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AULA 3
ASSUNTO: SOCIEDADE ( ESPÉCIES, TIPOS, SOCIEDADES NÃO
PERSONIFICADAS, SOCIEDADE SIMPLES )
Querido aluno, seguindo nossa estrada em Direito Comercial,
abordaremos nesta aula todos os pontos iniciais sobre sociedade,
inclusive, já dissecaremos algumas delas.
Então, preparado?
1- DA SOCIEDADE SIMPLES E EMPRESÁRIA
Sabe-se que sociedade é uma pessoa jurídica diversa das demais,
elencadas no artigo 44 do Código Civil, por visar a busca de lucro.
Entretanto, não é o seu objetivo que o classifica como empresária ou não.
Como já é sabido por você, caro aluno, o que irá classificar uma sociedade
como empresária ou não, é a maneira como ela desenvolve a sua
atividade:
Se organizada: empresária
Sem organização: simples
Da forma de constituição das sociedades simples e empresárias
Os tipos societários são modelos disponíveis, com características distintas
e específicas que podem ser utilizados, quando da constituição de uma
sociedade.
Segundo o legislador, a sociedade empresária poderá se organizar por um
dos tipos societários a seguir: sociedade limitada, em nome coletivo, em
comandita simples, em comandita por ações ou sociedade anônima. Já a
sociedade simples poderá se organizar por alguns dos tipos societários
que foram conferidos à sociedade empresária, com exceção da sociedade
comandita por ações e da sociedade anônima, além de poder se constituir
como sociedade simples pura ou cooperativa.
Complexo, não?
Então, vamos desenhar para entender melhor. Para isso, ilustre na sua
cabeça a história que contarei a seguir:
Perceba que o ordenamento conferiu à sociedade empresária vários
modelos para a sua constituição. Assim, se você é exercente de atividade
organizada, logo empresária, poderá escolher um dos 5 tipos (modelos)
para se registrar perante a junta e seguir a regra legal do respectivo
modelo.
Já a sociedade simples, em regra, somente poderá usar dois modelos:
simples pura ou cooperativa.
O que fora dito pode ser percebido no quadro abaixo:
SOCIEDADE EMPRESÁRIA SOCIEDADE SIMPLES
LIMITADA
SOCIEDADE EM NOME
COLETIVO
SOCIEDADE EM COMANDITA
SIMPLES
SOCIEDADE EM COMANDITA
POR AÇÕES
SOCIEDADE ANÔNIMA
SIMPLES PURA
COOPERATIVA
Agora, vamos à história ilustrativa:
Eu, Carolina Lima, tenho uma irmã chamada Camille.
E essa, sou eu.....rs
Bom, a fofoca é a seguinte:
Camille é casada com Rodrigo, jogador de futebol.....não, não foi
golpe...Rodrigo é jogador do Tupi....logo, não tem grana....rs.... Rodrigo é
um gato mesmo, e minha irmã é encantada por ele....
Por conta de jogar em clube fora do Rio, Camille, minha caçulinha tem de
ficar longe da família, que mora no Rio.
Assim, em visita rápida à casa de Camille....já que estava por ali de
passagem dando aula em um determinado curso, resolvi, depois de muita
persistência da pequena, ficar até o dia seguinte. Camille estava sozinha
naqueles dias, porque seu marido, Rodrigo, estava concentrado.
O problema todo é que eu não havia levado roupa para sair por ali e
dormir....
Não obstante a isso, Camille interpelou, alegando que eu poderia usar
uma roupa dela.
Fazendo uma analogia, vamos esclarecer o seguinte detalhe. Olhando
Carol e Camille, quem para você parece ser mais “organizada”?
A resposta é: Camille é mais organizada...olhe o corpo dela... tudo em
abundância. Assim, podemos equiparar a Camille às sociedades
empresárias e a Carol, às sociedades simples. A partir de agora, quando eu
falar de Camille, você se lembrará da sociedade empresária, e quando eu
falar de Carol, você deverá se lembrar da sociedade simples. Ok?
Voltemos à nossa história...
Logo, abri seu armário e comecei a escolher o modelito.
Observe que a Camille tem várias roupas e eu, apenas a do corpo e uma
blusa que estava em minha bolsa. Em conclusão a isso, podemos perceber
que enquanto a sociedade empresária dispõe de vários tipos societários, a
sociedade simples tem apenas dois. Por conta dessa desigualdade, o
legislador permitiu que a sociedade simples fizesse uso de alguns tipos
societários disponíveis à sociedade empresária.
A pergunta que lhe faço, meu aluno, é a seguinte: ao usar a roupa de
Camille, eu virei Camille, ou continuei Carol? A resposta é que eu
continuei Carol.
Assim, a sociedade simples, ao se constituir por um tipo societário,
tipicamente empresário, continua sendo uma sociedade simples, devendo
realizar seu registro no RCPJ.
Bom, olhando para o armário de Camille, separei algumas roupas que
acabaram, com jeitinho, dando em mim. Assim, existem roupas de
Camille, que eu poderei usar emprestado.
Vamos visualizar o que foi dito através do quadro de tipo societário:
SOCIEDADE EMPRESÁRIA SOCIEDADE SIMPLES
LIMITADA Pode pegar emprestado
SOCIEDADE EM NOME
COLETIVO
Pode pegar emprestado
SOCIEDADE EM COMANDITA
SIMPLES
Pode pegar emprestado
SOCIEDADE EM COMANDITA
POR AÇÕES
SOCIEDADE ANÔNIMA
SIMPLES PURA
COOPERATIVA
Assim, podemos ter uma sociedade simples do tipo: limitada, em nome
coletivo ou comandita simples.
De volta à história...
Mexendo no armário da caçulinha, Camille, vi aquela calça, que nela fica
maravilhosa, mas jamais poderei usá-la, visto que é muito grande para o
meu corpo, e não tenho como adaptá-la a mim.
Verifica-se com isso, que existem roupas da Camille, que por serem
grandes demais, não caberão em mim. Assim, não poderei usá-las.
Adaptando a história ao nosso assunto do momento, podemos perceber,
que existem tipos societários da sociedade empresária, que por serem
grandes, complexos, não poderão jamais ser usados pela sociedade
simples. Tais tipos são as sociedades por ações. Observe o quadro:
SOCIEDADE EMPRESÁRIA SOCIEDADE SIMPLES
LIMITADA
Pode pegar emprestado
SOCIEDADE EM NOME
COLETIVO
Pode pegar emprestado
SOCIEDADE EM COMANDITA
SIMPLES
Pode pegar emprestado
SOCIEDADE EM COMANDITA
POR AÇÕES
Grande demais – não pode ser
usado pela sociedade simples
SOCIEDADE ANÔNIMA Grande demais – não pode ser
usado pela sociedade simples
SIMPLES PURA
COOPERATIVA
Além de todo o exposto, em observação ao que já falamos, é lógico que
uma roupa da Carol, não dará em Camille, visto que será pequena demais
para tamanha organização.
É coerente perceber que os tipos societários da sociedade simples jamais
poderão ser usados pela sociedade empresária, por ser esta muito
organizada, para utilizar tipos societários tão precários.
Observe no quadro o que fora dito:
SOCIEDADE EMPRESÁRIA SOCIEDADE SIMPLES
LIMITADA
Pode pegar emprestado
SOCIEDADE EM NOME
COLETIVO
Pode pegar emprestado
SOCIEDADE EM COMANDITA
SIMPLES
Pode pegar emprestado
SOCIEDADE EM COMANDITA
POR AÇÕES
Grande demais – não pode ser
usado pela sociedade simples
Conclusão:
As sociedades por ações (S.A e Comandita Simples) sempre
serão sociedades empresárias, e as cooperativas e a simples
pura, sempre serão sociedades simples. Esse é o texto do
artigo982, do Código Civil.
Entendeu agora, o porquê de uma S.A sempre ser empresária, ou de uma
cooperativa sempre ser uma sociedade simples?
Da sociedade dependente de autorização
Existem atividades, em que o seu exercício possui grande relevância para
o interesse público. Assim, acabam se submetendo ao poder público,
quanto à autorização governamental para funcionar e sofrem uma forte
fiscalização. Podemos citar como exemplo: as atividades financeiras, de
seguro, de assistência à saúde e à educação.
Em fundamento ao que fora dito, temos os artigos do Código Civil, que
disciplina tal matéria ( 1.123 a 1.141).
SOCIEDADE ANÔNIMA Grande demais – não pode ser
usado pela sociedade simples
Jamais poderá ser usado pela
sociedade empresária
SIMPLES PURA
Jamais poderá ser usado pela
sociedade empresária
COOPERATIVA
O órgão competente para expedir tal autorização é o poder executivo
federal.
Concedida a autorização, tem a sociedade 12 meses, a contar da
publicação da lei ou do ato administrativo autorizador, para entrar em
funcionamento, a não ser que tenha sido expressamente pactuado prazo
diverso.
Tal autorização é precária e poderá ser cassada pelo concedente:
Art. 1.125. Ao Poder Executivo é facultado, a qualquer
tempo, cassar a autorização concedida a sociedade nacional
ou estrangeira que infringir disposição de ordem pública ou
praticar atos contrários aos fins declarados no seu estatuto.
Da sociedade nacional
De acordo com o artigo 1.126 do CC, é nacional a sociedade:
a) Organizada de acordo com a lei brasileira e
b) Tenha sede de sua administração no país.
A mudança de nacionalidade de uma sociedade exigirá o consentimento
unânime de todos os sócios.
Da sociedade estrangeira
Se a sociedade não apresentar as duas características anteriores, de forma
cumulativa, será considerada sociedade estrangeira, necessitando de
autorização para o seu funcionamento no país.
Apesar de ser impedida de exercer suas atividades sem autorização, a
própria lei lhe confere a possibilidade de ser sócia de uma sociedade
anônima.
Art. 1.134. A sociedade estrangeira, qualquer que seja o seu
objeto, não pode, sem autorização do Poder Executivo, funcionar
no País, ainda que por estabelecimentos subordinados, podendo,
todavia, ressalvados os casos expressos em lei, ser acionista de
sociedade anônima brasileira.
Observe que ao autorizar a possibilidade da sociedade estrangeira de ser
sócia, limitou essa faculdade às sociedades anônimas. Assim, ao que
parece, uma sociedade estrangeira não poderá, sem autorização, ser sócia
de uma sociedade de quotas.
Assim que autorizada, a sociedade deverá promover seu registro na junta
comercial, não podendo iniciar suas atividades antes do respectivo
registro.
A sociedade estrangeira em funcionamento aqui no país se submeterá às
leis e aos Tribunais brasileiros, quanto aos atos aqui praticados.
Quanto ao nome, deverá usar o nome que tiver em seu país, podendo
acrescentar a este as palavras: “do Brasil” ou “para o Brasil”.
A sociedade estrangeira em funcionamento no país deverá manter
permanente representante no Brasil, para receber citação judicial pela
sociedade ou resolver quaisquer questões.
O representante nomeado deverá ter seu instrumento de nomeação
averbado na junta, com os atos constitutivos da sociedade autorizada.
Através de autorização do Poder Executivo a sociedade estrangeira poderá
nacionalizar-se, transferindo sua sede para o país.
Da sociedade entre cônjuges
Observe o que diz o artigo 977, do Código Civil:
Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com
terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão
universal de bens, ou no da separação obrigatória.
Observe, meu aluno, que, em regra, os cônjuges podem ser sócios, sem
qualquer problema.
Entretanto, caso sejam casados sob o regime da comunhão universal, não
poderão estar na mesma sociedade.
O fundamento para esse impedimento encontra-se no fato de nesse
regime de bens ser difícil individualizar a figura dos dois sócios, visto que o
regime de bens dos mesmos os tornam apenas uma única figura na
sociedade.
Percebe-se, também, que aqueles que são casados sob o regime da
separação obrigatória, não poderão estar na mesma sociedade. Entenda o
porquê:
Imagine a seguinte situação...
Fulana, 22 aninhos, se apaixona perdidamente por Zé, 70 anos de idade.
Assim, resolvem se casar. Segundo a legislação, por ter 70 anos de idade,
Zé somente poderá se casar pelo regime da separação obrigatória de
bens.
O ordenamento nesse caso, teve a intenção de proteger a estabilidade
patrimonial dessas pessoas.
Apesar de casados sob o regime da separação obrigatória, Fulana resolve
constituir com seu maridinho uma sociedade. Este entra com bens e
Fulana, com nada.
Assim, fulana teria acesso livre a determinados bens de Zé por conta da
sociedade, burlando a proteção conferida pelo regime de bens.
Foi pensando nisso que o legislador proibiu a possibilidade de ambos
estarem no mesmo quadro social.
Frise-se aqui que não há impedimento dos cônjuges serem sócios de
terceiros. O que se quis dizer é que eles não podem jamais estar no
mesmo quadro societário.
Questionamento interessante é quanto às sociedades constituídas antes
da vigência do CC, que permitia a constituição de sociedade entre
cônjuges casados sob o regime da separação obrigatória e da comunhão
universal de bens.
Resposta a essa indagação encontra-se em posicionamento antigo da
jurisprudência, no sentido de que os atos constitutivos das sociedades são
atos jurídicos perfeitos, orientados pelo sistema vigente à época de sua
constituição.
Logo, não iremos aplicar o impedimento constante no CC às sociedades
constituídas antes da sua vigência, apesar do artigo 2.031 determinar que
as associações, sociedades e fundações, constituídas na forma das leis
anteriores deverão se adaptar às disposições do novo código.
Sociedade unipessoal
Sociedade unipessoal é aquela constituída por um único sócio, o que em
nosso ordenamento jurídico, a princípio, não é permitido.
Entretanto, como exceção a essa regra, temos a sociedade subsidiária
integral, espécie de sociedade anônima que tem como única sócia uma
sociedade brasileira. Outra exceção é a empresa pública que seu capital
pertence integralmente a um único ente.
Apesar de não ser permitida a unipessoalidade, essa poderá ocorrer de
forma temporária, quando, por exemplo, uma sociedade fica com apenas
um único sócio. Nesse caso, estabeleceu o legislador o prazo de 180 dias
para que o sócio remanescente preencha o quadro societário, ou a
transformação da sociedade para empresário individual ou EIRELI, sob
pena de dissolução.
Das características das sociedades
1- Quanto à responsabilidade dos sócios:
Limitada: quando os sócios não respondem com seu patrimônio
pessoal. O máximo que venham a perder é aquilo que investiram na
sociedade, salvo se houver, por determinação judicial, a
desconsideração da personalidade jurídica.
Ilimitada: quando os sócios respondem com seu patrimônio
pessoal. Assim, além de perderem o que investiram, podem ter seus
bens pessoais executados por conta das dívidas da sociedade.
“Cabe lembrar que a sociedade sempre terá responsabilidade
ilimitada, ou seja, todos os bens sociais correm o risco da
atividade.”
2- Quanto ao regime de dissolução e constituição:
Contratuais: são constituídas por um contrato social e dissolvidas
segundo as regras do Código Civil. (todas as sociedades, exceto as
sociedades por ações).
Institucionais: são constituídas por um estatuto e dissolvidas pelas
regras da lei 6.404 (exemplos: sociedade por ações).
3- Quanto à composição:
De pessoas: sociedades intuitu personae – affectio societatis
Trata-se de sociedade que está preocupada com a figura dos sócios.
Assim, a entrada de estranhos ao quadro societário dependerá do
consentimento dos demais sócios.
De capital: sociedades intuitu pencuniae – trata-se de sociedade
que se preocupa com a contribuição pecuniária de cada sócio, não
tendo relevância a pessoa dos sócios. Assim, a entrada de pessoas
estranhas ao capital social não dependerá de consentimento dos
demais sócios.
Em regra, podemos classificar as sociedades da seguinte forma:
Sociedade
Responsabilidade
Regime de
constituição
composição
Sociedade
Limitada
Limitada
Contratual
De pessoas
(salvo
disposição
contratual em
contrário no
contrato
social.)
Sociedade
em nome
coletivo
Ilimitada
Contratual
De pessoas
Sociedade
em
Comanditário:
limitada
Contratual
Comanditado:
de pessoas
comandita
simples
Comanditado:
ilimitada
Comanditário:
de capital
Comandita
por ações
Acionista:
limitada
Diretor: ilimitada
Institucional
De capital
Sociedade
anônima
Limitada Institucional De capital
Sociedade
simples
Ilimitada Contratual De pessoas
Obs. A doutrina contemporânea defende que as sociedades
limitadas poderão assumir uma feição capitalista, quando, por
exemplo, passa a permitir o ingresso de estranhos ao quadro
societário, quando aceita a sucessão dos herdeiros no lugar do sócio
falecido.
Também ostenta que as sociedades anônimas também
podem apresentar natureza de sociedade de pessoas, quando
passam a limitar o ingresso de estranhos ao quadro societário,
como ocorre, por exemplo, com as sociedades anônimas de capital
fechado, com intuito familiar, que limitam a transferência das ações
nominativas.
2- DAS SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADAS
As sociedades despersonificadas são aquelas que não têm
personalidade jurídica, ou seja, não realizaram o respectivo registro.
Estas podem ser do tipo simples ou empresarial, a depender do seu
objeto social, já que aprendemos, que, em regra, o que classifica
uma sociedade como simples ou empresária é a presença da
organização em sua atividade e não a efetivação do registro.
Dos tipos de sociedade despersonificadas:
a) Da sociedade em comum:
A sociedade em comum é aquela que não levou seus atos
constitutivos a registro. Trata-se na verdade de uma sociedade
irregular.
A doutrina costuma diferenciar a sociedade de fato da sociedade
irregular, dispondo que aquela é o tipo de sociedade que não
possui qualquer documento escrito. Os sócios iniciam suas
atividades através de combinados verbais, em união de esforços,
com intuito lucrativo. Esta, por sua vez, é aquela que possui um
contrato escrito, mas que jamais fora levado a registro.
Embora, a princípio, pareça que o legislador ao disciplinar a
sociedade em comum esteja fazendo referência à sociedade
irregular, nada impede que tais regras, por analogia, sejam
aplicadas a uma sociedade de fato.
Logo, a sociedade em comum é o regime aplicado:
Às sociedades irregulares;
Às sociedades de fato
Como esta sociedade não possui personalidade jurídica, fica
difícil comprovar que, naquela atividade desenvolvida, há, na
verdade, uma sociedade.
Tendo em vista tal dificuldade, o legislador, em seu artigo 987,
do CC, previu que os sócios podem comprovar a existência da
sociedade por escrito, mas os terceiros podem comprovar por
qualquer meio.
Vamos ao exemplo:
Suponha-se que João e Maria sejam sócios.
Você é o terceiro contratante e prejudicado pelo contrato.
Você firma contrato, que apenas consta a assinatura de João,
mas você sabe que Maria também é sócia, apesar de nada ter
assinado.
Ao demandar, você que pretende trazer Maria para o pólo
passivo da demanda, junto com João, poderá comprovar que
Maria é sócia, fazendo uso de fotografia, que eventualmente
vocês três tiraram nas tratativas iniciais do contrato, gravação de
voz, e-mail... .ou qualquer outro meio de prova.
Por outro lado, suponha-se que você apenas contratou com João
e não sabe que Maria é sua sócia.
Assim, João, ao se ver no pólo passivo da demanda, quer chamar
também Maria. Para comprovar a sua legitimidade apenas
poderá fazer uso de recursos por escrito, como por exemplo, o
documento do carro que fora comprado em nome de Maria, mas
é usado no desenvolvimento da atividade empresária, o contrato
de locação onde fica o estabelecimento, que fora feito no nome
dos dois: João e Maria. Não poderá, portanto, fazer uso das
fotografias, mensagens de voz e etc...
A responsabilidade dos sócios dessa sociedade é ILIMITADA.
É sabido, que o artigo 1.024 do CC confere ao sócio de
responsabilidade ilimitada exigir que antes da execução do seu
patrimônio pessoal, sejam executados os bens da pessoa
jurídica.
Como tal sociedade não possui personalidade jurídica, em regra
não haveria que se aplicar o benefício de ordem aos sócios da
sociedade em comum. Assim, os sócios teriam responsabilidade
direta, e não subsidiária.
Entrementes, preferiu o legislador conferir tratamento
diferenciado, explicitando que:
“Poderá alegar o benefício de ordem o sócio que não participou
do contrato, objeto da demanda. Já aquele que contratou,
responderá diretamente pelos prejuízos causados a terceiros”
Exemplificando voltemos à história da sociedade entre João e
Maria.
Imagine que apenas João tenha firmado o contrato com você.
Apesar de você saber que Maria é sócia e demandar contra ela,
os réus responderão da seguinte forma:
João não poderá alegar o benefício de ordem;
Maria, apesar de saber que seus bens estão correndo o
risco da atividade, poderá alegar o benefício de ordem.
Como, professora, é possível exigir que primeiro seja executado o
patrimônio social, se a sociedade por não ter personalidade jurídica,
não possui bens em seu nome, estando todos os bens usados na
atividade em nome dos sócios?
Em resposta a essa pergunta, destaquemos o artigo 988 do CC, que
assim dispõe:
Art. 988. Os bens e dívidas sociais constituem patrimônio
especial, do qual os sócios são titulares em comum.
Em conclusão, temos que os bens que são usados no
desenvolvimento do objeto social, apesar de estarem no nome dos
sócios, constituem patrimônio de afetação – patrimônio especial –
pertencendo assim à sociedade.
b) Da sociedade em conta de participação:
Também conhecida pela doutrina como sociedade secreta, visto que tal
sociedade mais tem cunho de contrato de investimento do que social.
Nessa sociedade, podemos encontrar duas espécies distintas de sócios:
Sócio ostensivo: é o sócio que labora, ou seja, quem desenvolve a
atividade. Desenvolverá em seu nome e sob sua exclusiva
responsabilidade. É o único que aparecerá na relação com terceiros.
Assim, responderá sozinho pelas obrigações contraídas.
Como é o sócio ostensivo quem realiza a atividade, caso venha ter a sua
falência decretada, extinto será o contrato da sociedade em conta de
participação. Apurado saldo em favor do sócio participante, este deverá
habilitar-se perante o processo falimentar, sendo o seu crédito
classificado como quirografário.
Sócios participantes: não aparecem nas relações com terceiros, assim,
também são chamados de sócios ocultos. Eles apenas participam dos
resultados. Entretanto, se tais sócios aparecerem nas relações com
terceiros, passarão a responder solidariamente com o sócio ostensivo,
pelas obrigações contraídas.
Caso venha falir, o contrato da sociedade em conta de participação será
regulado pelo que dispõe a lei 11.101/05, para os contratos bilaterais.
A sociedade em conta de participação é uma sociedade informal. Pode-se
provar a existência dessa sociedade por todos os meios possíveis em
direito.
A falta de personalidade que lhe é conferida, diferente da sociedade em
comum, que por inércia dos sócios não fora registrada, é opção do
legislador, que inclusive no seu artigo 993 do CC dispõe que mesmo sendo
levado a registro o contrato da sociedade em conta de participação, esta
jamais irá adquirir personalidade jurídica.
Apesar de não ter personalidade jurídica, os bens usados em sua
atividade, assim como a contribuição de cada espécie de sócio, constituem
patrimônio especial, que só serão visualizados dessa forma entre os
sócios, quando, por exemplo, em um acerto final entre os sócios, quando
extinta a sociedade em conta de participação.
Quanto aos terceiros, como estes não sabem da existência dos sócios
participantes, não sabem que existe um patrimônio especial,
reconhecendo tudo que pertence ao sócio ostensivo, como capaz de
responder por eventuais prejuízos, o que pode ultrapassar a esfera do
patrimônio especial.
Segundo o artigo 995, o sócio ostensivo não poderá admitir outro sócio
sem o conhecimento dos demais.
Geralmente, a extinção de uma sociedade se dá por liquidação,
entretanto, a extinção da sociedade em conta de participação ocorrerá
por prestação de contas do sócio ostensivo ao sócio participante.
Ilustremos o que fora narrado:
Imagine a seguinte situação:
Uma empresa de engenharia acaba de fechar um grande contrato para
construir um determinado prédio. Entretanto, não tem recursos para
iniciar a obra. Como receberá a medida que for realizando a obra,
precisará arrumar os valores necessários para iniciar a construção.
Assim, a engenharia procura um investidor. Este firma um contrato com
aquela prevendo que todo o lucro auferido será partilhado. Assim, o
investidor entrará com a grana e a engenharia com o trabalho.
Feito o contrato e em posse da verba, o sócio ostensivo começa a realizar
diversos contratos em prol do objeto da sociedade em conta de
participação: a obra. Nesses contratos, os terceiros não estão sabendo
que por trás do da engenharia, encontra-se um investidor.
Assim, qualquer prejuízo causado a terceiro, será de responsabilidade da
engenharia.
Conclui-se, assim, que a engenharia é a sócia ostensiva e responderá
ilimitadamente pelas obrigações ocasionadas pela obra. Já o investidor é o
sócio participante, que responderá limitadamente, visto que o máximo
que lhe pode acontecer é perder aquilo que investira quando da
realização do contrato da sociedade em conta de participação.
3-DAS SOCIEDADES PERSONIFICADAS
DA SOCIEDADE SIMPLES
Conforme já analisado, a sociedade simples pura é aquela que tem por
objeto uma atividade que não é desenvolvida de forma organizada.
Exemplos:
Sociedades uniprofissionais – constituídas por profissionais
intelectuais, cujo objeto da atividade advém de uma característica
própria dos sócios, não se apresentando inicialmente de forma
organizada, por não depender de fatores externos para o
desenvolvimento da atividade fim.
Sociedades cuja atividade seja rural – estas poderão,
independentemente da maneira como desenvolvam seu objeto, ou
seja, ainda que organizado, optar por inscrever-se no RCPJ.
Do capital social:
Como já vimos, a sociedade simples poderá ser organizada de diversas
formas. Entretanto, a sociedade simples tem um modelo de organização
básico, inserte a partir do artigo 977, CC, que chamaremos de sociedade
simples pura.
Trata-se de uma sociedade contratual. Seu regime de constituição e
dissolução são delineados pelo CC.
Segundo o artigo 997, do CC, a sociedade será constituída por contrato
escrito, particular ou público, que além de outras cláusulas, mencionará:
I - nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se
pessoas naturais, e a firma ou a denominação, nacionalidade e sede dos
sócios, se jurídicas;
II - denominação, objeto, sede e prazo da sociedade;
III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo
compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação
pecuniária;
IV - a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la;
V - as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em
serviços;
VI - as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus
poderes e atribuições;
VII - a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas;
VIII - se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações
sociais.
Seu registro ocorrerá no RCPJ. O prazo para a efetivação do registro será
de 30 dias, a contar da data de sua constituição. O RCPJ competente será
aquele do local da sua sede.
Podem ser sócios pessoas físicas ou jurídicas. Quanto ao nome social,
poderá usar firma ou denominação.
Seu capital social poderá ser constituído através de pecúnia ou bens
suscetíveis de avaliação pecuniária.
O contrato social deverá definir a quota de cada sócio no capital social da
sociedade. Todos os sócios deverão subscrever ao capital (contribuir com
determinada quantia) e integralizar aquilo que fora subscrito (pagar a
quantia que se comprometeu quando da subscrição do capital). Não
obstante ao que fora apresentado, permite-se que haja sócio que
contribua com a prestação de serviços.
O sócio que ingressar na sociedade com a prestação de serviço não
poderá, em regra, empregar-se em atividade diversa da sociedade, salvo
autorização em contrário, sob pena de ser privado da distribuição de
lucros e ser excluído dos quadros societários.
Independentemente da maneira como os sócios vão integralizar suas
quotas, deverão cumprir com as obrigações assumidas. Deixando de
cumpri-las, após o decurso do prazo de 30 dias, a contar da notificação
feita pela sociedade sobre o inadimplemento da obrigação, responderá
pelo dano emergente da mora. A esse sócio inadimplente, dá-se o nome
de remisso.
Assim, quanto ao sócio remisso, podemos verificar a possibilidade das
seguintes conseqüências:
a) Indenização à sociedade;
b) Exclusão do sócio pela deliberação da maioria dos demais sócios
(nesse caso, devolvendo o que eventualmente houvera pago)
c) Redução da quota ao montante já pago (integralizado).
Da administração da sociedade
São as pessoas que irão atuar em nome da sociedade, para o
desenvolvimento do seu objeto.
Somente podem ser administradoras pessoas naturais (físicas). Além
disso, segundo o artigo 1.011, parágrafo primeiro, tem-se situações que
geram impedimento para administração das sociedades, observe:
§ 1o Não podem ser administradores, além das pessoas
impedidas por lei especial, os condenados a pena que vede,
ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou
por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno,
concussão, peculato; ou contra a economia popular, contra o
sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da
concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ou
a propriedade, enquanto perdurarem os efeitos da
condenação.
A atividade do administrador é personalíssima, entretanto, é possível a
delegação de certas atividades a mandatários.
O contrato social também deverá designar as atribuições dos
administradores. Entrementes, caso o contrato social seja omisso quanto
às competências dos administradores, aplicar-se-á a regra constante no
código Civil:
Art. 1.015. No silêncio do contrato, os administradores
podem praticar todos os atos pertinentes à gestão da
sociedade; não constituindo objeto social, a oneração ou a
venda de bens imóveis depende do que a maioria dos sócios
decidir.
O que quis dizer o dispositivo?
Se o contrato social não falar sobre as competências, o administrador
poderá praticar todos os atos necessários ao exercício da atividade.
Apenas não poderá alienar ou onerar bens imóveis.
Entretanto, se o objeto da atividade for justamente a oneração e
alienação de bens imóveis, estará, ainda que omisso o contrato social, o
administrador, autorizado a aliená-los ou onerá-los.
Pode ocorrer de o contrato social ser omisso quanto à designação de
quem será o administrador. Nesse caso, seguiremos as seguintes regras:
Nada dispondo o contrato, a administração caberá separadamente
a cada um dos sócios.
Nada impede que os administradores sejam designados em ato separado.
Nesse caso, o documento que nomear o administrador deverá ser levado
à averbação.
Quem poderá ser nomeado administrador da sociedade simples pura?
a) Os sócios: nesse caso, se nomeados pelo contrato social, somente
poderão ser destituídos por decisão judicial, comprovada a justa
causa.
b) Não sócios
Esquematizando:
Nomeação Destituição
Sócio
Pelo contrato social
Por ato em separado –
deliberação da unanimidade
Se nomeado pelo
contrato social: só por
decisão judicial
Se nomeado em ato
separado: unanimidade
Não sócio
Nomeado pelo contrato ou em
ato separado – por
unanimidade
Sempre por unanimidade
Se a administração couber separadamente a mais de um administrador,
um poderá impugnar a decisão do outro, prevalecendo a decisão tomada
pela maioria absoluta dos sócios.
Quanto à responsabilidade dos atos praticados pelos administradores,
temos:
“O administrador, quando no exercício de suas funções deverá ter o
cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar
na administração de seus próprios negócios.”
Responde por perdas e danos perante a sociedade o administrador
que agir em desacordo com a maioria.
Se o administrador agir com culpa, responderá perante terceiros e
perante a sociedade, ou seja, a responsabilidade do administrador
será solidária à responsabilidade da sociedade, o que permitirá que
o terceiro prejudicado possa demandar concomitantemente contra
a sociedade e o administrador.
O administrador, que sem o consentimento escrito dos sócios,
aplicar créditos ou bens pertencentes à sociedade em proveito
próprio ou de terceiros, terá de restituí-los à sociedade, com todos
os lucros resultantes, e se houver prejuízo, por ele também
responderá.
Responderá perante a sociedade, o administrador que, tendo
interesse contrário ao da sociedade, tome parte na correspondente
deliberação.
Nos atos de competência conjunta de vários administradores, será
necessário o concurso de todos, ressalvados os casos urgentes .
O administrador, na verdade, é um órgão da pessoa jurídica (teoria
orgânica – os administradores presentam a sociedade), por isso, em regra,
todos os atos por ele praticados serão de responsabilidade da sociedade.
Filiando-se à teoria da aparência, temos que até mesmo quando
praticados por excesso, os atos dos administradores serão de
responsabilidade da sociedade. Apesar disso, a lei ressalva situações em
que será afastada a responsabilidade da sociedade quando da prática de
excessos pelo administrador:
Se suas competências estiverem averbadas ou inscritas no órgão
competente;
Quando embora não registrada ou averbada, o terceiro tinha
conhecimento das limitações do administrador;
Quando o administrador realizar operação estranha ao objeto social
da sociedade.
Nesse último caso, temos a chamada teoria ultra vires. Essa teoria permite
que a sociedade se exima de responsabilidade quando o administrador
realiza negócio estranho ao objeto da sociedade. Nesse caso, eventual
responsabilidade apenas ocorrerá entre o terceiro e o administrador.
Apesar de recepcionada em nosso ordenamento, a teoria ultra vires
somente pode ser usada quando:
A sociedade não tiver por hábito desviar-se do objeto social. Se isso for
rotineiro, não poderá alegar a teoria ultra vires.
Os administradores são obrigados a prestar contas aos sócios. Assim,
anualmente, prepararão o balanço patrimonial e o balanço de resultado
econômico.
Não obstante determinação legal de prestação de contas anual, os sócios
poderão sempre solicitar o exame de livros, documentos ou papéis da
sociedade.
Dos sócios e da distribuição dos resultados sociais
Todos os sócios deverão participar dos resultados, o que significa dizer
que os sócios dividem lucros e prejuízos.
Logo, é vedada a cláusula leonina, que afasta o sócio da participação do
lucro ou das perdas.
Se o contrato não estipular a distribuição dos lucros, seguir-se-á a
sistemática do artigo 1.007 do CC, que assim dispõe:
Art. 1.007. Salvo estipulação em contrário, o sócio participa
dos lucros e das perdas, na proporção das respectivas
quotas, mas aquele, cuja contribuição consiste em serviços,
somente participa dos lucros na proporção da média do
valor das quotas.
Conclusão: os sócios respondem na proporção de suas quotas pelos
prejuízos, e assim também recebem os lucros. Entretanto, o sócio cuja
contribuição tenha sido por serviços não responderá pelos prejuízos. Este
apenas receberá o lucro, que será na média das quotas, que pode ser
assim calculado:
4 sócios – que subscreveram 2.500 cada um
1 sócio – cuja contribuição consiste em serviços
1000 de lucro: divide-se pelo número de sócios = 200 reais (isso é a média
das quotas, que caberá ao sócio de serviços). O restante que sobrou, ou
seja, 800 reais, será distribuído entre os outros 4 sócios na proporção de
suas quotas. No exemplo narrado, como todos possuem quotas iguais,
todos receberão 200 reais (800:4).
Quanto à responsabilidade dos sócios, tem-se a responsabilidade limitada.
Entretanto, pode-se aqui aplicar o chamado benefício de ordem do artigo
1.024 do CC. Porém, conforme narrado pelo artigo 997, inciso VII, do CC, é
possível conferir a responsabilidade direta dos sócios, o que afastará o
benefício de ordem, já que permitirá ao credor da sociedade a cobrança
da dívida diretamente das pessoas dos sócios, mesmo tendo a sociedade
bens suficientes ao adimplemento da dívida.
O novo sócio, que ingressar na sociedade, será responsável por todas as
dívidas pertencentes a esta.
Cabe salientar que a sociedade simples pura é uma sociedade de pessoas.
Assim, a entrada de estranhos ao quadro societário dependerá da
manifestação dos demais sócios.
Na cessão de quotas, temos a seguinte regra:
É necessário o consentimento dos demais sócios e a averbação de
entrada e saída do quadro societário, sob pena de ausência de
eficácia quanto aos terceiros, sócios e sociedade.
O sócio retirante – cedente – não ficará afastado das
responsabilidades quanto aos créditos decorrentes da sociedade
enquanto ainda fazia parte do quadro societário. Assim, até 2 anos
depois de averbada a modificação do contrato, responde o cedente
solidariamente com o cessionário, perante a sociedade e terceiros,
pelas obrigações que tinha como sócio.
Das deliberações dos sócios
Os assuntos de maior relevância devem ser discutidos pelos sócios.
Quanto ao quórum de aprovação, a deliberação a ser atendida é
aquela que seja acolhida por mais da metade do capital social, levando-
se em consideração o valor das quotas de cada sócio.
Se pelo valor das quotas houver empate na votação, prevalecerá a
decisão que alcançou a maior quantidade de sócios.
Observe: primeiro, a deliberação é tomada pelo valor das quotas. Se
gerar empate, passa-se a se preocupar com a quantidade de sócios. A
decisão mais votada, nesse caso, vencerá.
Entretanto, caso o empate persista, não se alcançando o desempate, a
deliberação deverá ser levada ao judiciário, para que este analise e
decida.
Os sócios que participarem de operações da sociedade, tendo interesse
contrário a esta, levando-a a aprovação graças ao seu voto,
responderão por perdas e danos perante a sociedade.
Da alteração do contrato social:
O quórum de aprovação para alteração do contrato social dependerá da
matéria objeto da alteração. Se a matéria em questão disser respeito a
umas das causas elencadas nos incisos do artigo 997 do CC, a alteração
dependerá da concordância unânime. Do contrário, não sendo a matéria
pertinente ao dispositivo apresentado, a mudança poderá ocorrer pela
manifestação da maioria absoluta do capital.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO:
Caro aluno, devido a pequena quantidade de disponibilidade de exercícios
sobre os assuntos abordados, tive de usar questões de outras bancas.
Acredito que isso apenas enriquecerá ainda mais seu conteúdo.
Vamos começar?
QUESTÃO 1:
Ano: 2014
Banca: VUNESP
Órgão: TJ-RJ
Prova: Juiz
Tratando-se de sociedade em comum, enquanto não inscritos os atos
constitutivos, exceto por ações em organização, a sociedade será regida
pelas disposições constantes do Código Civil, observadas, subsidiariamente
e no que com ele forem compatíveis, as normas da sociedade
a) anônima.
b) em comandita simples.
c) em nome coletivo.
d) simples.
GABARITO: D – ARTIGO 986, CC
QUESTÃO 2:
Ano: 2011
Banca: VUNESP
Órgão: TJ-SP
Prova: Juiz
Nas sociedades simples, é correto afirmar que
a) todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações
sociais, excluído do benefício de ordem – referente à execução em primeiro
lugar dos bens sociais – aquele que contratou pela sociedade.
b) o sócio sempre participa dos lucros e das perdas na proporção das
respectivas quotas.
c) os poderes do sócio investido na administração por cláusula do contrato
social podem ser revogados, a qualquer tempo, por meio de ato separado,
desde que subscrito pela maioria dos sócios.
d) a administração da sociedade, nada dispondo o contrato social, compete
separadamente a cada um dos sócios.
e) é anulável a estipulação contratual que exclua qualquer sócio de
participar dos lucros e das perdas.
GABARITO:
A) NÃO HÁ EXCLUSÃO DO BENEFÍCIO DE ORDEM NA
SOCIEDADE SIMPLES
B) O SÓCIO DE SERVIÇOS NÃO PARTICIPA DAS PERDAS
C) OS PODERES SÓ PODERÃO SER REVOGADOS PELO PODER
JUDICIÁRIO
D) CORRETA 1.013 CC
E) É NULA.
QUESTÃO 3
Banca: IESES
Órgão: TJ-RO
Prova: Titular de Serviços de Notas e de Registros
Quanto à sociedade simples é correto afirmar, EXCETO, que:
a) Responde por perdas e danos perante a sociedade o administrador que
realizar operações, sabendo ou devendo saber que estava agindo em
desacordo com a maioria.
b) O sócio, admitido em sociedade já constituída, não se exime das dívidas
sociais anteriores à admissão.
c) A administração da sociedade, nada dispondo o contrato social, compete
separadamente a cada um dos sócios, de modo que as operações
pretendidas por um sócio não poderão ser impugnadas pelos outros.
d) Se os bens da sociedade não lhe cobrirem as dívidas, respondem os
sócios pelo saldo, na proporção em que participem das perdas sociais, salvo
cláusula de responsabilidade solidária.
GABARITO: C – AS OPERAÇÕES PODEM SER IMPUGNADAS
QUESTÃO 4:
Ano: 2009
Banca: VUNESP
Órgão: CESP
Prova: Advogado
Das sociedades enumeradas a seguir, qual delas não desenvolve atividade
legalmente caracterizada como empresária?
a) Sociedade por ações.
b) Sociedade em nome coletivo.
c) Sociedade simples limitada.
d) Sociedade limitada.
e) Sociedade em comandita simples.
GABARITO: C – TRATA-SE DE SOCIEDADE SIMPLES, INSCRITA
NO RCPJ NOS MOLDES DE SOCIEDADE LIMITADA.
QUESTÃO 5:
Ano: 2006
Banca: EJEF
Órgão: TJ-MG
Prova: Juiz
As cooperativas são consideradas como:
a) sociedade anônima;
b) sociedade empresária;
c) sociedade simples;
d) sociedade em comum.
GABARITO: C - ARTIGO 982, PARÁGRAFO ÚNICO
QUESTÃO 6:
Banca: CESPE
Órgão: EBC
Prova: Analista - Advocacia
Julgue os itens seguintes, relativos a estabelecimento, nome
empresarial e registro de empresas.
A sociedade anônima é uma sociedade simples, devendo, nesse caso, ser
registrada no registro civil das pessoas jurídicas.
Certo
Errado
GABARITO: A SOCIEDADE ANÔNOMA SEMPRE SERÁ
EMPRESÁRIA – ART. 982, PARÁGRAFO ÚNICO DO CC.
QUESTÃO 7:
Ano: 2010
Banca: ESAF
Órgão: SMF-RJ
Prova: Fiscal de Rendas
Para o direito empresarial, assinale abaixo a opção que contém uma
sociedade empresária personificada.
a) Sociedade anônima.
b) Sociedade em conta de participação.
c) Sociedade simples.
d) Sociedade em comum.
e) Sociedade cooperativa.
GABARITO: A
QUESTÃO 8:
Ano: 2008
Banca: CESPE
Órgão: MPE-RR
Prova: Promotor de Justiça
O Código Civil organizou as sociedades contratuais em dois grupos, as
empresárias, que exercem atividade econômica, e as simples, para os
demais casos.
Certo
Errado
GABARITO: ERRADO – TODAS AS SOCIEDADES EXERCEM
ATIVIDADE ECONÔMICA. O QUE DIFERENCIA UMA SOCIEDADE
SIMPLES DE UMA SOCIEDADE EMPRESÁRIA É A
ORGANIZAÇÃO.
QUESTÃO 9:
Ano: 2014
Banca: VUNESP
Órgão: TJ-SP
Prova: Titular de Serviços de Notas e de Registros
As sociedades empresariais regulares, no Direito Brasileiro, podem adotar
os seguintes tipos:
a) sociedade simples, sociedade em nome coletivo, sociedade em
comandita simples e por ações, sociedade limi- tada, sociedade por ações
b) sociedade em nome coletivo, sociedade em comandita simples e
comandita por ações, sociedade limitada, sociedade por ações
c) sociedade em nome coletivo, sociedade em comum, sociedade
cooperativa, sociedade limitada, sociedade por ações.
d) sociedade em nome coletivo, sociedade em comandita por ações,
sociedade limitada, sociedade de propósito específico, sociedade por ações.
GABARITO: B – ARTIGO 982, CC
QUESTÃO 10:
Ano: 2012
Banca: IESES
Órgão: TJ-RO
Prova: Titular de Serviços de Notas e de Registros
Quanto às sociedades é correto afirmar, EXCETO, que:
a) Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade
por ações; e, simples, a cooperativa.
b) A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro
próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos.
c) A sociedade simples não poderá adotar um dos tipos regulados de
sociedades empresárias.
d) A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios
determinados.
GABARITO: C – A SOCIEDADE SIMPLES PODERÁ ADOTAR COMO
TIPO SOCIETÁRIO A LIMITADA, COMANDITA SIMPLES, EM
NOME COLETIVO, ESTES VOLTADAS ÀS SOCIEDADES
EMPRESÁRIAS, PODENDO SER USADAS PELA SOCIEDADE
SIMPLES.
QUESTÃO 11:
Ano: 2010
Banca: CESPE
Órgão: AGU
Prova: Procurador
Em cada um dos itens de 139 a 148, é apresentada uma situação
hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada no que se refere
a direito comercial.
Marcelo e Antônio decidiram constituir sociedade simples adotando a
forma de sociedade limitada. Nessa situação, o registro de seus atos deverá
ser feito no Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das juntas
comerciais.
Certo
Errado
ERRADO: APESAR DA SOCIEDADE LIMITADA SER UM TIPO
VOLTADO PARA A SOCIEDADE EMPRESÁRIA, PODERÁ SER
USADO PELA SOCIEDADE SIMPLES, DEVENDO, NESSE CASO,
SER REGISTRADA NO RCPJ.
QUESTÃO 12
Ano: 2010
Banca: TRF - 4ª REGIÃO
Órgão: TRF - 4ª REGIÃO
Prova: Juiz Federal
Dadas as assertivas abaixo, assinale a alternativa correta quanto à empresa,
ao empresário e às sociedades simples e empresárias.
I. A empresa é uma atividade exercida pelo empresário, não pressupondo a
existência de uma sociedade, podendo ser desenvolvida pelo empresário
individual.
II. A sociedade simples distingue-se da sociedade empresária, pois naquela
inexiste uma organização de bens materiais e imateriais (intelectuais) e
recursos humanos voltados para a produção sistemática da riqueza, sendo a
sociedade cooperativa um de seus exemplos.
III. Podem ser empresários os menores de 18 anos.
IV. Há identidade entre os conceitos de empresário e sócio da sociedade.
a) Estão corretas apenas as assertivas I e IV.
b) Estão corretas apenas as assertivas II e III.
c) Estão corretas apenas as assertivas I, II e III.
d) Estão corretas todas as assertivas.
e) Nenhuma assertiva está correta.
GABARITO: E
I- CORRETA
II- A SOCIEDADE EMPRESÁRIA É QUEM DESENVOLVE A
ATIVIDADE DE FORMA ORGANIZADA.
III- EM REGRA, INCAPAZ NÃO PODE SER EMPRESÁRIOS.
IV- EMPRESÁRIO É QUEM EXERCE A ATIVIDADE
EMPRESÁRIA; O SÓCIO NÃO EXERCE A ATIVIDADE
EMPRESÁRIA. QUEM A EXERCE É A SOCIEDADE.
QUESTÃO 13
Ano: 2005
Banca: FCC
Órgão: PGE-SE
Prova: Procurador
Dois médicos constituíram uma sociedade, sob a forma limitada, para
exercício conjunto da profissão em caráter não empresarial, e registraram-
na na Junta Comercial. A sociedade
a) não adquiriu personalidade jurídica, porque o registro é irregular, e os
sócios são pessoalmente responsáveis pelas dívidas socias.
b) automaticamente torna-se empresária pelo registro na Junta Comercial,
independentemente do caráter do exercício da atividade.
c) não poderia ter adotado a forma limitada, que é privativa das sociedades
empresárias.
d) rege-se somente pelas regras relativas à sociedade simples, mesmo tendo
adotado a forma limitada.
e) é na verdade empresária, pois toda sociedade prestadora de serviços tem
essa natureza.
GABARITO: A
QUESTÃO 14
Ano: 2012
Banca: IESES
Órgão: TJ-RO
Prova: Titular de Serviços de Notas e de Registros
Assinale a assertiva INCORRETA, a respeito do que consta do Código
Civil:
a) Na sociedade simples, o credor particular de sócio não pode, na
insuficiência de outros bens do devedor, fazer recair a execução sobre o
que a este lhe tocar em liquidação da sociedade, se com isto não
concordarem os demais sócios.
b) A inscrição do contrato social de uma Sociedades em Conta de
Participação, em qualquer Registro, não confere personalidade jurídica à
sociedade.
c) Excetuadas as exceções expressamente mencionadas na lei, são
empresárias as sociedades que têm por objeto o exercício de atividade
própria de empresário sujeito a registro e, simples, as demais.
d) A sociedade simples constitui-se mediante contrato escrito, particular ou
público, que, além de cláusulas estipuladas pelas partes, mencionará nome,
nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se pessoas
naturais, e a firma ou a denominação, nacionalidade e sede dos sócios, se
jurídicas; denominação, objeto, sede e prazo da sociedade; capital da
sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer
espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária; a quota de cada sócio
no capital social, e o modo de realizá-la; as prestações a que se obriga o
sócio, cuja contribuição consista em serviços; as pessoas naturais
incumbidas da administração da sociedade, e seus poderes e atribuições; a
participação de cada sócio nos lucros e nas perdas; se os sócios respondem,
ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais.
GABARITO: A – ARTIGO 1.026, CC
QUESTÃO 15
Ano: 2012
Banca: TRT 24R (MS)
Órgão: TRT - 24ª REGIÃO (MS)
Prova: Juiz do Trabalho
“A” constituiu uma sociedade limitada cujo contrato social optou pela
norma de regência da sociedade simples, com “B”, “C” e “D”. Em 24 de
julho 2008 “A” retirou-se da sociedade, averbando a alteração do contrato
social na Junta Comercial do Estado de Mato Grosso do Sul (JUCEMS).
Em 28 de outubro de 2011, “E”, empregado contratado da sociedade
limitada quando “A” era sócio, propôs ação trabalhista em face da pessoa
jurídica. “B”, “C” e “D” não foram encontrados. Provocado pela advogada
da Reclamante o Juiz da Vara do Trabalho oficiou a JUCEMS para que esta
lhe encaminhasse o Contrato Social da empresa, onde encontrou o endereço
de “A” e determinou a sua citação, por entender existir a responsabilidade
solidária.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) O Juiz agiu em consonância com a legislação vigente porque, muito
embora “A” tenha se retirado da sociedade, é responsável solidário com os
demais sócios pela contratação da empregada da pessoa jurídica.
b) O Juiz não agiu em consonância com a legislação vigente que
expressamente estabelece que a responsabilidade pelas obrigações sociais
anteriores prescreve no prazo de dois anos contados da averbação da
resolução da sociedade no órgão competente.
c) O Juiz agiu em consonância com a legislação vigente porque a
prescrição da responsabilidade pelas obrigações sociais no prazo de dois
anos contados da averbação da resolução da sociedade no órgão
competente, não se aplica à sociedade limitada.
d) O Juiz não agiu em consonância com a legislação vigente que
expressamente estabelece que a responsabilidade pelas obrigações sociais
anteriores prescreve no prazo de um ano contado da averbação da resolução
da sociedade no órgão competente.
e) O Juiz agiu em consonância com a legislação vigente porque a
prescrição da responsabilidade pelas obrigações sociais da sociedade
limitada é de cinco anos contados da averbação da resolução da sociedade
no órgão competente.
GABARITO: B – 1003, PARÁGRAFO ÚNICO
QUESTÃO 16
Ano: 2011
Banca: FMP-RS
Órgão: TCE-RS
Prova: Auditor Público Externo
Considere as assertivas I a IV e assinale a alternativa correta (A, B, C, D ou
E).
I. As sociedades chamadas em comum são sociedades não personificadas
porque não tiveram seus atos sociais levados ao registro público
competente, motivo pelo qual não têm personalidade jurídica.
II. A sociedade em conta de participação tem personalidade jurídica
mediante registro dos atos sociais.
III. Existem dois subtipos de sociedade por cotas de responsabilidade
limitada: 1. as sujeitas ao regime da regência supletiva da sociedade
simples; 2. as sujeitas ao regime supletivo das sociedades anônimas.
IV. Independentemente do objeto social, a sociedade por ações é sempre
considerada sociedade empresária.
a) Todas as assertivas estão corretas.
b) Apenas as assertivas I, II e III estão corretas.
c) Apenas as assertivas I, III e IV estão corretas.
d) Apenas as assertivas II e III estão corretas.
e) Apenas as assertivas I e II estão corretas.
GABARITO: C – A SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO,
AINDA QUE LEVE SEUS ATOS CONSTITUTIVOS A REGISTRO
NÃO IRÃO ADQUIRIR PERSONALIDADE JURÍDICA.
QUESTÃO 17
Ano: 2013
Banca: UFPR
Órgão: TJ-PR
Prova: Juiz
De acordo com a vigente legislação civil, é INCORRETO afirmar:
a) A sociedade entre cônjuges, ou seja, aquela composta exclusivamente
por marido e mulher, só é admitida pelo ordenamento civil quando o
regime de bens no casamento for o de comunhão parcial ou regime legal de
bens.
b) As sociedades em comandita simples, em nome coletivo e em conta de
participação, são consideradas como sociedades contratuais menores, dada
a pouquíssima presença na economia brasileira.
c) O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal,
qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integram o
patrimônio da empresa ou gravá#24;los de ônus real.
d) As sociedades cooperativas são sociedades empresárias que funcionam
sob denominação integrada pelo vocábulo “cooperativa”.
GABARITO: D - AS SOCIEDADES COOPERATIVAS SEMPRE
SERÃO SOCIEDADES SIMPLES.
QUESTÃO 18:
Ano: 2010
Banca: CESPE
Órgão: TRT - 1ª REGIÃO (RJ)
Prova: Juiz do Trabalho
A respeito dos diversos tipos societários, assinale a opção correta.
a) A sociedade simples é tipo societário não personificado, mesmo que os
seus atos constitutivos sejam devidamente registrados.
b) Na sociedade em conta de participação, o sócio ostensivo responde de
maneira ilimitada pelas dívidas sociais.
c) Aplicam-se à sociedade anônima em fase de organização as regras
atinentes à sociedade em comum enquanto não ultimados os atos de
registro.
d) A sociedade em nome coletivo é tipo societário personificado cujos
sócios podem ser pessoas físicas ou jurídicas
e) Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao
valor de suas quotas, inclusive a responsabilidade pela integralização do
capital social.
GABARITO: B
A) SOCIEDADE SIMPLES É TIPO SOCIETÁRIO PERSONIFICADO
C)A S.A POSSUI REGRAMENTO PRÓPRIO
D) SÓ PESSOAS FÍSICAS PODEM SER SÓCIAS DAS
SOCIEDADES EM NOME COLETIVO
E) A RESPONSABILIDADE PELA INTEGRALIZAÇÃO DO
CAPITAL SOCIAL DA SOCIEDADE LIMITADA SERÁ
SOLIDÁRIA
QUESTÃO 19
A respeito do empresário e das sociedades empresárias, assinale a opção
correta
a) Enquanto não registrado seu estatuto social, a sociedade por ações rege-
se pelas regras do Código Civil aplicáveis à sociedade em comum e,
subsidiariamente, no que com elas forem compatíveis, pelas normas da
sociedade simples
b) A existência da sociedade irregular pode ser comprovada por qualquer
modo lícito de prova, seja por terceiros que negociarem com a sociedade,
seja pelos sócios, no âmbito de suas relações recíprocas ou com terceiros
c) Nos termos do Código Civil, sociedade empresária difere de empresa: a
primeira é o sujeito de direito; a segunda, o objeto de direito
d) Não há óbice a que uma pessoa natural constitua mais de uma empresa
individual de responsabilidade limitada, pois essa modalidade de pessoa
jurídica foi criada para incentivar a formalização da atividade econômica
no Brasil.
e) O empresário casado tem liberdade para realizar ampla gama de atos e
negócios jurídicos no exercício da empresa, excetuando-se os que
envolvam a alienação dos bens imóveis que integram o patrimônio da
empresa, sendo, para tanto, necessária a outorga do cônjuge
GABARITO: C
A) A S.A POSSUI REGRAMENTO PRÓPRIO
B) A SOCIEDADE EM COMUM PODE SER COMPROVADA POR
TERCEIROS POR QUALQUER MEIO DE PROVA, MAS OS
SÓCIOS SÓ COMPROVAM A EXISTÊNCIA DA SOCIEDADE
POR ESCRITO
C) CORRETA
D) A PESSOA NATURAL SOMENTE PODERÁ TER UMA EIRELI
E) O EMPRESÁRIO INDIVIDUAL PODERÁ ALIENAR OU
ONERAR OS BENS IMÓVEIS AFETOS À ATIVIDADE
EMPRESÁRIA INDEPENDENTEMENTE DA OUTORGA
CONJUGAL.
QUESTÃO 20
Ano: 2013
Banca: TRT 8R
Órgão: TRT - 8ª Região (PA e AP)
Prova: Juiz do Trabalho
No que diz respeito às Sociedades, analise as proposições abaixo e assinale
a assertiva CORRETA:
a) A retirada, exclusão ou morte do sócio, não o exime, ou a seus herdeiros,
da responsabilidade pelas obrigações sociais anteriores, até três anos depois
de averbada a resolução da sociedade. Nem nos dois primeiros casos, pelas
posteriores e em igual prazo, enquanto não se requerer a averbação.
b) Na Sociedade em Comandita Simples, dentre outras causas, dissolve-se
de pleno direito a sociedade quando por mais de cento e oitenta dias
perdurar a falta de uma das categorias de sócio. Na falta de sócio
comanditado, os comanditários nomearão administrador provisório para
praticar, durante o período acima referido e sem assumir a condição de
sócio, os atos de administração.
c) Nas sociedades em conta de Participação, a falência do sócio ostensivo
não acarreta a dissolução da sociedade nem a liquidação da respectiva
conta.
d) A lei que trata da recuperação judicial, da recuperação extrajudicial e da
falência do empresário e da sociedade empresária, aplica-se também à
empresa pública e sociedade de economia mista.
e) A decretação da falência ou o deferimento do processamento da
recuperação judicial suspende o curso da prescrição e de todas as ações e
execuções em face do devedor, exceto aquelas dos credores particulares do
sócio solidário.
GABARITO:
A) A RESPONSABILIDADE SERÁ POR 2 ANOS. ARTIGO 1.032,
CC
B) CORRETA
C) COMO É O SÓCIO OSTENSIVO QUEM TRABALHA, SE ELE
FALIR O CONTRATO DA SOCIEDADE EM CONTA DE
PARTICIPAÇÃO SERÁ EXTINTO.
D) NÃO SE APLICA ÀQUELES QUE ENCONTRAM-SE NO
ARTIGO 2º DA LEI 11.101/O5
E) SUSPENDE INCLUSIVE AS AÇÕES PARTICULARES DOS
CREDORES PARTICULARES DOS SÓCIOS SOLIDÁRIOS.
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