Cidadezinha qualquer Casas entre bananeiras mulheres entre laranjeiras pomar amor cantar. Um homem...

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Cidadezinha qualquer

Casas entre bananeiras mulheres entre laranjeiras pomar amor cantar. Um homem vai devagar. Um cachorro vai devagar. Um burro vai devagar.Devagar... as janelas olham. Eta vida besta, meu Deus.

Carlos Drummond de Andrade

O que é Estilística?

É um segmento da gramática que estuda as diversas formas de expressividade dentro de um texto.

Refere-se ao uso individual dos recursos expressivos da língua.

Nesse estudo, devemos considerar os sons, as palavras ou expressões, construções

sintáticas etc.Na estilística, pode ocorrer desvios em relação ao padrão normativo da língua.

Ideias gerais do poema lido

Sufixo “zinha” (conotação depreciativa);Pronome indefinido “qualquer”: o eu lírico

não especifica a cidade.Relação harmônica entre pessoas e

elementos naturais.Presença de árvores frutíferas (bananeiras,

laranjeiras, pomar).“Eta” e “meus Deus” sugerem o incômodo

do eu lírico diante do quadro de morosidade descrito.

Pardalzinho

O pardalzinho nasceuLivre. Quebraram-lhe a asa.Sacha lhe deu uma casa,Água, comida e carinhos.Foram cuidados em vão:A casa era uma prisão,O pardalzinho morreu.O corpo Sacha enterrouNo jardim; a alma, essa voouPara o céu dos passarinhos!

Porquinho-da-Índia

Quando eu tinha seis anos Ganhei um porquinho-da-índia.Que dor de coração eu tinhaPorque o bichinho só queria estar debaixo do fogão! Levava ele pra salaPra os lugares mais bonitos, mais limpinhos,Ele não se importava:Queria era estar debaixo do fogão. Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas... - O meu porquinho-da-índia foi a minha primeira namorada.

Manuel Bandeira

Qual a função dos diminutivos nos texto lidos de Manuel Bandeira?

Descarga sentimental;Manifestação de afeto;Infância;Ideias de pequenez e simpatia;Ternura;Piedade.

Ode aos ratos[...Rato que rói a roupaQue rói a rapa do rei do morroQue rói a roda do carroQue rói o carro, que rói o ferroQue rói o barro, rói o morroRato que rói o ratoRa-rato, ra-ratoRoto que ri do rotoQue rói o farrapoDo esfarra-rapadoQue mete a ripa, arranca raboRato ruimRato que rói a rosaRói o riso da moçaE ruma rua arribaEm sua rota de rato.

Leia as poesias de Oswald de Andrade e analise a Estilística

vício na falaPara dizerem milho dizem mioPara melhor dizem mióPara pior pióPara telha dizem teiaPara telhado dizem teiadoE vão fazendo telhados.

  OfertaQuem sabeSe algum diaTrariaO elevadorAté aquiO teu amor

O capoeira— Qué apanhá sordado?— O quê?— Qué apanhá?Pernas e cabeças na calçada.

PronominaisDê-me um cigarroDiz a gramáticaDo professor e do alunoE do mulato sabidoMas o bom negro e o bom brancoDa Nação BrasileiraDizem todos os diasDeixa disso camaradaMe dá um cigarro

Estilística fônica

Valoriza os recursos expressivos no nível fônico da língua, ou seja, o significado e a expressividade produzidos por determinados sons.

Uso de aliterações, assonâncias e onomatopeias.

A onda

a onda andaaonde anda          a onda?a onda ainda ainda ondaainda anda         aonde?aonde?a onda a onda

Manuel Bandeira

Leitura de textos

páginas 36, 37 e 38

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