View
110
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
Biologia do Desenvolvimento
Docente: Prof. Paulo de OliveiraDiscentes: Diana de Castro, nº28783Mariana Plácito, nº 26973Samuel Arêas, nº29086
Biologia Humana2012/13
Conceitos
Pluripotentes vs. Multipotentes
O que são as cristas neurais?
As células das cristas neurais são uma evidencia de uma evolução progressiva e continuada.
Têm origem a partir da ectoderme, durante o processo da neurulação quando a placa neural se
dobra em forma de V, e suas extremidades (as pregas neurais) se fundem formando o tudo neural o qual irá se diferenciar no sistema
nervoso central.
A estadio placa neuralB estadio fenda neural1 Epiblasto2 fenda neural3 crista neural
1 Epiblasto2 prega neural3 cél da crista a migrar4 neuroepitélio5 canal central6 tubo neural
Células provenientes da crista neural
Podem ser divididas de acordo com as suas regiões e funções, assim temos a crista neural
craniana, crista neural cervical e sagrada, crista neural do tronco e crista neural cardíaca.
As células da crista neural são multipotentes.
ELEMENTOS DERIVADOS DA CRISTA NEURAL
Células mesenquimais
Tendo em conta a multipotencialidade das células da crista neural pode-se dizer que estas são funcionalmente
mesenquimais.
Uma das funções das células mesenquimais é a formação de fibroblastos na derme.
A derme embrionária com 2 meses de idade gestacional consiste num arranjo com fraca concentração de células
mesenquimais em meio abundante (por isso no início a pele é plana).
Potencial terapêutico das células mesenquimais – Curiosidade*
As terapias celulares com células mesenquimais é prática em ascensão nas cirurgias reparadoras,
principalmente de defeitos estéticos, como cicatrizes de acne, queimaduras e
envelhecimento cutâneo, entre outros.* As células mesenquimais usadas nesta terapia não são provêm da região cefálica mas sim abdominal. Apenas se deu este exemplo de forma a abordar o potencial terapêutico e cosmético das células mesenquimais no geral.
Migração das cristas neurais
O destino e a diferenciação das células das cristas neurais
Depende de vários fatores:
A região de onde emergem (cefálica, do tronco ou
caudal);
As rotas migratórias adotadas;
O local onde permanecerão.
Influência de moléculas na migração
A migração das células das cristas neurais vai depender da molécula de adesão N-caderina, que é regulada na
superfície das células das cristas neurais e diminui a sua acção quando há migração celular. (é a perda de N-
caderina que resulta na transição epitélio-mesenquima).
A matriz extracelular é uma rede complexa de macromoléculas que preenche o espaço entre os tecidos.
Matriz celular
Colagénio
Fibronectina
Laminina
Plasticidade das cristas neurais
Diferenciação celular
As células das cristas neurais tem plasticidade celular que é influenciada pelo microambiente, levando à sua diferenciação.
Estas células multipotentes vão sofrer processos de diferenciação até se tornarem num tipo de células derivadas das cristas neurais.
Factores de crescimento que influenciam a diferenciação
Factores de crescimento Função
A proteína morfogenética do osso 2 (BMP2), o fator
neurotrófico derivado de célula glial (GDNF) e o ácido retinóico
(RA)
diferenciação neuronal
TGF1 músculo liso
fator de crescimento glial (GGF) diferenciação glial
endotelina 3 (ET3) diferenciação melanogênica
fator de crescimento de fibroblasto 2 (FGF2),
diferenciação de cartilagem
Endotelina 3
Endotelinas são peptídeos que auxiliam a migração das células das cristas neurais;
A endotelina 3 (ET3) e o seu recetor B (ETRB) são essenciais para o desenvolvimento dos melanócitos
e uma parte do sistema nervoso autónomo;
Tratamentos com ET3 são altamente mitogénicos para a população das células da CN indiferenciadas;
Ácido retinóico
Genes Hox (Homeobox)
Os genes Hox são um conjunto de genes que controlam o desenvolvimento do embrião ao longo do eixo anterior-posterior.
As proteínas codificadas pelos genes Hox são factores de transcrição que irão regular a transcrição, e logo a expressão de outros genes.
Nos seres humanos os genes Hox estão presentes nos cromossomas 2, 7, 12 e 17.
Os genes Hox são de particular importância para a diferenciação dos sómitos e das células das cristas neurais.
Curiosidade: Existe um polimorfismo comum no gene HOXA1 associado a uma susceptibilidade a desenvolver distúrbios do espectro autista.
Localização do gene HOXA1 no cromossoma 7
Região cefálica
As células das cristas neurais da região cefálica migram para cada um dos arcos branquiais. A crista neural cefálica preenche a face e os arcos branquiais originando os ossos, a cartilagem, os nervos e o tecido
conectivo – forma maioritariamente células de linhagem mesodérmica.
Precursores
Na região cefálica…
Bibliografia http://www.studentconsult.com/content/printpage http://pt.wikipedia.org/wiki/Pot%C3%AAncia_celular SCHOENWOLF, Gary C., Larsen's Human Embryology. 4 ed. Churchill Livingstone,
2008 SADLER, Thomas W. Langman's Medical Embryology, Lippincott Williams &
Wilkins; Eleventh, North American, 20 ed., 2009 Gilbert SF. Biologia do Desenvolvimento. 5th ed.: FUNPEC Editora; 2003. DUPIN E, REAL C, LeDOUARIN N. The neural crest stem cells: control of neural
crest cell fate and plasticity by endothelin-3. An. Acad. Bras. Cienc. 2001; 73 O’Rahilly R, Müller F. The development of the neural crest in the human. J. Anat.
2007; 211 (335–351) Donoghue PCJ, Graham A, Kelsh RN. The origin and evolution of the neural crest.
Europe PMC Funders Group. 2009 June MINA GOUTI, James Briscoe, Anthony Gavalas. Anterior Hox Genes Interact with
Components of the Neural Crest Specification Network to Induce Neural Crest Fates. STEM CELLS 2011;29:858–870
RONIT LAHAV, Elisabeth Dupin, Laure Lecoin, Endothelin 3 selectively promotes survival and proliferation of neural crest-derived glial and melanocytic precursors in vitro, The National Academy of Sciences, 1998, 14214-14219
ANTONIO VITOBELLO et al. Hox and Pbx Factors Control Retinoic Acid Synthesis duringHindbrain Segmentation. Dev Cell. 2011 April 19; 20(4): 469–482
Recommended