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COAGULOPATIAS RARASCOAGULOPATIAS RARAS
C1 – Mariana Boratto PeixotoOncologia Pediátrica
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULOUNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
SÃO PAULO – SP
EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA
Doenças rarasGeralmente autossômica recessivaImportância = profilaxia cirúrgica, grávidas
e neonatos afetados– Indivíduos afetados devem ser registrados em
centros de hemofilia– Aconselhamento genético
Coagulopatias raras
EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA
Neonatos– Risco aumentado de hemorragia intracraniana na
1ª semana de vidaVacinação
– Hepatite A e BEvitar medicações que interfiram na função
plaquetária (AAS e AINES)Paracetamol
Coagulopatias raras
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
Investigação laboratorial– Coleta adequada– Armazenamento– Tempo entre a coleta e a análise do material– Processamento adequado– Interpretação dos exames
Coagulopatias raras
COAGULOPATIAS RARASCOAGULOPATIAS RARASDeficiência de Fibrinogênio (FATOR I)Deficiência de Protrombina ( FATOR II)Deficiência de FATOR VDeficiência de FATOR VII Deficiência de FATOR XDeficiência de FATOR XIDeficiência de FATOR XIII
Coagulopatias raras
DEFICIÊNCIA DE FIBRINOGÊNIODEFICIÊNCIA DE FIBRINOGÊNIO
FIBRINOGÊNIO (FI)– Produção hepática– Meia vida de 4 dias– FI é constituído por 3 cadeias polipeptídicas
Os genes para as 3 cadeias encontram-se no 4q
– Fibrinogênio FIBRINA
Coagulopatias raras
DEFICIÊNCIA DE FIBRINOGÊNIODEFICIÊNCIA DE FIBRINOGÊNIO
CLASSIFICAÇÃO1) Afibrinogenemia2) Hipofibrinogenemia3) Disfibrinogenemia
Coagulopatias raras
AFIBRINOGENEMIA– Ausência total do fibrinogênio– Prevalência estimada de 1:1.000.000 – Incidência elevada em crianças de pais
consangüíneos– Mais comum em países muçulmanos
DEFICIÊNCIA DE FIBRINOGÊNIODEFICIÊNCIA DE FIBRINOGÊNIO
Coagulopatias raras
AFIBRINOGENEMIA – CLÍNICA– Sangramento variável – Mais comum: sangramento umbilical e
hemorragia em mucosas– Recidiva de abortos
DEFICIÊNCIA DE FIBRINOGÊNIODEFICIÊNCIA DE FIBRINOGÊNIO
Coagulopatias raras
HIPOFIBRINOGENEMIA– Diminuição do nível normal total do
fibrinogênio
CLÍNICA– Semelhante à afibrinogenemia, porém mais
leves– Após procedimentos invasivos
DEFICIÊNCIA DE FIBRINOGÊNIODEFICIÊNCIA DE FIBRINOGÊNIO
Coagulopatias raras
DISFIBRINOGENEMIA– Anormalidades estruturais da molécula de
fibrinogênio, resultando em alterações nas suas propriedades funcionais
– Incidência desconhecida (sub-diagnosticada e sub-notificados)
DEFICIÊNCIA DE FIBRINOGÊNIODEFICIÊNCIA DE FIBRINOGÊNIO
Coagulopatias raras
DISFIBRINOGENEMIA – CLÍNICA– Assintomáticos– Hemorragias– Eventos trombóticos
DEFICIÊNCIA DE FIBRINOGÊNIODEFICIÊNCIA DE FIBRINOGÊNIO
Coagulopatias raras
DIAGNÓSTICO– Idade do paciente– História pregressa de uso de drogas– Função hepática
DEFICIÊNCIA DE FIBRINOGÊNIODEFICIÊNCIA DE FIBRINOGÊNIO
Coagulopatias raras
DIAGNÓSTICO1) Afibrinogenemia
TP, TTPA, TT e TS- Fibrinogênio: Ausente
2) Hipofibrinogenemia- TT é o mais sensível
3) Disfibrinogenemia TP, TTPA e TT
DEFICIÊNCIA DE FIBRINOGÊNIODEFICIÊNCIA DE FIBRINOGÊNIO
Coagulopatias raras
TRATAMENTO– Concentrado de FI (sangramento significativo)– Crioprecipitado (emergência)– Cola de fibrina (tratamento superficial ou
feridas após extração dentária)– Ácido tranexâmico (sangramento de mucosa)
DEFICIÊNCIA DE FIBRINOGÊNIODEFICIÊNCIA DE FIBRINOGÊNIO
Coagulopatias raras
PROTROMBINA– Síntese hepática/ megacariócitos– Vitamina K-dependente– Prevalência estimada de 1:2.000.000 – Autossômica recessiva
DEFICIÊNCIA DE PROTROMBINADEFICIÊNCIA DE PROTROMBINA
Coagulopatias raras
CLASSIFICAÇÃO1) Hipoprotrombinemia (deficiência tipo I) da proteína e ação2) Disprotrombinemia (deficiência tipo II)- Proteína normal e ação
DEFICIÊNCIA DE PROTROMBINADEFICIÊNCIA DE PROTROMBINA
Coagulopatias raras
CLÍNICA– Assintomáticos– Sangramentos leves (ex: mucosa)– Hemorragias graves
Hemartroses Hematomas Hemorragia Intracraniana
DEFICIÊNCIA DE PROTROMBINADEFICIÊNCIA DE PROTROMBINA
Coagulopatias raras
DIAGNÓSTICO– TP E TTPA alargados– Testes de despistagem
DEFICIÊNCIA DE PROTROMBINADEFICIÊNCIA DE PROTROMBINA
Coagulopatias raras
FATOR V– Codificada no cromossomo 1– Sintetizada nos hepatócitos e megacariócitos– Fator V é ativado pela trombina e atua como
cofator para ativação do fator Xa (protrombina trombina)
– Deficiência rara (1:1.000.000)
DEFICIÊNCIA DE FATOR VDEFICIÊNCIA DE FATOR V
Coagulopatias raras
CLÍNICA– Autossômica recessiva– Hematomas– Sangramentos de mucosa– Epistaxe– Hemorragias pós-operatória, pós-extração
dentantária e etc.
DEFICIÊNCIA DE FATOR VDEFICIÊNCIA DE FATOR V
Coagulopatias raras
DIAGNÓSTICO– Prolongamento do TP e TTPA e TT normal
DEFICIÊNCIA DE FATOR VDEFICIÊNCIA DE FATOR V
Coagulopatias raras
Deficiência rara autossômica recessiva– Redução plasmática de ambos (FV e FVIII)– Defeito no 18q Codifica uma proteína
(érgicos-53 )Clínica: sangramentos após a cirurgia,
extração dentária e trauma; metrorragia e hemorragia pós-parto são comumente observado em mulheres afetadas
DEFICIÊNCIA DE FATOR V e VIIIDEFICIÊNCIA DE FATOR V e VIII
Coagulopatias raras
FATOR VII– Glicoproteína vitamina K dependente– Codificada no cromossoma 13 (13q34)– Fundamental para o início da coagulação– Os níveis de FVII são determinados por fatores
genéticos e ambientais Ingestão de gordura, níveis plasmáticos de
triglicerídeos, obesidades, níveis hormonais são positivamente correlacionada com FVII
DEFICIÊNCIA DE FATOR VIIDEFICIÊNCIA DE FATOR VII
Coagulopatias raras
Autossômica recessivaPrevalência de 1:300.000 – 1:500.000Clínica
– Epistaxes, sangramento gengival e outros sangramentos do tipo em mucosas
– Mulheres: Metrorragia e deficiência crônica de ferro – Em pacientes com grave deficiência (FVII < 2 UI
dl): sangramento em SNC (15 e 60% dos casos)
DEFICIÊNCIA DE FATOR VIIDEFICIÊNCIA DE FATOR VII
Coagulopatias raras
Diagnóstico: TP , TTPA e TT normais– É importante excluir a deficiência de vitamina
K e outras causas defeitos adquiridos
Profilaxia durante o período neonatal– Neonatos gravemente afetados
DEFICIÊNCIA DE FATOR VIIDEFICIÊNCIA DE FATOR VII
Coagulopatias raras
FATOR X– Codificada no cromossomo 13q34– Síntese ocorre no fígado e no plasma– Meia-vida de 60h– Autossômica recessiva– Incidência
Deficiência homozigota (grave) 1:1.000.000 Deficiência heterozigota (assintomatica) 1:500
DEFICIÊNCIA DE FATOR XDEFICIÊNCIA DE FATOR X
Coagulopatias raras
CLÍNICA– Epistaxe (todas as severidades)
DIAGNÓSTICO– TP prolongado– Confirmado pela medição de níveis FX no
plasma
DEFICIÊNCIA DE FATOR XDEFICIÊNCIA DE FATOR X
Coagulopatias raras
FATOR XI– Codificada no cromossomo 4– Autossomica dominante– Incidência aumentada em judeus (1:500)
DEFICIÊNCIA DE FATOR XIDEFICIÊNCIA DE FATOR XI
Coagulopatias raras
CLÍNICA– Hemorragias são muito raras– A hemorragia é mais comumente provocada por
lesão ou cirurgia, em particular nas áreas do corpo onde há alta atividade fibrinolítica
Boca, nariz e vias geniturinárias
DEFICIÊNCIA DE FATOR XIDEFICIÊNCIA DE FATOR XI
Coagulopatias raras
DIAGNÓSTICO– Nível do FXI– TP normal– TTPA alargado
DEFICIÊNCIA DE FATOR XIDEFICIÊNCIA DE FATOR XI
Coagulopatias raras
FATOR XIII– Autossomica recessiva– Herdada ou adquirida– Raríssima– Comum no Sul da Ásia
DEFICIÊNCIA DE FATOR XIIIDEFICIÊNCIA DE FATOR XIII
Coagulopatias raras
CLÍNICA– Sangramento umbilical alguns dias após
nascimento 80% dos casos sugerem a doença
– Atraso na cicatrização das feridas– Hemorragia intracraniana– Abortos de repetição
DEFICIÊNCIA DE FATOR XIIIDEFICIÊNCIA DE FATOR XIII
Coagulopatias raras
DIAGNÓSTICO– TS, TP e TTPA normais
DEFICIÊNCIA DE FATOR XIIIDEFICIÊNCIA DE FATOR XIII
Coagulopatias raras
Manual de tratamento das coagulopatias hereditárias, março de 2005
The rare coagulation disorders- review guidelines, hemophilia 2004
Rare bleeding disorders, hemophilia 2008
REFERÊNCIASREFERÊNCIAS
Coagulopatias raras
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