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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4Cadernos PDE
VOLU
ME I
O PAPEL DO PEDAGOGO NA ORGANIZAÇÃO E NO ACOMPANHAMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO DAS LICENCIATURAS DE ENSINO
SUPERIOR NA ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA1
Autor: Adriane de Fátima Zeni2
Orientador: Maria Aparecida Zanetti3
Resumo
O objetivo do presente artigo é refletir sobre o papel do pedagogo da Escola de Educação Básica na organização e no acompanhamento do estágio supervisionado dos cursos de licenciatura do Ensino Superior. A partir de um referencial teórico sobre a função do pedagogo escolar e sobre as diferentes concepções de estágio, busca-se demonstrar que a inserção do estagiário nas práticas pedagógicas escolares não é mais uma das tantas atividades do pedagogo, mas sim, parte integrante da organização do trabalho pedagógico.
Palavras-chave: Função do Pedagogo; organização do trabalho pedagógico; formação de professores; estágio supervisionado.
Introdução
O pedagogo, muitas vezes, é uma espécie de coringa da escola. A ele são as
atividades que não possuem agente específico: faltou professor? o pedagogo
substitui; o diretor foi a uma reunião? o pedagogo fica responsável; precisa de
cópias? o pedagogo reproduz; briga no pátio? pedagogo resolve. Uniforme, sinal
sem bater, falta de funcionários, pichações, vandalismo, entradas atrasadas, saídas
antecipadas, cigarro, bebidas, drogas, furtos, conflitos (escolares ou extramuros), 1 Este artigo baseia-se em pesquisas teóricas e reflexões sobre a prática de uma escola estadual de Curitiba, fruto de um projeto vinculado ao Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) da Secretaria de Estado de Educação do Paraná.2 Especialista em Educação, Pedagoga, Colégio Estadual Paulo Leminski.3 Mestre em Educação, Pedagoga, UFPR.
intrigas (pessoais ou virtuais), problemas familiares e sociais: são problemas (sic) do
pedagogo.
Assim, não é novidade dizer que o pedagogo da Escola Pública de Educação
Básica tem uma sobrecarga de trabalho e pouco tem conseguido exercer o seu
papel de articulador do processo ensino-aprendizagem. Isso porque são destinadas
a este profissional todas as tarefas ligadas às questões organizacionais,
burocráticas, de legislação e disciplinares da instituição de ensino. E, no
emaranhado de todas estas atribuições, está também a organização do estágio de
alunos dos Cursos de Licenciatura e de Pedagogia do Ensino Superior. Tarefa esta,
que pode se tornar uma atividade a mais ao pedagogo, um fardo, ou um facilitador
do processo de organização do trabalho pedagógico, dependendo da forma como a
presença desses alunos é assumida pela escola.
O acompanhamento do estágio se torna um fardo ao pedagogo quando o
trabalho deste profissional se resume em receber o estagiário e encaminhá-lo ao
professor da disciplina específica; apresentar o projeto político-pedagógico;
preencher documentos e responder a uma entrevista. Porém, como é um momento
privilegiado de reflexão para o professor e para a equipe pedagógica da escola,
principalmente quando os professores e pedagogos falam de sua prática ao
estagiário e, assim, pensam sobre ela, o estágio pode ser um agente de inovação,
de reestruturação das práticas educativas.
A finalidade primeira do estágio é colaborar no processo de formação dos
licenciandos, para que estes, ao compreenderem e analisarem os espaços de sua
atuação, possam proceder a uma inserção profissional crítica, transformadora e
criativa, lembrando que, tanto professores quanto pedagogos, já estiveram na
condição de estagiários, no momento de sua formação superior e este aprendizado
foi fundamental no processo de tornar-se um profissional da educação.
Além disso, não é possível desconsiderar a contribuição que o estágio pode
trazer para a organização do trabalho pedagógico da escola. A reflexão feita pelos
educadores, o relato dos estagiários sobre as práticas vivenciadas e a produção
acadêmica realizada a partir do estágio, trazem um novo olhar sobre a realidade
escolar e podem apontar caminhos para a questões que precisam avançar e para
as práticas pedagógicas a serem superadas.
Sob essa perspectiva e tendo em vista a melhoria da qualidade do processo
ensino-aprendizagem, esta atividade tem um papel de relevância para o trabalho do
pedagogo e dos professores, pois oferece-lhes subsídios que podem contribuir para
o processo de formação que já acontece no interior da escola, cuja responsabilidade
é do pedagogo.
Nesse sentido, a intenção deste texto é refletir sobre o papel do pedagogo na
organização do trabalho pedagógico, com foco na formação de professores e na
inserção do licenciando que faz estágio na Escola Pública de Educação Básica.
O papel do pedagogo e a formação de professores
Levando em consideração que o pedagogo escolar é o responsável pela
organização do trabalho pedagógico, é necessária uma revisão bibliográfica sobre o
papel do pedagogo, uma vez que esta organização é necessariamente vinculada
aos saberes pedagógicos que devem dar suporte à formação do professor.
O pedagogo tem uma função social, política, humana e cultural. Segundo
Saviani (1985), o pedagogo escolar é aquele que domina sintética e intencionalmente as formas de organização dos processos de formação cultural que se dão no interior das escolas. (...) A Pedagogia significa também condução à cultura, isto é, processo de formação cultural. E Pedagogo é aquele que possibilita o acesso à cultura, organizando o processo de formação cultural. É, pois, aquele que domina as formas, os procedimentos, os métodos através dos quais se chega ao domínio do patrimônio cultural acumulado pela humanidade. Eis como a formação cultural vem a coincidir com a formação humana, convertendo-se o pedagogo, por sua vez, em formador de homens. (SAVIANI, 1985, p.28)
Segundo a Coordenadoria de Gestão Escolar da Secretaria de Educação do
Estado do Paraná (2009), o pedagogo é um profissional que pensa o papel da
escola historicamente e que media as relações pedagógicas: professor, aluno,
currículo, metodologia, processo de avaliação, processo ensino- aprendizagem e
organização curricular; que coordena uma escola multidisciplinar, na busca de uma
interdisciplinar, garantindo uma coerência e uma unidade de concepção entre as
áreas do conhecimento, respeitando as suas especificidades; que coordena o
processo de construção e efetivação do projeto pedagógico, à luz de uma teoria
pedagógica, articulando o trabalho de todos os profissionais da escola; que torna
conhecidos, por todo o coletivo escolar, os princípios e finalidades da educação
definidos no projeto político-pedagógico; que torna a escola um espaço de formação
permanente, onde professores possam refletir sobre a própria prática, recriando-a.
Sobre a identidade do pedagogo, Franco esclarece que:
o pedagogo será aquele profissional capaz de mediar teoria pedagógica e práxis educativa e deverá estar comprometido com a construção de um projeto político voltado à emancipação dos sujeitos da práxis na busca de novas e significativas relações sociais desejadas pelos sujeitos. (2003, p.110)
Segundo Libâneo, Oliveira e Toshi (2009, p.373) o pedagogo é o viabilizador
do trabalho pedagógico, em função da qualidade de ensino. E, como quem realiza
este trabalho em sala de aula são os professores, o pedagogo tem como principal
atribuição a assistência pedagógico-didática aos docentes, ajudando-os a criar
situações de aprendizagem adequadas às necessidades educacionais dos alunos. A
respeito disso os autores expõem que ao pedagogo, cabeentre outras atribuições, o acompanhamento das atividades de sala de aula, em atitude de colaboração com o professor da classe; a supervisão da elaboração de diagnósticos, para o projeto pedagógico-curricular da escola e outros planos e projetos; a orientação da organização curricular e o desenvolvimento do currículo, incluindo a assistência direta aos professores na elaboração dos planos de ensino, na escolha de livros didáticos, nas práticas de avaliação da aprendizagem; a coordenação de reuniões pedagógicas e de entrevistas com professores, para promover relação horizontal e vertical entre disciplinas, estimular a realização de projetos conjuntos entre os professores, diagnosticar problemas de ensino e aprendizagem , adotando medidas pedagógicas preventivas, e adequar conteúdos, metodologias e práticas avaliatórias; a proposição e a coordenação de atividades de formação continuada e de desenvolvimento profissional dos professores. (LIBÂNEO, OLIVEIRA e TOSHI, 2009, p.374)
Portanto, não cabe mais ao pedagogo ser apenas o instrumentalizador e
organizador das atividades escolares. Sua função está necessariamente vinculada
aos saberes pedagógicos, os quais devem dar suporte ao trabalho do professor,
estando a serviço da formação deste profissional.
Assim, o principal papel do pedagogo é a formação do professor. Afinal, o
pedagogo: auxilia o professor a converter o saber sistematizado em saber escolar,
seja quando constroem juntos (professor e pedagogo) o plano de trabalho docente e
a proposta pedagógica da escola, ou quando elaboram estratégias metodológicas e
de uso de novas tecnologias; leva à reflexão sobre a legislação e as políticas
educacionais; traça planos de estudo e discussões para as horas-atividade; leva o
professor a compreender as causas da não aprendizagem com vistas a superá-las e
assessora o processo de avaliação (SAVIANI, 1985, p.27-28).
Nesta mesma perspectiva, cabe ao pedagogo, quando organiza o estágio dos
cursos de licenciatura na escola: traçar planos de estudo e discussões que devem
ser feitas com estagiários e professores; fazer conhecer a legislação e as políticas
educacionais; explicitar ao estagiário o conteúdo e a forma como foram construídos
os planos de trabalho docente, o sistema de avaliação e a proposta pedagógica da
escola; auxiliar na elaboração de estratégias metodológicas e de uso das novas
tecnologias, no intuito de garantir o processo ensino-aprendizagem. Assim, pode-se
considerar que é a inserção na prática pedagógica que diferencia a formação dos
profissionais da escola e a dos universitários. A formação dos licenciandos busca
mais a reflexão sobre a ação e a dos docentes alia reflexão e ação, em um processo
no qual uma alimenta a outra simultaneamente.
Esse trabalho de formação do professor e do licenciando não é tarefa fácil,
principalmente pela grande rotatividade desses dois grupos na escola. A mesma
recebe professores e estagiários novos durante todo o ano letivo. Assim, se o
pedagogo não tiver um planejamento efetivo de como se dará esta formação inicial e
continuada, corre-se o risco de que profissionais e estudantes passem pela escola
sem compreenderem como ela se estrutura em seus pontos mais básicos - como o
sistema de avaliação e os deveres dos docentes - e em questões como por
exemplo, a própria identidade da escola, pautada em suas posições políticas e
pedagógicas.
Com o objetivo de facilitar este trabalho de reconhecimento da instituição de
ensino, o Projeto PDE implementado teve como uma de suas propostas, a produção
de um material escrito que caracterizasse a própria identidade do colégio em seus
aspectos físicos, pedagógicos e humanos, que fosse um guia para a inserção e a
formação dos recursos humanos da escola, e dos próprios estagiários (ANEXO I).
Do ponto de vista da organização administrativa e pedagógica de uma gestão
democrática, a escola necessita socializar as informações e reflexões sobre a
concepção e os encaminhamentos pedagógicos que adota. E é acreditando nisso,
que esse material vem sendo utilizado pelos pedagogos da escola desde agosto de
2010, tanto para a apresentação da escola aos membros que nela ingressam,
principalmente pedagogos, como para a consulta de dados específicos sobre
matrículas, espaço físico, materiais e mesmo para diálogo com professores mais
antigos que necessitam compreender alguns aspectos específicos desta escola,
Podemos citar como exemplo, de uns dos aspectos que pode ser trabalhado
a partir da leitura do material, a participação dos alunos no Conselho de Classe. Em
uma avaliação sem embasamento, pode-se considerar que esta participação tem
como objetivo avaliar, criticar e fiscalizar o trabalho docente. Porém, se for levada
em conta a identidade da instituição expressa no texto, perceber-se-á que o objetivo
é a própria formação política e pedagógica dos alunos e dos próprios professores.
É indiscutível que a formação tanto do professor quanto do acadêmico, vai
muito além do reconhecimento da escola em que atua. Ela passa pela construção de
uma identidade e pela capacitação profissional nos seguintes aspectos: conteúdos
das disciplinas; conteúdos didático-pedagógicos relacionados ao campo da prática
profissional; conteúdos ligados às teorias educacionais e conteúdos que explicitem o
sentido da vida humana. Ou seja, esta formação também deve dar condições para
se compreender os contextos histórico, social, cultural e organizacional que fazem
parte da atividade. Afinal,
as transformações das práticas docentes só se efetivarão se o professor ampliar sua consciência sobre a própria prática, a de sala de aula e da escola como um todo, o que pressupõe conhecimento teóricos e críticos sobre a realidade.(LIBÂNEO,OLIVEIRA e TOCHI, 2009, p.15)
Sob esta ótica, o estágio deve possibilitar aos alunos em processo de
formação, a compreensão dos conteúdos pedagógicos mais amplos e do papel do
professor na organização e gestão da escola. Afinal, o exercício profissional docente
está relacionado a um sistema escolar e a um contexto social mais amplo e por isso
exige uma formação política do professor. Para tanto, a partir do momento que
entraram (e ainda entram) na escola de implantação do projeto PDE, os graduandos
vêm sendo inseridos no processo pedagógico, com possibilidade de participação
nas reuniões docentes, nos Conselhos de Classe, nas reuniões de Conselho
Escolar, nas discussões feitas durante as horas-atividade e até mesmo nos
intervalos na sala dos professores.
Libâneo, Oliveira e Tochi (2009, p.38) colocam como ingredientes do
profissionalismo do professor:
o conhecimento das dimensões socioeconômica, política e cultural da
educação, o conhecimento da legislação e da estrutura organizacional escolar, a co-responsabilidade tanto na organização como na gestão da escola, por meio de sua participação nos processos organizacionais e na tomada de decisões, como nas relações da escola com a comunidade.
É claro que a participação consciente e cidadã na gestão escolar deve estar
estreitamente ligada aos conhecimentos do fazer de sala de aula, para que haja
melhoria na qualidade de ensino.
A inter-relação entre a organização e gestão da escola e a sala de aula conduz ao estabelecimento de estreita conexão com a Didática, disciplina que opera a mediação entre a teoria pedagógica e a prática de ensino. Sua razão de ser é o processo de conhecimento vivenciado pelos alunos, realizado sob condições didáticas e organizacionais específicas, motivo pelo qual estuda as particularidades desse processo, mormente as conexões entre ensino e aprendizagem e as condições concretas em que se manifestam. (LIBÂNEO, OLIVEIRA E TOCHI, 2009, p.38)
Enfim, quando o pedagogo faz o elo entre a teoria pedagógica e a prática de
ensino junto com o professor, está atuando diretamente na formação desse
professor; quando mostra essas relações aos estagiários, buscando articular os
estudos acadêmicos com a prática escolar, cumpre seu papel na inserção deste
acadêmico na organização do trabalho pedagógico.
Porém, o trabalho do pedagogo precisa estar, também, afinado com o do
professor da disciplina de Prática de Ensino da Universidade, e mais, com a própria
concepção de estágio e de ensino da Instituição de Ensino Superior(IES). É por isso
que, a escola de implantação do Projeto PDE, faz uma seleção das Instituições de
Ensino Superior que serão suas parceiras. Por ser uma das maiores do estado, a
procura por campo de estágio, nessa escola, é bastante grande. Assim, só o fazem
ali, os licenciandos cujos professores apresentem uma proposta que se coadune
com a da escola e que tenha a garantia do acompanhamento do orientador da IES.
A Disciplina de Prática de Ensino e a inserção do Estágio Supervisionado Obrigatório na Escola de Educação Básica
Quando se trata de Estágio Supervisionado Obrigatório na Escola de
Educação Básica, não é rara a crítica dos seus profissionais de que os graduandos
chegam à escola: sem clareza das atividades que desenvolverão; sem, por vezes,
ter o acompanhamento dos supervisores das universidades; com propostas de
trabalho inadequadas à realidade de sala de aula; com o objetivo de pontuar
problemas do trabalho docente e da organização da escola.
Os licenciandos, por sua vez, também reclamam que não são inseridos no
processo educativo, a organização da escola não permite o desenvolvimento de um
trabalho coerente, articulado com a universidade, e que muitas vezes são tratados
como alguém que está ali para vigiar o trabalho do professor ou para suprir uma
necessidade imediata da escola, como cuidar de alunos ou substituir professores,
nas suas ausências.
Esses problemas ocorrem porque falta a pedagogos, professores e
estagiários uma visão do que seja a prática de ensino, quais seus objetivos e qual o
papel de cada um desses agentes na organização do trabalho pedagógico e na
formação docente. Assim, há a necessidade de esclarecimento teórico sobre este
momento privilegiado da formação do futuro docente.
A formação de professores e a prática de ensino estão profundamente ligadas
às reformas educacionais brasileiras. Ainda durante o Império, em 1820, com a
instalação das primeiras escolas de ensino mútuo, surgiu a preocupação de preparar
docentes com domínio do método. Essas escolas tinham grande preocupação com a
instrumentalização técnica, mas deixavam de lado os aspectos teóricos da
educação, pois não formavam professores, apenas tutores. A este modelo,
seguiram as Escolas Normais, que só foram implantadas após a Reforma
Constitucional de 1834, cujo objetivo era habilitar as pessoas que se destinassem ao
magistério do ensino primário e aos já professores que não tiveram uma formação
adequada nas escolas de ensino mútuo. Inicialmente, como currículo para a
formação docente constava apenas: ler e escrever, as quatro operações e
proporções, a língua nacional, elementos de geografia e princípios de moral cristã.
Aos poucos e de forma rudimentar, foram sendo incluídas no currículo a disciplina de
Pedagogia ou Métodos de Ensino. (GAERTNER, OECHSLER, 2009)
Nos primeiros anos da República também não houve uma preocupação mais
séria com a formação de professores. Somente em 1939 foi publicado o Decreto Lei
n.1190/39 que dispunha sobre a formação nos Cursos de Licenciatura, criando-se a
Faculdade Nacional de Filosofia. Ainda dispunha o mesmo que, ao término do curso
de bacharel, com duração de três anos, o acadêmico poderia optar por fazer mais
um ano de curso de Didática para obter o título de licenciado. Isso originou o
conhecido sistema 3 + 1 (três mais um). Tem-se, assim, uma separação entre o
conteúdo estudado no curso de bacharel e os métodos de ensino, que passaram a
ser vistos apenas no curso de Didática. Em 1946, foi aprovado o Decreto-Lei
n.9053, que dispunha sobre a não obrigatoriedade da Prática de Ensino constar no
currículo do Curso de Didática, uma vez que era visto como um tema do programa e
não como um componente do currículo mínimo exigido. (GAERTNER, OECHSLER,
2009)
Após a Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1961 (Lei nº4024/61), é
promulgado o Parecer 292/62 do então Conselho Federal de Educação, que
determina a obrigatoriedade da disciplina de prática de ensino e do estágio
supervisionado, estipulando que o currículo mínimo para a licenciatura compõe-se
das disciplinas do bacharelado e dos estudos para o magistério, através das
disciplinas pedagógicas como: Psicologia da Educação, Didática e Elementos de
Administração Escolar e Prática de Ensino.
A reforma universitária institucionalizada pela Lei nº 5.540/68, já traz uma
preocupação com a prática de ensino e, em 1969, o estágio supervisionado passa a
ter o tempo mínimo de 5% da carga horária do curso, conforme determinação do
Parecer nº 672/69.
As modificações instauradas no sistema educacional pela Lei nº 5.692/71, que
estabelecia a qualificação obrigatória, reservavam à disciplina de didática a tarefa
exclusiva de aproximação da realidade da sala de aula. São do Parecer CFE 349/72:
A Didática compreenderá estudos relativos à Metodologia de Ensino sob os aspectos de Planejamento, de execução do ato docente – discente e verificação de aprendizagem, conduzindo à Prática de Ensino (...) Deverá ainda apreender técnicas explicatórias que lhe permitem identificar e dimensionar os recursos comunitários, bem como estagiar em instituições que desenvolvam atividades relacionadas com sua futura habilitação. Poderá ser anterior, concomitante e posteriormente à Didática, embora não haja dúvidas de que a concomitância tem vantagens sobre as outras duas, por manter praticamente indissociáveis a teoria e a prática - o que se deve fazer e o que realmente se faz (BRASIL,1972).
Nessa perspectiva tecnicista, a formação do professor consistiria no domínio
do conhecimento das áreas para ensinar e das habilidades pedagógicas para
conduzir o ensino, pautado por uma didática instrumental.
Em 1996, é promulgada a atual Lei de Diretrizes de Bases da Educação
Nacional - LDBEN n.9394/96 onde determina em seu artigo 62 que a “formação de
docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em cursos de
licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de
educação.” Quanto à prática de ensino, prevê a atual LDBEN, em seu artigo 65 que
“a formação docente, exceto para a educação superior, incluirá prática de ensino de,
no mínimo, trezentas horas”. (BRASIL, 2006)
Analisando sob o aspecto legal atual, podemos observar que a
obrigatoriedade do estágio curricular na formação profissional está definida na
legislação federal LDB 9394/96 e nos atos normativos dali originados. Atualmente
são as Resoluções CNE/CP nº1/2002 e CNE nº2/2002, que regem também as
atividades de estágio supervisionado. Através delas foram instituídas as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a formação de professores da educação básica, em
nível superior, dos cursos de licenciatura, de graduação plena, assim como a
duração e a carga horária desses cursos. A Resolução nº1/2002 destaca como
fundamentos da formação de professores, no artigo 2º:
I - o ensino visando à aprendizagem do aluno;II - o acolhimento e o trato da diversidade;III - o exercício de atividades de enriquecimento cultural;IV - o aprimoramento em práticas investigativas;V - a elaboração e a execução de projetos de desenvolvimento dos conteúdos curriculares;VI - o uso de tecnologias da informação e da comunicação e de metodologias, estratégias e materiais de apoio inovadores;VII - o desenvolvimento de hábitos de colaboração e de trabalho em equipe. (BRASIL,2002a)
No que diz respeito à carga horária, o artigo 1° da Resolução nº2/2002 determina que:
A carga horária dos cursos de Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, será efetivada mediante a integralização de, no mínimo, 2800 (duas mil e oitocentas) horas, nas quais a articulação teoria-prática garanta, nos termos dos seus projetos pedagógicos, as seguintes dimensões dos componentes comuns:I - 400 (quatrocentas) horas de prática como componente curricular, vivenciadas ao longo do curso;II - 400 (quatrocentas) horas de estágio curricular supervisionado a partir do início da segunda metade do curso;III - 1800 (mil e oitocentas) horas de aulas para os conteúdos curriculares de natureza científico cultural;IV - 200 (duzentas) horas para outras formas de atividades acadêmico-científico-culturais.Parágrafo único. Os alunos que exerçam atividade docente regular na educação básica poderão ter redução da carga horária do estágio curricular
supervisionado até o máximo de 200 (duzentas) horas (BRASIL,2002b).
Em específico, o estágio curricular supervisionado, encontra-se discutido no
Parecer CNE/CP 27/2001, o qual estabelece que esta atividade deve ser realizada
em escolas de educação básica. Deve ser vivenciada durante o curso de formação e
com tempo suficiente (CNE/CP 28/2001) para abordar as diferentes dimensões da
atuação profissional. Deve, de acordo com o projeto pedagógico próprio, ser
desenvolvida a partir da segunda metade do curso reservando-se um período final
para a docência compartilhada, sob a supervisão da escola de formação,
preferencialmente na condição de assistente de professores experientes. Para tanto,
é preciso que exista um projeto de estágio planejado e avaliado conjuntamente pela
escola de formação inicial e a escola campo de estágio, com objetivos e tarefas
claras e que as duas instituições se auxiliem mutuamente, o que pressupõe relações
formais entre a instituição de ensino e as unidades dos sistemas de educação
básica. Esses “tempos na escola” devem ser diferentes e segundo os objetivos de
cada momento de formação. Sendo assim, o estágio não pode ficar sob a
responsabilidade de um único professor da escola de formação, mas envolver uma
atuação coletiva dos formadores.
Atendendo ao que dispõe a legislação federal, Parecer CNE Nº 28/2001,
sobre o Estágio Supervisionado, pode-se afirmar que é um momento de formação
profissional, seja pelo exercício direto in loco, seja pela presença participativa em
ambientes próprios daquela área profissional, sob a responsabilidade de um
profissional habilitado. (BRASIL, 2001)
O Estágio Curricular Supervisionado se constitui umas das condições para a
obtenção da licença para o exercício profissional na medida em que é considerado o
momento de efetivar, sob a supervisão de um professor experiente, um processo de
ensino - aprendizagem em que se tornará concreto e autônomo quando da
profissionalização deste estagiário. (BRASIL, 2001)
Como foi exposto acima, o estágio e a prática de ensino se moldaram às
diferentes concepções de educação, com objetivo de formar diferentes perfis de
professores. Na maior parte das vezes, o estágio supervisionado sempre foi
identificado como a parte prática dos cursos de formação de profissionais, em
contraposição à teórica. No caso da formação de professores, segundo Pimenta e
Lima (2009, p.33) é possível constatar que, por vezes, “o curso nem fundamenta
teoricamente a atuação do futuro profissional nem toma a prática como referência
para a fundamentação teórica”. Isso significa que o aluno conclui o curso sem saber
aplicar o que aprendeu e não consegue perceber que há imbricada em sua prática
uma concepção de sociedade, homem e educação. Para superar esta dicotomia, é
necessário o reconhecimento, por parte dos formadores e licenciandos, da
indissociabilidade entre teoria e prática. Nesse sentido, aponta-se o estágio na
perspectiva da pesquisa.
Grosso modo, estes são os dois principais modelos de estágio presentes nos
cursos de formação de professores. O primeiro modelo vê esta atividade como
instrumentalizadora da prática do futuro professor e o segundo, considera o estágio
como pesquisa qualitativa, a qual procura entender e intervir na realidade da escola
numa perspectiva teórica.
Ao caracterizar as diferentes concepções de estágio que se fazem presentes
nos cursos de formação de professores, Pimenta e Lima (2009, p.35-57), expõem
que a prática de ensino está profundamente relacionada à concepção de educação
e ao tipo de profissional que se pretende formar. Assim as autoras elencam três
concepções de estágio:
A primeira delas nomeiam “a prática como imitação de modelos”. Nesta, ao
estagiário cabe a aprendizagem na prática, durante a observação das aulas
assistidas. Este modelo reduz a atividade docente a um fazer com pouca atividade
intelectual e não garante a formação adequada do aluno estagiário, afinal nem
sempre este conseguirá distinguir entre o bom e o mau modelo, pois não possui
elementos para esta ponderação crítica. Além disso, esse modelo pressupõe que as
escolas são iguais e imutáveis.
O estágio então, nessa perspectiva, reduz-se a observar os professores em aula e imitar esses modelos, sem proceder a uma análise crítica fundamentada teoricamente legitimada na realidade social em que o ensino se processa. Assim, a observação se limita à sala de aula em que o ensino se processa. Assim, a observação se limita à sala de aula, sem análise do contexto escolar, e espera-se do estagiário a elaboração e execução de “aulas modelo”.(PIMENTA e LIMA, 2009, p.36)
A segunda concepção denominam “a prática como instrumentalização
técnica”. Nela, o trabalho docente se restringe à técnicas, a questões práticas, e o
trabalho intelectual do professor fica em um segundo plano. Esta compreensão tem
feito com que teoria e prática sejam tratadas isoladamente e restringindo a atividade
de estágio a um eterno aprender, preparar, treinar e aplicar técnicas de ensino.
Pimenta e Lima (2009, p.38) colocam que essas atividades não possibilitam que se
compreenda o processo de ensino em seu todo, afinal esse modelo de estágio não
consegue relacionar a teoria estudada com a prática de sala de aula. E mais, este
formato de prática de ensino faz parte de uma pedagogia compensatória que tenta
mascarar a falta de capacitação docente.
A crítica a este modelo levou a uma negação à didática instrumental que na
sequência se transformou em uma crítica à escola. Segundo Pimenta e Lima (2009,
p.40), esta percepção gerou uma modalidade de estágio que se restringe a criticar
os problemas da escola, da gestão e de seu corpo docente. Isso faz com que
aumente a distância entre escola e universidade e a resistência dos professores
para receber estagiários.
Por fim, Pimenta e Lima (2009, p.41-57) apontam para a concepção de
estágio como pesquisa, a qual supera a dicotomia teoria e prática presentes nas
concepções anteriores, compreende estágio como reflexão teórica sobre a realidade
e considera que o futuro professor é um intelectual em formação. Assim,
o estágio, ao contrário do que se propugnava, não é atividade prática, mas teórica, instrumentalizadora da práxis docente, entendida esta como atividade de transformação da realidade. Nesse sentido, o estágio curricular é atividade teórica de conhecimento, fundamentação, diálogo e intervenção na realidade, esta, sim, objeto da práxis. Ou seja, é no contexto da sala de aula, da escola, do sistema de ensino e da sociedade que a práxis se dá. (PIMENTA e LIMA, 2009, p.45)
A partir destas colocações teóricas, pode-se concluir que, durante o estágio,
devem ser desenvolvidas atividades que possibilitem a reflexão sobre o trabalho
docente a fim de compreendê-lo em sua historicidade, apontando-lhe
transformações e buscando fazer a leitura e o reconhecimento das concepções
pedagógicas presentes nas instituições e em suas práticas de ensino. Porém, para
que essas atividades aconteçam, a própria escola precisa ter um olhar reflexivo
sobre si mesma e seus profissionais devem ter claro que sua prática pedagógica é
permeada por teorias educacionais, por uma concepção de educação, de homem e
de sociedade.
Nessa perspectiva, o projeto buscou fazer com que o licenciando fosse além
da sala de aula, conhecesse a instituição de ensino, seu projeto-político pedagógico,
sua concepção de ensino, de homem e sociedade, e as políticas educacionais que
estão no bojo das práticas observadas.
Como pedagogo da escola deve ser o agente capaz de fornecer subsídios
para o conhecimento dos sujeitos da prática escolar e, ser o elo entre a teoria
estudada na universidade e a prática vivenciada, o articulador entre teoria e prática,
precisa fazer um diálogo constante com o professor orientador de estágio e a própria
universidade. Nesse sentido, o próprio contado com a instituição de ensino que
coordenou o projeto, Universidade Federal do Paraná, foi positivo, uma vez que a
maioria dos estagiários atendidos era da dessa mesma instituição.
Durante a implementação, buscou-se um fortalecimento desse vínculo
IES/colégio e a partir dele, teve início um processo buscou fazer com que tanto
orientadores quanto estagiários compreendessem e se comprometessem com a
escola. Foram realizadas reuniões com os estagiários e orientadores para
caracterização da escola, seu histórico, espaço físico, estrutura administrativa e
pedagógica; apresentação e a análise de Projeto Político Pedagógico e do
Regimento escolar; estabelecimento dos horários de entrada e saída e demais
regras que deveriam cumprir.
Também buscou-se compreensão e colaboração dentro da própria escola.
Foram realizados vários encontros com os professores e pedagogos do colégio, a
fim de apresentar o projeto e discuti-lo; explicar as características dos grupos de
estágio que seriam inseridos no trabalho pedagógico e acompanhar o
desenvolvimento do estágio.
A avaliação do projeto e do próprio estágio foi uma constante. Além de ter
sido realizada em um momento formal, ao término do projeto, ela aconteceu também
concomitantemente ao processo de implementação, durante os encontros com os
professores orientadores das IES, os estagiários e os professores e pedagogos do
colégio.
A análise das produções (relatórios, projetos, portfólios) produzidas pelos
graduandos ao término do estágio também serviu como uma avaliação do projeto.
Além disso deram subsídios para a pedagogos e professores refletirem sobre a
própria prática docente.
Considerações Finais
O pedagogo escolar é o responsável pela organização do trabalho
pedagógico, a qual é necessariamente vinculada aos saberes que devem dar
suporte à formação do professor. Portanto, é papel do pedagogo escolar fomentar
um processo de reflexão que além das questões organizacionais da escola, busque
uma capacitação profissional tanto no que diz respeito aos conteúdos das
disciplinas, às questões metodológicas e de gestão escolar, como no que diz
respeito à formação humana dos alunos e dos próprios docentes.
São nessas reflexões e nesse processo de formação, que já ocorre dentro da
escola sob a coordenação do pedagogo, que o estagiário deve ser inserido.
Assim, o pedagogo é o ponto de referência do estagiário e, juntamente com
os professores, deve atuar intencionalmente na formação do licenciando. Tendo em
vista esta intencionalidade, o pedagogo organiza o trabalho pedagógico para que o
aluno da universidade se torne parte do colegiado e comprometa-se com a melhoria
da qualidade do processo ensino-aprendizagem,
Compreende-se assim, que não é no estágio que o professor aprende a dar
aulas ou a aplicar técnicas de ensino, mas este é o período em que conhece a
escola concreta e a realidade educacional, em que começa a formar sua identidade
profissional, a construir os saberes e as posturas docentes necessárias ao exercício
da prática pedagógica. Neste contexto, o estagiário não pode ter como atividade
apenas coletar dados e denunciar problemas da escola, do sistema ou do professor;
observar, preparar e aplicar aulas. Deve sim, se reconhecer como sujeito do
processo, com papel específico na escola. Portanto, o estágio deve ser um exercício
de participação e, só será, na medida em que a escola de estágio compreenda a
possibilidade que a sua presença na escola gesta para a prática pedagógica da
mesma.
O estágio como espaço de formação e construção de identidade precisa ter uma dimensão de compreensão ampla, em que estejam presentes a escola e sua organização social, o trabalho docente e a sala de aula. (PIMENTA e LIMA, 2009, p.55)
E ainda,
Os conhecimentos e as atividades que constituem a base formativa dos
futuros professores têm por finalidade permitir que estes se apropriem dos instrumentos teóricos e metodológicos para a compreensão da escola, dos sistemas de ensino e das políticas educacionais. Essa formação tem por objetivo preparar o estagiário para a realização de atividades nas escolas, com os professores de sala de aula, bem como para o exercício de análise, avaliação e crítica que possibilite a proposição de projetos de intervenção a partir dos desafios e dificuldades que a rotina do estágio nas escolas revela. (PIMENTA e LIMA, 2009, p.102)
A escola campo de estudo deve estar organizada de tal forma, que as
experiências ali vivenciadas possibilitem uma relação direta da prática escolar com
os conhecimentos acadêmicos, articulação esta indispensável à sua formação
profissional. E isso só acontecerá se o corpo docente e pedagógico tiverem uma
concepção teórica clara, que esteja presente nas discussões e nas ações escolares
de que o licenciando participa.
O estágio também não é um momento isolado da prática educativa. Ele faz
parte de um processo, é um momento privilegiado de reflexão para o professor e a
equipe pedagógica da escola. Quando os professores e pedagogos falam de sua
prática ao estagiário, pensam sobre ela, ato que muitas vezes deixa de ser realizado
no cotidiano de sala de aula. O estagiário pode ser um agente de inovação, afinal
ainda está no círculo acadêmico, pode trazer para a escola uma discussão nova,
novos conhecimentos e práticas pedagógicas.
Outro fator que deve ser levado em consideração é o papel do professor da
Instituição de Ensino Superior durante o processo de estágio. É ele quem torna a
parceria escola/universidade viva e qualificada e que coordena o processo de
pesquisa dos licenciandos. Para tanto, também precisa conhecer a realidade da
comunidade escolar específica, seus problemas e aspirações. É o olhar deste
professor que guiará o trabalho de seus alunos e os farão produzir um projeto de
intervenção que seja relevante à escola e à formação do futuro professor.
Ao transitar da universidade para a escola e desta para a universidade, os estagiários podem tecer uma rede de relações, conhecimentos e aprendizagens, não com o objetivo de copiar, de criticar apenas os modelos, mas no sentido de compreender a realidade para ultrapassá-la. (PIMENTA e LIMA, 2009, p.111)
Como o licenciando não vai aprender na escola o que deve fazer como
professor, não há porque o estágio continuar com um modelo restrito a observação/
regência. O momento do estágio supervisionado obrigatório deve dar possibilidade a
este aluno do curso superior de refletir sobre a prática vivenciada, entender como
está sendo o processo de ensino e, principalmente, de aprendizagem, de “saber que
ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria
produção ou a sua construção” (FREIRE, 1997, p. 52). E, principalmente, este
momento deve propiciar ao pedagogo da Escola Pública de Educação Básica um
repensar e um refazer do processo de formação profissional que acontece dentro da
escola.
Referências
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_______. Resolução CNE/CP 1, de 18 de fevereiro de 2002. Diário Oficial da União. Brasília, DF. Disponível em <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/ rcp01_02.pdf>. Acessado em 12/12/2009.
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FRANCO, M. A. S. Pedagogia como ciência da educação. Campinas: Papirus, 2003.
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GAERTNER, R.; OECHESLER,V. Prática de ensino: uma breve retrospectiva histórica. Revista Eletrônica de Educação Matemática. v. 4.6, p.67-77, UFSC: 2009. Disponível em: <http://www.redemat.mtm.ufsc.br/revemat/2009_pdf/revista_ 2009_06_completo.pdf>. Acessado em 15/10/2009.
LIBÂNEO, J.C. Pedagogia e pedagogos: inquietações e buscas. In: Educar em Revista, Curitiba: Editora da UFPR, 2001. n.17, p. 153-176.
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PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação – SEED. Atribuições do Pedagogo. Disponível em: <http://www.seed.pr.gov.br/CGE>. Acesso em: 22/09/2009
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PIRES, I.V.S.;BASTOS,C.C. A função do professor pedagogo no cotidiano da escola pública: uma compreensão possível? Programa de Desenvolvimento Educacional,SEED/Pr, Curitiba,2008. Disponível em <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/849-4.pdf>. Acessado em 09/10/2009.
SAVIANI, Dermeval. Pedagogia: o espaço da educação na universidade. Caderno de Pesquisa, São Paulo, v. 37, n. 130, abr. 2007 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010015742007000100006& lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 22/09/2009.
_______ . Sentido da pedagogia e o papel do pedagogo. In: Revista Ande, São Paulo, nº9, 1985.
ANEXO I
TÓPICOS PRESENTES NO MATERIAL DISPONIBILIZADO PARA EQUIPE PEDAGÓGICA-ADMINISTRATIVA DA ESCOLA E PARA ESTAGIÁRIOS
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA2 HISTÓRICO DO ESPAÇO ESCOLAR E DO COLÉGIO ESTADUAL PAULO LEMINSKI
2.1 Histórico do Lar Escola2.2 Histórico do Colégio HISTÓRICO DA MANUTENÇÃO DO CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES
3 LOCALIZAÇÃO, ESPAÇO FÍSICO E ESTRUTURA MATERIAL 3.1 Caracterização do entorno da escola3.2 Caracterização do espaço físico e da estrutura material da escola
4 EQUIPE DE DIREÇÃO4.1 Composição da Equipe de Direção4.2 Atribuições, direitos, deveres e proibições da Direção
5 EQUIPE PEDAGÓGICA5.1 Composição da Equipe Pedagógica5.2 Funções, atribuições, direitos, deveres e proibições da Equipe Pedagógica
5.2.1 Funções, atribuições, direitos, deveres e proibições dos Pedagogos5.2.2 Funções e atribuições do Coordenador de Curso5.2.3 Funções e atribuições do Coordenador de Estágio Supervisionado Obrigatório
6 CORPO DOCENTE6.1 Funções, atribuições, direitos, deveres e proibições da Equipe Docente6.2 Número total de professores e carga horária semanal (Ano de 2010): 6.3 Número de professores por disciplina e turno de atuação (Ano de 2010)6.4 Vínculo e Plano de Cargos e Carreira6.5 Formação Continuada
7 EQUIPE DE APOIO7.1 Composição da Equipe de Apoio7.2 Funções e atribuições da Equipe de Apoio
7.2.1 Secretária Escolar, Técnicos Administrativos e Assistentes de Execução7.2.2 Agentes Operacionais
7.3 Direitos, deveres e proibições da equipe técnico-administrativa, assistentes de execução e da equipe auxiliar operacional
8 CORPO DISCENTE8.1 Número total de alunos por nível, curso e turno (2º Semestre de 2010)8.2 Número total de alunos por turno (2º Semestre de 2010)8.3 Caracterização dos alunos8.4 Direitos, deveres, proibições e ações educativas pedagógicas e disciplinares dos alunos
9 GESTÃO ESCOLAR9.1 Órgãos Colegiados
10 CURRÍCULOS10.1 Ensino Fundamental (séries finais)10.2 Ensino Médio por Blocos10.3 Educação Profissional
10.3.1 Formação de Docentes para a Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental (Integrado e com Aproveitamento de Estudos)10.3.2 Técnico em Meio Ambiente10.3.3 Técnico em Turismo – Guia Regional10.3.4 Técnico em Segurança no Trabalho – Subsequente10.3.5 Espanhol – CELEM10.3.6 PROFUNCIONÁRIO: Curso Técnico de Formação para os Funcionários da Educação10.3.7 PROINFANTIL
11 QUESTÕES PEDAGÓGICAS11.1 Projeto Político-Pedagógico e Regimento Escolar11.2 Planejamento11.3 Conselhos de Classe11.4 Sistema de Avaliação
12 RECURSOS FINANCEIROS
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