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CONFORMIDADE AMBIENTAL COM REQUISITOS TÉCNICOS E LEGAISPós Graduação
POLÍTICAS PÚBLICAS AMBIENTAIS:POLÍTICA NACIONAL DE MUDANÇAS
CLIMÁTICAS
Maria Fernanda P. GarciaDra. Jussara Lima Carvalho
ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO
• HISTÓRICO GERAL
• DEFINIÇÕES E CONCEITOS
• BASE CIENTÍFICA – MODELOS
• CENÁRIOS GLOBAIS E REGIONAIS
• NEGOCIAÇÕES INTERNACIONAIS
• POLÍTICA NACIONAL DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS
• POLÍTICA ESTADUAL DE MUDANÇAS CLIMATICAS – SP
• VIDEO
Video – desastres naturais
• Periodo de 2004 a 2010• 2010 – São Luiz do Paraitinga• 2011 – Petrópolis – RJ• 2014 – Itaoca – SP• 2016 – 22% dos municípios brasileiros situação
emergência ou calamidade pública
• Até agora um pouco mais de 1◦C
Perguntas à classe
• Importância das mudanças climáticas• Percepção da população sobre a importância• Percepção sobre as causas• Percepção sobre a atuação governamental
▫ Pesquisas (Pew Research 2015 e Data Folha 2015)
Definições e conceitos▫ Clima – complexo sistema que está em constante mudança em
decorrência de processos naturais como variações de órbita,erupções vulcânicas, e alterações de radiação solar. Grandevariabilidade que ocorre em intervalos que vão de estações aséculos.
▫ Mudança do clima é aquela que possa ser direta ouindiretamente atribuída à atividade humana que altere acomposição da atmosfera mundial e que se some àquelaprovocada pela variabilidade climática natural observadaao longo de períodos comparáveis (Art. 2 Lei 12.187/2009).
▫ Efeito Estufa – processo natural – após absorver a energiasolar, a terra emite calor no espaço e parte desse calor é absorvidapelos gases presentes na atmosfera.
Conceitos▫ Mitigação – abrandamento dos efeitos de um determinado impacto externo
sobre um sistema, aliado a precauções e atitudes para a eliminação dessainterferência, que significa, em termos de clima, a intervenção com objetivode reduzir alguns fatores antropogênicos que contribuem para sua mudança.
▫ Adaptação – Iniciativas ou medidas capazes de reduzir a vulnerabilidade desistemas naturais e da sociedade aos efeitos reais ou esperados das mudançasclimáticas;
▫ Capacidade de Adaptação - grau de susceptibilidade de um sistema aosefeitos adversos da mudança do clima, inclusive a variabilidade climática eseus eventos extremos.
• IPCC – 1988 – reconhecimento da ONU – relação entre ações antrópicas, associadas às emissões de GEE e as mudanças climáticas –ECO 92 – Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (RESPOSTA GLOBAL)
•• Conferências das Nações Unidas sobre Mudança do Clima - COP
PRINCIPAIS FONTES• Concentração de CO₂ = 278ppmv – pré industrial• 2005 = 379 ppmv (IPCCa, 2007)• Atualmente =430 ppm
Queima de combustíveis fósseis, nas atividades industriais e transportes e às alterações no uso e ocupação da terra, ocasionadas,
principalmente pelo desmatamento.5 Setores: Energia, Indústria, Agropecuária, Mudança do Uso do Solo e Florestas, e Resíduos
Brasil – 4ª posição no ranking dos países maiores emissores de GEE
• Nos modelos climáticos globais (Global Climate Models – GCM), o globo terrestre é dividido
horizontalmente em uma grade, com células da ordem de 100 a 300 km que abrangem toda a superfície
do planeta, a atmosfera e os oceanos;
• Para observar como as mudanças climáticas ocorrem em
escala mais detalhada é necessário aumentar a resolução
espacial possibilitando a representação de características,
como a região costeira e as montanhas, e de processos
atmosféricos de menor escala;
• Para isso, usam-se técnicas de downscaling, ou seja, de
redução da escala da grade, chegando em células de 20 a
50km. O INPE está desenvolvendo estudos para células de
até 5 km.
Fonte: Brasil 2040, 2016
Modelos Climáticos Globais e Regionais
Média global da concentração de GEE- Determinada a partir de testemunhos de gelo(pontilhado) e mediçõesatmosféricas diretas(linhas).
Emissões de CO2 antropogênicas globais
combustíveis fósseis, cimento e queimador
Silvicultura e outrasmudanças de uso da terra
Fonte: IPCC, 2014
Mudanças Observadas no Sistema ClimáticoBase Científica
Média global combinadadas anomalias da temperatura terrestre e da superfície dos oceanos -período de 1986 a 2005;- cores indicam diferentesconjuntos de dados.
Média global demudança no nível domar- Período de 1986 à2005.
Fonte: IPCC, 2014
Mudanças Observadas no Sistema Climático
Base Científica
• Temperaturas médias globais sobem no século 21 em todos os cenários de emissões avaliados. É
muito provável que ondas de calor durem mais e ocorram com mais frequência, e que eventos
extremos de precipitações se tornem mais intensos e mais frequentes em muitas regiões.
• O oceano irá continuar a aquecer e se acidificar, e a média global do nível do mar irá subir.
• Mas esses efeitos não serão distribuídos igualmente por todo o globo.
Fonte: IPCC, 2014
Cenários Globais Alterações Projetadas para o Sistema Climático Global
Cenários Globais Alterações Projetadas para o Sistema Climático Global
Anomalia de Temperatura
• Na Figura são mostradas as anomalias de temperatura média (°C) para os períodos 2011-2040
(a), 2041-2070 (b) e 2071-2100 (c), simuladas pelos modelos para os dois cenários RCP4.5 e
RCP8.5.
• Para os três períodos, as simulações mostram o centro-oeste do Brasil com anomalias de
temperatura maiores do que as demais regiões do país e o terceiro período, de 2071-2100,
indica anomalias superiores a 6°C para o RCP 8.5 o Brasil em todo Brasil.
Fonte: Brasil 2040, 2016
Cenários Regionais
Anomalia de Preciptação
• Na Figura são mostradas as anomalias de precipitação média anual (%) para os períodos 2011-2040 (a), 2041-2070 (b) e 2071-2100, (c) simuladas pelos modelos para os cenários RCP4.5 e RCP 8.5.
• Para os três períodos, as simulações mostram o extremo sul do Brasil com anomalias positivas e as demais regiões do país com anomalias negativas. No período de 2071-2100, destaca-se um período mais seco na maior parte do Brasil, principalmente no litoral das regiões Nordeste e Sudeste do país.
Cenários Regionais
PRINCIPAIS ACORDOS INTERNACIONAIS ▫ LINHA DO TEMPO▫ 1988 – Criação do IPCC
1990 – Primeiro Relatório do IPCC1992 – ECO 92 –
principal resposta global: Convenção da ONU sobre M.C.1997 – COP 3 - KYOTO2004 – COP 10 - Implantação Plano de Prevenção ao Desmatamento Br. 2005 – COP 11 -Montreal - entrada em vigor do Protocolo de Kyoto2009 – COP 15 Copenhague – anuncio do Brasil – meta
voluntária – PNMC (e PEMC)2010 – COP 16 - Decreto Br e SP - COP 16 – Brasil2012 – COP 18 - Menor Taxa de desmatamento do Brasil2014 – COP 20 - Lima2015 – COP 21- Paris – INDC´s - Acordo de Paris
COP – 21
COP 21 – Acordo de Paris• Missão: chegar a um novo acordo para substituir Kyoto
após 2020
• Pacote adotado em Paris, com 195 países:
▫ 1. Temperatura � Conter o aumento da temperatura média global a valores
menores que 2º C (níveis pré industriais)� Esforços para manter em 1,5º C (países insulares)� Longo prazo: que o pico das emissões seja atingido o
mais rapidamente possível
COP 21 – Acordo de Paris
� 2. INDC – Contribuições Nacionais Determinadas Pretendidas� Somatória das INDCs – não suficiente;� 2018 – Primeira Avaliação – deverá ser proposta
revisão;� 2023 –Primeira Revisão – a cada 5 anos.
� 3. Financiamento� Países desenvolvidos aportar US$ 100 bilhões/ano para
países em desenvolvimento a partir de 2020.
COP 21 – Acordo de Paris• Recursos financeiros:
Para facilitar a transferência de recursos financeiros aos países em desenvolvimento, a Convenção estabeleceu mecanismos operacionais como o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e o Fundo Verde para o Clima (GFC).
O GEF foi então estabelecido pelo Banco Mundial, pelo Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD) e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), para prover recursos a fundo perdido para projetos dos países em desenvolvimento que gerem benefícios ambientais globais, não apenas na área da mudança do clima, mas também sobre biodiversidade, proteção da camada de ozônio e recursos hídricos internacionais.
O Fundo Verde do Clima (GCF) apoia os países em desenvolvimento na promoção da mitigação da mudança do clima e da adaptação aos seus efeitos.
O Fundo deve alcançar US$ 100 bilhões por ano até 2020, conforme os compromissos assumidos pelos países desenvolvidos.
COP 21 – Acordo de Paris• Entre os compromissos assumidos por todas as Partes, incluem-se:
- elaborar inventários nacionais de emissões de gases de efeito estufa;
- implementar programas nacionais e/ou regionais com medidas para mitigar a mudança do clima e se adaptar a ela;
- promover o desenvolvimento, a aplicação e a difusão de tecnologias, práticas e processos que controlem, reduzam ou previnam as emissões antrópicas de gases de efeito estufa;
- promover e cooperar em pesquisas científicas, tecnológicas, técnicas, socioeconômicas e outras, em observações sistemáticas e no desenvolvimento de bancos de dados relativos ao sistema do clima;
- promover e cooperar na educação, treinamento e conscientização pública em relação à mudança do clima.
COP 21 – Acordo de Paris• Os países desenvolvidos encarregaram-se, ainda, dos
seguintes compromissos específicos:
- adotar políticas e medidas nacionais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e mitigar a mudança do clima;
- transferir recursos tecnológicos e financeiros para países em desenvolvimento;
- auxiliar os países em desenvolvimento, particularmente os mais vulneráveis à mudança do clima, na implementação de ações de adaptação e na preparação para a mudança do clima, reduzindo os seus impactos.
22/04/2016Assinatura do AcordoSede da ONU - NY
Próximos Passos• Após a assinatura do Acordo, ele precisa ser submetido, a "ratificação,
aceitação ou aprovação” dentro de cada país.
• Desfeito o nó• Isso significa que, em países como os Estados Unidos --onde o Congresso de
maioria republicana resiste em aprovar medidas de corte de emissão, as decisões podem ser implementadas por decretos presidenciais ---sem a aprovação de leis no sentido estrito, envolvendo decisões do poder legislativo.
• Esse subterfúgio jurídico desfaz um nó que durou décadas na negociação do acordo do clima, com a União Europeia, o Brasil e outros grandes emissores exigindo um acordo "legalmente vinculante", e os EUA se esquivando.
• Entra em vigor 30 dias após 55 países com 55% das emissões mundiais ( ~ 4 anos ) enviarem suas ratificações à ONU
ENTRA EM VIGOR 04 NOV 2016 COP 22 (CONSOLIDAR ANTES DE 8/11!!!!
Política Nacional de Mudanças Climáticas - LEI Nº 12187/2009
• Sancionada logo após a COP-15 em 29.dez.2009• 2 objetivos permanentes:
▫ 1. Reduzir as emissões antropogênicas de GEE e reforçar sumidouros de carbono no território nacional;
▫ 2. Definir e implementar medidas que promovam a adaptação à mudança climática por comunidades locais, municípios, estados, regiões e setores econômicos e sociais, especialmente aqueles que são mais vulneráveis aos efeitos adversos do clima.
Política Nacional de Mudanças Climáticas - LEI Nº 12187/2009
▫ Os princípios, objetivos, diretrizes, e instrumentos das políticas públicas e programas governamentais deverão, sempre que aplicável, compatibilizar-se com os princípios, objetivos, diretrizes, e instrumentos da política nacional sobre a mudança do clima.
▫ § único – Os Programas e Ações do Governo Federal que integram o Plano Plurianual deverão observar o caput
Política Nacional de Mudanças Climáticas - LEI Nº 12187/2009
• Art. 3º - Princípio: da precaução, da prevenção, da participação cidadã, do desenvolvimento sustentável e o das responsabilidades comuns, porém diferenciadas.
• Art. 5º - Dentre as diretrizes, estabeleceu-se:
▫ A obrigação de todos, coletividade e poder público, de atuar em benefício das presentes e futuras gerações, para a redução dos impactos decorrentes das interferências antrópicas sobre o sistema climático;
▫ A obrigação de serem tomadas medidas para prever, evitar ou minimizar as causas da mudança climática com origem antrópica no território nacional.
▫ A condição imposta para tanto é a de que haja razoável consenso por parte dos meios científicos e técnicos sobre o assunto.
Política Nacional de Mudanças Climáticas - LEI Nº 12187/2009
▫ As medidas para execução da PNMC é de que as ações nacionais devem ser integradas com ações estaduais e municipais.
▫ Art. 6º - INSTRUMENTOS▫ Os instrumentos podem ser:▫ Institucionais, econômicos e técnico-científicos.
Art. 6º - INSTRUMENTOS• Institucionais:
▫ Plano Nacional sobre Mudança do Clima; (2008)▫ Fundo Nacional sobre Mudança do Clima;
� Plano Nacional de Adaptação Climática;� Planos Setoriais;
▫ Planos de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento nos biomas;▫ Comunicação Nacional à Convenção Quadro da ONU sobre Mudança do
Clima;� Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima;
▫ As resoluções da Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima ;▫ Fórum Brasileiro de Mudança do Clima;▫ Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais;▫ As dotações específicas para ações em M.C., no orçamento da União;▫ Medidas existentes ou a serem criadas que estimulem o desenvolvimento de
tecnologias para mitigação e adaptação;
Art. 6º INSTRUMENTOS
• ECONÔMICOS▫ Medidas Fiscais e Tributárias – para estímulo da
redução das emissões, remoção de emissões e ações/programas de adaptação – ( isenções, compensações e incentivos, linhas de crédito e financiamento específicas de agentes financeiros públicos e privados)
Art. 6º INSTRUMENTOS• TÉCNICO-CIENTÍFICO
▫ Registros, inventários, estimativas, avaliações e quaisqueroutros estudos de emissões de GEE e de suas fontes;
▫ Bases de informação e dados de entidades publicas eprivadas;
▫ Monitoramento climático nacional, indicadores desustentabilidade, estabelecimento de padrões ambientais ede metas, quantificáveis e verificáveis, de remoção de GEE;
▫ Avaliação de impactos ambientais sobre o micro e o macroclima;
▫ As medidas de divulgação, educação e conscientização.
Decreto 7.390 Plano Nacional sobre Mudanças do Clima
Instrumentos Institucionais
• Incentivar o desenvolvimento e aprimoramento de ações de mitigação no Br;
• Criar condições internas para lidar com os impactos das mudanças climáticas globais (adaptação)
• 4 eixos:▫ Oportunidades de mitigação;▫ Impactos, vulnerabilidades e adaptação;▫ Pesquisa e desenvolvimento;▫ Educação, capacitação e comunicação.
Decreto 7.390 Plano Nacional sobre Mudanças do Clima Instrumentos
Institucionais
• Decreto 7.390/2010: Planos Setoriais de mitigação e adaptação às mudanças climáticas:▫ Geração e distribuição de energia elétrica;▫ Transporte Público Urbano e nos sistemas modais de transporte
interestadual de cargas e passageiros;▫ Indústria da transformação, de bens de consumo duráveis, de
químicas fina e de base, de papel e celulose e de construção civil;
▫ Mineração;▫ Serviços de Saúde;▫ Agropecuária
PLANO DE ADAPTAÇÃO (Portaria 150/maio de
2016)
Objetivo geral –▫ promover a gestão e redução do risco climático no país frente aos efeitos
adversos associados à mudança do clima, ▫ de forma a aproveitar as oportunidades emergentes, ▫ evitar perdas e danos e ▫ construir instrumentos que permitam a adaptação dos sistemas naturais, ▫ humanos, produtivos e de infraestrutura.
▫ Para a efetiva adaptação, entende-se que a estratégia a ser implementada é a inserção da gestão do risco da mudança do clima nos planos e nas políticas públicas setoriais e temáticas existentes, bem como nas estratégias de desenvolvimento nacional, devendo observar os seguintes PRINCÍPIOS:
VISÃO: todos os setores de políticas governamentais, considerados vulneráveis aos impactos da mudança do clima, DEVEM TER estratégias para gestão do risco climático.
Princípios do PNACoordenação intergovernamental; Coordenação intragovernamental; Abordagem setorial, temática e territorial; Abrangência social, cultural, econômica e regional; Cobenefícios entre Adaptação e Mitigação; Incorporação da adaptação à mudança do clima no planejamento governamental;Embasamento das ações de Adaptação nos conhecimentos científico, técnico e tradicional; Fomento da Adaptação baseada em Ecossistemas (AbE) nas políticas públicas;Promoção de cooperação regional.
PNA• Estruturado em dois volumes:
▫ O Volume I - Estratégia Geral - apresenta e detalha os componentes estruturais do plano: base legal, objetivos, metas e governança.
▫ O Volume ll - Estratégias Setoriais e Temáticas - discute as principais vulnerabilidades do país frente à mudança do clima, apontando diretrizes para inserir a gestão do risco associado à mudança do clima visando incrementar a resiliência climática de 11 setores e temas: Agricultura, Biodiversidade e Ecossistemas, Cidades, Desastres Naturais, Indústria e Mineração, Infraestrutura (Energia, Transportes e Mobilidade Urbana), Povos e Populações Vulneráveis, Recursos Hídricos, Saúde, Segurança Alimentar e Nutricional e Zonas Costeiras.
Política Nacional sobre Mudança do Clima
Art. 12º - Compromisso Nacional Voluntário de Redução entre 36,1 e 38,9% das emissões projetadas para 2020 - ações necessárias para o cumprimento – decreto.
Projeção de Emissões em 2020 de 3,236 milhões ton CO2eq regulamentada pelo decreto nº 7.390/2010, subdividido em:
1 - Mudança do Uso da Terra: 1.404 milhões de ton CO2 eq;2 – Energia: 868 milhões de ton de ton CO2;3 – Agropecuária: 730 milhões de ton CO2 eq;4 – Processos Industriais e Tratamento de Resíduos: 234 milhões de ton CO2eq.
Decreto 7.390/2010• REDUÇÃO• 36,1% - redução de 1.168 milhões de tonCO2eq
• 38,9% - redução de 1.259 milhões de ton CO2eq
Ações nos Planos previstos:
I. Redução 80% nos índices anuais de desmatamento na Amazônia Legal (1996 a 2005);
II. Redução de 40% desmatamento no bioma Cerrado (96 – 05);III. Expansão da oferta hidroelétrica, de fontes alternativas renováveis;IV. Recuperação de 15 milhões de ha de pastagens degradadas;V. Ampliação do sistema de integração lavoura-pecuária-floresta em 4 milhões de há;VI. Expansão da prática de plantio direto na palha em 8 milhões de há.;VII. Expansão de fixação biológica de N em 5,5 milhões de há de áreas de cultivo, em
substituição ao uso de fertilizantes nitrogenados;VIII. Expansão do plantio de florestas em 3 milhões de há;IX. Ampliação do uso de tecnologias para o tratamento de 4,4 milhões de m³ de dejetos
animais;X. incremento da utilização na siderurgia do carvão vegetal originário de florestas
plantadas e melhoria na eficiência do processo de carbonização
Comunicação Nacional• A Comunicação Nacional é ferramenta importante para o cumprimento das obrigações do
Brasil na Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (UNFCCC).
• Um de seus componentes é o Inventário Nacional de Emissões Antrópicas e Remoções por
Sumidouro de Gases de Efeito Estufa não Controlados pelo Protocolo de Montreal, que
contempla os setores Agropecuária, Energia, Processos Industriais, Tratamento de
Resíduos, Uso de Solventes e outros produtos e, por fim, Uso da Terra, Mudança do Uso da
Terra e Florestas.
• A elaboração das Comunicações Nacionais é coordenado pelo MCTI e tem grande
importância para as discussões de políticas públicas e estratégias que garantam a mitigação
das emissões de gases de efeito estufa e de adaptação às mudanças climáticas.
Comunicação Nacional• A Comunicação Nacional do Brasil teve sua primeira edição submetida em 2004, a
segunda, em 2010, e a terceira em abril de 2016.
• Terceira Comunicação Nacional (TCN) do Brasil
apresenta os diferentes avanços que o país tem
promovido para implementar a Convenção do Clima, as
pesquisas em andamento para identificar
vulnerabilidades à mudança do clima, os esforços para
elaboração de planos nacionais que visam reduzir as
emissões de gases de efeito estufa, iniciativas que o
governo está realizando para conter o desmatamento,
melhorar a eficiência energética e os meios de produção
agrícola e pecuária.
Terceira Comunicação Nacional - TCN
Comunicação NacionalEvolução das emissões brasileiras de GEE em CO2e por diferentesmétricas
video
• Sirene• intervalo
INDC brasileira• 1.Redução de emissões de GEE:
▫ 37% até 2025 (base 2005)▫ 43% até 2030 (base 2005)
Para redução de GEE até 2030:� fortalecer o cumprimento do Código Florestal (todos
âmbitos: nacional, estaduais e municipais);� desmatamento ilegal zero + compensação das emissões
da supressão legal;� restaurar e reflorestar 12 milhões de ha de florestas para
múltiplos usos;� Ampliar a escala de sistemas de manejo sustentável de
florestas nativas.
INDC brasileira� Fortalecer o Plano de Agricultura de Baixo Carbono
(Plano ABC), com restauração adicional de 15 milhões de há de pastagens degradadas, e� Incremento de 5 milhões de há de sistemas de
integração lavoura-pecuária-florestas;� Aumentar a participação da bioenergia sustentável
na matriz energética (incluindo eólica, biomassa, solar e ganhos de eficiência no setor elétrico);
� No setor industrial – promover novos padrões de tecnologias limpas e ampliar medidas de eficiência energética e de infraestrutura de transportes públicos em áreas urbanas.
INDC brasileira
• Elogiada comunidade internacional• Criticada entidades ambientalistas• (www.observatoriodoclima.eco.br)• Reconhece explicitamente governos
subnacionais
Exemplo de política publica
• Cemadem video
PEMC – Política Estadual de Mudanças Climáticas Lei 13.798/2009 (nov)
• Proclima• Objetivo: Disciplinar as adaptações
necessárias aos impactos derivados dasmudanças climáticas, bem comocontribuir para reduzir a concentração dosgases de efeito estufa na atmosfera.
Decreto 55.947/2010
• Art. 5º - Comitê Gestor da PEMC• Acompanhar a elaboração e a implementação dos
planos e programas instituídos – 12 membrosinstituídos pelo governador do estado:
• Casa Civil, Meio Ambiente, Transportes Metropolitanos, Transportes, Gestão Pública, Fazenda, Economia e Planejamento, Desenvolvimento, Agricultura e Abastecimento, Saneamento e Energia, Habitação e Saúde.
Art. 7º - Conselho Estadual de Mudanças Climáticas• Caráter consultivo;• Acompanhar a implantação e fiscalizar a execução da PEMC;• Composição tripartite: representantes dos estados, dos municípios e
da sociedade civil.• Será o representante do ESP no Fórum Brasileiro de Mudanças
Climáticas• Governador – presidente, SMA – vice presidência e secretaria
executiva, cimitê Gestor da Política Estadual MC – assessoria técnica.
• 42 membros. Representação de municípios ( regiões metropolitanas e por bacias hidrográficas
Conselho... continua• Composição:• 14 órgãos e entidades governamentais;• 14 representantes municipais: prefeitos de municípios sede de
regiões metropolitanas de SP, Campinas, Baixada Santista. Os demais eleitos por grupos de CBH.
• 14 representantes da sociedade civil – 5 representantes de federação de empresas, comércio e agricultura, indústrias, 1 de universidades (USP/UNESP/UNICAMP), 1 FAPESP, 1 ABRACE, 1 universidades privadas, 3 entidades ambientalistas
Art 16º Comunicação Estadual▫ Coordenação da elaboração: Proclima▫ Periodicidade 5 anos▫ I - Inventário : Energia, Processos Industriais, Uso de solventes e
outros produtos, Agropecuária, Resíduos;▫ II - mapa com avaliação de vulnerabilidades e necessidades de
prevenção e adaptação aos impactos causados pela mudança do clima;
▫ III - Planos de Ação específicos para o enfrentamento do problema (prevenção, mitigação e adaptação);
▫ A coordenação dos trabalhos setoriais – cada Secretaria de Estado responsável;
▫ Os Planos setoriais deverão estimar as potenciais reduções de emissão de GEE
Art 18º - Avaliação Ambiental Estratégica• Devem ser propostas pela Secretaria de Economia e Planejamento em
conjunto com a Secretaria responsável.• SMA – acompanhamento técnico e suporte• Análise integrada dos impactos ambientais e socio-econômicos
advindos dos empreendimentos humanos, considerando-se a inter-relação e a somatória dos efitos ocasionados num determinado território, com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentavelem sues pilares, ambiental, social e econômico.
• Periodicidade: quinquenal • Análise sistemática as consequencias ambientais de políticas, planos, e
programas publicos e privados, frente aos desafios das mudanças climáticas.
• Art 22º- Todos os órgãos da administração direta e indireta deverão considerar as recomendações da AAE quando da elaboração de suas políticas, planos e programas.
• Art 23º -ZEEInstrumento basico e referencial para o planejamento ambiental e a gestão do processo de desenvolvimento.
Art 30º – Dos Padrões de Desempenho AmbientalArt 32º- Licenciamento Ambiental e padrões de referência de emissão
PLANOS SETORIAIS e PROGRAMAS• Plano Estadual de Inovação Tecnológica e Clima;• Programa Estadual de Construção Civil Sustentável; Plano Estadual
de Energia - ok• Plano Estadual de Transporte Sustentável;• Plano Estratégico para Ações Emergenciais e Mapeamento de Áreas
de Risco - ok• Programa de Educação ambiental sobre Mudanças Climáticas;• Programa de Incentivo Econômico à Prevenção e Adaptação às M.C.
e de Crédito à Economia Verde em elaboração.• Programa de Remanescentes Florestais;• Da Gestão de Recursos Hídricos -
• Em cumprimento a Política Estadual de Mudanças Climáticas
(PEMC) a CETESB coordena a elaboração do Inventário Estadual de
GEE que é parte da Comunicação Estadual;
• De acordo com o Inventário
Estadual, as emissões de GEE no
estado de São Paulo, em 2005,
representavam aproximadamente
6,5% das emissões brasileiras no
mesmo ano.
Fonte: CETESB, 2011
Comunicação Estadual
Emissões de GEE em 2005
Inventário Estadual de GEE
Emissões de GEE no Estado de São Paulo
Setor da Agropecuária, 2008
Fonte: CETESB, 2011
Inventário Estadual de GEE
Emissões de GEE no Estado de São Paulo
Setor de Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos, 2008
Resíduo Aterrado
69%Resíduo
Incinerado0%
Efluente Doméstico
18%
Efluente Industrial
13%
Fonte: CETESB, 2011
Inventário Estadual de GEE
Emissões de GEE no Estado de São Paulo
Setor de Processos Industriais e Uso de Produtos, 2005
Fonte: CETESB, 2011
• O Inventário de GEE do estadode São Paulo aplica aAbordagem de Referência (TopDown).
• Os Inventários de GEEelaborados pelo setor industriale entregues a CETESB, ematendimento a DD254/2012/V/I, utilizammetodologias com AbordagemSetorial (Bottom-up).
Inventário Estadual de GEE
Emissões de GEE no Estado de São Paulo - Setor de Energia -
Abordagem de Referência (Top Down)
Fonte: CETESB, 2011
Inventário Estadual de GEE
Emissões de GEE no Estado de São Paulo
Setor de Energia - Abordagem Setorial (Bottom-up)
Emissões de CO2 do Setor de Energia porSubsetor em 2005 (71.136 Gg)
Emissões de CO2 do Setor de Energia porSubsetor em 2008 (77.233 Gg)
Fonte: CETESB, 2011
Inventário Estadual de GEE
Desafios
• O Brasil precisa melhorar sua governança em mudanças climáticas – assunto cada vez mais importante nacional e internacionalmente.
• Internamente – MCTI e MMA• Externamente - desejável suporte às políticas estaduais e
municipais na área, entre outros• Enfrentar o tema dos investimentos previstos em
combustíveis fósseis• Rever estratégia no médio prazo investir, incentivar e acelerar
pesquisas e estudos e trabalhos sobre adaptação e mitigação, tendo por base a rapidez dos acontecimentos e, consequentemente, frente às perdas sociais, econômicas e ambientais agregadas.
No Brasil aproximadamente 85% das pessoas vivem em cidades. • Consomem 76% da energia mundial e respondem por 76% das emissões globais de gases de efeito estufa* • Cidades são fontes de conhecimento, cultura e dinamismo. • Cidades devem ser seguras, produtivas, baixo emissoras de carbono e eficientes energeticamente Pode-se dizer que deve haver objetivos globais para todos, mas as soluções terão que ser locais.
Urbanização acelerada
Referências• Brasil 2040, 2015. Resumo Executivo – Brasil 2040. Brasília, 2015.
• CETESB. 1º Inventário de Emissões Antrópicas de Gases de Efeito Estufa Diretos e Indiretos do Estado deSão Paulo: Comunicação Estadual. São Paulo: CETESB, 2011. Disponível em:http://inventariogeesp.cetesb.sp.gov.br/inventario-esp/1o-inventario-de-emissoes-antropicas-de-gases-de-efeito-estufa-diretos-e-indiretos-do-estado-de-sao-paulo-periodo-1990-a-2008-2/
• FUNCATE. Emissões e Remoções do Setor Uso da Terra, Mudança do Uso da Terra e Florestas (2008 a2011): Inventário de Emissões Antrópicas de GEE Diretos e Indiretos do Estado de São Paulo. São Paulo:CETESB, 2015. Disponível em: http://inventariogeesp.cetesb.sp.gov.br/materiais-de-apoio/publicacoes/inventarios-sao-paulo/emissoes-e-remocoes-do-setor-de-uso-da-terra-mudanca-do-uso-da-terra-e-florestas-2008-a-2011/
• IPCC, 2014. Climate Change 2014: Synthesis Report – Summary for Policymakers. Cambridge: CambridgeUniversity Press. Disponível em: http://www.ipcc.ch/pdf/assessment-report/ar5/syr/SYR_AR5_FINAL_full_wcover.pdf
• Terceira Comunicação Nacional do Brasil à Convenção quadro das Nações Unidas sovre Mudanças do Clima, 2016
• TRENNEPOHL, N. Mudanças Climáticas: Os desafios da Implementação da Política Nacional. Disponível emDisponível:<http://www.neomondo.org.br/index.php?option=com_content & view=article&id=627:mudancas-climaticas-os-desafios-da-implementacao-da-politica nacional&catid=87:artigos&Itemid=89
• Obrigada!!!
• jlcarvalho@cetesb.sp.gov.br
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