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CAPÍTULO 2 - AGREGADOS MACROECONÔMICOS E IDENTIDADES CONTÁBEIS
Professor Rodrigo Nobre Fernandez
Pelotas2015
Contabilidade SocialCarmen Feijó … [et al.] – 4ª edição
Introdução
• O objetivo deste capítulo é apresentar os pricipais agregadosmacroeconômicos, as três formas de mensuração do Produto, valorescorrentes e constantes, identidades contábeis
• Os principais agregados das contas nacionais são as medidas de produto,renda e despesa
• Estas medidas universalmente utilizadas representam uma síntese doesforço produtivo de um país num determinado período, revelando váriasetapas da atividade produtiva
• As identidades contabéis formam um conjunto de equações que nãoestabelecem relações de causualidade entre si
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Agregados MacroeconômicosProduto Interno e as Óticas de mensuração do produto
A medida do PIB de um país ou região representa a produção de todas asunidades produtoras da economia num dado período a preços de mercado
Empresas públicas e privadas produtoras de bens e prestadoras deserviços trabalhadores autonômos, governo e etc...
Importante: considerar o que é produção do ponto de vista das contasnacionais. O manual das Nações Unidas de 2008 inclui a fronteira deprodução:
Produção de bens e serviços voltados para o mercado;
Produção de bens e serviços pelo governo e instituições sem finslucrativos
Produção de bens para autoconsumo das famílias
Produção de bens de capital pelas firmas para consumo próprio
Produção de serviços pessoais e domésticos quando remunerados eos serviços de habitação pelos proprietários ocupantes
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• O PIB é medido a preços de mercado
• Portanto o que é contabilizado como produção são as transaçõeseconômicas com valor de mercado
• A valoração com unidades monetárias permite que sejam agregadasquantidades heterogêneas da produção
• Exemplo
• Vamos considerar a produção de uma firma que produz um único bem,montando peças que adquire de outras firmas. Suponha que a produçãode 500 unidades/ano são todas vendidas ao preço unitário de R$ 2,00.
Produto Interno e as Óticas de mensuração do produto
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Produto Interno e as Óticas de mensuração do produto
Valor de Produção (500 un x R$ 2,00) R$ 1.000,00
Despesas Operacionais R$ 800,00
Pagamento de salários R$ 500,00
Custo das matérias-primas R$ 300,00
Lucro R$ 200,00
Para chegar na contribuição da firma da firma ao produto interno bruto,devemos descontar do valor de produção o que foi adquirido de outrasfirmas, pois o que importa é a produção final de cada firma
5
Produto Interno e as Óticas de mensuração do produto
A medida relevante para avaliar o esforço produtivo de um país é o valoradicionado ou valor agregado, que é a soma do que cada firma agrega devalor no seu processo de produção
Suponha que a firma seja integrada verticalmente, no qual produz grandeparte de seus insumos que utiliza na produção de seu produto final
A contribuição da firma no PIB será obtida pelo seu valor deprodução de seu produto final descontado as compras de bensintermediários (insumos) feitas de outras firmas
Os insumos nos quais ela produz e utiliza no processo deprodução própria não são descontados para o cálculo dacontribuição final ao PIB
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Produto Interno e as Óticas de mensuração do produto
Suponha que a firma não seja integrada verticalmente, ou seja, elaadquire todos os insumos nos quais utiliza no processo de produção deoutras firmas fornecedoras
A contribuição da firma no PIB será obtida pelo seu valor deprodução de seu produto final descontado as compras debens intermediários (insumos) feitas de outras firmas
Neste caso será menor do que no primeiro, pois serãodescontados do valor de produção todas as despesas com acompra de insumos
Observe, no entanto, que o valor de produção das firmas no primeiro e nosegundo exemplo são idênticos, o que muda é a contribuição de cada firmano PIB da economia
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Produto Interno e as Óticas de mensuração do produto
Nas contas nacionais para se chegar ao PIB, soma-se o valor adicionado detodas as unidades produtoras da economia
Essa forma de mensurar o PIB é denominada ótica do produto
n
i
n
i
n
i
insumosvalorVPVAPIB111
No exemplo: R$ 1.000,00 – R$ 300,00 = R$ 700,00
Como vimos no fluxo circular da renda toda a produção gera um fluxo derenda
Podemos medir o PIB também somando a remuneração de todos os fatoresde produção
Retomando o exemplo...
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Produto Interno e as Óticas de mensuração do produto
Valor de Produção (500 un x R$ 2,00) R$ 1.000,00
Despesas Operacionais R$ 800,00
Pagamento de salários R$ 500,00
Custo das matérias-primas R$ 300,00
Lucro R$ 200,00
Neste caso, somamos R$ 500,00 de pagamento de salários a R$ 200,00 delucro como remuneração do fator capital
VA = R$ 500,00 + R$ 200,00 = R$ 700,00
Também vimos no fluxo circular da renda que o produto gerado tem apenasum destino: ou é gasto corrente (consumo) ou gasto em formação de capital(investimento)
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Produto Interno e as Óticas de mensuração do produto
Assim o PIB pode ser obtido pela soma de todos os gastos em consumo debens e serviços nacionais ou importados e em investimentos para aampliação da capacidade produtiva ou manutenção de equipamentos
Em resumo, os fluxos de produção, geração de renda e despesa em umperíodo, geram 3 formas de cálculo do Valor Adicionado Bruto ou ProdutoBruto de uma economia a preços de mercado
Ótica do produto: Valor da produção – Valor dos consumosintermediários
Ótica da renda: Soma das remunerações dos fatores de produção
Ótica da despesa: Somas dos gastos finais na economia em bense serviços. Esse gasto pode ser destinado a consumo ou emformação de capital (investimento).
A medição deve ser idêntica pelas três óticas
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Produto Interno per capita
O PIB per capita é um indicador síntese de padrão de vida e dedesenvolvimento econômico dos países
É uma medida bastante utilizada em comparações entre países e regiõespara se classificar as economias segundo o tamanho do PIB per capita
n
PIBPIB capitaper
n = residentes do país
Essa medida pode não ser considerada representação satisfatória do nívelde qualidade de vida e consequentemente do grau de desenvolvimento deum país ou região. Por quê?
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Renda Nacional Bruta - RNB
O PIB, avaliado pela ótica do produto, mede o total do valor adicionadoproduzido por firmas operando no país, independentemente da origem doseu capital
O PIB mede o total da produção ocorrendo no terrítório do país
A RNB é o agregado que considera o VA gerado pelas fatores de produçãode propriedade de residentes.
Em economias abertas, há fatores de produção de origem estrangeira(capital e trabalho) produzindo no país e fatores de produção depropriedade de residentes no país produzindo fora dele
Assim este agregados diferenciam-se quanto à abrangência territorial
Vamos retomar nosso exemplo supondo que a firma seja composta debrasileiros e argentinos
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Renda Nacional Bruta - RNB
Valor da Produção R$ 1.000,00
Despesas Operacionais R$ 800,00
Pagamento de salários R$ 500,00
Brasileiros R$ 400,00
Argentinos R$ 100,00
Custo das matérias-primas
(nacional e importada) R$ 300,00
Receita Líquida de vendas R$ 200,00
paga a brasileiros R$ 100,00
paga a argentinos R$ 100,00
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Renda Nacional Bruta - RNB
Sabemos que a contribuição desta firma no PIB é de R$ 700,00
Para chegarmos na RNB devemos considerar a remuneração dos fatoresde produção dos residentes:
RNB = R$ 400,00 + R$ 100,00 = R$ 500,00
Passando o PIB para RNB devemos descontar do PIB o pagamento efetuado a fatores de produção estrangeiros
PIB = R$ 1.000,00 – R$ 300,00 = R$ 700,00
RNB = R$ 700,00 – (R$ 100,00 + R$ 100,00) = R$ 500,00
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Renda Nacional Bruta - RNB
Podemos definir um valor que exprime o saldo (recebimento menospagamento) das remunerações a fatores de produção (dividendos, juros,lucros, royalties, aluguéis e salários) envolvendo as transaçõesinternacionais de um país
Caso o saldo seja positivo RNB = PIB + RLR
Importante: neste caso RNB > PIB
Caso o saldo seja negativo RNB = PIB – RLEE
Importante: PIB > RNB
A RLEE trata de um valor adicionado no país, mas que é transferido parafora.
Assim o conceito de interno inclui a RLEE e o de Nacional exclui a RLEE
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Renda Nacional Disponível Bruta (RND) e Renda Privada Disponível (RPD)
A Renda Nacional Bruta (RNB) engloba as rendas dos setores público eprivado da economia e as transferências de recursos entre o país e o restodo mundo
O conceito de Renda Nacional Disponível difere do de Renda Nacional porconsiderar o saldo das transferências correntes recebidas e enviadas aoexterior
São considerados transferências correntes (TUR) toda a movimentação derecursos entre agentes econômicos e países, sem a contrapartida com oprocesso de produção
A RND corresponde ao que os indivíduos têm para gastar efetivamente oupara poupar
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Renda Nacional Disponível Bruta (RND) e Renda Privada Disponível (RPD)
Então, podemos escrever...
RND = RNB + TUR
RND = C + SD
onde
C = total das depesas com consumo
SD = total da poupança doméstica (poupança bruta)
Logo, podemos considerar
PIB = RND + RLEE – TUR
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Renda Nacional Disponível Bruta (RND) e Renda Privada Disponível (RPD)
A RND pode ser dividida em renda do governo, das empresas privadas(financeiras e não-financeiras) e das famílias (consumidores ou produtoras)
Assim, definimos a Renda Líquida do Governo (RLG) como:
n
ii
n
ii
n
ii
n
ii transfsuboutrecimpRLG
1111
Subtraindo a RLG da RND obtemos a Renda Privada Disponível (RPD) queé composta pela soma de
Salários
Juros, lucros e aluguéis pagos a indivíduos
Transferências pagas a indivíduos, menos impostos sobre renda epatrimônio
Lucros retidos nas empresas e reserva para depreciação
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Renda Nacional Disponível Bruta (RND) e Renda Privada Disponível (RPD)
RND = RLG + RPD
onde
RLG = renda líquida do governo
RPD = renda privada disponível
Em uma economia fechada e sem governo Produto Interno, RendaNacional, Renda Nacional Disponível e Renda Diponível Privada, são iguais
Em uma economia fechada e com governo as estimativas de ProdutoInterno e Renda Nacional são idênticas
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Líquido x Bruto
Em nosso exemplo...
PIL = R$1.000,00 – R$ 310,00 = R$ 690,00
Valor de Produção (500 un x R$ 2,00) R$ 1.000,00
Despesas Operacionais R$ 810,00
Pagamento de salários R$ 500,00
Custo das matérias-primas R$ 300,00
Reservas para depreciação R$ 10,00
Lucro R$ 190,00
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PIB Real ou a Preços constantes de um ano determinado
A distinção entre agregados correntes e constantes é importante quando sepretende acompanhar a evolução ao longo do tempo
Portanto, é necessário se isolar o quanto do crescimento de um agregadose deu por força de variação no preço e quanto se deveu à variação dequantidade
Valores correntes são valores medidos aos preços médios do períodoconsiderado, por exemplo, se considerarmos o ano de 2014, os valorescorrentes serão representados como as quantidades transacionadas em2014 valoradas aos preços médios de 2014
O PIB a preços correntes é o valor do produto líquido medido ao preçomédio do ano corrente.
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PIB Real ou a Preços constantes de um ano determinado
Para que se observe a evolução do PIB corrente de um período de tempo aoutra devemos observar que há uma variação nas quantidadesconsideradas assim como nos preços
PIB a preços constantes é definido como o valor ao preço médio deum determinado ano e sempre se explicita qual o período consideradocomo referência.
Exemplo, PIB de 2002 a valores de 2001, ou seja, as quantidadetransacionadas em 2002 valoradas aos preços médios de 2001
A passagem do PIB a preços correntes do ano t para o ano t+1 a preçoscorrentes pode ser decomposa em dois fatores à variação
das quantidades transacionadas ou variação real
dos preços ou o Deflator do PIB
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PIB Real ou a Preços constantes de um ano determinado
Atualmente chama-se a variação associada a quantidade de variação emvolume (∆VOL)
A evolução de PIB corrente entre dois anos consecutivos, pode serrepresentada como:
tempreçosaosPIBRVOLPIB tttt 1,1
1,11 tttt PIBPRPIB
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PIB Real ou a Preços constantes de um ano determinado
Expressão para o cálculo da taxa de variação do índice de volume
A expressão para o cálculo da taxa de variação do Deflator do PIB
11001t
tt
PIB
PIBRVOL
PIBRt = PIB do ano t a preços constantes de t-1
PIBt-1 = PIB a preços correntes de t-1
1100
t
tt
PIBR
PIBDI
PIBt = PIB a preços correntes de t
PIBRt = PIB do ano t a preços constantes de t-1
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O Deflator do PIB representa a variação de preços mais abrangente naeconomia, pois sintetiza uma medida de preços de todos os bens e serviçosproduzidos
O Deflator contrasta com os índices de preços usualmente construídos, poisinsere a produção de todos os bens e serviços produzidos, enquanto osíndices utilizam uma cesta fixa de bens e serviços
PIB Real ou a Preços constantes de um ano determinado
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PIB Real ou a Preços constantes de um ano determinado
Exercício...
TABELA 4. Brasil: Produto Interno Bruto (R$ 1.000.000) e Taxa de variação em volume % e Deflator do PIB (%) (adaptado)
Fonte: IBGE, Sistema de Contas Nacionais, 2011
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PIB PIBR ∆VOL DeflatorValores Correntes Preços do ano anterior
2005 2.147.239 2.002.843 3.2 7.22006 2.369.484 2.232.2062007 2.661.344 2.513.8192008 3.032.203 2.798.9782009 1.941.498 3.022.205
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PIB Real ou a Preços constantes de um ano determinado
Exercício...
TABELA 4. Brasil: Produto Interno Bruto (R$ 1.000.000) e Taxa de variação em volume % e Deflator do PIB (%) (adaptado)
Fonte: IBGE, Sistema de Contas Nacionais, 2011
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PIB PIBR ∆VOL DeflatorValores Correntes Preços do ano anterior
2005 2.147.239 2.002.843 3.2 7.22006 2.369.484 2.232.206 4 6.12007 2.661.344 2.513.819 6.1 5.92008 3.032.203 2.798.978 5.2 8.32009 1.941.498 3.022.205 -0.3 7.2
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O PIB potencial é derivado do PIB em volume e pode ser estimado atravésde modelo teóricos macroeconômicos
Consiste numa estimativa do nível do PIB a preços constantes supondo aeconomia operando no seu potencial máximo
A comparação dá uma medida da pressão que o crescimento do produtoexerce sobre o nível de preços da economia
A diferença entre o produto observado e a estimativa do porduto potencial(PIB*) é chamada de hiato do produto
PIB < PIB* hiato negativo
PIB > PIB* hiato positivo
PIB Potencial e Hiato de Produto
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PIB Potencial e Hiato de Produto
29
PIB Potencial e Hiato de Produto
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Como vimos, a mensuração do esforço podutivo de um país ou região éavaliado pelo valor adicionado de todas as unidades produtivas a cadaperíodo
O produto bruto pode ser obtido por três formas: ótica do produto, da rendae da despesa.
Identidades Contábeis
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Ótica da produto: valor adicionado é calculado através da diferença entreo valor de produção destinado ao mercado interno e externo e osconsumos intermediários de bens e serviços nacionais e importados. Comgoverno, adiciona-se à produção os impostos líquidos de subsídios sobreprodutos
Ótica da despesa: é construído agredados que representam o consumofinal, inestimento (formação bruta de capital fixo – FBCF) e variações dosestoques mais o saldo das exportações sobre as importações de bens eserviços
Ótica da renda: totaliza-se pela remuneração dos fatores de produção –salários, juros, lucros aluguéis. Com governo, adiciona-se também osimpostos sobre produtos e a atividade, líquido de subsídios
Identidades Contábeis
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Na prática a identidade de produto, renda e despesa só se confirma seestivermos computando os valores agregados aos mesmo preços
As valorações podem ser feitas a preços básicos, a preços do produtor e apreços do consumidior (ou de mercado)
A mensuração a preços básicos equivale a considerar os preços na portada fábrica
Adicionando a este nível os impostos líquidos de subsídios sobre osprodutos, teremos a valoração a nível de preços do produtor
Adicionando as margens de comércio e transporte e os impostos sobre ovalor adicionado chega-se ao preço do consumidor
Valoração
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Supondo inicialmente uma economia fechada e sem governo, podemosescrever a identidade para a demanda pelo produto como:
Do mesmo modo, podemos escrever a identidade para expressar o uso darenda:
Igualando (1) e (2)...
Economia fechada e sem governo
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)1(pd ICY
Yd é o produto ou renda privada disponível (RPD)C são os gastos de consumo das famíliasIp são os gastos em investimentos privado
)2(SCY d
)3(pIS
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Em uma economia com governo precisamos ampliar o conceito de RendaPrivada para Renda Nacional Disponível
Yn é a renda nacional disponível (RND) que é composta pela renda privadadisponível (RPD) e a receita líquida do governo (RLG)
A identidade da demanda pelo produto (4) e uso da renda (5) pode serescritas respectivamente:
Igualando as identidades acima, temos:
Economia fechada e com governo
)5(
)4(
RLGSCY
GICYn
n
)6(GIRLGS
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Rearranjando (6) e definindo Sg = RLG – G , como a poupança do governotemos:
Por (6) vemos que em uma economia fechada e com governo osinvestimentos públicos e privados e os gastos correntes dasadministrações públicas devem ser financiados pela poupança privada epelas receitas líquidas do governo
Reescrevendo (6)...
Se RLG < G poupança do governo negativa (saldo em cc negativo)
Se RLG > G poupança do governo positiva (saldo em cc positivo)
Economia fechada e com governo
)6( aISS g
)6()( bRLGGIS
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Em uma economia aberta nosso conceito de Renda Nacional Disponível se torna em Renda Interna, ou PIB.
Relembrando...
Podemos chegar à RND, como:
Logo, associando as duas últimas expressões...
Economia aberta
RNBRLEEPIB
TURRNBRND
TURRLEERNDPIB
RNDTURRLEEPIB
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Lembrando...
Podemos definir a identidade da demanda (7) pelo produto e uso da renda (8), respectivamente, como:
Igualando (7) e (8), temos
Economia aberta
RLGSCRND
)8(
)7(
TURRLEERLGSCY
MXGICY nfnf
Xnf – Mnf saldo das exportações de bens e serviços de não fatores sobre as importaçõesde bens e serviços de não fatores (viagens internacionais, transporte, comunicação, seguros eserviços do governo)
)9(nfnf MXGITURRLEERLGS
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Reescrevendo (9) para explicitar o que cabe ao setor externo:
Definindo como SE a Poupança externa,
Por (10) vemos que um déficit em Transações Correntes no Balanço dePagamentos está associado a um excesso de investimento público e/ouprivado sobre a poupança privada e/ou a um déficit corrente do governo
Economia aberta
)10()()()( RLGGSITURRLEEXM nfnf
TURRLEEXMSE nfnf )(Exatamente igual ao saldo doBalanço de Pagamentos emTransações Correntes (comsinal trocado)
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Reescrevendo (10) para explicitar a igualdade entre poupança einvestimento...
Deste modo vemos que o investimento é financiado pela poupançadoméstica (S), poupança do governo (Sg) e mais a poupança externa (SE).
Economia aberta
ITURRLEEXMGRLGS nfnf )()(
ISESS g
40
Reescrevendo (10) para explicitar a relação entre a poupança doméstica eo saldo externo:
Ou alernativamente:
Temos que: Se SD>I então SCC>0 caso contrário SCC<0
Economia aberta
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SDSS g
SEISD
SCCISD
SCC = Saldo do Balanço dePagamentos em TransaçõesCorrentes
Quando um país apresenta déficits na conta de transações correntes diz-se que o mesmo absorve mais recursos do que produz. Retomando aequação (7):
Relembrando que a PIB –RLEE = RNB e RNB+TUR=RDB, portanto PIB-RLEE+TUR = RDB.
Desta forma, subtraímos RLEE e somamos TUR de ambos os lados daequação (7) e teremos:
Economia aberta
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nfnf MXGICY
(7.a) TURRLEEMXGICRDB nfnf
Em (7.a) definimos (C+I+G) como A que representa a absorção dométiscae lembrando que
Então teremos que:
Deste modo, quando RDB-A>0, então SCC>0, ou seja, a economiadoméstica é credora internacional. Caso contrário ela absorverá poupançaexterna.
Quando um país absorve poupança externa, o mesmo deve se desfazer deativos e/ou aumentar sua dívida externa para fazer face ao excesso dedespesa.
Economia aberta
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SCCARDB
SCCTURRLEEMXSE nfnf )(
Pela relação da poupança doméstica com o investimento, podemosdefinimos B como uma função de B = f(I,SCC)
Vamos tomar o diferencial total de B
Então teremos que:
Se tormaros a derivada de B em relação a X teremos:
Economia aberta – Notas sobre o Investimento
44
dSCCSCC
BdI
I
BdB
SCCISD
X
SCC
SCC
B
X
I
I
B
X
B
Recommended