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Análise Financeira
Fernando Machado 1
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Análise Financeira
Introdução
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ORGANIZAÇÃO(divisão do trabalho e
das funções)
CONTROLO(informação)
PLANEAMENTO(estratégia)
LIDERANÇA(motivação)
GESTÃO(Decisão)
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Gerir é tomar decisões: Se uma organização não tem intervenção do gestor, entra em desequilíbrio, entropia. A empresa desvia-se de satisfazer os seus objectivos de forma eficaz. O gestor tem que assegurar os objectivos da empresa.
Planeamento: estabelecer os objectivos e identificar os meios para os por a funcionar. Definição de estratégias e implementação.
Organização: divisão do trabalho, ver quais as funções, dividir a actividade da empresa em funções e distribuir tarefas.
Gestão
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Controlo: ver qual o desempenho, avaliar desempenhos, tomar medidas de correcção. Feedback.
Liderança: motivar as pessoas para promover os objectivos da empresa. É necessário ter personalidade, educação para ser líder; implica características de natureza pessoal, épreciso encontrar competência técnica e características pessoais para conduzir pessoas.
Gestão
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Qualquer Processo de Gestão tem:
- Análise
- Planeamento
- Implementação
- Controlo
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Sistema Financeiro
OUTPUTPROCESSOINPUT
Capital socialSuprimentos (empréstimos de sócios)Receitas de exploraçãoEmpréstimos
DecisõesFinanceirasDo Gestor
Investimentos de constituiçãoDespesas de exploraçãoDividendosInvestimentos de expansãoServiços de Dívidas
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Toda a actividade da empresa se projecta em movimento do dinheiro, isto é, por detrás de um circuito físico existe um circuito económico. Pois para uma empresa satisfazer as suas necessidades materiais necessita de dinheiro (para uma empresa começar a sua actividade necessita de dinheiro).
Actividade da Empresa
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Planeamento – Ex: Orçamento Anual
Tarefa Fundamental: procurar Recursos Financeiros; Fundos ao menor custo possível.
Manter o equilíbrio da Empresa: nem excesso nem falta de Liquidez.
Adequar no tempo os Recursos Financeiros. Adequar as entradas de dinheiro às necessidades de pagamento. Controlo dos Fluxos de Caixa. Ex: Pag. Impostos; Pag. Fornecedores; Recebimentos de Clientes.
Funções do Gestor Financeiro
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O Gestor Financeiro deve ser também um analista Financeiro. Analisa as Rentabilidades da empresa e o seu Risco, bem como dos seus concorrentes, Clientes e Fornecedores. Adoptar uma correcta política de Pagamentos, Recebimentos, Preços e concessão de crédito.
Aplicações de excedentes de Tesouraria. Não sóapurar o seu Resultado, mas também planear os excessos que irá obter no tempo e sua correcta aplicação.
Funções do Gestor Financeiro
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Decisões do gestor
Decisão de investimento
Decisões de financiamento
Controlar decisões de pagamento
Controlar decisões de venda
Controlar decisões sobre o serviço da divida
Dar a opinião se sobre a distribuição dos lucros ou não
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Preocupação de um gestor
Fazer com que nunca falte dinheiro e que não haja dinheiro a mais (ruptura financeira) e potenciar o lucro. É necessário que haja dinheiro para a empresa não parar e não entrar em desequilíbrio, mas também é necessário que o dinheiro circule, para render mais, isto é, énecessário investir, ter dinheiro em movimento.–Gerar o máximo valor.
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Competências do Gestor
Conceptual (ter visão, ideias, iniciativa)
Humana (charme, capacidade relacionamento com pessoas)
Técnica (o Gestor tem de saber tudo da sua área)
Em todas as competências existem todos os níveis, todos os tipos de gestor, a diferença está em grau, mais conceptual no gestor de topo, mais técnico no gestor de base, intermédio.
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GESTORES
NÍVEL ÁREA
TOPOPresidente
INTERMÉDIOResp. Marketing
BASEResp. Armazém
GERALGestor de topo
FUNCIONALGestor Comercial
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Domínios da Gestão Financeira
Financiamento: Obter RecursosInvestimento: Aplicar RecursosDividendos: Distribuição dos lucros
(aos accionistas)
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Domínios da Gestão Financeira
Análise Rentabilidade
Decisões da empresa
Análise Investimento (capital fixo)
Análise Financiamento (capitais próprios ou alheios)
A Gestão Financeira passou a ser uma Gestão de Activos
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NOTA
Função do Gestor Financeiro: Maximização do Valor da Empresa
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Análise Financeira
Análise de Rentabilidade
Análise de Risco
Gestão Financeira
Projectos a Investir
Procurar os Recursos para alocar os
Investimentos: estado, bancos, accionistas, capitais
próprios.
Análise vs Gestão
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O Analista Financeiro Indica ou Recomenda;
O Gestor Financeiro propõe;
A decisão final é sempre do Accionista.
O Gestor Financeiro intervém no curto prazo pela Gestão do Fundo de Maneio, que a ele lhe compete.
IMPORTANTE: Fazer a Gestão previsional dos activos Financeiros.
Análise vs Gestão
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Quanto à estratégia financeira, éútil acrescentar o seguinte:
- política de investimentos: assume um papel preponderante e preocupa-se fundamentalmente com a análise da rendibilidade e do risco potenciais das decisões que, envolvendo um horizonte temporal alargado, implicam um dispêndio de fundos no presente em troca de um potencial de entrada de fundos no futuro;
- política de financiamento: visa principalmente proporcionar à empresa os fundos de que esta necessita, em função da sua polrtica de investimento e de desenvolvimento;
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- política de distribuição de resultados: tem um carácter marginal e dedica-se ao estudo da melhor forma de afectar a riqueza adquirida pela empresa entre a retenção em reservas e o pagamento de dividendos aos accionistas, atendendo às condições e restrições legais e fiscais a que a mesma e os detentores do seu capital estão sujeitos;
- o documento fundamental da gestão financeira a médio e longo prazos é o plano financeiro, que é a tradução do plano da empresa em entradas e saídas de fundos, com vista ao teste global do equilíbrio financeiro previsional a longo prazo (entradas + saldo inicial - saídas » saldo final desejado).
Quanto à estratégia financeira, parece útil acrescentar o seguinte:
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Análise das forças externas à empresa para calcular Cash-Flows futuros:
Concorrentes Potenciais; Ameaça de novas entradas ou não; quanto menos possibilidades houver, mais rentável é o sector. Ex: indústria do cimento.
Existência ou não de produtos substitutos. Ex: empresa produtoras de memórias 256K e não consegue fazer o upgrade para 1GB.
Relacionamento com Clientes e Fornecedores. Quanto mais diversidade houver, maior é o poder negocial em sentido inverso. Quanto maior for o poder negocial dos clientes e fornecedores, pior para a empresa.
> nº clientes = < poder negocial> nº fornecedores = > poder negocial
Concorrentes dentro do sector. Ciclo de vida da indústria diminui, havendo muitos concorrentes.
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Factores que originam constrangimentos (positivos e negativos) sobre a projecção dos cash-flows futuros:
As vantagens competitivas só servem quando traduzidas em números, em margens.
Análise crítica das realidades numéricas. Visam crítica dos números.
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Risco de Negócio:
Variabilidade da procura
Variabilidade de preços de venda – mercados com elevada concorrência têm grandes oscilações no preço.
Variabilidade do preço de custo;
Alavanca Operacional
Risco Financeiro » Vê-se no Balanço, não nos documentos contabilísticos.
Negócios com elevado peso dos custos fixos, maior risco de negócio.
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Métodos que utilizaFontes de informação que utiliza
Uma boa conjugação destes factores garante uma análise correcta, transparente, eficiente e com resultados.
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Os métodos utilizados estão concentrados na análise dos Rácios. É na leitura destes indicadores económico-financeiros que a análise vive. A análise histórica é um dos elementos que permite compreender a dimensão passada da empresa, mas sem garantias de futuro.
Construção de mapas previsionais: Balanço; DR; Mapa de Cash-Flow;
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Análise Financeira: processo, método baseado num conjunto de técnicas quantitativas com o objectivo de avaliar e interpretar a situação económico-financeira da empresa, com o intuito de saber:
Se devo investir na empresa em análise;Se devo conceder crédito;Se vou conseguir cumprir com o Estado;Se vou conseguir a sustentabilidade.
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Objectivos do Analista Financeiro:
Geral:
maximizar o valor da empresa.
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Específicos:
Determinação do valor da empresa para investimento. Ex: se a empresa tem condições para garantir o emprego, se tem condições para pagar impostos, etc.
As análises divergem, depende de quem as faz, apesar dos números serem os mesmos: para o credor, quanto mais capitais próprios melhor; para o accionista é o oposto.
Análise de Risco: só tem interesse se for previsional. Ex: Balanço e DR previsionais. É importante a determinação dos Cash-Flows Futuros.
Objectivos do Analista Financeiro:
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O analista dotado dos Rácios e Mapas previsionais poderá tirar conclusões relativamente às 4 dimensões necessárias para a análise da empresa:
RentabilidadeCrescimentoEquilíbrio/SustentabilidadeRisco
Funções do Analista Financeiro
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O analista Financeiro vai estudar a situação económico-financeira da empresa através de várias ferramentas:
Analisar a Rentabilidade dos Capitais Próprios e Alheios;
Analisar se há equilíbrio financeiro da empresa – liquidez (empréstimos, imobilizado, etc);
Analisar a sustentabilidade da empresa. Ex: verificar condições de crescimento;
Analisar o Risco.
Funções do Analista Financeiro
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Função FinanceiraValor Curto prazo:
Tesouraria (liquidez)
Gestão financeiraLongo prazo: Estrutura financeira
Risco (Solvência)
Objectivo da função financeira: evitar que haja insuficiência de recursos financeiros, criar valor, isto é, criar excedente financeiro que depois vai ser distribuído pelos sócios, dividendos.
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Com a análise Financeira tentámos antecipar Riscos
Variabilidade dos Resultados Operacionais
Se o Desvio Padrão for grande, o Risco é Elevado
Se o cash-flow tiver uma baixa variabilidade o Risco é baixo
Através
Funções do Analista Financeiro
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Informação
As fontes de informação são dados concretos e factuais que resultam do Balanço e da DR. Acessoriamente o mapa de Cash-Flows.
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Documentos de Análise Financeira
BalançoDemonstração de ResultadosMOAF
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Demonstrações Financeiras
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Balanço
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Balanço
Aplicações Origens
Activos Fixos
Existências
Activos Monetários(Créditos; Tesouraria)
Capital PróprioEmpréstimosDívida
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Activo Fixo
- Imobilizações corpóreas – activos tangíveis comoterrenos, edifícios, equipamentos, mobiliário, veículos, etc.
- Imobilizações incorpóreas – activos intangíveis comodespesas de instalação, direitos de propriedade industrial, despesas de investigação e trespasses.
- Investimentos financeiros – participações de capital, empréstimos concedidos e outros investimentosfinanceiros a médio e longo prazo.
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Activo Circulante
- Existências – inventários (stocks) de mercadorias ou matérias-primas
- Clientes – dívidas dos clientes da empresa
- Estado e Entes Públicos – dívidas de entidades públicas à empresa
- Disponibilidades – dinheiro em numerário, depósitos à ordem e aplicações financeiras negociáveis a curto prazo
- Outros devedores – outros créditos que a empresa detém para com terceiros
Balanço
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Já o passivo de uma empresa é constituído pelas seguintes rubricasfundamentais:
- Dívidas a Terceiros de médio e longo prazo – abrange todas aquelas dívidasexigíveis num prazo superior a um ano ·
- Dívidas a Terceiros de curto prazo – abrange todas aquelas dívidas exigíveisnum prazo inferior a um ano
O conjunto das dívidas (de curto ou de longo prazo) cuja natureza implicauma remuneração ao credor (o juro) para além do pagamento do montantedevido, designa-se “ passivo financeiro ”. Inclui as dívidas a instituiçõesbancárias,
empréstimos obrigacionistas, dívidas por contratos leasing, etc. Tanto podemser de curto como de médio/longo prazo.
Balanço
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O conjunto das dívidas que não têm uma naturezafinanceira designa-se “ passivo corrente ”, namedida em que decorrem da própria actividadeda empresa. Inclui os montantes devidos a fornecedores, ao Estado (impostos e outros) e outros débitos decorrentes da actividadeoperacional da empresa. Normalmente, o passivocorrente é de curto prazo (exigível a menos de um ano).
Balanço
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O capital próprio é constituído pelas seguintes rubricasprincipais:
Capital social – representa o valor das entradas emdinheiro dos sócios aquando da constituição da sociedadeou de um aumento de capital
Reservas – resultados acumulados ao longo de exercíciosanteriores
- Resultado líquido – resultado obtido no exercício a quereporta o balanço Demonstração de Resultados
Balanço
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Balanço
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Existências: é preciso construir um stock, nomeadamente constituído por produtos em curso de fabrico, produtos acabados e matérias-primas.
Na relação entre a entrada de matérias-primas e a saída de dinheiro, pode haver diferenças de tempo.
Prazo médio de Pagamento Prazo médio de Recebimento
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Activos monetários (Fundo de Maneio):
- créditos sobre terceiros- depósitos em bancos - tesouraria (dinheiro em caixa)- Investimentos- Títulos negociáveis
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Os activos monetários existem para resolver desequilíbrios entre a diferença de tempo de entrada e saída de dinheiro, ou seja, se houver um desajustamento do tempo das receitas de exploração com as despesas de exploração.
Se a empresa conseguir equilibrar os prazos de cobrança e os de pagamento não é preciso activos monetários, pois se tudo fosse garantido a empresa não precisava de dinheiro parado. Logo devido á incerteza é necessário que haja reserva de tesouraria.
Balanço
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O circuito financeiro é muito importante para uma empresa, mas é preciso ter em atenção o desfasamento do tempo.
Quem investe o capital próprio tenta-o receber quando for possível, para tal faz-se a periodização da vida da empresa (de tempos a tempos vê-se a situação da empresa) se deu lucro existe a possibilidade de tirar o seu lucro (faz-se isto em períodos anuais), mas pode-se resolver pela não distribuição dos lucros, então estes ficam em reserva:
EXEMPLO DA SOARES DA COSTA
Balanço
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Proveito – Custo = Lucro Demonstração de Resultados
Proveito ≠ Receita(só recebido)
Custo ≠ Despesa(só pago)
Podemos colocar 50% dos lucros em Reservas e 50% em Dividendos.
Enquanto não forem distribuídos os dividendos, aparecem no Balanço como Resultados.
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Realidade estática no final de um período (fotografia). Traduz o valor dos diferentes activos e responsabilidades da empresa, bem como a diferença entre ambas – Situação Líquida.
Ponto de partida para a compreensão de equilíbrio da empresa. Permite aferir até que ponto a empresa tem uma estrutura de capitais suficientemente robusta para sustentar os níveis de investimentos, financiamentos e distribuição de dividendos.
O Balanço dá-nos o grau de exigibilidade da empresa.
O Balanço sem a DR é insuficiente.
Balanço
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Valores Contabilísticos ≠ Valores de Mercado: sempre foi uma dificuldade da contabilidade, colmatada pelas IAS (international Accounting Standards).
Balanço
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Demonstração de Resultados
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Demonstração de Resultados
Registo de Fluxos de Proveitos e de Custos, independentemente da sua natureza.
Dá-nos a possibilidade de analisar as condições de crescimento da empresa –Análise de crescimento.
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- (+) Vendas e/ou Prestações de Serviços (líquidas de IVA).- (-) Custo das Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas – inclui o custo de aquisição de mercadorias (produtos acabados), bem como de matérias-primas, subsidiárias e de consumo.- (-) Fornecimentos e Serviços Externos – custos de produção que, ou não são incorporados directamente no produto final (electricidade, água, combustíveis, comunicação e publicidade, transporte, higiene e limpeza, etc.) ou são realizados por agentes exteriores à empresa (subcontratos, honorários pagos, etc.).- (-) Custos com Pessoal – remunerações e encargos conexos (pensões, Segurança Social, seguros, etc.).- (-) Impostos – inclui impostos diversos, sejam indirectos (IVA, Imposto de Selo) ou directos- (-) Amortizações – valor correspondente ao desgaste do imobilizado, em consequência da simples passagem do tempo (desgaste “expontâneo”) ou da sua utilização (desgaste “funcional”).- (-) Provisões – parcelas do resultado destinados à cobertura de riscos latentes, tratando-se portanto de valores estimados e ainda não concretizados.- (=) Resultado Operacional – é o resultado gerado pela empresa antes de considerados outros custos e proveitos não relacionados com a actividade principal da empresa.
Demonstração de Resultados
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- (+) Proveitos Financeiros – inclui juros e outros rendimentos financeiros (de títulos de participação e participações de capital, descontos de pronto pagamento obtidos, etc.).- (-) Custos Financeiros – inclui juros e outros encargos financeiros (remuneração de títulos de participação, provisões para aplicações financeiras, descontos de pronto pagamento concedidos, etc.).- (=) Resultado Corrente – resulta da soma do Resultado Operacional com o Resultado Financeiro, ou seja, das actividades com um carácter não extraordinário.- (+) Resultado Extraordinário – custos e proveitos com um carácter inesperado (sinistros, sobras, multas, dívidas incobráveis ou recuperadas, etc.) ou meramente pontual (resultantes, por exemplo, de mais ou menos valias decorrentes da alienação de imobilizado afecto ou não à exploração).- (=) Resultado Antes de Impostos – resultado sobre o qual irá incidir a taxa de imposto a pagar (IRC).- (-) Imposto sobre o Rendimento do Exercício – valor que resulta da aplicação da taxa de imposto.- (=) Resultado Líquido. Demonstração dos fluxos de caixa
Demonstração de Resultados
Análise Financeira
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Tradicionalmente as contas publicadas pelas empresasincluíam o Balanço, a DR e, eventualmente o Mapa de Origem e Aplicação de Fundos (MOAF). Hoje estedocumento perdeu importância relativa face àDemonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) ou mapa de tesouraria.
A grande diferença entre eles é que enquanto o MOAF coloca-se na óptica dos fundos circulantes (activos de curto prazo), a DFC foca-se exclusivamente nasdisponibilidades (caixa, depósitos e títulos negociáveis).
Demonstração de Resultados
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MOAF- Mapa de origem e aplicaçãode fundos
- (+) Resultado operacional (ver fórmula de cálculo na Demonstração de Resultados)- (+) Amortizações e Provisões- (-) Variação de créditos de curto prazo no período.- (-) Variação de existências no período.- (+) Variação do passivo operacional no período- (=) Fluxo Operacional de Tesouraria- (+) Resultados extraordinários (ver Demonstração de Resultados)- (+) Resultados financeiros (ver Demonstração de Resultados)- (-) Impostos sobre os lucros- (=) Fluxo Gerado de Tesouraria
- (+) Variação dos empréstimos obtidos (curto e longo prazo)- (+) Aumentos de capital por entrada de dinheiro- (=) Fluxo Líquido de Tesouraria
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MOAF- Mapa de origem e aplicaçãode fundos
Análise Financeira
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Análise da Rentabilidade
Relaciona Fluxos e Stocks;
Relaciona a DR e os Cash-Flows com o Balanço.
A análise de Risco pode ser observada no Balanço –Risco Financeiro – e na DR – Risco de negócio.
O crescimento não pode ser visto através do aumento dos activos, pois estes podem ser o resultado de uma reavaliação e não o aumento da capacidade da empresa em gerar fundos.
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Limitações dos Documentos Contabilísticos (preparados para a Contabilidade e a Auditoria) para a análise Financeira:
Enquanto que a Contabilidade tem um método baseado em custos históricos, o Analista Financeiro tem que identificar e corrigir os principais os principais fluxos (DR) e Stocks (Balanço). Ao analisar os documentos contabilísticos devemos ver todos os critérios que estiveram na sua base.
Diferentes critérios de valorimetria: na análise devemos utilizar os mesmos critérios todos os anos.
Uso do custo histórico e não do custo de Mercado.
Necessidades de fazer estimativas para o registo de algumas rubricas. Ex: Provisões para cobrança duvidosa.
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Tem um critério subjectivo, limitação pela subjectividade.
Pratica-se a depreciação, desvalorização do imobilizado, mas não se pratica a apreciação do mesmo.
Limitação da rentabilidade dos activos
Rubricas com valor “financeiro” que estão omitidas no Balanço. Édifícil a sua avaliação objectiva: valor humano; know-how; marca
Regras contabilísticas usadas apenas por questões fiscais, com pouco interesse para a análise financeira.
Limitações dos Documentos Contabilísticos (preparados para a Contabilidade e a Auditoria) para a análise Financeira:
Análise Financeira
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Não são à prova de fraude, mesmo os auditados. Pode haver falsificação e registos incorrectos.
A grande limitação é o facto de não serem mapas que perspectivam o futuro, mas históricos. Nada me diz sobre o futuro e risco, sobre o que vai ocorrer. Para a análise financeira é sempre incompleto.
A limitação do custo histórico seria colmatada com o cálculo do custo a preços de mercado.
Limitações dos Documentos Contabilísticos (preparados para a Contabilidade e a Auditoria) para a análise Financeira:
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