Anatomia da Cultura Uber

Empresas 3.0

Anatomia da Cultura Uber

Carlos Nepomuceno05/11/15V 1.1.0

Vídeo sobre o PPT aqui:

Glossário:

Cultura Uber – Macro Tendência cultural para as

organizações do século XXI, só possível a partir da chegada de

uma Revolução Cognitiva;

Revolução Cognitiva – raro fenômeno social que se

caracteriza pela massificação de uma nova mídia, que

permite a descentralização da informação e da comunicação;

Curadoria Digital – metodologia que visa resolver as demandas complexas da sociedade, que

vem substituir a antiga gestão;

Gestão Sonora – metodologia atual (baseada na oralidade e

na escrita) que procurava resolver as demandas da

sociedade, que está sendo substituída pelo Curadoria

Digital;

Comunidade Digital Participativa – conjunto de

fornecedores e consumidores que trocam informações,

produtos e/ou serviços entre si dentro de uma Plataforma

Digital Participativa;

Participação de Massa – nova capacidade de aferir o

resultado de trocas, que permite gerar a Meritocracia

Digital da Cultura Uber;

Meritocracia Digital – nova forma de criar meritocracia

(punir e promover), através de uma aproximação muito mais exata do resultado das trocas

entre fornecedor e consumidor;

Karma Digital – o método de gerar e aferir o desempenho de

cada membro, que permite a criação da Meritocracia Digital;

Plataforma Digital Participativa – Tecnologia da Curadoria

Digital;

Algoritmo Digital Participativo – (um dos elementos da

Plataforma Digital Participativa) responsável por tomada de decisões, a partir do Karma

Digital;

Curador Digital – (um dos elementos da Plataforma

Digital Participativa) equipe responsável para reduzir fraudes e vandalismo e

aumentar a relevância das trocas, principalmente através de programação do algoritmo;

Robôs Digitais – (um dos elementos da Plataforma

Digital Participativa) responsável por automatizar a

coleta de dados inumanas (GPS, chips, tacógrafo, etc);

Gestores Digitais – donos da organização sob a qual a Comunidade Digital está

vinculada;

O Uber, bem como todas as organizações similares, não

estabelecem um novo modelo de negócio, mas uma nova forma de estruturar uma

organização.

Vou chamar isso de Cultura Uber.

A Cultura Uber não, é portanto, uma tecnologia ou uma metodologia, mas uma demanda humana por

mudanças disruptivas na sociedade.

A Cultura Uber, entretanto, só é possível, pois se utiliza de

novas metodologias e tecnologias para conseguir se

expandir.

A Cultura Uber se utiliza, assim, de um aparato metodológico e tecnológico para criar um novo modelo organizacional: saímos

da atual Gestão Sonora das organizações tradicionais para a

Curadoria Digital.

A Cultura Uber visa implantar, assim, a Curadoria Digital na

sociedade.

A Cultura Uber é assim uma tendência cultural e a Curadoria Digital é a

metodologia que consegue viabilizar essa macro-

tendência.

A Cultura Uber visa promover a descentralização, a

personalização, a quebra de barreiras de tempo e lugar e,

fundamentalmente, o aumento radical de trocas de todos os

tipos entre ex-desconhecidos.

A Cultura Uber vem trazer soluções mais eficazes, via

Curadoria Digital, com menor custo e mais benefícios do que

as atuais organizações que praticam a Gestão Sonora.

A Cultura Uber era impossível de ser praticada no passado, mesmo que alguém quisesse

algo parecido, pois faltava aparato tecnológico.

Sim, Revoluções Cognitivas têm esse poder de mudar o DNA das organizações ao longo da história, como ocorreu com a chegada da prensa em 1450.

As atuais organizações que praticam a Gestão Sonora são

filhas da prensa.

E as novas organizações que já praticam a Curadoria Digital

são e serão filhas da Internet.

A Cultura Uber não é assim um fenômeno isolado, mas uma

adaptação da espécie para um novo ambiente demográfico, o que a faz uma macro-tendência

irrreversível.

A Cultura Uber expressa uma vontade da espécie humana em resolver problemas insolúveis

na cultura organizacional passada da Gestão Sonora.

As atuais organizações da Gestão Sonora são lentas e

caras comparadas as novas que praticam a Curadoria Digital.

A Cultura Uber surge em função do aumento radical da

complexidade da espécie que saltou em 200 anos de 1 para 7

bilhões.

A Curadoria Digital é a metodologia da Cultura Uber e

permite que um conjunto de limites organizacionais

passados sejam quebrados.

A Curadoria Digital tem algumas premissas para ser

implantada de forma eficaz, a saber:

1 – criação de uma Comunidade Digital de

fornecedores e consumidores, em torno de uma Plataforma

Digital Participativa;

2 – os produtos e serviços oferecidos pelos fornecedores

nessa comunidade são de responsabilidade deles e não

de um gestor central;

3 – os gestores da plataforma cuidam apenas das relações

entre consumidores e fornecedores e não mais de

produtos e serviços;

4 – não há gerentes ou intermediários mediando a

relação entre consumidores e fornecedores, isso é feito através da Participação de

Massa;

5 – a Participação de Massa permite que se produza o Mérito Digital, que só é

possível dentro de Plataformas Digitais Participativas;

6 – Plataformas Digitais Participativas oferecem

ferramentas de contabilização automática das ações de todas

as transações;

7 – Plataformas Digitais Participativas oferecem

ferramentas de avaliação de todas as transações;

8 – Plataformas Digitais Participativas oferecem

ferramentas de coleta de dados de robôs, agentes inumanos,

que complementam as informações das transações;

9 – Plataformas Digitais Participativas geram, a partir das avaliações e ações, um

Karma Digital de cada fornecedor e de seus produtos e serviços, que são acessíveis

por toda a Comunidade Digital Participativa;

10 – o Karma Digital é o parâmetro para que o

Algoritmo Digital Participativo defina as regras automáticas de

punição e mérito da comunidade;

11 – o Curador Digital programa o Algoritmo Digital

Participativo para que as decisões sejam tomadas

automaticamente;

A Curadoria Digital é mais sofisticada do que a atual Gestão Sonora, pois sem

gerentes, ganha uma escala para lidar com mais rapidez

diante de problemas da atual complexidade.

Uma Comunidade Digital Participativa pode ter milhões

de usuários e uma reduzida equipe de Curadores e nenhum

gerente.

Uma Comunidade Digital Participativa não precisa de gerentes, mas de curadores,

que permitam que as transações entre os membros

da comunidade ocorram.

Uma Comunidade Digital Participativa é o encontro entre desconhecidos que não podiam

fazer trocas de todos os tipos entre si.

Os atuais gestores têm a fantasia de que as organizações sempre foram assim e sempre

serão assim.É meio inconcebível para eles que a atual Gestão Sonora é

algo que vai ficar cada vez mais obsoleta.

A migração da Gestão Sonora para a Curadoria Digital não será rápida e será feita em

etapas.

A migração da Gestão Sonora para a Curadoria Digital não será rápida e será feita em

etapas.

Há tipos de produtos e serviços que se adequam mais

rapidamente a esse modelo e outros que vão precisar de mais

tempo.

Podemos arriscar algumas regras:

Quanto mais intangível é o produto ou serviço mais afeitos

estarão à Cultura Uber;

Quanto mais descentralizado é o produto ou serviço mais

afeitos estarão à Cultura Uber;

Quanto mais passível de personalização é o produto ou serviço mais afeitos estarão à

Cultura Uber;

Quanto mais passível de compartilhamento é o produto ou serviço mais afeitos estarão

à Cultura Uber;

Quanto menos dependente de tempo e lugar é o produto ou serviço mais afeitos estarão à

Cultura Uber;

Quanto mais a sociedade aumentar a demanda por personalização, desapego,

descentralização, digitalização, quebra de tempo e lugar, mais

e mais áreas de negócios ficarão mais próximas da

migração da Gestão Sonora para a Curadoria Digital.

M

Mais sobre Nepomuceno:

O livro de Carlos Nepomuceno propõe interessante análise para os líderes contemporâneos. Quem quer compreendera internet para reinventaro processo de tomada de decisão encontrará aqui as respostas. Pierre Levy.

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