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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E
ADULTOS
CEEBJA GUARAPUAVA
Rua Saldanha Marinho, 2131 – Bairro Batel CEP 85.010.290
Telefone/Fax: (42) 36237423 Guarapuava – Paraná
CONCEPÇÃO, CONTEÚDOS E SEUS RESPECTIVOS ENCAMINHAMENTOS
METODOLÓGICOS
DISCIPLINA: BIOLOGIA
ENSINO MÉDIO
CONCEPÇÃO DO ENSINO DE BIOLOGIA
A Educação de Jovens e Adultos EJA, no Estado do Paraná, de acordo com
suas Diretrizes Curriculares e em consonância com o documento apresentado como a
segunda proposta preliminar das Diretrizes Curriculares Estaduais para o ensino Médio
de Biologia da Rede Estadual de Ensino do Paraná, apresenta os fundamentos teóricos,
metodológicos e avaliativos do ensino de Biologia, que norteiam a elaboração da
proposta curricular desta disciplina.
Partindo do pressuposto que a ciência não se constitui numa verdade
absoluta, pronta e acabada, é indispensável rever o processo de ensino e aprendizagem
da Biologia no contexto escolar, de modo que o modelo tradicional de ensino dessa
disciplina, no qual se prioriza a memorização dos conteúdos, sem a devida reflexão, seja
superado por um modelo que desenvolva a capacidade dos educandos em buscar
explicações científicas para os fatos, através de posturas críticas, referenciadas pelo
conhecimento científico.
É necessário distinguir os campos de atuação da ciência, seus contextos e
valores, como também, os objetivos dispensados à disciplina de Biologia no contexto
escolar.
Segundo as Diretrizes Curriculares de Biologia Ensino Médio, desta
Secretaria de Estado da Educação,
é objeto de estudo da Biologia o fenômeno vida em toda sua diversidade de
manifestações. Esse fenômeno se caracteriza por um conjunto de processos organizados e integrados, quer no nível de uma célula, de um indivíduo, ou ainda, de organismos no seu meio. Um sistema vivo é sempre fruto da interação entre seus elementos constituintes e da interação entre esse mesmo sistema e os demais componentes de seu meio. As diferentes formas de vida estão sujeitas a transformações que ocorrem no tempo e no espaço, sendo, ao mesmo tempo, transformadas e transformadoras do ambiente.
Ainda nas Diretrizes, afirmase que
ao longo da história da humanidade várias foram as explicações para o surgimento e a diversidade da vida, de modo que os modelos científicos conviveram e convivem com outros sistemas explicativos como, por exemplo, os de inspiração filosófica ou religiosa. Elementos da História e da Filosofia tornam possível, aos alunos, a compreensão de que há uma ampla rede de relações entre a produção científica e os contextos sociais, econômicos e políticos. É possível verificar que a formulação, a validade ou não das diferentes teorias científicas está associada a seu momento histórico.
As Diretrizes do Ensino Médio para a disciplina de Biologia consideram que
o conhecimento do campo da Biologia deve subsidiar a análise e reflexão de questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de recursos naturais e a utilização de tecnologias que implicam em intensa intervenção humana no ambiente, levandose em conta a dinâmica dos ecossistemas, dos organismos, enfim, o modo como a natureza se comporta e a vida se processa. Sabese que desde o surgimento do planeta Terra, a espécie humana, ou Homo sapiens, não foi o ser predominante, e muito menos, o ser vivo mais importante dentre todos os diversos seres vivos que por aqui passaram. Por outro lado, ao longo deste processo de humanização, que durou aproximadamente três milhões de anos, o homem criou a linguagem, a escrita e a fala, diferenciandose de todas as demais formas de vida. Isso possibilitou ao homem a socialização, a organização dos espaços físicos, a fabricação de instrumentos utilitários e o início das atividades agrícolas.
Ressaltam também,
o papel da Ciência e da sociedade como pontos articuladores entre a realidade social e o saber científico. Cabe aos seres humanos, enquanto sujeitos históricos atuantes num determinado grupo social, reconhecerem suas fragilidades e buscarem novas concepções sobre a natureza (...) É preciso que estes sujeitos percebam que sua sobrevivência, enquanto espécie, depende do equilíbrio e do respeito a todas as formas de vida que fazem do planeta o maior ser vivo conhecido.
É importante que o educando jovem e adulto tenha acesso ao conhecimento
científico a fim de compreender conceitos e relações existentes entre o ambiente, os
seres vivos e o universo, numa concepção flexível e processual, por meio do saber
questionador e reflexivo. Da mesma forma, se faz necessário que perceba os aspectos
positivos e negativos da ciência e da tecnologia, para que possa atuar de forma
consciente em seu meio social e interferir no ambiente, considerando a ética e os valores
sociais, morais e políticos que sustentam a vida.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
O conjunto de saberes do educando deve ser considerado o ponto de partida
para o processo de ensino e aprendizagem, estabelecendo relações com o mundo do
trabalho e com outras dimensões do meio social.
Conforme as Diretrizes Curriculares para a disciplina de Biologia Ensino
Médio – SEEDPR, “na escola, a Biologia deve ir além das funções que já desempenha
no currículo escolar. Ela deve discutir com os jovens instrumentalizandoos para
resolver problemas que atingem direta ou indiretamente sua perspectiva de futuro”.
As Diretrizes, ainda, consideram que para a discussão de todas estas
características socioambientais e do papel do ensino formal de Biologia, as relações
estabelecidas entre professoraluno e alunoaluno, são determinantes na efetivação do
processo ensinoaprendizagem, e para isto, há necessidade de leitura e conhecimento
sobre metodologia de ensino para que as aulas de Biologia sejam dinâmicas,
interessantes, produtivas, e resultem em verdadeira aprendizagem.
Ressaltam também que,
pensar criticamente, ser capaz de analisar fatos e fenômenos ocorridos no ambiente, relacionar fatores sociais, políticos, econômicos e ambientais exige do aluno investigação, leitura, pesquisa. No ensino de Biologia, diferentes metodologias podem ser utilizadas com este propósito. A metodologia de investigação, por exemplo, permite ao aluno investigar a realidade buscando respostas para solucionar determinados problemas.
Na medida em que se acredita numa Ciência aberta, inacabada, produto da
ação de seres humanos inseridos num contexto próprio relativo ao seu tempo e espaço e,
ainda na disciplina de Biologia, como forma de resgate e de construção de melhores
possibilidades de vida individuais e coletivas, há que se optar por uma metodologia de
ensino e aprendizagem adequada à realidade do aluno da EJA. Segundo RIBEIRO
(1999, p.8),
criar novas formas de promover a aprendizagem fora dos limites da organização tradicional é uma tarefa, portanto, que impõem, antes de mais nada, um enorme desafio para os educadores (...), romper o modelo de instrução tradicional implica um alto grau de competência pedagógica, pois para isso o professor precisará decidir, em cada situação, quais formas de agrupamento, sequenciação, meios didáticos e interações propiciarão o maior progresso possível dos alunos, considerando a diversidade que inevitavelmente caracteriza o público da educação de jovens e adultos.
Nessa perspectiva, destacase a importância de propiciar aos educandos, a
compreensão dos conceitos científicos de forma significativa, ou seja, que o
conhecimento possa estar sendo percebido em seu contexto mais amplo, não somente
nos afazeres diários, mas na forma de perceber a realidade local e global, o que lhe
permitirá posicionarse e interferir na sociedade de forma crítica e autônoma. Para tanto,
o educador da EJA deve partir dos saberes adquiridos previamente pelos educandos,
respeitando seu tempo próprio de construção da aprendizagem, considerando:
que o educador é mediador e estimulador do processo, respeitando, de
forma real, como ponto de partida o conjunto de saberes trazidos pelos educandos;
as experiências dos educandos no mundo do trabalho;
a necessária acomodação entre o tempo e o espaço do educando, o tempo
pedagógico e o físico, visto que os mesmos interferem na sua “formação” científica;
as relações entre o cotidiano dos educandos e o conhecimento científico.
Nesse contexto, ressaltase a importância de trabalhar a disciplina de forma
contextualizada, ou seja, com situações que permitam ao educando jovem e adulto a
interrelação dos vínculos do conteúdo estudado com as diferentes situações com que se
deparam no seu diaadia. Essa contextualização podese dar a partir de uma
problematização, ou seja, em lançar desafios que necessitem de respostas para
determinadas situações.
“A essência do problema é a necessidade (...), um obstáculo que é necessário transpor, uma dificuldade que precisa ser superada, uma dúvida que não pode deixar de ser dissipada” “As dúvidas são muito comuns na disciplina de Biologia, devendo ser aproveitadas para reflexão sobre o problema a ser analisado, e assim, para o educador, o desafio consiste em realizar esta contextualização, sem reduzir os conteúdos apenas à sua aplicação prática, deixando de lado o saber acadêmico” (SAVIANI, 1993, p.26).
Um aspecto importante a ser considerado no trabalho com a disciplina de
Biologia é a retomada histórica e epistemológica das origens e evolução do pensamento
da Ciência, propiciando condições para que o educando perceba o significado do estudo
dessa disciplina, bem como a compreensão de sua linguagem própria e da cultura
científica e tecnológica oriundas desse processo.
É importante salientar o uso criativo das metodologias pelo educador, que
será indispensável em todos os momentos do seu trabalho, bem como o olhar atento e
crítico sobre a realidade trazida pelos educandos.
A busca de soluções para as problematizações constituise em referência
fundamental no ensino de Biologia. Quando elaborada individual ou coletivamente deve
ser registrada, sendo valorizados os saberes trazidos pelos educandos e a evolução do
processo de aprendizagem. É importante lembrar que a cultura científica deve ser
incentivada mesmo que de forma gradual, respeitando o tempo de cada grupo ou
indivíduo.
Uma estratégia comum em Biologia é a utilização de experimentos e
práticas realizadas em laboratório. É importante que seja definido com clareza o sentido
e o objetivo dessa alternativa metodológica, visto que muitas vezes, situações muito
ricas do cotidiano são deixadas de lado em detrimento do uso do laboratório. Devese
considerar a possibilidade de aproveitamento de materiais do cotidiano, assim como
espaços alternativos, situações ou eventos para se desenvolver uma atividade científica.
A utilização de experimentos e práticas realizadas em laboratório devem ser vistas como
uma atividade comum e diversificada e que não abrem mão do rigor científico, devendo
ser acompanhada pelo professor. Segundo BIZZO (2002, p.75),
é importante que o professor perceba que a experimentação é um elemento essencial nas aulas de ciências, mas que ela, por si só, não garante bom aprendizado. (...) a realização de experimentos é uma tarefa importante, mas não dispensa o acompanhamento constante do professor, que deve pesquisar quais são as explicações apresentadas pelos alunos para os resultados encontrados. É comum que seja necessário propor uma nova situação que desafie a explicação encontrada pelos alunos.
Um outro aspecto a ser considerado no trabalho docente, é a utilização do
material de apoio didático como uma das alternativas metodológicas, de tal forma que
não seja o único recurso a ser utilizado pelo educador. A respeito do livro didático,
BIZZO (2002, p. 66) propõe que ele deve ser utilizado como um dos materiais de apoio,
como outros que se fazem necessários, cabendo ao professor, selecionar o melhor
material disponível diante de sua própria realidade, onde as informações devem ser
apresentadas de forma adequada à realidade dos alunos.
Ao pensar na organização dos conteúdos, o educador deve priorizar aqueles
que possam ter significado real à vida dos educandos jovens e adultos. Os conteúdos
devem possibilitar aos mesmos a percepção de que existem diversas visões sobre um
determinado fenômeno e, a partir das relações entre os diversos saberes, estimular a
autonomia intelectual. Os conteúdos podem ser organizados sem a rígida seqüência
linear proposta nos livros didáticos. Para tanto, deve ser avaliada a relevância e a
necessidade dos mesmos, bem como a coerência dos mesmos no processo educativo.
O processo avaliativo precisa ser reconhecido como meio de desenvolver a
reflexão, de como vem ocorrendo o processo de aquisição do conhecimento por parte do
educando. A verificação da aquisição do conhecimento deve ser ponto de partida para a
revisão e reconstrução do caminho metodológico percorrido pelo educando e,
principalmente, pelo educador.
O ensino de Biologia na EJA deve propiciar o questionamento reflexivo
tanto de educandos como de educadores, a fim de que reflitam sobre o processo de
ensino e aprendizagem. Desta forma, o educador terá condições de dialogar sobre a sua
prática a fim de retomar o conteúdo com enfoque metodológico diferenciado e
estratégias diversificadas, sendo essencial valorizar os acertos, considerando o erro
como ponto de partida para que o educando e o educador compreendam e ajam sobre o
processo de construção do conhecimento, caracterizandoo como um exercício de
aprendizagem.
Partindo da idéia de que a metodologia deve estar respeitando o conjunto de
saberes do educando, o processo avaliativo deve ser diagnóstico no sentido de resgatar o
conhecimento já adquirido pelo educando permitindo estabelecer relações entre esses
conhecimentos. Desta forma, o educador terá possibilidades de perceber e valorizar as
transformações ocorridas na forma de pensar e de agir dos educandos, antes, durante e
depois do processo.
A avaliação não pode ter caráter exclusivamente mensurável ou
classificatório, visto que o ensino de Biologia deve respeitar e valorizar a realidade do
educando em todos os seus aspectos, principalmente naqueles que deram origem à sua
exclusão do processo educativo.
ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS DE BIOLOGIA
A proposta de sugestão de conteúdos básicos para a elaboração do currículo
da disciplina de Biologia na Educação de Jovens e Adultos – EJA, fundamentase nas
“Diretrizes Curriculares de Biologia – Ensino Médio”, da Secretaria de Estado da
Educação do Paraná– SEED – PR.
É importante considerar que a organização dos conteúdos curriculares da
disciplina de Biologia na EJA tem o objetivo de contemplar as necessidades e o perfil
dos educandos desta modalidade de ensino da Educação Básica.
Segundo as Diretrizes Curriculares de Biologia – Ensino Médio – SEED
PR,
os conteúdos básicos são entendidos como os saberes mais amplos da disciplina que podem ser desdobrados nos conteúdos pontuais que fazem parte de um corpo estruturado de saberes construídos e acumulados historicamente e que identificam a disciplina como um campo do conhecimento. Dentro da perspectiva dos conteúdos escolares como saberes, o termo "conteúdo" não se refere apenas a fatos, conceitos ou explicações destinados aos alunos para que estes conheçam, memorizem, compreendam, apliquem, relacionem, etc. Hoje, o critério que decide se certos conhecimentos concretos devem ser incluídos no currículo não se restringe ao seu valor epistemológico e aceitação como conhecimento válido: a relevância cultural, o valor que lhes é atribuído no âmbito de uma cultura particular em um determinado momento histórico, entra em cena.
Segundo as Diretrizes,
estabelecer os conteúdos básicos para o ensino de Biologia requer uma análise desse momento histórico, social, político e econômico que vivemos; da relevância e abrangência dos conhecimentos que se pretendem serem desenvolvidos nessa modalidade de ensino; da atuação do professor em sala de aula; dos materiais didáticos disponíveis no mercado; das condições de vida dos alunos e dos seus objetivos. A decisão sobre o que e como ensinar Biologia no Ensino Médio deve ocorrer de forma a promover as finalidades e objetivos dessa modalidade de ensino e da disciplina em questão. Não se trata de estabelecer uma lista de conteúdos em detrimento de outra por manutenção tradicional ou por inovação arbitrária. Referimonos aos conceitos e concepções que têm a ver com a construção de uma visão de mundo; outros práticos e instrumentais para a ação, e ainda aqueles que permitem a formação de um sujeito crítico. Precisaremos estabelecer conteúdos básicos que, por sua abrangência, atendem às realidades regionais e, ao mesmo tempo garantem a identidade da disciplina.
Na proposta, elaborada a partir das discussões com os professores do Ensino
Médio Regular, propõese ampliar a integração entre os conteúdos básicos, destacando
os aspectos essenciais sobre a vida e a vida humana que vão ser trabalhados por meio
dos conhecimentos científicos referenciados na prática.
A sugestão de conteúdos básicos estão descritos a seguir:
ORGANIZAÇÃO EDISTRIBUIÇÃO
DOS SERES VIVOS
BIODIVERSIDADE PROCESSO DEMODIFICAÇÃO DOS
SERES VIVOS
MANIPULAÇÃO GENÉTICA
Organização celulare molecular:- membrana,- citoplasma e núcleo- divisão celular- tecidosOs seres vivos e oAmbienteSaúde
Biomas terrestre eAquáticosEcossistemasCiclosBiogeoquímicosDesequilíbrioambiental urbano erural
Origem e evolução da VidaOrigem das espéciesGenética,Embriologia,Fisiologia comparada
Ciência e saúdePesquisascientíficasBiológicasBioéticaBiotecnologia
Ainda no que consta nas Diretrizes Curriculares de Biologia – Ensino
Médio – SEEDPR, há a justificativa para a organização e distribuição dos Conteúdos
básicos, descrita a seguir:
Os Conteúdos básicos de Biologia ao mesmo tempo agrupam as diferentes áreas da Biologia e proporcionam um novo pensar sobre como relacionálos sem que se perca de vista o objetivo do ensino da disciplina no Ensino Médio. A nova proposta pretende modificar a estrutura firmada pela trajetória que o ensino de Biologia vem atravessando nestas últimas décadas.
Estabelece os conteúdos básicos e um novo olhar de forma a relacionálos
com seus conteúdos pontuais sob os pontos de vista vertical, transversal e horizontal,
procurando uma lógica dialética que leve o professor a integrálos e relacionálos de
maneira que o aluno não tenha mais uma visão fragmentada da biologia.
Organização e distribuição dos seres vivos
O estudo acerca da organização dos seres vivos, iniciouse com as
observações macroscópicas dos animais e plantas da natureza.
Somente com o advento da invenção do microscópio por Robert Hooke
século XVII, com base nos estudos sobre lentes de Antonie Von Leewenhoeck, o mundo
microscópico até então não observado foi evidenciado à luz da Ciência e da Tecnologia.
A descoberta do mundo microscópico colocou em xeque várias teorias sobre
o surgimento da vida e proporcionou estudos específicos sobre as estruturas celulares.
Como exemplos desta influência têmse o estudo da anatomia das células das plantas
pelo holandês Jan Swammerdam e, o aperfeiçoamento das Teorias Evolucionistas ambas
no séc. XVII.
No séc. XIX, à luz destas descobertas e Teorias, o alemão Christian
Heineich Pander e o estoniano Karl Ernst Von Baer desenvolveram estudos sobre a
embriologia que estabeleceram as bases para estudos da Teoria Celular. Hugo Von Mohl
descobriu a existência do núcleo e do protoplasma da célula; Walther Fleming estudou o
processo de mitose nos animais e Eduard Strasburger estudou este processo nas plantas.
Assim, como relatam GAGLIARD & GIORDAN (apud BASTOS, 1998, p
255)
... a relação entre o nível microscópico e o macroscópico é um conceito básicos: uma vez que o aluno tenha adquirido poderá entender que a compreensão de todos os fenômenos de um ser vivo
requer um conhecimento dos níveis moleculares subjacentes. Justificase este conteúdo básico por ser a base do pensamento biológico sobre a organização celular do ser vivo, relacionandoa com a distribuição dos seres vivos na Natureza, o que proporcionará ao aluno compreender a organização e o funcionamento dos fenômenos vitais e estabelecer conexões com os demais conteúdos básico da disciplina.
Biodiversidade
A curiosidade humana sobre os fenômenos naturais e a necessidade de caçar
para se alimentar e vestir, tentar curar doenças, entre outras atividades vitais, fizeram
com que o homem passasse a estudar e observar a Natureza. Temse registros deste
conhecimento biológico empírico das atividades humanas, através das representações de
animais e plantas nas pinturas rupestres realizadas nas cavernas e também de alguns
manuscritos deixados pelos Babilônios por volta do ano 1800 a.C.
A organização dos seres vivos começou a ser registrada em documentos com
o Filósofo Aristóteles, que viveu no século IV a.C. e através de suas observações ele
escreveu o livro “As Partes dos Animais”. Seu discípulo Teofasto detevese mais aos
estudos das plantas, iniciando uma préclassificação dos vegetais agrupandoas em
espécies afins. Pelos seus estudos detalhados dos órgãos vegetais e descrição dos tecidos
que as formam, Teofasto é considerado o fundador da anatomia vegetal.
Percebese que as primeiras áreas da Biologia foram a zoologia e a botânica,
não só pela curiosidade e necessidade, mas também pela facilidade de observação.
Justificase estudálas pelos mesmos motivos dos povos antigos que seria
conhecer a diversidade de plantas e animais que habitam a Terra, qual sua utilidade para
a nossa sobrevivência e a sobrevivência de todos os seres vivos.
Além destes aspectos, há a necessidade de se estudar outras implicações
decorrentes da história da humanidade que permeiam hoje as atividades agrícolas, de
manejo de Florestas, o mau uso dos recursos naturais, a destruição das espécies de
animais e vegetais, a construção de cidades em lugares impróprios para habitação, como
também, a influência da tecnologia em nosso cotidiano. Esclarecer que ao estudar a
Biodiversidade estaremos diante de grandes desafios diante do progresso científico
O significado científico, econômico e ético do estudo da diversidade
biológica deve ser compreendido pelos alunos, não só como análise de espécimes mas
entendendo que a observação e sistematização do observado é uma atividade científica
relevante que se consolida nos sistemas de classificação e na taxionomia.
(KRASILCHIK,2004)
Processo de modificação dos seres vivos
No século XVII com a invenção do microscópio pelo holandês Antonie van
Leewenhoock (ROOSI, 2001), a biologia chamada celular e molecular tiveram um
grande avanço significativo em suas descobertas. Marcelo Malpighi examinou grande
quantidade de tecidos animais e vegetais, Robert Hooke descobriu a estrutura celular, e
os primeiros microorganismos, inicialmente denominados animáculos, foram
observados (ROSSI, 2001).
Houve muitos avanços tecnológicos decorrentes do advento do microscópio,
inclusive a formulação de novas teorias sobre o surgimento da vida, colocando à prova
teorias tão dogmáticas como foi a Teoria da Geração Espontânea. Diferentes idéias
transformistas foram se consolidando entre os cientistas, mas o grande marco para o
mundo científico e biológico foi a publicação do livro “Origens das Espécies” de
Charles Darwin, no século XIX. Foi também, na mesma época que Louis Pasteur,
demonstrou o papel desempenhado pelos microorganismos no desenvolvimento de
doenças infecciosas e realizou estudos sobre a fermentação.
No século XX com o advento da invenção do microscópio eletrônico foi
possível em 1953, a descoberta do DNA (ácido desoxirribonucléico), material químico
que constitui o gene. Foram desenvolvidas técnicas de manipulação do DNA, que
permitem modificar espécies de seres vivos; produzir substâncias como a insulina,
através de bactérias; criação de cabras que produzem remédios no leite; criação de
plantas com toxinas contra pragas e, de porcos com carne menos gordurosa. Além disso,
a terapia gênica tem sido bastante estudada com fins de eliminar doenças geneticamente
transmitidas.
A Biologia ajuda a compreender melhor essas e outras técnicas que podem
transformar a nossa vida e aprofundar o conhecimento que temos de nós mesmos. Daí a
importância do seu estudo, dar o mínimo de conhecimento a todas as pessoas, para que
elas possam opinar e criticar a utilização dessas técnicas, uma vez que o controle delas e
a aplicação destas descobertas científicas são função importante da própria sociedade.
Implicações dos avanços biológicos no contexto da vida
Os avanços científicos atuais permitiram que a genética e a biologia
molecular alcançassem uma formidável capacidade tecnológica, que se torna
cada vez mais efetiva, como, por exemplo, em poderse modificar
substancialmente um vírus, bactérias, plantas, animais e os próprios seres
humanos. (SIDEKUM, 2002)
Esse acelerado desenvolvimento científico e tecnológico nos deixa
atordoados, sem saber exatamente até onde podemos chegar e do que realmente
podemos nos apropriar, mas por outro lado, estes avanços nos proporcionam um enorme
conhecimento sobre a natureza, nos colocando muitas vezes acima dela.
É importante o estudo da biotecnologia, dos avanços científicos e de suas
implicações éticas e morais na sociedade, para que os estudantes no caso, de biologia,
possam discutir questões como nutrição, saúde, emprego e preservação do ambiente que
indiretamente influenciam suas vidas.
A análise de fenômenos biotecnológicos serve também para diminuir a
divisão entre a escola e o mundo em que os estudantes vivem, na medida em
que estes podem constatar as relações entre a pesquisa científica e a produção
industrial ou a tecnologia tradicionalmente usada em sua comunidade. A
busca das raízes científicas destas tecnologias tradicionais e de maneiras de
aprimorálas, a fim de que melhor sirvam à necessidade de elevar a qualidade
de vida é uma forma de vincular o ensino à realidade em que vive o aluno.
(KRASILCHIK, 2004, p. 186)
Quanto às questões éticas, a atual discussão sobre a manipulação genética do
ser humano provoca inúmeras controvérsias sobre o uso da tecnologia (biotecnologia) e
as perspectivas de mudanças de valores morais. Para CHAUÍ, 1995, “nossos sentimentos
e nossas ações exprimem nosso senso moral” e movidos pela sensibilidade, somos
capazes de reagir, de questionar, de nos manifestar contra ou a favor de determinadas
atitudes para procurar esclarecer ou resolver problemas.
Porém, questões sobre aborto, eutanásia, clonagem, transgenia, geram
dúvidas quanto à decisão a ser tomada e põem à prova, além do nosso senso moral,
nossa consciência moral, “... pois exigem que decidamos o que fazer, que justifiquemos
para nós mesmos e para os outros as razões de nossas decisões e que assumamos todas
as conseqüências delas, porque somos responsáveis por nossas decisões”. (CHAUÍ,
1995).
Caberá ao professor de Biologia indicar temas de discussão ética e auxiliar o
aluno na análise “à luz dos princípios, regras e direitos alternativos, além de levar em
conta a avaliação intuitiva do aluno” (KRASILCHIK, 2004).
CONTEÚDOS POR REGISTRO
1.º REGISTRO
BÁSICOS
1. Classificação dos seres vivos; critérios taxonômicos e filogenéticos.
2. Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.
3. Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.
4. Teorias evolutivas.
5. Transmissão de características hereditárias.
6. Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a interdependência com o
ambiente.
7. Organismos geneticamente modificados.
ESPECÍFICOS
* Identificar a organização biológica, as características, as formas de vida e níveis de or
ganização dos seres vivos.
* Descrever noções de composição química da célula e suas estruturas moleculares.
* Diferenciar os tipos de células relacionando as funções vitais com seus componentes e
processos.
* Relacionar e diferenciar a divisão celular.
* Identificar estágios de desenvolvimento do embrião até o nascimento.
* Identificar os tipos de tecidos e suas funções.
2.º REGISTRO
BÁSICOS
1. Classificação dos seres vivos; critérios taxonômicos e filogenéticos.
2. Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.
3. Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.
4. Teorias evolutivas.
5. Transmissão de características hereditárias.
6. Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a interdependência com o
ambiente.
7. Organismos geneticamente modificados.
ESPECÍFICOS
* Identificar os seres vivos dos diferentes tipos de reinos;
* Utilizar os critérios científicos para a classificação dos seres vivos;
* Entender a estrutura e a ação dos vírus nos seres vivos;
* Compreender a organização dos seres nos reinos Monera, Protista, Fungi, Plantae e
Animallia, a sua importância no ecossistema.
* Entender os mecanismos de disseminação das doenças provocadas pelos seres vivos e
a sua profilaxia.
3.º REGISTRO
BÁSICOS
1. Classificação dos seres vivos; critérios taxonômicos e filogenéticos.
2. Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.
3. Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.
4. Teorias evolutivas.
5. Transmissão de características hereditárias.
6. Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a interdependência com o
ambiente.
7. Organismos geneticamente modificados.
ESPECÍFICOS
* Conhecer e identificar os animais pertencentes as diferentes classes; reconhecer a sua
importância ecológica;
* Diferenciar os órgãos que formam os diferentes sistemas, a sua anatomia e fisiologia;
* Tomar consciência sobre os cuidados que devem ser tomados para prevenirse das
doenças causadas pelo uso de drogas lícitas/ilícitas;
* Abordar assuntos relacionados à violência provocados pela drogadição, DSTs e
métodos contraceptivos.
4.º REGISTRO
BÁSICOS
1. Classificação dos seres vivos; critérios taxonômicos e filogenéticos.
2. Sistemas biológicos: anatomia, morfologia E fisiologia.
3. Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.
4. Teorias evolutivas.
5. Transmissão de características hereditárias.
6. Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a interdependência com o
ambiente.
7. Organismos geneticamente modificados.
ESPECÍFICOS
* Compreender os processos de transmissão das características hereditárias; a 1ª e 2ª Lei
de Mendel;
* Identificação da manipulação genética na produção de biotecnologias e a bioética;
* Compreender as relações de interdependência entre os seres vivos e o ambiente;
* Identificar a importância da preservação do ambiente bem como a sua diversidade.
RECURSOS
Atenção especial deve ser dada à maneira como os recursos pedagógicos
serão trabalhados e aos critérios políticopedagógicos da seleção destes recursos, de
modo que eles contribuam para uma leitura crítica e para os recortes necessários dos
conteúdos específicos identificados como significativos para o ensino médio.
O uso de diferentes imagens em vídeo, transparências, fotos, textos de apoio
usados com freqüência nas aulas de biologia, atividades de leitura e escrita requerem a
problematização em torno da demonstração e da interpretação.
Estratégias de ensino como a aula dialogada, a leitura, a escrita, a atividade
experimental, o estudo do meio, os jogos didáticos, entre tantas outras devem favorecer
a expressão dos alunos, seus pensamentos, suas percepções, significações,
interpretações, uma vez que aprender envolve a produção/criação de novos significados.
TEMAS SOCIOEDUCACIONAIS
Os chamados “Temas Socioeducacionais” devem passar pelo currículo como
condições de compreensão do conteúdo nesta totalidade, fazendo parte da
intencionalidade do recorte do conhecimento na disciplina, isto significa compreendê
los como parte da realidade concreta e explicitála nas múltiplas determinações que
produzem e explicam os fatos sociais, tais como: Cidadania e Direitos Humanos,
Educação Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência e Prevenção ao uso
Indevido de Drogas.
Estas demandas possuem historicidade, em sua grande maioria fruto das
contradições da sociedade capitalista, outras vezes oriundas dos anseios dos
movimentos sociais e por isto, prementes na sociedade contemporânea. São aspectos
considerados de grande relevância para comunidade escolar, pois estão presentes nas
experiências, práticas, representações e identidades dos educandos e educadores.
Os “Temas Socioeducacionais”correspondem a questões importantes,
urgentes e presentes sob várias formas na vida cotidiana, um conjunto articulado e
aberto a novos temas, buscando um trabalho didático que compreende sua complexidade
e sua dinâmica, dandolhes a mesma importância das áreas convencionais, é necessário
que a escola trate de questões que interferem na vida dos educandos e com os quais se
vêem confrontados no seu dia a dia.
Vivemos um momento ímpar e histórico na educação, passando pela
democratização dos saberes, ou ainda melhor dizendo, buscando o fortalecimento e a
aproximação dos educandos, no sentido de pertencimento e de participação em ações
visando o enriquecimento de valores e de qualidade nas relações humanas.
Com esse propósito, respeitamos a Diversidade existente dentro de nosso
ambiente escolar, assegurando o direito à igualdade com equidade de oportunidades,
mas isto não significa um modo igual de educar a todos, mas uma forma de respeito as
diferenças individuais, priorizando em nossas ações a participação e à aprendizagem de
todos, independentemente de quaisquer que sejam suas singularidades.
Destacamos aqui as populações do campo, faxinalenses, agricultores
familiares, trabalhadores rurais temporários, quilombolas, acampados, assentados,
negras e negros, povos indígenas, jovens, pessoas lésbicas, gays, travestis e transexuais.
Bem como, assumir a continuidade das discussões etnicorraciais.
Para isso, nossa escola tem buscado respaldo, orientações, e em especial
atitudes coletivas, as quais devem ser constantes, pois são de grande significado para
todos os profissionais da educação, o reconhecimento dos diferentes sujeitos (educandos
e educadores) e os condicionantes sociais que determinam o sucesso ou o fracasso
escolar, de forma que possamos criar mecanismos para o enfrentamento dos diversos
preconceitos existentes e garantir o direito ao acesso e a permanência com qualidade no
processo educacional.
Ressaltamos também, nossas atividades relacionadas à Educação das
Relações Etnicorraciais, e ao ensino da temática da História da Cultura AfroBrasileira,
Africana e Indígena, essas ações são resultantes que nós educadores desta instituição de
ensino assumimos na perspectiva de uma escola pública, necessária para o
desenvolvimento de uma sociedade democrática, pluriétnica e multicultural.
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
A avaliação é um dos aspectos do processo pedagógico que mais carece de
mudança didática para favorecer uma reflexão crítica de ideias e modificar
comportamentos docentes de “senso comum” muito persistentes
(CARVALHO & GILPÉREZ, 2001).
A superação deste senso comum implica em estudos, pesquisas e análises de
resultados que permitam a elaboração de programas de formação continuada para os
professores envolvidos no processo ensinoaprendizagem, a fim de possibilitar a
elaboração de uma concepção de avaliação adequada à realidade escolar da qual
participa.
Quando a concepção de avaliação é, tão somente classificatória, pautada em critérios que visam medir o aproveitamento, identificase erros, dificuldades de aprendizagem, porém, não se sabe o que fazer com as informações levantadas e os professores acabam por não se preocuparem em “auxiliar o aluno a resolver suas dificuldades ou a avançar no seu conhecimento” (HOFFMANN, 2003, p. 121).
Tomando por base as análises desenvolvidas pelas autoras Carvalho e
Hoffmann, considerase a necessidade de envolvimento dos professores na análise
crítica da própria avaliação. Conforme Carvalho & GilPérez (2001) é preciso que os
professores se envolvam numa análise crítica que considere a avaliação em Biologia um
instrumento de aprendizagem que forneça um feedback adequado para promover o
avanço dos alunos. Ao considerar o professor corresponsável pelos resultados que os
alunos obtiverem o foco da pergunta muda de “quem merece uma valorização positiva e
quem não“ para ”que auxílio precisa cada aluno para continuar avançando e alcançar os
resultados desejados”. Além disso, incentivar a reflexão, por parte do professor, sobre
sua própria prática.
Nas Diretrizes Curriculares para o ensino de Biologia, ao assumir
fundamentos teóricometodológicos que garantam uma abordagem crítica para o ensino
de Biologia, propõese um trabalho pedagógico em que se perceba o processo cognitivo
contínuo, inacabado, portanto, em construção.
Nesta perspectiva, a avaliação como momento do processo ensino
aprendizagem, abandona a ideia de que o erro e a dúvida constituem obstáculos
impostos à continuidade do processo. Ao contrário, o aparecimento de erros e dúvidas
dos alunos constituem importantes elementos para avaliar o processo de mediação
desencadeado pelo professor entre o conhecimento e o aluno. A ação docente também
estará sujeita a avaliação e exigirá observação e investigação visando a melhoria da
qualidade do ensino.
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento
pelo aluno.
A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no
conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos.
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados como seminários, aulas práticas de laboratório, debates,
provas individuais descritivas e de múltipla escolha, trabalhos em grupo e outros,
coerentes com as concepções e finalidades educativas expressas no Projeto Político
Pedagógico da escola.
Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados em
consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político Pedagógico.
A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o
acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitandose a comparação dos
alunos entre si.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão
sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.
Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos durante
todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento
escolar, tomado na sua melhor forma.
Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período
letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades detectadas,
para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível
de apropriação dos conhecimentos básicos.
A recuperação de estudos darseá de forma permanente e concomitante ao
processo ensino e aprendizagem.
A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didáticos e metodológicos diversificados.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO POR REGISTRO
1.º REGISTRO
* Reconheça os elementos de uma célula;
* Diferencie a célula animal de vegetal;
* Identifique os componentes da química celular;
* Classifique os seres vivos quanto ao número de células; quanto ao tipo de organização
celular; forma de obtenção de energia e tipo de reprodução.
* Avaliação mista ( questões objetivas, descritivas e dissertativas);
* Relatórios das aulas práticas de laboratório.
2.º REGISTRO
Ao término do 2º registro o aluno deverá ser capaz de reconhecer as relações que ocor
rem nos diferentes reinos;
Identificar e comparar as características dos diferentes grupos dos seres vivos bem
como, classificálos filogeneticamente;
Diferenciar as doenças bacterianas das doenças virais e a sua profilaxia.
A avaliação será feita através de provas escritas, relatórios de aulas de laboratório e tra
balho em grupo.
3.º REGISTRO
Ao término do 3º registro o aluno deverá ser capaz de compreender a anatomia, morfo
logia e fisiologia dos sistemas digestório, respiratório, cardiovascular, excretor e repro
dutor; os cuidados com o corpo humano em busca da saúde física, mental e social.
A avaliação será feita através de provas escritas e individuais;
Relatórios, desenhos, mapas conceituais e trabalho em grupo.
4.º REGISTRO
Ao término do 4º registro o aluno deverá ser capaz de compreender o pro
cesso de transmissão das características hereditárias entre os seres vivos;
Valorizar a diversidade biológica para a manutenção do equilíbrio dos ecos
sistemas;
Relacionar os conhecimentos biotecnológicos e as alterações por ele provo
cadas na questão ambiental e genética.
A avaliação será feita através da prova escrita e relatórios de análise de ví
deos relacionados ao assunto.
REFERÊNCIAS
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