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8/19/2019 Anselmo de Castro volume IV Ónus Da prova
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F i mdapr ova
Comose al _cança
Regr ageral
r i am,el e,
( ar t . 351 do Cód. Ci v. ) . A f orça del as pode ser afas_
t ada por si mpl es cont r apr ova.
Secção VI I - ÓNUS DA PROVA
140. Pr ova
Ou at r avés de pr ovas com f or ça pr obat ór i a l e
gal ou pr ovas de l i vre apr eci açao, di z- - se que a pr o
va l ogr a o seu r esul t ado quando por mei o del a se de
monst r e a ver dade ou "a r eal i dade" (1) do f act o. Res
t a saber qual o "gr au de cer t eza" com que essa verda.
de ou a r eal i dade do f act o há- de ser consegui da. A
esse r espei t o, embor a sem def i ni ção pr eci sa, deve en
t ender - se que se encont r a demonst r ada a r eal i dade de
f act o desde que se at i nj a aquel e gr au de cer t eza que
as pessoas mai s exi gent es da vi da r ecl amam par a dar
como exact o um cer t o f act o (2) . É essa a posi ção em
(1) - Cf , , ar t . 341 do Cód. Ci v.(2) - Obj ect o da pr ova, par a CASTRO MENDES, nao se-
t odavi a, f act os, mas af i r mações de f act os, poi s, par a
pr ova é a ger açao de uma convi cção, e porque o conce_i
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que o j ui z se deve col ocar . Nao á, poi s, a cer t eza
absol ut a (1) que excl ui a possi bi l i dade de. o f ac
t o nao t er ocor r i do mas nao é a si mpl es pr obabi l i dj a
de da sua ver i f i cação ; é mai s al guma coi sa - uma prtD
habi l i dade f or t e ( 2) . Compet i r á à par t e cont r ár i a
pôr em evi dênci a essa possí vel mar gem de dúvi da que
possa subsi st i r .
E est e o gr au de cer t eza exi gi do par a t odos
os casos em que a deci são haj a de val er com ef i cáci a
t o de f acto é i ndet ermi nado.
Há, por ém, t eor i as ecl éct i cas par a as quai s t
t o das prova sao f act os e af i r mações. Par a VAZ SERF
embor a cer t o que o obj ect o da pr ova é uma repr esent aç
t el ect ual apr esent ada como cor r espondent e à r eal i dade
pr esent ação deve quant o possí vel t r aduzi r e coi nci di :
r eal i dade, assi m se expl i cando que a l ei di ga que s
" t em por f unção a demonst r ação da r eal i dade dos f actc
t a é a concepção cl áss i ca à qual se obj ect a di zendo :
sat i sf az quando se t r at a de pr ova l egal ; daí at é (nac
t e as t ent at i vas de aj ust ament o) que haj a quem ex d
mei os de prova, a conf i ssão e as pr esunções.
(1) - Quase i mpossí vel par a os f act os da vi dí
só possí vel no domí ni o das ci ênci as exact as.
(2) - "Um gr au de pr obabi l i dade t ão el evado) q
suf i ci ent e par a a vi da" ( VAZ SERRA, Pr ovas . 115) .
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de caso j ul gado. Par a out r as si t uações em que nao há
f or maçao de caso j ul gado, cont ent a- se a l ei com al
go que se si t ua ent r e a possi bi l i dade de o f act o t er
ocor r i do e a sua pr obabi l i dade, a si mpl es cr edi bi l i
dade (1) .
Assi m:
- nos pr ocedi ment o caut el ares, na pr ova de
j ust o i mpedi ment o, na posse j udi ci al avul sa, em que
se t oma por base a mel hor posse, nao se deci di ndo, po_
rém, sobr e a posse, na pr ova i nf or màt ôr i a da posse
i mpost a em embargos de t ercei r o, e, de um modo ger al ,
em t odos os pr ocedi ment os auxi l i ar es no pr ocesso de-
cl ar at ór i o.
Al i ás, da pr ópr i a f or ma at enuada que r evest e
nal gumas daquel as si t uações o pr i ncí pi o do cont r adi _
t ór i o, l ogo r esul t a a i nt enção de uma menor exi gên
ci a da l ei àcer ca da pr obabi l i dade da ocor r ênci a das
ci r cunst ânci as ou f act os j ust i f i cat i vos da concessãoda pr ovi dênci a sol i ci t ada.
(1) - Da- pr ova, como at r ás se def i ni u - i s t o é, como o
r esul t ado conducent e a um al t o gr au de ver osi mi l hança tal co
mo est e é exi gi do na vi da como suf i ci ent e para a f ormação du.
ma convi cção e como base de deci sões, sem que a possi bi l i da-
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141. Cont r apr ova ou- pr ova car r t râr i a
À par t e nao onerada com a pr ova do f act o ca
be, apenas, um ónus de cont r apr ova quando quei r a aba,
l ar a cer t eza em que o Tr i bunal t enha f i cado ou pos
sa f i car na r eal i dade do f act o at r avés da sua prova.
Vi sa, assi m, neut r al i zar a pr ova, " pr ova pr i nci
pal " , r epondo o j ui z no est ado de dúvi da ou i ncer t e
za i ni ci al ( convi cção negat i va) . Nao necessi t a de
per suadi r o j ui z de que o f act o em causa não é ver
dadei r a ( convi cção posi t i va) (1). Aqui r esi de, f un
dament al ment e, a di f er ença ent r e o ónus da pr ova e
o ónus da cont r apr ova. E que o ónus da pr ova só f i ca
sat i sf ei t o at i ngi do aquel e gr au de "pr obabi l i dade
f or t e" da r eal i dade do f act o enquant o o ónus da con
t r apr ova apenas exi ge que a par t e i ncumbi da r est abe; ^
l eça ng j ui z o "est ado de dúvi da" .
de de um er r o sej a absol ut ament e excl uí da - di st i ngue-pi es cr edi bi l i dade, j ust i f i caçao ou pr ova i nf ormat ór i et ..pr obabi l i dade exi gi da é menor ) e a suspei t a ( grau debi l i dade ai nda i nf er i or ao da j ust i f i cação) . - VA..Pr ovas . 116.
(1) - ANDRADE, Noções, 193.
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Noção
Cansa.gxação
l egal
142. Prowa.do cmrsitxájriLo e ESmmtiapro^a íim-
idí i reeta
Nem sempr e assi m acont ece, cabendo, por vezes,
à cont r apr ova a pr ova pr i nci pal ; sucede i st o nos ca
sos de pr ova do cont r ár i o e de cont r apr ova i ndi r ect a.
- pr ova do cont r ár i o
"A pr ova do cont r ár i o vi sa t or nar cer t o não
ser ver dadei r o um f act o j á demonst r ada, f or mal ment e,
por pr ova l egal pl ena" (1) . Sempr e que a pr ova pr o
duzi da t enha f or ça pr obat ór i a l egal ( pr ova documen
t al , por conf i ssão, pr esunções) , à cont r apar t e não
bast ar á a pr ova de ci r cunst ânci as que col oquem o j ul
gador "em dúvi da” , mas t erá de pr ovar a pr ópr i a não
ver i f i cação do f act o em causa no âmbi t o em que act ua
a pr ova l egal .
E est a a dout r i na hoj e obj ect o do consagr a-
çao l egal no ar t . 347 do Cód. Ci v. : "A pr ova l egal pi e,
na só pode ser cont r ar i ada por mei o da prova que mos,
t r e não ser ver dadei r o o f act o que del e f or obj ect o,
( l ) - ANDRADE, Noçoes, 193- 4
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sem pr ej uí zo de out r as r est r i cções especi al ment e de
t er mi nadas na l ei ", enquant o no ar t . 346 di spõe: "Sal ,
vo o di spost o no ar t i go segui nt e, à pr ova que f or pr a
duzi da pel a par t e sobr e quem r ecai o ónus pr obat ór i o
poda a par t e cont r ár i a opôr cont r apr ova a r espei t o
dos mesmas f act os, dest i nada a t orná- l os duvi dosos;
se o consegui r é a quest ão deci di da cont r a a par t e
oner ada com a pr ova" . Quer di zer , f or a do âmbi t o da
pr ova l egal e par a as pr ovas de l i vre apr eci ação, bas,
t ar á à cont r apar t e a si mpl es cont r apr ova.
- cont r apr ova i ndi r ect a
Rest a ver se esse pr i nci pi o deve ou nao compor ,
t ar uma l i mi t ação na cont r apr ova que pr et enda f azer - se,
nao di r ect ament econt r a o f act o a pr ovar ou dado como
pr ovado (o f acto i ndi ci ár i o base da pr esunção) - caso em
que bast ar i a sempr e a cont r apr ova nos t ermos i ndi cados-
mas se pr et enda f azer soment e at r avés dos f act os com
que i ndi r ect ament e e por nova pr esunção pr et enda i nva-
l i dar - se a pr ova pr oduzi da, (cont r apr ova i ndi r ect a) ,v.
g. , pr ova i ndi ci ár i a cont r a pr ova di r ecta, ou cont r a
pr ova i gual ment e i ndi ci ár i a (na base de i ndí ci os di
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f er ent es - cont r a i ndí ci os).
Exern
pi o
Pos i
ção de
ROSENBERG
Assi m, pr ovados, v. g. , os f actos i ndi ci ado-
r es da gr avi dade ci as of ensas (em acçao de di vór ci o) ,
t em o r éu da t or nar cer t a a exi st ênci a de cont r a-
- i ndí ci os qus i nval i dem tal r esul t ado; e assi m se
t ar a de pr oceder sempr e que se quei r a pr oduzi r pr ova
i ndi r ect a por cont r ai ndí ci os.
ANDRA- Est a d a posi ção de ROSENBERG (l ) a que so
^ opõem MANUEL DE ANDRADE e VAZ SERRA, ANDRADE (2) ne
ga est a di st i nção ent r e a cont r apr ova di r ect a e i n
di r ect a af i r mando que o ónus da cont r a pr ova di r ec
t a se mant ém o mesmo em t odos os casos: a par t e nao
t em que pr ovar posi t i vament e e a t i t ul o de prova pci n_
ci pal cont r ai ndí ci os que l ha sej am f avor ávei s. VAZVAZ
SERRA SERRA (3) acei t a a mesma cr í t i ca: a par t e nao dever á
(1) - ROSENBERG, Carga de l a pr ueba12 t r ad, esp. , 175.
(2) - MANUEL DE ANDRADE, Al gumas quest ões em mat é
r i a de i nj úr i as gr aves como f undament o do di vâr ci o, 1956, 34
e segs. ( 3) _ yAZ SERRA) Pr ovas, 115.
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ser sobr ecar r egado com a pr ova dos cont r a- i pdí ci os de
modo a que, se decai r nel a, a acção pr oceda não obs
t ant e nao exi st i r a cer t eza absol ut a da r eal i dade dos
i ndi ci os .
Par ece- nos pr ef er í vel a or i ent ação segui da p
por RDSENdERG poi s que sá i ndí ci os ou cant r ai ndí ci osad
t or nados cer tos, podem l ugi t i mamont e t omar - se par a ba
so duma concl usão do t r i bunal em cont r ár i o da j á r e
cebi da.
143.
Pr ova e cont r apr ova nao apar ecem escal onadas
ent r e si , embor a haj a um nexo l ógi co que, cr onol ogi
cament e, nao t em t r aduçao no pr ocesso; quer di zer , a
cont r apr ova pode sur gi r ant es mesmo de t er si do pr o
duzi da a pr ova. 0 aut or da cont r apr ova quer er á ent ão
11pr ecaver - se cont r a o sucesso da pr ova pr i nci pal " ( 1 )
ou desej ar á que o t r i bunal se convença do acer t o da
cont r apr ova. 1
(1) - I MI KI SCH, Zi vi l pr ozessr echt . § 842, I I , ci t .
VAZ SERRA, ’Pr ovas . 113.
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Noçãode AN.
DRADE
144. Ónus da pr ova
Quando, exi gi da a pr ova pr i nci pal , el a não é
f ei t a, ou é anul ada pel a cont r apr ova, o f act o t em- se
por i nexi st ent e com a consequênci a de nao poder ser
apl i cada a nor ma de cuj a hi pót ese const i t ui a pr es
supost o de apl i caçao. A causa t er á, poi s, de ser de
ci di da cont r a a par t e a quem a sua i nvocaçao apr ovei
t ava. Nao pode o t r i bunal se o f act o se t ornar duvi
doso abst er - se de deci di r a causa dei xando a quest ão
em aber t o. Ao "non l i quet " no domi ni o dos f act os, cqr
r esponde ou dever á sempr e cor r esponder um ’’l i quet "
j . ur í di co, G pr ocesso vi sa r esol ver def i ni . t i vam. ente
o l i t í gi o ent r e as par t es, evi t ando que a quest ão
possa vol t ar a pôr - se com pr ej uí zo del as e da pr ó
pr i a paz e segur ança soci al . Nest as condi çoes ao
t r i bunal á i mpost o o dever de j ul gar segunda a r egr a
do ónus da pr ova. Est a t r aduz- se, na f or mul ação de
ANDRADE (1) "para a par t e a quem compet e, no encar go
de f or necer a pr ova do f act o vi sado, i ncor r endo nas
desvant aj osas consequênci as de se t er como l í qui do o
f act o cont r ár i o" .
(1) - ANDRADE, Noç ões, 183.
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Mel hor que di zer " t er - se como l í qui do o f ac
t o cont r ár i o" ser á di zer - se "t er - se como i nexi st en
t e o f act o", a i st o porque se no mesmo f act o, agora sob
f or ma negat i va a cont r apar t e pr et enda f azer assent ar
qual quer pr et ensão em r econvenção e l he couber a es
se t í t ul o a pr ovaj del e, a pr et ensão i mpr oceder á i gual ,
ment e se nao f i zer a pr ova negat i va do f act o.
Par a t al si t uação num pr ocesso r egi do pel o
pr i ncí pi o da aqui si ção pr ocessual e i nqui si t ór i o do
t r i bunal quant o a pr ovas - como ent r a nós e na mai or
par t e das l egi sl ações nao i nt er essa, como é óbvi o,
o que a par t e t enha pr ovado mas o que se J nj aj a_j prova-
do sej a por vi a del a ou por vi a da cont r apar t e ou do
t r i bunal .
0 ónus da pr ova é, assi m, nao um- ónus subj ec,
t i vo mas um ónus obj ect i vo ou no di zer de ROSENBERG,
"ónus de aver i guação" . Por out r o l ado, em qual quer
pr ocesso ai nda que r egi do pel o pr i ncí pi o absol ut o da
of i ci al i dade, v. g. , no pr ocesso ci vi l , na j ur i sdi ção
vol unt ár i a, t em apl i cação a mesma r egr a de ónus da
pr ova, poi s, em t odos el es, pode a si t uação de i l i -
qui dez de qual quer f act o necessár i o à apl i cação do
di r ei t o vi r a ver i f i car - se.
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Neces_
si da-de
J ust i ,f i ca-çao
145. Di st r i bui ção do ónus da prova
Poe- se agor a o pr obl ema de saber sobr e qual , »
das par t es deve r ecai r o ónus da pr ova, i st o é, a de_
ci são desf avor ável do l i t í gi o, na hi pót ese de o f ac
t o em causa f i car i l í qui do.
É evi dent e que, em di r ei t o pr i vado, nao podi a
dei xar - se pesar sobr e o aut or , sem l i mi t ações, t odo
o encar go do ónus da pr ova. Se ao aut or f osse i mpos
t a a pr ova de t odos os f act os f undament ador es exi gi
dos pel a nor ma que cr i a o di r ei t o - f act os const i t u
t i vos0 -, e si mul t aneament e se l he exi gi sse o dá i n
exi st ênci a de qual quer f act o que i nval i dasse ou t or
nasse i nef i caz o di r ei t o, ou o modi f i casse, ou o ex
t i ngui sse - f actos i mpedi t i vos, modi f i cat i vos, ou ex
t i nt i vos ~, i st o é, que o seu di r ei t o nao só nasceu
como- subsi st e nao poder i a o aut or consegui r na mai o.
r i a dos casos a ■concr et i zação da sua pret ensão i mpas,
si bi l i t ando- se, assi m, a r eal i zaçao do pr ópr i o di r ei
t o obj ect i vo.
Nem podi a t er a menor j ust i f i cação que assi m
f osse se se pensar que no pr ocesso se nao pr ovam di
r ei t os mas apenas f act os: a exi st ênci a do di r ei t o é
uma si mpl es consequênci a da exi st ênci a das el ement os
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t í pi cos da nor ma f undament ador a do di r ei t o e da au
sênci a dos el ement os t i pi cos de nor mas i mpedi t i vas< *- - - —
ou ext i nt i vas que concor r am na hi pót ese. Donde r esul
t a que pr ovados os f act os que i nt egr am a nor ma f un-
dament ador a i mpoe- se ao j ui z, sem mai s, deduzi r de
l a □ nasci ment o do di r ei t o e com el e a sua exi st ên
ci a pr esent e se nao sao apresent ados e pr ovados f ac
t os t í pi cos duma nor ma cont r ár i a i mpedi t i va ou ext i n
t i va. qua l he per mi t em concl ui r que o di r ei t o não pô
de nascer ou se ext i ngui u. Est es, em caso de ddvi da,
t er ão de haver - se como i nexi st ent es, t al como di zemos
quant o aos f act os que const i t uem os el ement os da nor
ma f undament ador a ( l ) .
Podi a, na sol ução do pr obl ema, pensar - se num
cr i t ér i o que dei xasse ao ar bí t r i o do j ui z deci di r con_
t r a uma ou cont r a out r a das par t es. E em cer t os ca
sas par a aí t ende a l ei . Assi m é no di r ei t o ger mâni co
nos casos da r esponsabi l i dade ci vi l , em que par a a pr o
va dos seus pr essupost os o t r i bunal deci de na base
(1) - Cf . ROSENBERG, Der echo Pr ocessuai s
I I , 226.
Cri tj é
r i o de
di st .
Out r o
cr i t jé
r i o
Di t 2.
Al e
mão
Ci vi l ,
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Entrenâs
Ful cro
do pr o
bl ema
Nor mas
const . j
modi f .
e
ext i nt .
Nor mas
i mped.
de uma pr ova ' ' pr i ma f aci e". E, ent r e nós, quant o à de.
t err ni naçao do mont ant e da i ndemni zação do dano com
put ado segundo a equi dade. A verdade, por ém, ê que
f or a esses casos ou out r os especi ai s t al cr i t ér i o i m
pl i car i a gr ave r i sco de cer t eza e segur ança soci al .
0 pr obl ema da di st r i bui ção do dnus da pr ova
ent r e as par t es não é, assi m, senão um pr obl ema de apl i
cação de., di rei to. . El e t r aduz- se em det er mi nar quai s os
el ement os ver dadei r amei t e const i t ut i vos da nor ma f un-
dament ador a do di r ei t o i nvocado em j uí zo o os que, es
t ando j á f ora del a, const i t uam el ement o de uma norma
que se l he oponha - cont r anor ma ( i mpedi t i va ou oxt i nt i -
va) , deci di ndo cont r a a par t e a quem. i nt er esse no pr o
cesso a apl i cação da norma const i t ut i va ou da cont ra,
nor ma (1) .
0 pr obl ema não of er ece, em r egr a, di f i cul da
des de mai or quant o à di st i nção ent r e nor ma f undamen,
t ador a ou const i t ut i va do di r ei t o e nor ma modi f i cat i .
va ou ext i nt i va, vi st o est a pr essupor um di r ei t o j ánasci do e ef i caz. Quant o às nor mas i mpedi t i vas o prg.
: -V-" ol ema r evest e- se da mai or di f i cul dade na medi da em que ón
t er essam ao pr opr i o nasci ment o do di r ei t o, e os f actos
r espect i vos que a const i t uem sao concomi t ant es com
( D - supr a. I I I , 347- 50.
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ment e desi gna com cl areza a si gni f i cação do f act o na
norma, como t odos os demai s el ement os.
Temas
prob.
f i xos
I nerên,
ci a à
nor ma
mat e
r i al
Apl i c .
da r e
gra do
O. P. no
t empo
e no es_
paço
Como consequênci a dest a i dei a depar amos com
um ónus pr obat ór i o pr s- f i xado par a cada nor ma; os t e
mas pr obat ór i os sao f i xos e nao var i ávei s consoant e
a posi ção que as par t es assumam em j uí zo; quem i nvo
ca um di r ei t o t em de pr ovar os f actos const i t ut i vos
do seu di r ei t o. Uma vez est es pr ovados, cumpre à ou
t r a par t e pr ovar os f act os i mpedi t i vos ou ext i nt i vos
do di r ei t o que a par t e adver sár i a i nvoca. Quer i st o
di zer que o ónus da pr ova apar ece como i ner ent e à pró.
pr i a nor ma j ur í di ca a apl i car , devi dament e i nt er pr e
t ada. E est a ci r cunst ânci a t emde ser t omada em cont a
na apl i caçao no t empo e no espaço da l ei r egul adora
do ónus da pr ova. Assi m, será apl i cada em cada caso
a l ei vi gent e no moment o do nasci ment o da r el ação j u_
r í di ca cont r over t i da, como ser á de apl i car a r egr a
do ónus da pr ova da l ei i nt ernaci onal ment e compet en
t e par a r egul ar a r el ação j ur í di ca em di sput a.
Do que se di sse, se concl ui , porém, que não
há por nat ur eza f act os const i t ut i vos, i mpedi t i vos ou
ext i nt i vos. Ser i a, por i sso, er r óneo dar i nvar i ável .
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ment e a um f act o uma ou out r a nat ur eza. 0 que par a um
di r ei t o ou no domí ni o de uma r el açao j ur í di ca é f ac
t o i mpedi t i vo, par a out ro, bem pode ser f act o consti _
t ut i vo. É, poi s, à r espect i va nor ma ou nor mas apl i cá
vei s e só a el as, que há que atender. Ass i m, mai s do
que f act os const i t ut i vos, i mpedi t i vos ou ext i nt i vos
se deve f al ar de nor mas const i t ut i vas, i mpedi t i vas ou
ext i nt i vas .
Do expost o r esul t a:
- Nao i nt er essara, na det ermi nação do dnus da
pr ova, a mai or ou munor f aci l i dade da pr ova do f act o
um causa por uma ou out r a das par t es. Tal consi der a
ção ser á uni cament e r el evant e no pl ano da apr eci ação
das pr ovas pel o j ui z, na f or maçao da sua convi cção
mai s ou menos exi gent e consoant e os casos, pl ano j á
super ado no momont o da deci são da causa segundo a r e
gr a do dnus da pr ova. Tal so i nt er essar á par a o l s-
gi sl ador , na conf or mação das normas e por consegui n
t e como el ement o possí vel de i nt erpr et ação da l ei mas
nunca como el ement o deci si vo.
'■ Nao se di ga que será essa a r azão de, nas ac- i
çoes de si mpl es apr eci açao negat i va, ao aut or apenas
compet i r a pr ova dos f act os i mpedi t i vas e ao r éu a
I \
c
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122
Fact os
negat i
vos
pr ova dos f act os const i t ut i vos. A r azao é out r a: éque nàs acções de si mpl es apr eci açao negat i va o t i t u
l ar da j cret ensâ r el açao j ur í di ca éu o r éu. l ogo a es
t e caber á a pr ova dos f act os const i t ut i vos de, seu di _
r ei t o segundo o pr i ncí pi o geral , e nao pel o f act o de
ser demasi ado oner oso par a o aut or t er de a negar e pro_
var um por um, t odos os possí vei s f act os const i t ut i
vos do di r ei t o i nvocado pel o r éu (1) .
- Também nao há que at ender à di f i cul dade
cr i ada pel a pr ova de f act os negat i vos; essa consi de
r ação é i r r el evant e par a quem i nt er pr et a e apl i ca o
di r e i t o . Pel o cont r ár i o,j á o nao ser á para o l egi sl ador
que t endo em cont a essa di f i cul dade di spensa, em r e
gra, a prova de f actos negat i vos. Mas nao f al t am ex-enr
pl os em cont r ár i o:
- ext i nção de uma ser vi dão por nao uso;
- r epet i ção do i ndevi do (o aut or t er á de
pr ovar a i nexi st ênci a da dí vi da) . Nao há poi s l ugar
à apl i caçao do af or i smo "negat i va non sunt pr obanda"
( 2) . Repare- se que nao er a com est e si gni f i cado que
(1) - Vor , t odavi a, ANDRADE, Np. Qoes. 190.
(2) - Cf , VAZ SERRA, Pr ovas. 64. '
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est e pr i ncí pi o er a ent endi do t r adi ci onal ment e, embor a
o si gni f i cado que l he era at r i buí do t ambém não sej a
de acol her . Pr et endi a- se com est e af or i smo que a pro.~ .#
va cabi a a quem al egava e nao a quem negava.
- Fi nal ment e nao i nt er essa ai nda por quem é
al egado o f act o. 0 õnus da al egaçao é det er mi nado pe_
l o ónus da pr ova e nao est e pel o pr i mei r o (1) . É de
acor do com a sua r epar t i ção ou di st r i bui ção ent r e as
par t es que se def i ni r á a causa de pedi r ou os el emen
t os do f act o necessár i os para que el a se consi dere de.
vi dament e f or mul ada, i st o á, cumpr i do o diraus da al ega
çao do aut or , e por sua vez se def i ni r á o âmbi t o do
o' nus de al egaçao em cont r aposi ção e di st i nt o do que
s o âmbi t o do onus de i mpugnação.
Assi m & por ésta vi a que se daf i ni i á a nat ureza*1
)■ •
(1) - Em al guns casos só apar ent ement e não éou o é mas apenas por necessi dade de evi t ar a i nconcldo pedi do. Assi m, v. g. no pedi do de r gsol ução do corsendo ao r éu que caber á pr ovar o cumpr i ment o ou o i ncment o nao cul poso e nao ao aut or o i ncumpr i ment o, nost er mos que na acçao em que se peça a condenação no cusrt o do cont r at o, deve o aut or par a concl udênci a do pedigar o i ncumpr i ment o.
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Nat u
reza
da de.
f esa
do
r éu
MI CHEL
LI
C ar ác
t er pro
cessualdo o. p.
da def esa do réu ( 1) , como i mpugnação ou como excep-
çao, especi al ment e se aquel e const i t ui negaçao mot i
vada ou excepçáo. O t r aço di st i nt i vo est á sm qus narex
cepçao est á em causa a i nvocaçao da uma copt r anor ma cu
j a apl i cação à cont r apar t e compete t or r ar cer t a, mas
que em si nao nega a ocor r ênci a da norma f undament a-dor a do di r ei t o, enquant o na negaçao mot i vada é negada
essa norma e o r espect i vo f act o const i t ut i vo e se di z
que const i t ui f act o j ur í di co_di st i nt o: v. g. no mu
t uo que o r áu di z ser doaçao.
E est a a posi ção de ROSENBERG, por nós adop-
t ada. Nao é t odavi a acei t e por numer osos aut or es, en
t r e as quai s Ml CHELLI , para quem a r egr a do ónus da
pr ova, em vez de consi der ar - se i ner ent e ao di r ei t o ma
t er i al , ser - l he- i a ext er na, pr ópr i a do di r ei t o pr oces
sual . Em f ace do di r ei t o pr i vado, não haver i a que di s
t i ngui r nor mas const i t ut i vas, i mpedi t i vas, ext i nt i vas cu
modi f i cat i vas; apenas t endo em cant a as necessi dades
do pr ocesso, J i al dct i co como â , sur gi r i a a di st i nção en.
(D - Cf., , III vol., 342 e segs.
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t r e f act os i mpedi t i vos e const i t ut i vos.
A r epar t i ção do ónus da pr ova dever i a, ass i m,
f azer - se consoant e a posi ção em que cada um dos su
j ei t os da r el ação mat er i al ss encont r a no pr ocesso( e
o ef ei t o j ur í di co concr et ament e pr et endi do) nao ha
vendo, por consegui nt e, t emas pr obat ór i os f i xos nos
t er mos em que se dei xar am i ndi cados, quer di zer , fac.
t os cuj a prova t enha de caber sempre ao mesmo suj ei
t o da r el ação j ur í di ca. Aquel a r epar t i ção é, poi s, de.
t er mi nada pel a posi ção da par t e ( Réu ou Aut or ) em r c
l ação à espéci e concr et a do pr ocesso, não em r el ação
à espéci e abst r act a l egal (l )
Est a i mpl í ci t a nest e modo de ver a i dei a
de que a posi ção do Aut or nunca pode equi pa,
r ar - se à do Réu, cabendo- l he sempr e um anus
pr i ma' r i o da pr ova, i nvocando- se uma r azão hi s.
t dr i ca segundo a qual os t emas pr obat ór i os
f i xos são pr ópr i os soment e dc- pr ocesses at r gsados, corno o germâni co (em que o "o' nus pr o-
bandi " per t enci a ao Reu) , e nao dos pr oces
sos moder nos ou mesmo do . própr i o pr ocesso
r omano (2).
Nest a l i nha, nas acções de decl ar ação negat i
(1) - Vi de MI CHELLI , Cor so Di Di r i t t o Pr oces-
sual e Ci vi l a. I I . Bl ss. MI CHELLI expr i me- se em t er mos*2
de nao mai or pr eci são qua os do t ext o,
(2) - Sobr e o pont o vi de- MI CHELLI , L' 0nexe de
l a Pr ova.
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Funda
ment o
da po
si çao
de Mi
CHELLI
va o ónus da pr ova per t encer i a, segundo MI CHELLI , ao
aut or. Ma acçao de cumpr i ment o de cont r at o a est e ca
ber i a t ambán pr ovar o i ncumpr i ment o quando pedi sse a
i ndemni zação ou r esci são r espect i va poi s o i ncumpr i
ment o é a causa de nova pr est açao ( i ndemni zação pel o
dano) que nao r esul t a j á di r ect ament e do cont r at o, e
nao quando pedi sse o cumpr i ment o especí f i co, caso em
que dada a di ver sa nat ur eza do obj ect o da acçao, t al
ónus r ecai r i a sobr e o r eu.
A mesma or i ent ação f oi ent r e nós segui da por
ALBERTO DOS REI S, MANUEL DE ANDRADE (1) e VAZ SERRA
(2), est e com al gumas r est r i cçoes.
MI CHELLI par t e de uma i dei a de que à l uz do
di r ei t o mat er i al nao há verdadei r ament e nor mas i mpe
di t i vas; est as sao par t e i nt egr ant e das nor mas cons
t i t ut i vas, nao aut ónomas, sal vo quando a l ei di ga pre.
ci sament e o cont r ár i o. E, por i sso, sar a sobr e o au
t or que, em pr i ncí pi o, r ecai r ao as dúvi das quant o à
const i t ui ção do di r ei t a, a menos que a l ei i ndi que
cl ar ament e ou por mei o de presunção que a prava da
norma i mpedi t i va cabe ao Reu. Assi m: 12
(1) - ANDRADE, ' Noções, 188.(2) - VAZ SERRA. Provas. 76.
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Enquanto para ROSENBERG, sol ução que
per f i l hamos, sao i mpedi t i vas ( l ogo, const i
t ut i vas de sxcepçao) as normas que det er
mi nam a i nval i dade do negóci o e. ó à par t e
•Ja r el ação j ur í di ca mat er i al que qui ser
i nvoca- l as que compet o,a pr ova, sej a r eu
ou aut or da acçap, para MI CHELLI a pr ova
da i nval i dade poder i a caber a uma ou out r a par t e da r- el açao mat er i al consoant e o
caso concr et o. Exs, :
- Numa acçao dest i nada à obt enção do
cumpr i ment o de um. cont r at o, compet i r á v.
g. ao i ncapaz pr ovar a sua i ncapaci dade;
nest e caso encont r am- se de acor do as duas
t eses em conf l i t o.
- J á numa acção de decl ar açao dc val i dade de um negóci o compet i r á - na t ese
de MI CHELLI - ao aut or e nao ao i ncapaz a
pr ova da capaci dade do out r o cont r aent e.
Tudo i st o der i va da i dei a - nao pr ovada - de
que nao t em si gni f i cado a di st i nção ent r e nor mas i m
pedi t i vas e const i t ut i vas, ol hando apenas ao di r ei t o
mat er i al . Mas i st o é uma pet i ção de pr i ncí pi o sem
ef i cáci a demonst r at i va.
Quem pr ocur e o cami nho l ógi co segui do na f or
mul açao das normas j ur í di cas aper cebe- se de que, em
pr i mei r o l ugar , o l egi sl ador di z qual a nor ma que cor
r esponde a cer t o pr essupost o - e a nor ma f i ca desde
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l ogo compl et a; mas, depoi s, na mesma di sposi ção l e
gal pr evê- se que as coi sas possam t er - se passado de
modo di f er ent e e nao se pode pr ovar que est e segundo
moment o sej a ai nda a mesma nor ma.
Sxnt e- Resumi ndo: o l egi sl ador começa por f or mul arse
uma "f at t i speci e" si mpl es' l i mi t ando o ef ei t o j ur í di
co cor r espondent e, à qual depoi s se seguem ,out r as,
mai s compl exas, cuj os ef ei t os sao di ver sos.
MI CHELLI nao pode f ur t ar - se, al i ás, aos mes
mos óbi ces que opoe a uma di st r i bui ção do ónus da pro
va f i r mada úni cament e na l ei ou na norma a apl i car .
Poi s a assa mesma norma recor re, el e, coj no nao podi a
dei xar ds ser , no moment o segui nt e ao da consi der a
ção da posi ção da par t e e do ef ei t o j ur í di co pr et en
di do. Nesse moment o i mpõe- se- l he det er mi nar i gual men,
ment e que pressupost os sao necessár i os par a o ef ei t o
j ur í di co em cgusa e quai s os que o não_si o. A di f i
cul dade nao f oi r esol vi da, mas apenas desl ocada para
post er i or moment o.
146. 0 ónus da pxova no Cád. Civ.
Vej amos a posi ção assumi da no Cód. Ci v. sobr e
128
a mat ér i a.
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129
Começa pax decl ar ar - se no n2 1 do ar t . 342:
"Àquel e que i nvocar um di r ei t o cabe f azer a pr ova dos
f act os const i t ut i vos do di r ei t o al egado". E o ns 2
cont i nua: "A pr ova dos f act os i mpedi t i vos, modi f i cat i ,
vos ou ext i nt i vos do di r ei t o i nvocado compet e àquel e
cont r a quem a i nvocaçao é f ei t a".
E, assi m, i nequí voca a l ei no sent i do de l an,çar sobre a cont r apar t e o ónus da pr ova dos pressupôs,
t os da nor ma i mpedi t i va e no de consi derar i r r el evan.
t e a posi ção das par t es no processo, e de apenas aten,
der à sua posi ção na r el açao mat er i al . Cl ar ament e o
most r a o ar t . 343, 1: "Nas acções de si mpl es apreci a,
ção negat i va compet e ao r éu a prova dos f act os cons-
t i t ut i vos do di r ei t o que se ar r oga"
Mas a l ai no n2 3 do ar t . 342, vem, em cer t a
medi da, compr omet er a coer ênci a do si st ema ao di spor
no n2 3 do art . 342, di sposi ção que não const ava do
Ant epr oj ect o de VAZ SERRA: "Emcas o de dúvi da, os f ac
t os devém ser consi der ados como const i t ut i vos ds di
r ei t o". Consagr ou- se, t odavi a, a dout r i na que MANUEL
Sol u
ção le,
gal
Consa-
gr açao
da t e
se de
ROSENBERG
Consa-
gr açao
da t ese de
MI CHELLI
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DE ANDRADE (1) , pr opõe sempre que surgi ssem dúvi das
na qual i f i caçao de um f act o como const i t ut i vo ou i m
pedi t i vo (2).
Tal di sposi ção conduzi ra' pr àt i cament e à su
pr essão da cat egor i a das nor mas i mpedi t i vas.
Cr í t i ca Os t er mos em que se encont r a r edi gi do o n12 3
do ar t . 342 l evar ão, em r egr a, o j ui z a segui r o ca
mi nha mai s f áci l no caso de t er dúvi das sobr e se cer.
t o f act o & const i t ut i vo ou i mpedi t i vo, t endendo a con
si dor á- l o const i t ut i vo sem gr andes i ndagações e a ro_
sol ver , ass i m, normal ment o, cont r a a par t o que i nvocaum di r ei t o. 0 si st ema do ónus da pr ova pr econi zado
nos numer os ant er i ores podo vi r , dest a f or ma, a ser
sèr i amont e compr omet i do, ja' que a di st i nção ent r o faç.
t os const i t ut i vos a i mpedi t i vos, a pr ópr i a aut onomi a/
dest es, apar oes gr avemant e ameaçada. E, no f undo, o
r econheci ment o da t oso de MI CHELLI .
(1) - De acor do, de cer t o modo, com MI CHELLI e sobr e
t udo com a t eor i a negat ór i a segui da por par t e da dout r i na al e,
mã cont r a a t eor i a excepci onat ór i a que, em caso de dúvi da,
oendi a par a qual i f i car o f act o como i mpedi t i va, i st o é, comoexcepçao. Cf r . ANDRADE, Noçoes» 193, nota (2).
(2) - ANDRADE, Noções , 187, not a (3).
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Um dos pr obl emas, cuj a sol ução poder i a f or ne
cer - nos al gumas i ndi cações sobr e a exact a posi ção as.
sumi da pel a l ei , é o da pr ova da condi ci onal i dade do
cont r ato, quando se. susci t am dúvi das sobr e a exi st ên
ci a ou i nexi st ênci a da condi ção. 0 Cód. Ci v. abst eve-
- se de t omar posi ção sobr e o assunt o.
Est á à mar gem do probl ema o ar t . 343, 3: "Se
o di r ei t o i nvocado pel o aut or est i ver suj ei t o à con
di ção suspensi va ou a t er mo i ni ci al , cabe- l he a pr o
va de que a condi ção se ver i f i cou ou o t ermo se ven
ceu; se o di r ei t o est i ver suj ei t o a condi ção r esol u-
t i va ou a t er mo f i nal , cabe ao r éu pr ovar a ver i f i ca
ção da condi ção ou o venci ment o do pr azo" . A di sposi
ção supoe j á pr ovada a condi ci onal i dade do cont r at a,
e a quest ão qus resol ve nunca susci t ou cont r ovér si a.
0 pr obl ema est á em saber se, no caso de duvi da ser á o
aut or a pr ovar que o negoci o é puro ou o r eu a pr o
var a sua condi ci onal i dade.
Como probl ema- t est e que nos chama j ust ament e Ps
à essênci a do ver dadei r o cr i t ér i o da r epar t i ção do
ónus da pr ova f ar - l he- emos r ef er ênci a especi al .
A si t uaçao é est a: ambas as par t es est ão de
acor do em que o negóci o se r eal i zou e as>. vi ncul ou,
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Sol u
ção
J ust i
f i ca
ção
Out r as
r azoes
mas o r éu opoe que o f ez condi ci onal ment e, quer di
zer , o r éu, com a al egaçao da cpndi ci onal i dade, só em
concr et o se opoe ao negóci o i nvocada mas abst r act a-
ment e admi t e que el e se f ez e que se vi ncul ou. Nao
se t r at a da si t uação de o r éu opôr que as par t es nao
chegar am a r eal i zar o negóci o por est ar em em desacor ,
do quant o à sua suj ei ção a condi ção.
Or a, at endendo a quo á om abst r act o quo o dnus
da pr ova t om de ser consi der ado, vi st o quo o j ui z nao
t em mei o do sabor como na r eal i dade as coi sas se pas.
sar am, ver i f i cados os f act os que, sagundo a l ei , sao s,y_f i ci ont es par a a r aal i zaçao do um cont r at o, d sobr e o
r éu que dever á pesar o car go da pr ova da condi ci ona-
l i dade do negóci o e nao sobr e o aut or a da sua i ncon,
di ci onal i dade.
Out r as consi der ações de porme
nor apont am, na hi pót ese, . para a mes
ma sol ução: - a sempr e ambí gua nature
r a da condi ção como suspensi va ou r e-
sol ut i vs e nao haver dúvi da de que a
pr ova dest a compet e ao devedor .
- a pat ent e i r r el evânci a, pa
r a o r econheci ment o do di r ei t o, da i n-
condi ci onal i dade, se. o r éu a nao al e
ga na sua def esa. Nao se vê, al i ás, por ,
que haj a de di st i ngui r - se a caso dasdemai s condi ções i mpedi t i vas do di rei .
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t o que l he per t ence provar .
Semel hant ement e, e sem af r ont ar a quest ão de
nat gr cza do negdci o, como pur o ou a pr azo, o ar t , 343}
2 l ança sobr e o r éu, e nao sobr o o aut or , a pr ova do o
pr azo j á t er decor r i do nos casos do acções a pr opor
dent r o de cer t o pr azo, quando est e começa a cor r er sá
a cont ar da dat a em que o aut or tove. conheci ment o de
cer t o f act o. Tr at a- se do um f act o ext i nt i vo, a caduci _
dade do di r ei t o, e quando se t r at a de caduci dade con
venci onal mui t o se apr oxi ma da hi pót ese da condi ci o-
nal i dade do nogdci o.
Not e- se, por ém, que a l ei nao é compl et apoi s
pr evê só a caso do pr azo decor r ent e apenas do co
nheci ment o do aut or ; quando decor r a di r ect ament e da
dat a do cont r at o ( dat a que não const e do document o) a
sol ução l ógi ca t er á de ser a mesma: sobr e o r éu r e
cai r á "a si mi l e" a pr ova da dat a do cont r ât o.
14T. ' Modi f i cações l egai s e convenci onai s da
r epar t i ção do ónus da pr ova
A r epar t i ção nor mal do ónus da pr ova pel as
par t es sof r e os desvi os que r esul t am da apl i cação do
di spost o nos ar t s. 344- 45 do Cód. Ci v.
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134
I nver
são
conven,
ci onal
Assun
ção es^pont â-
nea do
o. p.
I nver t e- se o ónus da pr ova:
- quando há pr esunção. , l egal , di spensa
ou l i ber ação do ónus da pr ova;
- havendo convenção vál i da nesse sent i do;
- quando por cul pa da par t e cont r ár i a se
t orna i mposs í vel a prova ao oner ado.
A i nver são do ónus da pr ova com uma conven
ção ( ar t . 345) , exi ge, por ém, que se t r at e de di r ei t a
di sponí vel e que se não t or ne excessi var nunt e di f í ci l
a uma das par t es o exer cí ci o do di r ei t o, l i mi t es es
t es i mpost os pel a i r r enunci abi l i dade dos di r ei t os
i ndi sponí vei s e por a i l i ci t ude da convenção da r e
núnci a ant eci pada de di r ei t os i ndi sponí vei s, f r e-
quent smunt e r esul t ar de dol o da cont r apar t e. 0 pri n.
cí pi o r egr a da val i dade da convenção vem corr obor ar
o car áct er essenci al ment e mat er i al da r egr a do onus
da pr ova.
Di scut e- se se a assunçao espontânea do onus da
pr ova pel a i ni ci at i va da pr ova pel a par t e nao oner a-
r ada const i t ui r á caso de i nver são do ónus da pr ova a
j unt ar aos r est ant es.
A sol ução . af i r mat i va, mui t o segui da na j úr i s
pr udênci a i t al i ana mas r epel i da pel a quase t ot al i da
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de da dout r i na, não é de acei t ar e só poderá admi t i r
- se quando acompanhada de expr essa vont ade dessa i n
ver são que al i ás r esul t ar i a no caso nao de convenção
mas de act o uni l at er al .
148. %l ÜJ Eaçri i es3 da regara di st xÜKut i wa dra
onus da pnnwa
- Nas acções de ef ect i vacáo de di r ei t os com
base em decl ar ação negoci ai cont r at ual ou uni l at er al
caber á ao aut or a pr ova dos pr essupost os evi gi r i no por
l ei par a a const i t ui ção do seu di r ei t o; mas nada mai s
l he cumpr e pr ovar par a o exer cí ci o dos seus di r ei t os,
v. g. cumpr i ment o coer ci vo da. obr i gaçao di r ect a ou i n
di r ect a. I st o nas obr i gações de. pr est açao posi t i vg ôr
que eo r su cumpr e pr ovar o cumpr i ment o (l ) nunca ao Au
t or caber a pr ovar qual quer f act o que sa l he r ef i r a,
quer peça o cumpr i ment o especí f i co, quer o cumpr i men.
t o por equi val ent e ( i ndemni zação da dano) quer a res
ci são. Ao r éu compet e pr ovar que cumpr i u ou nãa cum
pr i u l egl t i mament e.
Quant o à i ndemni zação do dano, cl ar o que, ao1
(1) - Cf . ar t . 799, 1 do Cód. Ci v.
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136
Respon_
s ab. ej ç
t racon.
tratuáL
aut or caber á a pr ova da causal i dade e do mont ant e do
dano.
Se a obr i gação é de pr est ação negat i va, o i n
cumpr i ment o apar ece ent ão como a causa di r ect a do ddL
r ei t o ( que at é ai nao t i nha sur gi do) e por i sso é ao
aut or que cabe pr ová- l o, j á que f az par t e da r espec
t i va nor ma f undament adora ou const i t ut i va.
- Nas accoes por r esponsabi l i dade ext r acon-
t r at ual f azem agor a par t e da norma f undament ador a do
di r ei t o à i ndemni zação r equi si t os a pr ovar pel o au
t or que nao se ver i f i cam na r esponsabi l i dade cont r a
t ual . Cabe assi m, ao aut or a pr ova do f act o, a pr ova
da sua i l i ci t ude, da cul pa (l ) - sal vo os casos do
r esponsabi l i dade obj act i va - al em do nexo do causa
l i dade o do dano.
Par a f aci l i t ar a posi ção do aut or , a pr ova
pr i nci pal desses f act os que, segundo a r egr a ger al ,
se i mpoe f azer , é di spensada no di r ei t o e dout r i na
est r angei r as e subst i t uí da pel a pr ova " pr i ma f aci e"
ou de pr i mei r a aparênci a especi al ment e quant o a cul - 1
(1) - Cf . o ar t . 487, 1 do Cód. Ci v.
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pa e ao dano, v, g, no di r ei t o al emão,
Nao par ece possí vel , por ém, sem di sposi ção e,
pr essa, essa sol ução como sol ução de pr i ncí pi o. Tantc
quant o se pode di zer é que o j ui z no pl ano da apr eci
çao da prova pode t omar essa prova "pr i ma f aci e" comcpr ova suf i ci ent e por pr esunção. Todavi a mesmo no nos
so di r ei t o al go de semel hant e se vem a dar quant o l
pr ova cio mont ant e do dano: t ant o agor a pel o CoTi i gc
Ci v, como j á ant er i or ment e pel o Cod. do Pr oc. Ci v.
sua l i qui dação nao é f ei t a segundo as r egr as est r i e™
t as do dnus da pr ova que dever i a r esol ver as duVi das
sempr e cont r a o aut or , mas segundo a equi dade. Tal e o
que si gni f i ca a di sposi ção que per mi t e r el egar par a
o Paso uxecuei va o ai ser l i qui dado o dano por deci
são ar bi t r ai , sempr e que o t r i bunal nao di sponha dos
necessár i os el emont os de f acto.
- Nas acções de r ei vi ndi cação, a causa do pe
di r e especi al ment e compl exa para o aut or , j á que er
t r e el e e o r éu nao ha r el ações pessoai s. Cabe ao au
t or a pr ova do seu di r ei t o de pr opr i edade e par a t alnao l he bast a o t í t ul o t r ansl at i vo, t endo que demons
t r ar pel as sucessi vas e ant er i or es t r ansmi ssões do pré
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Acções
negat_ól i as de
Di r .
r eai s
di o, e pel a posse, que se deu a sua aqui s i çao por usu_
capi ão, que em dl t i ma anál i se ser á o ver dadei r o f ac
t o const i t ut i vo do di rei t o.
- □ pr obl ema das acções de si mpl es apr eci a
ção negat i va j á f oi ver sado (1) . Del as sao exempl o,
ent r e out r as j á r ef er i das as acções negat ór i as de di
r ei t os r eai s l i mi t ador es da pr opr i edade, v. g. as ac-'
çõss negat ór i as de ser vi dão.
Sempr e que nao i nt er f i r a na apl i caçao da r e
gr a ger al a posse do r éu, que, como t al , é pr esunção da
exi st ênci a do di r ei t o, ao aut or , conf or me aquel a r e
gr a, nao compet i r á pr ovar senão os f act os i mpedi t i
vos ou ext i nt i vos dos f actos const i t ut i vos do di r ei
t o do r éu a al egar e a pr ovar excl usi vament e por este.
Ao aut or (2) compet i r á apenas a12demonst r ação
do seu i nt er esse em agi r e da sua l egi t i mi dade e, por
i sso, a pr ova da propr i edade quando event ual ment e o
r éu a cont est o.
(1) - Cf . s upr a, pág. 121- 2.
(2) - Cf . Adi t . , 44.
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- Na aecao de i nvest i gação de pat erni dade i l e- Acçãode
qriintE P03-33 durante la rg o tem po,o problema de saber^ i nv.
se ao aut or compet i a pr ovar , al émdas condi çaes de ad_ de peí ,
mi ssi bi l i dede da acçao, a pr ocr i ação e a f i del i dade r l eg»
da mae durant e o per í odo concepci onal . A sol ução en
t ão def endi da pel o Pr of . PI RES DE LI MA e acol hi da em
Assent o const a hoj e dos ar t s. 1860 a 1B66 est ando i n_
cl uxdos nos f act os const i t ut i vos do di r ei t o do aut or ,
não só as condi çoes de admi ss i bi l i dade da acção, mas
t ambém aquel e f act o da f i del i dade da mul her no perl o,
do concepci onal .
A t r adi ci onal expr essão "except i o pl ur i um"
que t r aduzi a j ust ament e a i dei a cont r ár i a de i nf i de
l i dade como f act o i mpedi t i vo per de, ass i m, a sua aceo,
ção pr ópr i a (1) .
- Par a a i mpugnação da pat erni dade l egí t i ma I mpu-
r ege o ar t . 1816. A exi gênci a do nasc i ment o dent r o 9na5aoda pat .
dos 180 di as post er i or es ao casament o é a nor ma f up- l egi t .
dament ador a do di r ei t o do aut or ; j á as al í neas "a), b)1
(1) - Obser ve- se a def i ci ent e f ormul ação da l ei no
ar t . 1866 do Cód. Ci v. que opoe condi çoes de admi ss i bi l i dade
( que são mér i t o) ao pr ópr i a mér i t o.
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Acção
de des.
pej o
e c) do n2 1 sao normas i mpedi t i vas a i nvocar pel o
r éu e de que só est e t em o ónus da pr ova.
Aqui a nat ur eza i mpedi t i va dessas normas a-
pr esent a- se em t oda a sua ni t i dez,
0 n9 2 nos f act os que prevê é um exempl o de
cont r anor ma àquel as nor mas i mpedi t i vas de que compe
t i r á j á ao aut or a pr ova, pr ovada a apl i cação da nor
ma i mpedi t i va r espect i va.
E sao mui t as as hi pót eses em que as nor mas
nos podem apar ecer nessa sucessão de nor ma e cont r a
nor ma dest a, como a prescr i ção, com as suas causas sus,
pensi vas ou i mpedi t i vas, e as causas que, por sua vez,
el i dam a apl i caçao dest a, f enómeno que por out roster .
mos se expr i me pel as f ór mul as f act o const i t ut i vo, e^
cepção, cont r a- excepçao, excepçao à cont r a- excepçao, et c.
- Mai s- um exempl o se vai dar ai nda f r i sant e
do f act o ou norma i mpedi t i va mar cada por cer t a ambi
val ênci a por suscept í vel , t ambém, de cer t o modo, de
qual i f i car - se como nor ma const i t ut i va: a acçao de des
pej o. Ps ar r endament os par a habi t açao não caducam, por
mor t e do ar r endat ár i o' quando a est e sobrevi va cônj uge,
parent e ou af i m em l i nha r ecta, que com el e convi ves.
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sem, pel o menos, há um ano - hi pót ese pr evi st a no art .
1111.
J ã a f or ma negat i va da di sposi ção "o arrenda,
ment o não caduca se", segui da de i ndi caçao daquel as
pr essupost as, i ncul ca que se est á aí a r egul ar um di .
r ei t o que se quer conf er i r a pessoas nao l i gadas ao
ar r endament o, di r ei t a por i sso que nao deve ser r e
conheci do se os seus pr essupost os se nao ver i f i car am
na í nt egr a. Par a al ém di sso, por ém, e no mesmo sent i ,
do»est á a ci r cunst ânci a de o sucessor ou o cess i oná
r i o do di r ei t o t er de pr ovar os r espect i vos f act os
da sucessão e cessão e de depender do t i t ul ar desses
di r ei t os exer cê- l os ou nao.
- A venda de coi sa al hei a, de bens oner ados
ou de coi sa def ei t uosa - cf . ar t . 892, 905, 913 e
914 - of er ecem um novo campo de exper i ênci a na apl i -
caçao da r egr a di st r i but i va do ónus da pr ova.
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