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Ewe - Òsíbàtá - é quem supera as águas do rio e também os inimigos.
Nome Yorùbá = Òsíbàtá.
Nome Popular = Lótus, golfo, golfo de flor branca, golfo de flor amarela,
golfo de flor vermelha, golfo de flor lilás, vitória régia, rainha dos lagos,
milho d‘água.
Nome Científico = Nymphaea alba, Nymphaea rubra, Nymphaea caerulea,
Nymphaea victoria,.
Òsíbàtá é uma folha feminina, de èrò (apaziguamento), ligada ao elemento
água, nasce na água (dentro, fundo) e se estabelece em sua superfície. É
uma das folhas mais importantes e utilizadas dentro do culto (Candomblé e
Culto Africano), porém, a mesma deve sempre ser utilizada junto a Ojúoró
(alface d‘água, flor d‘água, mururé). É ligada a Òsàlá (Obàtálá) e a todas
as divindades aquáticas, principalmente as femininas, como Òsun e
Yèmowó (esposa de Òsàlá).
Existem muitas espécies de Òsíbàtá, com flores nas mais diversas cores,
mas seu significado litúrgico é o mesmo para todas as espécies...
A mais conhecida de todas as espécies é a Òsíbàtá—Vitória régia
(Nymphaea victoria), folha que muitos denominam Ewé Omi Ojú, mas na
verdade é uma espécie de Òsíbàtá, que é comum na região amazônica.
Folha arredondada que pode chegar a um diâmetro de até 2,5 metros e
suportar até 40 quilos sobre ela, dês de que bem distribuídos.
Òsíbàtá é uma planta encontrada na Europa, Ásia, África e Américas.
Liturgicamente, a mesma é utilizada em Igbèrè (ritos iniciáticos), através
de Omièrò (banhos de apaziguamento e purificação) e Àgbo (banho
litúrgico composto por diversos elementos de origem animal, vegetal e
animal). É também utilizada na sacralização de elementos utilizados nos
ojúbo (assentamentos) Òrìsà. E em magias (oògùn) para vencer inimigos.
Òsíbàtá é uma folha que apazigua Sàngó.
A de flor branca é utilizada na liturgia de Òsàlá, Yèmowó, Òsun e Yèmoja.
A de flor amarela é utilizada na liturgia de Òsun, Olóògùn Ede e Erínlè.
A de flor vermelha é utilizada na liturgia de Oya, Obà e Ìyéwá.
E a de flor lilás é utilizada na liturgia de Nàná Bùkúù.
A verdadeira Òsíbàtá, é o Lótus (Nymphaea lotus), planta de origem
egípcia, rara e sagrada. Que na época (do trafico escravista) da chegada
dos africanos no Brasil, por esta folha ainda não ter vindo para as
Américas, foi substituída pelas espécies conhecidas hoje...
As Òsíbàtá (Nymphaea) são folhas consideradas anafrodisíacas, ou seja,
possuem o poder de diminuir o libido sexual, esse é um dos motivos desta
ser utilizada dentro da reclusão iniciática, para tranqüilizar sexualmente o
neófito no período de reclusão. Sua raiz acalma o desejo sexual masculino
e é capaz de provocar o aborto nas mulheres.
Mas a Òsíbàtá também pode ser utilizada no combate as disenterias,
diarréias e problemas de pele.
―Ojúoró ni nlékè Omi
Àbá Òrìsa
Òsíbàtá ni nlékè Odò
Àbá Òrìsà
Mo nlékè Òta
Àbá Òrìsà
Mo nlékè segun abinuení
Àbá Òrìsà
Ojúoró é quem supera a água,
Vontade de Òrìsà.
Òsíbàtá é quem supera o rio,
Vontade de Òrìsà.
Eu quem supero os Inimigos,
Vontade de Òrìsà.
Eu quem vence os rivais,
Vontade de Òrìsà.‖
Ewe - Òdúndún – O Pai que espalha calma sobre a Terra.
Nome Yorùbá: Òdúndún, Elétí.
Nome Popular: Folha da costa, saião, folha grossa, paratudo, erva grossa.
Nome Científico: Kalanchoe brasilienses.
Òdúndún é uma folha de origem brasileira, encontrada praticamente em
todo o território nacional. Mas hoje, também já encontramos Òdúndún
(Folha da costa) em diversas áreas tropicais de outros continentes.
Muito confundida com Àbámodá (Folha da fortuna), o Òdúndún é uma
folha (ewé) Èrò (de apaziguamento), feminina, ligada ao elemento água e a
todas as divindades da Criação – Òrìsà funfun.
É utilizada tanto no Brasil, quanto na África (Nigéria), onde é conhecida
pelo nome yorùbá de Elétí, em iniciações (Igbèrè) e em medicinas (Oògùn).
No Brasil, nas Casas de Candomblé da Nação Kétu, a mesma é uma das
principais folhas utilizadas no Àgbo (composição de elementos vegetais,
animais e minerais, utilizado para a sacralização do corpo do iniciado e
seus pertences ritualísticos). É também utilizada em oferendas à Obàtálá
(Òsàlá) e no sacrifício de animais como o Pombo (Eyelé), a Galinha de
angola (Etù) e o Caramujo (Ìgbín).
Utiliza-se também o Òdúndún, junto a outras ervas, para ―lavar as vistas‖
e os búzios (Owó eyo), dos sacerdotes que utilizam-se do oráculo
Mérìndínlógún Ifá (Jogo de Búzios).
Na Nigéria, o Òdúndún é uma das folhas que compõe um omièrò utilizado
pelos Bàbálawo e Iniciados em Ifá (Awo‘fá) para lavarem suas vistas antes
de abrirem Igbádù (a Cabaça da Deusa Òdù), para que assim possam
cultuar a mesma, sem maiores danos para suas vistas e vidas. Também é
utilizada juntamente a outras folhas, em um àgbo específico para serem
lavados os símbolos ritualísticos de Obàtálá e sua esposa Yèmowó, após os
sacrifícios.
Na Medicina e na Fitoterapia, o Saião (Òdúndún) é utilizado no combate a
doenças pulmonares, porém, seu consumo excessivo gera pleurisia
(inflamação das pleuras pulmonares - Empiema). O saião é cicatrizante,
alivia a dor e ajuda a de-sinchar áreas magoadas, machucadas. Aquecida
em azeite de oliva, ajuda furúnculos virem a furo. Seu sumo quando
ingerido, ajuda no combate a úlceras e distúrbios estomacais.
Òdúndún é uma folha que acalma, apazigua, traz saúde, paz e vida longa –
Àláàfíà. Assim como diz uma de suas cantigas:
Òdúndún Bàbá T‘èrò‗lè
Òdúndún Bàbá T‘èrò‗lè
Bàbá T‘èrò‘lè
Imalè T‘érò‘lè
Òdúndún Bàbá T‘èrò‗lè
Òdúndún, Pai, espalhe a calma sobre a terra.
Òdúndún, Pai, espalhe a calma sobre a terra.
Pai espalhe a calma sobre a terra.
Divindade espalhe a calma sobre a terra.
Òdúndún, Pai, espalhe a calma sobre a terra.
Ewé - Ojúùsájú
Nome Iorubá: Ewé Ojúùsájú
Nome cientifico: Petiveri Alliacea L.
Nome Popular: Guiné.
O Guiné é uma folha masculina, de proteção, ligada ao elemento Terra.
Sua origem e brasileira e foi levada para África e adaptada ao culto.
É uma folha quente utilizada nos àgbo ìgbèrè (banhos compostos por
diversos elementos de origem vegetal, animal e mineral, utilizado em
iniciações) de iniciados dos Òrìsà Òsóòsì e Ògún.
Na África usada por Babalawos para combater feitiços e obter respeito de
"Iyami" cita Pierre Verger.
Os filhos de Osala e Iyemonja em Cuba são proibidos de usar esta folha,
pois é considerada Ewó em suas origens.
Em òògùn (medicinas) curativas e mágicas, é utilizada contra dores de
cabeças, enxaquecas, nervosismo e falta de memória, porém em muita
quantidade pode atingir as vistas chegando provocar até perda da visão
pois é uma folha tóxica principalmente a Raiz.
A Tintura que se obtém desta Ewé tem uso externo em fricções no combate
a paralisia em geral e reumatismo e a raiz usada contra dor de dente.
Ewe - Alékèsi
Nome Yorubá: Alékèsi
Nome Popular: São Gonçalinho
Nome Cientifico: Casearia sylvestris Sw., Flacourtiaceae
O São Gonçalinho é uma masculina, de èrò (apaziguamento) e proteção,
ligada ao elemento Terra. É utilizada em Omièrò (banho de folhas
apaziguadoras), àgbo ìgbèrè (banhos compostos por diversos elementos de
origem vegetal, animal e mineral, utilizado em iniciações) de iniciados do
Òrìsà Òsóòsì.
Em òògùn (medicinas) curativas e mágicas, usa-se como antitérmico e
para combater febres malignas, em chá.
Nas festas de candomblé é comum ver o chão do barracão forrado com as
folhas de são gonçalinho. Essa prática deve-se a crença de que as folhas
dessa planta tem o poder de repelir ―coisas negativas‖, por isso seus
galhos são colocados sobre a esteira onde dorme o Iyawo.
Ewe - Àjóbi
Nome Yorubá: Àjóbi
Nome Popular: Aroeira
Nome Científico: Schinus molle L.
A aroeira é uma folha masculina, ligada ao elemento Terra, árvore
brasileira, usada principalmente em sacudimentos, ebós e nos rituais de
sacrifício, matança. Sendo considerada uma folha quente, é utilizada em
banhos de descarrego, porém não deve ser posta na cabeça.
Em òògùn (medicinas) curativas e mágicas, a Aroeira é indicada no
tratamento da artrite, febres, ferimentos e reumatismos.
Está associada aos Òrìsà Èsù, Ògún, Òsanyìn.
Pode ser utilizada na sacralização dos assentamentos, porém não é
utilizada no Omièrò e nem no Àgbo.
Nas festas de Ògún e Èsù costumasse espalhar folhas de Aroeira pelo chão
do barracão. Essa prática deve-se a crença de que as folhas dessa planta
tem o poder de repelir ―coisas negativas‖.
Ewe - Efínrín
Nome Yorubá: Efínrín
Nome Científico: Ocimum basilicum
Nome Popular: Manjericão
O Manjericão é uma folha feminina, de èrò (apaziguamento), ligada
elemento água. É uma folha de proteção e prosperidade. É utilizada em
Omièrò (banho de folhas apaziguadoras), àgbo ìgbèrè (banhos compostos
por diversos elementos de origem vegetal, animal e mineral, utilizado em
iniciações) de iniciados dos Òrìsà Òsún e Obatalá.
Em òògùn (medicinas) curativas e mágicas, o Manjericão favorece aos que
têm digestão difícil, gazes, asia, dores de cabeça em conseqüência de
alimentação pesada ou inadequada. Facilita o funcionamento dos
intestinos, é diurético. Ë bom para tosses, vômitos, mau hálito. Ajuda, junto
com a Malva e a sálvia nas infecções de boca.Também é ótimo para cistite.
Efínrín Pupa - O Manjericão Roxo
Pertencentes a Xangô e Oyá, tem as mesmas características do outro.O
manjericão é conhecido como símbolo do amor e da coragem.
Ewe - Ojúoró flutua na água, eu também ficarei por cima
Nome Yorubá: Ojúoró
Nome popular: Erva de Santa Luzia, repolho d'água.
Nome Científico: Pistia stratiotes, Araceae.
É uma planta aquática, encontrada em rios ou lagoas, feminina e de
apaziguamento é também utilizada nas obrigações de vidência. É uma das
folhas mais importantes e utilizadas dentro do culto (Candomblé e Culto
Africano), porém, a mesma deve sempre ser utilizada junto a Osíbàtá
(lótus).
Liturgicamente, a mesma é utilizada em Igbèrè (ritos iniciáticos), através
de Omièrò (banhos de apaziguamento e purificação) e Àgbo (banho
litúrgico composto por diversos elementos de origem animal, vegetal e
animal). É também utilizada na sacralização de elementos utilizados nos
ojúbo (assentamentos) Òrìsà.
Utiliza-se também o Òjúoró, junto a outras ervas, para ―lavar as vistas‖ e
os búzios (Owó eyo), dos sacerdotes que utilizam-se do oráculo
Mérìndínlógún Ifá (Jogo de Búzios).
Esta associada aos orixás: Iyemanja, Oxum e Iyewa.
Suas folhas são medicinais, sendo indicadas para: asma, diabete insípida,
disenteria, enfermidades da bexiga e rins, hemorroida hidropisias,
hemoptises, hérnias infantis, inflamação, oftalmias, tumores causados por
erisipelas e sangramentos na urina.
Ojú oró ni í lékè omi.
Ojú oró está sobre a água.
Òsíbàtà ni í lékè odò.
Òsíbàtà está sobre o rio.
Fìlà ni í lékè orí.
O bone está sobre a cabeça.
Ewe - Akòko- A folha do Reconhecimento
Nome Yorùbá = Ewé Akòko.
Nome Popular = Acocô.
Nome Científico = Newbouldia laevis.
Ewé Akòko é uma folha masculina, de gún (excitação), ligada ao elemento
terra. Sua origem é africana, mas é uma árvore que muito vem sendo
disseminada no Brasil, principalmente pelos africanos. É uma folha de
prosperidade e multiplicação. De grande importância na liturgia dos
Cultos Indígenas Africanos (Iorubá, Fom e Bantu).
É uma árvore abundante em terras africanas.
Na Nigéria, os Iorubás consideram-na uma arvore de prosperidade
(dinheiro=Owó) e multiplicação (filhos=Omo). Os troncos desta árvore
eram e são muito utilizados pelos Iorubás em feiras/mercados (lugar que
gera o movimento de dinheiro), em forma de estacas e o comum é que os
mesmos brotem, gerando outras arvores, por isso está associada à
multiplicação (filhos) e a prosperidade (feira/dinheiro).
Está associada aos Òrìsà Èsù, Ògún, Òsanyìn, Egúngún e Oya.
Suas folhas representam o reconhecimento e a realeza. Pequenos galhos
desta árvore são utilizados em cerimônias reais e de recebimento de títulos
honoríficos na sociedade Iorubá. Os Iorubás falam: ―Nenhum Rei (Oba) é
considerado Rei, se em sua cabeça (Orí) não tiver levado Akòko‖.
Em Iré, Cidade do Estado de Ògún, na Nigéria, onde o Culto ao Òrìsà
Ògún é de grande força, o Ojúbo (elementos de culto) desta Divindade
encontra-se sob a copa desta árvore, que muitas vezes é ornada com pano
branco.
Entre os Jèjí, o Akòko é conhecido como Ahoho pelos Mahi e Hunmatin
pelos Mina. É uma Huntingome/Jassu (Árvore Sagrada) e é o principal
Atin-sa do Vòdún Gún. Os Mahi acreditam que galhos desta árvore devem
ser levados junto ao corpo por pessoas que vão fazer viagens longas ou
que ofereçam algum tipo de risco, o mesmo gera grande proteção aos que
a possuem junto ao seu corpo. Isso se dá proveniente a regência de Gún
nesta folha.
No Brasil, as Casas de Candomblé utilizam o Akòko em rituais de
iniciação (Igbèrè), em obrigações de sete anos (Odún méjè Igbèrè) e na
composição de banhos sacros (Àgbo), inclusive, em algumas casas, esta
folha entra como uma das 16 principais folhas deste banho.
Esta folha por ser um símbolo de multiplicação, prosperidade e realeza,
pode ser utilizada na liturgia de qualquer Òrìsà, principalmente os já
mencionados.
Muitas pessoas confundem o Akòko com o Akosí (Polyscias guilfoylei),
cuidado.
Ewé ófé gbogbo akoko
Ewé ofé gbogbo akoko
Awá li li awá oro
Ewé ofé gbogbo akoko
Akoko,é a folha de todas as pessoas inteligentes
Akoko é a folhas de todas as pessoas inteligentes
Nós temos , nós somos, riquezas e saúde Akoko é a folha de todas as
pessoas inteligentes
Ewe - Àbámodá, Aquela que faz você realizar o que deseja.
Nome Yorùbá = Àbámodá, Erú òdúndún, Kantí-kantí e Kóropòn.
Nomes Populares = Folha da fortu-na, fortuna, folha grossa, milagre de
São Joaquim.
Nome Científico = Bryophyllum pin-natum.
Àbámoda é uma folha bastante conhecida e utilizada no culto a Òrìsà,
Nkisi e Vodùn.
De origem asiática, foi introdu-zida há muito nas Américas, hoje en-
contrada em todo o território nacio-nal. Uma planta de fácil cultivo, já
que, brota com grande facilidade, principalmente em lugares e terras
úmidas.
Muito confundida com a Folha da costa (Òdúndun) e com uma flor
ornamental conhecida como Kalanchoe.
Mesmo a folha da fortuna (Àbámodá) sendo uma substituta da folha da
costa, são duas folhas distintas.
Àbámoda é uma folha feminina, de Èrò (calma). Regida pelas divindades
Èsù, Òrúnmìlà e Obàtálá. Com diversas utilizações, tanto medicinal,
quanto litúrgica.
Seu nome (Àbámodá) significa: ―O que você deseja, você faz‖. Pelo seu
uso em substituição ao Òdúndun, também é chamada de Erú Òdúndun –
Escravo de Òdúndun.
Na Nigéria, mais precisamente em Ilé Ifè, Àbámodá faz parte de u-ma
ritualística mistura de ervas que serve para banhar as estatuetas de
Obàtálá e sua esposa Yèmowó, a-pós os sacrifícios rituais.
Como folha de Èsù, representa a multiplicação e a prosperidade, ca-paz de
multiplicar qualquer Àse, tra-zer prosperidade, afastar coisas ne-fastas e
trazer muitas realizações. Uma folha que não pode faltar no Àgbo que
sacraliza o Yangí de Èsù.
É considerada por muitos Bàbálawo (Sacerdote de Òrúnmìlà) co-mo uma
folha de Ifá e bastante utilizada dentro do culto ao mesmo.
Os Olóòsanyìn (Sacerdote de Òsanyìn) utilizam-se da mesma em oògùn
(magias) para prosperidade, afastar a inveja e a obtenção de realizações.
Já os Onísegùn (Médicos herbalistas) a usam para a cura de doenças de
pele, como feridas, furúnculos, úlceras e dermatoses em geral.
No Candomblé (Religião afro-brasileira), ela é utilizada em rituais de
iniciação, através do Àgbo (preparado utilizado para banhar ou beber), na
sacralização de objetos ritualísticos das divindades, para as-sentar ―Èsù
do Mercado‖, para lavar os búzios (owó eyo) do oráculo e em muitas
outras magias para prosperidade.
Medicinalmente a folha da for-tuna (àbámodá) funciona como diu-rético,
combate encefalias, nevralgi-as, dores de dente, coqueluche e a-fecções
das vias respiratórias. E também é bastante utilizada no combate a
diabetes.
Ewe - Kúkúndùnkú.- A mestra das folhas quando o dia nasce.
Nome Yorùbá = Ewé Kúkúndùnkú.
Nome Popular = Folha de batata-doce.
Nome Científico = Ipomoea batatas.
Ewé kúkúndùnkú é uma folha feminina, de èrò (apaziguamento), ligada
ao elemento água e também ao elemento terra, nasce na água e também na
terra. É uma folha de prosperidade e multiplicação. Por isso que a
principal divindade ligada ao Àse desta folha é Òsúmarè - Divindade
ligada tanto ao elemento água,quanto ao elemento terra, e uma das
principais divindades yorùbá da prosperidade.A origem desta folha
(planta) é as Américas, muito cultivada dês de épocas pré-coloniais no
México e no Perú.
Kúkúndùnkú é uma folha de grande importância, tanto na liturgia
yorùbá,onde é conhecida pelos nomes de òdùnkún, ànàmóyáyá, òdùnkún
àdùnmó e èdunmùsí, quanto na liturgia dos Candomblés Jeji-Nàgó. É
utilizada em Omièrò (banho de folhas apaziguadoras), àgbo
ìgbèrè (banhos compostos por diversos elementos de origem vegetal,
animal e mineral, utilizado em iniciações) de iniciados dos Òrìsà Òsúmarè,
Nàná e Ìyèwá.
Em òògùn (medicinas) curativas e mágicas e etc. Seus frutos, kúkúndùnkú
funfun (batata-doce branca) e kúkúndùnkú pupa (batata-doce vermelha ou
roxa) são utilizados em oferendas, a batata-doce vermelha em oferendas à
Òsúmarè. São utilizados também em ebo (oferendas) para atingir a
prosperidade. E quando utilizadas com um determinado ofò -
encantamento, ―despertam Òsúmarè. A batata-doce branca é utilizada em
oferendas a Yèmoja, Ògún e em algumas casas à Sàngó (Àyrá).
Medicinalmente, a folha de batata-doce é utilizada cozida em casos de
tumores e inflamações, sobretudo na boca e na garganta, aplicando-se em
gargarejos.
Efun l‘ebá lé k‘ojúmon ó
Efun l‘ebá lé k‘ojúmon
Kúnkúndùnkú
Olórí ewé
Efun l‘ebá lé k‘ojúmon
Quando o dia nasce.
Quando o dia nasce.
Kúkúndùnkún
É a mestra das folhas.
Quando o dia nasce.
Ewe - Tètèrègún – A Folha da Vida e da Morte.
Nome Yorùbá = Tètèrègún, Tètè Egún, Tètèègúndò.
Nome Bantu = Mueki Rizanga.
Nomes Populares = Cana-do-brejo, Cana-de-macaco, Cana-do-mato,
Sanguelavô, Sangolovô, Ubacaia.
Nome Científico = Costus spicatus.
Tètèrègún é uma folha nativa do Brasil, é encontrada em todo o território
nacional e também e outros continentes.
Folha Gún (de exitação), Masculina, ligada ao elemento Ar.
É da regência de Obàtálá e Bàbá Egúngún.
Uma das folhas mais utilizadas dentro da Liturgia do Culto a Òrìsà no
Brasil (Candomblé) e na Nigéria (Èsìn yorùbá). Folha de grande
importância e fundamento, e isso se dão ao fato, de Tètèrègún ser capaz de
proporcionar a Vida ou a Morte a alguém.
A mesma é utilizada em Iniciações (Igbèrè), na sacralização de elementos
ritualísticos, em magias e medicinas = Oògùn, etc.
No Brasil, é uma das oito (8) principais folhas (ewé) que fazem parte da
composição do Àgbo (mistura vegetal) que banha o Iniciado (Ìyàwó) no
período de reclusão para seu Orixá. Representando a Morte (para a vida
profana) e a Vida (nascimento para a vida religiosa). É também capaz de
provocar o transe em omo Obàtálá (filhos de Oxalá), omo Sàngó (filhos de
Xangô) e omo Ògún (filhos de Ògún).
É uma das principais folhas de Obàtálá (Oxalá), sendo utilizada em quase
todos os ritos que se utilizam de folhas, para o Grande Rei do Pano
Branco.
Medicinalmente a Cana-do-brejo é utiliza-da no combate a solitárias,
vermes e principalmente nos casos de cálculos renais.
―Têtêrêgún òjò do m‘pá
Têtêrêgún òjò wo bi wá‖
Têtêrêgún é como a chuva que mata.
Têtêrêgún é como a chuva que dá vida.
Ewe - Pèrègún - O rei que desperta as divindades na Terra
Nome Yorùbá =Pèrègún.
Nomes Populares =Nativo, Pau d‘água, Dracena, Coqueiro de Vênus.
Nome Científico =Dracaena fragrans.
Pèrègún, que simbolicamente significa alicerce, coluna. Na África, é
considerada uma árvore sagrada, uma ―divindade‖, é de costume vê-la
plantada em lugares sagrados para os òrìsà, junto ou próximo aos seus
Ojúbo.
Em Òsogbo mesmo, encontramos muitos pèrègún plantados próximo ao
Ojúbo Òsum (santuário de Oxum), divindade que tem a mesma como uma
árvore sagrada dentro do seu culto e suas folhas, completamente
essenciais ao mesmo.
Também é utilizado para demarcar onde começa os patrimônios
campestres de cada membro de um mesmo clã. A origem desta planta é
africana, porém, com a vinda de escravos africanos para o Brasil, na
infeliz época do tráfico escravista, esta árvore difundisse em nosso país .É
considerada a planta mais popular dentro das Casas de Candomblé (Culto
Afro-brasileiro), possuindo uma utilização bastante variada, essencial e
indispensável na composição do Àgbo (banho lustral e litúrgico composto
de folhas e outros elementos ritualísticos), banhos, sacudimentos,
medicinas, magias e etc. É uma folha que possui a regência de diversos
irúnmolè como:
Èsù, Ògún, Òsányìn, Òsóòsì,Obalúayé e principalmente Òsun. É uma folha
gún (de excitação).
Masculina e ligada ao elemento Terra.Sua principal ligação com Òsum se
dá ao fato do acúmulo de água em seu caule. Não sendo a toa um dos
nomes populares desta planta, PAU D‖ÁGUA. Por isso, é uma planta
que mesmo pertencendo ao elemento terra, possui grande ligação ao
elemento água.Muitas medicinas são realizadas com o pèrègún, tanto para
chamar e obter a sorte (àwúre oríire), quanto para agradar as feiticeiras
(ìyónú ìyámi ).
Como folha gún, de excitação, tem o poder de despertar o transe, por isso
é a primeira das utilizadas no
àgbo ìgbèrè (banho de iniciação):
―Pèrègún ní í pe irúnm olè
l‘át‘òde òrun w‘áyé.
É Pèrègún que chama as
divindades do céu para a terra.
Na África, os àmì (assentamentos) Òsun, são colocados muitas vezes sob a
copa desta árvore, no Brasil, isso acontece com osàmì
Ògún(assentamentos de Ògún). O Pèrègún é também utilizado como cerca
viva em torno do assentamento de Ògún em algumas casas de culto.Uma
folha de grande utilização nos àgbo (banhos) de sacramento dos objetos
litúrgicos de Ògún, Òsóòsì e Òsányìn.
Pèrègún é utilizado medicinalmente em banhos e chás para reumatismo.
Pèrègún alará gigùn o
Pèrègún alará gigùn
Oba o ni je o roro ókan
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