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CAPACITAÇÃO EM SALA DE VACINA
Manual elaborado pela Enf. Márcia Romão, baseado nos Manuais Técnicos de Normas de Vacinação (2001 e 2011),e informes técnicos do Ministério da Saúde.
VEREDA – BA 2012
1
SUMÁRIO
1 introdução.............................................................................................................02
2 Conceitos Básicos em Imunologia .....................................................................03
3 Conceitos básicos em imunização .....................................................................05
4 Vias de administração .........................................................................................08
5 Conservação ........................................................................................................08
6 A sala de Vacina ...................................................................................................09
7 O lixo da sala de vacina .......................................................................................16
8 Rede de Frio .........................................................................................................18
9 Situações de emergência ....................................................................................23
10 Contra indicação geral a todas as vacinas ......................................................25
11 Vacina BCG ........................................................................................................26
12 Vacina Hepatite B ...............................................................................................31
13 Vacina Tetravalente ( DTP+ hib) .......................................................................34
14 Vacina Oral contra Poliomielite ........................................................................36
15 Vacina Oral contra rotavírus .............................................................................39
16 Vacina Pneumocócica 10 valente (conjugada)................................................42
17 Vacina Meningocócica C ( conjugada) .............................................................45
18 Vacina Febre Amarela - FA ................................................................................47
19 Vacina Triplice viral SRC ...................................................................................49
20 Vacina Dupla Viral ..............................................................................................51
21 Vacina Triplice viral SRC ...................................................................................53
22 Vacina Contra a Difteria e o Tétano: dupla (dt e dt).........................................56
23 Vacina Anti Rábica Humana- VARH..................................................................58
24 Soro Anti-Rábico - Heterólogo ........................................................................63
25 Eventos Adversos Pós Vacinação ...................................................................65
2
26 Referências .........................................................................................................67
1 INTRODUÇÃO
A capacitação dos profissionais de saúde com relação aos imunibiológicos é de
extrema importância para o fortalecimento do programa de imunização que
constantemente encontra-se em fase de implementação e transformação.
Este manual tem como objetivo servir de fonte de consulta rápida para as
atividades do dia-dia , sem a intenção de aprofundar em demasia os tópicos
abordados , afim de atualizar resumidamente a utilização dos imunibiológicos
disponibilizados atualmente pelo ministério da saúde, visto que existem
diversas e excelentes literaturas com a temática abordada.
Muito se foi pesquisado para que os textos que aqui constam tenham sido o
mais atual possível. Contudo quando se fala em imunibiológicos as mudanças
são muito rápidas e é possível que dentro de alguns meses alguns aspectos já
tenham sido modificados.
Para tanto espera-se que este atinja seu objetivo principal que é orientar aos
profissionais de saúde do município de Vereda - Bahia, quanto as indicações
destes.
Márcia Romão
Enfermeira
3
2 CONCEITOS BÁSICOS EM IMUNOLOGIA
A doença infecciosa resulta do encontro e da interação entre um
microrganismo e um hospedeiro, no nosso caso, o homem.
Os principais agentes infecciosos são: as bactérias, os protozoários, os fungos
e os vírus.
Os agentes infecciosos penetram no corpo humano através de uma porta de
entrada e localizam-se em determinados órgãos até serem eliminados através
de uma porta de saída. As principais portas de entrada são: as vias digestivas,
vias respiratórias, pele, vias genital e urinária.
Porém nosso organismo está continuamente eliminando microrganismos de
sua superfície cutâneo-mucosa, isso através de vários mecanismos, como o
fluxo constante de líquidos, movimentos peristálticos, renovação celular,
presença de substâncias microbicidas, etc.,
Confirma-se uma infecção quando o microrganismo invasor provoca uma
resposta imunológica ou efeitos deletério no hospedeiro invadido. E a presença
ou não de infecção depende de muitos fatores, tais como dose infectante,
virulência, e o estado imunológico deste, que é um fator primordial para que os
microrganismos sejam capazes ou não de aderir e colonizar trazendo muitas
vezes prejuízo ao seu hospedeiro.
Se o microrganismo conseguir ultrapassar as barreiras anatômicas e
fisiológicas iniciais e penetrar no hospedeiro, ou se mesmo sem invasão houver
agressão celular local, serão acionados diversos mecanismos de defesa.
Neste momento parece que o organismo faz soar um alarme, destinado às
células de defesa que começam a percorrer milhões destas, pela nossa
circulação sanguínea fazendo uma vasculha.
4
O primeiro mecanismo de defesa é a fagocitose, realizada através de
leucócitos, monócitos e macrófagos. Estes possuem em seu interior enzimas
digestivas que são capazes de triturar, engolir e digerir os inimigos invasores.
A fagocitose provoca sinais inflamatórios que são os sinais flogisticos da
inflamação: dor, calor rubor e edema. Esses fenômenos inflamatórios,
desagradáveis, são na verdade importantes mecanismos de defesa.
O processo infeccioso pode terminar nessa etapa, com a remoção dos M.O e
dos resíduos celulares mortos através dos fagócitos.
O baço é um órgão importante na defesa contra microrganismos, pois o mesmo
filtra e remove do sangue partículas estranhas. Ele é importante na defesa
contra microrganismos capsulados que causam bacteremia, tais como o
pneumococo, o meningococo e o hemófilo capsulado do tipo b, especialmente
nos primeiros cinco anos de vida.
Toda essa proteção do organismo é na verdade a imunidade natural ou
inespecífica ou inata, que foi incorporada ao nosso patrimônio imunológico
através de milhões de anos de evolução biológica.
Se a imunidade natural não for suficiente, são acionados outros mecanismos
imunológicos que visam criar defesa específica contra o microrganismo
invasor.
A imunidade adquirida ou específica ou adaptativa apresenta especificidade
para antígenos e memória imunológica.
A especificidade é exercida, através de anticorpos e células programadas para
combater antígenos específicos.
Os anticorpos são produzidos por plasmócitos, oriundos de linfócitos B ,que
têm origem e amadurecem na medula óssea, e apresentam em sua superfície
moléculas de imunoglobulinas (anticorpos) capazes de fixar um único antígeno
5
específico. Quando uma célula B encontra pela primeira vez um antígeno para
o qual está pré-determinada, começa a proliferar rapidamente, gerando células
B de memória.
.
3 CONCEITOS BÁSICOS DE IMUNIZAÇÃO
O objetivo da imunização é a prevenção de enfermidades.
Imunizar significa tornar não suscetível a uma determinada doença e, dessa
forma, preveni-la. Podendo esta ser ativa ou passiva. Imunização ativa é a que
se adquiri através das vacinas. Imunização passiva é a que se consegue
através da administração de anticorpos.
A imunização passiva pode ser heteróloga, conferida por anticorpos obtidos do
plasma de animais previamente vacinados, geralmente eqüinos; ou homóloga,
conferida por anticorpos obtidos do plasma de seres humanos.
A imunoglobulina humana é extraída de voluntários, sendo muito menos
reatogênica do que os soros, obtidos de eqüinos, tem espectro de proteção
maior, pois inclui anticorpos capazes de proteger contra mais de uma doença;
entretanto, devido à baixa concentração destes anticorpos, são poucas as
doenças infecciosas que podem ser evitadas através de seu uso(dentre elas
tétano, hepatite B, raiva, varicela).
As vacinas, em geral, são muito superiores às imunoglobulinas. A vantagem
principal das imunoglobulinas é a rapidez de proteção por elas conferida.
Tabela 1 .Comparação entre vacinas e imunoglobulinasPropriedade Vacina Imunoglobulina
Duração da proteção Longa Transitória
Proteção após aplicação Geralmente após algumas semanas
Imediata
Erradicação de doenças Possível Impossível
Custo variável Em geral baixo Em geral alto
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3.1 AGENTES IMUNIZANTES
As vacinas são produtos farmacológicos que pode conter um ou mais agentes
imunizantes (vacina isolada ou combinada), sob diversas formas capazes de
induzir imunização ativa.
Os agentes imunizantes que compõem as vacinas podem ser: vírus vivo
atenuado, bactéria viva atenuada, vírus inativado, bactéria inativada, toxóides
ou componentes da estrutura bacteriana ou viral.
Os Microrganismos vivos atenuados, provocam infecção similar à natural, têm
em geral grande capacidade protetora com apenas uma dose e conferem
imunidade em longo prazo, possivelmente por toda a vida.
E as de microrganismos inativados passam por processo físicos ou químicos,
de tal forma que perdem sua capacidade infecciosa, mas mantêm suas
propriedades protetoras.
Tabela 2. Diferenças entre vacinas vivas atenuadas e vacinas não-vivasCaracterística Vacina viva atenuada Vacina não viva
Produção Seleção de M.O de baixa virulência: o patógeno é cultivado sob condições adversas em meios de cultura para atenuação
Os patógenos virulentos são inativados por
tratamento químico, físico ou manipulação genética.
Necessidades de reforços Em geral, a repetição das doses, visa cobrir falhas da
vacinação anterior; a imunidade uma vez induzida, é de longa
duração.
Vários reforços para induzir boa imunidade
Riscos para imunodeprimidos
Sim Não
Administração por via oral Possível Via parenteral
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3.2 COMPOSIÇÃO DAS VACINAS
O produto em que a vacina é apresentada contém, além do agente imunizante,
os componentes apresentados a seguir:
a) Liquido de Suspensão: Composto em geral por água destilada ou
solução salina fisiológica, podendo conter proteínas e outros
componentes originários dos meios de cultura ou das células utilizadas
no processo de produção das vacinas;
b) Conservantes, estabilizadores e antibióticos: pequenas quantidades de
substancias antibióticas ou germicidas são incluídas na composição das
vacinas, para evitar o crescimento de contaminantes (fungos ou
bactérias), estabilizadores são adicionados as vacinas constituída por
agentes infecciosos vivos atenuados.
Reações alérgicas podem ocorrer se a pessoa for sensível a algum
destes componentes.
c) Adjuvantes: utilizados para aumentar e prolongar o poder imunogênico
das vacinas. Os mais frequentemente utilizados são os sais de alumínio,
como o hidróxido de alumínio.
3.3 COMPOSIÇÃO DOS SOROS E DAS IMUNOGLOBULINAS
a) Soro é o produto farmacológico constituído de anticorpos heterólogos,
obtidos a partir do plasma de animais imunizados. (Anti-rábico,
antiescorpiônico, antiaracnideo...)
b) Imunoglobulinas são produtos obtidos a partir de fracionamento do
plasma de doadores. São soluções protéicas concentradas, contendo
anticorpos. (IGHAB, Tétano, Raiva, Citomegalovírus).
Existem imunoglobulinas para uso intramuscular e para uso endovenoso.
8
4 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Para cada agente imunizante há uma via de administração recomendada, que
deve ser obedecida rigorosamente, em geral às vacinas podem ser
administradas por via oral, intramuscular, subcutânea e intradérmica.
A não obediência da via de administração correta pode resultar em menor
proteção imunológica ou maior freqüência de eventos adversos. Por exemplo, a
vacina contra hepatite B deve ser aplicada via intramuscular profunda no vasto
lateral da coxa ou deltóide, não devendo-se utilizar a região glútea , pela
possibilidade de aplicação em tecido gorduroso obtendo assim menor proteção
contra a doença.
Contudo para maior eficácia das vacinas é imprescindível a escolha do local
apropriado de acordo com a idade, a dose correta do imunizante e a adoção da
agulha de calibre adequado para o local e para a composição corporal do
individuo.
Entretanto a confiabilidade e a segurança da vacinação não se resumem
somente à aplicação da vacina e dependem também de vários fatores tais
como:
Armazenamento adequado das vacinas e imunoglobulinas;
Manipulação correta desses produtos;
Conhecimento dos profissionais da saúde envolvidos na vacinação.
A garantia da segurança e, especialmente, da eficácia dos imunobiológicos
depende de produção, armazenamento, distribuição e conservação adequados.
5 CONSERVAÇÃO
As vacinas precisam ser armazenadas e transportadas de acordo com as
normas de manutenção da rede de frio.
Nenhuma vacina deve ser exposta a luz solar direta.
9
A maioria dos imunobiológicos deve ser conservada a uma temperatura entre
+2°C e +8°C. As vacinas de vírus vivos atenuados são mais sensíveis ao calor,
com exceção da vacina de rotavírus, e de hepatite B que são mais sensíveis ao
frio, não devendo ser congelada. A vacina BCG também é sensível à luz.
6 A SALA DE VACINA
Para que os objetivos Do PNI, que é o de controlar e erradicar as doenças
imunoprevenivéis no nosso país, sejam alcançados através da vacinação
criando assim defesas ou anticorpos, como no caso das vacinas ou para que
possa combater microrganismos já instalados, como no caso dos soros e
imunoglobulinas é preciso que sejam adotadas algumas recomendações
fundamentais que devem ser respeitadas trazendo assim o máximo de
segurança aos usuários.
Para isso, as instalações devem dispor com um mínimo de condições. São
elas:
As paredes e o piso devem ser laváveis;
Deve ter pia com torneira;
Ter interruptor exclusivo para cada equipamento elétrico;
Ter arejamento e iluminação adequados, evitando a incidência de luz
solar direta;
Ter entrada e saída independentes, se possível.
A sala de vacina deve ser exclusiva para este fim, mantendo se em ótimas
condições de higiene e limpeza.
6.1 MATERIAIS E EQUIPAMENTOS BÁSICOS
Bancada ou mesa para preparo dos imunobiológicos;
Refrigerador para conservação dos imunobiológicos;
Fichário ou arquivo;
Mesa tipo escrivaninha com gavetas;
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Cadeira (três no mínimo);
Suporte para papel toalha;
Armário com porta para guarda de material;
Bandeja de aço inoxidável (grande, média e pequena);
Tesoura reta com ponta romba;
Termômetro de máxima e mínima;
Termômetro de cabo extensor;
Termômetro clínico;
Bandejas plásticas NÃO PERFURADAS;
Caixas Térmicas;
Gelo reciclável;
Garrafa plástica com água;
Algodão hidrófilo;
Recipiente para algodão;
Seringas e agulhas diversas;
Impressos ( mapas,boletins...);
Cartões da criança e do adulto;
Papel Toalha;
Caixas de perforocortantes;
Quadro com esquema básico de imunização.
6.2 INICIO DO TRABALHO DIÁRIO
Antes de iniciar a jornada de trabalho diário, o profissional de enfermagem da
sala de vacina deve executar os seguintes procedimentos:
Verificar se a sala está limpa e em ordem;
Verificar e anotar a temperatura do refrigerador ou refrigeradores, no
mapa de controle diário de temperatura;
Verificar o prazo de validade dos imunobiológicos, utilizando com
prioridade aqueles que estiverem com prazo mais próximo do
vencimento;
11
Retirar do refrigerador de estoque a quantidade de vacinas e diluentes
necessária ao consumo na jornada de trabalho;
Colocar as vacinas e os diluentes da jornada de trabalho na caixa
térmica (com gelo reciclável e com o termômetro).
6.3 TRIAGEM
A conduta do profissional vacinador mediante a triagem é a seguinte:
Verificar se a pessoa está comparecendo à sala de vacinação pela
primeira vez ou se é retorno;
- para os que comparecem pela primeira vez, abrir o documento de
registro da vacinação, o Cartão da Criança no caso de retorno, verificar
que vacinas devem ser administradas consultando seu cartão de vacina.
Obter informações sobre o estado de saúde da pessoa a ser vacinada, a
fim de observar as indicações e possíveis contra-indicações à
administração dos imunobiológicos, evitando as falsas contra-
indicações;
Orientar sobre a importância da vacinação e do esquema básico de
vacinação;
Fazer o registro da vacina ou do soro a ser administrado, no espaço
reservado dos documentos de registro (cartão da criança ou adulto,
cartão controle e mapa diário);
Fazer o aprazamento, ou seja, verificar a data de retorno do cliente para
receber nova dose de vacina, quando necessário.
Reforçar a orientação sobre a importância da vacinação e dos próximos
retornos;
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Encaminhar a pessoa para receber o imunobiológico indicado (se for o
caso).
6.4 ARQUIVO DA SALA DE VACINA
O arquivo da sala de vacinação é o local destinado à guarda e à classificação
dos impressos utilizados para o registro das atividades, com o objetivo de:
• centralizar todos os dados registrados;
• controlar o comparecimento da clientela à vacinação;
• identificar e possibilitar a convocação dos faltosos à vacinação;
• disponibilizar informações para o monitoramento e avaliação das
atividades.
São também arquivados na sala de vacinação, em pastas com identificação, os
formulários utilizados para o registro das informações sobre os imunobiológicos
estocados, recebidos, distribuídos, remanejados ou devolvidos, o controle
diário da temperatura, o registro diário de vacinação e o registro mensal.
Os cartões com agendamento são organizados em um arquivo e os cartões
sem agendamento em outro.
Os cartões sem agendamento são arquivados por ordem alfabética, servindo,
posteriormente, para a organização do arquivo permanente.
Os cartões dos clientes com agendamento são organizados por segmentos,
como por exemplo:
• menores de um ano;
• um a quatro anos;
• cinco a quatorze anos;
• quinze anos e mais,
• gestantes;
• pessoas em tratamento profilático da raiva humana.
6.5 ARQUIVO PERMANENTE DE VACINAÇÃO
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Os dados do Cartão de Controle constituem a fonte que alimenta o arquivo
permanente. A organização e a manutenção do arquivo permanente têm os
seguintes objetivos:
• proporcionar um registro dos esquemas de vacinação completados;
• possibilitar um registro das pessoas que iniciaram o esquema e não
completaram por motivo de mudança para outra localidade, por óbito ou por ter
recebido as demais doses em outro serviço;
• facilitar o fornecimento de dados e informações às pessoas que perderam ou
extraviaram o Cartão da Criança;
• fornecer subsídios para estudos e pesquisas, baseados no levantamento de
informações contidas no arquivo;
As fichas do arquivo permanente, ordenadas de acordo com o ano do
nascimento da criança, são arquivadas em pastas.
6.6 BUSCAS DE FALTOSOS
Diariamente os cartões com agendamento são retirados do arquivo e
encaminhados para a sala de vacinação.
No final do dia de trabalho, o responsável pela vacinação verifica os faltosos,
deixando seus cartões de reserva.
Esses cartões ficam aguardando uma semana à espera dessas pessoas. Caso
não apareçam, os cartões são entregues ao responsável pela busca de
faltosos.
A busca de faltosos é feita semanalmente, ou quinzenalmente, de acordo com
as possibilidades da equipe de saúde.
6.7 REGISTRO DAS ATIVIDADES E ARQUIVOS DA SALA DE VACINAÇÃO
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O conjunto de ações que envolve a administração dos imunibiológicos é
controlado e avaliado nas diversas instâncias (local, municipal, estadual e
federal), com o objetivo principal de acompanhar e analisar o trabalho
desenvolvido, bem como seus resultados e impactos. Um dos mecanismos
utilizados para subsidiar esse controle e avaliação é o registro das atividades,
com o conseqüente arquivamento sistemático das informações.
O registro das atividades de vacinação é feito em impressos específicos,
padronizados pela instância nacional ou estadual. Na instância local podem ser
adotados outros registros, de acordo com a necessidade, como, por exemplo,
um documento para o registro de soros e imunoglobulinas.
6.8 IMPRESSOS PADRONIZADOS DA SALA DE VACINA
Cartão da Criança
É o documento oficial utilizado para acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento da criança. Contém espaço destinado ao registro das vacinas
recebidas e é válido em todo o território nacional, conforme Portaria do
Ministério da Saúde nº 346, de 25 de abril de 1991.
Cartão de Controle
O Cartão de Controle ou ficha de registro é um impresso de uso interno do
serviço de saúde no qual são registradas informações sobre vacinação
contidas no Cartão da Criança. É útil para o acompanhamento e controle da
vacinação da clientela, pois serve como referência na busca de faltosos e,
também, para organizar o arquivo permanente de vacinação.
Cartão do Adulto
O Cartão do Adulto é também o documento oficial utilizado para o registro das
vacinas administradas nos maiores de cinco anos, jovens e adultos.
Boletim Diário de Doses Aplicadas
O boletim diário é um formulário utilizado pelo vacinador para o registro
imediato da vacina administrada. Cada dose da vacina corresponde a um “X”,
assinalado no espaço correspondente à idade e à dose. No final do dia os
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dados são somados e o total é registrado em cada linha correspondente dos
boletins diários de vacinas da rotina e de vacinas especiais.
Boletim Mensal de Doses Aplicadas de Vacinas
O boletim mensal é um formulário utilizado para registrar a soma (consolidado)
das vacinas administradas em cada dia do mês, segundo o tipo de vacina, a
idade e a dose. No final do mês, os consolidados resultantes do mapa diário de
vacinação são somados e o total é registrado em cada linha correspondente
dos boletins mensais de vacinas da rotina e de vacinas especiais.
Inutilização de Imunobiológicos
O formulário para inutilização de imunobiológicos é utilizado pelas diversas
instâncias (central estadual, regional e local) para registrar, mensalmente, o
tipo e as quantidades de doses de vacinas e soros inutilizados e as causas da
inutilização.
O registro desses dados permite avaliar tipos de perdas, custos e identificar os
problemas mais freqüentes e os possíveis mecanismos de correção.
Mapa para Controle Diário de Temperatura
No Mapa para Controle de Temperatura é feito o registro das temperaturas
dos equipamentos que são utilizados na conservação de vacinas e soros.
O acompanhamento e a análise desses registros são fundamentais para
verificar as temperaturas a que estão submetidos os imunobiológicos,
detectando falhas na rede de frio.
Ficha de investigação dos Eventos Adversos Pós-Vacinação
Os dados relativos à investigação de manifestações relacionadas à vacinação
são registrados na Ficha de Investigação dos Eventos Adversos Pós-
Vacinação.É preenchida para cada caso de manifestação relacionada,
temporariamente, à administração de um imunobiológico, com exceção dos
eventos leves e comuns, como febre baixa, dor ou rubor local.
6.9 PROCEDIMENTOS DE LIMPEZA NA SALA DE VACINAÇÃO
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A limpeza da sala de vacinação é feita diariamente, no final do turno de
trabalho, e sempre que necessário.
A limpeza e sua manutenção têm como objetivos:
• prevenir infecções cruzadas;
• proporcionar conforto e segurança à clientela e à equipe de trabalho;
• manter um ambiente limpo e agradável.
Uma vez por semana o chão é lavado com água e sabão, e desinfetado com
solução desinfetante. O trabalho mais pesado é feito quinzenalmente, quando,
então, são limpos o teto, as paredes, as janelas, as luminárias, as lâmpadas e
as portas.
7 CUIDADOS COM O LIXO DA SALA DE VACINAÇÃO
O lixo da sala de vacinação é caracterizado como lixo perigoso e lixo comum.
É considerado lixo perigoso:
• o material biológico: sobras diárias de imunobiológicos ou produtos que
sofreram alteração de temperatura, ou com prazo de validade vencido;
• os resíduos perfurantes: agulhas, ampolas de vacinas ou vidros que se
quebram facilmente; e
• os outros resíduos infectantes: seringas descartáveis, algodão e papel
absorvente.
Os demais resíduos da sala de vacinação são considerados lixo comum.
O lixo perigoso, por conta de sua composição, recebe cuidados especiais na
separação, no acondicionamento, na coleta, no tratamento e no destino final.
Obs. Para proceder o tratamento dos imunobiologicos considerados
infectantes, dispor os frascos fechados na autoclave, durante 15 minutos, a
uma temperatura entre (121 a 127 °C).
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Na falta de auto-clave, colocar os frascos em estufa a temperatura de 170 °C
por 2 horas.
São exemplos de imunobiológicos infectantes e que recebem tratamento antes
de serem inutilizados:
• vacina oral contra a poliomielite;
• vacina contra o sarampo;
• vacina contra a febre amarela;
• vacina contra o sarampo, a caxumba e a rubéola (tríplice viral); e
• vacina contra a rubéola.
Os imunobiológicos, que têm na sua composição produtos de bactérias mortas,
ou vírus inativados, ou produzidos por engenharia genética não precisam
receber tratamento especial antes de serem inutilizados.
7.1 ACONDICIONAMENTO E ARMAZENAMENTO DO LIXO
O acondicionamento, específico para cada tipo de lixo, é realizado da seguinte
forma:
Acondicionar em recipiente de material resistente os resíduos especiais,
ou lixo perigoso, como seringas e agulhas descartáveis usar o
recipiente de material resistente até completar dois terços de sua
capacidade, independente do número de dias;
Acondicionar os frascos contendo restos de vacina, após tratamento
adequado, no mesmo recipiente de material resistente usado para as
seringas e agulhas;
8 REDE DE FRIO
Rede de frio é o sistema de conservação dos imunobiológicos, onde se inclui o
armazenamento, o transporte e a manipulação destes produtos em condições
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adequadas de refrigeração, desde o laboratório produtor até o momento em
que os mesmos são administrados.
O objetivo da Rede de frio é assegurar que todos os imunobiológicos
mantenham suas características iniciais, para conferir imunidade. O manuseio
inadequado, um equipamento com defeito, ou a falta de energia elétrica,
interrompem o processo de refrigeração, comprometendo a potência dos
imunobiológicos.
Na rede de frio identificam-se, basicamente, cinco instâncias: a nacional, a
central-estadual, a regional, a municipal e a local. Em cada uma das instâncias
devem existir instalações e equipamentos adequados para o armazenamento
dos produtos, bem como para o transporte de uma esfera à outra.
Na instância nacional e central-estadual são instaladas câmaras frias com
compartimentos separados para conservar os imunobiológicos a -20ºC e entre
+2ºC e +8ºC.
No compartimento a -20ºC ficam as vacinas que podem ser submetidas a
congelamento. No compartimento com temperatura entre +2ºC e +8ºC ficam os
imunobiológicos que não podem ser submetidos a congelamento.
Nas instâncias regional e municipal, os imunobiológicos são conservados em
câmaras frias ou em freezers (-20ºC) e em refrigeradores (+2ºC a +8ºC),
conforme a temperatura indicada para cada produto.
Na instância local, ou seja, nos centros e postos de saúde, nos hospitais e nos
ambulatórios, todos os produtos são conservados entre +2ºC e +8ºC, em
refrigeradores do tipo doméstico ou em caixas térmicas.
8.1 REFRIGERADORES
Equipamentos disponibilizados na rede de frio destinados a estocagem de
imunobiologicos em temperaturas positivas entre +2 e +8 C.
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O PNI preconiza o uso de refrigeradores a partir de 280 litros ocupando sua
capacidade interna em até 50%.
Não utilizar refrigerador “duplex”, pois este tipo de equipamento não mantém a
temperatura exigida, uma vez que os dois compartimentos estão separados e a
câmara de estoque de imunobiológicos não possui evaporador.
CUIDADOS GERAIS COM OS REFRIGERADORES
Colocar o equipamento distante de fonte de calor, como estufa e
autoclave, e fora do alcance dos raios solares;
Deixar o refrigerador perfeitamente nivelado;
Afastar o refrigerador da parede, pelo menos 20 cm, de modo a permitir
a livre circulação do ar no condensador;
Usar tomada ou conexão com a fonte de energia elétrica exclusiva para
o refrigerador, evitando ligá-lo junto com outros equipamentos na
mesma tomada, usando “T” ou benjamim;
Ajustar o termostato de modo a encontrar o ponto ideal que vai permitir a
manutenção da temperatura dorefrigerador entre +2ºC e +8ºC;
Verificar a temperatura, pelo menos, duas vezes ao dia, registrando-a no
formulário de Controle de Temperatura, afixado na porta do refrigerador;
Usar o refrigerador única e exclusivamente para conservar
imunobiológicos, não permitindo a guarda de outros produtos, como
medicamentos, material de laboratório, material odontológico, alimentos
e bebidas;
Certificar-se de que a porta esta vedando adequadamente.
20
8.2 ITENS DO REFRIGERADOR
Manter a porta do evaporador, a bandeja de degelo e a gaveta de legumes sem
tampa.
Preencher a gaveta de legumes com um número suficiente de garrafas com
água e corante, para que a temperatura se mantenha o mais estável possível.
Recomenda-se um número mínimo de três garrafas de 1 litro ou 6 de 500 ml.
8.3 BOBINAS DE GELO RECICLÁVEL
Quando descongeladas: Utiliza-las inicialmente na horizontal em quantidade
suficiente de acordo com a capacidade que o equipamento tem de
congelamento em 24 horas.
( informação disponibilizada no manual do fabricante do refrigerador).
Congeladas: Coloca-las na horizontal ou na vertical, conforme o sentido que
couber mais, ocupando todo o espaço do congelador.
O propósito destas bobinas de gelo é retardar a elevação da temperatura na
falta de energia elétrica ou defeito no equipamento e utilizá-las para manter a
temperatura da caixa térmica de uso diário.
8.4 ORGANIZAÇÃO DO REFRIGERADOR
Para que as condições de conservação das vacinas e soros sejam adequadas,
deve-se organizar e utilizar o refrigerador de acordo com o seguinte:
• Colocar na prateleira central (de modo geral na segunda prateleira) o
termômetro de máxima e mínima, de pé, para evitar quebra na coluna de
mercúrio.
• Arrumar os imunobiológicos em bandejas plásticas NÃO PERFURADAS,
visando reter o ar frio entre os imunobiológicos.
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Colocar as bandejas com imunobiológicos nas prateleiras, da seguinte
maneira:
Na primeira prateleira as vacinas virais que podem ser congeladas;
Na segunda prateleira as vacinas bacterianas, os soros e as vacinas
virais que não podem ser congeladas;
Na terceira prateleira os diluentes.
8.5 PROCEDIMENTOS DE LIMPEZA DO REFRIGERADOR
Para manter boas condições de conservação dos imuniobiológicos, proceder á
limpeza do refrigerador a cada 15 dias, ou quando a camada de gelo atingir 0,5
cm.
Não mexer no termostato
Obs. Transferir os imunobiologicos para outra geladeira ou para caixas
térmicas com bobinas de gelo, após estabilização da temperatura
recomendada, e vedar as caixas com fita adesiva larga.
Limpar a parte interna e externa com um pano umedecido em solução de agua
e sabão neutro ou sabão de coco. Não jogar água no interior do equipamento.
Após a limpeza:
22
Ligar o refrigerador;
Recolocar o termômetro, as garrafas, as bobinas de gelo e fechar a
porta;
Mantê-la fechada pelo tempo necessário até alcançar a temperatura
recomendada;
Reorganizar os imunobiológicos.
Obs. “Não fazer o degelo e a limpeza as sextas feiras e vésperas de feriados e
ou final de jornada de trabalho.”
8.6 CONTROLE DA TEMPERATURA
É imprescindível em todas as instancias de armazenamento das vacinas o
controle diário de temperatura dos equipamentos. Para isso são utilizados
termômetros digitais ou analógicos, de cabo extensor ou não.
O Termômetro de Máxima e Mínima – Analógico (capela)
Permite verificar as variações de temperatura, num período de tempo
preestabelecido, oferecendo três tipos de informação: a temperatura mínima
(mais fria), a temperatura máxima (mais quente) e a temperatura do momento:
A temperatura mínima está indicada no nível inferior do filete azul na
coluna da esquerda;
A temperatura máxima está indicada no nível inferior do filete azul na
coluna da direita;
A temperatura do momento está indicada pela extremidade superior das
colunas de mercúrio (colunas prateadas),em ambos os lados.
Para verificar a temperatura no termômetro de máxima e mínima proceder da
seguinte forma:
Verificar a extremidade superior das duas colunas de mercúrio, fazendo
a leitura da temperatura indicada, ou seja, a temperatura do momento;
23
Este termômetro deve estar fixado entre a primeira e a segunda
prateleira da geladeira em posição vertical na área central do
equipamento.
Após cada leitura deste anular a marcação do termômetro pressionando
o botão central, até que os filetes azuis se encontrem com a coluna de
mercúrio.
Em seguida registrar no mapa de controle de temperatura afixado na porta do
refrigerador.
Termômetro Digital de Máxima, Mínima e Momento
É equipamento eletrônico de precisão constituído de visor de cristal liquido,
com cabo extensor que mensura as temperaturas (momento, máxima e
mínima), através do seu bulbo instalado no interior do equipamento. A leitura é
feita no visor do equipamento.
Termômetro Analógico de Cabo Extensor
É um tipo de termômetro utilizado para verificar a temperatura do momento no
transporte, no uso diário da sala de vacina e nas atividades extra-muros.
O sensor ou bulbo do termômetro deve estar entre os imunobiológicos que
estão na caixa térmica, o visor deve estar do lado externo da caixa, deve-se
aguardar meia hora para fazer a leitura da temperatura que esta expressa na
extremidade superior da coluna de mercúrio.
9 PROCEDIMENTOS BÁSICOS EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA
O refrigerador pode deixar de funcionar por motivo de corte de energia elétrica
ou por defeito. Um corte de energia por um período prolongado, em um dia de
calor, pode inutilizar totalmente os imunobiológicos.
Nessas situações manter o equipamento fechado até que a corrente seja
reativada ou até que se verifique o tipo de problema, comunicando de imediato
ao responsável pelo serviço de saúde, para melhor orientação sobre as
providências a serem adotadas.
24
Em caso de defeito, a primeira providência é chamar um técnico. Outras
providências mais específicas são adotadas quando o problema perdurar por
um período de mais de quatro horas (ou dependendo das condições climáticas
locais mais de seis horas), ou quando não é possível determinar a sua
duração.
O prazo de quatro a seis horas só deve ser tolerado quando o refrigerador:
• Está funcionando em perfeitas condições;
• Tem vedação perfeita da borracha da porta;
• Tem controle diário de temperatura;
• Contêm gelo reciclável, sacos plásticos ou recipientes com gelo no
evaporador; e
• Contém garrafas de água na última prateleira.
Quando o defeito identificado não é solucionado em até seis horas,
providenciar para que os imunobiológicos sejam colocados em caixas térmicas,
mantendo a temperatura entre +2ºC e +8ºC, conforme orientado anteriormente,
até que sejam transferidos para outro equipamento em um serviço mais
próximo, seja no próprio município ou na instância regional.
9.1 IMUNOBIOLOGICOS SOB SUSPEITA
Considera-se imunobiológico sob suspeita todo aquele que em qualquer das
instancias permanecer fora da faixa de temperatura recomendada, apresentar
alterações no aspecto físico químico, e/ou provocar eventos adversos graves.
25
Sendo assim é necessário o preenchimento correto e de forma legível do
formulário de avaliação de imunobiológicos sob suspeita e o envio a instancia
imediatamente superior.
10 CONTRA INDICAÇÕES GERAIS A TODAS AS VACINAS
Fatores de ordem geral podem ser considerados como possíveis contra-
indicações comuns à administração de todos os imunobiológicos.
Uma contra-indicação geral para todos os imunobiológicos é a ocorrência de
hipersensibilidade (reação anafilática) após o recebimento de qualquer dose.
Também é considerada contra-indicação história de hipersensibilidade aos
componentes de qualquer dos produtos.
Para as vacinas de bactéria atenuada ou de vírus vivo atenuado considerar
como contra-indicações:
A presença de imunodeficiência congênita ou adquirida;
A presença de neoplasia maligna;
A vigência:
- de tratamento com corticóides em dose imunossupressora (equivalente à
predinisona na dose de 2 mg/kg/dia,para criança, ou de 20 mg/dia, para
adulto, por mais de uma semana); E de outras terapêuticas
imunodepressoras (quimioterapia antineoplásica, radioterapia, etc.); e
A presença de gravidez, exceto quando a gestante estiver sob alto risco
de exposição a algumas doenças virais imunopreveníveis, como, por
exemplo, a febre amarela e a poliomielite.
10.1 SITUAÇÕES QUE INDICAM O ADIAMENTO DA VACINAÇÃO
O adiamento da vacinação é recomendado em situações muito específicas,
como, por exemplo, quando do tratamento com imunodepressores ou com
corticóides em dose imunossupressora, por causa do maior risco de
26
complicações (disseminação do vírus vacinal) ou da possibilidade de resposta
imune inadequada. Neste caso agendar a vacinação para três meses depois do
final do tratamento.
Após transplante de medula óssea , o adiamento da vacinação deve ser por um
ano ( vacinas não vivas) ou por dois anos ( vacinas vivas).
A administração de vacinas deve ser evitada, ainda, durante a evolução de
doenças agudas febris graves, principalmente para que seus sinais e sintomas
não sejam atribuídos ou confundidos com possíveis efeitos adversos
relacionados à vacinação.
As situações específicas relacionadas a cada produto em particular vão estar
citadas na descrição de cada vacina a seguir.
IMUNOBIOLÓGICOS DISPONIBILIZADOS PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE
11 VACINA BCG
Composição e Apresentação
A vacina contra tuberculose é a BCG (Bacilo de Calmete e Guerin) é
apresentada sob a forma liofilizada em ampola de multidoses, acompanhada
da ampola do diluente específico para a vacina.
Idade da Aplicação:
Administrar preferencialmente após o nascimento. Nos prematuros com menos
de 36 semanas administrar a vacina após completar 1 mês de vida e atingir 2
kg. Administrar uma dose em crianças menores de cinco anos de idade sem
cicatriz vacinal.
Indicação:
Vacina BCG é administrada com a finalidade principal de prevenir as formas
graves da tuberculose (miliar e meníngea). As crianças portadoras do HIV,
positivas assintomáticas, e as crianças cujas mães são HIV-positivas recebem
27
também a vacina BCG-ID, o mais precocemente possível. (Contra indicada nos
indivíduos HIV positivos sintomáticos).
A vacina é também administrada nos contatos intra - domiciliares, de pacientes
de hanseníase, com a finalidade de aumentar a proteção desse grupo.
Obs. Não se indica revacinação de rotina.
Vias de administração:
Rigorosamente intradérmica, na região do músculo deltóide, no nível da
inserção inferior deste músculo, na face externa superior do braço direito.
Esquema:
Dose única, de 0,1 ml, administrada preferencialmente apos o nascimento.
Comunicantes de Hanseníase:
A vacina é indicada e devera ser aplicada nos contatos intra-domiciliares, sem
presença de sinais e sintomas de hanseníase no momento da avaliação,
independentemente de serem contatos de casos PB ou MB. A aplicação da
vacina depende da história vacinal e segue as recomendações descritas
abaixo:
Em menores de 1 (um) ano de idade, comprovadamente vacinados, não
necessitam da administração de outra dose de BCG.
Contatos de portadores de hanseníase com mais de 1 (um) ano de idade, sem
cicatriz administrar uma dose.
Contatos com mais de 1 ano de idade, comprovadamente vacinados com a
primeira dose - administrar outra dose de BCG (Manter intervalo mínimo de
seis meses entre as doses).
Contatos com duas doses não administrar nenhuma dose adicional.
Na incerteza da existência de cicatriz vacinal ao exame dos contatos intra-
domiciliares de portadores de hanseníase, aplicar uma dose,
independentemente da idade.
28
Ressalta-se que não é necessária a prova tuberculínica prévia
Em resumo:Avaliação da cicatriz vacinal CondutaSem cicatriz Prescrever uma doseCom uma cicatriz de BCG Prescrever uma doseCom duas cicatrizes de BCG Não prescrever nenhuma dose
Conservação e Validade
A vacina BCG-ID é conservada entre +2ºC e +8ºC, Após reconstituição deve
ser utilizada no prazo Maximo de seis horas. A vacina é fotossensível.
Contra indicações:
Imunodeficiência congênita ou adquirida;
Acometidas por neoplasias malignas;
Em tratamento com corticosteróides em dose elevada ou submetida a outras
terapêuticas imunosupressoras tais como quimioterapia e radioterapia
antineoplásica.
Gravidez.
Precauções:
A vacina deverá ser adiada até três meses após o tratamento com
imunodepressores ou com corticosteróides em dose elevada.
Adiar a vacinação quando a criança for prematura com menos de 36 semanas
e o peso for inferior a 2.000g.
Uso Concomitante de Vacinas:
Pode ser administrada concomitantemente com todas as vacinas do calendário
atual, desde que aplicadas em locais separados.
Atenção: Após BCG intradérmica, se a criança não desenvolver cicatriz vacinal
após seis meses, recomenda-se revacinação sem necessidade de teste
tuberculínico (de Mantoux) prévio.
29
Evolução Normal da Lesão Após a Aplicação:
A reação local à vacina intradérmica é a formação de uma pápula no local de
injeção, que progride em tamanho até seis semanas após a inoculação. Uma
pequena crosta pode se formar sobre a lesão, que, de tempos em tempos,
pode se desprender, formando uma pequena úlcera, de onde pode drenar uma
secreção purulenta, às vezes em grande quantidade. Esta úlcera deve
cicatrizar ao redor da 12ª semana, restando uma cicatriz circular. Este evento é
esperado e deve ocorrer até o sexto mês de vida.
Entre a 1º a 2 º semana forma-se uma macula avermelhada com enduração
local de cerca de 5 a 15 mm de diâmetro.
Entre a 3º a 4º semana esta macula evolui para pústula com o amolecimento
do centro da lesão, seguida pelo aparecimento da crosta.
Da 4º a 5º semana: nota-se ulcera com cerca de 4 a 10 mm de diâmetro.
Da 6º a 12º semana forma-se cicatriz com cerca de 4 a 7 mm de diâmetro,
encontrada em cerca de 95%, do vacinados.
Eventualmente pode haver recorrência da lesão mesmo depois de ter ocorrido
à completa cicatrização.
OBS. Orientar paciente a não colocar qualquer tipo de cobertura ou
medicamento.
Eventos adversos
A vacina BCG-ID pode causar eventos adversos locais, regionais ou
sistêmicos. Dependendo da localização, extensão e gravidade as complicações
podem ser classificadas da seguinte forma:
Lesões locais e regionais mais freqüentes: Úlcera com diâmetro maior que 1 cm; Abscesso subcutâneo frio; Abscesso subcutâneo quente; Llifadenopatia regional supurada; Cicatriz quelóide; Reação lupoíde.
30
OBS. Os eventos adversos locais e regionais (úlcera com diâmetro maior que 1
cm, abscesso e linfadenopatia regional e supurada) são decorrentes, na
maioria dos casos, de técnica incorreta na aplicação de vacina.
Lesões resultantes de disseminação podem ser localizadas ou generalizadas e
sua incidência é bastante rara.
a) Lesões localizadas
-em pele;
-osteoarticulares;
-em linfonodos;
-em um único órgão;
b) Lesões generalizadas, acometendo mais de um órgão.
Acidentes com Profissionais de Saúde Durante a Aplicação da Vacina BCG
Nas situações de contato acidental com a vacina BCG na mucosa ocular, como
precaução, recomendamos lavar com soro fisiológico ou água o olho
acometido. Solicitar avaliação do oftalmologista após o acidente e retornar em
30 dias para a reavaliação medica, se necessário. Nas situações de acidente
perfuro cortante com a vacina BCG, recomenda-se a limpeza local com água
ou soro fisiológico.
12 VACINA HEPATITE B
Composição e Apresentação
31
Vacina de partículas de HbsAg produzidas por DNA recombinante, por método
de engenharia genética, tendo como adjuvante o hidróxido de alumínio e
como conservante o timerosal. É apresentada sob a forma liquida, em ampolas
com múltiplas doses.
Faixa etária de Aplicação
Iniciar, preferencialmente, logo após o nascimento, nas primeiras doze horas
de vida, simultaneamente com a vacina BCG.. Atualmente, é aplicada, na
rotina, em menores de 24 anos . Em situações especiais, poderá ser feita em
pessoas acima desta idade.
Obs. (neste ano de 2012, a faixa etária ampliará para 29 anos)
Via de Administração
Intramuscular profunda, no vasto lateral da coxa; em crianças com mais de
dois anos de idade, pode ser aplicada na regiao deltóide. Não deve ser
aplicada na região glútea, pois a adoção desse procedimento se associa com
menor produção de anticorpos.
Esquema de Imunização
O esquema consiste em três doses. As duas primeiras doses devem ser
aplicadas com intervalo de um mês e a terceira, seis meses após a primeira
(0 ,1,6). Caso a primeira dose tenha sido aplicada quatro meses ou mais após
a primeira dose, o intervalo entre a segunda e a terceira dose deve ser de, no
mínimo, dois meses.
Caso o intervalo entre as doses tenha sido ultrapassado, não há necessidade
de recomeçar o esquema apenas completá-lo.
Nos prematuros, menores de 36 semanas de gestação ou em recém nascidos
a termo de baixo peso (menor de 2kg), seguir esquema de quatro doses:0,1, 2
e 6 meses de vida.
32
Na prevenção da transmissão vertical em recém nascidos de mães portadoras
da hepatite B, administrar a vacina e a imunoglobulina humana anti-hepatite B
(HBIG).
A dose da IGHAHB é única de 0,06 ml/kg de peso corporal. Para recém-
nascidos e lactentes a dose indicada é de 100 UI ou 0,5 ml.
As gestantes imunizadas para a hepatite B, com esquema vacinal completo de
três doses, não necessita o reforço vacinal. Aquelas não imunizadas ou com
esquema vacinal incompleto devem receber três doses da vacina nos
intervalos 0, 1 e 6 meses e ou completar o esquema já iniciado. A dose da vacina
varia de acordo com a idade: 0,5 ml ate 19 anos de idade e 1,0 ml a partir desta.
Considerando que nos grupos de risco (renais crônicos, politransfundidos,
hemofílicos, etc.) ocorre uma menor produção de anticorpos, administrar o
dobro da dose, ou seja, 2,0 ml para adultos e 1,0 ml para crianças.
Conservação e Validade
Deve ser conservada entre +2ºC e +8ºC. O congelamento inativa a vacina.
Depois de aberto o frasco-ampola de múltiplas doses, a vacina poderá ser
utilizada ate o final do prazo de validade.
Contra Indicação
A ocorrência muito rara, de reação anafilática sistemática após a aplicação de
dose anterior.
Eventos Adversos
Manifestações locais:
enduração, dor e rubor no local da aplicação. Eventualmente podem ocorrer
abscessos locais, decorrentes da contaminação bacteriana secundaria por
falha técnica de aplicação vacinal.
Manifestações sistêmicas
Febre nas primeiras 24 horas após a vacinação, geralmente é bem tolerada e
auto limitada. Fadiga, tontura, cefaléia, irritabilidade, desconforto gastrintestinal
leve podem estar presentes.
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A purpura trombocitopênica idiopática após a vacina contra hepatite b é um
evento raro cuja relação causal é de difícil de ser comprovada.
Uso Concomitante de Vacinas
Pode ser administrada concomitantemente com todas as vacinas do calendário
atual, desde que aplicadas em locais separados.
Profilaxia pós-exposição para hepatite B
Tipo de Exposição ImunoprofilaxiaContato doméstico – portador crônico VacinaçãoContato doméstico – caso agudo com
exposição a sangueVacinação + HBIG
Contato doméstico – caso agudo – outros VacinaçãoPerinatal Vacinação + HBIG
Sexual – portador crônico VacinaçãoSexual – infecção aguda Vacinação + HBIG
34
13 VACINA TETRAVALENTE – DTP + HIB
Composição e Apresentação
A vacina combinada contra a DTP é obtida através da reconstituição da vacina
conjugada contra haemophilus influenzae tipo b (HIB), liofilizada, com a vacina
DTP liquida. É apresentada em frasco ampola, sob a forma liquida contendo
2,5 ml. (atualmente é frasco ampola e 10 ml).
Indicação
A vacina é segura, imunogênica e eficaz contra graves infecções que podem
ser causadas pelo haemophilus influenzae, difteria tétano e coqueluche. Em
crianças menores de 2 anos.
Via de administração
É por via intramuscular profunda, no vasto lateral da coxa.
Esquema
Administrar aos 2, 4 e 6 meses de idade. O intervalo entre as doses é e 60 dias
e mínimo de 30 dias.
São indicados 2 reforços com a vacina DTP, o primeiro aos 15 meses de idade
e o segundo aos 4 anos ( idade máxima para administrar esta vacina é aos 6
anos, 11 meses e 29 dias).
Conservação e validade
Após a reconstituição utilizar a vacina por 5 dias. Frascos de 10 doses a
validade é 30 dias.
Contra indicação
Ocorrência de reação anafilática ou encefalopatia aguda grave a
aplicação da vacina tetravalente anterior constitui contra indicação
absoluta para a administração de outra dose da vacina.
Precauções
Doenças febris moderadas ou graves. Adiar a vacinação até resolução
do quadro;
35
Portadores de doenças neurológicas crônicas e com risco de descompensação devido a febre, tais como cardiopatas e pneumopatas graves;
Recém nascidos prematuros extremos (menor que 31 semanas)
Reações adversas
Manifestações locais
Vermelhidão local, calor,endurecimento e edema, acompanhados ou não de
dor, podem comprometer temporariamente a movimentação do membro , e
resultam provavelmente da ação irritativa dos componentes da vacina em
especial do adjuvante contendo alumínio.Ocasionalmente pode ocorrer nódulo
indolor no local da injeção, que muitas vezes é reabsorvido lentamente ao
longo de varias semanas.
Em alguns casos, pode haver formação de abscesso no local da aplicação que
pode estéril (abscesso frio), causado em certo casos pela inoculação
subcutânea inadvertida de vacina para aplicação intramuscular, ou séptico
(abscesso quente), contendo pus que se fomou como conseqüência de
infecção bacteriana secundaria.
Manifestações sistêmicas
Febre e vômito, principalmente nas primeira 24 horas depois da
administração da vacina;
Sonolência nas primeiras 24 horas podendo persistir até as 72 horas
seguintes;
Choro persistente: duração maior ou igual a 3 horas de forma continua
e inconsolável;
Convulsão: crises tônicos clônicas generalizadas associada a perda da
consciência e disfunção autonômica ( relaxamento dos esfíncteres,
hipersalivação), geralmente associada a febre maior que 38 °C
especialmente em crianças entre 3 a 6 meses nas primeira 72 horas
após a aplicação da vacina.
14 VACINA ORAL CONTRA A POLIOMIELITE
36
Composição e Apresentação
A VOP é indicada para a prevenção da poliomielite e é produzida a partir de
vírus vivos atenuados. Contem os três tipos de poliovírus atenuados (tipos I, II
e III) e ainda conservantes (antibióticos) e termoestabilizador.
É apresentada sob a forma liquida, habitualmente em frasco, aplicador e
tampa rosqueável, moldados em plástico maleável e resistente, contendo 20
ou 25 doses.
Faixa Etária de Aplicação
A vacinação de rotina é recomendada a partir dos dois meses de idade.
Situações epidemiológicas especiais podem indicar a vacinação a partir do
nascimento da criança. Em campanhas maciças, a vacina é administrada nas
crianças com menos de cinco anos de idade, independente do estado vacinal
prévio.
Via de Administração
A vacina contra a poliomielite deve ser administrada por via oral. Cada dose
corresponde a duas gotas, que equivalem a 0,1ml, ou de acordo com as
especificações de cada fabricante. Não há necessidade de jejum prévio. O
único cuidado é que uma nova dose deve ser administrada caso a criança
regurgite.
Esquema de Imunização
A imunização básica é feita em três doses a partir dos dois meses de idade,
obedecendo a um intervalo de 60 dias entre as vacinações.
Uma quarta dose de reforço deve ser aplicada aos 15 meses de idade. O
intervalo mínimo entre as doses é de 30 dias.
No caso em que a criança tenha tomado a terceira dose após os 6 meses de
idade, considerar o intervalo mínimo de 6 meses após a ultima dose para
administrar o reforço.
Conservação e Validade
37
Nos refrigeradores da sala de vacina deve ser mantida sob a refrigeração
entre+2ºC e +8ºC. Após aberta, deverá ser utilizada por um período de cinco
dias.
Contra Indicação Pessoas com imunodeficiência, neoplasias, ou uso de terapia
imunossupressora;
Alergia tipo anafilática a antibióticos contidos na vacina (neomicina,
polimixina e estreptomicina);
Pólio vacinal associado à dose anterior.
Precauções
Infecção por HIV:raros casos de paralisia pós-vacinal foram relacionados ao
HIV. Nesses pacientes a vacina recomendada é a pólio inativada (VIP);
Embora não exista relato adverso à VOP quando administrada em grávidas,
esta deve ser evitada na gestação devido a risco teórico. Quando necessário,
administrar a VIP;
Em doenças agudas febris e moderadas ou graves , recomenda-se adiar a
vacinação ate a resolução do quadro com o intuito de não atribuir à vacina as
manifestações da doença.
OBS. Diarréia e vômitos não constituem contra indicações. Idealmente deve se
adiar a vacinação ou repetir a dose após quatro semanas.
Uso Concomitante de Vacinas
A VOP pode ser oferecida ao mesmo tempo com outras vacinas do esquema
de imunização, sem prejuízo na resposta imune ou aumento dos efeitos
adversos.
Quando o uso não for concomitante, o intervalo sugerido é:
• Pólio oral e Rotavírus – 15 dias;
• Pólio oral e demais vacinas de vírus vivo atenuado – nenhum intervalo
Eventos Adversos
38
Em geral, a vacina oral contra a poliomielite é bem tolerada e raramente está
associada a evento adverso leve.
Manifestações sistêmicas
Poliomielite aguda associada com a vacina: paralisia flácida e aguda que se
inicia entre 4 a 40 dias após o recebimento da VOP e que apresenta seqüela
neurológica compatível com poliomielite 60 dias após o inicio do déficit motor.
Meningite asséptica e encefalite: em raras ocasiões, particularmente em
crianças imunodeficientes, têm sido relatadas meningite asséptica e encefalite
após a administração da VOP.
Reação de hipersensibilidade: raramente pode ocorrer reação de
hipersensibilidade de intensidade leve aos componentes da vacina (urticária,
exantema pruriginoso).
15 VACINA ORAL DE ROTAVÍRUS HUMANO - VORH
39
Composição e apresentação
Vacina de vírus vivo atenuado, licenciada como nome comercial de Rotarix, é
elaborada com vírus isolados de humanos e atenuados para manter a
capacidade imunogênica, porem não patogênica. É monovalente, ou seja, a
cepa utilizada possui apenas um sorotipo em sua composição que é o G1 (p8)
da cepa RIX4414.
É apresentada em forma de seringa monodose.
Indicação
A vacina para rotavírus está no calendário do Ministério da Saúde e esta
indicada para a prevenção de doença por rotavírus em crianças menores de
seis meses de idade.
Via de Administração
A vacina deve ser utilizada exclusivamente por via oral.
Caso a criança regurgite ou vomite, nova dose não deve ser aplicada.
Esquema
A vacina deve ser aplicada em duas doses, aos 2 (1º dose) e 4 meses de
idade (2º dose). O intervalo mínimo entre as doses é de 4 semanas.
Para esta vacina, também existem restrições de faixa etária porque não há
estudos que garantam a sua segurança fora das faixas etárias estabelecidas.
Primeira dose: a idade mínima é de 1 mês e 15 dias e a idade máxima é de 3
meses e 7 dias. (o registro permanece em dois meses).
Segunda dose: a idade mínima é de 3 meses e 7 dias e a segunda dose é de 5
meses e meio. (o registro permanece em quatro meses).
Esquema básico resumido:1ª dose 2ª dose2 meses 4 meses
Idades limites das dosesIdade 1ª dose 2ª doseMínimo 1 mês e 15 dias 3 meses e 7 dias
Maximo 3 meses e 7 dias 5 meses e 15 diasImportante:
40
Toda dose administrada será considerada dose valida para a criança;
Nenhuma dose que seja administrada fora do prazo recomendados deve ser
repetida;
A 2º dose só será administrada na criança que tenha comprovação da 1 ª dose
expressa no seu cartão de vacina.
Conservação e Validade
A vacina deve ser mantida entre + 2 e +8 C. Depois de aberta, deve ser
utilizada imediatamente, sendo desprezada após 24 horas se não utilizada.
Uso concomitante de vacinas
A vacina para rotavírus pode ser aplicada simultaneamente com as outras
vacinas do calendário, exceto com a vacina antimeningocócica conjugada tipo
C, para a qual não há experiência suficiente para uma recomendação.
Para a pólio oral, se não for utilizada no mesmo dia, deve-se respeitar intervalo
de 15 dias.
Contra Indicação
Imunodeficiencia: a vacina esta contra indicada em crianças com
imunodeficiência;
Uso de medicamentos imunossupressores;
Alergia: a vacina não deve ser administrada em crianças que sabidamente
tenham alguma forma de alergia grave ( broncoespasmo, urticária diseminada
e choque anafilático) a algum dos componentes da vacina, ou a dose previa
desta vacina.
Doença do aparelho gastrointestinal: a vacina não deve ser administrada a
crianças com historia crônica de mal formação congênita do trato digestivo ou
historia previa de invaginação intestinal.
Idade: contra indicada fora dos prazos de idade pré - estabelecidos.
41
Precauções
Doença febril: a vacina não deve ser administrada em indivíduos com quadro
febril moderado a grave. Contudo um quadro leve não deve ser contra
indicação para seu uso.
Vômitos e diarréia: A criança com quadro de diarréia leve sem desidratação
pode ser vacinada. Crianças com quadro de gastroenterite e vômitos devem ter
a vacinação adiada.
Em caso de regurgitação após uso da vacina. NÃO REVACINAR.
Eventos Adversos
Invaginação intestinal: Forma de obstrução intestinal, em que um segmento do
intestino penetra em outro segmento do mesmo. É mais freqüente em crianças
entre 4 e 9 meses de idade, sendo causa mais comum de emergência
abdominal na faixa etária menor de 2 anos. Notificar e investigar todos os
casos de invaginação que ocorram em até 30 dias após a vacina, em ficha
própria.
16 VACINA PNEUMOCÓCICA 10 VALENTE (CONJUGADA)
42
A inclusão desta vacina se configura como grande avanço para a saúde pública
brasileira, uma vez que protegerá as crianças menores de dois anos de idade
contra doenças invasivas e otite média aguda causadas por Streptococcus
pneumoniae sorotipos 1, 4, 5, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F e 23F. Incorporada no
calendário vacinal no ano de 2010.
Composição e Apresentação
A vacina pneumocócica 10-valente é constituída por 10 (dez) sorotipos de
pneumococos (1,4,5,6B,7F,9V, 14, 18C, 19F, 23F) e conjugada com a proteína
D de Haemophilus influenzae para oito de seus sorotipos e carreadores de
toxóide diftérico (DT) e de toxóide tetânico (TT ou T) usados por dois sorotipos.
A vacina contém excipiente cloreto de sódio, fosfato de alumínio e água para
injeção. Não contém conservantes. Apresenta em frascos de unidose , com 0,5
ml.
Faixa etária da Aplicação
Indicada para o primeiro semestre de vida. Podendo ser aplicada até os dois
anos de idade.
Via de administração
A vacina deve ser aplicada exclusivamente por via intramuscular.
A dose é de 0,5 mL. Nas crianças abaixo de dois anos, no vasto lateral da
coxa, e, nas crianças acima de dois anos, no vasto lateral ou deltóide.
Antes da administração da vacina deve-se avaliar o estado de saúde da
criança.
Administrar com cautela em indivíduos com trombocitopenia ou qualquer outro
distúrbio de coagulação, uma vez que pode ocorrer sangramento após a
administração intramuscular nesses pacientes.
Conservação
A vacina deve ser conservada, na embalagem original, para ser protegida da
luz e sob refrigeração entre 2°C e 8°C, não podendo ser congelada.
Esquema de vacinação:
43
Crianças de 2 meses até 6 meses de idade:A primeira dose iniciará a partir de 2 meses de idade. O esquema de vacinação
primária consiste em três doses de 0,5 ml, com intervalo de pelo menos 1 mês
entre as doses, contudo o Programa Nacional de Imunização adotará o
intervalo de 2 meses entre as doses. Desta forma o esquema será de 2, 4 e 6
meses.
Uma dose de reforço é recomendada pelo menos 6 meses após a última dose
do esquema primário, sendo este preferencialmente entre os 12 e 15 meses de
idade.
Resumo do esquema vacinal Pneumocócica 10 valente ( conjugada)Idade-meses Número de doses Reforço
2 – 4 – 6 ou3 – 5 – 7 ou4 – 6 – 8 ou5 – 7 – 9 ou6 – 8 – 10
3 doses com intervalo de 2 meses
01 dose com intervalo mínimo de 06 meses após a ultima dose do esquema primário, aos 12 meses.
Crianças de 7-11 meses de idade:
O esquema de vacinação consiste em duas doses de 0,5 ml, com intervalo de
pelo menos 1 mês entre as doses. O reforço é recomendado no segundo ano
de vida, com intervalo de pelo menos 2 meses. Preferencialmente entre 12 a
15 meses de idade
Resumo do esquema vacinal Pneumocócica 10 valente ( conjugada)Idade -meses Número de doses Reforço
7 – 9 ou8 – 10 ou9 – 11 ou
2 doses com intervalo de 2Meses
01 dose de reforço aos os 12 meses de vida, com intervalo mínimo de 02
meses após a ultima dose, aos 12 meses de idade
10 – 12 ou
11 – 13
2 doses com intervalo de 2meses
Nesta faixa etária, ao receber a 2ª dose, não há a necessidade do reforço
Crianças de 12- <24 meses de idade:
Dose única, no primeiro anos de vida, sem a necessidade de reforçoIdade-meses Número de doses Reforço
12 a <24 dose única -
Contra Indicações
Reação anafilática a doses anteriores
44
Eventos Adversos
As reações locais, como dor , rubor e enduração, são as mais comuns.
Pode ocorrer febre nas primeiras 48 horas, irritabilidade, sonolência e perda de
apetite. Não foram observadas reações graves
Conservação e Validade
A vacina deve ser conservada, na embalagem original, para ser protegida da
luz e sobre refrigeração entre +2 e +8 Cº não podendo ser congelada. Depois
de aberta deve ser utilizada imediatamente, sendo desprezada após 24 horas
se não utilizada.
Uso concomitante de vacinas
Pode ser administrada concomitantemente com todas as vacinas do calendário
atual, desde que aplicadas em locais separados.
17 VACINA MENINGOCÓCICA C ( CONJUGADA)
45
A vacina adsorvida meningococica C (conjugada ) é utilizada para prevenir as
doenças provocadas pela bacteria Neisseria meningitidis do sorogrupo C, esta
bactéria pode ser a causa de infecções graves, as vezes, ate fatais, como a
meningite e a sepse . A vacinação é considerada a forma mais eficaz na
prevenção da DM.
Composição e Apresentação
A vacina meningocócica sorogrupo C, conjugada – CRM197 é apresentada em
embalagem unidose, contendo dois frascos ampola, um contem um pó
liofilizado branco ou esbranquiçado (antígeno), e outro frasco-ampola contem
0,8 ml de um líquido branco opaco (diluente). A solução é preparada antes do
uso. Contem hidróxido de alumínio como adjuvante.
Obs. Ao reconstituir a vacina, agitar suavemente o frasco de diluente (líquido
branco opaco). Retirar 0,6 mL, do diluente e usar para reconstituir o frasco da
vacina meningocócica do sorogrupo C conjugada. Agitar suavemente o frasco
com o produto até que a vacina esteja dissolvida.
Retirar 0,5 Ml, do produto reconstituído, assegurando que não ocorra a
formação de bolhas de ar. Após a reconstituição, a vacina deve ser utilizada
IMEDIATAMENTE.
Faixa etária da Aplicação
Indicada para o primeiro semestre de vida. Podendo ser aplicada ate os 2 anos
de idade.
Via de administração
A vacina deve ser administrada exclusivamente pela via intramuscular
profunda, de preferência na área ântero-lateral da coxa da criança.
Em crianças maiores pode-se utilizar a região deltóide ou mesmo no vasto
lateral da coxa.
Esquema Vacinal
O esquema de vacinação consiste em duas doses de 0,5 ml, com intervalo de
2 mêses entre as doses, a partir dos 3 meses de idade.
O reforço é recomendado no segundo ano de vida, respeitando-se o intervalo
mínimo de 2 meses após o término do esquema primário.
46
Preferencialmente entre 12 á 15 meses de idade. Adota se no esquema vacinal
a idade de 15 meses.
Idade-meses Número de doses ReforçoA partir dos 3 meses 2 doses com intervalo de 2
meses1 dose preferencialmente
entre 12 e 15 meses10 ou 11 meses 2 doses com intervalo de 2
mesesNesta faixa etária, ao
recebera 2ª dose, não há a
necessidade do reforço12 á < 24 meses Dose única -
Contra Indicações
A única contra indicação formal é história de hipersensibilidade ao toxoide
diftérico ou ao toxoide tetânico, que é utilizado para conjugar o polissacáride do
meningococo. Nos pacientes com doença febril aguda, deve-se postergar a
vacinação
Eventos Adversos
Como ocorre com outros imunobiológicos a vacina meningocócica do grupo C,
Conjugada pode causar algumas reações indesejáveis em certas pessoas. A
maioria dos eventos foram registrados no dia da vacinação e nos dias
posteriores, por 3 dias, no mínimo, até um máximo de 6 dias.
Eventos adversos locais descritos são: rubor, edema, endurecimento e
Hipersensibilidade/dor.
Eventos sistêmicos: em crianças menores há relato de febre, choro,
irritabilidade, sonolência ou comprometimento do sono, anorexia, diarréia e
vômitos.
Em adultos os eventos adversos mais relatados foram: vertigem, febre,
cefaléia, náuseas e vômitos, desmaios, mialgia e artralgia.
uso Concomitante de Vacinas
Já foram utilizadas concomitantemente com outras vacinas, como pólio,
hepatite B, Haemophilus e tríplice sem interferência.
18 VACINA FEBRE AMARELA - FA
A vacina é indicada para prevenir a febre amarela..
47
Composição e Apresentação
A vacina contra febre amarela é constituída através de uma preparação de
vírus vivo da febre amarela, da cepa 17D de virulência atenuada,cultivados em
ovos embrionados de galinha, apresentada sob forma liofilizada em frascos de
múltiplas doses, acompanha de diluente próprio.
Faixa etária de Aplicação
Administrar aos 9 meses de idade. Na ocasião de surtos antecipar a idade para
6 Meses.( pode-se vacinar qualquer faixa etária).
Indicação
Para residentes ou visitantes de áreas endêmicas, áreas de transição e áreas
de risco potencial a febre amarela. A finalidade da vacinação é imunizar
determinado número de pessoas, de forma a constituir uma barreira de
proteção que se oponha à propagação geográfica da doença.
Via de Administração
A vacina contra a febre amarela é administrada por via subcutânea. A injeção é
feita, de preferência, na região do deltóide, na face externa superior do braço,
ou na face ântero-lateral externa do antebraço, podendo, também, ser
administrada na região do glúteo, no quadrante superior externo.
Esquema Vacinal
Dose única de 0,5 ml, aos 9 meses de idade , com reforço a cada 10 anos.
A vacina contra febre amarela deve ser aplicada simultaneamente ou com
intervalo de 15 dias para as outras vacinas virais vivas. Excetua-se a vacina
oral contra a pólio, que pode ser aplicada simultaneamente ou com qualquer
intervalo.
Obs. Para os viajantes, a vacina deve ser feita com pelo menos dez dias de
antecedência.
Conservação e Validade
48
A vacina contra a febre amarela, na instância local, é conservada entre +2ºC e
+8ºC, após a diluição, utilizar no prazo Maximo de 6 horas.
Contra Indicação Contra indicada a menores de 6 meses (A administração da vacina nos
menores de seis meses, especialmente os menores de quatro meses, apresenta maior risco de complicações neurológicas);
Imunodepressão transitória ou permanente, induzida por doenças ou pelo tratamento;
Gestação em qualquer fase;
Também está contra indicada nos pacientes infectados pelo vírus HIV que estejam sintomáticos;
Reações anafiláticas a ovo de galinha.
Precauções
Indivíduos com HIV positivo, em regiões de médio e alto risco para a febre amarela, devem ter sua vacinação avaliada levando-se em conta sua contagem de CD4 e carga viral.
Doenças agudas febris de moderada e grave recomenda - se adiar a vacinação até resolução do quadro .
Eventos adversos
Dor no local da injeção (duração cerca de 1 a 2 dias) e febre(duração cerca de
1 a 3 dias ) são os efeitos adversos mais comuns.
Raramente, observam-se eritema, urticária, asma, náuseas ou linfadenopatia.
Segundo o manual de vacinação do Hospital Albert Aiensten (2009) - Há 21
casos descritos de encefalite relacionados com a vacinação em um total de
mais de 200 milhões de doses aplicadas. A maioria dos casos ocorre em
crianças abaixo de seis meses de idade.
Uso Concomitante de Vacinas
Pode ser utilizada concomitantemente com outras vacinas do esquema rotineiro de imunização, desde que aplicadas em locais separados.19 VACINA TRIPLICE VIRAL
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Composição e Apresentação
Vacina combinada de vírus vivos atenuados contra sarampo, caxumba e
rubéola, Apresentada sob a forma liofilizada, em frasco ampola com múltiplas
doses. O conservante utilizado é a neomicina e os estabilizantes são a gelatina
hidrolizada e o sorbitol ou a albumina humana.
Faixa etária de aplicação
A partir dos 12 meses.
Via de Administração
A injeção é feita, de preferência, na região do deltóide, na face externa superior
do braço, ou na face ântero-lateral externa do antebraço de forma subcutânea.
Esquema
Para as crianças, duas doses são recomendadas. A primeira a partir de 12
meses de idade, e a segunda, entre quatro a seis anos de idade. Para os
adultos, dose única.
Conservação e Validade
A vacina tríplice viral (contra o sarampo, a caxumba e a rubéola), na instância
local, é conservada entre +2ºC e +8ºC, após a diluição, mantida nas condições
mencionadas, deve ser aplicada em prazo Maximo de oito horas.
Contra Indicação
Anafilaxia a dose anterior da vacina; Grávidas não devem ser imunizadas, pelo risco teórico de causar danos
ao feto. Recomenda se que a gravidez seja evitada por 30 dias após a administração da vacina;
Pessoas em uso de corticosteróides em dose imunossupressora devem ser vacinados com intervalo de pelo menos um mês após a suspensão da droga;
Pessoas em uso de quimioterapia imunossupressora só devem ser vacinadas três meses após a suspensão do tratamento;
Transplantados de medula óssea recomenda-se vacinar com intervalo de 2 anos após o transplante;
Nos pacientes com doença neoplásica em evolução; Pessoas com reações alérgicas ao ovo.
Precauções
50
Doenças agudas febris moderadas ou graves deve se adiar a vacinação até resolução do quadro;
Após o uso de sangue ou hemoderivados, a vacinação deve ser postergada por pelo menos três meses.
Reações Adversas
Manifestações locais são poucos freqüentes, e são caracterizadas por edema,
vermelhidão, e limitação de movimentos acentuada e duradoura.
Manifestações sistêmicas: Febre que pode perdurar por 2 a 3 dias, cefaléia,
irritabilidade, conjuntivite ou manifestações catarrais (pode ocorrer entre o 5º e
o 12º dia depois da aplicação).
20 VACINA DUPLA VIRAL - SR
51
Composição e Apresentação
Vacina combinada de vírus vivos atenuados contra sarampo e a rubéola,
apresentada sob a forma liofilizada, em frascos de múltiplas doses.
Idade de Aplicação
A partir dos doze meses. Utilizada para aplicação em mulheres em idade fértil.
Via de Administração
A injeção é feita, de preferência, na região do deltóide, na face externa superior
do braço, ou na face ântero-lateral externa do antebraço de forma subcutânea.
Esquema
Dose única de 0,5ml em pessoas acima de 19 anos.
Conservação e Validade
Conservar em geladeira, entre +2ºC e +8ºC. Após a diluição, mantida nas
condições mencionadas, deve ser aplicada em prazo máximo de 8 horas.
Contra Indicação
Anafilaxia a dose anterior da vacina;
Grávidas não devem ser imunizadas, pelo risco teórico de causar danos
ao feto. Recomenda-se que a gravidez seja evitada por 30 dias após a
administração da vacina;
Pessoas com imunodeficiência congênita ou adquiridas. Infecção
assintomática pelo HIV não constitui contra-indicação;
Pessoas em uso de corticosteróides em dose imunossupressoras devem
ser Vacinadas com intervalo de pelo menos um mês após a suspensão
da droga;
Pessoas em uso de quimioterapia imunossupressora só devem ser
vacinadas três meses após a suspensão do tratamento;
Transplantados com medula óssea recomenda-se vacinar com intervalo
de 2 anos após o transplante.
Precauções
52
Doenças agudas febris moderadas ou graves: recomenda-se adiar a
vacinação até a resolução do quadro com o intuito de não se atribuir à
vacina as manifestações da doença;
Após o uso de imunoglobulina, sangue e derivados: a vacinação deverá
ser adiada por pelo menos três meses devido ao possível prejuízo na
resposta Imunológica .
Eventos Adversos
Idem a vacina Sarampo, caxumba e rubéola - SCR.
21 VACINA TRÍPLICE BACTERIANA – DTP
53
Composição e Apresentação
A vacina tríplice produz imunidade contra as seguintes doenças: difteria,
coqueluche e tétano. Existem três tipos de vacina:
• Tríplice de células inteiras – DPT;
• Tríplice acelular – DPaT;
• Tríplice acelular tipo adulto – dpaT
A DPT contém toxoide diftérico, toxoide tetânico e suspensão de Bordetella
pertussis inativada, tendo como adjuvante hidróxido ou fosfato de alumínio,
sendo apresentada sob a forma líquida em frasco-ampola com múltiplas doses.
Faixa etária de Aplicação
A vacina é administrada a partir dos dois meses de idade até os seis anos, 11
meses e 29 dias.
Via de Administração
Intramuscular profunda, no vasto lateral da coxa. Em crianças com mais de 2
anos de idade pode ser aplicada na região deltóide.
Esquema
É administrada aos 15 meses de idade e aos 4 anos.
Obs. A idade máxima a ser administrada esta vacina é aos 6 anos, 11 meses e
29 dias. Os comunicantes domiciliares e escolares de casos de difteria não
vacinados, com esquema incompleto ou com situação vacinal desconhecida,
administrar 1 dose da vacina DTP( em menores de 7 anos) e dT( crianças com
7 anos ou mais). Em casos de ferimentos graves ou comunicantes de pessoas
com difteria, antecipar a dose de reforço quando a ultima dos foi administrada
há mais de 5 anos.
Conservação e Validade
54
Depois de aberto o frasco ampola de múltiplas doses, a vacina poderá ser
utilizada até o final do prazo de validade.
Contra Indicação
A ocorrência de reação anafilática ou encefalopatia aguda grave subseqüente a aplicação da vacina constitui contra indicação absoluta para administração de outras doses dessa vacina;
Idade maior que 7 aos de idade.
Convulsões até 72 horas após a administração da vacina
Obs. Quando a vacina tríplice bacteriana é contra-indicada, devido à ocorrência
de convulsões ou colapso circulatório ), administrar a vacina tríplice bacteriana
acelular (DTP acelular) ou, quando não disponível, a dupla tipo infantil (DT).
Precauções
Doenças agudas febris moderada ou graves: recomenda-se adiar a vacinação até resolução do quadro;
Portadores de doenças neurológicas crônicas e com risco de
descompensação devido a febre, tais como cardiopatas e pneumopatas
graves.
Eventos adversos
Febre: geralmente aparece nas primeiras horas após a aplicação da
vacina, ou até o dia seguinte. Com a aplicação das doses seguintes,
poderá aumentar a freqüência das reações febris.
Hiperemia ( vermelhidão) calor, endurecimento e edema, acompanhados
ou não de dor, poucos intensos e restritos ao local de aplicação. Estas
manifestações podem comprometer, por algum tempo, a movimentação
do membro e provocar dificuldade de andar.
Nódulo indolor no local da injeção: desaparece após algumas semanas.
Sonolência: manifesta-se em geral nas primeiras 24 horas após a
aplicação da vacina, podendo persistir por até 3 dias.
55
Anorexia: é transitória e de leve intensidade.
Vomito: em geral este evento adverso é relatado após a primeira dose da vacina, sendo pouco comum.
Uso concomitante de Vacinas
É permitido o uso concomitante com todas as vacinas do calendário atual.
22 VACINA CONTRA A DIFTERIA E O TÉTANO: DUPLA (DT E DT)
Existem dois tipos de vacinas contra a difteria e o tétano: a dupla tipo infantil
(DT) e a dupla tipo adulto (dT).
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Composição e Apresentação
A vacina Dt contém toxóide tetânico diftérico, tendo como adjuvante hidróxido
ou fosfato de alumínio. E o timerosal como preservativo. E apresentada sob a
forma liquida em frasco ampola com múltiplas doses.
Faixa etária de aplicação
DT (infantil) para crianças até os seis anos de idade;
Dt (adulto) Poderá ser aplicada a partir de 7 anos de idade.
Indicação
A vacina dupla tipo infantil (DT) é indicada para crianças até os seis anos e
onze meses, que tenham apresentado encefalopatia nos primeiros sete dias
após a vacinação com a DTP. A dupla infantil é uma opção, quando após a
aplicação da DTP ocorrem convulsões nas primeiras 72 horas ou episódio
hipotônico-hiporresponsivo (EHH) nas primeiras 48 horas, conforme Manual de
Vigilância Epidemiológica dos Eventos Adversos Pós-Vacinação.
A vacina dupla tipo adulto (dT) é indicada a partir dos sete anos de idade,
para prevenção do tétano acidental e da difteria. É também indicada para a
vacinação de mulheres em idade fértil (12 a 49 anos) e gestantes,
principalmente para a prevenção do tétano neonatal.
Via de Administração
Intramuscular profunda, preferencialmente na região deltóide.
Esquema
Três doses aplicadas com intervalo de dois meses, mínimo de um mês.
O aumento do intervalo entre as doses não invalida as anteriores e, portanto
não exige que se reinicie o esquema.
Reforço: de dez em dez anos, por toda a vida. E de 5 anos em caso de
acidente ou gestação.
Vacinação em gestantes:
É realizada para a prevenção do tétano no recém nascido e para a proteção da
gestante.
57
Gestantes não vacinadas: três doses de dois em dois meses ( intervalo mínimo
de 1 mês) , aplicando se a primeira dose o mais precocemente possível.Caso
só haja tempo para aplicar duas doses, a segunda deve ser aplicada 20 dias,
ou mais, antes da data provável do parto.
Gestantes vacinadas: na gestante que já recebeu uma ou duas doses da
vacina contra o tétano ( DTP,tetra e Dt) deverão completar o esquema básico
de 3 doses.
Reforço: se ocorrer nova gravidez 5 anos, ou mais, depois da aplicação da
ultima dose, aplicar uma dose de reforço. A dose de reforço deve ser aplicada
20 dias ou mais antes da data provável do parto.
Conservação e Validade
Depois de aberto o frasco ampola de múltiplas doses, a vacina poderá ser
utilizada até o final do prazo de validade.
Contra Indicação
A ocorrência de reação anafilática ou eventos neurológicos subseqüentes a
aplicação da Vacina dupla bacteriana constitui contra indicação absoluta para a
administração de outras doses dessa vacina;
Eventos Adversos:
A mais importantes reações adversas são as que ocorrem no local da
aplicação.
Os adjuvantes que contém alumínio, em produtos adsorvidos, podem
teoricamente causar alterações inflamatórias com mais freqüência. A febre
pode ou não acompanhar as reações locais, quando a associação está
presente as manifestações locais são acentuadas, isso se observa nos
indivíduos com altas concentrações de antitoxina tetânica.
Cefaléia, irritabilidade, sonolência, perda de apetite, vômitos e linfonodomegalia
podem ocorrer, embora com menos freqüência.
23 VACINA ANTI RABICA HUMANA- VARH
Composição e Apresentação
58
São produzidas em culturas de células com cepas de vírus rabicos inativados e
purificados. São apresentadas sob a forma liofilizada, acompanhadas de
diluente.
Faixa etária de aplicação
Pode ser Aplicada em qualquer idade
Indicação
O uso da vacina e do soro, são parte do programa de profilaxia da raiva. A
conduta de indicação de aplicação da vacina e soro anti-rábico deve ser
realizada pelo profissional de saúde devidamente capacitado. O esquema de
profilaxia pode ser de 2 tipos: pré exposição e pós exposição.
Via de Administração
A via de aplicação recomendada é a intramuscular, na região do deltóide ou
vasto lateral da coxa. Em crianças até 2 anos de idade, está indicado o vasto
lateral da coxa. A vacina não deve ser aplicada na região glútea.
Esquema
Pré - exposição
A profilaxia pré exposição, deve ser indicada para pessoas com risco de
exposição permanente ao vírus da raiva, durante as atividades ocupacionais
(veterinários, biólogos, profissionais que atuam no campo de captura,
vacinação, funcionários de zoológicos e de petshops).
O esquema consiste em 3 doses, nos dias 0, 7 e 28. O controle sorológico é
realizado a partir do 14º dia após á ultima dose do esquema. Em caso de titulo
insatisfatório, isto é menor que 0,5 UI/ ml, aplica se 1 dose de reforço e repete
se o controle sorológico após o 14º dia.
A profilaxia pré - exposição apresenta as seguintes vantagens:
Protege contra a exposição inaparente;
Simplifica a terapia pós - exposição, eliminando a necessidade de
imunização passiva, e diminui o número de doses da vacina;
Pós – exposição
59
Deve se fazer anamnese completa, utilizando se a ficha de atendimento anti-
rábico humano, visando a indicação correta da profilaxia. Classificar o acidente
de acordo com as características, detalhadas no esquema a seguir, do
ferimento e do animal agressor.
Local do acidente – acidentes que ocorrem em regiões próximas ao sistema
nervoso central (cabeça, face ou pescoço) ou em locais muito inervados (mãos,
polpas digitais e planta dos pés) são graves porque facilitam a exposição do
sistema nervoso ao vírus. A lambedura da pele íntegra não oferece risco, mas
a lambedura de mucosas também é grave porque as mesmas são permeáveis
ao vírus, mesmo quando intactas, e também porque as lambeduras,
geralmente, abrangem áreas mais extensas.
Profundidade do acidente – os acidentes devem ser classifi cados como:
superfi ciais quando não há presença de sangramento) ou profundos
(apresentam sangramento, ou seja, ultrapassam a derme). Os ferimentos
profundos, além de aumentar o risco de exposição do sistema nervoso,
oferecem difi culdades à assepsia. Mas vale ressaltar que os ferimentos
puntiformes são considerados como profundos e algumas vezes não
apresentam sangramento.
Extensão e número de lesões – deve-se observar a extensão da lesão e se
ocorreu apenas uma única lesão ou múltiplas, ou seja, uma porta de entrada ou
várias.
De acordo com os critérios acima estabelecidos, as exposições podem ser
assim classificadas:
Acidentes leves
• ferimentos superfi ciais, pouco extensos, geralmente únicos, em tronco e
membros (exceto mãos, polpas digitais e planta dos pés); podem acontecer em
decorrência de mordeduras ou arranhaduras causadas por unha ou dente;
• lambedura de pele com lesões superfi ciais.
Acidentes graves
• ferimentos na cabeça, face, pescoço, mão, polpa digital e/ou planta do pé;
60
• ferimentos profundos, múltiplos ou extensos, em qualquer região do corpo;
• lambeduras de mucosas;
• lambeduras de pele onde já existe lesão grave;
• ferimentos profundos causados por unha de gato;
• quaisquer ferimentos causados por morcego
O contato indireto, como a manipulação de utensílios potencialmente
contaminados,e a lambedura na pele íntegra não são considerados acidentes
de risco e não exigem tratamento profi lático.
Características do animal envolvido no acidente
avaliar se o animal estava sadio ou apresentava sinais sugestivos de raiva. A
maneira como ocorreu o acidente pode fornecer informações sobre seu estado
de saúde. O acidente provocado (por exemplo, o animal que reage em defesa
própria, a estímulos dolorosos ou outras provocações) geralmente indica uma
reação normal do animal, enquanto que a agressão espontânea (sem causa
aparente) pode indicar alteração do comportamento e sugere que o animal
pode estar acometido de raiva. Lembrar que o animal também pode agredir
devido à sua índole ou adestramento;
possibilidade de observação do animal por 10 dias – mesmo se o animal
estiver sadio no momento do acidente, é importante que seja mantido em
observação por 10 dias. se em todo esse período permanecer vivo e saudável,
não há risco de transmissão do vírus;
hábitos de vida do animal – o animal deve ser classifi cado como domiciliado
ou não-domiciliado. Animal domiciliado é o que vive exclusivamente dentro do
domicílio,não tem contato com outros animais desconhecidos e só sai à rua
acompanhado do seu dono. Desse modo, esses animais podem ser classifi
cados como de baixo risco em relação à transmissão da raiva. Ao contrário,
aqueles animais que passam longos períodos fora do domicílio, sem controle,
devem ser considerados como animais de risco, mesmo que tenham
proprietário e recebam vacinas, o que geralmente só ocorre nas campanhas de
vacinação.
Conservação e validade
61
Manter a vacina em geladeira entre 2°C e 8°C. Após aberto, utilizar o frasco
em no máximo oito horas.
Contra indicação
Não há contra indicação para a vacina anti-rábica devido a gravidade da
doença que apresenta letalidade igual a 100%. Sempre que possível,
recomenda-se a interrupção do tratamento com corticóides e ou
imunossupressores, ao iniciar o esquema de vacinação.
Precauções
Evitar a ingestação de álcool exercícios físicos exarcerbados durante todo o
tratamento profilático da raiva.
Eventos adversos
Manifestações locais
Caracterizadas por duro, prurido, edema, enduração e pápulas urticariformes
são relatadas em 15 a 25% dos vacinados. Outras manifestações locais
relatadas são abscesso no local da injeção e linfadenopatia regional. Os
abscessos ocorrem quando há contaminação no local de inoculação e estão
normalmente relacionados a erro de técnica.
Manifestações Sistêmicas
Febre, mal estar, cefaléia, náuseas, dor abdominal, dores musculares e
tonturas são referidas de 10 a 20 % dos casos e podem ocorrer durante ou
após a administração do esquema vacinal.
Manifestações de hipersensibilidade As manifestações mais freqüentes são:
exantema pruriginoso generalizado, urticária, artralgia, artrites, angioedema e
raramente anafilaxia.
Esquema para profilaxia da raiva humana com vacina de cultivo celularAnimal agressor Cão o gato sem Cão ou gato Cão ou gato raivoso,
62
Tipo de exposição suspeita sem suspeita de raiva no momento da agressão
clinicamente suspeito de raiva no momento da agressão
desaparecido ou morto; Animais silvestres ( inclusive domiciliado) animais domésticos de interesse econômico ou de produção
Contato Indireto Lavar com água e sabão não tratar
Lavar com água e sabão não tratar.
Lavar com água e sabão não tratar
Acidentes Leves:Ferimentos superficiais, pouco extensos, geralmente únicos, em tronco e membros (exceto mãos e polpas digitais e planta dos pés); podem acontecer em decorrência de mordeduras ou arranhaduras causadas por unha ou dente lambedura de pele com lesões superficiais.
Lavar com água e sabão observar o animal durante10 dias após a exposição se o animal permanecer sadio no período de observação, encerrar o caso se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso, administrar cinco doses de vacina (dias 0, 3, 7,14 e 28)
Lavar com água e sabão iniciar esquema com duas doses, uma no dia 0 e outra no dia 3 observar o animal durante 10 dias após a exposição1 se a suspeita de raiva for descartada após o 10º dia de observação, suspender o esquema e encerrar o caso se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso, completar o esquema até cinco doses.Aplicar uma dose entre o 7º e o 10º dia e uma dose nos dias 14 e 28
Lavar com água e sabão iniciar imediatamente o esquema com cinco doses de vacina administradas nos dias 0, 3, 7, 14 e 28
Acidentes Graves ferimentos na cabeça, face, pescoço, mão, polpa digital e/ou planta do pé ferimentos profundos, múltiplos ou extensos, em qualquer região do corpo, lambedura de mucosas, lambedura de pele onde já existe lesão grave. Ferimento profundo causado por unha de animal.
Lavar com água e sabão. Observar o animal durante 10 dias após e exposição.Iniciar esquema com duas doses, uma no dia 0 e outra no dia 3.se o animal permanecer sadio no período de observação, encerrar o caso se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso, dar continuidade ao esquema.Administrando o soro completando o esquema até cinco doses. Aplicar uma dose entre o 7º e o 10º dia e uma dose nos dias 14 e 28
Lavar com água e sabão iniciar o esquema com soro e cinco doses de vacina nos dias 0, 3, 7, 14 e 28.
Observar o animal durante 10 dias após a exposição se a suspeita de raiva for descartada após o 10º dia de observação, suspender o esquema e encerrar o caso
Lavar com água e sabão. Iniciar imediatamente o esquema com soro e cinco doses de vacina aplicadas nos dias 0, 3, 7, 14 e 28
24 SORO ANTI-RÁBICO HETERÓLOGO
63
é uma solução concentrada e purifi cada de anticorpos, preparada em
eqüídeos imunizados contra o vírus da raiva.
Obs. O soro anti-rábico deve ser infiltrado nas portas de entrada. Quando não
for possível infiltrar toda a dose, aplicar o Máximo possível e a quantidade
restante, a menor possível, aplicar pela via intramuscular, podendo ser utilizada
a via glútea, sempre aplicar em local anatômico diferente do que foi aplicada a
vacina.
Quando as lesões forem muito extensas ou múltiplas, a dose pode ser diluída,
o menos possível em soro fisiológico para que todas as lesões sejam
infiltradas.
Quando não há soro disponível no momento, aplicar a dose recomendada
antes da aplicação da 3º dose da vacina de cultivo celular.Apos este prazo
NÃO é mais necessário.
A dose do soro anti-rábico é de 40 UI para cada quilo de peso. A dose máxima
é de 3.000 UI.
O uso do soro não é necessário quando o paciente recebeu tratamento
completo anteriormente.
No entanto, em situações especiais, como pacientes imunodeprimidos ou
dúvidas com relação ao tratamento anterior, se houver indicação o soro deve
ser recomendado.
Com o conhecimento existente na literatura disponível e pela experiência
acumulada, é possível inferir que o teste de sensibilidade ao soro heterólogo
tem valor preditivo baixo e por isso não é indicado.
Antes da administração do soro heterólogo, aconselha-se sempre a seguinte
rotina, para qualquer paciente:
garantir bom acesso venoso, mantendo-o com soro fi siológico a 0,9%
(gotejamento lento);
dentro das possibilidades, é conveniente deixar preparado:
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laringoscópio com lâminas e tubos traqueais adequados para o peso e idade;
frasco de soro fisiológico e/ou solução de Ringer lactado;
solução aquosa de adrenalina (preparada na diluição de 1:1 mil) e de aminofi
lina (10ml = 240mg).
Após receber o soro heterólogo, o paciente deverá ser observado pelo prazo
de duas horas.
EVENTOS ADVERSOS
Manifestações locais – pode provocar reações de caráter benigno com dor,
edema e hiperemia e, mais raramente, presença de abscesso.
Manifestações imediatas – choque anafi lático. Raro, mas pode ocorrer na
administração do soro anti-rábico heterólogo. Nas primeiras duas horas após a
aplicação, podem ocorrer formigamento nos lábios, palidez, dispnéia, edemas,
exantemas, hipotensão e perda da consciência.
Manifestações tardias
• Doença do soro – febre, mioartralgia (poliartrite serosa), astenia, cefaléia,
sudorese,desidratação, exantema com máculas e pápulas pruriginosas,
infartamento e infl amações dos linfonodos, vasculite, nefrite.
• Reação de Arthus – vasculite local acompanhada de necrose, dor,
tumefação, rubor, necrose, úlceras profundas.
25 EVENTOS ADVERSOS PÓS VACINAÇÃO
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As vacinas são constituídas por agentes infecciosos atenuados ou inativados
ou por algum de seus produtos ou componetes que apesar do aprimoramento
dos processos utilizados em sua produção e purificação podem induzir a
reações indesejáveis. A incidência das mesmas varia de acordo com as
características do produto utilizado e as peculiaridades da pessoa que o
recebe.
Alguns eventos adversos são observados com freqüência após administração
de algumas vacinas, no entanto as manifestações são geralmente benignas e
transitórias Raramente as reações são graves com o aparecmineto d seqüelas
ou mesmo óbito, nem sempre são reconhecidos os mecanismos
fisiopatológicos envolvidos nessas complicações.
É, portanto indispensável criteriosa avaliação clinica e laboratorial desses
casos, para estabelecimento rigoroso do diagnostico, com a finalidade de que o
evento adverso, a seqüela ou mesmo o óbito não sejam atribuídos a vacina,
sem fundamentação cientifica.
Foi implantado pelo Ministério da Saúde o sistema nacional de Vigilância de
Eventos Adversos pós vacinação, que orienta a notificação e a investigação
desses casos.
Eventos Adversos a Vacinação
Evento Grave
Hospitalização por pelo menos 24 horas;
Disfunção ou incapacidade significativa persistente (seqüela);
Evento que resulte em anomalia congênita;
Risco de Morte (necessidade de intervenção imediata para evitar o
óbito)
Óbito.
Eventos Moderado
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Quando necessita de avaliação médica e exames complementares ou
tratamento médio, não se incluído uma categoria grave.
Evento Leve
Quando não necessita de exames complementares e tratamento médico
Síncope
Ocorre por estimulação do sistema nervoso autônomo. O paciente apresenta
ansiedade, palidez, sudorese, extremidades frias e, às vezes, hipotensão. Está
associada à fobia de injeções e reverte-se espontaneamente desde que o
paciente seja colocado em decúbito dorsal e aguardem-se alguns minutos.
Geralmente não é necessária qualquer intervenção ou medicação, mas é
necessário que os sinais vitais (pressão arterial, pulso e freqüência respiratória)
sejam checados.
Os pacientes que relatam episódios anteriores de síncope ou fobia a injeções
devem ser identificados e permanecer sob observação por 15 minutos após a
vacinação, evitando-se, dessa forma, que a síncope ocorra em local
inadequado e o paciente possa apresentar alguma lesão por queda.
26 REFERENCIAS
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Brasil. Manual de Procedimentos para Vacinação / elaboração de CleliaMaria Sarmento de Souza Aranda et al. 4. ed. - Brasília : Ministério daSaúde : Fundação Nacional de Saúde ; 2001..
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica.Normas técnicas de profilaxia da raiva humana / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2011.60 p. : il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos).
Brasil.Ministério da saúde,Departamento de vigilância pidemiológica.-Informe técnico Proposta para introdução da vacina pneumocócica 10-valente (conjugada) no calendário básico de vacinação da criança. – Brasília: Ministério da Saúde,2010.
Brasil.Ministério da saúde,Departamento de vigilância pidemiológica.-Informe técnico, Proposta para introdução da vacina meningogócica C conjugada no calendário básico de vacinação da criança. – Brasília: Ministério da Saúde, 2010.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual dos centros de referência para imunobiológicos especiais / Ministério da Saúde,Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006.
Manual de imunizações : Centro de Imunizações Hospital Israelita Albert Einstein / Alfredo Elias Gilio, coordenador. - 4.ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2009
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