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Eduardo Anselmo de Castro Pedro Mariano Pego Helena Correia Pinto Álvaro Castro Jardim Fórum sobre o Emprego Docente Lisboa, 30 de Janeiro de 2008 Perspectivas sobre a formação de professores e o desemprego docente

Eduardo Anselmo de Castro Pedro Mariano Pego Helena Correia Pinto Álvaro Castro Jardim Fórum sobre o Emprego Docente Lisboa, 30 de Janeiro de 2008 Perspectivas

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Eduardo Anselmo de CastroPedro Mariano PegoHelena Correia PintoÁlvaro Castro Jardim

Fórum sobre o Emprego DocenteLisboa, 30 de Janeiro de 2008

Perspectivas sobre a formação de professores e o desemprego docente

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Introdução O planeamento rigoroso da oferta de ensino superior

não é possível na maioria dos casos:

não se conhecem as necessidades futuras com rigor

como ajustar previsões de forma a ir ao encontro das expectativas dos candidatos?

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Introdução No entanto em alguns casos:

É possível prever com exactidão as necessidades futuras

É inadiável

Esta premissa evita:

desperdícios na despesa pública desemprego estrangulamento de serviços

Exemplos: sistema de ensino e sistema de saúde

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Em primeiro lugar é necessário caracterizar as variáveis que afectam o SE no presente.

E o que conhecemos no presente?

Alunos por nível de ensino

População por grupo etário relevante

Taxas de escolaridade nível ensino

Metodologia

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grupo etário carga horária de docência (retirando horas não lectivas)

grupo disciplinar

Metodologia

Professores

Dimensão média da turma por nível de ensino

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Metodologia E a evolução no futuro?

Previsões demográficas da população por grupo

etário relevante

Taxas de escolaridade (constantes ou variáveis)

Alunos no futuro por nível de ensino

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MetodologiaAdmitindo determinada dimensão média das turmas

Sabemos as necessidades SE em termos de Professores por grupo disciplinar

Conhecendo os planos curriculares por nível de ensino

Sabemos quais as necessidades totais do SE em termos de Professores

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Metodologia E como sabemos a evolução dos Professores disponíveis no SE?

Conhecendo-se a procura dos cursos de formação de professores

Sabe-se quantos professores estão aptos a entrar no SE em cada ano

Conhecendo-se a estrutura etária dos professores no SE

Sabe-se quantos professores saem do SE por ano

Professores disponíveis = existentes + entram - saem

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Metodologia

SALDO = Professores disponíveis – Professores necessários

Se SALDO > 0

Se SALDO < 0

Excesso de professores

Défice de professores

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Estudo da Universidade de Aveiro

Premissas

Ano base – ano lectivo 1999/2000

- População docente

Ano base – ano lectivo 2001/2002

- População discente

- Colocados em cursos de formação de professores

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Consideraram-se 3 parâmetros variáveis:

1. Dimensão da turma

Através da sua combinação foram definidos 10 cenários

2. Idade da reforma

3. Formação de professores

Estudo da Universidade de Aveiro

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Cenários estudadosDESIGNAÇÃO DESCRIÇÃO

MTnº de colocados em licenciaturas de ensino igual a 2001/02 + idade de reforma dos

docentes igual a 65 anos

RTlicenciaturas de ensino a partir de 2005 com nº clausus zero + idade de reforma

dos docentes igual a 65 anos

RClicenciaturas de ensino a partir de 2005 com nº clausus zero + idade de reforma

dos docentes entre 55 e 60 anos

UTlicenciaturas de ensino a partir de 2005 só em universidades públicas + idade de

reforma dos docentes igual a 65 anos

UClicenciaturas de ensino a partir de 2005 só em universidades públicas + idade de

reforma dos docentes entre 55 e 60 anos

MTPnº de colocados em licenciaturas de ensino igual a 2001/02 + idade de reforma dos

docentes igual a 65 anos + redução da dimensão média da turma

RTPlicenciaturas de ensino a partir de 2005 com nº clausus zero + idade de reforma

dos docentes igual a 65 anos + redução da dimensão média da turma

RCPlicenciaturas de ensino a partir de 2005 com nº clausus zero + idade de reforma

dos docentes entre 55 e 60 anos + redução da dimensão média da turma

UTPlicenciaturas de ensino a partir de 2005 só em universidades públicas + idade de

reforma dos docentes igual a 65 anos + redução da dimensão média da turma

UCPlicenciaturas de ensino a partir de 2005 só em universidades públicas + idade de

reforma dos docentes entre 55 + 60anos e redução da dimensão média da turma

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Excesso de professores por ano e por cenário

Cenários 2000 2005 2010 2015 2020MT 27.547 69.465 95.200 120.822 139.408RT 27.547 69.494 92.840 79.611 59.545RC 27.547 58.618 70.242 48.985 28.228UT 27.547 69.494 92.840 96.700 94.399UC 27.547 58.618 70.242 65.879 61.706

MTP 27.547 41.335 65.252 91.674 111.522RTP 27.547 41.335 62.889 50.219 31.089RCP 27.547 30.589 40.523 19.916 177UTP 27.547 41.335 62.889 67.530 66.471UCP 27.547 30.589 40.523 37.011 35.044

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Excesso de professores por ano e por cenário

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

140.000

160.000

2000 2005 2010 2015 2020

MT

RT

RC

UT

UC

MTP

RTP

RCP

UTP

UCP

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O que aconteceu?

A

C

BStocks Professores

B

DE

A

C

D

E

excesso

défice

défice

necessidades professores

Stock professores

Fluxos Professores

entrada professores

saída professores (reforma)

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Conclusões

Situação grave de desemprego na classe docente

Sistema educativo em ruptura - disfunção entre o sistema formador de professores e o mercado de emprego

Esta situação resulta da falta de planeamento prospectivo no passado

Para que a relação procura/oferta de professores se volte a ajustar é necessário intervir no sistema

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Conclusões

O planeamento funciona porque as suas principais variáveis são:

Expectáveis - através de projecções demográficas (alunos)

Reguláveis - através de medidas de politica educativa (professores)

A eficácia dessa intervenção depende do planeamento

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Conclusões O Ministério deveria ter um observatório permanente

de evolução do SE

Se tem, não divulga os resultados na totalidade

Deveria definir rigorosamente o numerus clausus e as escolas dividirem entre si

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Conclusões Independentemente do Ministério, os Sindicatos deveriam

também ter um observatório

Vantagens: argumentos de negociação baseados em factos reais

- Tem alguns custos iniciais

- Custos de manutenção baixos