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MECANIZAÇÃO DOS TRATOS EM CAFEZAIS

J.B. Matiello – Eng Agr Mapa e Fundação Procafé

Por que mecanizarPor que mecanizar

A lavoura cafeeira no Brasil, até a década de 1970, era quase que totalmente cultivada de forma manual.

Com o uso de muita mão-de-obra, na execução dos tratos e na colheita.

Na época havia a necessidade de trabalho anual de 100-130 homens/dias por hectare de cafezal, um trabalhador podendo cuidar de apenas cerca de 2 ha de lavoura.

Por que mecanizarPor que mecanizarEntre as décadas de 1970 e 1990 houve grande renovação de cafezais, em novas regiões, mais planas, como nas áreas de cerrados, em projetos empresariais. Foi constatada a ferrugem do cafeeiro, temida doença, que motivou a abertura dos espaçamentos de plantio de café, para facilitar as pulverizações para o seu controle. Foi importante, ainda, nesse período, o desenvolvimento da primeira colhedeira de café.A partir de então, a cafeicultura brasileira veio crescendo, gradativamente, o seu índice de mecanização.

Por que mecanizarPor que mecanizarNos dias atuais, mecanizar a cafeicultura, como de resto toda a agricultura, significa o principal fator para tornar competitiva a atividade no campo.A mão-de-obra vem se tornando cada vez mais escassa, mais cara e com menor rendimento. O trabalhador rural está se mudando para a cidade, buscando empregos mais fáceis e mais remuneradores. Com maquinário o trabalhador passa a fazer um trabalho menos árduo e com menor tempo, pelo maior rendimento. Isso representa grande redução nos custos do processo produtivo

Cuidados na adoçãoCuidados na adoção

Mecanizar não significa, simplesmente, comprar máquinas. É preciso combinar as máquinas corretas para aquela propriedade.Que represente os menores investimentos e custos operacionais baixos. É necessário, ainda, contar com operadores treinados. E com bom gerenciamento no seu uso, incluindo a própria adaptação das lavouras, para alcançar a boa eficiência do maquinário

E para as áreas não E para as áreas não mecanizáveismecanizáveis

Buscar novas soluções para atender às áreas cafeeiras de montanha.Representam cerca de 30% de nossa cafeicultura.Mecanização é dificultada pela topografia do terreno. Adaptar, com sistemas de plantio mais adensados, com podas e condução em ciclos curtos e com a adaptação de pequenos equipamentos mecanizados de operação manual

Mecanização na Mecanização na implantação de cafezais implantação de cafezais

Preparo profundo do sulco de plantio.A abertura e preparo do sulco profundo, compreende maior volume de solo, 1,0x0,8m.Maiores quantidades de fertilizantes e corretivos adicionadas ao sulco, corrigindo camada mais profunda e oferecendo melhor ambiente ao desenvolvimento das raízes do cafeeiro.

Plantio mecanizadoGrande rendimento (25-30 mil pés/dia), em projetos empresariais.

Chucho, simples, desenvolvido para plantio de mudas de Agropote

Mecanização dos tratos – Mecanização dos tratos – Controle do matoControle do mato

Existem 5 sistemas de controle do mato. O controle manual, com enxada/foice.O controle mecânico.O controle químico De pequena importância, o controle com animais e com equipamento de descarga elétrica.

• Na adoção do controle observar - o tipo e tamanho do mato, a topografia e o sistema de espaçamento e idade da lavoura, além do rendimento e do custo do sistema.

Controle do mato Controle do mato

Equipamentos disponíveis - Grades, cultivadores, enxada-rotativa, vibro-carpa e roça-carpa, além da roçadeira e, mais recentemente, a trincha.

• Grades normais, pesadas, o cultivador de enxadas, a enxada-rotativa e a vibro-carpa foram abandonados, por desagregar demais o solo e cortar raízes do cafeeiro, no caso da grade e da enxada-rotativa, e por funcionarem bem somente com mato pequeno, para os casos dos cultivadores e da vibro-carpa.

Controle do mato Controle do mato Equipamentos com uso indicado –

3 equipamentos se mantêm em uso para o controle do mato nos cafezais e um 4º vem sendo introduzido mais recentemente.

• O 1º, pouco usado, é a roça-carpa, que funciona com 2-3 facas, movidas em giro (pela TDF) paralelo ao solo (como a roçadeira).

• O 2º é a grade carpideira, mais leve, tendo 1 a 2 seções, com 16-20 discos de menor diâmetro (11 polegadas) fazendo capina mais superficial, em faixa de 1,8 – 2,2m, com trabalho mais eficiente em mato menor. (corta e enterra ervas).

Controle do mato Controle do mato

Equipamentos com uso indicado –

• O 3º, mais usado, é a roçadeira, com 2 facas, acionada pela TDF do trator, que roça o mato bem rente ao chão, mantendo o mato baixo, por isso recomendada no período chuvoso, quando o mato rasteiro protege o solo contra a erosão e oferece pouca concorrência. Largura de corte comum de 1,10 – 1,70m, podendo ser simples ou dupla.

Controle do mato Controle do mato

Equipamentos com uso indicado –

• O 4º implemento é a “trincha”, constituída por um conjunto de lâminas, como um moinho de martelos, que trituram o mato e outros resíduos vegetais (galhos e folhas do cafeeiro), fazendo um serviço semelhante à roçadeira.

Controle químico do mato Controle químico do mato .

Utiliza a aplicação de herbicidas, substâncias químicas aplicadas sobre o solo, evitando o nascimento do mato, ou sobre as ervas, matando-as, para mantê-las controladas. Esta prática, isolada ou associada a outros sistemas, vem dominando o uso no controle do mato em cafezais. Equipamentos mais usados - 2 tipos:

Pulverizador costal manual Aplicador tratorizado (modelo PH ou outros)Ambos com o uso de bicos leque

Sistemas Produção ( scs/ha)

2007 2008 2009 2010 Média

1-Controle com gliphosate44,1 71,1 41,0 50,5 51,7 a

2-Controle com roçadeira48,47 53,2 47,1 41,1 47,5 a

3-Testemunha, com adubo 25,0 51,3 19,6 38,8 33,7 b

4-Testemunha, sem adubo 25,1 24,5 3,1 4,2 14,2 cRecuperação da Test (t 4), com adubo e contr. com/ glifos. a partir de 2008 6,0 36,6 -

Quadro 1: Produções, em 4 safras em cafeeiros sob diferentes sistemas de controle do mato e trato nutricional, Martins Soares-MG, 2010.

Fonte – Matiello et alli, Anais do 36º CBPC, Mapa procafé , 2010, p. 25

Tratamento nas ruas (entre linhas)

Produtividade (scs/ha)

2008 2009 Média

1-Roçadeira 8,0 ab 26,0 ab 17,0 e

2-Grade 11,7 ab 20,7 ab 16,2 f

3-Enxada rotativa 17,0 bc 25,7 ab 21,3 b

4-Herb. Pós-emergencia 14,0 ab 25,0 ab 19,5 b

5-Herb. Pré-emergencia 31.4 a 33,0 a 32,2 a

6-Capina manual 17,7 ab 24,0 ab 20,9 c

7-Sem capina 4,0 c 19,0 a 11,5 g

Produtividade em cafeeiros no ensaio sobre sistemas de controle do mato nas ruas de cafeeiros, no período de formação, até as 2 primeiras safras. S.S. do Paraíso-MG, 2009.

Fonte – Alcantara et alli, Anais do 35º CBPC, Fundação Procafé, 2009, p. 339

Aplicação de defensivosAplicação de defensivosVia pulverização na folhagem ou via solo

Na pulverização são usados equipamentos • Pulverizador costal-manual • Pulverizador (atomizador) costal-motorizado • Pulverizador turbo (“cortina de ar”) tratorizado • Pulverizador de mangueiras • Canhão atomizador • Pulverizador de barras horizontais tratorizado • Pulverizador de barras verticais, de tração

animal

Equipamentos para adubaçãoEquipamentos para adubação

Os equipamentos de adubação tratorizados apresentam bom rendimento operacional (0,5 h/ha) e precisão nas doses.

Eles podem ser de 2 tipos básicos: o 1º com distribuição por pêndulo e o 2º por disco.

Equipamentos para sub-solagemEquipamentos para sub-solagem

A subsolagem é feita com um equipamento composto de 1 estrutura superior de barras de aço, onde são presos de 1 a 3 “garfos” ou hastes subsoladoras, que penetram o solo.

Ele trabalha, normalmente, aprofundando até 50-70 cm, para quebrar camadas adensadas.

Equipamentos para as podasEquipamentos para as podasPara esqueletar/despontar - é acoplado ao trator, um conjunto de discos de serra circular ou de facas triangulares, dispostos em uma haste que caminha lateralmente e em posição oblíqua à linha de cafeeiros.A recepadeira/decotadeira, trabalha acoplada aos 3 pontos do trator, acionada pela TDF. Um conjunto de polias e correias transmite rotação para um grande disco de serra circular, que efetua o corte na altura (regulável) desejada.A podadeira costal ou lateral motorizada de operação manual, com discos, corrente ou segadeira(roçadeira e colhedora)

Equipamentos para arruação Equipamentos para arruação e esparramaçãoe esparramação

Arruador esparramador mecânico, com lâminas.

Arruador soprador, simples ou duplo.

Arruador soprador, com trincha

CONTATOCONTATO

35 – 3214-1411 (Fundação Procafé)35 – 3214-1411 (Fundação Procafé)

21- 2233-8593 (Rio de Janeiro)21- 2233-8593 (Rio de Janeiro)

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