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7/28/2019 [amândio graça] o ensino dos jogos desportivos_2 (GARGANTA_para uma teoria do JDC)
http://slidepdf.com/reader/full/amandio-graca-o-ensino-dos-jogos-desportivos2-gargantapara-uma-teoria 1/8
PARA UMA TEORIA
DOS JOGOS DESPORTIVOS COLECTIVOS
J(JUOOAROANTA
Cllmprr aos Jogos Duportivos Colutivos contribuir para a
cOflcrttiza,60dosobjut/vosdr/inidbsptlasac,iIoidadudrEdllca,60
F(sico r Drsporro. Para as o/ingir. torna·u imprucindlvrl um
rnsinoadrquodo, /Tt10 obstonlr as dificllidadts aprrsentadaspetos
mul/iplos componenus do jogo e os escassos CtrUZOS exisrrnus
oarco do dest/lvolvimtnto mt/odolOgico do rts(Ucl;VO !orma,,60
t ~ c n i c o e 16clica.
Konzag, 1985
1. I n t r o d u ~ i oOs Jogos Desportivos Colectivos (JDe), designac;:io que engloba,
entreoutras, modalidades como 0 Basquelebol,0 Andebol. 0 Futebol e 0
Voleibol . ocupam urn lugar importante na cultura desport iva
cOfltemporAnea.
Devido Ariqueza de situac;:&s que proporcionam. os JDC constituem
urn meio formativo por excelencia (Mesquita, 1992), na medida em que
a sua pritica.quando correctamente orientada. induz 0 desenvolvimento
de competeocias em vlirios pianos, de enne os quais nos permitimos
salientar 0 t'ctico-cognitivo, 0 tl!cnico e 0 s6cio-afectivo.
NAo obstante a riqueza patenteada no alcance e na abrangencia de
conteudos desle gropo de desportos, a sua identidade e irnportancia
ressaltam, do nosso ponto de vista, de dois trac;:os fundamentais:
(I ) 0 aj>elo A o o p e r a ~ i o entre os elementos dumamesrna equipa para
veneer a oposic;:Ao dos elementos da equipa adversaria. Entendendo a
cooperac;:llo como0 modode comunicaralravl!s do recurso a sistemasde
referencia comuns, que no caso vertente sAo essencialmente de natureza
motora ( n ~ l l o deequipa). Para cooperarelevarde vencidaaOpoSiC;:30 dos
adversMios dever-se- li desenvolver nos praticantes 0 espfr ito de
colaborac;:io e de cntreajuda, podendo 0 jogo constiluir·se como urn
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o F."WIO dOJ JOROSDtsponil'os
campo privi legiado para que os pra licanles exprirnam a sua individu
alidade. manifeslem as suas capacidades e simulranearneme aprendam a
subordinar os inleresses pessoais ao inleresses da equipa:
(2) 0 apelo alnteliglncla. entendidacomo a capacidade de a d a p ~ i i o anovas s i t u ~ o e s . i S l a ~ , enquanto capacidade de elaborare operar respostasadequadas aos problemas colocados pelas s i l u a ~ 6 e s aleal6rias ediversificadas que ocorrem no jogo ( n ~ A o de adaptabilidade).oproblemafundamental dosJOC. deacordocomGrthaigne& Guillon
(1992). pede ser enunciadoda seguime forma: numa s i t u a ~ o de oposiCiioos jogadores devem coordenaras ~ 6 e s com a finalidade de recuperar.
conservar e fazer progredir a bola. tendo como objectivo criar siluacOes de
finalizaCAo e marcargoloou ponto.A panir deSle entendimenlo eoexistern
tres grandes c81egorias de sub-problemas:
(I ) No plano espadal e temporal
•no alaque •problemasde uti l i ~ A o da bola. individual ecolectivarnenle.fia tentativa de ultrapassarobslliculos m6veisnao uniformes (adversMios);
• na defesa· problemas na produCAo de obstaculos. com a finalidade de
dificultar ou parar 0 movimenlo da bola e dos jogadores adversMios, no
intuito de conseguira posseda bola.
(2) No planoda infonnaeAo
Problemas ligados Aprodueio de inceneza para os adversarios e de
ceneza para oscolegas deequipa. 0 aumenloda mceneza para 0 adversArio
esl' ligado As ahemalivas propostas pelos companheiros do ponador da
bola.
(3) No plano da organizaCio
Problemas na t r a n s i ~ A o dum projeeto individual para urn projeclo
eolectivo. dando 0 melhor de si Aequipa. iSlo e. imegrando 0 projecto
eoleclivo na pessoal.
Os JDC sAo actividades ricas em situayt'ks imprevistas As qua is 0
indivrduo que joga tern que responder. 0 componamento dos jogadores
delenninado pela interligayAo complexa de vmos faelores (de natureza
psfquica. ffsica. t'cliea. locnica....). Nesta medida, devem os jogadores
resolver situaeOes de jogo que. dadas as diversas configurac3es. exigem
uma elevada adaplabilidade. especia1menle no que respeita 1I dimensAo
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ItOl'ia dos)o,O$ dtsponil'OS
t3ctico-cognitiva.
Nodecurso de urn jogo surgem larefasmOlorasde grandecomplexidade
para cuja resoluelo nAo exisle urn modelo de execueAo fixo (Faria &
Tavares. 1992).
SeOOo os JOC actividades feneis em aconlecimenlos cuja frequ!ncia.
ordem eronol6gica e complexidade nlo podem ser previ slas anle
dpadameme. aos jogadores e requerida uma pennanente alitude tAclico
~ s t r a u ! : g i c a . NaconstfUclode tal ali tude, a s e l ~ A o d o numeroe qualidadedas acC6es depende obviamente do conhecimento que 0 jogador tern do
jogo. Queristo dizerquea formade actuacAode umjogadorestAfonemente
condicionada pelos seus modelos de explicayllo.ou seja. pelo modo como
ele conectlCe percebe0 jogo. SAo essesmodelosque orienlamas respectivas
decisOes. condicionando a organizayAo da percepcllo. a compreensAo das
informay6ese a resposla motora,
Nesta medida. nos JOC a dimensAo t!Clica ocupa 0 nucleo da eslrulura
de rendimento (Konzag, 1991; Faria & Tavares, 1992; Grthaigne. 1992),pelo que a funello principal dos demais factores, sejam eles de nalureza
lecnica. frsicaau ps{quica, adeeooperarnosenlidode facultaremoacesso
a desempenhos IActicos de nrvel cada vez mais elevado.
2. JDe: das c o n c e ~ 6 e s as metodologlas
o desenvolvimento das diferentes modalidades desportivas lem sido
influenciado pardiferentescorrentesde pensamenloe pelosconhecimentos
proveniemes de ml1ltiplas disciplinas cienlfficas. Esses conhecimemos
tiveram urn impacto imponante. primeiro nas modalidades individuais
como 0 Allet ismo e a Nala/fllo, e posteriormenle nos JOC. atraves da
l ransposiylo directa de me ios e melodos. sem ler em consideray30 a
especificidade estnuural e funcional deste grupe de desponos.
ESle facto conduziu a que ainda actualmente se sintam fones influencias
desses m ~ t o d o s . nlloapenas no plano e n e r g ~ l i c o · f u n c i o n a l , mas tambtmnoplano tl1ctico-tocnico.
Uma das c o n s e q u ~ n c i a s mais evidemes tern sido a obsessAo pelos
aspectos do ensino/apreOOil.8gem <:entrados no lecnica individual (Bonnel.
1983). panindo-se do princrpio que a soma de lodos os desempenhos
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o EIuiflO rJos logol Dtsponivol
individuais provoea urn apuro qualiuuivo da equipa e tambem que 0 gesto
t&:nico aprendido duma fonna analftica possibilita uma a p l i c a ~ i o eficaznas s i [ U ~ O e s de jogo.Desde OS anos 60 quea didicticados JDC repousa numaanalise fannal
e mecanicista de solul;6es ~ - e s t a b e l e c i d a s . 0 ensino destas rnodalidadestern frequentemente consistidoem faur adquirir aos praticantes sucessOCsde gestos t&:nicos, ernpregando-se muito tempo no ensino da t&:nica e
muito pouco ou ncnhurn no ensinodo jogo propriamente dito (Grthaignc
& Guillon, 1992).
Nos &nOS 90, uma aula de abordagem dos JOC apresenta-se quase da
mesrna fonna: II pane-aquecimento comou sem bola(habitualmentescmbola) : 21 pane-eorpo princ ipal da aula, onde sAo abordados os gestos
espedficos da actividade considerada, a t r a v ~ s de situacOes simplificadas.com ou scm oposiCAo; 31 parte-em funClo do tempo disponfvel, utiliza-se
fonnas jogadas (jogos reduzidos ou jogo formal).
Estaconcepclo.que privilegiaa desmontagerne remontagemdos gestos
t&:nicos e1ementares e 0 seu transfere para as situacoes de jogo, nAo deve
constituir mais do que uma das vias possrveis no eosino dos JOe. Nesta
perspectiva ensina·se 0 modo de raur ( t ~ c n i c a ) scparado das raz6es deraur (t!ctica).
Ora nos JDC 0 problema fundamental que se coloeaao individuo que
jogdessencialmente tktico.Trata-sede resolverem s i t u a ~ l o . vtrias vezese simultaneamente, cascatas de problemas nAo previstos a priori na sua
ordem de ocorr!ncia.frequencia e complexidade(Metzler, 1987). Assim
conveniente quea t ~ c n i c a respondau situaCoes dojogo. na medidaemqueo jogador deve. numa s i t u ~ l o de oposiClo. coordenar as a ~ O e s com afinalidade de recuperar. conservar e razer progredir a bola. tendo comoobjectivo abeirar-se da zona de f i n a l i ~ l o e concretizar golo ou ponto(Glihaigne.I992).
As dificuldades encontradas. a panir da i d e n t i f i c ~ i o do proeesso de
ensino/aprendizagem dojogocom a aprendizagemdos gestos tecnicos.tern
provocado reacCOes que, na sua maioria, corKtuziram ao entendimento do
j ogo a panir da de equipa. Para taJ muilo oontribuiram vllrios
especialistas. de entre os quais nos pennitirnos destacar 0 romeno Leon
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IcoriiJ dol }o f01 duponivos
Teodorescu e 0 f r a n c ~ s Claude Bayer. A partir das perspectivas destesautores, a equipa passa a constituir-se como elemento central do processo
de ensinolaprcndizagem dos JOC. A n ~ l o de i n l e r a c ~ l \ o . de r e l ~ l \ o deentreos elementosconstituintcs do colectivo. adquiresegundo esta
perspectiva. a sua verdadeira dimensAo.
A equipa passa entao a ser entendida como urn microsistema social
complexo e dinamico (Teodorescu. 1984). representando algo qualil3
tivameme novo. cujo valorglobal nao pode ser traduzido pelo somat6rio
dos valores ind iv iduai s. mas par uma nova dimensAo que emerge da
i n t e r a ~ o que oeorre ao nlvel dos seus elementos constituintcs.
3. A pratica transrerl"el nos JOC
Trazemosaqui urn tema que tern preocupadoos especialislas. noambilo
do ensinodos JOC. A p o l ~ m i c a gerada em seu lorno tern sido alimentada.no nosso emender. pela proliferacAo de opinioes e c o n v i c ~ O e s poocofundamemadas e pela inexistencia de conhecimentos provenientes de
eslUdos de CUMO cientffico.
Basicamenle. podemos considerar que existem dois tipos de alitudes
face ao ensino dos JDC. Urns em que se pane do princfpioque cada JDC
tern urns especif ic idade de lal fonna elevada que 0 seu ensino t treino
devemocorTer a panirda u t i l i ~ l o d e princfpios. meios e lecnicas que Ihe540 exclusivos. Outra que resulta da convicCiio de que. nlo obstanle a
especificidade de cada urn dos JOC. existem modalidades entre asquais
passlvel reconhecer semelhanlYss e. a panir daf. conslnlir s i l U a ~ o e s quepennitam a assimiiacAo de prindpios comuns, recorrendo a meiose at t a
algumas tecnicas comuns.
Essas semelhalllYas estruturais e funcionais pennitem agrupar. par
exemplo. modalidades como 0 Basquetebol. 0 Andebol e 0 FUlebol.
Rcponando-nos ao cosino dos JOC na escola, entendcmos que tern
grande penincncia a questilo coloeada por Bayer (1985): como. face adi\'ersidadede conteudos e/ormas dos JOe. l'1aborar um ensino coerenu
e urna abordagem pedag6gica que e"item 0 subapro\'eitomento do trmpo
dispon(vel. 0 repetirdodos conteudose assegurem 0 respeitopelosproble-
mas espec£ficos de coda modalidade ?
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o f.iulftO liN J ( ) ~ O S 1k .•porfl'fflJ
Para responder aesla quesllo. Bayer(1985) e Cecchini(1985). propiX:m
a denominada pnhica transferivel. alegando que des la f onua 0 jovem.
alravl!s duma pni lica mul li forme. evi lam uma e s p e c i a l i ~ o precoce,asseguraodo-se a possibilidade de lransferir as suas a q u i s ~ numa
actividade. para OOlra modalidade. A aprendizagem encontra-se assim
facilitada logo que 0 jogador perceba. numa estrulura do jogo. umaidenlidade com uma estruluraj4 encootradae queele reconhoc:e no mesmo
au noutro JOC.
Assim. ao nrvel do ensino dos JDC na escola. partee se r convenienle
conslruir. nas rases iniciaisda aprendizagem. uma metodologiaque (avore
a a s s i m i l a ~ A o d e princfpios comuns 80 s JOCe$lrutural e funcionalmente
semelhantes (Garganta. 1991).
N e s t e c a . ~ . nl o se pretendeobviament eesbaler 8 especificidadedecada
JOC. na medida em a a b o r d a g e m ~ . por urn lado. de aproximalf30aos JOC
semelhantes. noque se refere li assimil8lflode princfpios e regrasde gestAo.
e par outro lido. de IfastamenlOentre eles.na medidaem que nl o dispensa
o recurso a I«nicss e princrpios que lhes sAo especfficos.
Daqui se infere que I prolico t r o n s f u { v ~ 1 deveser COl'\Slrufda. nos JOC.
I partirdassimilitudesencontradas com referf:nciaa detenninadoscrill!rios.
poufvel eneonlrar diferentes classificlilfOes para os JOC.em funlf!o
das calegonas que se prelende destaear (Quadro I) .
lroria dol dupt)r/l'l'OS
comuns que nos pennl1am defimr as s e m e l h a ~ a s entre os diversos JDC e
as singularidades que dAo expresslo ls respeclivas d i s s e m e l h a ~ a s .Os denominadores comuns aos JOC podem ser eneonlradosnum plano
geral (Bayer. 1985):existe umabola. pela quallulam asequipas; exisle um
teITeno de jogo. onde se desenvolve 0 "confronto"; hli um alvoa a laca r e
outro a defender; h6 regras a rcspeilar;existem colegas comquem cooperare adverdrios cuja oposilflo importa veneer.
Mas no plano especrfico t tambt:m possfvel encontrar denominadores
comunsa detenninados JOCe bernassim agrupli-Iosde fornla a possibililar
a sua inclusao num processo de ensino-aprendizagem coerenle.
Num universo li o vaSIO como l! 0 do s JOC. as ponies ou IigaC;Oes mais
viaveis parecem ser aquelas que podem estabeleccr-se entre 0 Andebol. 0
Basquetebol e 0 Futebol (Crcvoisier. 1984; Garganl8 & Soares. 1986)
porque:
• no p lano e n e r g ~ t i c o - f u n c i o n a l . s30 jogos que (azem apelo a e s f o ~ o sintermilentes. miSIOS alternados (aer6bico·anaer6bico) e podem ser
considerndos actividades de r e s i s t ~ n c i a . em regimede velocidade.de
e de c o o r d e n ~ A o t ' c l i c o - I ~ n i c a (Teodorescu. 1984).• dum pOlliO de vista l i c t i c o · t ~ l I l c o . em todos estes jogos existe IUla
direcla pelaposseda bola. hl!. invas30 do meiocampo adversArioe as trajec·
tOOas predominanles sAo de circullllfAo da bola.
Quadro I . O a . s S l r ~ dol JOC em f ~ dediferemescalegoriasde referblcia
(Go<pnu. 1991).
No entanlO, entendemos que. ullrapassando um pouco a profusao de
c 1 a s s i f i c a ~ O e s . importa sobreludo identificar e reler os denominadores
Cateeorll conslderada
Fontes E n e r g ~ t i c a sO c u ~ A o do EspalfO
DispulI da bola
Traject6rias predominantes
C l a s s i f i c a ~ o
Aerobicos. anaer6bicos, mistos
De invasAo. de nao invasio
De luta directa. de luta indirecta
De lroca de bola, de circulalfaode bola
4. Problemas fundamentais dos JDC
A aprendizagem dos procedimentos I ~ n i c o s de cada urn dos JOC
constltui apenas uma pane dos pres.supostos necessll.rios para que. em
s l t u ~ A o d e jogo. os praticanles5eJam capazes de resolver os problemasque
o conlexto especffico (jogo) Ihes coloea.Mesmo quando nos reponamos8ocontexto escolar. suSlelllamosque os
JOC nlo devem ser utllizados apenas como meio para 0 desenvolvimento
de habilidades e capacidadcs variadas. Paralelamente. impona ensinar
esses mesmos jogos. com a sua 16gica particular. as suas regras e os seus
c6digos. cnquanto referenciais importantes da cultura desportiva.
DeMlc os primeiros momcntos da aprendizagem. conveniente que os
praticanles vAo assimilando urn conjunto de princfpios. Estell reportam-se
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llOf'ia dOl }ogol dt'sportivos
F o c t o r ~ s d ~ s ~ m ' o l v j m ~ l l t o do hom jogo
- Fazer COffer a bola (passar)
- Afaslar-se do colega quelern a bola
- Dirigir-se para e s ~ o s vuios 00 sentido de receber a bola
- Intencionalidade: receber a bola e observar (ler 0 jogo)
- A c ~ A o ap6s passe: movimentar para criar Iinha de passe- Aclaramento: afaslar-sedocolega que tern a bolaeocuparoseu espal;o
- NAo esquecer 0 objeclivo do jogo (golo. cesto)
Dos momentos iniciais (fase an4rquica) lItt 10 mais elevado nrvel da
p r e s ~ A o desponiva (fase de e l a b o ~ l o ) t poss!vel reconhecer vll.rias
rases em runt;:Bo dos caracterfslicas reveladas pelos praticanles, relativa
mente a tits indicadores: e 5 l r u t u r a ~ i o do e s p a ~ o dejogo, u t i l i z a ~ 3 0 dosaspectos de c o m u n l c a ~ i o na 8 c ~ i o e r e l a ~ i o com a bola (Figura I).
FUes dOl diferentes nrvel! dejogo n(;iJOC( Idap. Oarg.nta. 1985)
19
Rtla(lo tom a
Bol.
• Do COlllrolo vi-5UII para 0 pro-prioceptivo
• O p l : i m ~ 1 odas capacidadesprGpfiocepilvas
• Da vido cenlra.!pan. I periferica
• Elevada uuliza~ i o d a vislo""In!
E l I i l r u t u r ~ o do. . : . s p ~
• O c u p ~ 1 o racio-nal d o e s p ~ o(IActica itxhviduale de grupo)
• PolivalenciafunciOlliI.
C o o r d e n ~ 1 o das~ o e s (u.etia
colecliva)
• A,luli'*riO emlomo da bola e
s u b f u ~
· O c u ~ d o e s -pal;o em f u ~ 1 odos elementos do
j O g '
• V e r b a l i ~ 1 o econlllnicat;1o ges-lual
C o m u n l c ~ i o na
A' . . . .
• Prevalend. dav e r b a l i ~ . 1 0
• Abuso da vcr-b a 1 1 1 ~ 1 o , sobre-1000 pan. pcdlr abol.
• PrevllenciadlcomuniclW;lo mo-
Fig. I .
":laOOra(lo• A C ~ 0 e 5 mseridas na e s l r l u ~ g i ada eqmpa
F . " ,
Desct:nlrt(lo.... func;1o nIo depeode IpenlS dap o s i ~ 1 o dl bola
E s l r u l u r a ~ j o•ConscIeJlCiali7.a-ttAo da coordena
das f u n ~ G c s
Jogo An'rqulco
· C e T l l ~ l o n a b o l l• Subrunc;Oes• ProblemlS r1I
compreen5lo do
JOi'
5. Indlcadores e (adores d a q u al i da d e d o jogo
Os JOC possuem urn sistemade referencia com vll.rios componentesemque se integram lodos os j ogadore s e com 0 qua l se confron lam
conslantemente. Ambas as equipasfonnam doiscoleclivos que planificam
as suas ~ e agem a t r a v ~ de cornponamentos sempre delerminadospela r e l ~ 1 o de contrasle: alaquc-defesa ou defesa-ataque (Konzag. 1985).oensi00 dos JOC impliea0 conhecimentominimodas modalidadesque
pretendemos _bordar. Esse conhecimento let;{ necessariamente que passar
pela percep;Jo clara de alguns indicadores relativos a nfveis de jogo
diferenciidos.
Do joao que 0 praticanle t c_paz de realizar. devemos idenlificar os
principaisproblemase enunciar os factoresde e v o l ~ ! o q u e possibililam 0acesso ao born JOgo.
nl o apenss ao modocomo cada um se relaciona com a bola. mas lambtm
11 rOnna de comunicar (com os colegas) e contra-comunicar (com os
advers4rios) passando pela n ~ A o de o c u ~ i o racional do e s ~ o de jogo.
As capacidades de a d a p l ~ A o deverio sersoliciladas e cslimuladas em
s j t u a ~ aJusladas ao nrvelde desenvolvimento do praticanlee as exigen
cias do jogo.
As e S l r a l ~ g i a s maisadequadas paraensinarosJOC passam par inleressar
o praticante. recorrendo a formas jogadas mOlivantes. implicando-o em
s i l u a ~ O e s problemaque contenham as caracterfSlicas fundamentais dojogo.
[)eve. par isso. propor-se umjogo ou ronnas jogadas acessfveis. i s t o ~ .com rearas pouco complexas. com menos jogadores e nurn e s p a ~ o maispequeno, de modo a penni li r a con tinu idade das a c ~ O e s e elevadas
possibilidades de c o n c r e l i l . 8 ~ A o .
o t.lIJlf'IOdOl lOtos DtsptJ'tIl'Ol
I l l d i c a d o r ~ s do jogo !raco I I f v ~ 1• Todos juntoda bola ( a g l u l i n ~ l o )• querer a bola 56 para si (individualismo)
- n!to procurar e s ~ para facilitar 0 passe do colega que lem a bola
- nllo defender
• eslar $Cmpte a falar para pedir I bola 00 crihcar os colegas
- nl o respeilar as decisOes do Mbilro
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oEns"'Q d o l l o ~ o s CHV/iXIlWJI 1 ~ 1 a dOl JOtlos tklpOl1h'Ol
FigUf2 2 - Formu melodcH6,K:aS de Iobordq:ern dol JOC (adap. Garganra. 1985)
6. Formas de abordagem dos JI)
Exislem diferentes formas de ensinar os JOC, decorremes de diversas
j n t e r p r e l ~ e sofrendo a mOuencia. mais ou menos mareada. de varias
correntes.
Pensamos poder sintetil.llr tres formas d i ~ c l i c o - m e t o d o l 6 g i c a s de
abordar 0 ens ino do jogo nos JOC. Cada uma delas. dado que urilizaprocessos diferentes, gera consequentemenle distinloS produtos de
aprendiz.agem (Figura 2).
to'orma Centrada nIlS Forma Centrad. DO Forma Centrada nosTknkas JOIo Formal JogosCondiclonados
(solUl;Io Impostl) (ensaio cerro) (procura dingidi.)
- -
Das lttnkas lnaHIICIil Ullhzar;1o uclusiva do Do jogo para as situa·panl 0 JOBO formll JOio formal c;Oes paniculares
•• o 1010 decomposto 0 jo,O nJo 6 conditIO- OJOgotdecornposloem..
i em ekmenlOS t6cnlCOS nado nem decomPOSIO unidldes funcionl's;
• (puse. r e c e ~ J o . dri-I ' jososistemitico<kcorn........J ple.xidadecrcsccr\le••
A ltcmci surge para res· ' Os princfpios do jogo~ m q u i ~ J o das It·cnica.! (I t a 16cnica A, ponder I I I I U ~ O e s glo-! fegulam a aprendizagemdepois a B, etc.) bais nAo OI',entadas
A ~ t ' i e s de JOio meea·
nizadlS, pouco erll-
11 ....15; comporta.meolOl
esleriOllpados
Al6 chegar ao jogo formal. ha que resolver urn conjunto de problemas
passive! de h i e r a r q u i z a ~ 3 0 . em f u ~ 3 0 da estrutura dos elemcnlos de jogo:
jogador. bola. colegas e adversArios. nilo esquecendo 0 objective do jogo.
concretlzat. marcar golo ou P0nlo.
DevidoAcomp1exidade dojogo. namedida em que 0 pralicuntc ternque
• urn lempo. referenciar varios elementos: bola, p o s i ~ l o no lerreno. alvo.colegas e adversArios. imp(')e-se que a aprendiZilgem dos JOC scja faseada
e progresslva: doconhecido para odesconhccido.do focil para odiffcil. do
menos para 0 mais complexo.
Desta forma. no ensino do jogo deve, dum ponlO de vista didklico,
atender-se a determinadas etapas de refer!ocia que correspondem a di
versos niveis de r e l a ~ l i o :• Eu·bola: n l e ~ 3 0 sobre a f a m i l i a r i ~ a o com a bola e scu comrolo;
o Eu-bolo- alvo: a t e ~ 3 0 sobre 0 objectivo dojogo; f i n a l i , . . a ~ 3 0 .oHu.bola·adven4rio: c o m b i n a ~ i o de habi lidades; conquisla e a
c o n s e r v ~ 5 0 da posse da bola (I x I) ; procura da f i n a l i ~ ! o .• Eu-bola-colega-ad.·ers6rio: jogo II 2: passa e vai ( d e s m a n : : a ~ 5 0 de
ruptura); passa e segau: ( d e s m a r c a ~ 3 0 de apoio); c o n t e ~ A o e cobenura
defensiva.
•Eu·bola-colegas..advus6rios:jogo a 3: c r i a ~ 3 0 e a n u l a ~ 4 0 d e linhasdepasse; p e n t t r a ~ 3 0 e cobenura ofens iva.
• Eu-bola-equipa·adversdrios: do 3xJ. .. ao jogo formal: assimilar;ao e
aplical;llo dos priocfpios de jogo. ofensivos e defensivos.
Pensamos naoser <!emais relembrar que 0 JOgoeUffill unidade e. como
tal. 0 domfnio das diferentes lb;::nicas (pas.<;e. c o n d ~ l o , remote. elc.)
embora se conSlllua como urn inSlrumento sem oqual6 muito diffcilJOgar
e impossrvel JOgar bern. nao permile necessariamente 0 acesso ao born
jogo.
Na s e l e c ~ l i o ou c o n s l r u ~ a o dosexercicios pam 0 ensinodosJOC. deve
exigi r- se que eles sejam de acess{vel e x e c u ~ 3 o , de clara e x p l i c ~ j J , o e
compreensAo.de foci! e clpida o r g a n i l . 8 ~ a o e nao muiloexigemes do ponlO
de vista material.
A necessidade de fasear 0 ensino conduz Inevita ....elmente Adlvisio do
JOgo. No enlanto. esta divisAo deve respeltar, sempre que passivel. aqullo
loao criauvo mas com As ltc:nicas surgem emba t no lI\(hvlduahsmo; f U ~ l k l d l t K t i c .. defor
vlR .....smoltcnl(O con-I ma or1entadl e provocalraslando com anarquia <fa
" " ~ .S o I ~ O e s m(ltOras vari-I,nleligtncia taclica:adas mas com lOumcras COrrecli l n t e r p r e l ~ 1 o elacunas l4clicas e des- aplica.;lio des princfpios
c o o r d e n ~ l o das ~ do jogo: viabiliz.ll;:l0 dIcolcctivas 16cnicaecriativKiade nas
~ 6 e s d e j o g o
•
1[ Problemas na compre
S enslo do }OIo (lelluf1;
U d e r i c i e n l e . s o l u ~ 6 u".,...,l
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7/28/2019 [amândio graça] o ensino dos jogos desportivos_2 (GARGANTA_para uma teoria do JDC)
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o EftJ/rIO dQJ IOlUS DtJp<ffI;WJS
que 0 jogo tern de essencial, ou seja, a c o o p e r a ~ o . a Oposi93.0 e a
finaliza-rAo.
A c o n s l r u ~ A o das silua9l3es de aprendizagem deve panir duma
h i e r a r q u i ~ A o dos requisi los para jogar , lendo em coma aquilo que 0
praticante jli conhece e 6 capaz de fazer.
Como refere Sabral (1994). quem observar alentamente os exerdcios
queas c r i a ~ a s repelem na inicia-rAo 80 s jogosdesponivos coleclivos. sob
a d i r e c ~ A o de pessoascom as maisdiversasqualifica-roes.M-de repararque
grande pane daquele trabalhonlio tern nada a vercoma modaHdade e me
nos ainda com a natureza das proprias crian-ras.
Dever-se-li propor ao praticante. fonnas ludicas com regras simples.
com menos jogadorese num espa(\:o mais pequeno. de modo a permitir a
conlinuidade das a c ~ o e s e maiores possibilidades de concretiza(\:ao.
Se assim e. no intuito de traduzir 0 jogo para uma escala assimilavel
pelos pralicantes. parece·nos mais ajustadodividi-Ionaoem elementos (0
passe, 0 remale. 0 l a n ~ a m e n t o . 0 drible•...)masem unidades funcionais.emque a aprendizageme referenciada a princfpiosde a c ~ ! o e regrasde gest!o
dojogo:
Estrutura(do do espor;o
• defensivo:
- supress30 do e s p a ~ o (vantagem espacial e numerica)
- jogo peno e longe da bola
- OCUPll910 equilibrada das zonas do lerreno
·ofensivo:
- cri8(:lo e ocup3910 de espa-ros (mobilidade)
- jogo em profundidadee em largura
Comun;car;do na acr;do
• defensiva:
- comen911.0 (parar 0 Blaque)
conquisla da posse de bola
fechar Iinhas de passe
cntreajuda (cobenura defensiva; dobra)
• ofens iva:
- comunica(:lo mOlOTa: desmarca¢es (apoio e roturn)
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ItOTio dQJ joros dnfH'l'tivoJ
_superioridade n u ~ r i c aRelar;do com a bola
Equillbrio dos apoios
apreci&9Ao de Irajecl6rias
exercita9Jioda proprioceplividadeexercita(:80 da visAo periferica
8. Conclusio
A especificidade rna is reprcsenlativa dos jogos desponivos colectivos
gravila em tomo do conceilo de equipa. emendida como urn gTUpo de
indivlduos rcunidospara realizar urn ObjcClivoCOIllUIll previamente defini
do (Bayer. 1979).
Q ensino dos JDC nAo deve sob pretexto algum circunscrever-se al ransmissAo de urn repon6rio mais ou menos alargado de habil idades
leenicas (0 passe, a r c c e ~ l i o . 0 drible, ...). nemAsolicila(:3.ode capacidades
condicionaise coordenativo-<:ond icionais(Resislencia, Velocidade. F o ~ a ,...). Impona sobretudo desenvolver nos pralicanles uma disponibilidade
motora e menta l que t ~ s c e n d a largamenle a simples a u t o m a t i ~ a o de
gestose se centre nn assimila(:Ao de regras de a c ~ i l o e princfpios de gestao
do espa90 de jogo, bern como de formas de c o m u n i c ~ i \ o e contra
comunicll(:Ao ent re os jogadores.
Neste conte:tIO, afigura-se assim imponante panir duma c o n c e ~ A o queanicule aspeclOS fundamentais como a o p o s i ~ i o . a f i n a l i z a ~ i o . a aclivi
dade (Mica e os sabtres sabre a jogo.
o jogo e 0 indivfduo que joga consliluem 0 ceme da nossa a t e n ~ A o .Nesta perspecliva. quem, ao prelender ensinar os jogos desponivos
coleclivos nas suns diferentes modalidudes, aplar poruma viaestritamcnte
teenica c analflica, develer a conscienciade queesta a privar os pralicantes
dum conjullio de e:tpc.riencias Iddicas que 56 0 jogo pode proporcionar.
Assim, na nossa perspecliva. 0 jogo devera eSlar presenlc em IOOas as
fasesde ensino/aprendizagcm,pelo facto deser. simultaneamenle,0 maior
factor de mOliv&9Ao e 0 melhor indicndorda e v o l u ~ l I . o e das l i m i ~ s que
os pr3ticantes v!o revelando.
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7/28/2019 [amândio graça] o ensino dos jogos desportivos_2 (GARGANTA_para uma teoria do JDC)
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o EflJ/ffO dO! JOIOS DnporllyoJ
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