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A aplicação da estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) e
seus principais riscos e contraindicações.
Autora:Laura Lopes¹
Laura.fisio85@hotmail.com
Orientadora: Dayana Priscila Maia Mejia²
Pós-graduação em Ortopedia e Traumatologia com Ênfase em Terapia Manual
Resumo
A dor é definida como experiência emocional desagradável relacionada a um dano tecidual
real ou potencial, sendo dividida nos tipos “nociceptiva” e “neuropática” e um dos recursos
aplicáveis para a melhora desta nós temos o TENS que é um tratamento de dor, singular, pois
exerce sua função analgésica, baseada na teoria da comporta de dor, desenvolvida por
Welzack e Wall, ativando mecanismos de controle internos do sistema nervoso, quando
aplicada sobre a pele, via eletrodos de superfície, não trazendo nenhum efeito colateral nem
dependência física aos pacientes. Este estudo tem como objetivo explicar as características
da dor e discutir a aplicação da estimulação elétrica nervosa transcutânea, o TENS,
observando sua definição, os parâmetros principais, forma de aplicação, os riscos e levando
em consideração suas contra-indicações. Trata-se de uma revisão bibliográfica baseada na
literatura especializada através de consulta de livros.
Palavras-chave: Dor; TENS; Parâmetros
1. Introdução
O desenvolvimento da estimulação elétrica neuromuscular transcutânea está baseada
diretamente no trabalho inovador de MELZACK e WALL (1965) que constituiu a teoria da
comporta para explicar o controle e modulação da dor. As pesquisas realizadas sobre as
alterações patológicas constatadas em nervos em seguida as lesões levou á justificação
cientifica para a aplicação de impulsos elétricos a nervos lesionados, com a finalidade de
modificar suas respostas anormais. Estes achados, e a teoria do controle da ponte, formam a
base de boa parte de nossa compreensão dos mecanismos de dor, e esclarecem o valor
terapêutico da estimulação nervosa elétrica durante séculos, a estimulação elétrica vem sendo
utilizada para o alivio da dor. Por exemplo, enguias foram utilizadas pelos antigos egípcios no
tratamento da gota e dores de cabeça. A estimulação neuromuscular transcutânea é uma
corrente de baixa freqüência, quando comparada a todo o espectro das freqüências de corrente
elétrica disponíveis para uso terapêuticos.
__________________________
¹ Pós-graduanda em Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia com ênfase em terapia manual
² Professora Orientadora: Dayana Priscila Maia Mejia
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A estimulação elétrica neuromuscular transcutânea (TENS) é uma técnica analgésica simples
e não invasiva, pode ser aplicada em clinicas por profissionais de saúde ou em casa pelos
próprios pacientes que compram o aparelho diretamente dos fabricantes, desde que orientados
adequadamente, pois há vários fatores a ser considerados para que haja uma boa eficácia no
tratamento. Neste artigo será explicado sobre o que é o TENS, a forma adequada da aplicação,
tipos e tamanhos de eletrodos pra cada caso, parâmetros adequados bem como seus riscos e
contra indicações.
DOR
A dor é definida como experiência emocional desagradável relacionada a um dano tecidual
real ou potencial, sendo dividida nos tipos “nociceptiva”e “neuropática”. A dor nociceptiva
ocorre por ativação fisiológica de receptores ou da via dolorosa e está relacionada à lesão de
tecidos ósseos, musculares ou ligamentares. Já a dor neuropática é definida como dor iniciada
por lesão ou disfunção do sistema nervoso, sendo melhor compreendida como resultado da
ativação anormal da via nociceptiva (fibras de pequeno calibre e trato espinotalâmico). Mais
recentemente, em função da possível concomitância de ambos os tipos de dor, e das
dificuldades diagnósticas, alguns autores recomendam o uso do termo “dor
predominantemente neuropática” ou “dor predominantemente nociceptiva”, dependendo do
padrão clínico de apresentação. A Figura 1 apresenta um diagrama esquemático dos tipos de
dor.
FONTE: Artigo de revisão- Definição, diagnóstico e tratamento da dor neuropática
Figura 1. Tipos de dor
A Dor Neuropática é definida como dor causada por lesão ou disfunção do sistema nervoso,
como resultado da ativação anormal da via nociceptiva (fibras de pequeno calibre e trato
espinotalâmico). As principais causas desta síndrome são: diabetes melito, neuralgia pós-
herpética, neuralgia trigeminal, dor regional complexa, acidente vascular encefálico, esclerose
múltipla, lesão medular, entre outros.
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A dor nociceptiva ocorre por ativação fisiológica de receptores ou da via dolorosa e está
relacionada à lesão de tecidos ósseos, musculares ou ligamentares. Já a dor neuropática é
definida como dor iniciada por lesão ou disfunção do sistema nervoso, sendo melhor
compreendida como resultado da ativação anormal da via nociceptiva (fibras de pequeno
calibre e trato espinotalâmico)
Segundo RIGOTTI (2005), A dor pode ser classificada em aguda e crônica, como se segue:
Dor aguda: está relacionada a afecções traumáticas, infecciosas ou inflamatórias; há
expectativa de desaparecimento após acura da lesão; a delimitação têmporo-espacial é precisa;
há respostas neurovegetativas associadas (elevação da pressão arterial, taquicardia,
taquipnéia, entre outras); ansiedade e agitação psicomotora são respostas frequentes e têm a
função biológica de alertar o organismo sobre a agressão. Dor crônica: é aquela que persiste
após o tempo razoável para a cura de uma lesão ou que está associada a processos patológicos
crônicos, que causam dor contínua ou recorrente. Não tem mais a função biológica de alerta,
geralmente não há respostas neurovegetativas associadas ao sintoma, é mal delimitada no
tempo e no espaço e ansiedade e depressão são respostas frequentemente associadas ao
quadro clinico.
A Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP - International Association for the
Study of Pain) a define como uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada
com um dano tecidual real ou potencial, ou descrita em termos de tal dano. A aplicação da
estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) tem como finalidade modular a sensação
álgica em regiões do sistema nervoso central.
Atualmente, de acordo com a “International Association for the Study of Pain (IASP), cerca
de 90 milhões de pessoas sofrem de dor crônica nos Estados Unidos, o que representa custos
anuais de 1,25 bilhões de dólares com o tratamento destes pacientes (TRIBIOLI, 2003).
TENS
A TENS é definida pela Associação de Terapia Física Americana como a aplicação de
estímulos elétricos sobre a superfície da pele para o controle da dor e trata-se de um método
não invasivo, de baixo custo, seguro e de fácil manuseio. Dois tipos de TENS são mais
utilizados clinicamente: o de baixa frequência (≤10 Hz) e o de alta frequência (≥50 Hz)1.
Embora esteja clinicamente bem estabelecida2, sendo considerada a mais comum e
importante forma de eletroanalgesia clínica3, o seu efeito analgésico não está totalmente en-
tendido.Por definição qualquer dispositivo de estimulação que emita correntes elétricas
através da superfície intacta da pele é TENS. Na medicina, o TENS é a eletroterapia mais
freqüentemente usada para produzir alívio da dor, é popular por não ser invasiva, ser fácil de
administrar e ter poucos efeitos colaterais ou ter interações medicamentosas (SHEILA
KITCHEN,2003).
O Tens emite uma estimulação elétrica produzida por um estimulador portátil. Entretanto, o
TENS, por definição, cobre a faixa completa de correntes aplicada transcutaneamente usadas
pela excitação nervosa. O objetivo é excitar seletivamente fibras nervosas A-B (sensoriais) e
produzir um efeito analgésico “fechando os portões” para sinais conduzidos por fibras de dor.
É uma corrente de baixa freqüência, pulsada, que apresenta uma forma de onda bifásica,
simétrica ou assimétrica balanceada com uma semionda quadrada positiva e um pico
negativo. Essa característica propicia a estimulação de receptores nervosos e apresenta um
componente de corrente direta igual a zero, ou seja, as áreas sob as ondas positivas e
negativas são iguais, não produzindo efeitos polares (DAYHAN SILVEIRA, 2008).
Mecanismo de ação do TENS
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A estimulação elétrica transcutânea (TENS) é uma técnica de analgesia aplicada em uma
variedade de freqüências, intensidades e duração de pulso, classificada como alta freqüência
(>50Hz), baixa freqüência (<10Hz) e burst (alta e baixa freqüência alternadas)1-3. A TENS
do tipo convencional é uma estimulação de alta freqüência (50 e 150Hz) e baixa intensidade,
que estimula de forma contínua as fibras nervosas de condução rápida. A intensidade não
deve provocar contrações musculares, mas apenas percepção parestésica não-desagradável,
ajustada de acordo com a sensibilidade do indivíduo4. Estudos evidenciam que a intensidade
entre dez e 30 miliamperes (mÅ) é mais confortável e não provoca fasciculações
significativas no tempo de pulso, variando de 40 a 75μs. Neste tipo de estimulação, a
analgesia é imediata ou após dez minutos de aplicação, efeito que perdura de 20 a 30 minutos
até duas horas, razão pela qual este método é preferencialmente aplicado no tratamento de
dores agudas. Acredita-se que a TENS promova analgesia predominantemente por meio do
mecanismo do portão ou teoria das comportas, proposta por Melzack e Wall5, que provoca
analgesia mediante a ativação seletiva das fibras táteis de diâmetro largo (A-beta), sem ativar
fibras nociceptivas de menor diâmetro (A-delta e C). A atividade gerada nas fibras A-beta
inibe a atividade em curso dos neurônios nociceptivos no corno dorsal da medula espinal.
Adicionalmente, o mecanismo analgésico da TENS parece também estar relacionado à
ativação de receptores para opióides endógenos, na medula espinal. Estudos recentes
demonstram que a baixa freqüência de TENS ativa especificamente receptores opióides μ,
receptores serotoninérgicos e receptores muscarínicos espinais. Por outro lado, a analgesia
produzida pela alta freqüência de TENS ativaria receptores delta-opióides e receptores
muscarínicos na coluna dorsal da medula espinal, além da ativação de receptores delta-
opióides supra-espinal.
A TENS de alta freqüência e baixa duração de pulso é conhecida como TENS convencional e
promove um tipo de estimulação tátil capaz de ativar as fibras de grosso calibre e diminuir a
sensação dolorosa11,13. Sua ação pode ser explicada pela teoria da comporta da dor e seu
efeito analgésico é local, realizando-se no segmento medular correspondente ao dermátomo
estimulado. O conhecimento geral da TENS tem acentuado o seu uso na administração da dor
neurogênica e pode ser considerada a mais comum e importante forma de eletroanalgesia.
Aplicação
A integridade da pele sob os eletrodos deve ser checada antes de posicioná-los e aplicar à
corrente. Supondo que a pele esteja intacta, então as áreas de posicionamento de eletrodos
devem ser limpas com álcool ou água e sabão e deixadas ligeiramente úmidas para remover
quaisquer substâncias da superfície, incluindo óleos que possam aumentar a resistência da
pele. A seleção apropriada do TENS é importante. O tipo de eletrodo é a primeira de três
questões a considerar, e o tamanho, a segunda. A terceira diz respeito ao local do corpo em
que os eletrodos devem ser posicionados (VAL ROBERTSON, 2009).
Ainda segundo o autor acima citado, há vários estágios de preparação a ser feita antes da
aplicação do Tens:
- Paciente: explicar as razões para o uso da estimulação sensorial e o motivo porque espera-se
que isto seja eficaz, as sensações prováveis durante a estimulação e os possíveis riscos. Obter
o consentimento do paciente para o tratamento antes do inicio do procedimento.
- Preparação e teste de funcionamento do estimulador; ligue o estimulador e ajuste os
parâmetros adequadamente, mas certifique-se de que a intensidade está em zero. Conecte os
cabos na maquina e nos eletrodos. O terapeuta deve usar sua mão ou antebraço para formar
um circuito entre os eletrodose gradualmente aumentar a intensidade da corrente, notando
5
cada sensação obtida a cada intensidade, se tudo estiver satisfatoriamente certo, diminua a
intensidade até zero e mantenha o estimulador ligado.
-Teste de percepção sensorial da pele: Teste de habilidade em discriminar as sensações de
pontada e ponta romba na pele na área onde serão colocados os eletrodos. Usam-se
ferramentas especiais para teste, como agulhas ou palito de dentes com pontas e sem pontas.
Nota: a redução na percepção não é uma contraindicação, mas a indicação de que há
necessidade de maior cuidado no tipo e nível de corrente utilizada.
-terminação: A intensidade é lentamente levada a zero e os cabos desconectados da maquina.
A maquina é então desligada e os eletrodos cuidadosamente removidos da pele, em seguida
checar a pele da paciente, pois ela pode ter ficado um pouco vermelha e, dependendo do tipo
de corrente utilizada, pode coçar um pouco.
Tipos, tamanhos e posicionamento dos eletrodos
Os eletrodos fornecem não apenas um meio de aplicar corrente ao corpo, mais também um
modo de distribuí-la. Os sistemas de eletrodos variam, mais há dois elementos comuns: O
próprio eletrodo, que pode ser auto-adesivo, de metal ou borracha condutora e o meio de
contato, que fornece uma ponte condutora entre o eletrodo e a pele. A escolha de eletrodos
deve ser feita com base na análise do custo/benefício. Eletrodos auto-adesivos são fáceis de
aplicar e não requerem fixadores e podem ser utilizadas várias vezes pelo mesmo paciente. Os
eletrodos de metais são aplicados com uma almofada ou esponja úmida oferece o menor custo
por tratamento, já que são reutilizáveis, a desvantagem é que eles precisam ser fixados ou
presos e devem ser limpos adequadamente após cada uso. Os eletrodos de borracha condutora
reutilizáveis com gel ou almofadas de gel adesivo descartáveis oferecem um meio- termo útil.
O gel é retirado ou as almofadas de gel são descartadas após o uso, mas os eletrodos de
borracha condutora podem ser limpos e reutilizados (Val Robertson, 2009). O tipo de
eletrodo mais comum, fornecido com o equipamento-padrão juntamente com a maioria dos
aparelhos do TENS, é o negro, de borracha de silicone impregnada com carbono. Esses
eletrodos podem ser obtidos em diversos tamanhos, que são: o de almofada comum de 4x4
cm, e o de almofada grande de 4x8 cm (SHEILA KITCHEN, 2002).
De acordo com o Val Robertson (2009), o tamanho do eletrodo é muito importante e tem que
ser considerado em conjunto com os tipos de eletrodos disponíveis e onde eles serão
posicionados. Como um principio geral, quanto maior, melhor. Eletrodos maiores resultam
em uma estimulação confortável.
O terceiro aspecto a ser considerado é onde posicionar os eletrodos na pele. Claramente, o
posicionamento de eletrodos é um determinante do local de maior densidade de corrente, e,
desse modo, que nervos são afetados. Por exemplo, para estimular efetivamente um músculo
com inervação integra, porém sem produzir dor, o eletrodo ativo é aplicado ao ponto motor.
Pontos motores estão usualmente próximos ao ponto onde o nervo motor penetra no músculo.
As posições específicas para os eletrodos dependerão dos objetivos de tratamento, mais há
guias de conduta para auxiliar um usuário a fazer as escolhas adequadas. Se o objetivo é
estimular um músculo inervado, é importante assegurar que o nervo que esta suprindo este
músculo esteja no trajeto da corrente. Isto indica duas opções principais:
- Sobre o tronco nervoso ou sobre o ponto motor do músculo
- Em cada uma das terminações dos músculos de modo que o nervo estará no trajeto da
corrente.
- Unilateral: consiste na colocação de um eletrodo em um dos lados de uma articulação.
- Bilateral: Consiste na colocação de dois eletrodos de um mesmo canal em um único lado das
costas, do abdome, do braço e etc.
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- Cruzada: Consiste na utilização de dois canais, dispondo os eletrodos de modo cruzado,
obtendo uma elevada densidade de corrente na região da dor.
- Proximal: consiste na colocação dos eletrodos na parte superior da lesão. Esta forma de
aplicação é bastante eficaz no tratamento de lesões medulares e nervos periféricos.
Distal: Consiste na colocação de pelo menos um eletrodo na região da dor para garantir que
seja percebida a parestesia em toda área afetada.
Parâmetros
Frequências: É o número de ocorrências por segundo e é especificado em hertz (HZ). Assim
se pulsos de estímulo forem aplicados 10 vezes por segundo, a freqüência do pulso é 10 HZ.
Uma forma de onda do estímulo pode ter duas freqüências diferentes. Uma é a freqüência de
pulso ou o número de pulsos por segundo. A outra é o número de trens de pulso por segundo,
chamada de freqüência de burst.
Formas de pulso: Para e estimulação mais eficiente de fibras nervosas, um estimulo retangular
é ótimo. Um início brusco do pulso significa um aumento quase instantâneo na corrente no
nível máximo. Isso aumenta a propensão de ocorrer um potencial de ação. Tudo que é
necessário é o movimento de carga suficiente devido ao pulso. Se a corrente aumenta mais
lentamente, a fibra nervosa pode se acomodar ao fluxo de corrente.
Ciclo de tempo: O tempo é uma variável importante na estimulação elétrica. A forma de
descrevera proporção de tempo pelo qual a corrente realmente está fluindo ou um burst de
estímulo que esteja realmente sendo aplicado é pela especificação do ciclo de trabalho (VAL
ROBERTSON, 2009).
De acordo com Sheila Kitchen (2003), ainda sobre o tempo, relata que o máximo alivio de dor
ocorre quando o aparelho de TENS está ligado e que o efeito analgésico geralmente
desaparece rapidamente assim que o aparelho é desligado.
A freqüência de aplicação da TENS varia desde 1 a 150 Hz, situados dentro do espectro
biológico de aplicação da eletroterapia de 1 a 250 Hz. Quanto à duração de pulso, esta varia
de 20 a 250 ms. Parâmetros que combinam elevada freqüência (80 a 150 Hz) e duração de
pulso mais baixas (20 a 80 ms), permite a estimulação de fibras nervosas altamente
mielinizadas e de grande diâmetro, como as fibras A-b e A-a, desencadeando potenciais de
ação repetidos. Por outro lado, freqüências mais baixas (1 a 10 Hz) e durações de pulsos mais
altas (100 a 250 ms) propiciam a estimulação de fibras do tipo A-d e C. Essa variação nos
parâmetros e seu efeito neurofisiológico justificam o emprego da TENS no alívio da dor, por
exemplo, no qual sua utilização tem sido mais indicada (DAYHAN SILVEIRA, 2008).
Na literatura de Robertson Val (2009) encontra-se esta tabela 1:
7
Indicações
- Dores pós- operatórias
- Dores cervicais e cervicobraquialgia
- Dores lombares e ciatalgia
- Dores articulares, artrite, bursites, luxações e entorses
- Dores musculares, contusões, miosites, tendinites e miofaciais
- Dores de câncer
-Dores nas costas e torácicas
Riscos e contra indicações
Os pacientes podem experimentar uma irritação da pele com o uso do TENS, tal como um
eritema embaixo ou em torno dos eletrodos. Isso é comumente devido à dermatite no local de
contato com os eletrodos devido aos constituintes do eletrodo, do gel acoplador ou da fita
adesiva. É crucial que os pacientes sejam educados sobre a administração apropriada de
TENS. Por exemplo, pacientes (e terapeutas) devem ser encorajados a seguir procedimentos
de segurança ao aplicar ou remover o TENS para produzir a possibilidade de um choque
elétrico. Se os pacientes vão emprestar o aparelho de uma clinica, eles devem ser informados
de que não devem usar enquanto dirigem veículos ou equipamentos com riscos potenciais. O
aparelho pode ser usado na hora de dormir desde que o aparelho tenha um timer de modo que
desligue automaticamente. Os pacientes devem ser alertados para que não usem o TENS no
chuveiro ou na banheira e que mantenham os aparelhos fora do alcance de crianças (SHEILA
KITCHEN, 2003).
Uma aplicação prolongada pode ocorrer uma irritação cutânea local ou erupção alérgica na
pele por debaixo ou em torno dos eletrodos, em seguida a estimulação (SHEILA
KITCHEN,2002)
De acordo com a Sheila Kitchen (2002), o TENS é uma modalidade segura; em geral as
contra-indicações baseiam-se no bom senso comum, e são citadas pelos fabricantes como
forma de evitar possíveis litígios. As contra- indicações mais comumente citadas são:
- Usam Marcapassos
- Sofrem cardiopatia ou disritmia (a menos que tenha sido recomendada por um médico, em
seguida a uma avaliação do paciente)
- Apresentam dor não diagnosticada (a menos que tenha sido recomendada por um médico,
em seguida a uma avaliação do paciente)
- Com epilepsia, sem os devidos cuidados e aconselhamento para seu uso por um médico
Tabela 1: Ajustes nos parâmetros tipicamente utilizados no controle da dor
Parâmetros Tens convencional Tens acupuntura Tens breve- intenso Frequência Alta
80-120 Hz
Baixa
2-5 Hz
Alta
125-250 Hz
Duração de pulso Curta Longa Curta
Amplitude 50 ms
Forte sensação de
formigamento
>300 ms
No limiar motor ou
próximo
200-250 ms
A mais alta tolerável
Uso Período extenso de tempo 45 minutos ou então por
uma fadiga muscular
15 minutos ou menos
8
- Nos primeiros três meses de gestação
Segundo o autor Robertson Val (2009), o fluxo corrente direto no útero gravídico é
contraindicado devido a uma precaução óbvia a partir de uma revisão dos efeitos do TENS
durante a gravidez.
- Não use TENS nas seguintes áreas do corpo: Boca, seio carotídeo, pele com solução de
continuidade, pele anestésica, abdômen durante a gestação e nas proximidades dos olhos
Abaixo segue uma explicação mais detalhada sobre as contra-indicações:
- Pacientes com marcapasso cardíacos: isso é porque o campo elétrico gerado pelo TENS
poderia interferir no dispositivo elétrico implantado.
- Com epilepsia: se o paciente experimentar um problema enquanto estiver usando TENS, de
uma perspectiva lega será difícil excluir o TENS como causa potencial do problema.
- Mulheres no primeiro trimestre da gravidez os efeitos do TENS no desenvolvimento fetal
são ainda desconhecidos. Para reduzir o risco de induzir o parto, o TENS não deve ser
administrada sobre o útero durante a gestação, embora seja rotineiramente administrada na
coluna para alivio de dor durante o parto.
- Os terapeutas devem assegurar que o paciente tenha sensibilidade normal na pele antes de
usar o TENS, já que se essa é aplicada á pele com sensibilidade diminuída o paciente pode
não perceber correntes de intensidade elevada que sejam emitidas e pode ocorrer uma
pequena queimadura elétrica da pele.
- O TENS não deve ser aplicada sobre a parte anterior do pescoço, já que as correntes podem
estimular o seio carotídeo levando a uma resposta aguda de hipotensão através do reflexo
vasovagal. As correntes do TENS podem também estimular os nervos laríngeos e causar
espasmos da laringe (SHEILA KITCHEN,2003)
- Tumores: evitar o tratamento em tumores conhecidos, já que o risco de afetar o crescimento
das células malignas ou metastáticas é desconhecido. Além disso, evite a colocação de
eletrodos ou passagem de corrente através de áreas recentemente irradiadas.
- Metal interno: os metais têm maior condutividade do que os tecidos e fluidos subcutâneos e
afetarão a passagem da corrente e a densidade de corrente peto do metal. Contudo, o
espalhamento da corrente irá predominar, e os efeitos no metal serão menores a menos que
localizados imediatamente no subcutâneo.
2.Matérias e métodos
Este artigo constitui-se de uma revisão bibliográfica, onde foram feito pesquisas entre o mês
de Agosto de 2011 á fevereiro de 2012, ou seja no período de 6 meses, no qual foram feito
consultas em livros e artigos científicos em sites da scielo, Biereme e entre outros. A busca foi
realizada utilizando palavras chaves como TENS, aplicação, Dor, riscos e complicações.
Depois de adquirido o material, foi realizado a fundamentação teórica e a comparação de
autores sobre o assunto.
3. Resultado e discussão
Neste estudo, foi aplicado as palavras chaves na internet onde foram revelados 187 artigos,
em seguida foram excluídos vários que seriam insignificantes para o mesmo, ficando apenas
18 artigos. Além de serem utilizados os artigos, foram encontrados para este 3 literaturas, por
fim todos estes foram lidos e revisados para poder ser montado esta revisão bibliográfica.
Durante a pesquisa e estudo, foi lido sobre a dor e as propostas que o Tens apresenta para o
alivio do mesma.
9
Segundo o autor Robertson Val (2009), quase todo mundo compreende o conceito de “dor”e
já experimentou. A dor tem dimensões sensoriais e emocionais e é associada com dano de
tecido real e potencial. Apesar disso, é difícil definir a dor porque é uma resposta complexa e
diferenciada aos estímulos nocivos ou a dano de tecido potencia ou real. Parte desta
complexidade é devida a gama de possíveis modificações de entrada de informações que
podem ser percebidas como dor pelas diversas partes do corpo. As autoras Ana calil e Cibele
Pimenta (2005), ainda afirmam que a dor é uma experiência sensorial e emocional
desagradável, associada a uma lesão tissular real ou potencial e descrita em termos de tal
dano. A dor aguda é um alerta de que algo no organismo não está bem e está relacionada a
afecções traumáticas, queimaduras, infecções e processos inflamatórios, entre outras.
Os autores Rigotti e ferreira (2005) afirmar sobre a duração da dor que a dor pode ser
classificada em aguda e crônica, como se segue:
Dor aguda: está relacionada a afecções traumáticas, infecciosas ou inflamatórias; há
expectativa de desaparecimento após a cura da lesão; a delimitação têmporo-espacial é
precisa; há respostas neurovegetativas associadas (elevação da pressão arterial, taquicardia,
taquipnéia, entre outras); ansiedade e agitação psicomotora são respostas freqüentes e têm a
função biológica de alertar o organismo sobre a agressão.
Dor crônica: é aquela que persiste após o tempo razoável para a cura de uma lesão ou que está
associada a processos patológicos crônicos, que causam dor contínua ou recorrente. Não tem
mais a função biológica de alerta, geralmente não há respostas neurovegetativas associadas ao
sintoma, é mal delimitada no tempo e no espaço e ansiedade e depressão são respostas
freqüentemente associadas ao quadro clinico.
Ainda falando sobre o tempo de dor, o autor robertson Val (2009) afirmar que a dor aguda é
transitória e cessa após alguns segundos e está associada a uma lesão tecidual. Já sobre a dor
crônica, ele afirma que é definida pela sua persistência por um período de 3 a 6 meses alem da
causa inicial e mesmo após a sua recuperação já ter acontecido presumidamente.
Uma das técnicas alternativas para o alivio da dor encontra-se o TENS que é definido como é
uma corrente de baixa freqüência, pulsada, que apresenta uma forma de onda bifásica,
simétrica ou assimétrica balanceada com uma semionda quadrada positiva e um pico
negativo. Essa característica propicia a estimulação de receptores nervosos e apresenta um
componente de corrente direta igual a zero, ou seja, as áreas sob as ondas positivas e
negativas são iguais, não produzindo efeitos polares. A freqüência de aplicação da TENS
varia desde 1 a 150 Hz, situados dentro do espectro biológico de aplicação da eletroterapia de
1 a 250 Hz. Quanto à duração de pulso, esta varia de 20 a 250 µs. Parâmetros que combinam
elevada freqüência (80 a 150 Hz) e duração de pulso mais baixas (20 a 80 µs), permite a
estimulação de fibras nervosas altamente mielinizadas e de grande diâmetro, como as fibras
A-β e A-α, desencadeando potenciais de ação repetidos. Por outro lado, freqüências mais
baixas (1 a 10 Hz) e durações de pulsos mais altas (100 a 250 µs) propiciam a estimulação de
fibras do tipo A-δ e C. Essa variação nos parâmetros e seu efeito neurofisiológico justificam o
emprego da TENS no alívio da dor, por exemplo, no qual sua utilização tem sido mais
indicada (DAHYAN, 2008).
A estimulação elétrica nervosa transcutânea é definida, pela American Physical Therapy
Association (APTA), como a aplicação de corrente elétrica, por meio de eletrodos de
superfície, na pele para alívio da dor (APTA, 1997; SLUKA et al., 2006). Dois tipos de TENS
são usados clinicamente, TENS de baixa frequência (frequência de estimulação < 10 Hz) e
TENS de alta frequência (frequência > 50 Hz) (AINSWORTH et al., 2006; SLUKA et al.,
2006).
Ainda falando sobre os parâmetros, o autor Robertson Val (2009), afirma que a diferença
entre o TENS convencional (80-120 Hz) e o TENS breve intenso (125-150Hz) é
10
negligenciada pelo ponto de vista fisiológico e provavelmente um reflexo da tentativa dos
fabricantes em diferenciar os produtos.
Ainda falando sobre a literatura de Robertson Val (2009) , o autor explica detalhadamente
como se deve preparar o paciente e como deve ser feito a aplicação do TENS. Ele afirma que
o paciente deve esta confortável e que não haja contraindicações no uso da estimulação
elétrica, deve ser limpo a região onde serão colocados os eletrodos com álcool 70 % ou com
água e sabão morna. A localização do eletrodo deve seguir a hierarquia que é baseada e
explicada pela teoria das comportas da dor, e o objetivo da estimulação sensorial é aumentar a
entrada de informação nos mesmos níveis espinais que as entradas nociceptivas. Isso significa
que, idealmente, os eletrodos devem ser colocados o mais próximo possível da área dolorosa;
ao lado da área ou imediatamente próximo a esta área, se a pele estiver incapacitada de enviar
estímulos para os mesmos dermátomos, miótomos ou esclerótomos que a dor.
Conclusão
A dor, por ser um fenômeno complexo e multifatorial, exige abordagem multiprofissional,
visando melhor qualidade de vida dos pacientes. A TENS é um recurso fisioterapêutico para o
controle da dor que apresenta vantagens importantes, como baixo custo, fácil aplicabilidade,
poucos efeitos colaterais e principalmente boa eficácia relacionada á diminuição da percepção
dolorosa e do consumo farmacológico. A partir da pesquisa pode-se concluir que o TENS é
uma técnica simples e não invasiva, onde através de um equipamento é emitido uma corrente
elétrica através da superfície da pele. Para que haja uma boa eficácia do TENS, devemos
observar vários fatores como, por exemplo: Pele, posicionamento dos eletrodos e utilizar
parâmetros adequados de acordo com a classificação da dor, como frequência, pulso e tempo
de ciclo, para poder por fim ter uma boa eficácia no tratamento. Neste trabalho foi mostrada
também que devemos estar ciente quanto aos riscos e contra indicações, podendo assim levar
a complicações ao paciente, contudo devemos orientar o paciente quanto aos riscos que pode
ser ocasionado se houver mal uso do equipamento. Quanto as contra indicações os
fisioterapeutas devem estar ciente o que pode e o que não pode, pois as mesmas podem levar
a complicações severas também ao paciente.
Pra finalizar, os fisioterapeutas devem estar cientes de cada passo do TENS para que haja
sucesso no tratamento.
Referências bibliográficas
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