Drunken Octopus

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Trabalho da UFPR para a matéria de Projeto Gráfico IV - Editorial.

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Prefiro BaudrillardObra menor em sua rica bibliografia, “Senhas” acaba de ganhar uma oportuna nova edição. Conheça um pouco mais sobre o trabalho desse renomado autor na matéria a seguir. >

AldeiA de QuAdling, em Oz, cercAdA pOr murOs AltOs pintAdOs cOm OrnAmentOs Azuis e rOsA.

A única entrada é uma porta pequena na qual se lê este aviso: “Roga-se aos visitantes que andem com lentidão e cuidado e evitem tossir ou provocar qualquer corrente de ar”. A advertência é necessária porque toda a população da aldeia é de bonecos de papel vivos.

Cuttenclip (que poderia ser traduzido por Corte-Recorte) consiste de casas e ruas cortadas de papel colorido. A exceção é uma casa de madeira no centro da aldeia de papel. Trata-se da casa da governante e criadora da comunidade, srta. Cuttenclip, que vivia originalmente perto do castelo de Glinda, a Boa, no extremo sul de Oz

Ela fazia bonecos de papel tão lindos que era uma pena que não tivessem vida. Glinda deu-lhe então papel vivo e todos os seus recortes passaram a pensar e falar.

O problema é que esses bonecos eram carregados pela menos brisa. Glinda instalou então a srta. Cuttenclip numa área abrigada e construiu um muro em volta. Também pro-tegeu a aldeia da chuva, para que o povo de papel não se danificasse ou dissolvesse.

A srta. Cuttenclip é obviamente adorada por seus súditos; quando a vêem, ficam felizes de acenar seus lenços de papel e cantam o hino nacional, A bandeira de nossa terra natal.

UM SÁBIO nÃO tem IDEIA

UM SÁBIO nÃO tem IDEIA

François Jullien

KOANOs mestres Zen eram educadores estranhos. Não pretendiam ensinar coisa alguma.

KOANOs mestres Zen eram educadores estranhos. Não pretendiam ensinar coisa alguma.

leitOrA de sOnetistAs e de lOrd By-rOn, Elizabeth recupera os temas autobiográfi-cos, que esmoreciam com o fim do romantismo, e os encaixa nos sonetos. Também inverte a posição comum da mulher amada: de objeto de contemplação, passa a ser o eu lírico feminino que ativamente deseja seu amado. “Meu palpite é de que ela era muito forte e tinha um temperamento romântico”, arrisca Fróes, apoiado não só nas desventuras biográficas de Elizabeth mas também nos Sonetos e no progressista romance em verso Aurora Leigh (1857), sobre uma mulher que busca firmar sua independência.t

O recato vitoriano, no entanto, a leva a optar pelo título ambíguo Sonetos da Portuguesa: seria a própria Elizabeth a “portuguesa” que assinava os versos ou ela atuava apenas como tradutora da misteriosa poeta lusa? Diante da história da fuga amplamente conhecida pela sociedade londrina, o enigma mal se sustenta. Elizabeth passa a ser constantemente reeditada em língua inglesa. Seu soneto mais famoso, cujo primeiro verso dá título a esta reportagem, ilustra cartões de Valentine’s Day (ou Dia dos Namorados) nos Estados Unidos.