View
216
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
Instituto Politécnico de Setúbal
Escola Superior de Ciências Empresariais
Balanced Scorecard como Ferramenta
de Gestão e apoio à Tomada de
Decisão
Fatores Determinantes na Escolha de um Software de BSC para
uma Organização – “Estudo de Caso"
Marcelina Correia Figueira
Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau
de
MESTRE EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ORGANIZACIONAIS
Orientadora: Prof.ª Doutora Alcina Prata
Setúbal, 2016
i
Dedicatória
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por me conceder a graça de chegar
até a data presente, sendo um ser invisível mas presente espiritualmente onde quer que
estejamos!
Em segundo lugar à minha amada filha Haguith Osvalda Figueira Benedito, por
muitas vezes ser sacrificada devido a este estudo e não poder dar a maior atenção, sendo
uma menina de apenas 3 aninhos.
ii
Agradecimentos
O meu agradecimento, vai primeiramente a minha caríssima orientadora
professora Doutora Alcina Prata, pelo apoio incansável, pela supervisão, incentivo,
disponibilidade, compreensão e por tudo que pude aprender com a sua excelente e sábia
orientação.
A todos os professores, pela disponibilidade e paciência ao longo do período de
formação curricular em especial ao coordenador do curso professor Doutor José Manuel
Gaivéo, pelo apoio incondicional, compreensão, orientação e preocupação com o bem-
estar dos discentes.
Aos meus colegas e amigos, por todo o apoio concedido ao longo desta marcha,
onde unidos sempre fomos superando cada dificuldade.
Aos meus familiares e irmãos, a mana Esperança a Guida, o Abrão o mano
Kwansa, o Meto, o Paulino, a Dú, a Mara, a mãe Conceição, o pai Vítor, o ti Bibi, o pai
Salvador, a mãe Teresa, pelo apoio que me foi dado durante a fase da minha formação e
da preparação deste documento. E a todos aqueles que de forma direta ou indiretamente,
apoiaram e contribuíram para a concretização deste trabalho.
A todos, o meu muito obrigada!
iv
Índice geral
Dedicatória......................................................................................................................... i
Agradecimentos ................................................................................................................ ii
Prefácio ............................................................................................................................ iii
Índice de Figuras ............................................................................................................. vi
Índice de Tabelas ............................................................................................................ vii
Índice de Mapas ............................................................................................................. viii
Lista de Siglas & Abreviaturas ........................................................................................ ix
Resumo ........................................................................................................................... xi
1 Introdução ................................................................................................................ 1
1.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 1
1.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 2
1.3 Metodologia ...................................................................................................... 2
1.4 Estrutura do Relatório da Dissertação .......................................................... 2
2 Revisão da Literatura ............................................................................................. 3
2.1 Estratégia (A) ................................................................................................... 4
2.2 Indicadores (B) ................................................................................................. 7
2.3 Balanced ScoreCard (C) ................................................................................... 9
2.4 Brainstorming (D) ........................................................................................... 12
2.5 Gestão de Projetos (E) ................................................................................... 14
2.6 Mapa Estratégico (F) ..................................................................................... 16
2.7 Tecnologia de Informação (TI), Software de BSC e os seus Fatores (G) .. 18
2.8 Processo de Implementação do Software de BSC ....................................... 24
3 Organização ........................................................................................................... 26
3.1 Apresentação .................................................................................................. 26
3.2 Missão ............................................................................................................. 26
3.3 Visão ................................................................................................................ 26
3.4 Valores ............................................................................................................ 27
3.5 Caraterização do Negócio ............................................................................. 27
3.6 Produtos e Serviços ........................................................................................ 27
v
3.7 Recursos Humanos ........................................................................................ 28
4 Software de Balanced Scorecard ........................................................................... 29
4.1 Caso de Estudo ............................................................................................... 29
4.1.1 Análise SWOT ......................................................................................... 30
4.1.2 Plano de Investimento e Estratégia ....................................................... 32
4.1.3 Principais Indicadores ............................................................................ 35
4.2 Software de Balanced ScoreCard (BSC) ....................................................... 41
4.2.1 BscDesigner ............................................................................................. 41
4.2.2 Executive Stractegy Manager (ESM) ..................................................... 43
4.2.3 SmartDraw ............................................................................................... 45
4.2.4 Stratec (SGE) ........................................................................................... 45
4.2.5 QuickScore ............................................................................................... 47
4.3 Análise dos Software ...................................................................................... 49
4.4 Seleção do Software para a Organização em Estudo .................................. 55
5 Conclusões e Recomendações para Trabalhos Futuros ..................................... 60
5.1 Conclusões ...................................................................................................... 60
5.2 Recomendação para Trabalhos Futuros ...................................................... 61
5.3 Dificuldade Encontrada na Recolha de Dados e na obtenção dos Software
para a Realização do Presente Documento ............................................................. 61
6 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 63
vi
Índice de Figuras
Figura 1: Encadeamento de Conceitos ............................................................................. 4
Figura 2: Ligações e medidas de desempenho no BSC .................................................. 10
Figura 3: Relação de causa efeito ................................................................................... 18
Figura 4: Níveis que auxiliam na implementação do Software do BSC ........................ 25
Figura 5: Linha de soluções da MFSoftware .................................................................. 27
Figura 6: Organograma da MFSofwarePT ..................................................................... 28
Figura 7: Relação causa efeito obtido no caso do estudo ............................................... 40
vii
Índice de Tabelas
Tabela 1: Cruzamento de dados da análise SWOT ......................................................... 32
Tabela 2: Perspetiva Financeira ...................................................................................... 36
Tabela 3: Perspetiva de clientes...................................................................................... 37
Tabela 4: Perspetiva de processos internos .................................................................... 38
Tabela 5: Perspetiva da Aprendizagem e Crescimento .................................................. 39
Tabela 6 Tabela comparativa dos Software .................................................................... 49
viii
Índice de Mapas
Mapa 1 Visão geral e posicionamento (KPI).................................................................. 56
Mapa 2 Posicionamento em cascata ............................................................................... 57
Mapa 3 Posicionamento Imported Structure_ Low ........................................................ 58
ix
Lista de Siglas & Abreviaturas
AJAX Javascript e XML Assíncronos
BA Business Analytics
BSC Balanced ScoreCard
CSV Concurrent Version System
CSV Concurrent Version System
EJB Enterprise JavaBeans
ESC European Society of Cardiology's
ESM Executive Strategy Manager
GP Gestão de Projetos
I&D Investigação e Desenvolvimento
IBM International Business Machines
J2EE J2EE- Java 2 Enterprise Edition
J2EE Java 2 Enterprise Edition
JSP JavaServer Page
KPI Key Performance Indicator
N/I Não Identificado
PAD Portable Application Description
PDCA Plan – Do- Check- Act
PDF Portable Document Format
PMBOK Project Management Body of Knowledge,
PMI Project Management Institute
PMP Project Management Professional
ROCE Return on Capital Employed
ROI Return on Investment
SGE Software de Gestão Estratégica
SWOT Strengths Weaknesses Opportunities Threads
xi
Resumo
O processo de tomada de decisão é uma das etapas mais relevante da gestão, pois é
através deste que se define o futuro de uma organização. Este processo tem de estar bem
organizado antes da gestão do topo tomar a decisão. E deve conter informação exata e
fidedigna.
Os habituais sistemas de informação, por sofrerem de algumas insuficiências, não
se mostraram à altura do desafio que se exigia. Desse modo, o Balanced ScoreCard (BSC)
surgiu como uma solução possível, pois apresenta-se como uma ferramenta de controlo
de gestão que serve de apoio à implementação e controlo de uma estratégia previamente
definida, baseada na formulação de objetivos, iniciativas, metas, indicadores e
perspetivas. Estas perspetivas estão dividido por quatro vertentes, nomeadamente: a
financeira, clientes, processos internos e o nível de conhecimento ou aprendizagem
organizacional.
Neste trabalho, e de modo a compreender o processo de seleção do Software de
BSC, foi feita o encadeamento de conceitos de como é feito o processo de seleção do
Software do BSC começando pelo estudo dos conceitos, nomeadamente: Estratégia,
Indicadores, BSC, Brainstorming, Mapa Estratégico, Gestão de Projetos, Tecnologia de
Informação e Implementação de Software de BSC. Depois deste estudo foi feita a
implementação do BSC de forma manual para a organização MFSoftwarePT (a
organização em estudo) com base na informação disponibilizada pela mesma e a interação
com os seus dirigentes e colaboradores. O modelo selecionado partiu dos objetivos,
indicadores e relatórios de gestão anuais enviados pela administração da MFSoftwarePT.
Posteriormente esses objetivos foram divididos pelas quatro perspetivas sugeridas
por Kaplan & Norton (1992) estabelecendo entre elas uma relação de causa e efeito. Para
testar a validade do modelo do BSC, foi simulada a sua aplicação à organização
MFSoftwarePT e apresentada a análise de resultados. Uma vez concluída a simulação,
procedeu-se à inserção dos dados no Software em estudo nomeadamente o BscDesigner
tendo-se obtido os resultados apresentados no capítulo 4 (Caso de Estudo). Neste
contexto, o presente estudo permitiu compreender a estratégia adotada pela
MFSoftwarePT. Porque esta estratégia, permitiu escolher o Software que melhor se
adequa à organização em estudo.
Palavras-chaves: Balanced Scorecard (BSC), Software de BSC, Principais Fatores
dos Software do BSC.
xii
Abstract
The decision-making process is one of the most important stages of management,
it is through this that defines the future of an organization. This process has to be well
organized before the top management make the decision. And it must contain accurate
and reliable information.
The usual information systems, suffer from some shortcomings, were not up to the
challenge that was required. Thus, the Balanced ScoreCard (BSC) has emerged as a
possible solution, it presents itself as a management control tool that supports the
implementation and monitoring of a previously defined strategy based on the objectives
formulation, initiatives, goals, indicators and perspectives. These perspectives are divided
into four areas, namely: financial, customer, internal processes and the level of knowledge
and organizational learning.
In this work, and to understand the BSC software selection process, it was made the
chain of concepts of how it is done the BSC Software selection process starting with the
study of concepts, namely: Strategy, Indicators, BSC, Brainstorming , Strategic Map,
Project Management, Information Technology and BSC Software Implementation. After
this study was done to implement the manual form of BSC for MFSoftwarePT
organization (the organization in question) based on the information provided by it and
the interaction with their managers and employees. The selected template set out the
objectives, indicators and annual management reports sent by the management of
MFSoftwarePT.
Later these goals were divided by the four perspectives suggested by Kaplan &
Norton (1992) establishing between them a relationship of cause and effect. To test the
validity of the BSC model was simulated their application to MFSoftwarePT organization
and presented the results of analysis. Once the simulation, we proceeded to the inclusion
of the data in the Software in the study including BscDesigner yielding the results
presented in Chapter 4 (Case Study). In this context, this study enabled us to understand
the strategy adopted by MFSoftwarePT. Because this strategy has allowed to choose the
software that best suits the organization under study.
Keywords: Balanced Scorecard (BSC) BSC Software, Main Factors of BSC
Software.
1
1 Introdução
Este trabalho insere-se no âmbito da Unidade Curricular (UC) de Mestrado
denominada dissertação em mestrado em Sistema de Informação Organizacionais, e tem
como principal objetivo identificar os fatores determinantes na escolha de um Software
de BSC para uma organização em geral e através deste pressuposto selecionar de uma
lista de Software de Balanced Scorecard (BSC) o que mais se adequa à organização em
estudo.
Num atual cenário de globalização, concorrência, internacionalização dos
mercados, de risco, incerteza e de crise económica, exige-se uma reestruturação da
informação contabilística de modo a que os utilizadores possam dar um melhor destino à
informação disponibilizada.
Deste modo surge a necessidade de o gestor implementar um processo de controlo
de gestão. Este processo destina-se a apoiar a implementação da estratégia e a alcançar
objetivos de curto, médio e longo prazo da organização. Sendo assim, o processo de
controlo de gestão tem dois grandes objetivos:
Primeiro objetivo: fornecer informação aos gestores sobre as atividades e o desempenho
do seu setor ou área de responsabilidade, comparando o que foi efetivamente realizado
com os objetivos inicialmente previstos, identificando os desvios e as suas causas; O
Segundo objetivo: avaliar o desempenho de cada gestor ou departamento, de forma a
motivar e incentivar os mesmos para o alcance dos objetivos pré-definidos.
Para consolidar este controlo de gestão, surge nos anos 90 a ferramenta BSC criada
por Kaplan & Norton. Em 1992 estes autores propuseram quatro perspetivas para avaliar
a atuação a organização, nomeadamente: perspetiva financeira, perspetiva do cliente,
perspetiva de processos internos e perspetiva da aprendizagem e crescimento. Assim
sendo, é preciso que a organização tenha uma visão, saiba qual a sua missão e quais os
objetivos para concretizá-la, bem como uma noção do seu enquadramento interno e
externo.
1.1 Objetivo Geral
Identificar quais são os fatores determinantes na escolha de um Software de BSC
para uma organização em geral e, através deste pressuposto, selecionar da lista de
Software escolhidos o que mais se adequa à organização em estudo.
2
1.2 Objetivos Específicos
De seguida são apresentados de forma detalhada, os objetivos específicos, de forma
a atingirmos o objetivo genérico.
Identificar os principais fatores dos Software do BSC em geral;
Fazer um planeamento estratégico na MFSoftwarePT utilizando BSC;
Identificar os Software de BSC mais utilizados;
Efetuar um estudo comparativo entre os Software de BSC identificados como os
mais utilizados;
Selecionar o Software de BSC que melhor se adequa à MFSoftwarePT;
Realizar a inserção dos dados da MFSoftwarePT no Software selecionado.
1.3 Metodologia
Foi utilizada a metodologia qualitativa, através de pesquisa bibliográfica e da
informação dos Software, experimentação dos Software utilizando a informação de uma
organização selecionada para o estudo e análise dos resultados obtidos do Software
selecionado para a experiência. Especificamente, foram utilizados os seguintes métodos:
Pesquisa bibliográfica da literatura, por forma a conhecer o estado da arte;
Pesquisa da informação e estudo dos Software de BSC;
Estudo dos Software e dos principais fatores;
Aplicação prática da informação da organização num dos Software, no sentido de
analisar a sua adequação à organização selecionada.
1.4 Estrutura do Relatório da Dissertação
O presente relatório, encontra-se dividido em cinco (5) capítulos. O primeiro
capítulo tem a Introdução cuja finalidade é enquadrar o trabalho, definir os objetivos,
tantos gerais como os específicos e a sua metodologia.
No capítulo dois é feita a Revisão da Literatura, onde de forma resumida, se
abordam os conceitos de estratégia das organizações, os Key Performance Indicator
(KPI), Brainstorming, Balancend Scorcard (BSC), Gestão de Projetos, Processo de
implementação do Software de BSC, tecnologia de Informaçãoo (TI) e Software
especificamente por forma a identificar os fatores dos Software de BSC. Conclui-se este
3
capítulo com o Mapa Estratégico que é abordado como pressuposto na perceção de
implementação do BSC.
No terceiro capítulo é feita a apresentação da organização, nomeadamente a
descrição da missão, visão, valores e caraterização do negócio da organização.
No quarto capítulo é apresentado o Software de Balanced Scorecard onde é feita a
implementação do BSC de forma manual na organização em estudo, de modo que, à
posteriori se possa fazer uma análise em comparação com a inserção dos dados no
Software escolhido. Depois com estes dados faz-se uma análise SWOT com base na qual
é criado o plano de investimento e estratégico. Após o plano de investimento estratégico
foram estudados alguns indicadores baseados em quatro perspetivas do BSC. Com base
a criação do plano estratégico, foi identificado alguns indicadores com relação a
identificação destes indicadores foi criada relação causa efeito (Mapa Estratégico).
No último capítulo, são apresentadas as conclusões e feitas recomendações para
trabalhos Futuros.
3
2 Revisão da Literatura
Para melhor compreensão dos conceitos que envolvem o processo de seleção do
Software de BSC, é efetuada uma apresentação de forma sequencial dos mesmos. Os
conceitos são apresentados para que se possa perceber os principais pressupostos inerentes
à escolha de um Software de BSC para uma organização.
Neste capítulo foram abordados, de forma resumida, os conceitos de estratégia das
organizações, os Key Performance Indicators (KPIs) que aqui são chamados apenas de
indicadores, fala-se também do conceito de Brainstorming como uma ferramenta
importante utilizada nas ciências sociais e humanas, e ainda do mapa estratégico que é uma
ferramenta que dá forma à organização enquanto que o BSC concretiza e mede essa
estratégia.
Após a explicação do mapa estratégico fala-se também do BSC como uma
ferramenta de materialização da visão e da estratégia da organização, apresenta-se também
uma abordagem à gestão de projetos, à TI e Software especificamente por forma a
identificar-se os fatores dos Software de BSC, o mapa estratégico é abordado como
pressuposto na perceção de implementação do BSC. De notar que é a compreensão do
mapa estratégico e dos fatores de Software de BCS conduzirá à seleção do Software
adequado para a organização do caso de estudo.
A figura 1 apresenta os itens que permitirão perceber como ocorre o processo de
seleção de um Software de BSC numa organização. Por outro lado, à medida que os
conteúdos forem explicados, partindo-se da base para o topo da figura, o grau de
compreensão sobre como selecionar o Software de BSC também vai sendo clarificado.
4
Figura 1: Encadeamento de Conceitos
Em seguida são apresentado, em detalhe cada um dos itens que compõe a figura1.
2.1 Estratégia (A)
A palavra estratégia surge inicialmente relacionada com o mundo militar e a arte da
guerra, nomeadamente na Grécia Antiga como strategia, e significa a qualidade e
habilidade do general (strategós). Este é, no entanto, um conceito já abordado no livro “A
Arte da Guerra” de Sun Tzu, século IV a.C., para explicar algumas táticas militares.
A estratégia pode ser vista segundo uma perspetiva mais clássica, como um elemento
que está associado a metas, posicionamento de mercado, alocação de recursos e, sobretudo,
ao planeamento Volberda, (2004). Por outro lado, pode ser vista numa perspetiva moderna,
as estratégias emergentes, o processo incremental e a aprendizagem organizacional ganham
ênfase, sendo na opinião de Volberda, (2004) as fontes potenciais de vantagem competitiva
da visão moderna.
Atualmente, o conceito aparece associado ao mundo económico, tendo começado a
ser alvo de estudo no mundo empresarial, pelo fato de este ser um mundo com algumas
semelhanças com o mundo militar, porque para resolvermos os problemas da nossa
organização temos que adotar uma estratégia.
Os autores que falam sobre o estudo desta temática não apresentam uma
concordância de definições do conceito de estratégia, por exemplo Porter (1980), entende
a estratégia como o conjunto de ações ofensivas ou defensivas para criar uma posição
sustentável numa indústria, para enfrentar com sucesso as forças competitivas e assim obter
5
um retorno maior sobre o investimento. Este pensamento é analisado com algum
relativismo por Markides (2000), que afirma que a estratégia é definida como um processo
de fazer perguntas, gerar alternativas e fazer escolhas que tanto podem ser corretas, como
estar absolutamente erradas. Sua essência está em selecionar uma posição que a
organização possa sustentar como própria.
Hunger & Wheelen (1995), entendem que a estratégia é o plano que estabelece a
forma como a organização concretizará a sua missão e objetivos. É um ponto de ligação
entre o mundo interior das organizações e o ambiente exterior no qual tudo o mais se opera
Wilson & Jarzabkowski (2004).
Freire (2008), dá uma maior importância ao fato da estratégia poder ser estabelecida
ao nível da organização ou ao nível das atividades desenvolvidas, diferindo neste âmbito
quanto ao nível estratégico, desta forma a estratégia pode ser corporativa, de negócio ou
funcional.
Apesar da diversidade de opiniões e definições o certo é que os diversos autores
entendem que a estratégia empresarial assenta quer na definição de objetivos, políticas e
ações, quer na gestão criteriosa dos seus recursos de maneira a que a organização possa
conseguir criar produtos e serviços que sejam mais procurados que os da concorrência. Isto
exige das organizações maior atenção ao planear a sua estratégia, dando origem ao
planeamento estratégico.
O conceito de planeamento estratégico surge no meio empresarial nos anos 50, tendo
sido consolidado nos anos 60 e 70, momento em que as organizações de todo o mundo
começaram a seguir este processo formal e rígido de geração de estratégias, que resultava
na conceção de um plano estratégico completo e com um âmbito de aplicação bastante
longo (Mintzberg, 1994).
O planeamento estratégico implica a seleção da melhor alternativa ou caminho de
entre uma série de opções consideradas como eventualmente válidas. Tem também como
objetivo fazer uma perspetiva daquilo que serão os maiores desafios para o negócio, com
base no contexto onde a organização atua e nos respetivos fatores do negócio e os desafios
que se perspetivam no futuro.
6
Numa perspetiva de longo prazo, o planeamento das organizações deve ser orientado
com base na criação de uma estratégia competitiva para os produtos ou serviços da
organização, bem como na definição dos seus investimentos e atividades.
Assim, o processo de planeamento estratégico serve de base à definição de estratégia,
sendo que este processo envolve toda a organização, não apenas do ponto de vista estrutural
e funcional, ou seja, todas as unidades e atividades da organização, mas também as próprias
pessoas (Marques & Sousa, 2014).
Desta forma, o planeamento estratégico é o processo que fixa as grandes orientações
que permitem às organizações modificar, melhorar ou fortalecer a sua posição face à
concorrência. De notar que o planeamento estratégico é uma ferramenta de apoio à gestão
com vista ao desenvolvimento futuro da organização, especificando a forma e os processos
de execução.
Como vimos, o planeamento estratégico desempenha um papel cada vez mais
importante na definição da estratégia e atuação das organizações desta forma, a
implementação deste tipo de processo traz para as organizações uma série de benefícios
que passam desde logo pela clarificação da missão; aumento da capacidade de gestão da
mudança e da inovação; aumento da capacidade de servir de suporte à tomada de decisão;
auxílio na alocação de recursos; garantia de melhoria da qualidade e da capacidade de
melhoria a todos os níveis da organização e melhoria da capacidade de pensar ativa e
estrategicamente (Casaleiro, 2012 Citando Bryson, 1988).
Assim, tendo em conta o papel que o planeamento estratégico tem vindo a ganhar o
mesmo também se tem tornado mais formal por exemplo, com a criação de estruturas como
equipas ou mesmo gabinetes de planeamento que têm como função o desenvolvimento de
todo o processo que termina com a execução do documento escrito, o denominado plano
estratégico.
Casaleiro, 2012 Citando Mintzberg, 1994, afirma, que o planeamento estratégico,
deve ser sempre suportado com base aos objetivos, desafios e metas estabelecidos, pois só
desta forma será possível o desenvolvimento de um pensamento estratégico. O autor ainda
afirma que é impossível juntar o pensamento e o planeamento estratégico, pois, ao contrário
do planeamento, que é um exercício analítico, o pensamento estratégico é um exercício
criativo e de síntese, da autoria de qualquer membro da organização.
7
Desta forma, verificou-se que é no pensamento estratégico que está a origem da
estratégia na qual assenta o desenvolvimento do planeamento.
A função do planeamento estratégico passa por apoiar e complementar o pensamento
estratégico operacionalizando-o.
Assim, Casaleiro (2012) Citando Serra et al., (2012), considera que as funções do
planeamento estratégico passam por:
Agrupar e fornecer informação de suporte para a tomada de decisões estratégicas;
Sintetizar as visões e análises dos executivos, coordenando as ideias e organizando-
as em documentos síntese;
Estruturar as políticas de gestão, programas e ações específicos;
Manter todos os sectores informados dos planos, políticas, programas e ações;
Controlar, identificar e destacando possíveis desvios em relação ao inicialmente
estabelecido.
O sucesso do processo de planeamento estratégico só poderá ter sucesso se se
conseguir garantir o envolvimento da administração, gestores de topo e dos colaboradores
sendo que a liderança desempenha aqui um importante papel no fortalecimento do espirito
de equipa e no transmitir as informações necessárias.
2.2 Indicadores (B)
Designa-se por indicadores a medição e o consequente nível de desempenho e
sucesso de uma organização ou de um determinado processo, focando em como e
indicando quão bem os processos dessa organização estão, permitindo que os seus
objetivos sejam alcançados.
Ragland (1995), usa o termo indicador para se referir à métrica que fornece
informações uteis sobre o estado do processo e métrica como uma medida de extensão ou
do grau de qualidade, propriedade que um produto possui e demonstra. Farris (2007) define
métrica como um sistema de mensuração que quantifica uma tendência, uma dinâmica ou
um fator.
Existem diferentes categorias de indicadores, nomeadamente: Indicadores
quantitativos, indicadores qualitativos, principais indicadores, indicadores de atraso,
8
indicadores de entrada, indicadores de processo, indicadores direcionais, indicadores
acionáveis e indicadores financeiros. (Ragland, 1995).
Os Key Performance Indicators (KPIs) são veículos de comunicação, pois permitem
que as associações de gestores de uma organização comuniquem aos seus liderados o quão
eficiente um processo é, e como está seu desempenho ao longo de um período determinado.
Machline (2011), afirma que Kaplan & Norton (2004), defendem que os indicadores
devem ser vinculados ao mapa estratégico e para tal devem:
Ser definidas, relações de causa e efeito - os indicadores devem fazer uma relação
entre os objetivos do mapa estratégico;
Ser fixados os indicadores de desempenho - revelam a situação actual da
organização;
Ser definidas as relações com a parte financeira - de modo a fazer um
acompanhamento (balanceando os valores atuais com os futuros);
Possuir indicadores das quatro perspetivas enumeradas anteriomente.
Kaplan & Norton (1992), defendem ser necessário que o BSC possua um balanço
entre os dois tipos de indicadores:
Indicadores de resultado (lagging);
E indicadores Impulsionadores de desempenho (leading);
Salientando que devem ser variados indicadores de longo e curto prazo.
Kaplan & Norton (2004), de acordo com Machline (2011), dividem ainda os
indicadores em duas categorias:
Indicadores de diagnóstico que revelam se o negócio está sob controlo ou se, se
verificam desvios;
Indicadores estratégicos que estão intimamente relacionados com a estratégia da
organização, podendo estes ser diferenciadores e competitivos.
Os autores supracitados defendem que uma organização poderá definir quantos
indicadores achar por necessário, no entanto estes devem ser estratégicos e recomendam
de quatro a sete indicadores por perspetiva, devendo no total somar entre quinze a vinte e
cinco indicadores. No presente trabalho foram usados dois indicadores por cada perspetiva,
porque se considerou essencial demonstrar no total 8 (oito) indicadores, visto que este
trabalho referi - se profundamente dos Software de BSC e não propriamente da ferramenta.
9
Machline (2011), cita que Henri (2009), fez um levantamento dos indicadores mais
utilizados para cada perspetiva, tendo identificado os seguintes:
Perspetiva Financeira
Receitas operacionais, crescimento das vendas, retorno sobre o investimento (ROI),
custo por unidade produzida;
Perspetiva dos clientes
Quota de mercado, percentagem de clientes satisfeitos, percentagem de entregas
dentro dos prazos definidos, número de reclamações;
Perspetiva de processos internos
Variação da eficiência dos funcionários, de desperdício de material, tempo de
processamento dos pedidos (lead time), estudo de mercado;
Perspetiva de aprendizagem e crescimento
Número de novos produtos lançados, taxa de aquisição, número de novas patentes,
satisfação dos colaboradores, tempo de colocação dos produtos no mercado.
2.3 Balanced ScoreCard (C)
O BSC foi desenvolvido no início dos anos 90 por Kaplan & Norton como resposta
à necessidade de ampliar a visão dos sistemas de controlo, desde uma perspetiva interna e
financeira a uma perspetiva equilibrada em vários sentidos. (Rodrigues & Sousa, 2002)
proporcionando aos executivos de topo uma rápida e compreensiva visão do seu negócio.
Bhagwat & Sharma (2007), afirmam que o BSC se apresenta como um meio de
avaliar o desempenho da organização incorporando as 4 perspetivas definidas por Kaplan
& Norton (1992): Perspetiva financeira; Perspetiva dos clientes; Perspetiva de processos
internos e Perspetiva de aprendizagem e crescimento.
O BSC inclui medidas financeiras que espelham os resultados das ações levadas a
cabo na organização. No entanto, estas medidas são complementadas por medidas
relacionadas com a satisfação dos clientes, com os processos internos e com as atividades
de inovação e atualização da organização que são a fonte para o desempenho financeiro
(Kaplan & Norton, 1992).
10
Deste modo, o BSC tenta complementar as medidas financeiras do desempenho
passado com as medidas indutoras do desempenho futuro (Bhagwat & Sharma, 2007).
O nome do instrumento pretende refletir a intenção de manter a pontuação de um
conjunto de itens que mostram um equilíbrio entre curto e longo prazo, entre medidas
financeiras e não financeiras e entre desempenho interno e externo (Bhagwat & Sharma,
2007).
Em seguida é apresentado a figura de ligações e medidas de desempenho do BSC.
Figura 2: Ligações e medidas de desempenho no BSC
As quatro perspetivas ilustradas na figura anterior, têm sido preconcebidas nos
Software de BSC contudo, mais recentemente tem sido acrescentado ao modelo inicial de
Kaplan & Norton (1992), uma quinta perspetiva que pretende incluir no instrumento de
medição o impacto de medidas ambientais levadas a cabo pela organização. Esta
perspetiva, focada por exemplo estudo de que pretende desenvolver uma ferramenta
designada de Environmental (meio ambiente) através da qual os gestores, os executivos e
os Shareholders podem quantificar o impacto ambiental e financeiro da organização e
iniciativas ambientais empresariais. A mesma, não será estudada no presente trabalho por
não estar contemplada na maioria dos Software de BSC.
Em seguida é apresentada uma visão geral das quatro perspetivas por forma a facilitar
uma melhor compreensão da ferramenta BSC e dos objetivos de cada perspetiva.
11
Perspetiva financeira
Para Machline (2011), a perspetiva financeira é muito importante e é a primeira a
aparecer no mapa estratégico uma vez que o objetivo é gerar lucro. Neste sentido devem
ser definido objetivos financeiros, sendo estes desdobrados em indicadores nas outras
perspetivas.
Esta perspetiva deverá dar uma visão de como a unidade de negócios deverá estar no
longo prazo e abordar temas como o aumento das receitas e redução de custos,
rentabilidade. O autor citado defende que na perspetiva financeira todos os temas deverão
ter uma relação de causa-efeito com as restantes perspetivas.
Kaplan & Norton (1997), defendem que para a organização construir adequadamente
a perspetiva financeira deve questionar-se “ Para sermos bem-sucedidos financeiramente,
como deveremos ser vistos pelos nossos acionistas? ”.
Perspetiva dos clientes
Machline (2011), cita que esta perspetiva visa analisar a forma como estes se
relacionam com a organização e a forma como “vêm” a organização. Esta perspetiva
pondera ter diversos aspetos como a captação, retenção, valor acrescentado e satisfação dos
clientes, tomando como medidas a satisfação, fidelização e a quota de mercado. Esta
perspetiva está intimamente relacionada com a perspetiva financeira uma vez que os
clientes influenciam ao sucesso da organização.
Kaplan & Norton (1997), afirma, para a organização construir adequadamente esta
perspetiva deve questionar-se “Para atingir a nossa visão, como deveremos ser
percecionados pelos nossos clientes? ”
Perspetiva dos processos internos
Para Kaplan & Norton (1997), nesta perspetiva é necessário mapear todos os
processos internos que interferem com a perspetiva financeira e com a perspetiva dos
clientes, uma vez que criando elementos diferenciadores nos processos de forma a agregar
valor para os clientes, se fará sentir em impactos financeiros positivos.
Os autores citados defendem que nesta perspetiva podem ser criados metas e
indicadores como custos, qualidade e tempo de processos, devendo responder à questão
“Para satisfazer os nossos clientes e acionistas em que processos de negócio deverão ser
excelentes?”
12
Perspetiva de aprendizagem e crescimento
Kaplan & Norton (1997), citam que esta perspetiva serve de base para que a
organização possa identificar qual a infraestrutura necessária para manter o seu
crescimento a longo prazo, suportando esse crescimento.
Para os autores esta perspetiva está diretamente ligada à sobrevivência da organização
no futuro pois irá assegurar que a organização terá capacidades de se adaptar a mudanças
que ocorram.
De acordo com os autores citados, no que respeita à perspetiva de aprendizagem e
crescimento, a organização deverá responder a seguinte questão “Para atingir a nossa visão
como deveremos sustentar a nossa capacidade de mudar e melhorar”, para tal deverá
utilizar medidas como a satisfação dos colaboradores e a disponibilidade dos sistemas de
informação.
2.4 Brainstorming (D)
A técnica de Brainstorming é uma ferramenta de recolha de informação bastante
utilizada nas ciências sociais e humanas. Esta técnica visa essencialmente estimular novas
ideias relativamente a um tema, procurando alternativas e soluções para algum tipo de
problema existente nas organizações, ou outra qualquer área.
Esta técnica pode ser aplicada individualmente ou em grupo, sendo esta última opção
a mais frequentemente usada, já que mostra ser a que revela um potencial maior pois as
interações no grupo fazem surgir mais ideias do que as obtidas individualmente (Coutinho
& Junior, 2007).
Desta forma, verificamos que a técnica de Brainstorming tem como objetivo obter o
maior número de ideias, num determinado período de tempo, em relação a um determinado
tema.
Para que esta técnica tenha sucesso é fundamental que o grupo não esteja
condicionado a preconceitos ou inibições, importa que seja claro para todos os
participantes. No Brainstorming, não existem resposta corretas ou erradas, o que importa
é responder de forma espontânea e original.
13
Após esta fase de recolha de , o passo seguinte passa por fazer uma análise da mesma
e organizá-la numa checklist para depois ser dados possível fazerem-se comparações e
análises.
Kurztberg (2005), entende que apesar da forma como se obtém a informação no
Brainstorming não respeitar um processo racional a nível da procura de conceitos, a
verdade é que esta técnica permite que uma série de inovadoras sugestões surjam e passem
a ser o ponto de partida ou solução para uma determinada questão.
Segundo Miniccuci (2001), numa sessão de Brainstorming, o problema a ser
analisado deve ser simples e entendido por todos os membros do grupo. Caso o problema
seja complexo haverá a necessidade de segmentá-lo em problemas mais simples e realizar
várias sessões onde, em cada uma, será analisado um único desses problemas. A técnica de
Brainstorming possui três fases, nomeadamente:
1ª Fase: Exposição de abertura- nesta fase o responsável pela sessão expõe o
problema e informações relevantes que possam ajudar na geração das ideias, deixando
claro o objetivo da reunião.
2ª Fase: Exposição de ideias- Nesta fase é considerada a etapa de produção, onde os
participantes efetivamente vão expor as suas ideias sobre o problema. Também é
denominada por fase produtiva.
3ª Fase: Escrutínio- nesta fase é efetuada a seleção das ideias emitidas pelos
participantes.
O autor salienta ainda que para um melhor aproveitamento da técnica Brainstorming,
se devem ter em conta três fatores importantes:
Organização do grupo: O ideal é que se tenha 10 participantes, podendo no máximo
ir até 12. É indicado que os participantes possuam todo o mesmo nível social e que
essencialmente tenham conhecimento do problema a ser resolvido.
Instalação material do grupo: É importante a escolha do local onde será realizado
na sessão de Brainstorming. Um ambiente tranquilo, onde não haja interferências
externas, nem desconforto com o horário escolhido. São fundamentais também a
utilização de uma mesa redonda ou oval, para a reunião, bem como a identificação
de cada participante. A pessoa responsável por conduzir a reunião deve ficar num
lugar estratégico, de maneira a facilitar a sua atuação.
14
Observadores: Têm a função de registrar as ideia dos participantes. É indicado que
cada observador registe as ideias de apenas dois participantes. Eles devem ficar
distantes dos participantes, mas defronte daqueles pelos quais estão responsável no
que respeita ao registo das ideias. O objetivo do observador é anotar as ideias
emitidas sem mencionar quem as gerou, ou seja, ele irá gerar uma lista de ideias
sugeridas.
Desta forma, a nível da seleção de um Software BSC é fundamental que esta técnica
seja considerada por forma a facilitar a escolha de um Software que melhor se adequa a
organização.
O Software de BSC deve apresentar um conjunto de fatores fundamentais, para que
as várias unidades de negócio de uma organização possam tirar melhor partido do mesmo.
Assim torna se fundamental trazer para este estudo a técnica Brainstorming, uma vez que,
o Software só poderá atingir o nível de desempenho esperado, se este se refletir nos vários
departamentos da organização.
A criação de um grupo piloto para identificar os objetivos dentro de cada uma das
unidades de negócio, que possam identificar com maior exatidão os principais indicadores
para as quatro perspetivas (financeira, clientes, processos internos, aprendizagem e
crescimento), a que organização se propõe quando vai realizar uma implementação deste
sistema, é um passo importante antes de ser selecionado o Software.
Portanto, o Brainstorming permite que o processo de seleção do Software seja
acelerado pois este grupo não despende tempo e energia em objetivos que não se
enquadram no âmbito da estratégia corporativa.
2.5 Gestão de Projetos (E)
O desenvolvimento de projetos sejam eles de Software como de outra área, implica
uma grande capacidade de coordenação no sentido de todas as normas pré-estabelecidas
sejam cumpridas uma vez que há que respeitar um orçamento estipulado e depois conseguir
conciliar tudo com o prazo de entrega e com as expectativas do cliente.
Desta forma, os projetos só poderão ter sucesso se forem bem geridos, sendo para
isso necessário planeá-los, definir custos, requisitos, tempo e riscos dos mesmos de forma
a se atingir com sucesso o produto ou serviço pretendido.
15
Neste sentido, a gestão de projetos visa exatamente planear, organizar e gerir as
tarefas e recursos para a concretização de um determinado objetivo (Gonçalves et al.,
2012).
Para Duncan, (2010), Afirma que a gestão de projetos visa a aplicação eficiente do
conhecimento, aptidões e técnicas para que as mesmas possam ser delimitadas no sentido
de dar resposta às necessidades e expetativas dos Stakeholders (partes interessadas) de um
projeto
A gestão de projetos tem vindo a ganhar espaço e importância ao longo dos últimos
anos sendo que, na atualidade este é já entendida como uma profissão.
Atualmente, o gestor de projetos assume um papel fundamental na liderança e
progressão dos projetos, sendo da sua responsabilidade a gestão dos recursos materiais e
humanos e pela condução do projeto até resultado esperado. Tendo em conta as suas amplas
responsabilidades, o gestor de projetos deve possuir aptidões técnicas de gestão, de forma
a ser capaz de desempenhar determinadas atividades de forma credível e eficaz (Kerzer,
2010).
O Project Management Institute (PMI) possui uma certificação em Project
Management Professional (PMP) sendo está a mais reconhecida mundialmente para
indivíduos envolvidos na Gestão de Projetos (GP) (Torreão, 2005).
Apesar destas certificações serem de grande importância a mesma não é suficiente
para conduzir um projeto ao sucesso, é fundamental possuir outras caraterísticas como seja
fortes capacidades interpessoais e de comunicação, familiarizar-se com as operações de
cada organização, possuir um conhecimento geral da tecnologia a ser utilizada e ser
responsável pelo seu próprio desenvolvimento e melhoria permanentes (Miguel, 2008).
Os grandes desafios da gestão de projetos prendem-se essencialmente com o rápido
consumo de recursos finitos e com as expetativas da sociedade aumentar os seus padrões
de vida, sendo estes dois grandes desafios que se impõem (Todhunter, 2011).
A par destas questões surgem outras relacionadas com as questões da
sustentabilidade, sendo que estas se impõem também à gestão de projetos exigência a
capacidade de se fazerem escolhas e se tomem decisões e nível da avaliação e das formas
como se desenvolvem e aplicam esses projetos.
16
Weidman (2003), refere que é necessária a existência de uma liderança forte capaz
de dar resposta às necessidades de um mundo onde se tem vindo a verificar um aumento
das crises populacionais, ambientais, políticas e económicas.
Nesta linha de ideias, os conceitos de liderança na gestão de projetos têm
progressivamente vindo a ser alterados no sentido de dar resposta à procura externa de um
mais e melhor informado público e a uma mão-de-obra cada vez mais qualificada
(Weidman 2003).
Desta forma, importa que no futuro se continue a postar na formação dos gestores de
projetos, investindo-se em áreas como “Program Management; Business Management;
Processos de Negócio; Gestão de Projetos Complexos; Six Sigma; Gestão do Risco;
Implementação de “Key Performance Indicator” e “Dashboards”; Como Desenvolver
Estudos de Viabilidade e Análises de Custo-Benefício; Como Validar e Revalidar
Pressupostos de Projeto; Como Definir o “Project Governance”; Como Gerir Múltiplos
“Stakeholders”; Como Desenhar e Implementar Metodologias de Gestão de Projetos
Fluídas ou Adaptativas; Como Desenvolver “Coping Skills” e de Gestão do Stress “
(Martins, 2013).
Assim, entende-se que o sucesso dos projetos e da sua gestão passa e continuará a
passar pela adoção de uma metodologia adequada, elaborada com base num conhecimento
profundo dos objetivos do projeto e que lista de forma clara os recursos necessários.
O Project Management Body of Knowledge, PMBOK (2013), define a gestão de
projetos como aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas.
Este Conhecimento é imprescindível quando se vai selecionar um Software de BSC,
dado que, a implementação destes Software traz consigo alguma influência na cultua e na
comunicação da organização.
2.6 Mapa Estratégico (F)
Machline (2011), cita que Kaplan & Norton (2004), caracterizam o mapa estratégico
como sendo a tradução da estratégia da organização, enquanto que o BSC é a medida do
objetivo, ou seja o mapa estratégico dá forma á organização enquanto que o BSC concretiza
e mede essa estratégia, o que é muito importante pois com a criação do mapa estratégico
17
permite que todos colaboradores ajam no sentido de alcançar os objectivos estratégicos da
organização.
Machline (2011), cita que o mapa estratégico completa o BSC, mostrando à
organização quais os processos que necessitam de especial atenção para que a estratégia
seja alcançada, devendo para tal ser seguidos quatro principios, nomeadmente:
Mobilizar a liderança os órgãos de gestão devem perceber e estar envolvidos com a
estratégia da organização e difundi-la junto dos restantes colaboradores;
Operacionalizar a estratégia de modo a fixar e quantificar os objetivos definidos pela
estratégia e construir o mapa estratégico, desenhar o processo de criação de valor
para os clientes e fixar indicadores de desempenho;
Alinhar a organização à estratégia e transformar a estratégia numa tarefa de todos
envolver toda a organização na estratégia da organização, depois de construir o mapa
estratégico é necessário desdobrar o mesmo para todas as unidades de negócio para
que cada um perceba o seu papel;
Fazer com que a estratégia seja um processo contínuo, através da revisão sistemática
da estratégia, revendo o BSC e o mapa estratégico utilizando as ferramentas de
gestão.
Para Kaplan & Norton (2004), o mapa estratégico deve ser feito numa única página,
de modo a ilustrar claramente as relações existentes entre as quatro perspetivas do
Balanced Scorecard. Assim, faz-se uma demonstração da relação de causa-efeito com base
nestes autores, no sentido de exemplificar a relação entre os indicadores financeiros e não
financeiros. Podendo se verificar que, o desenvolvimento do mapa estratégico realiza-se
do geral para o particular naquilo que se designa por abordagem top – down.
Em seguida é apresentado uma figura, onde é detalhado a relação de causa e efeito.
18
Figura 3: Relação de causa efeito
Conforme apresentado na figura 3. Pode verificar-se que, para atingir o objetivo
Return On Capital Employed (ROCE), aumento do retorno sobre o capital investido, deve-
se iniciar pela perspetiva da aprendizagem e crescimento, atuando na melhoria da
capacidade do funcionário. Consequentemente, provocará uma melhoria na qualidade dos
processos de negócio que, por sua vez, promoverá pontualidade das entregas, aumentando
assim o número de clientes fidelizados. Espera-se, dessa forma, um aumento do ROCE.
Segundo Kaplan & Norton (2001), a construção do Balanced ScoreCard com realce
nas causas e efeitos induz o raciocínio sistemático e dinâmico. Profissionais dos diversos
setores da organização passam a entender como as peças se encaixam, como os seus papéis
influenciam outras pessoas e, por fim, a organização inteira.
Estes mapas são gerados de forma automática em Software de BSC e podem ser de
diferentes formas, do Software que a organização utilize. Assim, no processo de seleção do
Software de BSC, deve ter-se em atenção se os mapas que são gerados se adequam à
organização.
2.7 Tecnologia de Informação (TI), Software de BSC e os seus Fatores (G)
Nesta secção são apresentadas de forma detalhada as questões inerentes às TI e aos
Softwares de BSC.
19
Machline (2011), cita que Niven (2002), propõe uma metodologia de criação do
Software Balanced Scorecard, em duas fases: uma de planeamento seguido com outra de
desenvolvimento. Em seguida são apresentadas os detalhes de cada fase:
1ª Fase de planeamento:
Definição dos objetivos do Software do BSC;
Determinação das unidades de negócio onde o Software de BSC será implementado.
(definir se será implementado a um nível operacional, ou ao nível de gestão);
Alcançar o apoio da gestão, conseguindo o poder de decisão e do compromisso;
Definir timmings de execução;
Elaborar um plano de trabalho;
Desenvolver um plano de comunicação para que o Software de BSC seja percebido
por todos.
2ª Fase de desenvolvimento
Distribuir, recolher e confirmar material de base para a construção do Software de
BSC, tais como missão valores da organização, estratégia e principais competências
dos colaboradores;
Fazer entrevistas com executivos e obter informações sobre a posição competitiva da
organização, bem como elementos diferenciadores, assim como fatores críticos de
sucesso;
Desenvolver objetivos e medidas para cada perspetiva e definir relações de causa-
efeito;
Definir metas para os indicadores identificados;
Desenvolver um plano de melhoria contínua do Software de BSC.
Segundo Laurindo (2002), num ambiente onde a quantidade de informações aumente e a
necessidade de trabalhos adequadamente seja um fator de sucesso para a competitividade,
as TI exercem um papel fundamental. Portanto, compreender a função das TI nas
organizações e, neste caso particular, a implementação de Software de BSC, deve vir
precedida do conhecimento das TI e da sua importância Henderson & Venkatraman (1993),
afirmam que a utilização eficaz e eficiente das TI é consequência de um alinhamento desta
com as estratégias de negócio. O pensamento reflete a ideia de que o sucesso depende da
20
combinação da estratégia de negócio, infraestrutura e processos organizacionais. Face ao
exposto, pode-se verificar a necessidade de uma estrutura de TI adequada quando se tratar
de desenvolver ou adquirir um sistema de informação novo ou simplesmente para
modificá-lo.
Kaplan & Norton (2001), citam algumas recomendações na seleção de Software de BSC:
Antes de escolher um Software, deve-se levar em conta as necessidades específicas de
cada organização;
Escolher o Software adequado à organização implica investimentos e, também,
influências na cultura, comunicação, integração e eficiência;
Quais são as necessidades críticas que o Software de BSC deve preencher?
Onde estão as complexidades tecnológicas da organização e como o Software de BSC
será integrado?
Qual o grau de automação pretendido pela organização que vai adquirir o Software de
BSC?
Pressman (1995), evidencia que a aplicação de um Software pode ser para qualquer
situação no qual um conjunto previamente especificado de passos e procedimento estiver
definido e que as seguintes áreas de Software indicam a amplitude das aplicações.
Nomeadamente é descrito os tipos de Software:
Software básico;
Software de tempo real;
Software comercial;
Software científico e de engenharia;
Software embutido;
Software de computador pessoal;
Software de inteligência artificial.
O Software é hoje um produto de grande importância, a função do Software diferencia
produtos, sistemas e serviços e proporciona vantagem competitiva no mercado. Os
21
programas, documentos e dados, que são o Software, ajudam a gerar a mais importante
comodidade que qualquer pessoa, pode adquirir informação.
Corrêa (2005), ao citar a implementação de BSC e respetivo Software, enfatiza o
cuidado que se deve tomar para que o BSC não seja utilizado como um sistema de
informação bem como o apoio desse Software não desvirtue o objetivo principal do BSC,
é promover a descrição, comunicação, alinhamento e medir a estratégia.
Niven (2003), afirma que ao realizar uma busca pela Internet sobre Software de BSC
encontrou imensa informação a respeito, mas isso não significa que deva existir uma
quantidade de Software e de fornecedores.
Olve, Roy & Wetter (2001), averiguam que é suficiente para uma organização ativa,
num mercado altamente dinâmico, analisar e avaliar continuamente as diferentes partes de
seu ScoreCard para mantê-lo executável. Se o ScoreCard não vier acompanhado da ajuda
dos procedimentos e sistemas específicos, haverá um perigo evidente de que o
desenvolvimento da competência do empregado seja negligenciado. Será, então, difícil
para a organização fazer certas mudanças no comportamento que podem ser necessárias,
se desejar continuar competitivamente.
Niven (2003), salienta que em meados da década de 90 do século XX, as
organizações que partiram de uma simples forma de medição para sistemas de gestão
estratégico utilizavam inicialmente simples cópias de relatórios para divulgar os seus
progressos. Uma vez que as organizações foram integrando os ScoreCard, desde o mais
elevado nível até ao operacional, ligando-os aos orçamentos. As análises das informações
e formas de comunicação exigiram novas ferramentas, e os fornecedores foram rápidos em
responder a essas necessidades.
Segundo Niven (2003), os principais fatores de um Software de BSC são:
1. Configuração do Software: Deve apresentar um conjunto de instruções no ecrã do
computador que facilite os ajustes iniciais durante a instalação;
2. Prazo de implementação: Adaptações para elaboração desde simples relatórios até
sofisticadas soluções de gestão podem afetar o prazo de implementação. Incluindo-
22
se ainda a disponibilidade de recursos para tais atividades. Devem-se, portanto,
considerar as necessidades de recursos exigidos;
3. Interface com o utilizador: Deve ser o mais amigável possível, pois em grande parte
será utilizado pela gestão de topo, que necessita rapidez e simplicidade a ver as
informações. Deve implementar painéis de controlo (dashboards);
4. Mapas estratégicos: O sistema deve permitir a representação gráfica do mapa
estratégico com as respetivas relações de causa-efeito e em determinados casos de se
representar, pela cor da figura que representa o objetivo estratégico, o valor do
indicador que mede o objetivo; a visão, a missão e os objetivos estratégicos também
devem ser representados;
5. Múltiplos locais: Deve permitir a implementação em vários locais físicos ou lógicos
de uma organização, se possível ser a acedido pela rede Internet com a segurança de
informação requerida para esse tipo de aplicação que lida com informações
estratégicas;
6. Descrições e definições: Devem permitir descrever e definir cada elemento do BSC,
tais como: missão e visão, objetivos estratégicos, indicadores, ações, etc. Estas
descrições e definições possibilitam e facilitam a comunicação;
7. Direcionamento de informações específicas para executivos: Cada utilizador, e
entre eles, os executivos da organização, deve ter o seu conjunto de informação
específica, estas informações devem estar organizadas e apresentadas de forma
personalizada;
8. Pesos relativos: A composição de determinados indicadores, sobretudo os
indicadores de metas corporativas, é feita pela consolidação de indicadores parciais.
9. Gráfico indicador de Status: Os Software de BSC devem permitir a representação
gráfica da situação da organização, de uma unidade, de um objetivo ou de um simples
indicador;
10. ScoreCard em cascata: Muitos indicadores podem ser desdobrados ou agrupados,
por exemplo, o facturamento de uma organização pode ser desdobrado nas diversas
unidades do grupo, isto é, por regiões de vendas, gerentes de vendas e vendedores; a
árvore de desdobramento ou ScoreCard em cascata permite navegar de forma
intuitiva pelos diversos níveis;
11. Menus intuitivos : A forma de navegação deve ser intuitiva;
23
12. Ecrãs de ajuda: Toda a documentação deve ser disponibilizada também dentro
do Software na forma de telas de ajuda (help);
13. Níveis de detalhe: O Software deve permitir aprofundar a análise de um determinado
indicador até chegar à causa básica de um determinado desempenho; algumas
ferramentas úteis são os cubos de dados;
14. Relatórios e análises : O Software deve ter ferramentas flexíveis para emissão de
relatórios e análise, tais como: capacidade de detalhe de uma informação; análise
estatística para auxiliar na verificação de tendências, correlações entre indicadores,
etc.; alertas por meio de mensagens, incluindo mensagens para telefone celular ou
equipamentos pessoais (PAD); permitir agregar comentários sobre determinados
resultados; consolidação de resultados; indicadores de dados não lançados ou
compilados; análise de hipótese (what-if); associar ou anexar documentos; enviar e-
mails e mensagens;
15. Considerações técnicas: O Software também deve atender a necessidades técnicas
como: compatibilidade com o ambiente tecnológico, como o sistema operativo (Unix,
Linux, Windows, etc.); integração com o sistema existente; aceitar diferentes
formatos de interface (txt, xml, etc.); permitir exportar os resultados para outros
sistemas; acesso por browsers em extranet ou intranet; acionar processos externos
(triggers); funções de recortar e colar (cut and paste); escalabilidade em volume de
dados e desempenho; trabalhar com diferentes bancos de dados;
16. Manutenção e Segurança: O Software de BSC devem ter controlo de acesso e
segurança sobre os dados por meio de uma área de responsabilidade sobre a
administração do sistema; permitir a personalização do Software (Customization),
atualização e controle de versão do Software;
17. Comunicação: O aspeto da comunicação de qualquer implementação ScoreCard é
fundamental;
18. Especificações técnicas: Os requisitos técnicos dependem da infraestrutura existente
em cada organização. Qualquer nova peça de Software deve suportar o sistema
operativo de desktop ou de rede existente;
19. Interface de utilizador apresentação de dados: Aqui as organizações têm de
decidir como querem ter os dados apresentados, as aplicações variam entre muito
24
gráfico para mais textos e tabelas base. Um dos aspetos mais importantes é a exibição
de mapas de sucesso ou mapas estratégicos;
20. Funcionalidade de análise: As ferramentas oferecem diferentes níveis de
capacidades de análise, que se estende desde as capacidades de simples para análise
multidimensional, funcionalidade estatística complexa, previsão e mesmo
planeamento de cenários.
2.8 Processo de Implementação do Software de BSC
O processo de implementação do Software de BSC deve ter um bom gestor de projeto
e uma boa metodologia, caso não exista estes itens importante haverá riscos do processo
prolongar por muito tempo e com essas falhas haverá mais custos.
Segundo Kaplan & Norton (2001), afirmam que o procedimento da implementação
do Software de BSC e orientado pela visão e guiada missão da organização. Seguindo
orientação dada pela visão do futuro da organização, definem- se os objetivos dentro de
cada perspetiva (Financeira, cliente, processos internos e aprendizagem e crescimento).
Para cada objetivo, define-se a estratégia para atingi-lo, e o indicador de desempenho que
ira medir por período, a estratégia adotada atende aos objetivos definidos, um dos
indicadores poderá ser a produtividade.
Ainda os autores supracitados, asseguram que sem o apoio e a participação dos altos
executivos, o projeto de implementação do Software de BSC não deve ser iniciado.
De seguida são apresentado as etapas para se começar um projeto de execução do
Software de BSC sugerida pelo Kaplan & Norton (2001), nomeadamente:
Definir arquitetura do programa de medição;
Definir objetivos;
Escolher os indicadores;
Elaborar um plano de implementação.
Hikage (2005), afirma que as organizações, além da implementação dos Software de
BSC, procuram automatiza-los. Dessa forma, é importante, ao parametrizar o Software,
mapear informações do Software de BSC, tais como as perspetivas, os objetivos e seus
respetivos indicadores. Esse mapeamento poderá ser realizado e adequado entre os níveis
conceitos, e tem que existir uma interface entre eles.
25
A figura seguinte apresenta a relação entre conceitos que auxiliam na implementação
do Software de BSC.
Fonte: Hikage, Spínola; tonini (2005)
Figura 4: Níveis que auxiliam na implementação do Software do BSC
A figura 4 apresenta os níveis que auxiliam na implementação do Software do BSC.
O nível III representa a implementação do Software de BSC, ao passo que o nível II se
refere a interface, incluindo aí os requisitos de Hardware, tais como: computadores,
servidores e rede. Para configurar o Software, devem ser inseridas as informações definidas
no nível I. Dessa forma, o nível III interface exerce a função de concentrar as informações
do nível I organizadas e inter-relacionadas, como, por exemplo, as perspetivas e seus
objetivos; os objetivos e seus indicadores; para cada perspetiva, planos de ação e
estratégias.
26
3 Organização
Neste capítulo é feito uma breve apresentação da organização e a descrição da
missão, visão, valores e caraterização do negócio da organização. A informação constante
neste capítulo foi essencial para efetuar um plano estratégico utilizando a ferramenta BSC.
Esta informação foi fornecida pelos responsáveis da organização. Por razões de
confidencialidade não é possível revelar o nome real da organização tendo por isso sido
adotado o nome fictício de MFSoftware. Esta informação foi essencial para fazer o plano
estratégico, que serviu para o caso de estudo.
3.1 Apresentação
A MFSoftware1 é uma organização de desenvolvimento de Software a nível mundial
da qual fazem parte uma série de representantes noutros países. Investe anualmente cerca
de 24% do volume de faturação em Investigação e Desenvolvimento (I&D),
significativamente acima do que habitualmente se pratica no mercado das tecnologias de
informação. Com início das operações em 1994, a MFSoftwarePT2 (organização usada no
caso de estudo), conta hoje com 70 colaboradores e teve um volume de negócio de 14
milhões de euros, em 2015. Mais de 85 clientes, nos mais diversos setores de atividade,
contam com a tecnologia, serviços, metodologias e parceiros MFSoftware para inovarem,
otimizarem e transformarem as suas organizações.
3.2 Missão
A MFSoftware tem a missão de oferecer soluções comprovadas, que geram inovação
e melhoram o desempenho.
3.3 Visão
A MFSoftware transforma a maneira como o mundo funciona, dando às pessoas
THE POWER TO KNOW.
1 Nome fictício por questões de confidencialidade da organização. 2 Nome fictício por questões de confidencialidade da representante em Portugal.
27
3.4 Valores
Os valores da MFSoftware são visíveis em todas as relações de parceria da
organização, desde os compromissos de longa duração com os seus clientes à comunidade
forte e localizada dos colaboradores. Esses valores são:
Proximidade;
Foco nos clientes;
Rapidez e agilidade;
Inovação;
Confiança.
3.5 Caraterização do Negócio
Como líder em Software Analítico e serviços de consultoria, é o maior fornecedor
independente no mercado de Business Analytics (BA) a MFSoftware fornece soluções e
tecnologias que permite aos clientes resolver os seus complexos problemas de hoje e
capitalizá-los em oportunidades amanhã.
3.6 Produtos e Serviços
Na figura 5 podem ver-se as indústrias em que a MFSoftware atua, bem como a sua
linha de soluções.
Figura 5: Linha de soluções da MFSoftware
28
3.7 Recursos Humanos
O organograma apresentada na figura 6 tem por base a estrutura matricial e forma
achatada, ou seja, a base é mais larga que o topo, o que na ótica do Country Manager da
MFSoftwarePT facilita a supervisão e a interação com os colaboradores.
Figura 6: Organograma da MFSofwarePT
A informação apresentada referente à organização em estudo, concretamente à
MFSoftwarePT, será utilizada no capítulo seguinte de modo a poder fazer-se uma
implementação do BSC de forma manual e automática.
29
4 Software de Balanced Scorecard
Pretende-se neste capítulo efetuar a implementação do BSC de forma manual na
organização em estudo, de modo que, a posteriori se possa fazer uma análise em
comparação com a inserção dos dados no Software escolhido. De notar que por a
implementação de forma manual, entende-se a recolha da informação da organização,
como por exemplo: missão, visão, valores, pontos fortes, pontos fracos como a sua parte
interna, e as ameaças e oportunidades como a sua parte externa. Depois, com estes dados,
faz-se uma análise SWOT com base na qual é criado o plano de investimento estratégico,
após o Plano de investimento estratégico foram estudados alguns indicadores baseados em
quatro perspetivas do BSC. Com base na identificação destes indicadores foi criada uma
relação causa efeito (Mapa Estratégico).
É apresentado um caso de estudo baseado na implementação de BSC para a estratégia
da organização MFSoftwarePT, onde são abordados os principais fatores da mesma e
realizada uma análise SWOT, ou seja, uma demonstração dos principais pontos fortes e
fracos da organização e as oportunidades e ameaças existentes no seu ambiente interno e
externo. Seguidamente são apresentados os principais indicadores nas quatro perspetivas
do BSC a combinação destes fatores conduziu à obtenção dos principais indicadores numa
relação de causa-efeito do estudo realizado na organização.
É também apresentado um estudo sobre os principais fatores dos Software de BSC
identificados como potencialmente mais utilizados, designadamente BscDesigner, ESM,
QuickScore, Stratec e SmartDraw. Os fatores dos vários Software foram submetidos a
uma análise que permitiu selecionar o Software que mais se adequa à organização em
estudo, no sentido de servir de suporte de inserção dos dados na aplicação.
4.1 Caso de Estudo
É apresentado um caso de estudo baseado na implementação de BSC para a estratégia
da organização MFSoftwarePT, onde são abordados os principais fatores da mesma e onde
é realizada uma análise SWOT, ou seja, uma demonstração dos principais pontos fortes e
fracos da organização e as oportunidades e ameaças existentes no seu ambiente interno e
externo. Seguidamente são apresentados os principais indicadores nas quatro perspetivas
já identificadas no (capitulo 2) do Balanced ScoreCard e a relação causa – efeito.
30
A combinação destes fatores conduziu à obtenção dos principais indicadores numa
relação de causa-efeito do estudo realizado na organização.
Com este caso de estudo faz-se uma implementação do BSC de forma manual na
MFSoftwarePT, começando por se fazer uma análise SWOT da mesma, que representa os
pressupostos para a estratégia da organização. Seguidamente faz-se uma demonstração dos
resultados do BSC feito de forma manual.
4.1.1 Análise SWOT
Para perceber a análise estratégica da organização, descrevem-se os pontos fortes e
fracos que representam uma análise interna à organização, bem como as ameaças e
oportunidades que são referentes aos fatores externos da mesma. Alguns destes pontos são
inerentes a MFSoftware por ser a principal responsável pela produção dos Software, assim
como, pela estratégia global da organização.
Pontos Fortes
Líder de mercado em várias vertentes de negócio - Líder em Software analítico,
de risco e fraude, com aplicações de negócio inovadoras, suportadas por uma plataforma
de inteligência empresarial, a MFSoftware ajuda os seus clientes distribuídos por mais de
45.000 locais a tomarem as melhores decisões de forma mais rápida, aumentando o seu
desempenho e valor de negócio.
Fidelização dos clientes - O facto de a organização dispor de uma grande carteira de
clientes deixa em aberto novas oportunidades de venda de outros produtos desenvolvidos
pela MFSoftware, visto os clientes já confiarem na organização e nos seus produtos.
Pontes Fracos
Falta de recursos humanos - Os departamentos nas organizações das representantes
dos vários países são constituídos apenas por um funcionário, o que pode significar uma
baixa de rendimento na organização ou perda do negócio, caso haja uma eventual falta
desse funcionário.
Faltas de práticas de formação - Os funcionários das representantes recebem as
formações e-learning. Este método de formação não é o mais adequado visto que com este
tipo de formação se verifica um maior número de desistências dos funcionários, e o grau
de aprendizagem é baixo. Trata-se de uma organização com um único elemento em cada
31
departamento. Assim é essencial que os mesmos tenham uma formação eficiente para
melhor darem resposta aos clientes e consumidores dos seus serviços.
Oportunidades
Parcerias com grandes organizações de TI, possibilitando mais oportunidades
de negócio – A existência de parcerias com grandes organizações multinacionais com
quota de mercado bem definida na área de TI permitirá à MFSoftwarePT alcançar com
maior facilidade novos clientes e aumentar o número de projetos e de negócios.
Aumento da procura dos Software divididos por módulos (venda de
funcionalidades integráveis) – A produção de Software modular permitirá atingir um
maior número de clientes porque estes só irão adquirir as licenças referentes aos módulos
nos quais tenham realmente interesse.
Ameaças
Concorrência de qualidade e com quota de mercado (Oracle, IBM) – Visto o
ambiente externo estar totalmente fora do controlo da organização, esta deve tirar partido
das oportunidades para minimizar os efeitos negativos das ameaças. Neste caso, a entrada
de uma organização concorrente com quota elevada no mercado, surge como uma ameaça.
Falta de sensibilidade no mercado nacional – É uma forte ameaça para a
organização. É imperioso a divulgação dos seus produtos em revistas da especialidade e
nos meios audiovisuais, promovendo a qualidade dos produtos, na sensibilização dos
clientes. A qualidade tem que estar em sintonia entre o que é produzido e o que o cliente
necessita, trabalhando sempre na ótica da excelência, em todas as atividades da organização
onde a criatividade e a inovação devem estar sempre presentes.
32
Tabela 1: Cruzamento de dados da análise SWOT
Da análise SWOT apresentada obtiveram-se as linhas estratégicas para a organização
em estudo e a relação entre as quatro perspetivas do BSC.
4.1.2 Plano de Investimento e Estratégia
Neste ponto é abordado o plano de investimento onde será traçada a estratégia, a
utilizar para colocar o plano em ação.
A procura acentuada de serviços qualificados nos sistemas de informação da
organização MFSoftwarePT, que se demonstra através da análise SWOT, propõe à
organização maior agilidade e melhor resposta às necessidades dos clientes na
MFSoftwarePT. Esta procura levou a pensar num plano de investimento para a
organização, que já possui um público fidelizado e pretende abrir-se a outras oportunidades
do mercado.
33
4.1.2.1 Assistência Técnica e Suporte
A área de assistência e suporte técnico prestará auxílio às atividades relacionadas
com as licenças de Software adquiridas pelos clientes, nomeadamente a instalação,
atualizações e configurações.
4.1.2.2 Expansão dos Clientes-Alvo
Recorrendo à vertente modular dos Software existentes, a MFSoftwarePT através da
MFSoftware deve desenvolver módulos com funcionalidades mais reduzidas, permitindo
que os mesmos sejam vendidos a preços mais competitivos e expandindo assim o seu
público-alvo e adaptando-se às PME’s, que representam uma grande percentagem das
organizações nacionais.
4.1.2.3 Versões de Demonstração
Tendo em conta que a organização não é líder de mercado na área de Business
Intelligence e visto esta ser uma área em desenvolvimento e expansão, a MFSoftwarePT
deve disponibilizar outros Software e também a outros potenciais clientes. Versões de
demonstração (trial version) do Software de Business Intelligence devem ser
disponibilizada, durante 30 dias, aos clientes atuais.
4.1.2.4 Formação aos Funcionários
Tendo em conta que os métodos atuais não atingem os resultados esperados porque,
os métodos de ensinos e-learning reduzem a confiança nos formandos, este tipo de
estratégia educativa ainda tem elevada desconfiança por parte dos formandos, responsáveis
de instituições e até alguns grupos alvo mais conservadores e resistentes à inovação.
De seguida, são apresentada as causas que levam a um resultado imprevisível com a
formação e-learning (Web1). Nomeadamente:
Quantidades de informação elevada: isto pode confundir e consumir muito tempo
aos formandos;
34
Inexistência de interação presencial entre formandos, bem como, entre
formandos e formador: faz com que algumas dúvidas prevaleçam, mesmo depois
de várias aulas.
Maior responsabilidade do formando: pode constituir uma desvantagem, se o
formando não for autónomo e disciplinado na forma como acompanha os conteúdos,
o que exige dos mesmos, maior esforço para a aprendizagem;
Não gere reações imprevistas e imediatas: Este tipo de formação tem sido muito
limitado, uma vez que se estuda apenas o que está previsto;
Custos de acesso à Internet: o custo da internet é relativamente elevado quando o
acesso é feito a partir de casa, por outro lado, se for necessário aceder em países
como Angola o acesso à Internet tem custos bastante elevados comparados aos custos
em Portugal, por exemplo. O ensino elearning pode ter custos elevados, que
inicialmente podem exceder os dos métodos tradicionais, uma vez que, a entidade
formadora tem de possuir um servidor para suportar a plataforma educacional
Os formandos devem dominar as ferramentas de apoio: neste tipo de ensino são
disponibilizadas ferramentas como newsgroups, chats, fóruns interativos para a
comunicação e envio de ficheiros multimédia;
Generalistas nos conteúdos: isto pode ser, para algumas pessoas, uma
desvantagem;
Demorada criação de conteúdos: os conteúdos são criados obedecendo critérios
mais rigorosos, seguindo - se critérios diferentes dos exigidos na formação
presencial;
Limitações no ensino de matérias: as matérias que envolvam uma forte
componente prática ou laboratorial, não têm sido referências de sucesso neste tipo de
formação;
Tendo em conta as causas apresentadas é aconselhável a organização optar pelo
método tradicional de formação (com base num orador). Além disso, sempre que possível
poderia dar formação contínua aos atuais funcionários com base neste mesmo método.
Poderá implicar maiores gastos, mas certamente com resultados bastantes positivos.
35
Parcerias com Instituições do Ensino Superior
De forma a encontrar novos talentos devem ser feitas novas parcerias com
instituições do ensino superior, de modo a facilitar o recrutamento de novos funcionários
qualificados na área de negócio da organização.
4.1.3 Principais Indicadores
Os indicadores, apresentados nas páginas 6 a 8 do presente documento representam
métricas que fornecem informações úteis sobre o estado do processo, ou seja, medidas de
extensão ou do grau de qualidade, propriedade que um produto possui e mostra. Os
indicadores apresentados nesta secção, referem-se aos que foram definidos na estratégia da
MFSoftwarePT com vista a serem analisados numa ferramenta de análise estratégica,
concretamente no Software de BSC. Os mesmos foram descritos com base na abordagem
top – down apresentada por Kaplan & Norton na secção 2.6 e os valores inseridos tiveram
como pressuposto a análise SWOT feita na Organização em estudo. Inicialmente foram
aplicados de forma manual ao BSC e posteriormente por intermédio de um Software de
BSC.
Apresenta-se seguidamente as tabelas referentes às quatro perspetivas do BSC,
nomeadamente perspetiva financeira, de cliente, dos processos internos e de aprendizagem
e crescimento.
Perspetiva financeira
Dos vários indicadores identificados no capítulo 2 na página 8 escolheram-se dois
para cada perspetiva.
Nesta perspetiva constam os principais indicadores financeiros da organização que
objetivam definir qual o desempenho financeiro esperado da estratégia e servir de ponto de
partida para os objetivos e medidas das restantes perspetivas do BSC.
36
Tabela 2: Perspetiva Financeira
Os indicadores financeiros escolhidos, estão conforme os resultados da análise
SWOT que foi efetuada e de acordo com a fase em que a organização se encontra no seu
ciclo de vida. Como se pode verificar na tabela o aumento do ROI em 20% e o crescimento
do volume de negócio em 35% destacam-se como sendo os principais indicadores
financeiros para a organização neste período. Relativamente aos 20% do ROI, estima-se
que antes, num processo anterior (Perspetiva de Clientes), o número de clientes possa vir
a crescer 20% com contratos de fidelização destes clientes. Assim, prevê-se que a empresa
poderá aumentar o seu retorno do Investimento quase na mesma proporção, dado que os
contratos de pagamento são por anuidade.
O aumento do rendimento em 35% será um efeito do crescimento que poderá vir a
acontecer nas perspetivas inferiores, nomeadamente de cliente e de processos internos.
Estando previsto um aumento de 35% na satisfação dos clientes, que é um resultado do
aumento de novos produtos e serviços e da eficiência na prestação de serviços, previstos
na perspetiva de processos internos, 15 % e 20% respetivamente.
Perspetiva de clientes
O propósito da perspetiva de clientes consiste em identificar os melhores segmentos
de cliente pelos quais a organização deve competir. Os indicadores nesta perspetiva são
regra geral focados em segmentos de clientes que proporcionam as melhores margens de
lucro.
37
Tabela 3: Perspetiva de clientes
A tabela 3 refere-se aos indicadores da perspetiva de clientes, demonstra que é
estratégia da MFSoftwarePT aumentar o número de clientes e também o nível de satisfação
dos mesmos, na qual temos como os principais indicadores com uma percentagem de 20%
e 35% respetivamente.
Com entrada de novos produtos e serviços e a venda de Software por módulos,
estima-se que 25% dos clientes existentes possam aderir a estes novos produtos e serviços.
Este crescimento, associado a melhoria na eficiência dos serviços prestados, que será visto
pela redução do tempo de instalação e configuração dos Software, bem como dos serviços
de manutenção e suporte técnico, poderá garantir melhor proximidade aos clientes e
automaticamente melhor apoio nos processos internos destes clientes garantindo na
satisfação dos clientes em 10%. O que leva a crer que haverá um aumento na satisfação
dos clientes existentes na ordem dos 35%. Isto gera um efeito positivo na angariação de
outros clientes, pois o aumento da eficiência na prestação dos serviços, não só garante a
satisfação dos clientes existentes, como reduz a carga aos parceiros comerciais e cria uma
onda de atração a potenciais clientes. Prevendo-se deste modo a entrada de 10% dos
clientes por via dos novos produtos e serviços e, de mais 10% por via do aumento da
qualidade dos serviços prestados, o que perfaz 20% de novos clientes.
Perspetiva dos processos internos
Esta perspetiva consiste em identificar os processos mais críticos para a realização
dos objetivos dos acionistas e dos clientes, neste caso apresentam-se os indicadores
definidos para responder aos objetivos da MFSoftwarePT.
38
Tabela 4: Perspetiva de processos internos
Os indicadores selecionados para a perspetiva de processos internos dão particular
importância à melhoria dos serviços aos clientes, através da redução do tempo de instalação
do Software e elaboração de estudos de mercado. Em termos percentuais temos 20% e 15%,
o que comparativamente às outras perspetivas, é a que tem o menor número de indicador.
Isto deve-se ao facto de não ser uma área que precise, no imediato, de muita atenção
Para se atingir os objetivos nesta perspetiva e os valores indicados, conta-se com a
entrada de novos funcionários a um número mais ou menos superior a metade dos já
existentes e a criação de melhores condições de trabalho, como velocidade da internet,
computadores com melhores capacidades e novas plataformas de desenvolvimento e de
suporte técnico.
Estima-se um aumento na eficiência e produção de novos produtos e serviços, pois
que, com a entrada de novos funcionários, haverá um aumento de mão-de-obra numa
ordem mais ou menos superior a 50%, estando estes distribuídos para apoio à produção de
novos produtos e serviços e apoio às equipas existentes. Este facto, é associado à criação
de melhores condições de trabalho, o que poderá permitir que as equipas melhorem a sua
eficiência em cerca de 20% e possam garantir um aumento de 15% de novos produtos e
serviços.
39
Perspetiva de aprendizagem e crescimento
Esta perspetiva está ligada às pessoas, ou seja, aos agentes ativos da organização,
dando uma grande ênfase à transformação do papel dos funcionários, que evoluiu de
provedor de força física para analisador de dados cada vez mais abstratos. Neste caso em
concreto ilustram-se os indicadores que foram selecionados na estratégia da
MFSoftwarePT de modo a serem analisados numa ferramenta de BSC.
Tabela 5: Perspetiva da Aprendizagem e Crescimento
Na tabela 5 constam indicadores que demonstram um grande foco na melhoria das
condições de trabalho dos funcionários e na aquisição de novos talentos. É de notar, que é
a perspetiva com o maior valor de indicador, por ser a área mais crítica da organização em
análise.
Como foi descrito na caraterização da organização em estudo, viu-se que a mesma
investe anualmente cerca de 24% do volume de faturação em Investigação e
Desenvolvimento (I&D). Assim, com este investimento, identificou-se a necessidade de
melhorar as condições de trabalho dos funcionários por forma a terem melhores
ferramentas de atuação, entretanto, o número de trabalhadores foi identificado na análise
SWOT como um ponto fraco em quase todos os níveis da organização. Assim previu-se um
aumento de 55% dos funcionários era imprescindível, por forma a criar um efeito positivo
na constituição de novas equipas e diminuir o trabalho das equipas existentes, gerando
deste modo satisfação dos funcionários numa ordem superior a 65%.
40
Relação Causa Efeito
A figura 7 é referente à relação de causa efeito da análise feita na organização em
estudo, apresenta uma abordagem Top-down sendo que os efeitos de cada perspetiva
constituem a base da perspetiva superior.
Figura 7: Relação causa efeito obtido no caso de estudo
41
A figura 7 apresentada é referente a relação de causa efeito da análise feita na
organização em estudo, apresenta uma abordagem Top-down sendo que os efeitos de cada
perspetiva constituem a base da perspetiva superior.
4.2 Software de Balanced ScoreCard (BSC)
Nesta secção faz-se um estudo sobre os principais fatores de alguns Software de BSC
identificados como potencialmente mais utilizados, designadamente BscDesigner, ESM,
QuickScore, Stratec e SmarDraw. Os fatores dos cincos Software foram submetidos a uma
análise de modo a permitir selecionar o que mais se adequa à organização em estudo, no
sentido de servir de suporte à inserção dos dados na aplicação.
Os cinco Software analisados foram selecionados através de um estudo em várias
listas de Software de BSC mais utilizados pelas organizações e os seus fatores, comparados
com os fatores descritos na literatura.
A seleção dos Software obedeceu a vários critérios como, Software mais populares,
os desenvolvidos por autores com bastante conhecimento da ferramenta BSC e o
desenvolvido pelo próprio BSC Institute. Foram selecionados cinco Software e analisadas
os seus fatores.
4.2.1 BscDesigner
BscDesigner é uma solução de Software de BSC que permite medir, controlar e
melhorar o desempenho empresarial. Foi criado para simplificar o processo de gestão dos
KPI e permite estabelecer um conjunto de indicadores de desempenho, define as relações,
metas, e assinala a importância dos indicadores. Este Software, fornece flexibilidade para
calcular o desempenho com base em valores baseados nos indicadores associados,
permitindo a exportação dos dados para Excel e posterior tratamento. (Web2)
Fatores do BscDesigner
Por forma a percecionar melhor o funcionamento do Software e as suas principais
funcionalidades, começou-se pela identificação dos principais fatores que se verificou
serem os seguintes:
Permite configurar os indicadores chaves de desempenho;
Permite a configuração de Software
42
Garante o acesso à Base de Dados script remoto, ou ligação para outro ScoreCard;
Possui uma fonte de dados em designer de BSC;
Possui a interface com o Utilizador
Possui múltiplos locais
Permite construir um mapa estratégico, processo de mapa estratégico, ou painel de
alerta quem implementa o BSC;
Garante a descrição e definição dos elementos do BSC
Possui um prazo de implementação
Seleciona no topo os indicadores que precisam de mais atenção;
Permite análise em designer de BSC;
Permite alinhar o plano de ação com KPI;
Permite atribuir pessoas responsáveis do BSC; Permite exportar para PowerPoint,
Excel e PDF;
Permite o direcionamento de informação específicas para executivos
Possui os requisitos de manutenção e segurança eficazes;
Permite criar ScoreCard em cascata.
Permite criar indicador de Status
Possui menus intuitivos permite a comunicação entre o gestor de topo, intermedio
e o gestor operacional
Possui Níveis de detalhe
Possui relatórios e analise
Permite considerações técnicas
Permite a
Possui a especificações técnicas
Possui a interface de utilizador e apresentação de dados.
Permite a funcionalidade e análise.
Possui ecrãs de ajuda
Este Software foi selecionado por ser muito popular entre os mais utilizados e as
funcionalidades estudadas demonstram ser um Software sólido e ao mesmo tempo
43
muito intuitivo. Os fatores foram estudados com o intuito de serem comparados aos
que são descritos na literatura como mais importantes.
4.2.2 Executive Stractegy Manager (ESM)
Este Software é baseado na Web e facilita a gestão sólida e estratégia em toda a
organização. Permite a padronização e disseminação de processos de planeamento
estratégico utilizando a evidência do Kaplan & Norton criadores do BSC ao aumentar a
colaboração, a estratégia de posicionamento no contexto certo para execução, e aumentar
o nível de participação de toda a organização. O ESM permite melhorar a gestão de
reuniões, pois o utilizador pode comunicar a sua estratégia empresarial da diretoria e
identificar os principais fatores que impulsionam o desempenho em todos os níveis da
organização. Este Software foi projetado para ajudar as organizações a iniciar-se
rapidamente no BSC por meio de formação individual estruturada, modelos e processos,
evoluindo à medida que o BSC se torna mais amadurecido. (Web3)
Fatores do ESM
Os Software baseados na Web têm sido eleitos como uma boa alternativa quando não
se possui uma infraestrutura tecnológica capaz de responder aos requisitos de um Software
de BSC. Por outro lado, a crescente procura pelos serviços da Cloud tem motivado as
organizações que procuram baixar os custos dos Software baseados na Web. De seguida
são apresentados os fatores de ESM
Apoio de melhores práticas da Plladium;
Permite executar biblioteca de estratégia integrada;
Não tem limite de utilizadores;
Permite a criação de mapa estratégico, porém é projetado on-line;
Permite fazer comentários qualitativos em profundidade;
A interface de atualização é rápida;
Permite criar temas e relatórios;
Permite a descrição e definição
Os gráficos são flexíveis;
Permite criar relatórios de alinhamento;
Permite integração com SQL simples;
44
Permite exportar para PowerPoint, Excel e PDF;
Existe menus intuitivos
Permite os níveis de detalhe
Permite a criação de relatórios
Permite o direcionamento de informação específicas para executivos
Permite a criação de níveis de acesso personalizado;
Permite a gestão de reuniões.
Permite a criação de gráfico e indicador de Status
Permite a criação de relatórios
Permite a verificação de considerações técnicas
Permite a comunicação entre os Scorecard
Permite a interface e apresentação de dados
Permite as considerações técnicas
Permite a interface de utilizador e apresentação de dados
O ESM contém uma interface de apresentação de reunião que integra todas as
informações necessárias para fazer uma revisão estratégica eficaz e chegar a um consenso
sobre decisões estratégicas claras. A visualização de reunião contém as seguintes
apresentações personalizáveis:
BSC;
Mapa estratégico;
Scorecard pessoal;
Objetivos;
Indicadores;
Iniciativas;
Mapas temáticos;
Visualizações do alinhamento;
Itens de ação.
A partir da visualização de reunião os gestores e editores dos ScoreCard podem editar
diretamente as revisões de desempenho, o que permite uma gestão rápida e eficiente de
informações estratégicas. Os layouts de páginas também podem ser exportados diretamente
45
para PDF para uma revisão off-line e distribuição. Todas estas funções podem facilmente
ser desempenhadas por utilizadores não técnicos.
4.2.3 SmartDraw
O SmartDraw é um Software que pode ser utilizado para criar gráficos em qualquer
tipo de negócio. Este Software não é específico para BSC porém, estão contemplados nos
seus principais requisitos a possibilidade de se criar gráficos de análise estratégica. (Web4)
Fatores do SmartDraw
Em seguida são apresentados os fatores que caracterizam o Software SmartDraw,
nomeadamente:
Permite a criação de gráficos automáticos de negócios de todos os tipos
Permite a apresentação de gráficos num instante
Permite a criação de gráfico e tabela por via expressa
Permite a visualização de ImageCharts.
Tem a capacidade de integração de fotos
Permite a criação de mapa estratégico
Permite a interoperabilidade Microsoft Office
Existe a criação e definição
Permite o direcionamento de informação específicas para executivos
Existe níveis de detalhe
Permite as considerações técnicas
Permite a comunicação entre os Scorecard
Permite a criação de Scorecard em cascata
4.2.4 Stratec (SGE)
O Software de Gestão Estratégica adaptado a metodologia BSC, auxilia os executivos
a colocar em ação a estratégia, possibilitando o planeamento de metas e planos de ação. Os
Software contem dashboards e mapas estratégicos, estruturando os objetivos da
organização numa relação de causa efeito e em perspetivas do negócio. (Web5)
As perspetivas são:
Financeiras;
46
Clientes e Mercados;
Processos Internos;
Aprendizagem e Crescimento.
O Software apoia a criação de uma cultura de transparência voltada para resultados e
permite que a organização aprenda continuamente.
Stratec possibilita a sistematização do planeamento estratégico da organização
facilitando a implementação e o acompanhamento refinado da execução estratégica.
Garante e acompanha a execução da estratégia definida nos mapas estratégicos, objetivos
corporativos, projetos e metas desdobradas até ao nível operacional. Apoia o método
PDCA- ( Plan – Do- Check- Act) que é um método iterativo de gestão de quatro passos,
utilizado para o controlo e melhoria contínua de processos e produtos, possibilita o
planeamento quando necessário. Promove uma cultura de gestão voltada para resultados,
para transparência de desempenho e alinhamento de toda a equipa, desde a diretoria até a
operação em torno da estratégia e objetivos globais estabelecidos.
Este Software é comercializado através de pacotes de utilizadores nominais e possui
opções de licenciamento por aquisição e locação. Garante que não exista, restrições de
licenciamento quanto a acessos secundárias com concorrentes de utilizadores. Porém,
existem algumas limitações técnicas de desempenho, condicionadas à infraestrutura
disponibiliza pelo cliente. Por outro lado, cada utilizador possui um nome próprio, e
respetivas senhas. Neste Software, não se fazem distinções entre tipos e perfis
administradores, cabe ao administrador da ferramenta definir as permissões de aceso e
manutenção de cada utilizador.
Fatores do Stratec
Em seguida são apresentados os fatores do Software Stratec, nomeadamente:
100% Web;
Mapas estratégicos;
Objetivos estratégicos e metas globais;
Projetos e iniciativas estratégicas;
Considerações técnicas
Níveis de detalhe
Indicadores e KPI;
47
Planos de ação;
Relatórios e análise de 3 gerações fato/causa/ação.
Capaz de tratar várias estratégias simultaneamente;
Dashboards individuais por utilizador;
Navegação amigável e intuitiva;
Gestão de risco;
Gestão à vista;
Direcionamento de informação específicas para executivos
Scorecard em cascata
Calendários de reuniões;
Gráficos de Gantt e de Status
Visualização de resultados por faróis e barras coloridas;
E-mails automáticos para alertas e lembretes;
Interface de utilizador e a presentação de dados
Perfis de acesso personalizáveis;
Regista histórico e identifica as modificações;
Altamente flexível e parametrizável;
Importa e exporta dados;
Permeia a organização até ao nível operacional.
Comunicação entre o Scorecard
4.2.5 QuickScore
QuickScore é um Software baseados em tecnologias Web, desenvolvido pelo BSC
Institute para automatização de BSC das organizações. Este Software foi desenvolvido com
as recentes tecnologias Web e permite que uma organização possa ver os resultados do seu
BSC em tempo real. (Web6)
Dados recolhidos na MFSoftwarePT apontam que, a automatização aumenta a
disciplina na implementação de sistemas BSC, ajuda a transformar os dados das
organizações que se encontram separados, em informações e conhecimento, e ajuda a
comunicar informações sobre o desempenho internamente aos empregados e externamente
48
aos Stakeholders. Automatização ajuda as pessoas a tomar melhores decisões, oferecendo
rápido acesso a informações sobre o desempenho real.
São seguidamente descritos de forma pormenorizada os fatores recomendados pelo
BSC Institute sendo estes os que constituem o QuickScore:
Fatores do QuickScore
DE seguida são apresentados os fatores do QuickScore, nomeadamente:
Rede
Fácil de utilizar
Mapas Estratégicos
Scorecard em cascata
Visualizações Balanced Scorecard (BSC)
Comunicação
Alinhamento
Automatização pontuação e ponderação
Gestão de iniciativa
Redação de relatórios.
Integração de ferramentas desktop
Livros de instruções
Considerações técnicas
Interface de utilizador e apresentação de dados
Níveis e detalhes;
Descrição e definições;
Direcionamento de informações específicas para executivos;
Gráficos e indicador de Status;
Menus intuitivos.
49
4.3 Análise dos Software
Na tabela 6, faz-se uma comparação dos Software de BSC no que respeita aos vintes
(20) fatores sugeridos pela literatura, estes fatores já foram disponibilizados no capítulo 2
nas páginas (21 a 23). Para isso, foi feita uma comparação de forma qualitativa, utilizando
uma simbologia específica para identificar os fatores existentes ( ), os não existentes (
) e os não identificados (N/I) nos Software apresentados, no sentido de compreender quais
as potencialidades de cada um deles.
Tabela 6 Tabela comparativa dos Software
Os Software analisados foram selecionados através de um estudo em uma lista dos
Software de BSC mais utilizados pelas organizações e os seus fatores comparados com os
fatores descritos pela literatura.
Como já referido anteriormente, a seleção dos Software obedeceu a vários critérios
como, Software mais populares, os desenvolvidos por autores com bastante conhecimento
da ferramenta BSC e o desenvolvido pelo instituto de BSC. Foram selecionados cinco
Software e analisado os seus fatores.
50
Os vintes fatores estudados e apresentados na tabela 6 foram selecionados utilizando
o critério de seleção aos que possuía em cada Software e o que melhor se adaptava à
organização em estudo. Após um estudo profundo de cada fator, chegou-se à conclusão
que os vintes identificados se adequam à organização em estudo, tal como explicado de
seguida:
Configuração do Software – Este é um fator de bastante importância porque na
organização só existe um funcionário na área de instalação do Software de BSC. Estas
aplicações são desenvolvidas de modo a se ajustarem a qualquer organização. Porém,
quando se vai realizar uma implementação em concreto, devem ser configurados os vários
parâmetros que se vão ajustar à organização que o implementa. Assim, ao se realizar a
implementação de um Software de BSC na MFSoftwarePT, devem constar neste Software,
parâmetros de configuração que sejam amigáveis a quem utiliza o sistema e sobretudo o
mais ajustáveis possível à organização.
Comunicação – O aspeto da comunicação de qualquer implementação ScoreCard é
fundamental. É óbvio que este fator é bastante importante para a organização, é de realçar
que em qualquer organização existem três níveis de gestores, como gestor de topo, gestor
intermédio e gestor operacional sendo a relação/comunicação entre ele indispensável.
Considerações técnicas – Para a organização em estudo considera-se que o fator
Considerações Técnicas representa um requisito indispensável na seleção do Software de
BSC. Dado que a MFSoftware é uma organização que se dedica ao desenvolvimento de
aplicações informáticas, a mesma detém na sua infraestrutura tecnológica, componentes de
Hardware e de Software de diferentes tecnologias, por isso, a escolha de um Software de
BSC deve incidir sobre aquele que seja flexível às diferentes tecnologias, desde SO
(Sistemas Operativos) diferentes, às diversas aplicações que correm nos mesmos, bem
como permitir ser acedida através da intranet ou extranet da organização.
Descrições e definições - É óbvio que este fator é importante para a organização em
estudo porque é um fator que descreve cada elemento do BSC, tais como: missão e visão,
objetivos estratégicos, indicadores, ações, etc. Estas descrições e definições possibilitam e
facilitam a comunicação.
Direcionamento de informações específicas para executivos - Cada utilizador, e
entre eles, os executivos da organização, deve ter o seu conjunto de informação específica,
estas informações devem estar organizadas e apresentadas de forma personalizada. É
51
importante que cada gestor de topo, tenha as suas informações específicas num local
seguro. Considerou-se que este fator é bastante importante por se referir à segurança da
informação dos executivos.
Especificações técnicas – Para a organização em estudo, optou-se por selecionar este
fator, para a implementação do BSC na MFSoftwarePT, porque a MFSoftware, só possui
um funcionário para cada departamento. Por este motivo o Software deve apresentar
requisitos de instalação que sejam compatíveis com a infraestrutura da organização, de
modo a não haver dificuldades na compatibilização.
Ecrãs de ajuda - Toda a documentação deve ser disponibilizada também dentro
do Software na forma de telas de ajuda (help). Algumas vezes o utilizador perde-se ao fazer
uma determinada tarefa e precisa recorrer à documentação. A possibilidade de esta
documentação ser disponibilizada no Software como ecrãs de ajuda, permite que os
utilizadores possam conhecer melhor a aplicação e possam resolver de forma imediata
dificuldades de usabilidade e de experiência com o Software.
Funcionalidade de análise – Optou-se por escolher este fator para a MFSoftwarePT
por adaptar melhor à estratégia adotada. Tendo como pressupostos os dados apresentados
pela MFSoftware, deve-se escolher um Software de BSC que tenha a capacidade de
permitir uma análise detalhada dos dados, se possível com informação relevante no sentido
de auxiliar os gestores da mesma à tomada de melhores decisões. Por outro lado, este tipo
de funcionalidade permite que sejam realizadas análises em diferentes níveis. Desde análise
simples multidimensional a funcionalidades estatísticas complexas, previsões ou mesmo
planeamento de cenários.
Gráfico indicador de Status - É óbvio que este fator é bastante importante por
referir que a representação dos Software de BSC devem permitir a representação gráfica
da situação da organização, de uma unidade, de um objetivo ou de um simples indicador.
Para a organização em estudo traria um valor acrescentado porque, afinal, todos os setores
teriam a informação da situação atual da organização, mostra somente a informação da
organização como pode haver uma interação total das organizações que se encontram em
outros pontos do mundo.
52
Gráfico indicador de Status - É óbvio que este fator é bastante importante por
referir que a representação dos Software de BSC devem permitir a representação gráfica
da situação da organização, de uma unidade, de um objetivo ou de um simples indicador.
Ou seja, com este fator, o Software disponibiliza aos utilizadores melhor compreensão das
métricas definidas em cada elemento do BSC. Para a organização em estudo traria um valor
acrescentado porque, afinal, todos os setores teriam a informação da situação atual da
organização.
Interface de utilizador e apresentação de dados - Achou-se importante este fator,
porque permite à organização decidir como quer ter os dados apresentados, as aplicações
variam entre muito gráfico para mais textos e tabelas base. Assim, a interface pode ser
personalizada o que pode ser uma mais-valia em termos de performance e motivação dos
utilizadores. Um dos aspetos mais importantes é a exibição de mapas de sucesso ou mapas
estratégicos.
Interface com o utilizador – Ao se escolher um Software de BSC deve-se ter em
atenção que os mesmos são, na maioria das vezes, utilizados pelos gestores os quais
necessitam de informações precisas e rápidas que os auxilie no processo de tomada de
decisão. Por isso, é muito importante que o Software selecionado possa conter elementos
que facilitem o dia-a-dia do gestor, através de uma interface amigável. Para o caso em
estudo, onde a organização detém uma vasta carteira de produtos, clientes espalhados pelo
mundo e um considerável grupo de parceiros, a escolha do Software deve prever estes
elementos todos no sentido de auxiliar, da melhor forma, a decisão dos gestores.
Mapa estratégico – Entendeu-se que o Mapa Estratégico constitui um fator de
bastante relevância, pois este permite a ilustração de vários mapas desde relação de Causa-
Efeito aos vários mapas que representam os indicadores. Notou-se também que a
representação por cores, quer seja dos objetivos ou dos valores que representam os
indicadores, fazem uma enorme diferença na leitura dos mesmos tornando-os mais
elucidativos. Por estas razões, considera-se que deve haver uma especial atenção a este
fator, quando se vai selecionar um Software de BSC.
Manutenção e segurança – Este fator também foi considerados bastante relevante
para o caso em estudo, pois tem a ver com a informação crítica do negócio. A seleção do
Software de BSC deve incidir sobre aquele que contemple uma área de manutenção e
53
segurança robusta que deve estar sob tutela dos administradores do sistema. Tratando-se
de informação crítica do negócio, considera-se determinante que estes administradores
sejam da organização que implementa o Software, por isso, os Software Desktop podem
neste caso apresentar vantagem em detrimento dos Software Web.
Menus intuitivos – A experiência do utilizador no uso dos Software é cada vez mais
indispensável. Assim, constitui-se um fator de bastante preponderância, pois os menus
intuitivos acabam por fazer com que o utilizador experimente mais a aplicação e passa a
conhecê-la melhor. Sendo uma organização com o principal objetivo crescer em todas
áreas, seria bom que tivesse um Software com menu intuitivo porque facilitaria a execução
dos serviços.
Múltiplos locais – Com o advento da internet e o crescente uso dos Smartphones, é
importante que a aplicação possa ser acedida através de vários locais físicos ou lógicos da
organização. Para o caso em estudo, considera-se igualmente este fator como bastante
relevante, pois numa organização de Software e com vários parceiros as informações
estratégicas mudam muito rapidamente e nem sempre os decisores estão na organização
para aceder ao desktop, podendo utilizar um computador portátil ou mesmo um
Smartphones através de uma ligação à internet.
Níveis de detalhe – É de realçar, que este fator é importante por referir que o
Software deve permitir aprofundar a análise de um determinado indicador até chegar à
causa básica de um determinado desempenho; algumas ferramentas úteis são os cubos de
dados, quer-se dizer que é uma organização com os indicadores bastantes definidos, e para
a organização em estudo é relevante a implementação deste fator.
Pesos relativos e análises - Este fator trata da composição de determinados
indicadores, sobretudo os indicadores de metas corporativas é feito pela consolidação de
indicadores parciais. Consideramos importante, por tiver a se referir propriamente de
indicadores, visto que está organização foi definido os indicadores relevante em cada
departamento.
Pesos relativos e análises - Este fator trata da composição de determinados
indicadores, sobretudo os indicadores de metas corporativas é feito pela consolidação de
indicadores parciais. Ou seja, é também muito importante que o Software permita analisar
os diferentes indicadores de uma determinada unidade de negócio e qual o indicador global
54
desta mesma unidade. Bem como, ilustrar como um indicador de meta corporativa constitui
os demais indicadores das diversas unidades de negócio.
Prazo de implementação – Este pode ser afetado pela sofisticação do sistema. Ou
seja, os Softwares de BSC que permitem a extração de vários relatórios, desde os mais
simples até aos mais complexos, podem ser muito úteis na racionalização de recursos.
Quanto melhor a informação gerada pelo Software, melhor os vários processos serão
processados, ou seja, com maior eficiência. Pode-se, desta forma, afetar o prazo de
implementação, diminuindo-o. Para o caso em estudo, sendo a MFSoftwarePT uma
organização com um vasto pacote de oferta aos seus clientes, necessita de integrar várias
áreas que operam de forma separada, com um Software de BSC que rapidamente reúna as
informações dos vários departamentos, permitindo aos gestores uma melhor análise e uma
resposta mais eficaz.
Relatórios e análises – Para a organização em estudo é óbvio ter este tipo de
requisitos como, por exemplo, análise estatística para auxiliar na verificação de tendências,
correlação entre indicadores, etc. O Software deve ter ferramentas flexíveis para emissão
de relatórios e análise, tais como: capacidade de detalhe de uma informação; alertas por
meio de mensagens, incluindo mensagens para telefone celular ou equipamentos pessoais
(PAD); permitir agregar comentários sobre determinados resultados; consolidação de
resultados; indicadores de dados não lançados ou compilados; análise de hipótese (what-
if); associar ou anexar documentos; enviar e-mails e mensagens;
ScoreCard em Cascata – Optou-se por selecionar este fator como indispensável
para a MFSoftwarePT, por ser uma funcionalidade muito importante para a organização
que tem diversas Unidades de Negócio. Por isso a análise dos dados por ScoreCard em
Cascata constitui uma mais-valia para os gestores da organização, pois esta permite fazer
uma análise das vendas por setor e por região. O que para o modelo de negócio adotado
pela mesma é fundamental.
Desta análise foi possível verificar que os Software que são executados em Desktop
possuem maiores possibilidades de configuração e melhores interfaces com o utilizador,
uma vez que com estes, o utilizador pode interagir diretamente com o Software. Já os
Software Web, são executados na infraestrutura do fornecedor do serviço e alguns destes
fatores descritos na literatura não puderam ser experimentados. Como é o caso do fator
55
Especificações Técnicas que é considerado N/I (Não Identificado) por não se poder
instalar o Software na infraestrutura do cliente. Outro fator que merece especial relevo é a
Manutenção e Segurança, pois trata-se de informação estratégica da organização que está
a ser colocada em local desconhecido. Apesar dos critérios existentes nestes contratos
serem cada vez mais rigorosos, esta informação é muito delicada para ir parar a mãos
alheias. Por outro lado, os Software de BSC baseados na Web podem ser acedidos de
múltiplos locais o que pode ser vantagem e desvantagem.
Vantagem - permite aceder à informação em qualquer lugar bastando para isso ter
acesso à internet (Rede);
Desvantagem - pode mais facilmente ser acedido por estranhos dando origem a
situações que podem comprometer a organização como por exemplo: desvio de dados,
fraude, ataque etc.
Dos Software estudados o BscDesigner demonstrou ser o que melhor se adequa aos
fatores da organização em estudo, pois possui grande parte dos fatores que foram
selecionados como fundamentais para a organização. Apresenta uma interface amigável e
é fácil de configurar. Quanto à possibilidade de gerar ScoreCard em cascata, adequa-se
perfeitamente ao tipo da organização uma vez que esta possui várias Unidades de Negócio.
Foram ainda avaliados os requisitos de Manutenção e Segurança notou-se que o mesmo
contempla requisitos que permitem manter a informação da organização segura e que esta
segurança pode ser controlada por funcionários da organização que implementa. Possui
ecrãs de ajuda que podem ser acedidos de forma rápida, sem grandes dificuldades, bem
como o número de relatórios que podem ser extraídos do Software viabiliza uma melhor
racionalização dos recursos da organização e agilidade na implementação, tornando os
prazos mais curtos. O BscDesigner apresenta uma grande vantagem, por ser acedido por
múltiplos locais, além disso é o que melhor se adequa à organização em estudo.
4.4 Seleção do Software para a Organização em Estudo
Estudados os cinco Software foi feita a comparação entre os mesmos, constatou-se
que o BscDesigner se adequa melhor à organização em estudo. Assim, é feita nesta Secção
uma demonstração dos mapas obtidos pelo Software selecionado, através da inserção dos
dados da organização.
Resultados Obtidos
56
Feito o teste do Software com os dados da organização em estudo, foram obtidos os
resultados por meio de mapas e, por forma a representar a inserção dos dados anteriormente
submetidos a uma representação de dados de forma manual, são apresentados alguns mapas
extraídos através da exportação de dados do Software BscDesigner, nomeadamente os
mapas seguintes:
Visão geral mapa
Quando não se precisa de um mapa com todos os detalhes, opta-se por se escolher a
opção "Overview" no mapa. O mapa 1 mostra os KPI de nível superior ou apenas metas de
negócios. É útil para se fazer uma apresentação ou para explicar as peças chave de uma
estratégia para parceiros ou à organização.
Mapa 1 Visão geral e posicionamento (KPI)
Para a MFSoftwarePT concretamente, é fundamental possuir um Software que
permita visualizar este tipo de mapas, dada a necessidade de explicar aos seus parceiros as
principais metas que a organização pretende alcançar. Por outro lado, os funcionários dos
vários departamentos precisam de estar sempre a par da estratégia da organização, portanto,
para uma explicação sem grandes detalhes pode ser utlizado este mapa que é designado
como Visão geral.
57
ScoreCard em Cascata
Quando um BSC é implementado em toda a organização os ScoreCard das unidades
de negócios são conectados num ScoreCard em cascata. O ScoreCard em cascata permite
navegar de forma intuitiva pelas diversas unidades de Negócio. No Mapa 2 é ilustrada a
imagem de um ScoreCard em cascata feito no BscDesigner.
Mapa 2 Posicionamento em cascata
Esta forma de representação é muito útil para a organização em estudo, uma vez que
se trata de uma organização com um pacote diversificado na oferta dos produtos. Portanto,
a análise das diversas áreas é facilitada com um Scorecard em cascata. O Mapa 2 ilustra
um mapa referente a uma unidade de negócio e com apenas dois indicadores em cada
perspetiva, por ser parte da metodologia escolhida, porém em casos em que são avaliados
58
mais indicadores e em diferentes Unidades de Negócio o ScoreCard em cascata apresenta
uma melhor compreensão para o utilizador.
Posicionamento Imported Structure_ Low
O mapa do posicionamento Imported Structure_ Low ajuda a percecionar melhor a
posição de cada indicador, a média em cada perspetiva e o desempenho geral da estratégia.
No mapa 3 é ilustrada a imagem de um ScoreCard e posicionamento Imported
Structure _Low (Mapa 3).
Mapa 3 Posicionamento Imported Structure_ Low
O mapa apresentado contém dois indicadores em cada perspetiva e os mesmos
apresentam-se em três cores diferentes. Na perspetiva financeira os indicadores Retorno
Sobre o Investimento e Novos Produtos e Serviços poderão ter um crescimento de 20% e
35% respetivamente e aparecem ilustrados com a cor laranja. Na perspetiva de Clientes os
indicadores Cota de Mercado e Satisfação dos Clientes vão ter um aumento moderado de
20% e 35 % respetivamente e estão representados, igualmente, com a cor laranja. Na
Perspetiva dos Processo Internos os indicadores apresentam também um crescimento
moderado, sendo 20 % para o Tempo de Instalação e 15 % para o estudo de mercado. Na
Perspetiva de Aprendizagem e Crescimento assiste-se um aumento médio e alto, dado que
os dois indicadores, Taxa de Aquisição de Novos Talentos e Satisfação dos Clientes
59
representam um aumento de 55% e 65 % respetivamente e apresentam-se com as cores
amarela e verde.
Cada perspetiva é representada pela média dos indicadores que contém. Assim, a
perspetiva Financeira apresenta uma média de 27,5 %, arredondada para 28 %, referente
aos dois indicadores. A perspetiva de Clientes apresenta igualmente uma média de 27,5 %
arredondada para 28 % contando com os dois indicadores nesta perspetiva. A perspetiva
de Processo Internos apresenta uma média de 17,5 % arredondada para 18 %, referente aos
dois indicadores. Já na perspetiva de Aprendizagem e Crescimento a média de 60 %,
concluindo, a perspetiva com o maior crescimento. As três primeiras perspetivas estão
representadas pela cor laranja o que significa um crescimento moderado e a última com a
cor amarela, crescimento médio.
Este mapa ilustra também o desempenho total da estratégia, neste caso houve um
desempenho moderado de 33,13 %, sendo esta a média das quatro perspetivas. Esse valor
apresenta-se com a cor laranja.
Por outro lado, foi selecionado este Software por possuir requisitos que constam nos
fatores que foram estudados no capítulo 2 e por estarem igualmente aproximados aos
fatores que se adequam à organização em estudo.
Durante a fase de experimentação dos Software, este Software mostrou ser seguro
pela forma como distingue os utilizadores do sistema. A forma como são nivelados os
indicadores, e de forma detalhada, também constitui um requisito fundamental neste
Software. As várias formas de representação de mapas e gráficos e o recurso ao DrilDown,
garantem uma análise mais detalhada para quem utiliza este Software. Sendo os Software
de BSC Desktop os que mais se aproximaram aos fatores da organização, na comparação
entre eles o BscDesigner apresentou-se melhor que o SmartDraw, sendo este último,
também DeskTop.
A análise teve em atenção a dimensão da organização, os diferentes locais em que
atua e a relação custo/benefício que constituiu uma das principais variáveis. Considera-se
importante selecionar um Software com menos custos, porém a informação crítica do
negócio constitui-se como uma contraposição aos baixos custos. Isto permitiu que a análise
fosse feita com maior profundidade e a seleção do Software tivesse incidido sobre aquele
que melhor se adequou em termos de custos, acessibilidade e segurança.
60
5 Conclusões e Recomendações para Trabalhos Futuros
Tendo sido feita uma pesquisa bibliográfica e estudados os Software de BSC, o que
determinou a escolha de um Software para a organização em estudo, reservam-se para este
capítulo, as conclusões e recomendações para trabalhos futuros.
5.1 Conclusões
As conclusões tiradas deste estudo partem da análise da literatura à escolha do
Software de BSC adequado para a organização em estudo, passando pelo estudo da
organização e pelo caso de estudo referente a mesma, estudo dos Software selecionados e
dos seus fatores e, pela análise comparativa dos mesmos.
Conclui-se que embora existam muitos autores que escrevem sobre o BSC, ainda é
escassa a literatura referente aos Software de BSC. Existindo, neste caso, bastante
informação comercial, o que cria alguma dificuldade ao realizar estudos científicos nesta
área.
A informação fornecida pela organização em estudo foi determinante para este
trabalho, tanto na aplicação do BSC como uma ferramenta manual, como aplicação no
Software de forma automatizada.
Verificou-se que ao fazer uma pesquisa na internet com a referência de Software de
BSC, aparecem centenas de Software para este efeito. Porém, são poucos aqueles que
reúnem os requisitos necessários para serem recomendados a uma organização.
Ao se fazer o estudo dos Software, verificou-se que, algumas organizações
disponibilizam os Software através de uma versão de demonstração e outras simplesmente
solicitam ao requerente que envie os seus dados para que lhe sejam gerados os mapas
estratégicos, anulando a possibilidade de o utilizador poder interagir com a aplicação. Este
facto foi mais visível nas aplicações Web, disponibilizadas através de serviços da Cloud.
Fez-se o estudo com vários Software de BSC com base no conhecimento adquirido
na literatura referente aos Software de BSC, e concluiu-se que, os cinco Software
selecionados, apresentavam os requisitos esperados e foram determinantes na escolha do
Software que melhor se adequa à organização. Embora os Software Web não pudessem ser
testados apenas se analisou informação técnica e funcional dos mesmos.
61
Foi igualmente possível estudar os principais fatores que devem ser considerados na
seleção de um Software de BSC e foram escolhidos os vintes que serviram de base para a
análise e seleção do Software para a organização em estudo.
O Software selecionado adequa-se perfeitamente às necessidades da organização em
estudo e apresenta grande parte dos fatores que são recomendadas pelas várias literaturas
e pelo instituto de BSC.
5.2 Recomendação para Trabalhos Futuros
Recomenda-se para trabalhos futuros, um projeto de implementação de Software de
BSC na organização estudada, a fim de aferir se as conclusões tiradas neste estudo são
exequíveis.
Recomenda-se também um projeto de implementação a uma organização Angolana
e fazer uma comparação entre o sistema em uso e o novo sistema e a forma como era feito
o planeamento estratégico antes da implementação do novo sistema. Recomenda-se
também um estudo em algumas organizações Angolanas do mesmo ramo de negócio que
tenham implementado Software de BSC, sejam eles desktop ou Web e que seja feita uma
análise do desempenho de cada Software na organização. Podendo com este estudo, saber
que tipo de Software de BSC (Desktop ou Web) se adequa melhor às organizações naquela
área.
Tendo encontrado dificuldades de acesso aos Software Web, recomenda-se um
estudo que possa aferir qual tem sido o nível de cumprimento dos SLAs nos contratos dos
serviços na Cloud. Este estudo pode trazer um novo entendimento às organizações que
necessitam de implementar Software de BSC e que têm algum receio de perder informações
que asseguram o seu negócio, visto que este é um fator muito crítico quando se trata da
segurança dos Software de BSC na Cloud.
5.3 Dificuldade Encontrada na Recolha de Dados e na obtenção dos Software para
a Realização do Presente Documento
Foi com muita dificuldade que se obteve a informação para realização deste estudo,
visto que existe pouca informação sobre o tema. Embora existam muitos autores que
escrevem sobre o BSC, ainda é escassa a literatura referente aos Software de BSC. O que
62
predomina, é informação comercial e não estudos académicos, o que cria alguma
dificuldade à realização de estudos científicos nesta área.Grande parte dos Software
OpenSource existentes não reúnem os requisitos considerados pela literatura como sendo
determinantes para a seleção e implementação do Software. Por outro lado, nem todos os
Software comerciais disponibilizam versões de demonstração, e por vezes
disponibilizaram, mas as mesmas são quase impossíveis de obter. Isto constituiu uma
grande dificuldade na fase de estudo e testes dos mesmos.
63
6 REFERÊNCIAS
ANTÓNIO, MIGUEL. (2008) Gestão de Projetos de Software. (2a ed.). Lisboa: FCA.
BHAGWAT, R.; SHARMA, M.K. (2007); "Performance measurement of supply chain
management: A Balanced Scorecard approach". Computers and Industrial Engineering.
BRYSON, J. M. A. (1988). Strategic planning process for public and nonprofit
organizations, Long Range Planning. Great Britain ,
CASALEIRO, L. (2012). Planeamento Estratégico - O Plano Estratégico nas Instituições
de Ensino Superior – O caso da Universidade de Coimbra. Dissertação de Mestrado em
Gestão. Universidade de Economia de Coimbra
CORRÊA, A. C. ( 2005). O Balanced Scorecard como um sistema complexo adaptativo a
uma abordagem quântica à estratégia. Tese Universidade Federal de Santa Catarina. Santa
Catarina.
COUTINHO, C. P. (2007). Infusing technology in pre service teacher education programs
in Portugal: an experience with weblogs. In R. Craslen et al (Eds.). Proceedings of the
18th International Conference of the Society for Information Technology & Teacher
Education, Chesapeake, VA: AACE, 2027-2034.
DUNCAN J. (2010), “The multiple-demand (MD) system of the primate brain: mental
programs for intelligent behaviour.” Trends Cogn Sci.
FARRIS, J. A. et al. (2007) Evaluating the Relative Performance of Engineering Design
Projects: a case study using data envelopment analysis. Ieee
FREIRE, A. (2008). Estratégia – Sucesso em Portugal. Editorial Verbo. Lisboa
Transactions on Engineering Management.
GONÇALVES, D. (2012). Cremains: The value of quantitative analysis for the
bioanthropological research of burned human skeletal remains. PhD thesis in Biological
Anthropology, Coimbra, University of Coimbra.
HENDERSON & VENKATRAMAN, (1993). IV. Análise sobre a existência de razões
para descentralização na empresa.
HIKAGE, O. K. (2005), Desenvolvimento de um roteiro de implementação de Software de
Balanced Scorecard um estudo de caso em empresa de telecomunicações. Dissertação:
Escola Politécnica, Universidade de São Paulo.
64
HUNGER, J. D.; WHEELEN, T. L. (1995), Strategic management. 5ª. ed. Reading, MA:
Addison-Wesley
KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. (1992a). The Balanced Scorecard -Measures that Drive
Performance. Harvard Business Review, January.
KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. (1992b). The Balanced Scorecard – translating strategy
into action. Boston, Harvard Business School Press
KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. (1993). Putting the balanced scorecard to work.
Harvard Business Review.
KAPLAN, R. S; NORTON, D. P. (1997). The Balanced Scorecard - A estratégia em ação.
Rio de Janeiro: Campus.
KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. (2000). Having trouble with your strategy? then map
it. Harvard Business Review.
KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. (2001). The Balanced Scorecard - Organização
orientada para a estratégia. Rio de Janeiro: Campus.
KAPLAN, R.S.; NORTON, D. P. (2004). Mapas Estratégicos – Balanced Scorecard.
Campus..
KERZNER, HAROLD. (2010) Gestão de Projetos: as melhores práticas. KURTZBERG,
T R. (2005). Feeling Creative, being creative: An empirical study of diversity and creativity
in teams. Creativity Research Journal.
LAURINDO, F. J. B. (2003). Tecnologia da informação. São Paulo: Futura.
MACHLINE C, PICCHIAI D. (2011) Dois conceitos inovadores no dimensionamento de
recursos humanos em hospitais e no seu cálculo de produtividade. QUALIHOSP-IX
Congresso Internacional de Qualidade em Serviços e Sistemas de Saúde.
MARTINS, L. (2013). Gestão Profissional de Projetos.
MARKIDES, CONSTANTINOS C. (2000) Sloan Management Review, spring All the
Right Moves. Boston: Harvard Business School Press,.
MARQUES, C.; SOUSA, A. (2014). Texto de Apoio ao Estudo do ponto 3 do programa
da unidade curricular de Introdução à Gestão do curso de licenciatura em Gestão.
Universidade de Évora.
65
MINTZBERG, H. (2001). The Rise and Fall of Strategic Planning. Englewood Cliffs:
Prentice Hall
MINTZBERG, H.; LAMPEL, J.; QUINN, J. B., GHOSHAL, S., (2006). O Processo da
Estratégia:
MINICUCCI, AGOSTINHO. (2001). Psicologia Aplicada à Administração. 5ª ed. São
Paulo: Atlas,
NIVEN, PAUL R. (2003). Balanced Scorecard step-by-step – maximizing
performance and maintaining results. New York, John Wiley & Sons, Inc.,
OLVE, NILS-GÖRAN; ROY, JAN; WETTER, MAGNUS. (2001) - Condutores da
Performance: um guia prático para o uso do Balanced Scorecard. Rio de Janeiro:
Qualitymark.
PMBOK (2013); Gestão de Projetos- PMI, Projeto Management Institute um dia para o
corpo de conhecimentos em Gestão de Projetos (GUIA PMBOK) 5ª Edição 2013.
PRESSMAN, ROGER S. (1995). Engenharia de Software- (3ª edição), São Paulo, Ed.
Makron Books,
PRESSMAN, ROGER S. (2006). Engenharia de Software- (6ª edição), São Paulo, Ed.
McGrawHill
PORTER, M. E. (1980). Competitive Strategy: Techniques for Analyzing Industries and
Competitors. New York: Free Press,.
RAGLAND, B. (1995). Measure, metrics or indicator: what's the difference? Crosstalk,
Software Technology Support Center, Mar.
RODRIGUES, L. M. P. L. & SOUSA, M. G. P (2002) Balanced Scorecard: Um
instrumento de gestão estratégica para o século XXI. Porto: Editora Rei dos Livros.
TORREÃO, P. G. B. C. (2005). “Project Management Knowledge Learning
Environment”: Ambiente inteligente de aprendizado para educação em gestão de projetos.
(Dissertação de Mestrado em Ciência da Computação). Universidade Federal de
Pernambuco. Recife, PE, Brasil.
TODHUNTER, BARRIE. (2011). Future Practitioners of Project Management – are we
Disciples of Stanley Kubrick or Ridley Scott? 25th IPMA World Congress: Project
Management - Delivering the Promise, 9-12 Oct 2011, Brisbane, Australia;
66
VOLBERDA, H. W. (2004). «Crise em estratégia». Revista de Administração de
Empresas, Outubro/Dezembro.
WEIDMAN, J. C. & STEIN, E. L. (2003). Socialization of doctoral students to academic
norms. Research in Higher Education.
WILSON, D. C. & JARZABKOWSKI, P. (2004a). «Thinking and acting strategically:
new challenges for interrogating strategy». European Management Review.
WILSON, D. C.; JARZABKOWSKI, P. (2004b). Pensando e agindo estrategicamente:
novos desafios para a análise estratégica. Revista de Administração de Empresas (RAE),
São Paulo.
Sites
(Web1): http://www.bscdesigner.com/ acedido, aos 13.09.2015
(Web2): https://www.executivestrategymanager.com/home.cfm acedido, aos
9.10.2015
(Web3): https://www.smartdraw.com acedido, aos 07.11.2015
(Web3): https://www.stratec.com/de/index.php acedido, aos 07.01.2016
(Web5):https://balancedscorecard.org/Software/QuickScore-BSC-Software
acedido aos 12.02.2016
(Web6):https://www.google.pt/?gws_rd=ssl#q=desvantagem+das+forma%C3%A7
%C3%B5es+online, acedido aos 17.03.2016
Recommended