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ão
1) De acordo com estudos em sala complete o sentido abaixo:
As línguas possuem as chamadas____________________________________. São
locuções ou frases de sentido figurado, consagradas pelo uso, cujo significado, portanto,
não pode ser entendido “ ao pé da letra”. Variam de região para região.
2) O conto é um genro textual que apresenta a tipologia narrativa. Qual a diferença
entre um conto e um conto fantástico?
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3) Qual diferença entre tempo psicológico e tempo cronológico em uma narrativa?
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Leia o texto abaixo:
Ao perdedor, as latinhas
Nem a mais visionária das mães-dinás poderia imaginar: o ofício de catador de latinhas
tornou-se uma profissão como outra qualquer. Com os ecos da crise econômica se abatendo
sobre todos nós, o zé-povinho precisa usar a criatividade para continuar vivo – ou, pelo menos,
emitindo alguns, ainda que mínimos, sinais vitais. Resultado: à Lavoisier, o lixo metálico
produzido pelas classes A, B, C e D ajuda a comprar brioches para alimentar a classe Z, aquele
lumpesinato que cada vez aumenta mais de consistência e volume nas grandes e pequenas
cidades do país.
Carnaval é festa esperada com ansiedade por essa nova categoria de profissionais que os
IBGEs da vida ainda não catalogaram. Nada mais justo: nesse período, de alto consumo de
produtos armazenados em invólucros de alumínio, tiram o pé da lama. E o que se viu por aí,
pelas ruas do país, foi um aguerrido exército, sempre à espreita para catar aquela latinha que,
COLÉGIO SHALOM
Ensino Fundamental – 9º Ano
Profª: Lauciene Lopes – Redação
Aluno (a): ____________________________. No. _____
Trabalho de
recuperação 1º
semestre 2015
Valor: 30% Nota:_____
displicentemente, alguém acabou de jogar no chão.
Não existe limitação de idade para o exercício da profissão de catador de latinhas. Também
não exige formação específica, nem o ensino fundamental completo, nem rudimento de
alfabetização. O básico para se tornar exímio profissional do setor é aquela condição humana
que nos leva a fazer seja lá que diabo for para não virar comida de abutres.
Salvador, no Carnaval, uma das maiores usinas de geração de latinhas de cerveja e
refrigerantes do planeta, é a Meca, o lugar ideal, a cidade dos sonhos de todos esses valentes
profissionais que vivem das sobras do lixo ocidental: a Las Vegas deles.
Os catadores de latinhas podem ser família completa: pai, mãe e muitos filhos, todos
imersos na faina diária de coletar o maior número possível de peças de alumínio para revenda.
Ao final de suada semana de trabalho, podem faturar talvez R$5, talvez R$10, o que pode
parecer pouco para gente como a gente, que está na base da pirâmide invertida, também
conhecida como elite. Para eles, não. Serve ao menos para adiar a morte por fome, bala ou
vício.
No Carnaval de Salvador, o espaço nobre para os catadores de latinhas é aquele, virtual,
criado entre a passagem de um bloco de trio e outro. Em ritmo de emboscada, espremidos entre
as paredes dos prédios e a multidão que saracoteia ao redor, mergulham sem medo no lixo
alumínico recém-jogado e enchem muitos sacos com as cobiçadas peças.
Ser catador de latinhas pode parecer fácil, mas não é. OK., não precisa de exame
vestibular. Muito menos daquela série de documentos que se costuma exigir quando somos
admitidos em algum emprego. Mas o exercício dessa profissão requer rapidez, agilidade,
disposição física, fôlego e certo estoicismo. Afinal de contas, não deve ser muito reconfortante
para o ego viver das sobras do lixo produzido por outros homens, aparentemente tão filhos de
Deus quanto.
De qualquer forma, não será de todo absurdo se, da próxima vez que perguntarmos a
alguma criança da periferia das metrópoles o que gostaria de ser quando crescer, ouvirmos:
“Quero ser catador de latinhas, tiô!”
(Rogério Menezes, Revista Época de 19 de março de 2001)
4) Assinale a ÚNICA alternativa que NÃO corresponde às ideias apresentadas pelo
autor.
A) As pessoas são levadas a catar latinhas para não morrer de fome.
B) A luta pela sobrevivência nas cidades fez surgir uma nova profissão: catador de
latinhas.
C) Catar latinhas é uma profissão rendosa, pois permite aos seus profissionais comprar
brioches.
D) É humilhante precisar catar latinhas para sobreviver.
5) Neste texto, o autor critica :
A) as pessoas que jogam latinhas de cervejas ou refrigerantes no chão, sujando as
cidades.
B) a desigualdade social, fazendo com que algumas pessoas tenham que viver do lixo
produzido por outras.
C) o alto consumo de bebidas durante o Carnaval, gerando um aumento excessivo de
lixo metálico.
D) o fato de o zé-povinho catar latas na rua, atrapalhando a imagem do país no exterior.
6) Assinale a ÚNICA alternativa em que a palavra ou expressão em destaque NÃO está
adequadamente interpretada de acordo com seu sentido no texto.
A) “...pai, mãe e muitos filhos, todos imersos na faina diária de coletar o maior número
possível de peças de alumínio...” (linhas 19-20) = trabalho
B) “Nem a mais visionária das mães-dinás poderia imaginar: o ofício de catador de
latinhas tornou-se uma profissão...” (linhas 1-2) = videntes
C) “Resultado: à Lavoisier, o lixo metálico produzido pelas classes A, B, C e D ajuda a
comprar brioches para alimentar a classe Z...” (linhas 4-5) = nada se perde, mas se
transforma
D) “...não será de todo absurdo se, da próxima vez que perguntarmos a alguma criança
daperiferia das metrópoles...” (linhas 33-34) = vizinhança
7) Assinale a ÚNICA alternativa em que as palavras ou expressões NÃO denunciam as
condições sub-humanas dos catadores de latinhas:
A) profissionais que vivem das sobras do lixo ocidental. B) categoria de profissionais que os IBGEs da vida ainda não catalogaram. C) classe Z.
D) aguerrido exército.
8) Cite e explique as partes estruturais de um conto.
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9) Para responder as questões, leia atentamente os textos a seguir:
Texto 1 Livro da vida
Um projeto de cinco anos vai recolher amostras
de DNA de 100 mil pessoas dos cinco continentes para
contar a história da colonização do planeta. A iniciativa
de US$40 milhões, pagos pela IBM e pela National
Geographic, vai usar a genética para traçar o processo
migratório que começou
na África, há pelo menos
60 mil anos. Por US$
100, qualquer pessoa
pode doar seu DNA para
análise. A Universidade
Federal de Minas Gerais
será um dos dez centros de coleta do Projeto
Genográfico. A maior resistência é dos grupos
indígenas, que temem o uso indevido das amostras de
seu sangue. A partir desse banco de dados genético
devem surgir respostas para questões como: qual a
população mais antiga da África?, quais os primeiros
colonizadores da Índia? E até se o exército de
Alexandre, o Grande, deixou herança genética. Isto É, São Paulo, 20abr. 2005.
Texto 2 Felicidade
[...] Felicidade é um “stop” no tempo que
guardamos na memória. E é essa memória que nos
guia para reconhecer quando ela aparece de novo.
São momentos fugazes que vivem os torcedores
diante do gol da vitória, os atletas quando rompem a
fita de chegada. Tornamo-nos um todo orgânico e
existencial.
[...] Evocamos esses momentos pelo resto
de nossas vidas. É a sensação de que os limites se
diluem. A felicidade é sempre fugaz no real e
permanente na memória. É o jogo do negativo e da
foto. O negativo pode ser revelado mil vezes, mas
nem por isso ele se perde. Folha de São Paulo. São Paulo, 22 de maio 2009. Folha Equilibrio
(fragmento)
Texto 3 Canção Excêntrica Ando à procura de espaço
para um desenho da vida.
Em números me embarço
e perco sempre a medida.
Se penso encontrar saída,
em vez de abrir um compasso,
projeto-me num abraço
e gero uma despedida.
Se volto sobre o meu passo,
E já distância perdida.
[...] Cecília Meireles. Obra poética. Rio de Janeiro: Aguilar, 1978. (Fragmento)
Texto 4
O Estado de São Paulo, São Paulo, 31 dez 2009.
Texto 5 Um certo capitão Rodrigo [...] O outono se foi, começaram as chuvas e os frios de inverno, e Rodrigo não chegava. Juvenal inquietava-
se porque já era tempo de o cunhado estar de volta. Fazia-se perguntas a si mesmo, imaginava coisas, mas não dizia
nada à irmã para não inquietá-la.
E em certos dias em que o minuano soprava, enrolada num xale e pedalando na roca (pois agora que estava
cada vez mais pesada não podia ir ajudar o irmão na venda) Bibiana pensava na avó, que costumava dizer-lhe que o
destino das mulheres da família era fiar, chorar e esperar.
Junho ia em maio quando um dia Rodrigo apareceu com a carreta. Os amigos o receberam com grande
alvoroço. Juvenal alegou-se de vê-lo, mas limitou-se a apertar-lhe a mão e dar-lhe duas palmadinhas no ombro,
perguntando apenas:
- Fez boa viagem?
Rodrigo não ouviu a pergunta. Precipitou-se para casa, entrou e tomou Bibiana nos braços, cobrindo-lhe o
rosto de beijos. Ela não pôde falar, engasgada. À vista do marido, cuja voz ouvira antes de ele entrar em casa, sentira
uma onda de Carlo tomar-lhe conta do corpo. Era como se ela voltasse à vida depois de estar morta e fechada num
túmulo; era como se o sol se abrisse de repente depois duma temporada longa de chuva e céu nublado. VERÍSSIMO, Erico.Um certo capitão Rodrigo. Porto Alegre; Rio de Janeiro: Globo, 1978,
Texto 6 Cuide-se e tenha bem mais do que quatro dias de felicidade.
Evite ficar beliscando o dia todo.
Coma mais saladas, frutas, alimentos leves e frescos, que farão com que
você fique mais disposto para a folia.
Evite alimentos cuja origem vocês desconheça, como sanduíches, caldos e
frituras de ambulantes.
Use camisinha sempre! Além de prevenir contra doenças sexualmente
transmissíveis, pode evitar uma gravidez indesejada.
Use roupas leves. (fontes: Gisele Araújo (nutricionista do Hospital Socor e João Pedro Junqueira (presidente da Associação dos Ginecologistas e Obstetras)
Texto 7 Viajando com o inimigo
Contratei uma operadora para um passeio de fim de semana a Itatitaia. Ao chegarmos, de madrugada,
ficamos sabendo que não havia vagas suficientes para nós na pousada. Um rapaz teve de dividir o quarto
com o motorista, e uma mulher que havia chegado antes e já estava instalada (de pijama e tudo) foi
retirada do quarto e posta para dormir numa van. Na manhã seguinte, o guia foi preparar o lanche para a
trilha no nosso quarto – sim, no nosso quarto – e, quando fui ao banheiro escovar os dentes, encontrei a
moça da van tomando banho lá, já que não tinha outro lugar. As confusões só continuaram: durante o
passeio ao topo dos Três Picos, o guia não conseguiu coordenar o grupo, dando informações confusas e
contraditórias. Denise, A. Viagem e Turismo. 2006.
Os textos lidos apresentam linguagem, conteúdo e estrutura diferentes, de acordo com a situação
comunicacional. Vejamos como distingui-los.
1. No texto 7, Viajando com o inimigo, uma leitora conta uma experiência de viagem nada
agradável. Trata-se de uma narrativa, já que a jovem relata diversos fatos que aconteceram em
determinado tempo e lugar, sendo ela a personagem principal.
Com que objetivo a narradora-personagem relata seus problemas com uma operada de turismo?
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2. Além do texto 7, há outro texto entre os apresentados que também relata acontecimentos
ocorridos no passado.
a) Qual texto é esse e que características o identificam como narrativo? Justifique.
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b) Compare o texto 7 com o texto que você identificou na questão anterior. Qual deles relata uma
história real, cujos fatos podem ser comprovados? _____________________________
c) Explique por que o outro texto conta uma história de ficção.
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3. Alguns textos têm como objetivo a defesa de um ponto de vista pessoal.
a) Em que texto o autor expõe suas opiniões e argumentos sobre determinado assunto em defesa de
suas ideias?______________________________________________________________________
b) Qual é o ponto de vista defendido no texto mencionado?
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4. Observe os textos 3 e 6.
a) Qual a intenção de cada um deles?
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b) Explique por que o texto 3 pode ser considerado poético.
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d) Interprete a linguagem poética empregada no texto 3.
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5. Observe o texto 1, cujo título é Livro da Vida.
a) Qual era a intenção principal do autor ao elaborar esse texto?
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b) Compare a linguagem desse texto com a do texto 7. O que eles têm de diferente?
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6. Releia o texto 4
a) Qual é o conteúdo desenvolvido pelo autor nesse texto verbo-visual?
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b) Qual era o verdadeiro objetivo do autor ao criar esse texto?
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c) Quanto à intenção, de qual outro texto a tira de Calvin mais se aproxima. Por quê?
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Observe os textos a seguir:
Texto I
Dialogo final
- É tudo que tem a me dizer? – perguntou ele.
- É – respondeu ela.
- Você disse tão pouco.
- Disse o que tinha pra dizer.
- Sempre se pode dizer mais alguma coisa.
- Que coisa?
- Sei lá. Alguma coisa.
- Você queria que eu repetisse?
- Não. Queria outra coisa.
- Que coisa é outra coisa?
- Não sei. Você que devia saber.
- Por que eu deveria saber o que você não sabe?
- Qualquer pessoa sabe mais alguma coisa que outro
não sabe.
- Eu só sei o que eu sei.
- então não vai mesmo me dizer mais nada?
- Se você quisesse...
- Quisesse o quê?
- Dizer o que você não tem pra me dizer. Dizer o que
não sabe, o que eu queria ouvir de você. Em amor é o
que há de mais importante: o que a gente não sabe.
- Mas tudo acabou entre nós.
- Pois isso é o mais importante de tudo: o que acabou.
Você não me diz mais nada sobre o que acabou? Seria
uma forma de continuarmos. (Carlos Drummond de Andrade. Contos plausíveis. Rio de
Janeiro: J. Olympio, 1985. p.70)
Texto III Já não sei o que sou, nem que faço, nem o que
Texto III
Amor aos pedaços Ingredientes 250 g de manteiga
250 g de açúcar
4 ovos
250 g de farinha de trigo
1 xícara de leite
1 colher (sopa) de fermento em pó
Raspas de limão
Preparo
Na batedeira, bata bem a manteiga junto com o açúcar. Adicione
as gemas e acrescente alternadamente a farinha de trigo, o leite,
o fermento e as raspas de limão. Por último, acrescente as claras
em neve e mexa com uma colher. Leva a mistura ao forno pré-
aquecido por aproximadamente vinte minutos. Para cobertura,
misture o suco de uma laranja, o suco de um limão e, aos
poucos, uma xícara de açúcar, até formar uma calda grossa, que
deverá ser despejada sobre o bolo assim que ele for retirado do
forno.
Texto V
Texto II a.mor: sm 1. afeição acentuado de uma pessoa por
outra; 2. objeto de afeição; 3.[...] pessoa amada; 4. zelo,
cuidado.
(Soares Amora. Minidicionário. 18ed. São Paulo: Saraiva, 2008)
desejo! Espedaçam-me mil comoções contrárias...
Há lá mais lastimoso estado! Amo-te
perdidamente e modero-me o bastante para não
desejar que sejas assim atribulado... [...] Adeus,
mais uma vez!... Escrevo-te cartas compridas!
Não tenho consideração por ti! Peço-te perdão e
ouso esperar que tenhas indulgência por esta
pobre louca, que o não era, bem sabes, antes de
ter amar. Adeus, parece-me que falo em demasia
do lastimoso estado em que me encontro. Mas, do
fundo do coração, te agradeço o desespero que me
causas e detesto a tranqüilidade em que vivia
antes de conhecer-te. Adeus! A minha paixão
aumenta a cada hora.
Ai! Quantas coisas tinha ainda para te dizer!... (Soro Mariana Alcoforado. Cartas de Amor. In: Massaud Moíses. A
literatura portuguesa através de textos, 17ed. São Paulo: Cultrix,
1988.
(Revista Veja-2008)
1. Os textos são bastante diferentes entre si, pois foram produzidos em situações diversas, com
finalidades específicas. Apesar disso, todos eles têm algo em comum. Qual é a semelhança entre
eles?
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2. O texto “Dialogo final’ apresenta frases curtas, linguagem truncada, e esse traço formal pode
estar relacionado com o conteúdo do texto.
a) Que situação, vivida pelo casal, o texto aborda?
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b) Que relação pode haver entre essa situação e o modo como as personagens travam o diálogo?
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c) O que supostamente o homem gostaria que a mulher dissesse?
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d) Qual é a verdadeira intenção do homem ao insistir nas perguntas?
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Talento Intense é um chocolate nobre e especial feito para mulheres como você: modernas, atualizadas e com
bom gosto. Além da nobreza das amêndoas, ele traz
também detalhes importantes para seu bem-estar: 55% de cacau e antioxidantes naturais. Experimente. Você
merece.
3. O título do texto III, “Amor aos pedaços”, apresenta mais de um sentido.
a) Indique ao menos dois dos sentidos possíveis.
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b) Esse título poderia ser atribuído também a quais dos outros textos? Justifique.
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4. A respeito do texto V, responda:
a) Qual é a finalidade principal do texto?
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b) Que tipo de interlocutor o texto pretende atingir, principalmente?
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c) Para convencer o interlocutor a adquirir o produto, o texto apresenta argumentos, motivos. Quais
são eles?
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d) Considerando a parte não verbal do anúncio e a frase “Intenso como as coisas do coração”, por
que o chocolate aparece envolvido por mãos masculinas, em forma de coração?
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5. Apesar de todos os textos abordarem o tema amoroso, eles constituem gêneros diferentes, pois
apresentam várias características específicas, como estrutura, linguagem, finalidade, tipo de
situação de produção, suporte, etc.
a) Qual dos textos se refere a uma situação ficcional?
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b) Qual relata experiências vividas, fatos que aconteceram na realidade?
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c) Qual ensina a fazer alguma coisa?
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d) Qual expõe ou transmite um conceito, um conhecimento formal?
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e) Qual pretende persuadir o interlocutor por meio de argumentos?
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Leia a tira a seguir.
6. A tira retrata uma situação comunicativa, e, ao fazer isso, joga com os papéis sociais dos
interlocutores. Levante hipóteses:
a) Que papel social representa o homem em pé, com um papel na mão?
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b) Que papel social representa o homem sentado?
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c) Qual era a intenção do homem em pé ao produzir seu enunciado?
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7. Observe a resposta do homem sentado.
a) Ela é coerente com o enunciado de seu interlocutor? Por quê?
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b) O texto é uma história em quadrinhos, gênero cuja finalidade é criar humor. O autor da tira, para
criar humor, pôs em destaque um dos elementos da produção dos discursos. Identifique qual é esse
elemento e explique como isso ocorre.
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8. Leia esta anedota:
Que elementos da situação de produção do discurso não foram levados em conta pelo cliente da
barbearia?
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8. Considere a seguinte situação:
Levando em conta a situação de produção do enunciado da mãe, inclusive a intencionalidade,
responda:
a) Qual o sentido da pergunta feita pela mãe na situação?
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b) Imagine outra situação em que a pergunta feita pela mãe tivesse um sentido diferente.
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Leia a 2º proposta de Redação do livro na página 90, em seguida produza o que é pedido em
uma folha e a junte ao trabalho.
.
DeBom
¨6O caçador de borb
Eduardo Agualusa
Vladimir recebeu muitas prendas no Natal, entre livros, discos, legos, jogos de computador, mas gostou
s O caçador de borboletas
José Eduardo Agualusa
Vladimir recebeu muitas prendas no Natal, entre livros, discos, legos, jogos de computador, mas
gostou sobretudo do equipamento para caçar borboletas. O equipamento incluía uma rede, um frasco de
vidro, algodão, éter, uma caixa de madeira com o fundo de cortiça, e alfinetes coloridos. O pai explicou-
lhe que a caixa servia para guardar as borboletas. Matam-se as borboletas com o éter, espetam-se na
cortiça, de asas estacadas, e dessa forma, mesmo mortas, elas duram muito tempo. É assim que fazem os
colecionadores.
Aquilo deixou-o entusiasmado. Ele gostava de insetos, mas não sabia que era possível colecioná-
los, como quem coleciona selos, conchas ou postais, talvez até trocar exemplares repetidos com os
amigos.
Nessa mesma tarde saiu para caçar borboletas. Foi para o matagal junto ao rio, atrás de casa, um
lugar onde se juntavam insetos de todo o tipo. Já tinha apanhado cinco borboletas que guardara dentro
do frasco de vidro, quando ouviu alguém cantar com uma voz de algodão-doce – uma voz tão doce e tão
macia que ele julgou que sonhava. Espreitou e viu uma linda borboleta, linda como um arco-íris, mas
ainda mais colorida e luminosa. Sentiu o que deve sentir em momentos assim todo o caçador: sentiu que
o ar lhe faltava, sentiu que as mãos lhe tremiam, sentiu uma espécie de alegria muito grande. Lançou a
rede e viu a borboleta soltar-se num voo curto e depois debater-se, já presa, nas malhas de náilon.
Passou-a para o frasco e ficou um longo momento a olhar para ela.
— Agora és minha – disse-lhe. — Toda a tua beleza me pertence.
A borboleta agitou as asas muito levemente e ele ouviu a mesma voz que há instantes o
encantara:
— Isso não é possível – era a borboleta que falava. — Sabes como surgiram as borboletas? Foi
há muito, muito tempo, na Índia. Vivia ali um homem sábio e bom, chamado Buda…
Vladimir esfregou os olhos:
— Meu Deus! Estou a sonhar?
A borboleta riu-se:
— Isso não tem importância. Ouve a minha história. Buda, o tal homem sábio e bom, achou que
faltava alegria ao ar. Então colheu uma mão cheia de flores e lançou-as ao vento e disse: “Voem!” E foi
assim que surgiram as primeiras borboletas. A beleza das borboletas é para ser vista no ar, entendes? É
uma beleza para ser voada.
— Não! – disse Vladimir abanando a cabeça. — Eu sou um caçador de borboletas. As borboletas
nascem, voam e morrem e se não forem colecionadores como eu, desaparecem para sempre.
A borboleta riu-se de novo (um riso calmo, como um regato correndo, não era um riso de troça):
— Estás enganado. Há certas coisas que não se podem guardar. Por exemplo, não podes guardar
a luz do luar, ou a brisa perfumada de um pomar de macieiras. Não podes guardar as estrelas dentro de
uma caixa. No entanto podes colecionar estrelas. Escolhe uma quando a noite chegar. Será tua. Mas
deixa-a guardada na noite. É ali o lugar dela.
Vladimir começava a achar que ela tinha razão.
— Se eu te libertar agora – perguntou – tu serás minha?
A borboleta fechou e abriu as asas iluminando o frasco com uma luz de todas as cores.
— Já sou tua – disse – e tu já és meu. Sabes? Eu coleciono caçadores de borboletas.
Vladimir regressou à casa alegre como um pássaro. O pai quis saber se ele tinha feito uma boa
caçada. O menino mostrou-lhe com orgulho o frasco vazio:
— Muito boa – disse. — Estás a ver? Deixei fugir a borboleta mais bela do mundo.
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