanas, européias e
algumas da América Latina
Aumenta o abismo entreUniversidade e sociedade
brasileira
equiparação
Maior alienação
SN
ENFRAQUECIMENTO DA CONTRADIÇÃO ALIENAÇÃO X DESALIENAÇÃO
A reforma é resultado também do...
Continuidade do projeto nacional-
desenvolvimentista
Financiamento do capital estrangeiro
Intensificação da instalaçãode empresas estrangeiras
?
Formação de nível superior para o grupo
dirigente brasileiro
Exigência
Voltados para
Administração
Apesar...
Implantação de 3 Cursos-tronco
Arquitetura e urbanismo
Letras brasileiras incluindo literatura e jornalismo
Administração, direito e economia
Demora na implantação efetiva dos estatutos
(por etapas)
Transformações Político-militares(Golpe de 1964)
Repressão
Invasão militar
Demissão em massade professores
“Quando, amanhã, o Brasil – e dentro dele a Universidade de Brasília –
conquistar a alforria para retomar o comando de seus próprios destinos,
precisaremos recordar estes dias trágicos da travessia do túnel da
iniqüidade. Entre eles, principalmente, o da invasão de 1964, em que, depois de assaltada por tropas motorizadas, a UnB teve diversos professores presos levados
a um pátio militar para serem ali desnudados e assim humilhados por toda uma tarde. Este quadro de um
magote de professores gordos e magros, velhuscos, uns secos de carnes, outros
barrigudos, esquálidos, dois deles enfermos, todos nus num pátio policial não deve ser esquecido jamais: é o dia
da vergonha.” (Ribeiro in Pôrto, Jr.)
Referências Bibliográficas• RIBEIRO, Darcy. Universidade de Brasília. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. v.36, n.83,
jul./set. 1961. p.161-230. <http://www.bvanisioteixeira.ufba.br/artigos/unbdarci.html> acessado em 25 out 2009
• RIBEIRO, Darcy. A Invenção da Universidade de Brasília 1961-1995. Op. Cit., p.148. In: PÔRTO JR, Gilson. Anísio Teixeira e a UnB: um breve olhar. Revista de Pedagogia. Segundo número especial sobre Anísio Teixeira, ano 2, n.3, jan./jul. 2001
• Foto da invasão de Brasília. Centro de Documentação da UnB (Cedoc) <http://www.unb.br/cedoc/pq_sonho.htm>. acessado em 25 out 2009
• Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) da Fundação Getulio Vargas <http://www.cpdoc.fgv.br/nav_jk/htm/o_brasil_de_jk/A_universidade_de_Brasilia.asp> acessado em 25 out 2009
• Disponível em: <www.forumeja.org.br> acesso em: 25/10/2009• Disponível em: <www.itaucultural.org.br> acesso em: 23/10/2009• PAIVA, Vanilda Pereira. Educação popular e educação de adultos. 5ª ed. São Paulo: Loyola,
1987• RIBEIRO, Maria Luiza Santos. História da Educação Brasileira: a organização escolar 20ª. Ed.
Campinas, 2008.