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FACULDADE KURIOS
CÉLIO DE OLIVEIRA
AS BASES FUNDAMENTAIS DOS AVIVAMENTOSUma pesquisa histórica sobre os aspectos dos avivamentos e sua
influência na igreja e sociedade.
Rio de Janeiro2012
FACULDADE KURIOS
AS BASES FUNDAMENTAIS DOS AVIVAMENTOSUma pesquisa histórica sobre os aspectos dos avivamentos e sua
influência na igreja e sociedade.
por
CÉLIO DE OLIVEIRA
Monografia apresentada à coordenação de Graduação da Faculdade Kurios como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Teologia, sob a orientação do professor Mário Melo.
Rio de Janeiro2012
CURSO DE BACHAREL EM TEOLOGIA
AS BASES FUNDAMENTAIS DOS AVIVAMENTOSUma pesquisa histórica sobre os aspectos dos avivamentos e sua
influência na igreja e sociedade.
CÉLIO DE OLIVEIRA
Objetivo: A relevância e o legado que os avivamentos deixam na vida da igreja e sociedade.
Data de aprovação: __ de _________ de 2012 Conceito e nota obtidos
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________Professor-Orientador Mário Melo
_____________________________________Professor
_____________________________________Professor
Rio de Janeiro2012
DEDICATÓRIA
À minha família que tem sido suporte mais que suficiente para experimentar o
avivamento de Deus em minha vida.
AGRADECIMENTOS
A Deus que tem sido fiel, apesar de nós e ao corpo administrativo pastores Jean
Aguiar de Almeida, Celso Alvaro Gusmão dos Santos, Ismael Assis Azevedo e a
irmã Kethla da Silva Santos que acreditaram neste projeto, e a todos que de uma
forma direta ou indireta colaboraram para esta realização.
"... aviva, ó SENHOR, a tua obra no meio dos
anos, no meio dos anos faze-a conhecida...".
(Profeta Habacuque)
RESUMO
A pesquisa apresentada, cujo tema é as bases fundamentais dos avivamentos, tem como objetivo
geral apresentar uma proposta clara e de forma objetiva, de algumas bases que marcaram os
avivamentos ao longo da história e a sua relevância para a igreja e sociedade, embora já tenha sido
um assunto analisado, entretanto, traze a luz o que foram avivamentos, é sempre importante como
fator referencial para a igreja de hoje.
A obra tenta mostrar que uma igreja pode influenciar o mundo tendo uma vida avivada, olhando para
história bíblica como o melhor referencial, e como a história cristã, através de grandes homens que
Deus levantou para dar prosseguimento a sua obra no meio doas anos, deixando assim, marcas que
se seguiram, deixando pontos em comum entre eles.
A presente obra visa traçar este perfil dos avivamentos, ainda que sucintamente, através de uma
panorâmica bíblica e histórica dos eventos, demonstrando as bases fundamentais dos avivamentos.
ABSTRACT
The research presented, whose theme is the fundamental basis of revivals, has as main objective to
present a clear and objectively, some bases which marked revivals throughout history and its
relevance to the church and society, although it has been a subject discussed, however, bring to light
what were revivals, it is always important reference factor for the church today.
The book tries to show that a church can influence the world with a life enlivened by looking at biblical
history as the best reference, and how the Christian story, through whom God raised up great men for
continuing to donate his work in the middle years, leaving thus marks that followed, leaving common
points between them.
The present work aims to outline the profile of revivals, albeit briefly, through an overview of the
biblical and historical events, demonstrating the fundamentals of revivals.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..........................................................................................................9
1 – Procurar Estabelecer uma visão Bíblica dos Avivamentos.......................................10
1.1.Avivamentos no Velho Testamento........................................................11
1.2 Avivamentos no Novo Testamento...................................................................13
2–Visa Estabelecer uma Visão Histórica dos Avivamentos....................................18
2.1 Avivamentos com Lutero.........................................................................19
2.2 Avivamentos com John Wesley...............................................................22
2.3 Avivamentos com Finney.........................................................................23
2.4 Avivamentos com Jonathan Edwards......................................................25
2.5 Avivamentos com Moody.........................................................................27
3– Pontos em comum dos Avivamentos...................................................................30
3.1 Ênfase na Oração.....................................................................................31
3.2 ênfase na Pregação..................................................................................33
3.3 ênfase no Labor Teológico........................................................................35
3.4 ênfase na Ação Social...............................................................................37
CONCLUSÃO............................................................................................................39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................42
INTRODUÇÃO
Há uma busca insaciável do ser humano em agradar o seu criador, porém,
desconhecendo totalmente a melhor maneira e o melhor caminho para se atingir a
este fim; o homem tem traçado um percurso muito mais difícil do que o proposto
pelo seu próprio criador.
Entretanto, a história nos revela traços firmes, caminhos já percorridos por
homens e mulheres que nos deixaram valiosos exemplos para ser seguido, neste
propósito de agradar ao criador. Todavia, os avivamentos hoje na igreja soa como
algo negativo, alvo de crítica e que muitos crentes sinceros não querem nem ouvir
falar; porém o que a história nos ensina é que quando a igreja e sociedade estavam
mergulhados no pecado, distantes completamente de Deus, homens foram
profundamente tocados por Deus, homens foram profundamente tocados por uma
unção especial, que os levou a um compromisso genuíno com Deus.
Conhecer a história dos avivamentos é resgatar para o nosso tempo
exemplos significativos do poder de Deus em homens simples, pecadores, limitados
e que tão somente se colocaram a disposição do Senhor, para ser cheio do Espírito
de Deus.
Quando sociedades inteiras estavam afundando inteiramente no pecado, um
afastar contínuo de Deus, o senhor pôde contar com homens e mulheres que se
dispuseram a estar na brecha, a Ter compromisso com o Todo Poderoso.
Sendo assim, a presente obra tem por objetivo resgatar não só a história dos
avivamentos, mas também traçar os pontos em comum que haviam entre eles,
visando estabelecer bases firmes e fundamentais, e, uma conexão significativa entre
conceitos e a experiência que nos possibilitem um viver útil ao Senhor e a
sociedade.
10
1– PROCURA ESTABELECER UMA VISÃO BÍBLICA DOS AVIVAMENTOS
Ao longo dos anos, a obra do Senhor, vêm sendo realizada por homens e
mulheres que se deixaram tocar pelo Espírito de Deus, de uma forma toda especial.
E é, sobre esses fatos que ocorreram ao longo da História, que estaremos
abordando de forma dinâmica os avivamentos ocorridos na história bíblica.
A maneira como Deus capacitou os seus servos com uma unção toda
especial, ao ponto de eles poderem ser testemunhas dos eventos de Deus na
História, somente homens e mulheres avivados pelo, poder do Senhor poderiam
realizar os feitos que estes homens realizaram. Homens que acima de tudo,
estavam comprometidos com El Shadai.
11
1.1 Avivamentos no Velho Testamento
O Velho testamento é riquíssimo em fatos onde Deus agiu, poderosamente,
intervindo na vida do povo e principalmente na vida dos homens que mantinham um
relacionamento com Ele, vejamos alguns desses atos de avivamento na história
vétero-testamentária: o ocorrido na casa do patriarca Jacó (Gen. 35:1-15); o que
aconteceu no período do Rei Asa, rei de Judá ( I I Cron.15.1 – 15); o do tempo de
Joás, também rei de Judá ( I I Reis 11 e 12, I I Cron. 23,24); o do reinado de
Ezequias ( I I Reis 18.4-7, I I Cron. 29 e 31); o do tempo do rei Josias ( I I Reis 22 e
23, I I Cron. 34, 35); A grande restauração da cidade de Nínive ( Jonas 1 – 4); a pós
o exílio, há os avivamentos do tempo de Zorobabel, com uma atuação importante
dos profetas Zacarias e Ageu (Esdras 5 e 6) e o outro é dos dias de Neemias (Nem.
9.9 e 12. 44-47); Segundo Fischer, se fizermos um exame cuidadoso dos
avivamentos citados eles apresentam pelo menos nove características básicas:
Eles ocorreram em ocasiões de densas trevas morais e de depressão
nacional; começaram no coração do servo consagrado de Deus que se
tornou o poder que dava energia ao avivamento, o agente usado por Deus
para despertar e levar a nação de volta para fé e a obediência à Palavra de
Deus. Cada um dos avivamentos baseava-se na palavra de Deus, e a sua
maioria foi o resultado de uma volta à palavra de Deus, da pregação e da
proclamação da lei do Senhor feitas com poder. Todos eles foram marcados
por uma volta ao culto de Jeová. Todos eles testemunharam a destruição de
ídolos (exceto os dois últimos que aconteceram depois do exílio, quando
não havia ídolos em Judá). Em cada um deles houve separação do pecado
(a única exceção disto é o do tempo de Asa do qual não temos referência à
separação do pecado, todavia cremos que ela existiu). Em todos eles houve
volta á oferenda de sacrifícios de sangue. Quase todos resultaram de uma
experiência de exuberante regozijo e alegria entre o povo de Deus (os dois
únicos em que não se faz referências a esta alegria entre o povo de Deus
são os da casa de Jacó e o do reinado de Josias, embora possamos inferir
facilmente que ela existiu). Cada um deles, finalmente, foi seguido de um
período de grande prosperidade.”1
1 FISCHER, Harold A. Avivamentos que avivam. (p.73
12
O comentário de Fischer supra citado demonstra características muito
marcantes nos diversos avivamentos ocorridos no período do Velho Testamento,
ainda que John White, falando a respeito dos avivamentos na Bíblia ele diz:
“Avivamentos não são chamados nas Escrituras com este nome, mas suas
manifestações são relatadas...” 2
Apesar de White fazer esta asseveração, uma coisa é certa, ele concorda
com as manifestações sobrenaturais do poder de Deus, que na verdade é o que
Fischer está comentando acerca das características dos avivamentos no Velho
Testamento, pois a maneira como eles aconteceram demonstrando todo o poder de
Deus em reavivar ou restaurar a sua obra e, ou o seu povo, como diz o profeta
Habacuque 3:2: “ . . . Aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, . .” 3
White reconhece ao comentar sobre o avivamento no período de Esdras e
Neemias, que houve profundas mudanças na vida do povo, veja o que ele diz:
“A autenticidade daquele avivamento é evidenciada por seus resultados
duradouros. Em primeiro lugar, o povo insistiu em reviver a festa dos
tabernáculos (8:13-17) , que era o festival das colheitas, que os fazia
lembrar não somente de Deus mas de sua história, de terem sido guiados
por Deus até a Terra Prometida.” 4
Os avivamentos acontecidos no Velho Testamento, sempre produziram
marcas profundas no povo de Deus, e em consequência na sociedade de um modo
geral, ou seja, era o Senhor avivando a sua obra no meio dos anos.
2 WHITE, John. Quando o Espírito Vem com Poder. (p.170)3 BÍBLIA SAGRADA. Português. . Tradução: João Ferreira de Almeida. RJ, 1986.4 WHITE, John. Ibid
13
1.2. Avivamentos no Novo Testamento
O Novo testamento é repleto de narrativas em que se vê o poder do Espírito
Santo sendo derramado abundantemente , de forma muito especial, avivando a obra
de Deus.
Fischer comenta a esse respeito o seguinte:
João iniciou, assim, o seu ministério numa época em que a religião era uma
formalidade; quando a oração era uma farsa entre os líderes religiosos;
quando o culto ao templo sobrepujava o culto a Deus ; quando se fazia
muito alarde do jejum e das obras de caridade sem que houvesse a
realidade de Deus no coração isso entre a grande maioria, e quando a
promessa do Messias estava obscurecida pelas tradições dos homes”.5
A realidade é muita clara havia necessidade de um arrependimento, ou uma
atuação poderosa de Deus, intervindo na realidade caótica do povo de Deus, havia
uma grande necessidade de um avivamento ou reavivamento. E é nesse contexto
que João aparece falando de um arrependimento, um retorno a prática bíblica,
daquilo que agradava ao Senhor. Levando se em conta que João está apenas
preparando o caminho para restauração final, que aconteceria com a chegada do
Messias, ou como diz a obra de Fischer `Então João foi usado para iniciar um
avivamento e levá-lo avante guiando os seus discípulos àquele, o que João faz é dá
início a um grande avivamento que culminaria com a chegada do maior avivalista de
todos os tempos, o próprio Cristo, quando João diz: “Um mais poderoso que eu. . . ,
cujas correias das sandálias não sou digno de desatar; Ele vos batizará com o
Espírito Santo” (Jo 1.27, 33b).6
O Senhor Jesus orienta aqueles que ele estava preparando para dar
continuidade a este grande avivamento, que é o início do cristianismo, doze homens
indoutos, iletrados, simples na sua maioria, para que aguardassem em Jerusalém,
onde eles seriam capacitados para dar continuidade a este avivamento que havia
começado a esta meia esta situação caótica. O Senhor Jesus diz no livro de Atos:
`Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas
5 FISCHER, Harold. Avivamentos que avivam (p.31)6 BÍBLIA SAGRADA. Tradução: João Ferreira de Almeida.
14
testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria e até os
confins da terra (Atos 1.8).7
Esses homens simples, fracos, ao receber o Espírito Santo em suas vidas
estariam prontos a se tornassem os maiores avivalistas de todos os tempos.
Os avivamentos no Novo Testamento são variados, esses homens
realmente estavam tomados pelo espírito Santo, o apóstolo Paulo foi um exímio
ganhador de almas; Pedro em um sermão quase três mil almas aceitaram o Senhor
Jesus, Bem, é muito claro a ação do espírito na vida destes homens, ou como diz
sabiamente o evangelista Carlos Annacondia “Es Espírito Santo y poder: Es lo que
Diospreparo para que suiglesiaesté equipada poderosamente para impactar a um
mundo escéptico, incrédulo”.8
Com certeza, somente com a unção do Espírito Santo, pode se esperar por
um grande avivamento, onde as pessoas não alvas vão sendo transformadas, onde
a igraja fria e esquecida da Palavra do Senhor, vão sendo mudadas, onde os líderes
de simples dirigentes de igreja, passam a ser verdadeiramente homens de Deus,
que servem como instrumento vivos do poder do Novo Testamento, homens que se
deixavam ser usados pelo Espírito Santo de Deus; homens que buscavam
incessante Poe esse poder do alto. Davi Gomes se referindo a oração ele diz que:
O caminho da realização do quebramento firma-se na oração. Alguém
lembra que a universalidade de João Batista foi a do silêncio. Mas, nas
caminhadas do deserto, ele certamente aprendeu algo do poder da oração.9
Uma grande verdade é que não há avivamento sem homens e mulheres que
busquem submissamente ao Senhor que aviva a obra. Smith faz menção do livro de
Atos, quando ocorreu o derramar do Espírito e o povo entre outras coisas tinham o
prazer de orar, ele diz:
Oh, como oravam! Não tinham tempo para dormir. Havia muita coisa em jogo. Só poderia prevalecer perante Deus uma oração contínua, fervorosa,
7 BÍBLIA SAGRADA. Tradução: João Ferreira de Almeida.8 ANNACONDIA, Carlo. El avivamento de Poder. (p.126) 9 GOMES, Davi. Avivamento espiritual. (p.37)
15
em intercessão unida. Portanto oraram, oraram, até que as suas orações foram respondidas.10
Há uma certa reserva por alguns enunciados de avivamentos; entretanto as
evidências são claras de que, onde esta o mover do Espírito Santo de Deus, as
coisas acontecem de modo diferente, e que muitas das vezes não há explicação
humana, Jonathan Edwards, um grande avivalista do século 18, fora duramente
criticado por ser um pregador que buscava no texto a real condição humana diante
de Deus, logo, as pessoas o criticavam por achar que ele aterrorizava ainda mais os
que já viviam em grande terror, Lloyd Jones, diz o seguinte a esse respeito:
Edwards cria que a Bíblia diz coisas terríveis sobre quem morre em seus pecados. Isso era tudo que Edwards fazia; era puro argumento com as palavras das escrituras. Não era o que Edwards dizia; era o que as escrituras diziam.11
O pensamento de Edwards demonstra o quanto ele estava comprometido
com a palavra, não se importando em agradar a homens e sim, a Deus. Isto é em
decorrência do sentimento profundo de avivamento que tinha este homem, onde ele
define da seguinte forma:
Avivamento é um derramamento do Espírito, é algo que nos sobrevêm, que
nos acontece. Não somos os agentes; apenas estamos cientes de que nos
aconteceu algo 12
Tendo esta consciência, Jonathan Edwards, fora um homem extremamente
usado pelo Espírito de Deus, pois ele tinha a certeza que algo lhe havia acontecido,
algo de extraordinário que o impulsionava a pregar a Palavra com autoridade e
profunda convicção de estar falando da vontade do Senhor aos homens. O novo
testamento esta repleto de homens e mulheres que foram impactados pelo Espírito
do Senhor, e, a partir disso, tiveram suas vidas profundamente marcadas por um
desejo de estar fazendo a vontade do Deus que aviva.
O grande motivador de todo este processo de avivamento é com certeza o
mestre Jesus. Quando ele orienta aos seus discípulos para que aguardassem em 10 SMITH, Oswald, Revestidos de Poder. (p.64) 11LIOYD JHONES, D. M. Os Puritanos, suas origens e seus sucessores. (p.70) 12 EDWARDS, Jonathan,, A Verdadeira Obra do Espírito (p.94)
16
Jerusalém, afim de que fossem revestidos com poder, o Senhor tinha em mente não
uma preparação humana, limitada, e sim, algo que pudesse revolucionar o mundo, e
para que isso acontecesse era necessário que estes homens fossem totalmente
avivados com o poder do alto, veja o que diz o evangelista João: “Mas o Consolador,
o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as
coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.” (Jo. 14.26) 13Estes foram tão
impactados por esses ensinamentos, por esta vida avivada, que a mensagem
proclamada era algo que levava os homens realmente aos pés do Senhor Jesus.
Em Atos encontramos a seguinte citação a esse respeito: Então os que lhes
aceitaram a Palavra foram batizados; havendo um acréscimo naquele dia de quase
três mil pessoas`. (Atos 2.41).
E, em (Atos 2.47) temos a confirmação de grandes avivamentos ocorridos, o
texto diz: `Enquanto isso, acrescenta-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo
salvos`. Percebemos com clareza nestes textos a ação do Espírito Santo na vida
destes homens simples, mas cheio de unção.
Os discípulos perceberam a grande responsabilidade que tinham em dirigir a
igreja do Senhor Jesus, eles então recorreram àquilo que lhes proporcionaria um
grande avivamento; a oração.
Eles disseram em Atos `mas nós perseveraremos na oração e no
ministério da Palavra. (Atos 6.4) Torrey comentando a importância da oração ele diz:
“Todos os grandes homens de Deus, foram homens de oração. Eles diferiam uns
dos outros em muitas coisas, mas tiveram isto em comum”.14
O que Torrey demonstra em sua fala é da necessidade de uma busca sincera por
um avivamento, e isso acontece quando a igreja deixa o egoísmo de lado, como ele
coloca muito bem:
Muitos oram por um reavivamento. Essa é certamente uma oração que
agrada a Deus, está dentro de sua vontade; mas muitas orações nesse
sentido são puramente egoístas. As igrejas desejam isso para ver crescer o
número de membros, para que possam ter mais poder e influência na
13 BÍBLIA SAGRADA, Edição Revista e Corrigida.14 TORREY, R. A. Como Orar (p.37)
17
comunidade, para encher os seus cofres, para que um bom relatório possa
ser feito no presbitério, na conferência ou Associação. Com propósitos tão
inferiores como esses, as igrejas e ministros oram pedindo um reavivamento
e Deus com freqüência também não responde à oração.15
O que deve nos impulsionar a orar pedindo por um reavivamento, o próprio
Torrey nos aponta alguns direções, vejamos:
2- VISA ESTABELECER UMA VISÃO HISTÓRICA DOS AVIVAMENTOS
15 TORREY, R.A. Op. Cit. (p.70)
18
Os avivamentos ocorridos na história da igreja cristã, tem muito a nos ensinar
de como Deus continua agindo eficazmente e extraordinariamente na sua igreja,
visando a restauração do ser humano, objeto constante de seu amor.
É bem verdade, que a presente pesquisa não tem por objetivo detalhar todos
os avivamentos ocorridos ao longo da história, mas, deter-se-á aos fatos em que se
percebeu a ação de Deus e suas influências não apenas na vida da igreja, mas de
toda a sociedade.
2.1. Avivamentos com Lutero
A estrutura de uma restauração espiritual foi dada na Idade Média, a um
19
jovem monge, então a serviço da igreja romana, como instrumento de Deus, para
que pudesse ser atestado ao poder das trevas, e, no seio delas, a verdadeira luz e
imagem de Jesus Cristo, não falsificada, mas verdadeiramente fiel e pura pela sua
palavra, "como de Deus na presença de Deus."
Temos que ponderar que Lutero foi um vaso escolhido por Deus, uma benção
para os povos por Jesus Cristo, e um grande e nobre exemplo do sacrifício
voluntário à causa do Senhor, com poder para desfazer o anátema que sacrificou e
perverteu centenas de milhões de consciências, escravizadas ao domínio do
romanismo religioso, não só na Idade Média, mas ainda nas épocas posteriores até
os nossos dias, Gonzalez diz o seguinte a esse respeito:
Poucos personagens na história do cristianismo têm sido discutidos tanto ou tão
calorosamente como Martinho Lutero. Para uns, Lutero é o "bicho- papão" que
destruiu a unidade da igreja, a besta selvagem que pisou na vinha do Senhor, um
monge renegado que se dedicou a destruir as bases da vida monástica. Para
outros ele é o grande herói que fez voltar, uma vez mais, a pregação do evangelho
puro, o campeão da fé bíblica, o reformador de uma igreja corrompida. Nos últimos
anos, devido em parte ao novo espírito de compreensão entre os cristãos, os
estudos sobre Lutero têm sido muito mais equilibrados, e tanto católicos como
protestantes se têm achado na obrigação de corrigir certas opiniões formadas, não
pela investigação histórica, mas pelo fragor da polêmica.16
O que pretendemos, é realizarmos a princípio, uma pesquisa a respeito da
importância deste homem de Deus chamado Martinho Lutero, que proclamou um
grande avivamento na História Cristã, cuja vida e obra legaram a nós hoje,
mudanças radicais ( tais como ou semelhantes às do próprio Senhor Jesus), e que
tem nos inspirado grandemente. E ainda alguns fatos que contribuíram para essa
mudança radical acontecida no século XVI, o qual tem neste homem, supra citado, o
grande precursor deste movimento, que até hoje nos fascina.
É bem verdade que vários foram os motivos que levaram a Reforma
Protestante do Século XVI, tais como: O declínio do papado, o surgimento da
imprensa com muito mais força que possibilitou uma maior divulgação dos escritos e
16 GONZALES, Justo L. A era dos Reformadores. V.6 (p.43)
20
principalmente a Bíblia, vários foram os motivos. Entretanto, qualquer estudo deste
período temos que nos lembrar da Reforma Luterana e do seu idealizador ou
precursor Martinho Lutero. Ou como diz Gonzalez a respeito de Lutero:
Sua fé era profunda, e nada lhe importava tanto, como ela. Quando se
convencia de que Deus queria que tomasse certo caminho, o seguia até as
últimas consequências, e não como alguém que, pondo a mão no arado,
olha para trás.17
Creio ser esta uma das maiores virtudes de Lutero, que vai fazer deste
homem um pesquisador inveterado pelos objetivos divinos em sua vida e de seu
povo.
A partir de 1520, os ensinos reformados dominaram repetidamente a
Alemanha. A maioria dos monges deixaram seus claustros para pregarem as boas
novas do Novo Testamento. Muitos dos sacerdotes das paróquias tornaram-se
luteranos, e em muitíssimos casos os seus paroquianos os seguiram. Um bom
número de bispos tornou-se favorável às novas doutrinas.
Quando não se encontravam clérigos para pregar, os leigos o faziam. Os
livros de Lutero tiveram enorme divulgação e influência. Muitos humanistas
dedicaram sua cultura defendendo esta nova e melhor forma de Cristianismo. Os
ensinos reformados foram amplamente divulgados entre o povo por meio de um
grande número de tratados. O povo das cidades livres, onde o trabalho tinha sido
previamente preparado pelos "irmãos" que pregaram a religião evangélica,
disseminaram a Bíblia e divulgaram os ensinos de João Huss, deu especial e
entusiástica recepção ao Evangelho bíblico do reformador. O movimento Luterano
espalhou-se como um forte avivamento espiritual. De fato, este movimento (como a
reforma protestante em toda parte) foi, fundamentalmente um, reviramento religioso.
Lutero tinha em si próprio um tremendo poder de vida religiosa, e através de seus
ensinos, e contudo tão quanto o cristianismo, produziu no seu povo uma nova vida
religiosa.
17 GONZALES, Justo L. op. cit. (p.45)
21
Por sua grande doutrina bíblica do sacerdócio cristão, Lutero libertou todos os
homens do temor e, libertos do medo foram igualmente libertos do poder da igreja
medieval e conduzidos a uma religião mais sincera e profunda. Cada indivíduo,
ensinava ele, podia gozar comunhão com Deus, pela fé, sem a intervenção do
sacerdócio da igreja. O homem podia confessar os seus pecados a Deus e dele
receber o perdão. Para a sua salvação o homem não necessitava dos ritos dos
sacerdotes e, portanto, não lhes devia obediência e temor. Cada um podia
livremente com seu Deus, podia ser justificado por meio da fé, sem se submeter as
exigências da igreja papal. Cada homem podia entender as escrituras pela
iluminação da fé e por elas conhecer a vontade de Deus independentemente dos
ensinos dessa igreja. Os alemães se congregaram em torno dessa religião cristã de
portas abertas, de consciência aberta e de escritura aberta.
Enquanto isso, a Reforma avançava extensivamente, e parecia que quase
toda Alemanha ia tornando-se Luterana. Afinal, Carlos V, vendo improfícuos seus
contínuos esforços para fazer retornar os Protestantes, e incapaz por sua corolice,
de abrir uma brecha, resolveu esmagar a causa protestante.
Antes que viesse a guerra, faleceu Lutero aos 63 anos. Por quase trinta anos
fora ele o líder de um dos maiores movimentos religiosos da história que até hoje
tem influência sobre os povos, veja o que diz o jornal Batista "A Reforma Protestante
gerou uma nova civilização e abriu caminho para o surgimento de um novo mundo".18
Apesar de grande parte do povo está entregue a vida pecaminosa, havia um
povo buscando o Senhor em oração, como diz Ficher "alguns homens e mulheres
oravam, esperando e vigiando pela vinda do poder de Deus para banir as trevas e
trazer nova vida a nação".19
2.2. Avivamentos com John Wesley
Neste contexto, de poucos homens comprometidos com o Senhor, se
destacou-se Wesley. Que fora utilizado por Deus para fazer e ser um dos principais
18 A REFORMA PROTESTANTE. O Jornal Batista, p.2 19 FISCHER, Harold, op.cit.,(p.100)
22
avivalista deste tempo na Inglaterra.
Wesley foi praticamente, quase que a vida toda um homem religioso, apesar de só ter sentido sincera convicção de conversão aos 32 anos. Fora um homem realmente avivado por Deus, foi para os Estados Unidos, evangelizar os índios, e nesta atitude missionária é que John Wesley entende o amor de Deus, ao ouvir a leitura de uma página de Lutero em que se dizia: "a justificação é adquirida pela fé somente" [...]20
Há por parte dos historiadores que o avivamento ocorrido no século 18, teve
grande influência para mudar o curso da história inglesa.
Ao ser tocado de forma maravilhosa pelo poder de Deus, Wesley foi um
incansável na pregação do evangelho. Alguns relatos dizem o seguinte a seu
respeito:
Durante o resto da sua vida, percorreu 401 mil quilômetros, na sua maioria a
cavalo, e pregou mais de 40 mil sermões, sendo, às vezes, a mais de 20 mil
pessoas. Quando morreu aos 88 anos, John Wesley deixou um legado de
300 pregadores itinerantes e mil pregadores locais...)21
É impressionante o amor que estes se dedicaram ao seu Senhor, logo, não é
de se admirar, o quanto Deus os usava, ou eles se deixavam usar.
2.3 Avivamentos com Finney
20 Ibid21 FISCHER, Haorld. op.cit.,(p.130)
23
Finney nasceu em 29 de agosto de 1792 em Warren, condado de Litchfield,
estado de Connecticut. Pertenceu a geração de agricultores pioneiros da nova
Inglaterra que se voltaram das áreas mais populosas da terra de costumes firmes.
Foi portanto, Finney herdeiro do espírito e tradição de fronteiras que formou
americanos fortes em tempos que eram rudes e agrestes.
Nele se percebe os traços de independência e auto-dependência, de
otimismo, fortes convicções, engenhos, não conformismo com padrões e práxis
artificiais, e a consciência do destino americano, característico da fronteira. Era
absolutamente democrático em seu modo de encarar a vida: tinha confiança no
critério do povo para resolver seus próprios assuntos, e depois de convertido
sustentou vigorosamente que o governo deve ser conduzido nos termos de Deus.
Durante alguns anos lecionou em escolas rurais nos Estados Unidos em
Conecticut e Nova Jersey que provou ser excelente preparativo para posterior
serviço como ensinador da palavra entre os filhos dos homens. Dissuadiram-no de ir
para a Universidade de Yale, embora já fosse adiantado nos clássicos, alegando-lhe
que podiam alcançar por iniciativa própria substância do programa universitário.
Segundo Edman:
A instrução que adquiriu nas escolinhas locais de tora de madeira e no
Instituto Hamilton e Oneida, ainda que muitos deixasse a desejar,
representava o aproveitamento máximo, por parte do jovem Finney.22
Charles G. Finney, é uma dessas pessoas no reino de Deus que fez uma
grande diferença no ministério que o Senhor lhes confiou, o legado que este homem
nos deixou, com certeza é uma das coisas mais impressionante de como Deus age
na vida de homens e mulheres que se esvaziam de si mesmo e deixam-se usar pelo
senhor.
O avivamento do qual fez parte Finney, é impressionante, não só pelos resultados
obtidos na época, período de 1857-1858, mas pela continuidade dos resultados, que
já se torna uma marca distinta entre os demais, veja o que diz Fischer "Um outro fato
22 EDMAN, Reymond V. Finney Vive ainda, p.13
24
notável é que uma pesquisa verdadeira mostrou que 85% das pessoas que se
converteram nas reuniões do Sr, Finney permaneceram fiéis a Deus."23
O que se percebe é que Finney parecia ter o poder de impressionar a
consciência das pessoas, na busca de uma vida santa diante de Deus, com isso,
conseguindo resultados duradouros.
A importância de Finney na História dos avivamentos, é devido a ter sido ele um
homem que almejou profundamente um avivamento em sua vida, desde a sua
conversão; e por conseguinte na vida dos que estavam ao seu redor, de tal forma
que ele que acreditava verazmente que Deus podia trazer-lhe novamente um
avivamento como nos dias primitivos.
23EDMAN, Reymond V. op.cit., (p.97)
25
2.4. Avivamentos com Jonathan Edwards
No século 18, o movimento avivalista é marcado pela vida de Edwards, que
sem dúvida alguma é um homem extremamente usado pelo poder do Senhor, a sua
história como narra Packer, descreve-o da seguinte forma:
Jonathan Edwards, santo, erudito, pregador, pastor, metafísico, teólogo,
calvinista e líder avivalista, viveu entre 1703 e 1758. Era um homem alto,
reservado, de voz suave, mente privilegiada e coração modesto.24
O destaque sobre Edwards, supra citado, tem por objetivo demonstrar como
Deus vêm usando homens que se disponham a pagar o preço, por uma vida
comprometida com os valores do reino, com a causa da evangelização, com
missões, com a pregação. Diante de tantas e importantes tarefas a realizar, só
mesmo sendo avivados pelo Senhor.
Em uma de suas obras chamada A verdadeira obra do Espírito, Edwards faz
uma abordagem sucinta na primeira Epístola de João, visando construir o que ele
chama de aquilo que provêm de Deus e aquilo que não provêm do Espírito de Deus,
veja o que diz:
Assim, meu intuito é mostrar quais são os sinais verdadeiros, certos e
distintivos de uma obra do Espírito de Deus, pelos quais podemos
prosseguir seguramente ao julgarmos qualquer ação que encontramos em
nós mesmos ou nos outros. Neste ponto, eu observaria que em tais casos
devemos tomar as Escrituras como nosso guia.25
O que a história relata a respeito dos avivamentos, e da preocupação em que
estes homens tinham em agradar ao seu Senhor é realmente algo admirável, o que
se vê é uma tendência salutar em buscar respaldo bíblico para todo o movimento
avivalista e isto é algo que nasce de um coração abrasado pelo Senhor.
24PACKER, J. I. Entre os gigantes de Deus. (p.335)25EDWARD, Jonathan. Op. Cit., (p.11)
26
O que Edwards faz, na obra mencionada acima, é buscar com certeza,
evidências suficientes para a vida eclesiástica, discernindo os espíritos. A fim de não
incorrer em nenhum erro bíblico em toda a manifestação avivalista em que se
encontravam. A história dos movimentos de avivamentos, traz esta base firme em
comum, em que os avivalistas se apoiavam, fundamentando assim, todo o
movimento em que estava. esta realidade de Edwards é semelhante a abordagem
que Spurgeon faz em sua obra, o Conquistador de almas, ele diz que o sermão deve
ser instrutivo, não deve ser de todo fogo, e nem de todo luz, as duas coisas são
necessárias, ele afirma isso da seguinte forma:
Em minha opinião, os sermões mais apropriados para levar as pessoas à conversão são aqueles que estão impregnados da verdade. A verdade sobre a queda, sobre a lei, sobre a natureza humana e seu afastamento de Deus. A verdade sobre Jesus Cristo, sobre o Espírito Santo, sobre o Pai eterno. A verdade sobre o novo nascimento, sobre a obediência a Deus e como aprendê-la. E todas as verdades semelhantes a estas.26
Esta motivação de se ter um referencial bíblico, vê-se em todos os grandes
avivalistas, pois foram homens que se assumiram um compromisso muito genuíno
com a Palavra do Senhor, e em consequência disso os sermões, a pregação eram
verdades em cima de verdades, pois a base era a Bíblia, resultando em grandes
multidões aos pés do Senhor Jesus.
Jonathan Edwards foi um desses homens que não temia em pregar verdades,
haja vista que hoje em dia as pessoas cometem até injustiças com este grande
homem de Deus, avaliando o ministério deste, por apenas um sermão que se tornou
famoso 'pecadores nas mãos de um Deus irado.`.27
Na verdade analisar este grande pregador apenas por este sermão é limitar
demais o grande ministério que Deus realizou por intermédio dele, as grandes
verdades, sem se importar com as perseguições, as vezes em que fora perseguido
pelas verdades que pregava, mas nunca voltou atrás, pois tinha convicção profunda
de que eram verdades exageradas na Bíblia, falar de Jonathan Edwards, é falar de
alguém que honrou o Deus que servia.
26 SPURGEON, C.H. O Conquistador de almas. (p.69)27 EDWARDS, Jonathan. op.cit., (p. 7)
27
2. 5. Avivamentos com Moody
D. L. Moddy, era o jovem sapateiro de Boston, que comovido com as lágrimas
de seu professor de escola bíblica dominical, se converteu e começou assim na sua
caminhada como servo esforçado do Senhor. Começou ensinando na escola
dominical em Chicago, tendo como sua primeira classe, 18 garotos molambentos e
sujos que ele mesmo reuniu das ruas. O templo tornou-se imediatamente pequeno
para as suas ambições, de modo que ele passou para outro edifício onde tinha uma
média de mais de 600 crianças.
Os grupos de oração de meio dia estavam diminuindo, até que Moody ficou
comovido, vendo apenas um escocês resoluto numa dessas reuniões, e começou a
investir grandemente nesse trabalho, vindo logo os resultados positivos.
No início da guerra civil, Moody trabalhou para converter soldados que se
preparavam para o "Front". Reuniões de evangelização eram promovidas e a
literatura era distribuída em grande quantidade. Ele ia frequentemente ao "Front"
prestar assistência aos feridos e aos moribundos. Camp. Douglas foi usado como
prisão para os confederados e Moody conseguiu socorrer cerca de 10 mil desses
prisioneiros.
Moody encontrou-se com o Sr. Sankey, o grande cantor, que abandonou os
seus afazeres e acompanhou o evangelista. Em 1873 eles visitaram as ilhas
britânicas, os quais tiveram a princípio, poucas conversões, entretanto os números
foram crescendo gradativamente até transformar-se em grandes multidões.
Escócia, e na Irlanda se fez conhecido nos Estados Unidos, os seus nomes
tornaram-se assuntos de conversa comum. Após sua volta eram assediados por
todos os lados por pedidos para realização de trabalhos. Segundo Fischer:
Fez-se uma campanha em Brooklin, na qual a assistência atingiu a mais de 5
mil pessoas e, dentro de pouco, 2 mil estavam convertidas. A grande estação
ferroviária, Pensilvânia,de Filadélfia, foi preparada com assentos para 10 mil
pessoas, e , apesar do tempo chuvoso, o salão ficou quase lotado na
28
primeira noite. A assistência foi boa, os cultos eram úteis e número de
convertidos foi avaliado em 4 mil.28
Em todos os grandes avivalistas existem vários pontos em comum, dentre
estes se destaca o desejo de ganhar almas, de ver os pecadores se convertendo, e
a pregação era algo que eles tinham em grande conta, Moody não é diferente, deu
grande importância a pregação, e várias almas se chegaram aos pés do mestre por
intermédio das pregações deste homem.
O que a história deixou registrado deste grande homem de Deus, revela todo
o seu amor por Jesus, levando-o a um alto grau de compromisso com a Palavra,
com a oração, com a evangelização, isso nos faz entender fora tão usado por Deus
no ministério glorioso da proclamação.
Havia um grande despertamento, semelhante aos que já haviam acontecidos,
a cidade estava sendo profundamente tocada, as pessoas estavam saindo da
imoralidade em que se encontravam e se entregando a Jesus Cristo, as igrejas
estavam sendo revigoradas, verdadeiramente Deus estava agindo.
Fischer faz um grande destaque a esse evangelista em seu livro da seguinte forma:
Houve algumas centenas de milhares de pessoas convertidas pelo trabalho
do Sr. Moody através do mundo de língua inglesa. Deus usou
poderosamente na sua geração. Ele foi um dos maiores ganhadores de
almas que o mundo já conheceu. Ele pregava a Bíblia de maneira simples e
direta e fazia uso adequado de ilustrações.
O tema central da sua pregação, o pivô ao redor do qual tudo mais girava
era o amor de Deus como motivo de todas as ações corretas. Ele insistia
sobre a oração da fé e sobre a unção do Espírito Santo como elementos
indispensáveis ao verdadeiro sucesso na conquista de almas.29
Moody sem dúvida alguma foi um homem de Deus, que dificilmente o mundo
vai esquecê-lo, tal a sua influência na vida da igreja e da sociedade, a citação de
Fischer acima, demonstra a importância deste homem na história.
28 FISCHER, Harold. op.cit., (p.169)29 ibid, (pp.1171-172)
29
A história dos avivamentos é algo muito especial, no entanto o destaque há
alguns nomes desta história, reflete apenas o mínimo talvez, do que foram os
exemplos deixados, tanto na abordagem limitada dos que foram citados: Lutero,
Wesley, Finney, Edwards e Moody; quanto no limite de nomes abordados e suas
influências, todavia, ficou algo bem nítido, que estes homens tiveram pontos em
comum, que marcaram profundamente as suas gerações, mesmo estando em locais
diferentes. E é, justamente a cerca destes pontos em comum que estaremos
concluindo a presente obra.
30
3. PONTOS EM COMUM DOS AVIVAMENTOS
Os avivamentos ocorridos ao longo da história, deixaram pontos em comum
entre eles. Estes pontos é que formam a base fundamental para analisarmos todo o
tipo de avivamento que Deus ainda está por realizar; estes pontos em comum hão
de trazer um direcionamento à igreja no afã de não estar envolvida num movimento
em que Deus não esteja presente.
As seguintes ênfases foram dadas: na oração, pregação, no labor teológico e
na ação social, se verificou em cada um dos avivamentos ocorridos até então,
aprendamos com a história daqueles que já percorreram este caminho.
31
3.1. Ênfase na oração
'Se meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar e buscar a
minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos
céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.' ( 2 Crônicas 7.14 ).30
O texto bíblico supra citado, onde o povo é convidado a estar buscando ao
Senhor em oração, é um dos ponto em comum nos avivamentos. É algo que os
avivalistas não abriram mão, ou seja, eles entendiam que a obra por se realizar era
tão difícil e tão extensa, que eles se entregaram a oração, buscando continuamente,
que eles se entregaram a oração, buscando continuamente a direção do Senhor.
Os apóstolos, quando foram incumbidos da grande comissão de fazer o nome de
Jesus conhecido entre os povos, eles disseram em atos 'Todos estes perseveravam
unânimes em oração...'(Atos 1.14). Os apóstolos entenderam que a tarefa era muito
grande e difícil, e só mesmo estando aos pés do mestre em constante oração.
A oração não fora um princípio válido só nos tempos bíblicos, ela se manteve
durante os avivamentos, Finney por exemplo, aprendeu a orar cedo em sua vida
cristã a oração (disse ele) “é um elo indispensável na corrente das causas, que
conduzem ao avivamento tanto quanto é a verdade”.31
O comentário leva-nos a importância da oração para se obter um grande
avivamento, onde traz grande influência não só na vida da igreja, mas da própria
sociedade, entretanto se negligenciarmos a oração fracassaremos neste propósito
de sermos usado por Deus.
Esta ênfase que todos os avivalistas deram a oração é que vai impulsionar e
tornar relevante o ministério realizado por eles. O Edman em sua obra comentando
a esse respeito ele diz:
Deixaram de levar em conta que a verdade por si só não produzirá os
efeitos, sem o Espírito de Deus, e que o Espírito é dado em atenção à
oração fervorosa.
Ás vezes acontece que os mais empenhados no emprego da verdade não
são os mais empenhados na oração.32
30 ALMEIDA, João ferreira de. Bíblia Sagrada. (p.450 V.T.)31 EDMAN, Raymond. Op. Cit. (p.143)32 EDMAN, Raymond. Op. Cit., (p.144)
32
O que Edman comenta é a necessidade de todos aqueles que, como na
história bíblica e cristã demonstraram, homens que não apenas pregam, mas que se
humilham perante o Senhor em oração, buscando conduzir o povo de Deus, de
forma sábia e muito mais do que isso, na dependência do Espírito Santo.
A história demonstra este ponto em comum na vida daqueles que viveram o
período de avivamento: A oração. Hallesby diz em seu livro Oração que:
É a vontade do Senhor que nós que temos tido acesso a tal poder através
da oração andemos por este mundo comunicando força do alto a todo
recanto desta terra, que tanta necessidade tem dessa energia.33
Não há como comunicar verdades tão absolutas sem estar em oração com o
Senhor.
Os avivamentos aconteceram quando homens e mulheres estiveram os seus
corações abrasados pelo fogo do Espírito e buscaram intensamente em oração, e
isto é um alerta a igreja de um modo geral, pois a história está aí para nos ensinar,
veja o que diz o reverendo Caio Fábio sobre a geração que desaprendeu a orar:
O pensar teológico divorciou-se quase completamente da oração. É mais raro
ainda se encontrar qualquer profundo compromisso, entre a maioria dos
teólogos, com uma vida de oração que possa ser chamada profunda.34
O comentário supra citado é a demonstração de que não há a mínima
esperança de um avivamento sem que esta geração aprenda a orar, fazendo da
oração não uma coisa banal e sim algo imprescindível na relação com Deus.
Sendo assim, este ponto comum entre os avivalistas, deve trazer um impacto
muito profundo em nossas vidas, pois a história nos mostra esta grande realidade,
quando oravam muito, havia muito poder, quando oravam pouco havia pouco poder.
Passamos a seguir, a um outro ponto em comum dos avivamentos, a
pregação.
33 HALLESBY, O. Oração, (p.53)34D’ ARAÚJO FILHO, Caio Fábio. A Geração que desaprendeu a orar. (p.5)
33
3.2. Ênfase na pregação
“... iam por toda a parte pregando a palavra.” ( Atos 8.4.b).35
O texto bíblico acima demonstra o quanto os discípulos valorizaram a
orientação dada pelo Senhor, eles deram uma grande ênfase na pregação. Isto
ocorreu no período bíblico, mas percorreu toda história dos avivamentos, os homens
de Deus pregavam incansavelmente a Palavra do Senhor, mesmo debaixo de
perseguição, de humilhação, espancamentos, e alguns, até pagando um preço com
a própria vida; eram homens que como diz Lucas no livro de Atos “porque não
podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido.” (At. 4:20). Os
acontecimentos envolvendo o nome de Jesus, eram muito importantes para estes
homens, ao ponto de dar a vida deles por esta causa, eram homens ousados,
verdadeiros proclamadores da palavra que mudou milhares e milhares, oh, como
eles acreditaram nesta verdade, logo deram uma grande ênfase na pregação no
período em que ocorreram os avivamentos.
Bom se a pregação é uma das ênfases nos avivamentos, se faz necessário
descrever alguns aspectos desta pregação. Para Spurgeon, considerado o príncipe
dos pregadores, a pregação é totalmente bíblica , ele diz: “não procuremos ajustar
nossa Bíblia a esta época; mas, pela graça de Deus, antes de encerrarmos nossa
luta, ajustaremos esta época à Bíblia .”36
Quando a ênfase é a pregação, além de bíblica, como diz Spurgeon, o
propósito também deve ser agradar a Deus, logo, não havia por parte dos avivalistas
o menor receio em promulgar a lei do Senhor, através da pregação, ainda que
sofressem, isto não importava para eles, o fator preponderante era de que
estivessem pregando a palavra. Esta ênfase, que é outro ponto em comum nos
avivamentos, com certeza é oriundo de pessoas poderosamente transformadas pelo
poder de Deus, pois o avivamento há de ter essa característica, veja o que diz o Pr.
Caio Fábio:
Avivamento que faz você dizer que está cheio do Espírito Santo e não tem prazer de ser
35 ALMEIDA, João Fereeira de. Bíblia Sagrada. (p.145 N.T.)36 SPURGEON, C.H. Um ministério ideal.(p.75)
34
mulher do teu marido em casa não é avivamento. Avivamento que faz com que se vá a igreja abraçar
e beijar os irmãos e que não ensina a se fazer o mesmo com a mulher e os filhos, não é avivamento.
Avivamento que põe na sua boca palavras de amor pelos irmãos, mas que não ensina você
verbalizar carinho para com seu pai e sua mãe, não é avivamento. Avivamento que canta hinos de
amor e para a glória de Deus e que não ensina você a ter gesto de reconciliação para com seus
parentes e aqueles que estão feridos e magoados não é avivamento. .”37
Há de se ter uma coerência muito grande entre aquilo que se prega e aquilo
que se vive, sendo assim, os avivamentos foram marcados por esta ênfase, a
pregação, mas os avivalistas foram homens que viveram profundamente aquilo que
eles estavam pregando.
3.3. Ênfase no labor teológico
37 D’ ARAÚJO, Caio Fábio. Op. Cit., (p.45)
35
“igualmente a mim me pareceu bem, depois de acurada investigação
de tudo desde sua origem, dar-te por escrito, excelentíssimo Teófilo,
uma exposição em ordem. Para que tenhas certeza das verdades em
que foste instruído” (Lu. 1. 3,4 )
O texto acima em que Lucas elabora com cuidado, dando uma ênfase muito
grande no labor teológico, afim de que as verdades fossem bem desenvolvidas, não
deixassem dúvidas. Edman falando a respeito da prédica avivalista ele diz:
Que deve ser: Bíblica e doutrinária. Nesse ponto Netleton e Finney foram
idênticos. A prédica de Moody era vazia até que ele se tornou homem do
Livro no Poder do Espírito; Torrey tanto era ensinador da Palavra quanto
pregador; as mensagens de Billy Grahan que estão levando milhares a
Cristo são bíblicas do princípio até o fim. .”38
Sem sombra de dúvida, os grandes avivalistas que ao longo da história
bíblica, quanto cristã se destacaram com mensagens convincentes e ponderosas,
foram homens que se entregaram profundamente em conhecer a Palavra do
Senhor. Com isso desenvolvendo um labor teológico muito profundo, na ânsia de
extrair tudo quanto fosse possível do texto bíblico; homens incansáveis na busca do
conhecimento de Deus.
O que Edman aborda na citação acima, não é um ponto em comum apenas
nestes avivalistas citados, percebe-se esse labor teológico em todos aqueles que
enveredaram esforços por um derramar constante do Espírito Santo sobre suas
vidas, homens que estavam comprometidos profundamente com a Palavra do
Senhor. Como afirmou Grellert acerca do labor teológico ‘na tradição da Reforma, a
revelação bíblica é o centro e o ponto de partida da reflexão cristã. É ela que é
normativa. É a Palavra escrita com tinta na Bíblia e com sangue na pessoa de
Cristo, o apogeu da revelação.’ .”39
38
Essa busca constante de um avivamento, ou um derramar do espírito, levou 38 EDMAN, Raymond V. Op. Cit., (pp:96,97)39 GRELLERT, Manfred. Os compromissos da missão.(p.90)
36
os avivalistas de todos os tempos a incansáveis esforços, às vezes penosas na
produção teológica, alguns exemplos da história nos mostra isso como: O apóstolo
Paulo, que produzira as treze cartas; Lutero, além da tradução da Bíblia, ele
desenvolveu as famosas 95 teses, que viria a Ser um marco na Reforma
Protestante; Calvino em Genebra foi a exaustão, vindo a falecer cedo, tal era o seu
labor teológico, além das Institutas, ele desenvolveu tanto outros documentos em
prol da teologia; John Wesley, fundador do Metodismo, fora outro incansável na
elaboração teológica; e tantos outros deixaram valiosíssimas contribuições no
desenvolvimento teológico.
Havia uma preocupação por parte dos avivalistas, esse labor teológico, era
incansável nesta questão, tanto assim que se percebe este outro ponto comum nos
avivamentos.
3.4. Ênfase na ação social
37
O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para
evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos
e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e
apregoar a ano aceitável do Senhor. (Lucas 4:18,19) .”40
O ministério do Senhor Jesus é sempre um exemplo para a igreja, o texto
acima fala de um evangelho para atender as necessidades do homem num todo,
não só para morte. Os pontos do ensinamento de Cristo surgiram logo nos primeiros
tempos da pregação do cristianismo.
Os avivamentos foram marcados também por este ponto em comum, ao mesmo
tempo que anunciavam o Reino de Deus, atendiam as necessidades dos neo-
convertidos. Os Atos dos Apóstolos e as epístolas são testemunhos eloquentes da
ação social da igreja numa sociedade que desconhecia completamente o sentido
cristão da palavra caridade, o texto de Atos nos mostra que esta igreja apesar de
nova, estava vivendo um grande avivamento, ele diz: ‘Todos os que creram estavam
juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e bens. Distribuindo o
produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade.’
Este ideal bíblico na ação social por muito tempo ficou longe da igreja, mas
quando ocorriam os avivamentos, os crentes eram levados a essa prática, alguns
até se abnegando completamente das riquezas em prol dos pobres, como foi o caso
de Francisco de Assis no sec. 12, no período em que ocorrem os avivamentos o
povo de um modo geral se torna mais solidário.
Os avivamentos sempre levaram os cristãos a imitarem o Senhor Jesus, e
com isso essa prática solidária eles a realizaram com naturalidade, fazendo assim, a
ação social tornou-se um ponto comum dos avivamentos.
O individualismo, egoísmo tão presentes em nossa sociedade, quando chega
o avivamento, as pessoas se tornam mais generosas, solidárias, mais humanas, o
avivamento põe em ordem o caos, e a ação social algo tão esquecido entre nós, o
compartilhar do pão, do chorar com os que choram, do repartir, estas virtudes já de
40 BÍBLIA SAGRADA. Edição: Revista e corrigida.
38
saudosa lembrança são resgatadas.
CONCLUSÃO
39
A presente pesquisa, procurou estabelecer a partir de uma panorâmica bíblica
e histórica os pontos em comum dos avivamentos, destacando os fatos mais
conhecidos e comprovados, em que se verificou e registrou a ação de Deus, de uma
maneira toda especial. O primeiro capítulo foi a base, pois o relato bíblico não nos
deixa dúvida da ação de Deus; o segundo capítulo que trata da história cristã, nos
leva a perceber a continuidade dos eventos bíblicos, pois os homens se deixaram
tocar pelo Espírito Santo de Deus; o capítulo conclusivo, ele destaca os pontos em
comum, visando facilitar uma análise do que seja um avivamento e ainda mais, as
bases fundamentais para que eles aconteçam.
Quero concluir esta pesquisa citando as colocações de Edman, em sua obra
a respeito de Finney, ele diz:
Compete, pois à igreja preparar-se para um estado de avivamento tal como
somos autorizados a esperar. O assunto avivamento deve ser mais
estudado e mais bem compreendido. E o espírito de avivamento deve ser
cultivado com mais diligência. .”41
Os avivamentos como diz Edman acima, precisa fazer parte com certeza dos
círculos de ensino da igreja, a fim de que percebamos a maneira poderosa com que
Deus vem atuando na História, e usando homens e mulheres no cumprimento de
sua missão.
Os avivamentos sempre que ocorreram produziram profundas mudanças, não
só na igreja, bem como na sociedade, onde quer que eles acontecessem, as
mudanças eram inevitáveis, homens e mulheres, jovens e crianças eram tocados de
forma que o caráter era mudado, valores restaurados, famílias inteiras eram
resgatadas, casamentos restaurados, filhos libertos dos vícios, cidades se tornavam
prósperas, governantes passavam a temer mais a Deus, inclusive consultando os
líderes pastorais para tomadas de decisões, visando o bem comum, a bebedeira,
jogatina, prostituição, corrupção, violências, maldades, roubos e furtos, cessavam
41 EDMAN, Raymond V. Op. Cit, (p.82)
40
nestes lugares em que ocorriam os avivamentos, alguns eram tão marcantes que
até os marginais procuravam as delegacias para se entregarem, só por estes fatores
implementados na sociedade já valeria todos sem distinção dobrarem os joelhos e
começar a clamar como em crônicas está descrito: “se o meu povo que por mim se
chama...) Então clamemos por este avivamento, ou melhor gritemos, mas não
apenas elevando o som de nossas cordas vocais, mas elevando diante do trono do
Todo Poderoso o nosso coração, o nosso gemido, e creio que este avivamento
chegará em nossos dias, e todo este mal que vêm assolando famílias, cidades e
nações vão cessar.
As bases fundamentais dos avivamentos, tem este objetivo, traçar uma
trajetória, a fim de facilitar a compreensão da história dos avivamentos, os seus
personagens mais destacados, e ainda toda a sua relevância para a igreja e
sociedade, e, para isto parte do princípio bíblico, visando esclarecer quais foram os
pontos que mais se evidenciaram nos avivamentos ocorridos tanto no Velho
Testamento, quanto no Novo Testamento, de forma a nortear e respaldar todo o
restante da história, onde houve a manifestação de Deus, por intermédio dos
avivamentos.
Sendo assim, a pesquisa não teve por finalidade esgotar todo o assunto, até
porque o autor não tem muito acesso a obras de outras línguas, limitando-me a
trabalhar apenas com uma bibliografia em português, no entanto, chegamos ao final
desta obra com alguns referenciais bem pesquisados, no que tange aquilo em que
nos propomos, uma vez que a pesquisa nos leva a este último capítulo, que são os
pontos em comum dos avivamentos, a delinear pelo menos quatro pontos principais
em que cada avivamento eles ocorreram, com isso, podemos concluir com pelo
menos essa diretriz, até porque o autor dos avivamentos Ele não para, o nosso
querido e bondoso Deus, continua a procura de homens e mulheres em todo tempo
que se disponham a serem tocados por Ele, a serem mais santos, mais dignos da
presença D’ele e conduzir centenas, milhares de outros a esta grande
transformação, o avivamento começa com um, mais um totalmente rendido ao
governo de Deus, tendo-o como Senhor e guia por completo. Então, que a nossa
oração seja a mesma do autor do livro sagrado de Crônicas, em que ele se expressa
da seguinte forma:
41
“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e
buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu
ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra. Agora
estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração deste
lugar. 42
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42 BIBLIA SAGRADA. Tradução João Ferreira de Alemeida. (p.450 V.T.)
42
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