View
215
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
8/17/2019 Espaço Intra Urbano
http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 1/32
Capitulo 2
Espa90 intra-urbano:
esse desconhecido
No amplo campo dos esludos lerrilOriais.
I ~ r n
havido nas IIltimas dlkadas
um
cres
cenle
desenvolvimenlo das i n v e s l l g a ~ i ' H : s rogionais e uma surpreendente eSlag
na ;l1o dos eSludos ln lra-urbanos. ES Ic,;, pOIlCO de relevante produziram desde a d E -
cada de 1970. Mesmo no periodo entre as dccadas de 1930 e
1970,
foram frllgcis as
contrilJUi¢es nessa area (embora abundnssern as n ~ l i 5 C 5 rogionais), dada$, por exem
plo, pela economia e geografia
n e o c l ~ s s i c
(Will iam Alonso, Br ian Berry, R. F MUlh,
H.
S.
IIerloff e Lo\\'donWingo
Jr.,
pam cilar apcnas alguns cxpocntesj. Dccomp6s·se a
ddade
em vprios elementos e produnu·se
Ulna
sE rie de eSludos alomizados sobre
leniaS espec(ficos, como a densidade demogrllfica, as lIreas industriais, as comerciais,
o p r e ~ o da terra, eIC .; a l ~ m disso, prodllziram-se as conheddas teorias pomua s da
l o c a l i z a ~ o .
Uma fnigil 115 0 de conjunto, incapaz de a]udar a o n s l m ~ 1 I o de uma base
IcQrica mals ampla sobre 0
s p a ~ o
inlra-urbano,
foi
apresemada. Nesse senlido, po u
co 5e a v a n ~ n u nas i n v e s t i g a ~ i ' H : s sabre 0 conjunlo dn
ddade
e sobre a r t i c u l i I ~ i l o en
Ire suas v4rias :ireas fundonais, au seja, sobre a cs lrulurn inll-.Hlrbana.
A vis;lo
anicu
lada e de
conjunlo foi.
alills, a grande o n t r j b u
~ 1 I o
da Oscola de
Chicago.
As
lentativas de f o r m u l a ~ i i o de modelos
espadai
s -
100
difundidas por
Chorley
H ~ g g e l t
no final dos arlOS 60 (mcados dos
anos
70, no Rra
siIJ
_
li
veram
curta d u a ~ i i . o , pais foram mropeladas pelos eSllldos [erriloriais
de
base manelSla
surg dos igualmeme naquela
~ p o c a
e que passamm a dominar 0 assunto; )sses es
tu dos, cntrelanto.
em
ignorando quasc (olalmente 0 e s p a ~ o inlr:l-urbano. Desde
emoo, a mais notavel lCntati"a de
l e o r i 7 . a ~ i i o
desse espa(j'o
como um
todo
tenha
sido. talve..:, a re ila IlOr Castells em ..tl t{lIesrioll Iminl . Esse u l o r l 0 r ~ m , abando·
nOll 0 campo de sludo ern foco e ningul m 0 retomou a
parlirdo
pon lo
em
que ele
odcixou. IIelo menos, a panirdele, n1l0 sc formou uma correnl ) ou cscola de pensa
menlO sobre 0 e s p a ~ o inlra-urbano.
8/17/2019 Espaço Intra Urbano
http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 2/32
N e s t ~ obm
procura·se
desenvolver a [esc de
que os
proeessos que, de urn
lado. podem seridentificadoscom a
s [ r u t u r a ~ ~ o d a s
redcs r b a n ~ s . com
0
elemen
to
urbano
das cstrulnrt\s espaciais regionais, on com
0
proccsso
espadal
de urbani -
7 . : l . ~ ~ o
e de outro,
os
processos de
eSlnl[UflU;itO
internn
do e s p a ~ o
urbano
m io
se
guem a mesma l6gica, nao passam pelas mesmas mcdia<;oes (dcsdc as macroam'ilises
sociocconomic<ls
<lu
as transforma<;oes espaciais intra-urbanas l e nilo podem ser
abordarlos ]lelos meslllo" p<lmdigrnas te6ricos. PaTlindo de
uma
dada
f o r m a ~ n o
so
cial. pam
sa eheg
ar
ao
e s p a ~ o in[m-urtmno. rt neccssidade de p<lssar por media
<;oe5 difcTen[cS das requcridas para chcgar
ao
e5pa,,0 regional. No elllal110,
nas
tilt
mas
d ~ c a d a s tern h<lYido ImnsboTdamentos eqnivocados das an;ilises rcgionais
que cOt\slitllcm a
nmiori<l-
para as intta-urbanas.
A
f u n d a m c n t a ~ a o
le6rica desenvolvidn para dernonslmr essa tese
sem
ex
posta a scguir, Otganil..a.da em qUairo
ilC
I
IS.
a saber:
• a qucstilo semdntica. Aqui prctende-sc expl icar
pOt que
utiliwda nesla obra,
a contragosto. redundame exprcssao intrn-urbano;
• breves o
n s i d e r a ~ o e s
soure a i s t i n ~ a o e Ure
e s p a ~ o
intr.t-utbano c regional;
• a especiflcidade
do
s p a ~ o imra-uruano;
• confusocs
n ~ s
nuordagcns dos
s p a ~ o s
intra-urbano e rel(iona .
Scguem-se
dcpois
bre'·cs
c o n s i d e r a ~ i ' i c s
sobre a
r c l a ~ 5 0 entre
csp'l<;o c so
ciedHde.
A
questao
semant
ica
Ttnta-sc dc entcndcr c justiflcat n exptess.'1o imra r jrbmlO. Como ,·crcmos
ndinnrc, c . ~ s a qucstao nilo ~ mcta c inconsequcntc formalidadc.
A cxpressilo in[ra-
urh,, o
nao dcveria
SeT
ncccss;iria,
] l o i s e
p a ~ o urbano"
~
uma c x p r e s s ~ o sntisfat6ria.l'or que, emao. utilizada?
,'exprcssao cspafo urbmlO bcm como "estrutura urbana", ·cS rulura"ao -
bana", r c c s t r u t u r a ~ i \ o urbana·· C 01l[T3S
c o n g ~ n e T e s .
s6
pode se rdenT ao
i n t r a - u r ~
bano. Tal cxpressiio deveria seT. pois. dcsneccssaria, em face de
sua
redundancia.
POrent,
S I A ~ O
urbano-e
wdas
aquclns
aflns-
e s t ~
hoje de tal forma
comprome
tida com 0 componcntc urbano
do
s p a ~ o regional que
houvc ncccssidade
de eriar
OUlm
e x p r u s s ~ o
para
dcsignH 0
c s p n ~ o urbano; dar
0
surgimcnto e uso
de
inrm·
urbano.
A(tuilo que grande parte da recente li[era[ura eSjlacial progressista
tem cha
mado c c s p a ~ o urbano rcreTe-se. Jla \'erdade. on
ao
processo de r b a n i ; w ~ a o gene
ricamentc
abomado, ou l cspa<;os rcgionais, nacionais, contincntais e mesmo pia·
net:irio. Nos
\iltimos cnsos. 0 cspa<;o urb<lno apnrcce
como clemcmo
dc
eS\TUlUras
espaciais lcgionais, nacionnis. contincmais Ol 1 ) I < l n c t ~ r i a
Com cfeilo. das
d u ~
.•
l.I11m: ou
se
('SIuda 0
armnjo lmemo
dos
s p a ~ o s
urba
nos.
ou
se ('studa < I arranjo i
lemo dO
$espa<;(ls regionai
S
oaciooais 011 planet:irio.
Nos dois casos. 6bvio. 0 s p a ~ o ~ lmra. l'orlanto. a expressao s p a ~ o
urbaoo
- n5.o
h;i como
set
difcrente - 56 podc rcfcrir-sc ao e s p a ~ o intra-urbano, assim como a
8/17/2019 Espaço Intra Urbano
http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 3/32
6
·C
OUm
MUU
o
O
1w
aUUom
om1S
p
O
SUO
OUW
[
WO
-
OSoO
U
U
W
-mpUC
spWZU
-U
OUW
SWsU
<
-oUS
S
o
o
OUoU>IUOU
o
>UU>>U
_YUSOn5
S
Y
p
CU
u
C
-wUUU.
UO
m
UU
oo
O
"m>UaWm
i0
o
unbW
'
O
<<USUUU
-
O
OOC
0
>1
I
Cm
0U1
-
C
o
U
-1
1<
5O
nuW
1oO1
-& OW
OJH1
'
COYPOJWH
SU
U
aU51UUoOWL
'Q
n
SAU
u
C
oo
O
-
O
uo
O
S
On
-UIbO
-
U
C
OVO
oWo
n
Wa1O
'JUo
odU<oU
SUU
OU
OU
u
>
>m
.mOwUU
UVVO
W
O
-XO
OUW
W
<
8/17/2019 Espaço Intra Urbano
http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 4/32
I>lnis corretn e mnis ~ r a e a
posi<;fio do
rcvistn Esparo Debates Dc urn Jado.
editou urn
n(mleTO
especial (3no Jv.
1984.
n. 13)
~ o b
0 flulo "As mud3n<;<l$ M dina
rniC3 urbano-regiona l e $\ as perspectiva
s" c.
de out
ro,
sua
e d i ~ ; ' l o
de mirnero 25
recebeu 0 tllUlo de "Reestrtltura<;lI.o:
eeonom
iu
e wrriI6rio".
Em
ambos
os
casos es
qu;vOll-se tnni[o
bem
das arrnadilhns quer da
e e S l n
I 1 U m ~ a o llTbann", quer da
r e e s l
r u t u r : l ~ i l o urbana e regionnl".
a fa[o
~
que, dada a irnpor[ilnd a du pTocesso de u r h a n i z a ~ i l o e das redes
UT"
banas na l'Slru[Ura<;Jo regional, expresslles como s p a ~ o urbano, estrulurn urbana
ou
r c e s t r u t \ J m ~ i i o
urbana passamm
a ser expressoes de prestigio e foram captum
das e rnonopolizadas pel05 estudo. regionnis.
A
visla dessa
l u a ~ i i o ,
fomos obriga
du
s a nos rende r, n contragosto.lI. l
enni
nologin j;i cristalizada e a nos
conformare
rn
ulilil'.aT
a cxpressllo -
:ncsmo que e d u n d a n t e
s p a ~ o intra-u rbano.
Essa qucslilo
se
miintica,
como
di
s.e
mo
s,
nfio c
meme
inconseqUentc forma
Udalle. Adian te \'e reI110s alguns de e u s desdobramentos al am
en
te problenu\licos.
Espac;os regional e inlra"urbano
A s t i n ~ 1 l . o mais imp0rlantccntre espa<;o intra-urbano e s l m ~ o regional de
riva dos tmnsportes e ,las comunic<l<;ocs. Quer no
S p < l ~ O
n t r a - u r b ~ n o . qner no m
gional. 0 des ioca melllo de mat o: ria e do seT humilllO lelll 11m poder
estruturador
bem mainr <10 que 0 desloc:ullenlO
dn
"nerlli"
011 <las
illfoT na<;oes. Aes
trlllura<;1l.o
do
espa<;o regional
dominada
pelo deslocamento das
i n f o r m a ~ u e s
da
energia,
do
capilnl COllslante e das rncrcadorias em gcml - e\"cnlualmcnte ate dn mercndoria
f o r ~ a de tmlmlho. 0 espn<;o in m-lIfb3l1O, ao contnirio. e eslrlllura<lo fllndilrllenlul
men Ie
p e l a c o n d ; ~ u c
de des oc:HtlCnto 1I0 seT hurllimo, scja cnquanto portadoT ]i\
mercad
or
ia
for <;a
de lrabalho - comO no deslocamemo cilsa/tra
halho
- seJa en
quanta conslimidor -
reprodu<;110
da for<;a de traba lho. dcslocnmento casa-com
pm s, casa·la 1.CT, cscola. C1
C.
Exatamente dai vetn . po r cxe mplo. 0 enOnne poder
eslrUIIITador int T: -llTha )o d ~ s ,in:as comerciais c de
e
~ o s . a come<;ar pelo pro·
prio centro urbano. Tais Meas, meslllo nas cidades industria is,
s ~ o
as
que
gHilm e
atmem
a maior qllantidnde de des
locamcnto
s (viagcns),
pOi
s acu
mulam os
desio
cameniOS de f o r ~ a de [rabalho - os que ali tralJalham - com os de cons llrllidort;s
-
os
que ali
fazelTl
comprlls C
v."in
a o s s c r \ ' i o ~ .
Quanto aD papel espacial das comunica<;,je s. lra[a-se de asslinto que ja traz
b3ila a confusilo ell I e as an: .1ises dos espa<;os ill m-
urbano
e regioll3 1; J: . t ~ m o
aqui a oportunidnde de
mendonar
essa questilo. que ser: . desen\'oil'idn lo go a ~
guir. rnos lrando como 0 dornfnio dos e
studos
intra -urbanns tem sido r ~ j l l d i c a d o
pe)a indel' idn n d o ~ i o de paratligm'ls, conce;[os e metodo)
sias
{ p i ~ o s dos cst u·
dos regionais.
Traln·se de rcgislrnr 0 Mbilo dos annlistas rcgionais de ul Biza
r,
em
n ~ l i s e s
intm-urbnnas. estes dois ' o c ~ b u l o s -
transport
es e comun ica<;
oes
- e conseqUen
temen[e
reaUdades
que
exprilllem. tilo
amarmdos quanta
irmilos siarneses. Igno
m-
se
assim 0 fato de que seus cfcilos
sob
re oS c s p a ~ o s in[rn-uri.mllo c regiomll Silo
8/17/2019 Espaço Intra Urbano
http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 5/32
totnlmente dlstintos. As c o m u n i c a ~ i i e s tcm deito profundo sob re os
s p a ~ o s
regio
nais, nacionais Oil p l a n c t ~ r i o ,
c o m p J r ~ \ d
ao dos transportes_ Entre
outras
razoes,
pdo
fato
d
0
s p a ~ o
regional scr, como disselllos, estrutumdo pelo desloc3menlo
de energin_
pebs
o m u n i c a ~ o e s e
pelo
transporte
de mercadorias_ e 0 dinheiro,
uma
das mercadorias mais Iransportadas ultilllamente no
s p a ~ o
regional.
tem-se
utili
zado exalamente das
o m u n i c a ~ o e $ _
Esta meldfora, muito utilizada, se
apliC<l
bern a
cssa i t u a ~ i l o : as
o m u n i c a ~ i ' i c s .
taJ como os tr.msponcs, tern feito com que 0
mun
do
sc"encolha".lIs
o m u n i c a ~ o e
a
cC rlailltumda
hist6r(a da
t ~ c n i c a .
se Hllcrtamm
dos transporles. Elasdependiam - pelo menos
agrande
s
i s t ~ n c i a
do
transpor
te
da
mcnsagem:
transporte
do joma . lransportc
da
cartn.l'oi com a
i n v e n ~ i l o
do
wJ6grafo
que
as
c o m u n i c a ~ o c s 5e libertuum e n t ~ o .
Harvey (1993, 220),
a l i ~ s ,
utili
za-se
de
duas
i l u s t r a ~ o e s pam
mostmr 0
"e
ncolhimento" do mundo:
uma
atrav6s
dos tmnsportcs e outrn - a propaganda
de
uma empresa de l e l c c o m u n i c a ~ i ' i c s -
atrav{'s
das o n l 1 m i c a ~ o e s
Entretanto, a s t r u
l u m ~ ~ o
do espa(,'o intra-urbano 6 dominada pelo desloca
mento
do
ser
hum:lno,
enquanto
portador do mercadoria
for(,'a
de lrabalho
ou
cn
quanto consumidor
(mais do que pelo
dcslocamento da.
mcrt:adorias
em
geral
011
do capital constnntc). Nesses de.localll"mOS, n50
ha
s p a ~ o
par. as
comunica<;C'Jes
ou para 0 trimsl'0rte ua energfa. Assirn, 0 desenvolvimento do tr:msporte de energia
e
das comun c a ~ o c s que
nito envolvc 0 deslocamcnlo do
seT humano
- tem pro
voeado no
e s p a ~ o
intra-urbano
efeitos desprezfvcis, se
que
tem exi.lido. Nao co
nh
ccemos
ncnhum esluuo com
r l l l 1 d a f 1 l e l 1 l a ~ f i o
le6rica e base empfrica que rnos
tre.
par
cXemplo,
o ~
e feitos que a
f u s ~ o
do tel6grnfo tcve sob re 0
e s p a ~ o
imra-urbano. Desconheeemos, igunlmcntc. quolquer
\ ' c s t i g a ~ B o
_ c muito me
nos teoria -
que tcnha
ahordado
0$
cfeitos que a
n l r o d u ~ a o
do
teldone. ou do
fa
x.
te\'e sohre 0 e5pa<;0 intcmo das rnelro]loles.I'ina lrnente, desconhcccmos qualq1rer
eSlUdo sohre 0 impaclo intra-urbano
de
urn" d s mats fantASlicas i n ' ' C n ~ O e s
de
to
dosos tcmpos:;\ energia eMlrie
:
. Conjecturas h certmnente, mas para conjccmras
a mente
humann
tem a liberdade e 0 infinito. r curioso registrar, ell
IXlssmrl
enos
sas expericncias pennitet11-1I0S nfirmar
iSlo,
que
a maioria dos eSludiosos do
S J l a ~ o
reage a essas o J o c a ~ o c s
em e r a l t ~ o
veemcnte quanlo impulsiva e Irracionalmen
Ie. dnda a falta de cSludos objetil'os e argumentos
co
nvinc
emes
c
ontra
elas.
No en
tanto. nhundam nos eMuda. espacinis
m e n ~ i i e s aOS
de
it
os dos transportcs c <las
comunica(,'oes sobre 0
c s p a ~ o
urbano olll1letropolitano
. quando
na verdade tais
ereitos del'iarn
~ r
apcnlls os dos tmnsporles. c n ~ o os das
c o m l i l l i c ~ ~ o e s .
Trmn-se
cc rtamell1C
de
u rna indcvlda gcncr. liza
(,'no,
par. 0 nlvel In ra_ urbano. dos
estudos
cspaciais rcgionais
ou
planelario.lI esse respeito c dc sc registrar
que cstudos
rcm ignorado
aml'lamentc
0 fato de que. ern qualq\ler
ponto
do espa<;o intra-urha
no ou illlr. IIIClropoliwno. os C\lstos
tin
ellergia e das comunica ..
cs
"nO iguais (ou
a preselllarn i r c r e n ~ i l s desprezfl'eis, quando as ri m), tomando esses cspa<;os unifor
mes ou
o m o g ~ n o s
do ponto de \'ista da disponibilidade dc encrgia e das comun iea
~ o e s Com os transportcs, cspcdalmenteo de seres humanos. a questa06 tOlnlmente
distinlil. No tocante a cles, a c s p a ~ o intra-urbano 6 aflamentc helerogi nco.
8/17/2019 Espaço Intra Urbano
http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 6/32
Uma scgunda
d i s l i n ~ i i o
nos
~
d ~ d ~ por l...lborgne e LipiclZ (1990, 19l, Esses
amores,
no dcscnvolvimenlo de seus estudos
segundo
a linha da d131ll8da Escola
F m l l c e s ~ da e g u l a ~ i l o depois de dclinirem como mode/a tie aeselwo/v;IIII IIO 0
con·
junto
formado
por llillmodo
de
r e g u l a ~ ~ o
11m
regime de
a c u m u l a < ; :
~ o
e
um
bloco
hegernonic
o,
perguntam: " . . sobre qual espa<;:o geografico sc reali7.a a unidade
de
um rnodel o
de
desenvolvimento? Admitiremos que C
o ~ s ( \ e
dislinguir, SroS50
modo,
r ~ s
n [ \ c regional, nacional c internacio nal"
(U
pielz 1977,1985). Como 0
espa< o urbano ou m e t r o p o l i t ~ n o n:l.o apaTece.
so
mos obrigados a conduir que 0
cspa<;:o que limila. que
enquadm
lerrilorialmcnte IIlna metr6polc, nao scria - no
p c n s ~ l I l c n l o dcsses aUlorcs - 11m espa<;:o adeqlmdo:'l analise cia IInid3dc
de
11m
madclo de descnl'olvimenlo. 011 seja, as delcrmina<;:,'es fumlamenlais
de 11m
mo·
delo de desel1l'Olvimcnlo podem n ~ o se art icular csp3cialmcnlc no nlvc l illlm-ur
b:mo.I', ais
uma
n ~ ~ o
a
se
rem
v ~ l i d ~ s
as
r o p o
de
sscs aulores -
entre
c s p a ~ o
illlra'lIrbano c regional.
Urna lerce
im d i s l i n ~ ; i o
cnconlrn'5C no dcJicado c incxplomrlo campo rlos crci·
los do espa<,:o sab re 0 socia
l.
Iloddy aborda lima poss
ivel d i s l i l l
~ ~ o entre os
s p a ~ o s
intra-urbano e regional. Segundo clc (1976,1 ), ..... dcfilli r urn campo de cconomla
polft ica rballll jgriro no originnll ~ argumcnlar que (; d ~ l J f r o jgrifo nossol
da
s cida·
des
(.
..
) qlle
os
crell
os do
e
spa
cial sobre 0 social S ~ O mais
fo
rlcs e e l l l c r g ~ r n como
6bvlos . a urbano' passa e n t ~ o a ser definido ern termo. dos efeilos p ( l r t i c l l l ~ r e s da
intcnsidadc das
intcr.'l;lles entre 0 socia I I 0 es paclal. pro''Ocadas pela forma c
spe·
e(Ji
ca
de art icula
<;:"-o
c
sp
ad
al
da
p r o d u ~ ~ o
da
c i r c u
a ~ a o
I
do
COIlSlllllO
, na
fo
rma·
«lio social".
I'or firn.
111113
fa
ixa rl
e ]>el111111hra. Trala,se
do
no\"o liro de "regi;'lo mhana",
urn misto de dd ade e c g i ~ o 'llie
eS lar
ia SlIfgilldo nos ES
lado
s Unid
os
c que
pode
·
ria esca par a diSI in<;:ao (lqlli fe iIn. Ser ia a rcgiao met
TUpo]illl
011 '''Hcricana con
lerl1
-
p o r ~ n e a polinllcleada. desconcentrada e rlispersa que, segundo Mark
Go Ud
icller,
s c r lima
fo rma
de • ... espa<;:o de assentamcn
lO
c a m c l e r l s l i c ~ dos ES
lado
s Un
dos . c
que
aindn -... n ~ o l I r g ern um 5el11ido < lIaHlatil
'O, em Ol
mos paises,
nem meslllo na Europa ind
II
sl riali:wda" (Gull diener, 19115, 9)'. Nessa
obr
a. u
que
GOlldiene.
cS
luda ou
mencion(l
SaO
processos intra·
II
fba nos, Ira
s f o r m a
~ o e s
em
elementos
da eSI rUl11ra
inlra-urbana: 0 cen l ro, a cldadc cent ral, os
I1uilOS
c
cntro
s
H n u c l e n ~ ; -
c 3 perireria esparsa. AnaHsa. por(;lIIto,:, CMmlura
inlra-
Ilruana,
po r Illai, que cIa aSSu",,, ;, esc;,
)"
de unm relliilo. Tmla ·
se
de lipo particular
de
espn<;:o mbano.
Espcci fi cidades do espar o intr urbano
Dc "cordo com Harl'ey (1982, 375),' 0 s p a ~ o 6 urn
:ur
ibUlo rnaleri;\1de lodos
os I'a lores de U
l<)".
Na
"erdndc 0 Inlllh
(i
rn
dos prodli los n;;o produl.idos ]lelo Iraba
Iho, ou scjn, qlle n30 slio I'alores de 50 simplesrnenle
por
n30 lCrem I'alor, como
os
ocennos
ou as monlanhas.
Ma
s Oquemos por aqui. 0 espa<;:o (i alribmo de um auto·
m6"el, do c
orpo human
o, de uma eadelra, de mil cdificio ou mn
eo
njulllo de edifi-
22
8/17/2019 Espaço Intra Urbano
http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 7/32
dos
c de umn eid:lde i meirn. Prossegue 11:1r.·cy (idem. ihid.), ··0 Irnl>:llho .j lil concre·
to produz "alores de uso em delCrmin:ldos lUC(l["('s". AS valores de
uso sao
lambem
con
sumldos
ern
-dcwrml
nndos Jug:lres . Telllos n t ~ o dois e s p n ~ o s : 0 dos obJclos
cm
si (produzidos
011
nao ]lelo tr:lbnl ho lUlmano) e aquele delerminndo pelos
o c ~ , b
o mle eSles
sao
prod uzid
os
e consumidos.
Aparece assim n q u e s l ~ o da l o c a l i z n ~ ~ o _ os locals onde
os
produtos ~ o
produzidos c consumidos. A o c a 1 i z a ~ l I o o:
~ i l o
a
oulros
objelOs
ou conjutllos
de objelos e:l
J o c a 1 i z a ~ a o urbana
c
um li
po espccifico de
l o c a l i 7 . a ~ 5 0 :
aqllela na
qual as
r c l a ~ o e s n ~ o
podem existir sem um
lillO
part icular de contaro: aquele que
en\'olve dcslocumcntos
dos
produlores e dos consllmidores entre os locais
de
moradia c
os
de
m d u ~ i l o c consumo. Corn isso, lemos dois o
ul
ros lipo.
de
espa
~ o os que en\'olvem deslocamentos - as ] o c a l i z a ~ o e s - e
os
que nao "nvo]\"ern
deslocamernos
-
os
objetos
em
si. Nestes liltimos. 0 espa<;o c dado por mla(,:ocs
visuais
ou por
conlalO direlo; na localiza<;ao. as
["('Ia<;oes
se
d ~ o
alraves
dos
trans
pori es (de prodlllos, de enercia e
de
pesso:ls). ~ s
comu i c a ~ o e s
e dil disponibil i
dade de infr:l-eSlrlllura.
NO
le-se, entretanto. flue 0
Iransporle
de erlCll:in, as eO
m u n i c a ~ o e s ea inrra-eSlrulura podem inexislir no s p ; l ~ o urbano. como
em
aldeias
prim itl\'as ou
em partes
de s p a ~ o urbanos algumas
d ~ c a d a s
atras. 0 Iransporte
de pessoas nao.
TnnlO p:lm 0 exercicio imetliato do Imbalho como pam u c p o d u ~ a o da
r o r ~ a
de
Ir
abalho. I
] o c n I i 7 A 1 ~ ~ 0
urbana ' ~ delerm inada n
~ o
por dais alribulOS. ~ o eles:
• Urna rcde de i n f r a e s t r u l u r ~ ; \ ~ a s , redes de :lglla. e5co105,
p n v i m e n t n ~ a o .
energ a. etc:
•
Pos
sibilidades
de
tmnsporte
del'rudulos de
lim ponto a oulro, de desloca
memo de pessoas e de o n n m i c : l ~ : o .
Dentreessas
possibilidades, a de deslo
camenlO
do
ser humano (para os locnis de Irabalho, de compras, de r v o s
de lazer. elc.) dominnrn a
s l n l l u r a ~ a o
do espa(,'o inlr.l-urbano, jli que,
entre
oS c ~ o c a l l l e n o s de malerias os do ser h um:l
no.
dominar:'i 0 l'ilt imo. Por
OlJlm lado, a necessidade de d ~ s l o c m n e n t o
do
ser hUlllano dominard as de
c o m u l \ i c a ~ 1 I 0
nn e S l r u t u m ~ ~ o
do
e s p a ~ o inlr
n-urbano
pais, como vimos, 0
CUSIO das
o m u n i c a ~ o e por
fax. telefone
au
lele\'isao Cpraticamen e 0 mes
Illa em quaJquer ponlo do
c s p a ~ o
urbano.
As c o n d i ~ o e dc dcs locamento do ser humano, assodadas a um ponlo
do
terril6rio urbano, prcdominar;to sobre n disl'0ni bilidade de
infra·cstmluras
desse
meSIllO ponlo. A accssibilidade C mais
Vilnl 1n p r o d u ~ l i o
de
l o c a l i 7 . a ~ o e ..
do
que:l
disponibilid"de de infra-cslwlum. Na plOT das i p 6 I c ~ e s , 1l1esmo nao hal'endo infra
eSIrUlum, 11m3 terra jamais poder:'i ser
co
osid"mda urbann se n ~ o for lIcessf\ el
por
meio do deslocamento i ~ r i o de I'cssoas I um conlexto urb<lno e n um con
junto
de alividadcs
u r b ~ n a s
... e isso exige
um
si
slema
de Ir:lnspOrte
de
passngeiros.
A recipro
ca
nao c yerdadeira. Alcm disso. u infm-eslrutura ~
produzida
e pode ser
reprodllzida l'elo Imbalho humano C cSlcndida:. lod:. a cidade. l [ ~ parses do Pri
meiro Mil n
do
em jue loda lerra urbana Iem Imla infr. -eslrulu ra: a o c a l i z ~ 1 I . o dada
pelas possibilldndes
de
deslocarnenlo
do
ser Immano, nao. Ela ~ como as obms de
8/17/2019 Espaço Intra Urbano
http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 8/32
artc e anligiiidades-
sa
o [mlo
do
lrabalho humnno mas
nolo
podem
sc
r rcpmduzidns
pelo
Imbalho hllmano ( tarx. s.d" LJ.
v
6. 727).
Os
produtos espedficos resullnntes da prodU(;:ilo do e s p
a ~ o
intra-urhano
nao
s ~ o
os
objel05
u r b ~ n
o s
ern
5i;
as
~
ns
mas
01L
os
cdiffclos.
mas
suas
locn
l i 7 . a ~
o e s . A
p r o d u ~ a o de
cdiffcios
ou
de
conjuntos de
cdiricios - A Noite. 0
Marlinc
lli
. Barra da Tijuca. Copncnbnno. 0 lardim
A
~ r i c a au a al'cn idn Paulista,
ct c. _ e
nquant
o objetos urbnnos cerlanwme p T O d u ~ a o de
s p a ~ o .
Entret
anto
0
( lama
quamo
a
p r o d u ~ ~ o de
cadeims.
~ r v o r e s
ou ca nelas. A
r o d u ~
l I o dos obje
TOS urbanos
s6
pode seT entcndidn
e explicnda se forem
eonsidemdas
suos loeali
z a ~ o " s
A
0 c a 1 i 7 . a ~ i i . o ~ .
ela pr6pria.
t a m b
~
11m produto do tmbillho e c cIa qu e
especinea e s p n ~ o imra-u rban o. Eslli assodada
aD
e s p a ~ o intra-urbano como urn
lodo, pois refere·se
1Is
r e l a ~ 6 e s enlre um dctcrminado ponto do tcrril6rio urbano
e
lodos
as dem
nis.
o cS
lU
do
das
fo
rm(ls
C
scm dIlI'ida estud o
do
s p a ~
o
urbano, mas nao
c
esp'"
cflico do s p a ~ o urbano. Muilo pelo conmirio, as fOrm(l5 sao (l lribUlo de todo esp a
o
( ~ r v o r e s ,
cade im s, (o nelas). No enlanto, pam
I xplimr
as forums urbanas - os
bairros, as
d i r e ~ 6 e s
de creseimento. a forma da
m ~ n e h a
urbana, a
' I r l i c a i z a ~ i i o
densidades,
Clc
. - C inuispens:\vel eonsidernr as r c 1 a ~ 6 c s de uelCrminado ponlo,
au conjunlo de pontas, com lOdn5Os demals pontos do s p " ~ o urbano.
Es
peTamos
mOSlrar n
eSf(\
o b r ~ (Jue dominalll essas ~ i 1 e s , que se maler allzarn a lrnvl s do
d e . l o < : ~ m e n o dos sereS h ",n,1I\06 enquanlO c
on
sutll idoms el O
i l
portadores de For·
~ a
de lrabalh
o.
t
a
que
,
em
o
utr
a ohm
( V l n a ~ a ,
1985),
ehamamos
de
O m U U l ~ f l 0
pflm
Ponamo, I an:lllse especlfiea do s p a ~ o inlrn·urbano nno pode lim ilar-se, por
cxcmplo. aos estudos d;\ p r o d u ~ O l o de cscril6rios na avcnida I'aulisla 011 de condo
mlni05 venicai.
nnllarra
da Tijuca e hori1.Onlais em Alphaville; nem regislrar quc
SOlo Paulo cresce mais p ~ T i l 0 leste e Porto Alegre telll lima forma
marc
ntemente
incaT. ~ preciso cxpllear par que as condomfnios s ~ o venicnis e n ~ o horizontais, e
vice·vcrsa ; em segundo lugar, por que produzi ram as locali::LIf es 'PIl?SCII/(I(/(U
pcl a
a\'Cnida Paulisla. Barm da Tijllca o u Alphavillc, e nao af]\lelas rcprescntadas pela
avcnida Aricanduvll. Relron Hoxo , S<1p imnga (P,\) Ott h a f ] u e r ~ . Nao hasf(\ expliear u
a
benura
da avenida
Ri
o Branco, no
Rio,
cumO frUlu
d,
t
s p c c u l a ~ i \ o
imobiliMia.
a
csludo especffico
do
e s p a ~ o
intra·urbano
devc ra explicar por
que
cia fo i <1berta
na
l o c a l i 1 . a ~ 1 I o (Jue
fo
i e
n1l0
em
OUTra
qualquer. N3.o basta expliear 0 desenvolv
imenlo
inuuslri,,1 ue Slio Pmll o
no
longo das ["rrov ia
s,
na primeira
mctadc
do
s4 eu
lo XX.
predso explica rpor que esse desenl'olvinwmo ocorreu ao longo de Utn<1 ferrovia
a que dmnanuava San lOS - , e n3.o de outra - < que demand va a
Ri
o.
No
caso dus
mctr6poles brasileims, cnee{'ssario cxplicar
par
que as ca madas de alia renda se
localizam em
nreas
mais centrajs, produzindo grande quanlidade de edificios de
• liVe"
1<1.
Pa Il,t
a.
Co 'I"'<'<>t"" ,a. IIcI o, I
11<
e
II
nq "e","
n
s.lo I ' ,Ie rn ""1"'0;<> g " " " , ~ IIlc"
I , r ~ "
Ie I ,
coniine," •. M p s0c5 1m .," Ida 1"'"11", e .nr Col,.cab • .10 t ' ' ' 'o pols
""lrul.1m
IM I:t de
' P ~ " b"loiru p
re
,
islcn
lCII."mld, 'nu
l;
"
•.•
n' ubIllD ••pa;<>
,oein
lc
I"'n
lo
de
p"nd",esc,ilo rl",. d
Ill"
c ' I " ' ~ ~ n.lI>
mil
nn .,.;0.11..
",,,,,,ld
p""I;'t.
c
Colla".h,,,n
de
9 ~ O
_
Un' '1"0;0 "
n• •""nld
P:mll "
Cop. ,ban.
00
toon
s.'t " ,>uno.
Po,
I .... ~ n '
I N a l l u r ~ D
1 ,
mrtllln
p<N ...
8/17/2019 Espaço Intra Urbano
http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 9/32
: parla mCnlO Cnilo prcllominanremcrl e em aparramenro$ suburbanos _ como na
Barra da Tijuca - nem em
i l l ~ n d a
unifamHiares suburbanas _ como em
Alphaville. Fin:llmenle - e :lqrli eslll
lIl1m
questiio vital para a comprecnsilo do cs
pac;:o
inlra -u rbano brasileiro - .
por
q uc as carnadas de alta
re
nd: ,
quando
vll.o
para
os sublirbios - llarra d:lTijuca, Nova Lima, na Arei Merropolirana de Be lo Horizon
C ou Alphaville - cscolbem certas 10ca liz
ac;:Oes
suburbanas e n ~ o outras. como
Belfort Roxo. Venda Nova
ou
taqucra.
Ao
mcsmo Cmpa, e preciso
entender
~ illl
pHcac;:oes c as
consequendas
dessas
l o c a h a ~ o c ~ ;
em
reSUIllO.
e I'rcdso explicar as
l o c a l i 7 ~ o e s
intra-urbanas.
Para ilustrar a especificidade do e s p a ~ o inlTa-urbano, veiamos urn
ponto
de
panida tilo fundamental q lIamo elementar. Quais os processos sodoespacia is intra
u rb anos mais imponanles e significalivos e que por isso lIevem merecer maior illen
c;:ilo
por
parte
dos es ud iosos?
As
a n ~ 1
ises e
tL'Orias
sobre 0 IIcsenvolvimcn
to
ou
es
t r u t u r a ~ : l o
(ou rees nllura<;:ilo regionals h ~ muito responderam a cssa pergunl
a.
I
[(i um razoavcl conscnso quanta it importanda de alguns proccssos socioespaciilis
regionais, como aqueles ligados II
urbaniza<;:ilo,
as rcla<;oes enl re a inllustriali7.a<;ao e
a r b 3 n i 1 ~ 1 < ; : i l o . no lIesenvolvlmento e g i o n ~ l l I e s i g u a (nacional ou planet:lrioJ. lIi·
, ~ s : l o internaeional do tr.lbalho. as r e ~ < ; o e s entre os mollelos de dcscnvolvimento
-
l1a
dcfini<;:lio
aeima, de Lipict7.- e eSlrutura<;:iio erritorial c g i o n etc. Apenas
para
l e n c i o n ~ r o caso mais conhccillo hastnria lembraro prestigio intelecrual hoje
desfnuado pelos estudos regionais e planetMio prolluzillos com
base
nas idelas dn
ch
am
ada
Esco
la
Francesa
dOl n e g u l a ~ ~ o .
os quais
\ I ~ O
desde 0 Sunbeh .r Snm"belt
aos
e n t r o ~
de c
re
scimenl0 ilcxl\'e . como os lao difundidos casosdo \lalello Sillcio,
Emllia-Ronmgna. Corredor M·4 e OUlros (Rodd)', 1990) .
No manto, ao conlr:lrio
1I0
q
o
vcm ocorrendo
com
os e s p a ~ o s regional e
planelario. n:io se dcscnvolvcll. nas IHtlma. decadas. nenlluma corrente de pensa·
mento
volwda pa m os processos soc iocspaciais int m- urbanos mais significat ivos. c
muito
meno
s pam as conex3es entre as I
a n s f o r m a ~ o e s <las
esferas socioeconolllicas
e as espaciais. Estas refcrir·se·iarn nao a p e n ~ s aos efeltos das transformac;:ocs
sociocconomicas sobre 0 cspa<;o
- que C 0 mmo de im'estiga"ilo mais frequente e
desellvolvido - ,
mas
lambem o o p o ~ t o , iSlo
c,
os
cfcitosdas
trnnsformac;:oes espa·
ciais soh re a esfera soc ioeconomica. nmilO menos frequente,. Finalmente, pode·
riam referir-se tambcm - e mais corrctamentc _ it dialctica sociocspadal (SOja ,
1980). Tal dialctica. cnlilo, c quase totalmentc ignorada.
Cobe entilo reit
emr
n pergunta: quais os processos socioespaciais
imm-urha·
nos nmis signi ficalivos e importantcs? Por que? A,'el1temos algumas hip6tcscs.
L Scria a versilo imra· urban do desenvolvimeruo regional e planet:\rio desi·
gual? 5<:lri3 C l l ~ O u 1I0 lIescn\'olvimerno IIcsigual do espac;:o illl Til-urbano?
mitar·se·ia esse s p a ~ o a queslilo
centro.r
periferia?
Z. Seri;,
urna cvcmunl
(endenc i:.
lIil
S
rnetr6polcs
no scmido lIa dcscon·
ccntrar;iio polinu<:kada eda formar;fio de eno rmes "nu "
ens
urbanas",
como
as ident
ifi
cadas por Gondiener (1985), que existirial1l apenas nos Esta llos
Unidos?
8/17/2019 Espaço Intra Urbano
http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 10/32
3. Scria a c b ~ m a d a d e c ~ d e n d n
do
s
ce
ntr
os
principois (CIlDs - C
entral
J3usiness Oislrict
)?
4.
Scria 0 surgimcnlo de novos (:cnlros a[ cTrl;llivos
,lO
SCnOs?
5. Scria 0
deslocamcnlo
c
lo
u
~
c x p a n s ~ o
lIos
e n t r o
prindpais
omi gos
I
a for·
ma l;ao dos chnmodos
'centro
s expondidos"?
G. Ser
io
a scgrcgnl;;;o urba na? Seria mio
56
a c g
e g n l ; ~
mas a posil;lio r lat il'a
dM Areas segregadas no espa .o urbano.
co
mo nn
de
sc ri l;lIo
de
Mnnchesler
fei la par Engels (l l78, 579) ern
The cQndition
oflil
wQlkingc aJJ
III
England
1111844 ou nas dc J3urgess
119G8
47)
IWr.l
Chicogo?
7. Ser
io
( I dcslocamcnto espocial das s ~ sociais?
8. Seria a
e r t i c a l i z a ~ i i o ?
Fin"lmcnlc, qllais scri,\ll1
oS
p ri
ndp is
elemenlos da cst nuurn espaei"l im m·
urbana
e por
quN
Essas Il ucslues elerncmarcs nilo lern sido siSlemmicameme eX jlos tas e de·
s e n v o l v i d , , ~ - muito menos imcrprclad s ou cxplicadM - , nas llhimas d ~ c a d a 5 ,
pelos eSludiosos de origem morxislo (pr6xima ou remola), excctuada l o l v e como
jA vimos, ~ efcmern Cquesl ionada incursilo dc Cast e
ll
s no assunto, em UI qUC ilioll
IIt/millc. I'ortanlO. ns
e m ~
sohre Os q u ~ i s
l ' C r ~ a m
aqucl s pe "Runta.'I'C
r111anecem
abondonaclos e elas, sc m rcsposla .
Sc
nao lu\ conscnso. corrente 0 'B"ni lA, d
d ~
pens,mtcm o oelll
i n V e L i g n ~ o
emp/rica
s i S l c
m ~ l i c
sobre c$p;[\:o intra-urbano.
como
h:ll'ia, por cxemplo. com a
Geogmfia c Economia urbonas
n c o c l
~ s & i c a s ; sc ~ prccrtrio 0 conhecimento desse
e s p a
~ o inlra-urbano; 5e n50 h:i conscn50 sobre os p
ll)C
essos socioe5pac iais intm·
urbanos mais imporlanl es, e flue por iS50 de\'cm se r cs lmlados, como e posslvel
aaedi
1 r min imn me nt e em q u3lqu
er
1coria do espal;o intra-milan
o? Sc
limilado 0
mmerial empiri
co
I le6.ico SiSIC1lLalizudo c
clabomdo so
bre c p n ~ o imm-mbano,
como aceilar. para esse p a ~ o . processos socioespacia
is.
m e l o d o l o g i ~ s .
pamdigmas
ou I ~ o t i n Ira
0
5 p
l ~ n
tndns
<la
s anfillscs regionnis?
Para finall zar. aprol'eiternos as ouset\'''l;ues
adum.
sobre 0 papel
<io
s des io
calncm
os cspaciais
do
set
human
o como espccl/icador do c
.p
a
l;O
i
nlr
a- urbano, para
rcgisLfilr
que
nllo .:onsldcrnmos as lIrcas mClropoJilanas regiues. Como pretendc·
11105 mOSlmr nC51a obm.
~ i i o
clas assc ntalllClllos. OU COlllp"rl im< nlos
t c r r i L o r i a i ~
est rll(uradus pclos
desloc<I menlo
s d
os
sctC s hmJl;lll
OS
c n q u ~ nLO consumidorcti ou
portadores
da llIe l'cadoria ron;a de Irnbalho: sllo. ]lor isso. ci
d
des _
por
maior c
mais i m r o n ~ n t e < globnis q
ll
c S< j3 111 . e por m3i5 q
lie
induam vii rios Illunk/pios.
Silo
um
lipo particular de cidade, mas silo cidodes. Nilo silo regiues. ror hso, Ilcstn
ohm, $f. nos \llil
i7_
,nt
oS
dn cxprcssllo
dn:n
c
n ~ o rogil1n
melml o/i/ml(l
.
Abordagens dos e 5 p a ~ o s intra-urbano e regional
o aspeClo centra l neSla qllcstiio ~ s c g u i n t c as re)al;0C S, 011 as e d i ~ 1 i c s ,
en
Ire grand :s Imnsformal;ucs socio
cco
nflmica.. nnc ionais Oil plallCliirias
e.
de
8/17/2019 Espaço Intra Urbano
http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 11/32
um
lado, as
t m n s f o r m a ~ 6 e s
espm:iais regionais e, de outro,
imra-urbana
s sao
s
me
smas? Por quais
m e d i a ~ o e s
passam as
r d a ~ o e s
elllre, de urn lado, a
eSIT\lIUra<; lo
do
p a ~ o
intra_urba
no
das difercntes cidades de urn pais
e,
de oUlro, as grandes
l r l l n
r m a ~ 6 e
sociais e econom ieas
~ p e r i l 1 \ e n t a d a s
por
esse pals, 0
grupo
de
pai
ses ao qual esIC pertence e mesrna
II
sacledadc mllndial7
N o ~ ~ a
lese 1 de que tals
m e d i a ~ i l e s passam fllndamenlalmenle pclos r a ~ o s nacionnis dcfinldores da eSITU'
turo e dos connilOs
de
classe
e,
ainda, peln
d o m i n a ~ j j o
politica e economica
( r n v ~
do e s p a ~ o intra-urbano. Tal s r a ~ o s se mllnifcslam na cstnllura
s p ~ c i a l intra·urba·
n ~ por
meio da
e g r c g ~ ~ ~ o .
que passaa
e r e n t ~ a
0 processo central
definidordessa
estrutura. Esses
l r a ~ o s
silo ba
stante
inel;isticos
em
face
de
algumas
r l l n s f o r m a ~ o e s
socinis e econ6micas nac ionals e plancltirins.
Nossa antilise do
s p a ~ o
int Ta-U rbano
de
scis met r6poles nacionais lTlostm qUI
a
16gic1I
bfu;ic;J
de seus
s p a ~ o s
,OIlCO
se alterou nos
111tilTlOS
cern anos, por rnals que,
nesse pcnodo. 0 capitalismo brasileiro lenha se allerado. seja nacionalmenle. seja em
distintas regii'les do pais. Claro qu
e,
se. p o r c ~ e m p l 0 neoliberalismo faz
aumentaro
desemprego e
II
pobreza. ilSareas pobn:s de noSS.1S cidades aumentarao. Essa
C};pl
iea
~ ~ o 1 1110 venladelra e 6bvia quanta pobrc. No nfvel intra.urbano ~ fundamental en
lender como
essas tr.lIlsforma¢es
~ o fil
tradl
ts em
nossa sociedade e tradur.irlas
em
e s l l l J l u r a ~ i i o e
reestmlur.l ;iio-
e niio apenas
em l t e r a ~ i i o -
do cspaliXl urbano.
Para mOSlrar a
d l s t i n ~ ~ o
ent
re
os
s p a ~ o s
illtra·urbano e r e g i o
n ~ l abomare
mos
a segui r os pensam
ento
s de alguns notaveis analistas
comemporaneos
do es·
p a ~ o Vejamos inic ialmentc 0 pcnsamcnto nacional sobre a questao. utilir.:mdo·nos
do enfoque de alguns
de
nossos mais bril1mntes estudiosos.
Queir6z Ribeiro (s.d.) e Queir6z
Ribei ru
e
o r r ~ a
do
LlgO (5,.
L,9) vl cm na
pro_
m o ~ o
imobi
li
llria 0
elemento
de
H g a ~ ~ o
entre. de mn lado, as
t r a n s r o r l l l a ~ t i c s
macroccon6micas nacionais C, de OUtTO. a
c e s t r u t u r a ~ \ o
intra·urbana. Desenvol\'em
imponnnte
n v e s t i g a ~ a o sabre a alivid;Jde imobiliaria no
Bm
s illlrbmto.
~ S s l l n t o
mui
to
p r 6
~ i m
o
ao
s r } a ~ o
inTra·urbano, razao pela qual
SaO
impelidos a aborda-Io. Os au
tores expHcant
por
que os lucros de
n c o r p o r a ~ ~ o .
dl'rivando, segundo cles. de tmns
f o r m a ~ 6 e s
no uso do solo. prol'Ocam Ira
l s f o r m a ~ o e s
intra·llrbanas. l'rocl1ram. entao,
investi ar as conexocs entre 0 recente advento e difusao
d ~
"modenm
i n c o r p o r a ~ i l o
intobilillria" e aquelas
r a n s f o T T n a ~ O e s .
Nesse sCll
ti
do, chegam inclusive a considemr
essa
modema n c o r p o r a ~ i l o
a call53dom
dn s c g r c g a ~ a o
espaciaL
\
dinilmica constru
liva empresarial cOllccntra-se e renova intensamente os nucleos urbanos. elili1:ando
e scgrellando essas :\lcas das gmndes e
m ~ d i a s
cidades. especia\mcntc <las capitais.
No Rio
de lane
iro.
par cxcmplo. eSlima-se
l1ue.
no perlodo
1 9 B O - I ~ 6 6 .
13,8% dos In
l'Cstimentos
realiz..1dos
pelos incorporadores tenham se localizado rms 7.Onas Norte,
Sui e
n;].
B:ma
ua
TIj u
ca"
(Ribeiro. \992).
Em
Porto Alegre. as unida ucs conslruidns
n
cenlroda
ci<l
adc passamde42% do
totaldacidndeem
\982 pam65%
em
1989 (Havalt
i.
199
2).
Nllrneros semelltantes podem
screneorurados
para 550 Paulo (Galeno. \992),
Amcaju (Oanlas, 1992). Nahll (Aralijo
&
C.1mara.
1982,
e Pelit Mello, 1992) e Salvador
(P
inho.
1992 ). Conduem
Ribeiro e lago que
.....
em todas as capitais produz;u·se 0
mesmo modelode
S p a ~ o
urbano segl'<1:ado edifercnciado;
i s t o ~ ,
a
modema
produ·
8/17/2019 Espaço Intra Urbano
http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 12/32
~ i i o
de
s p n
~ o s rcsidcnciais pnra us c I ~ s
c m ~ d i ~ s
no
CCOl
r c conscqucntcmclllc
cx
pulsao dns camadas populaTes pnm n pcrifcria".
Esses rgumeruos ofell"cem Mrtilmalerial para a inves
tiga<;llo
dos processos
de
S I n
H u r a ~
i \ o
espacial intra·urbana,
~ r t k u l a r m e n t c
pam 0
que
julgamos ser fun ·
damental: 0 da e g a ~ 5 n , Suscitam imponantcs n d a g a ~ o c quantn 0.0 rcal pape1
da mooeTna i n c o r p o m ~ ~ n imobililiria" na segre
ga\ifi
o espacial urbana, pois, afinal,
lanto a
p r o d u ~ i i o
i m o b l i ~ r i a de l J a i r r o centntis pant as dasses mais alias como a
cxpulsiio
das
camadas populares para a perifer
ia
antecedem em muilas decadas a
nova i c o r p o r n ~ i i o ou ,,"modema r o d u ~ a o de s p a ~ o s rcsidenciais". Por outro IlIdo,
cabe imlagar: eSI" corrcla a :Ifirma\iiio de que essa e g r e g , , ~ o e tao "espalhada" no
municfl'io do Ilio de Janeiro? $im, porque 0 trccho cltndo se refere
penns
ao muni
cfpio, c as zonas Nortc, Sui e Barra da TIluca cnmpreendem a nbsol uta nmioria da
cidade. ou seja, 76% de sua
p o p u J a ~ i l o
(faltaria apenas a
chamada zona
·Oes
te
Bangu, C mpo Grande, S.1 nta Cruz e Gliaratiba). A scr valida a conclusao , nao h c·
ri:l segrega\iaD no Hill de Janeiro, pois 73,8% dos il\\'estimenlos
rellli7A1do
s pelos
inc
orpo
radores eSlariam oco rrelldo numa ~ r e a
que
cngloba 76,5 % da p o p u l a ~ 1 \
Melo (1 990a, 169J afirma que •... a d i n ~ m i c n de
urn
regime de c u l l l u l a ~ 3 0 ... e
que
determina
a
forma de
r o d \ l ~ ~ o e
t r n n
s f o r n \ 3 ~ i i o
do
p a ~ o
conS
lm
fdo".isso, en ·
tretant ,nilo E suficieme para explicar
:1
e s t n H u r a ~ a o intra·urbana, como
0
surgimel\ o
de
no\'os
e n t r o ~ ,
a decadcne ia dos lImigos, a o c a l i z a ~ l I o espacial das classes socials,
etc, Pretendendo analisar cspccificamente a r c e s l n . l \ u r a ~ l i o intra-urbana", esse mllor
"fi rma (
I
l90b,
-
8
) : ·0
impacto espacial mais dcstacado
dOl
cris.c fiscal
c
a tendl ncia ao
r c r o r ~ o
da s e g m e n t ~ i i o dos s p ~ o s intTa -lIrbllllOS definidn por umn
c o
n c e l l t r n ~ 5 0
"sp:lI: i:11 de il\l'est itnentos imobilitirios nas areas cent rais dos grandes cent ros mba ·
nos ,
Tal p o s i ~ i l o c
re iterada e
rn
OlitlOl passagelll (]990a, (78), ern que SOl explica 0 ore·
f o r ~ o da
s e g m e n t a ~ i i o :
isso consiS e no resultado da queda na provisiio da infrn-es·
trutuTil. Heferindo·sc
it
crise dos anos
60.
dcclara que".« a crise da n t c r v e n ~ : l o publica
na ] l r o v i s ~ \ O de infrn-cs nllllm urbana exacerbn 0 dlialislllo
ce lU
ro l.'emu perifc rias
lIrbanas. A r l ' C S I r l H u r a ~ i l o
do
mercado imobili:1rio na cri
se
implicou, por lim lado, a
) c o n
c c n l r a ~ i l o da alividade de
o n s t r u ~ a o
residendal nas Mcas cemrais e, porou-
tro lado, a sua marcada
e l i t i z a ~ ~ o
..
: . Os, ratos, porem, parecem contrariar essa
con·
clusiio.
Os
anos 80 marcararn precisamente uma enorme explosao dos illveSlimentos
illlobilifirios orientados pam as eli tes, $ejam 0 de escrit6 rio, sejam os residencia is,
fOl<' das fireas cenl rais dos grandes centros urhanos. 5:10 os caso" de Al phaville e
T a m b o r em Silo 1';)1110,
onde
foram r e ~ l i z a d o
enormes
empreendimcn(os lanto
re
sidcnciais como comcrcia is e industr
ia
is: da 3venida Lu is Car los Berrini,
onde
hli
empreendimemOl< comerc;a;.' apenas, em S;io I'aulo; da Il.arra dn Tijuca ou. ni nda, de
1l0aViagcm, no llL-e ife. Poder-sc-ia perguntar:
se
a e & m c n t a ~ ~ o dos s p a ~ o s ~ d e f i n i ·
da
por
lima conccntnu.ao L'spaci,,1de in l'estilllL'lIt os iIllObili:irios, 0 que enlilo
fi
ll ·
r ll a o c a l ~ 1 < ; : i l o dessn ·concent i l o cspacial dos inl'C
Sli
mcnlOSimobil iarios"?
AtE
qu
e ponlo a s C c n t a ~ o
do
p a o intnH ,rbullo I del'ida a manifesta·
~ o e entre n6s, de
l r a n s f o n n a ~ i j e s
no ca p
il
alismo global? Ah'i
que
ponlO decorre
riam _ COIllO {Iuer e i r 6 ~ (idem, ihid.) _ da m l l a ~ a o {(
,oderna
incorponu;:ilo
\lale
8/17/2019 Espaço Intra Urbano
http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 13/32
8/17/2019 Espaço Intra Urbano
http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 14/32
produtivos e timmceiros
ao
pma Londrcs, T6quio
ou o \ ' ~
lorqlle; podem a ll cxplj·
ca r par
que
a indllstria de IlOnla
vai
para
n
Ten:eira
1Ijl1a,
mas
11;10
lem co
ndi,
ocs
dOl
explicar as
1 0 c a 1 i z m
; . i j ~ s inl rd·U rbanas daqueles sCr\'i,os,
nem
suas implica,ocs.
Passcmos ugora para a abonlagcm de cstudiosos o:slmngciro
s,
Manuel Castclls
foi
0 linico
dos
contemporancos de origem marxi
sta
que
aprcscn
lOllllll1a proposta
de nbord1lgelll te6rica abrangente do es
pa,o
intrn·urbano em
In qucsl itm ur milU .
Ent ro:lan lo, SlIa propoSl" 1l;'0 ['rtJspcrou ja qtlc ele pr6prio
abandonuu
esse
ca
mpo
de
i l l Y e s t i g a ~ a o
scm tcr deixado scg
uidort".'
s. I\pe sar d isso,
lem
mantido algulil inte·
ressc nas quesloes referentcs aO e p a ~ o intra· urbano,
cmbora
scm a a m b i ~ o
de
profundidade
lotaliz,111 Ie demonsl rada nn ohra citacla acima.
Fazendo uso cle Ulna contrihu i,ilo rece
nte
de Caste
ll
s de 1994,
vamos co
nti·
nuar a tecer consldcra,ues subre um
clenlento absolutmnente
fundamental da
es·
truillra territorial intra· urbana:
0
cenlro da cidade
011
d ~
metr
opole. Inic ialmentc,
conv";m deix"r daro 'lUI:"; n e c e
r i o
estar atenm pam 0 f<lto de qu e.
co
mo
aC<lba·
mos de vcr, variatn muito os conceitos e as realidmles rcpresentadas pela cxpress;"\o
lllT
urbal/o;
c prcciso, pois, call1ela na inwrprela<;:Ao
de
sse \'ocjbulo e tmnbcrn
1m sua l l I i 1 i z a ~ a o
Ele
pode designnr 011
os
chamados centros tmdiciomtis (i mpro·
priament
e
ch
amados d
e his
t6ricos"). como 0 CBD dos americanos: pod e tlesignar
urna Mea ceotral mais ampl". como a que os llTbanislas lJ rasileiros ehamam de ·c
en.
tro expandido"; pode at l mesmo signil1car cidade centml. especialmentc no caso
das ddades mllcricanas. 'lue freqlicmemcnIC tem jrea territorial pcquena. lanlO
em termos absolutos como rela
ti
vosas
extensoes da s
re
spectivas
jleas
metropolita·
n"s: finnlmcnt c. em an:\ li >'Cs regionai s. p
ode
sign ifica r
jreas
met ropolit onns intc ·
ms. Hefe rindo· se lis d dades da Europa Od denl ai , d iz Caste lls (199.1, 26\: "0 cent ro
<.Ie neg6cios
con
s litui·sc de uma infra·estnnura de leleeutllunica,u s, cornlJnica.
~ o e s , servi<;:os llTbanos e p a ~ o p;]ra escrit6rio, bascados
em
i n s t i t u i ~ i ' i e s tecno·
16gi
t:as e inst il ucionais.
Ele
prospera a partir do
pmces
samenlo de infornm,ues c
f \ l n ~ o e s de controlc. .
...
vczcs c cornl'lernentadu pur t ; l a ~
e
de lurismo e via·
gen s.
Elc
e 11 no do p a de fluxl1 s que caracteri .a 0 espa,o dmninante
da
s soc ie·
dades infonnacionais". '
lncidentalmente. e CllTioso 'lue Castell s nao mcnci
one
liS
ati\'idades -
ou
i nst it u i ~ u e - cuitu rai. COIllO as especi
fi
cas cl
os ce
nllOS . Nao s cia to
se
ClI stells
sc rererindo it utll "
eentto
expandido"
Oll
a lUll centro t ~ d i c i o n a l _ o CBD, por
cxemplo. N o cnso de N o \ ' ~ lorquc. u CCTllTO scria ilha de
M ~ n h a \ l a n
inteir<t ou npe·
nns parte ao
su
I
do
Ce ntra Park? N 1 C e qlle ele lambent n'io incluiu as institlli·
~ u e s educnciona is nesse cenll'O (se livesse incluid
o.
ele estllri:l, obvi3l1 Cllte, sc tefe.
rindo
a
11m c ~ I I r o expamlido ).
mas
apenas atividades
lJruem/fl5
em Instliui,o"les
cducacionais. Scja como for, tiC;] claro qlle CaS\ells e S I ~ seml're 5e referinclo a um
centro de unm cidnde ou arca metropolitnn'l.
.
· T , ~
b," n",,' .f is ,
.<ie
I' 01 t"fr"""C1L ''''
I
,,,i<:cnnLm,,,, c;,iu,,
<
e"",,,,un
ica
,ion
<
,b.
""rtio:con',,' nm""
'I"""
b.-.-l "I"''' Ie. < " ' ' ' I l Y n L \ ~ OIl"c.,1nnall ""'It,, , on..
ft , ~ r i
" " , , ' IIn''' :h Inf
"mt
"llon·
p , , , , , , , , , , i , , ~ on<i
control
(un< ,ions . II
> ><>mc
, imco compiCmtnlOll by ,,,,,,;,m
und
' ' ' ' ' '
{.ci
ti,
i .. It
is
'h
t
,It r
Ih
t .
t
t ,: r
11«
....
Ih
, <h. ,c 'c';,• • I ~ C ,I",nio,ant <[l'Ct flnl ,m.tin .1
30
8/17/2019 Espaço Intra Urbano
http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 15/32
Galtdiener
al)()rdaria de
amra
maneirol: referir-se·ia meu 6pales
pali·
nuc\eada
s.
rcca nhecendo,
au n ~ o ,
que um, e 56 um. dos cemros ser ia 0 principal.
Gattdicncr usa ria usincss
CClllers
no pl ur.d, c
n;}o
usiness IXlller. Assi m sendo. das
duas
uma:
ou
Castclls e Gottdiener realnlcntc divergcm, a u entiio as
cldadcs
norte'
amcrlcanas-
que s ~ o as eSlUdadas porGoudiener - s ~ o Tealmente diferentes das
da Europa
Oc
idcnl
a l - as quais
se
refere
Castells.
Em
quaJquer caso, cobcm as
sc·
guintes
n d a g a ~ ~ e 5
tipicmn
ente
intrn-urbana s: nesse
aspecto
, como silo as c
id ades
hrnsileiras?Ql.Iais as processas que
\,o)m
ocorTendo
em
seuscentras?
No
nosso
casa
.
os gmndes equipamen tos mctropoli ;1I10s exemplificados
por
Caslells estarlam se
localizando nos centros tmdicionois (ou encostodos
0
eles), co mo
0
Te leporto do
Rio
de
loneiro? Em coso afiTl110tivo. por qu,,; 51: nilo, par que? Estnriam se localium
do em centros
expandidos - rnu ito a fastados dos ce
nno
s tradicionais -
como nos
casos dos avcnidas
luis
Carlos Berrini.
au
da marginal
do
rio Pinhei ros
em ~ o
P
au·
10.
au
na regiilo do Shopping Iguaterni. ern Sa
lv
ador? Estariam sc 10caHzando fom
ate
mesmo dos cc nlros e
xp
andidos, como na regiilo do Centro Empresarial de Sao
I'aulo (giga
nte
sco COlli plexo de escrit6rios construfdo lla d t cada de 1970 a 15 qull ll
metros ern linhn reta do centro principal), ou junto ao Centro Adminlst rativo
de
Salvador? Enfim. quais
as r a n s f o r m a ~ i i e s
territoriais
por que ~ passanda
os
cen·
uos da
s metropoles brasileiras e
porquN
Silo
closcausadas
pela
a c u u
l a ~ ; l o
fled
vel, pela realidadc p65-ford istn, pela g l b ~ l i ~ n ~ ' a ( ) l seconomlas nadonais,
011
peJa
nova soci
edade
informadonal?
Em
qual
quer
caso, nossas metr6poles
permaneceri·
am e\,entualmente
COlli um
cenlro principal apenas. trocando
0
' \'elho" (Iradicio
nail
I>or urn "novo"?
Fin
allllente. as principals
ques
t6es. especificamente intra·ur
banas: par 'Iuo: as dilOS centros
novas
So.
instalanl na rcgiilo
em que
se instalam
c
n;\o
em OU rd
qualqucr? Qual
a r a z ~ o
de sua
l o c a 1 i z a ~ ; l a ?
Quais ..
s i m p l k a ~ o e s
e
conseqilcncias de sua local
1 . a ~ a o ?
Castells disco rrc ainda sobre oul ros proGCSSOS socioespaciais inlra ·urbanos;
sobre a
c g r e g a ~ l I o
espacial
tins
elites nas citlndes do Eu ropa Oddent al. di
7.
que. 1\.
essa dasse
n ~ o
fal p:lra os subllrbios _ ao contrMio das arnericanas _
c cmm
c ia.
scm
descn\,oh·cr.
uma
hip6lCsc. a nosso vcr. correta: a que relacionn a
c a ] j
z a ~ i \ o
intm·urbana
com a t l o m i n a ~ ~ o [idem.
26) :'
"Na • cidades europcias, ao contrario
das america na
s.
as areas residenciais l'ellhnente so llsticadas tentlem a apropriar·se
da cu1tura e h ist6ria urbanas. localizando·se em :\reas reabllitadas da ddade cen
tra l. enfalizando 0 fato fundamental
de
que. quando a
o m i n a ~ ; l o
esta
daramcnle
estabclecida c opJicada. a elite nao neeessita ir para 0 exllio sllburbano. como
fir-e·
rn l l 1 1 ~
fragcis
earned
rontadas el i e
. american".
pam
cscapH
do
can
role
d" popu
l a ~ a "
urb;mn (com as sigllifieatil'3s
e x c e ~ 6 e s de
Nova lorque. Sao Fmncisco e
Boston)" . ,
•
limbo,.
" ron
ocio
..
m" ' t m t M ~ . ' I < > ~ ' ' ' ' ' ...
,
I/I I ' ( O
, , , / ~ ' m ,
,
,,,,
..
<
nd";te"'
o ' Mo "
obm,
.,
"In
I:""'t""'" dties.
""lit<: in ,\meric
a. lhe
,ml)' =I",i,,,
""id"nl",1
me,,",le,,"
lo approp,i.te
u,ban
.u
t,,,
,,,
and hl,,,,,y. by toc;rU"g til ",h.biii,"oo" , , . . , . uf <l,e <
en""l
city. c m l ~ ,
. .
<i"K lhe b".ic I
.e
,h
.
whon
domln.tlott
I, e cOlly ... h l i . h e d and ."fu,.ed. theelitedocs IIol n""d to gu in'o a ,ubulb
.n
""
;t,,.
IU
the "",,ok attJ
, f u l
Ame,ic'
eli,
,,. did lo
<"" p" from
'he
co "oi of
th" urb.n 1'01'"loti,,,, l
with
the
I ~ n i f i < . , c"""1"k>n, u f N ~ · w l \ " ~ .
$ . c ; ;
",,<111<'''''''1:
8/17/2019 Espaço Intra Urbano
http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 16/32
E n r e l ~ n t o .
hu
uma
qucslilo m ~ i s
i n s t i g ~ n t c
-
c. p ~ r a
nos. IltlCSfionuvcl
e ~ l b o r n d a por Castell s: a f e 3 ~ ~ 0 que
se
estabc ece enlre a estrulUra. espacia Intra·
urbana e as a c r o l r : \ 1
r O f m a ~ O e
socioeconlimicas. Oepois de uma r;lplda eX losi
~ i l o
sobre est rutura espacial
nas
cidades da Europa Ocidental,
nfl
rma ele (idem,
28)
que "os
grandes
centros mctropoliwnos ellropeus apresentam algumas varia
~ i j e s
em
tomo
da eS rUlura
de
p a ~ o urbano que
nos
resuillimos rfc/lenrfenrfo
tie
sell p pel rfifcr mciarfo
n
e;;onomia el' rofJ'Jia igrira nass01. Quanta mais baixa sua
p o s i ~ i i o
na nova rede informa.cional. maior sera a diflculdade
de
sUa t r a n s i ~ l I o do
estagio industrial e mal5 tradicional Su a cslrutura urbana, com os antigos c consoli
dados bai rro. e leas comerdais desempenhamlo 0 papel delerminante na dirdml
ca da cidade. PQr outro lado,
quanto
mai. a lta sua p o s i ~ i ' l o na cstTUlura compclitiva
da nova
economia
\ H o p maior 0 papel de seus servi(j'os a a n ~ a d o s no distri to
de
negodo
s
e
m:ois inlcnsa:1
r e c S l r u l u r a ~ i i o
do
e s p a ~ o
urhano
.
J\[J
meslllo tempo,
naquch,s dd:lIlcs, em qlle a nova
sndcuade
u r o p ~ i 3 relnc:, r u n ~ o e s e pessoas 3tra·
v ~ s
do e s p ~ ..... i m i g m ~ ~ o . m a r g i n ~ l i d d
e
e conlracuitums estarao mais deslacH'
damente prcscntes, IUla
ndo
pelo com role do terri torio medida que as
identidades
se
O r n ~ l l \ c'
rescentcmente
definidas pela a l ) r o p r i a ~ a o do s p a ~ o " .
Esse Irccho e ri
co
e rmrilo
5e
p r e s t ~
;\
e X I ) o r a ~ i l o e ao desenvolvimelUo de
alllilmas qlIest/)es fundamentais sob re 0 s p a ~ o intra-u rbano.
~
preciso semp '" ter
cuidado com 0 conccito
de
"centro"; na mais generosa i n l C r p r e l a ~ ; ' \ o . essa pa avra
designaria lima ,hen bem ampln. mas certamentc nilo sena sin6nimo de
"ddade
centra "'. exp ressao
que
Cilstells usa com freqlH ncia.
Oautorcstabelece
ai
uma
clam
corrcta(j'ao
entre
imporllint;la soc icoccon6mica (0 papel ,liferenda na
e c o n o m i ~
europeia) e r e n o v a ~ a o ffsica da ddade. Nao analisa. contudo, a l o c a l i z a o
onde
ocorre essa r e n O \ · . 1 ~ a o fiska. Ora, n50
sc pode
anaJisar r a n s f o m \ a ~ 3 0 de cstrtrlUTn
in ra ·urbana scm analis.1r t c r a ~ 6 e s de o c a l i 7 ~ W 6 c s illlm· urba\\as. Segundo Castclls,
as cidades
'pIC
oClllJarem uma I)os i<;ilo hienlrquicH infe rio r n:, noVa rede
infonnacional manterilo mna cstrutunI urb:Ul:l ",,,is lmdicional,
co
m as ( \ r c ~ s
residcnciais c comcrciais anligas - antlgas e consolidadas _ descmpenhando um
papel
d e l c r m i n ~ n l e
na i n ~ m i c un cidadc". I'or OUlto lado, quanto mal5 aha u ~
p o
l ~ i i o
n ~
hil mrquin
economic;,·
.
..
nmior 0 pnpel
de
e u ~
s e r v i ~ o s
a\'anpdos
no
diSlrilo de nl gociosc "':lis intensn a ~ l n u u m ~ n o d o
c s p a ~ o
urbano·, Esse racioc/
nio ~ incapnz de C):p icM,
por ex.c I\jJlo.
as t r a n s f o r m a ~ o e s intra-urbanas nos cen
iTOS
cias mctr6poles. Nessas palnvms nilo hj c s p a ~ o para cCn ros vclhos ou novos.
lIem l)am a "decndCncia·
dc
cenlros nern I)Ma
0 c s l o ~ a l l 1 e n l C J de CC
llIros. Tambcm
••... In,jQr " " I " " ' ' ' ",cIl"pal'lo" cc,, 'en 1'''''''''' " " ' ~ " " ; ~ I ; o , " ~ " ' u n d
Iho
OIrucn,"'''(u,b.."'paaowc
loa,,,
' ~ ' I l i "
..
tl ~ , , . . , , d i " N C<I
lI
. . , i l J ~ " , " ' ; ,
rot In ' " ~
':',m .
=no,,,y IIt',r" """."1. TI,r. I""",
l,d,
1" ' ' ' I" ll<" """" l"r"o".linn.1 . I \ ~ ,I", 1\100
,100
,liflk"I,)·
or
,1,el, ".n.I ,iQn h"m ,h . 100l"<lri.1
.g• • n. 'ho 0'0", ' l"Odi';on.1 wi \l t ,
,h
o;, ",h.n
' ' ' ' ' ' ' ' ' ' .
wi't. "It "",. hli, hod
ncirJ,oorhood
• • nd
""mmc",la
l
qu,, , . , ,
' b ) ' i n ~
'he
del.fmina",
role in
,h.
din,
"nk
Qf'he
d'f.
0"
Ihe
O1ho,
h""d.
Ih
e llljeh.,
,h .l, 1_I,ion
In
Ihe romj>e1I'ivc , I ru<lmc fIr 'he new Il lfo", ...." .....""omy. 'he K"'"'.' II,e ,o le of ,heir
ad""nccd "''''Ices
In
'1m
bu,in"",
dl<lrirt .ntl
Ih
e "'Ole
In'en",
"ill be
,h.
r e e s e l \ l n ~ 01 'he u,b,,,
p ~ AI Ihc
""me ';n
...
In Ih
' eltie . .
hor<:
Ihe new t:"rupc,n '""Y ",Ioe" r"ne'ioo , .nd I""'l,i o
' h m " ~ I , , n " 'hc 'I>:ICC.
I , , ; t : r ~ ' ' ,
II,""Io,"II' f .,,< ""'''"er "" I""
.
"'ill be 'he
",
,,,, I prc ''' I . fit:hllllK
"
.
, ,
1
m
«",'",I
nr'hc
' .,ri,n<y."
" c."'I,I"" . n m ~ in"" '
",i"Wf
do
fi
ncd by 'h" 'PI'"'rn",I,,,, nr ,,,,,,,,,.-
32
8/17/2019 Espaço Intra Urbano
http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 17/32
nJ.o h:l e s p a ~ o
para a e n o v ~ ~ ~ o
ou
o c a l i z a ~ 1 I 0 flcm de :lreas residencillis, I:III1POUCO
de out ros centros
e r t : i ~ r i o
que ~ o os
r a d i c i o n ~
Is centros
r i n d p ~ i s . Tu
mbE m "qu i
t5
preciso
cuidado
com 0 concci\o dc C.i/m/,mJ. CrtS\cils usa -
~ o
\r:I\nr d e e s p ~ ~ o
IIrbano
e s s ~
palavm como sinunimo de
s l ' ~ ~ o
urbano. Pam n6s.
n ~ o .
E s t r l l l u r ~ .
quando se refere a
s p ; J ~ o
urbano. diz re speilo:t o c a l i z < l ~ a o relmiva dos elementos
espac als e SU(\S rcl
ar;:flcs, Oil
sci:., dos
ccmtos
de ne[:6clo$
n ~ o s6
0 principal,
m ~ s
tambem os denmis) das :lreus residenci<lis segregadas e, finalmente, das areas in
dustriais. Caswils aborda I
a n s f o r m a ~ o c s
do
eSIJ<lr;:o
(rcnovar;:lIo do melo comlruldo)
como "rees{fu turar;:lIo' do espar;:o. Pode haver rc nOl"",1\o do espar;:o sem e c e s s l l r i ~ ·
mente
haver e e s t r u t u m ~ a o . Quando, nos primeiros I'inw anos des\C slkula. 0 qua
dra imobili(\rio daccntro de nassus cidadcs fai latalmente renovada
com
a demal i-
~ 1 I 0 do colonial e u m p l a n T a ~ i \ o do neocl<lssico e do edetismo. m1 /'OIwcaircmrilo
( I
O'S[rrmml IIr/wII<I,
pois esscs cen[ros n;;o pcnlerarn sua imporlunclll,
s u ~
posi
r;:1I0
sua
namrez..1
nem
1 0 c 1 I i z a ~ i l o No e llamo. houve [m lsfonnm;1I0 do
s p a ~ o ur
·
lmno e in ensa ;Jtividilde imobiliariil. Quando, ern S ~
l \ " ~ d o r .
na Viloria, Campo Grande
ou
G m ~ a .
I l l ~ n s i j c s s ~ a dellloHdns e s u b s t i l u f l ; 1 ~ s
par
p ~ r t ; " \ r n e n t o ~ de luxo, h<l
a l t e r a ~ ~ o do s p a ~ o constmldo, mas nllo h 1 l 3 I t e m ~ ~ o da estm[ura urbaUil, uma \'cz
que ~ i " b ~ i r r o s man[em SUa
o n t U l " L " Z ~ ,
ebsse soci
al
c o e a l i 7 . n ~ i l o cllqutmto dl:mell
[as do
eSlrllwm
Spllcial
urblllla
Vohemos, eontudo, AO
CXIO
de Cas[ells. Se
~
valido corrclaclonnr - como faz
Castells _ a poslr;:lIo b i e t ~ l t J u i e n da cidndc
com
sell dlnamismo imobj[j:lrio, nllo ~
valido fazer 0 m
esmo
-
camo ambcm faz
C,1s tclls -
com
a 1 0 c n
i l 1 ~ i l o
das :lrcas
dinilmicas cmlermos irnobiliMi
os.
Assim, a alta hiernrquiu c 0 dilHunismo ccon{\·
mico-imobi1i:lrio n ~ o implicarn nccessnrialllcnte que 0 centro urbano se renovar:i.
Em Paris,
por
exemplo. esse
dl
nnmislllo imobilil'trio foi c a n ~ l i z n d o
pam
fora do
cen·
tTO
- na Defense. Ilessai te·sc que c.,stel1s fala em "distrito de ncg6cios",
ou
se ja,
ce ntro num scntido restrito.
E . ~ s a
nn:llise e valida ]lara 0 r ~ ~ l a v c r i a
emr
e
1165
alguma 3 ~ n o emre a
p o s i ~ i l o hierMqulca
da
cidade na "nova rede informacionnl" bmsileira e sua cst -
t u r a ~ a a
inlcrna? Qual a relar;:ao
entre
tmnsforrnar;:oes ocorridas nos cenlrOS
I;1c
nossas cidades - Irad ic ionais ou expandidos - e 0 descn\"olvimenlO e iIlflu/)ncin
dessa"
mesmas ddades,
seja no nlve] regional, do Mercosul Oll imcrnncionnlmen-
[e? Qual a r c l a ~ i l o enlre a p o s l ~ l I o hier<lrquica. ou qualqller OUlra
r e l n ~ ~ o
corn as
t r n n s f o r m a ~ i j e s 6Ocioeeonomicns
p l a n e [ d r i ~ s
e ~ m n n l 1 1 e n ~ i i o de uma l m l u r ~
[mdicionnl" dc unl Indo e Unm Illaior inl n ~ i d ~ d c na reese l l u m ~ l I o do
C"p<l"O
illlra.
urbano, de al11ra,
como
fal a Cas[ells? kpetindo [ l O ~ S a
j
uc
slJlO
centnll: por
qua is
medl
ar;:oes
I)assam as Iransforma("es o c i o c c o n 6 m c ~ s
n ~ c i o n a i s
ou
p l u n e t ~ r i a
a [ ~ se
mOl
nifcs[arem ern t r u n s f a r m a ~ u c s na c5trrHllra imra urbana de nossns cida
des? i'arn n6s, passam
pela
s
suas
e s t r n ( i f i c a ~ i l e s
soclais; pelo dcsnlvcl de
poder
cconomica e poU[i t o emrc as classes em nossas metr6poles: paS Snln pela dorni
n a ~ : i o que
se
da por meio do e s p a ~ o urban o. "'lanifes[arn-sc enllln
no
fa[o de a
nmioriil dlls classes de rnais alIa lemhi oeu pilr
I ' 0 s i ~ i l c s
Cell
[m
Is. n c ~ r de
ter
·
se iniciado. na
~ e a d a
de 1970.
11m
processo de
l l b l l f b a
l l i l a ~ i l o dcssns classes: no
33
8/17/2019 Espaço Intra Urbano
http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 18/32
f ~ I O de
os
ccntro
s de nOS5a $grandes cidades aprese11larem h:l mais de cern
ano
s
- ern ma ior Oil menor grail - urn claro e
co
ntfnuo processo
de
rlesloeamenlo
no mesmo scntido que as carua
da
s re
sidcnc
iais
de
rna is a lia reuda ; e no fato dO
ess
as c
amada
s
oprc
s
cmarcrn
-
t a m b ~ m
hrt
rnuilas
d
~ c a
d a s
-
umo
tcndt nclo
de
cOll
ce
nlra(;l " uma ,in;<:n rcgiii o
de
nossas rnelr6polcs. Como cntcnder
lilis processos?
l\larlha Sc hlcigarl
I
I-torado Torres, em I C ~ I O amigo _ E,'lrue/ ,ra im emtl y
llrmlidai/
ell
merropolis /ar;lIoomericallfiS. lisrlldio
dc
easos. in : Caslclls, s.d .
253
- . propoem·se a •... des aen r as caracterislicns dir ..renciai s da eSlrU Ura interna
das
mel rOjlOlcs lmi no·allleri canas com
d a ~ i 1 o
lis modalidades eSJleC£ncas qlie ad·
qui rem os
proce
s.wsgerais tic du
ni1Q/"jmc1 rO
ri(,
suciedllf/c jgrifo nossol nesta :lrea.
s ~ o exp loradas
sobrellldo
as i n t r r l ~ o e s existentes entre esses
processos
gemis
e
os
processos
lI
Tbanos.
en
fill
izando
;\
c a r
a c l e r i 7
a ~ ~
0
do
s ce
nlr
05 cujo papel c
co
n·
Ielid a social <:O I1SI
l
"em el
e",e
nlos pa ,a a e f i n i ~ ~ o da es lrulnr3 ",bana" • Em face
disso. eSllldarn BllO nos Aires, S n n l g o de Chile c Lim;,. 0 prillleiro cqnfvoco O S I ~
eTll admilir·$C II priori a exis lencia de uma c o r r e l a ~ ~ o
direla
ent re 3S elapas do
Jlrocesso de c • n l 1 l 1 r a ( ~ o
imra-urhana
de $sas cidadcs e as tapas dos processos
glohais de dese livolvimcillo - do processo d ~ i l l d u S l r i a l i 1 . a ~ i l o , e resc imcnw ceo·
Ilomico,
i r n i l : a
~ a
o e u r o p ~ i a . CI C.
- dos
re
spec livos pafses. lsso se manifes la
110
falo
de
adolarelll. para a hisl6ria do p a ~ o inlm -urbano. a meSilla p e
i o d i : r . a ~ i l o
e
as mesmas cUlpas
'Inc
adol am I
,ara
0
de
se
nvol
vi
melllO nacional. Tem·
se
aqn; urn
ex
...
mplo
da iuuevida
\ n t n
p o
i ~ i i o .
para a annli se
inlra·u
rban
".
de
prcllli ssas e
m e l o d o ~ validos para
0
es\udo do ,Iesellvol
"im
ent o nac iollal.
A
prem lssa seria va·
Ilda SC, na I1IclhOl
das
hip6leses. 0 olljelo
de
an a lise fosse 0
processo
de
urbaniza·
~ i i o . mas n ~ o outro diferentc - 0
deestrllwmfao
intra· urbana. Pelo mcnos para 0
Bras il. essa p rcmissa n lio seri" val ida e
(cmo
s
fu
ndarlas raloes para slispeil<lr
q
lIC
o mesmo se daria para a
A m ~ r i
c a Lal ina.
As a ~ o e s
que exislern enlre, de urn
Indo, as I m l l
f o r m : l
so
ducco
n6mkas naeionais e
p l a l l r i ; , s
c, dc OUlTO, a
e S l T u l u r a ~ a o
do
espa<;o inlra· urbano el1l nossas metropoles silo espccificas:
~ o
SaO
as mcsmas
'I
i e existem em re aqllcle desenvo]vimclllo e 0 esp1l<;0 regional
ou
IHicional. l\ J
cm
di
ss<).
as
p e r i o d i 7 . ~ ~ i j e s
podelll diferir. Por exelllpln:
1Il0
S1rnrellios
adi"nle que
\lIna
das
mai s profund I
a n s f o r r n a ~ r . e s
est
rUI
r
is dO
no ssas
melr6-
pole
s
a chmnada
"d
ceadl ncia" de sellS
cenlros
- c
SI
:lligada ao abandono de s·
ses CCnlros pelas camad .s de alta renda c qlle esse abandono foi
provoeado
prill '
c ipillrne nle ma s 11;;0 exclll sivamclllej pela nOl 'a mobil
id
a
de
I
crr
i Ior ial f' ropiciada
pela difllsilo
do
"\l10 In 6ve1. Essa d l f l l s ~ o e a dill "dc
ca
denci,," em enl ilo infcio.
cxeeto 110 lIio
de Jan
eiro. na dccad n
de
I J
GO,
ma s r('almenlc se
co
n
so
lidam na
de
1 )70. Dessc po
nto
de ViS1a, os anos 70
se
riam 0 mar
co
a ser adotado em uma
•• . ..
de ","nifi",,,
I" , c
. , .<,crbllc., , l I I e , t l ~ 1 c >
de: I ,·,,,,,,,,,r.d<ln
h \ l ~ '
~ c
mend ",
li ,
IOllno'n,e,ie.,oo< en " , Iu
kln
co n I mo<l,lld ,dcl , ,ccintO> 'Inc .dqni.em
<>< I ' ' ' ' ' ' ' ' ' ' ' '
11 /'1
d ,m'//o
,Ie
Ir
, i .. .
<I lI:nr
" n'",,,1en ",,'a ~ " ' •. So "'1'1"'.n ol<n:
,< >II
10> ;n'crn:l.cio"""
o:xI>
,. n..,.
en"" ,,,...,_, 1"000"""" ~ C ' ' ' ' ' ' 1 c > r ~ I"oco" ..... " , I " n ~ " , ~ " ' l c " d ( ) 01 :..-1."""
Cit
Wc., r.c'c.I,;,cl<l" de b:<
C" Int '
.
COl)" l"'ix'l ). "' ' '' ' cnkk, .,><1 .1 ""O"nt
)"oo
l h L ~ 1''''' I. i < i o ' l 'k h
.,. '
,< .
",I",n.
:
8/17/2019 Espaço Intra Urbano
http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 19/32
p c r l o d l 1 . l l ~ ~ O da hi s16ria i n 1 r ~ · u r b l l 1 l a d ~ maior parle ~ s 111clr6poles e
mesmo
das
cid
ade
s ~ d
do
Brasil.
No
enwnlO. em termos de de sen volvimeruo n:l.cio·
nal, 0 marco
nou\vcl
d c v c r i ~ se r 0 pe r iodo
de
I l d n d n i 5 1 r a ~ ~ o
de
lu seelino
KubilSeheck,
de
1955
<l
1960,
e
rn
vinu
de
do
im
pul
so
e
cono
rn
ko
e
das
t
mns
foT'
m a ~ " ' l s ' lue provocou no pais, dentm
as
quais 5e destncn n
I r n p l l m t a ~ a o
d<l In·
dllslria
mHomobii fstic:l.
Vol1an
do antllise
do
leXlO de Schleigart ~ T o r r c s . dcslacamos que, com base
na c u r r e l ; L ~ ; ' u di reln emfe u dese nvolvimentu rmcionnl e a e S l r u l L L r a ~ i l u
inlra
· llr·
b<lna. n?io e posslvel r como nao foi posslvel ll
OS
nLL UreS -: lI.hn de obviedades
como .. sta: "Aessal poca de I:rande expansilo economica,
co
rresponde a constru·
~ i l o
de grandes cdificios plib licos e pril'ados, a abertu ra de cixos e al'enidas, Essas
obr.ls,
qUI
con [igum
ra on
h:uicaoncmc a <lSI rulura cspacial do cent TO menopoH la·
no, silo clara expressilo
de
um
poder
olig;lrq
ui
co
que
se a firm a,
se rnoderniza
e
se
'e
ur
opei1.a'"(2.56) ' , Nilo vamos tra tar das o n i d c r a ~ 6 e s Iccidas pelos nutores, de
que
laisobms
segu iram modclos urbanfs licos importados dn F r a n ~ a , 111lUI vez ' lue
isso lambt' 'm se refere
aO
e.<pa(,'o inlra·uruano, mas n ~ o diz ~ J l e i l 0 estrulura
intra·uruana
. 0 que
caue
dc Slacar t que
5e
ignorn (ce rtamcnte pOT
nao leT
s ido
c
on
sidcmdo relel'ame) em
que pafle
do centro tins cidadcs
Coram
feilas aquclas
obras, e p
or que
foram feiws nessa
parte
e nao em OUl
ra qualque
r, Ao
ll
ila lisarmos
os
cenlros
de nossas
metr6pole
s, destacaTClllos <]ue 0 estudo tla eSlrul ll ra
intra·
IHbana n;lo scrtl s:ui sfat6rio se
n:'lo
der conln das laca/icul { Qcs
dos
elementos da
es trUlura nem
da
s c o r r e l a
~ o e s
entre eles e OIUros elementos
elou
partes tla me ·
tropole, Vcrernos enlno, para nOSSaS rnelropoles,
que
0 pr6prio centro lem sun es·
lTIHum e
e s t ~ cia
ligada da melr61'0lc
como
lJllltod o, Para isso e
funtlamenw
l
snbercm que
panes do
cenITO
sAo
feitos
os melhoramentos,
ou sejn, qual a loca·
z a ~ f i o dos
melhoramenlOs, 1\0 es
lu
do till cslrulllra
urbana
inte
rc
ssa saber
por
que
eucs a i r r o ~ e
cen
l ros exihcm certo < nan)u lerritorial. e n ~ o
0111 TO q
ual'll1er,
e qual a in ler·
~ 1 I 0
cspacial enl rc
cues b"
inos c
centro
s, Oil qllais silo sells 1';\'
peis
e ~ p a c b i s .
Por outro lado, as el:lpaSdo proeesso de e s t r U l
u r a ~ 1 I 0
cspacial
da
s
cidades
de Ilm pais
devem
derivar
da
analise
t1e
sse
processo
c nao, n
ec
e
ssaria·
m e l \ l ~ ,
d a ~
ct
apa
s
do
descl1voll'imenlu econum ico nacional
ou
do proccsso n;\·
eional
de
b a n i z a ~ i l o , EO 6bvio queo deselll'olvime nlo tla infra·eslrut ura regional
de
transportes esltlligado ao per
fi
l e ao
de
senl'olvimenlO da ec onom ia nacional,
mas por esse cnmin ho explicariamos a \ 1 r b a n i z a ~ i i o e nilo n eSlrtUura(,'i'io intra·
urbana
,
Pa ra
explicllr
e5Sa
eslnltlltn, Icriam 'llll sor OShidado$
n
sistema I'iririo e
os
Irnnsporles uruanos, I'or cxell1plo:
os
nutores afirmam que, al'esar" .. ,
do
cres·
clmt nlO assinalado, a
eSI
rutura
b ~ s 1 c a
,la metr6pole, fixada na p
ri
meira el apa, ml0
srul
l/crol em seils rupee/Qs IUlu/ameil /a i Igrifo Losso),
I
·lament·se
os
Ires se tores
pri ncipa is definiltos por e ixos circulat6rios, acenl uan
do
-
se
a
sub'
l
b a n i z a ~ a o
no
s
,
",\
L'''" ~ I ~ > C ,It
g"OI,1e
''''I"""iI\u
, . , ~ , l c l ,
c n ta """"""'I
iI\n ,\" lml"""'
"r.'
,-.llfJd'"
p,'hll"". Y lul""do ., I>
I ' t , .
dt tle>}'
"..,,,,d••
_ L.,o< <Ibm., 'IUt han " f O d " ba ,i••
m.,, '
t la
' ' ' ".'llra "'1'.d.1
del
ccn'ro
mellOI'" i
' ." , , SO
n
ddm .xp'CMi6" <I
e un. pode1
oltr;;l 'quico 'IUt
>c
.r. .,
.., ""od"",11" t ' ''''fI)1"''-'''''·'
35
•
8/17/2019 Espaço Intra Urbano
http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 20/32
setores
noroeste e oeste. ;
10
com nlrio da
primeira
clapa ~ qual havia sido maior a
correspondente ao selOr sid"
(26
I ).-
Da primeir.l para i I
segunda
elapa. i I eSlrlllurn b:lsicil <In metr6pole nno
se
allerou
em seus
aspectos hmd;l l1elllais. Pergunla·se:
porque
motivo
entao perten-
cern a elapas difercnte
s?
l'or
que
existcm duas et apas? Fica claro que as clilpas fo
r.lm r l e f i n i c t ; l ~ por crit"rios qlle nao dll-em Tespeito
11.
cslnllur;l intrn-u rb
ana.
Por
que n s u b u l b a n i 7 . a ~ n o 5e acenlllOIl nos 5e tores noroesle e oeste e nno
em
0111105
~ e t o r c s quaisqucr? Por que 5e accntuou sl'gundo SCIOrcs c nito segundo drcuJos con·
c ~ n t r i c o s ? Qilal a r e l a ~ i l o cnl
rc
tals
o n f i g l l m ~ Q e s
e os demais elementos da
estm
tu
fa
mbalH' _ ce llm. pnr exemplo? Ull1a
eoisa
exp1icar
0
sllrgimcnlo
das
classes
socials;
Ollira
" cxpliear Slln
1 0 c a l i z l l ~ i i o
e seilS deitos cspnciais. Em B u
e n o . ~
Aires, 0
...
. I:ran desarrollo de la classe media ~ un peso predominante a estos
gmpos en
la
melrnpuli
;,
partir de
la
Primer<
Guerra
/T.hmdi
al
(.,
.).
Sua
o o . l 1 i 7 ; I ~ i i o
allarca
um
mnplo
leq\le <Iue rodeia 0 centrn e que esnutum 0 conjllnto de bairros e ; l r a c l c r r . ~ l i c o s de
Bllenos A F.'5C lipo de o n f i g u r a ( j ' ~ O di ul as dlfcren(j'as cX lernns cnlre sctores
do
c s p ~ ~ o u r b ~ no. impcdi ndo. dCSS.l l1I:lneir:l. que 0 cent ro c j n a r o g ~ d o por :lreas de
lerior.:Jdas. Os c o r t i ~ o s que subsislCm no bnirro suI { ..J nao eonsl;lUcm nn realida
de. Geografica 1len le, um anel de delerior;u;ao ao retlor
do
centro. mas sim mn
b o l s ~ o ' 25 1) .• ,
Nao ~ s t a
constata
r cssas o n f i g u r a ~ ( } e s espacini
s.
Eneccss6rio I"xplic;i· las c
..rticular n
c ~ p k a \ , a o COlli
as
a n
o m
~ O C
do . de'na;s e lementos dn cstrutura
mbana.
Ou seja:
c X l ' l i e a ~ ~ o
das
n l 1 l s f o r m a ~ i i e . ~
de
um
clemen to
dew
expl iear
tam·
b m as I r a n s [ o r m R ~ l l e s los denmis elementos ~ CSlnJlura.
Ao
cSHldo tia eSlrutura
intra-urbana ( irrele\<lme como surge a classc m ~ < d j a e qual a origem nacional de sCli
"peso". isla C. llOder politico. lnteressa
sal.J.cr
por que cia se
locali7.3
onde se localiza c
quais as
i m p l ; ~ a ~ o e s
dis
so
. Nao
5e
[mill apcnas de partir do socialpnm expJicar
0
es
p a ~ { ) .
mas.
ao con[rMio. " importantc tnmll"m pattir
,10 s p a ~ o
para
ex
pl iear
0
~ o c j a L
Por excllll'lo: dado que ch .sse media present dc[erminnda o c a l i l A l ~ i l o , pergllnta-
5e
: por qUO ? Essa
o c n l l z a ~
( [ruto <.Ie seu "pcso' (poder polClico)? Como 0 po<.ler
politico se manifcsla na
l o c i l l i z a ~ ; o
das classes socials e qunl 0 efcito (se
( que M
;llg
l1
l11;
d e ~ c
hn\,er)des",.
con
figur.l\,'tu cspllcial na
e p r u d u ~ i l o
de
~ , i s
classes e
do
sell
poller politico? Qual
0
ercito (sc" que
h ~
algum; rlcve h;wer) tle lima dcterl11inada
configur:w;1o espacia sobre as r e l a ~ l l e 5 entre 0 Est.1do (cspccialmcnle no nivcllocal)
e as classes sociais? Finalmemc a qucstao \'ilal
do
centro urbano. i aspcClo
que
SCi'll mnpl.1l11entc .1hordntlo pam as melr6polcs omsile ims. pois consiste mun clcment o
• "
...
<lei
c"",dnli<:"'"
. .
1<0<1"
la "", ,
c .
1",1>",. ,It,
I.
m< < l I ~ ' l l
t n
I. 1'';
,,'em "'"
p.'. "",., 1m
a ' l " ' ' ' ' o ~ " fI M .
fi
,,,,emal,,,
Igri "
<>'>«>1 . Se man' ,,,.,,
k
. . ' ' ' ' ....
"'10"'"
1"ln<ll"'l.,. deOnld""
I"" c)eo <ircul> "rios .c"",,,,lnd,,,,, I• •ubu,b,ni ..
ci<\u
en 0«10= no,,,.,,, YOCOl<; • <lIfe",,,,,;,, de I.
pri n,eto e
" I
;
n
I.'
I
.1
ha
101.1
,i<\o
""\'0'
I,
=1"'",I><n' C
01
or
"OL-
.. 01". "" I"".'lii,"", .h.,It"."do un
.ml'lin
.hank., que ,,><Ie. d
<en
y que O>,,,Jeh,,. d ( jun'o ""
h.mo. comelc'li
Ic
, ,«
\c
I\U"""" AI"" , lis,.
'ip<> <Ie
co"fogur
ad6
n
<Ii I . l.u
dlf","
".Ias m
en'' ' '
. ,'0 ,
del l ~ , d ",I, ,,,,, Iml'idi. ,Ie . . ,, ,,"mo.. oI>.h<>t""ol
cenlro
1""
" •
. , do de'etl
on). l<>o
"<o".."n,;IIo.
qU" " ,h ,I<lo" .It 01 h."<I,, ( ..) '10
I
,,,)'C,,.,, ,,,.Iillod. ~ , ~ , n c . m . ' o ,
u
.n;Un dc
,.tloro
"ldoT<.,lu, del c , ' . 1 "" I. 101"" '1>., 1,,,,:-
8/17/2019 Espaço Intra Urbano
http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 21/32
fundamental d;\ est nllura i111m-ulbana. De acordo com Sc1ucigan e Torres (If>2). "a
fone
im rcia do
centro lradidonal
e a existfrncia de
uma
grande classe media
quc
permnneceu em zOnas cenlmi. incidirnm forlcrncntc
n ~
vitnlidndc otual do
centro
de Bueno
sAireseomo
ntldeo
com
crda
l
cu
ltu
ral
cdc
expansao para umplos setores
da
o p u l a ~ i l o . A e n o v a ~ l l o tlSpontllnea
foi.
quase pcrmannmemnmn. nxibindo multo
pouens
mostms de
dcteriora(fao e obsoletismo
I
..)
Nessc trceho da- s<: como e x p i e n ~ a o exatamente aquilo qu n predsa snr expli
eado. Qual causa <In
"foTle
inerda·· do centro de Duenas Aires? Est; fundamental
mente na wunde clnsse rn&lia da cidade ou lambem : l l o c a 1 i 7 . a ~ l I . o dessa a ~ s e
enos
menores desnlvcis de classc - sc eompamdos com OUlms metro poles latino·ameri·
ennaS -
(IUC
Cllmcterinrn a sociL-dade al1:lcn ina? l'or que ess.1·gmnde class<: media"
permaneceu nas zonas cenlr.lis,
em
lUll anel
em
lomo do cen TO - os cfn::ulos can·
e1 mrieos - e
n<1o
se formou e deslocoll segundo um setor como a
pcquena clane
media bmsileira? Qual a r e l a ~ i l o entre tamanho de c1asse eespacia lidade de classe?
Edward W. Soja afirma que (1980. 207)·a ddnde induS1 rial capi lallsta fo i funda
mentahnente uma rnllquina de T O d u ' Y ~ o c, como wi. assllmiuunm estill lura espacial
nota\"elmente uniforme- aquela descrila de maneira
Hio
perspicaz por Engcls. para
Manchester. c mais tarde pelos ccologistas urbanos paraa maioria do mundo capita·
liMa"
,'
Sc,
de Ulli
lado, fica clam que Soja fala
da
es rulllnl do s p a ~ o intra-urbano, por
outro, ele nao esclarece - e acreditamos que Item ele, nem ninguem, lenha jamais
estudado essa questi'io - a r e l a ~ entre lima estnllura ·notavclmente uniformc· e a
natllreza industrial e capitalista das cidades a que se
re
fere 0 mnor.
Lipielz e l..iIborgne (1988, 26) cm Mligo denominado·O p6s-
fo
rdisrno e SCII
e s p a ~ o " , no qllal ab
ordam 0
p6s·fordismo e quase
nada 0 c s p a ~ o
_ que surge de
repente. ern nilo mals de meia dllzia de frases, no final do
ar
tigo - e co nduell1 com
a aprescnl
~ ~ o
de algumas ea rac\crfsticas (10
e S J l l l ~ o
p6s-fordista. Tais caracterfsti
cas Teferern-se a
s p a ~ o s
mb,lnos b ~ t mto s, jll que siio apenas lnfcrldas de suas con
sidera(fc':ies
te6ricas. ou c j ~ ,
si'io
hlp6teses de prov6\"eis de.dobmmentos espa cia is.
"As c o n s e q i l ~ n d a s espaciais
mrcccm scr
(grifo nossol: a via neotaylorisla cst;) as
sociada a unm
e s i n t e g m ( f ~ o
territorial e
conduz
a
\
ma
o l a r i 7 A l ~ ; ' i o
e
spada
le de scr
v
o s
as
em
pres.1s
de
alto nfvel no CCI Iro (grifo nossol das grandes
ddades
e tamMm
1C\'3
dispcrsl\o, em zonas mrais, de
t a b e h l C m c n t o s
especinli1.ados 011
~ forma'Yi'io
de nreas prodll1ivas espccializadas c baixos saMrios; a californiana ($tnria associa
d ~ a u rna i n t c g m ~ a o territorial rnais e s l r c i t ~ ( ..1·
e,
finalmenle. a via
s ~ t u r n
imla indu-
r i ~ •... f o r n m ~ i l o .te areas-siS1enms 1erritorialmellte inlegr.ntas". Aisso se limilam
as eonclusocs espaciais dos autores; co lsistem, poi s,
em
hip6teses.
Uma das eonc1usiles e slirprecndcllte c Intcre5sa·nos paniclilarmcntc.
Se_
gundo os a\1lores,
a via
neotaylorisl<llcl'aria a lima c o n c e n l r a ~ : l o das empresas de
·alto nfl'cl'· no centro
d a
grandes cidadcs. Ncnhutll est
udo
sobre
0
e s p a ~ o
intm-
, .... I. r c , , ~ I
crcla
<lot <e tm dl<lo .1y
10
e ~ I " . n < . de
un. van d. ,
mc-dla que h. p.II .ne<:klo
en
",uno
<cRll.l
han inddidn
f\lertemenl n I. vit.lid:>d
.ctual
del
ecntro
de
Oucn", Al"",
eomo mideo
comeld.l. <\l lt\lIB )· de , , , , ,eimic,uo1 '' ' '
.,n I;',.
",..:tOI"" ric la pobl1lCi6I,. U. ,""",":>CkSn
~ I ' ' ' t ~ n
h 1
' klo
l l '
,m .ncnlc
•• I ~ " d "
"",I I ~ ' ' ' ,. lm, de C f l o r n )·oh..,le iC"cnd, r J:
8/17/2019 Espaço Intra Urbano
http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 22/32
u r l J ~ n o
c sollre a 6 g i c ~ de s u ~ produ,<ilo, c muilo menos sollre as
r c ~ , < o c s cntre
cspa,<o inlnl-urllano c modelo dc dcscnvo vimc llo, foi descm'o vido
e,
scm maio
res cxp c ~ ~ o c s , Ii ra III
d,1
an;\ i5c do modclo de descnvoll'imen[O - evcnlllahilentc
nceil
" C
par.l a coml'recllsilo
do
eSI"''<o regional
01L
p l ~ n e l ; \ r i o
- lima concluso:o
de nalU rez" eSI
fi
lamcnle inlm
urhana:
a de quc a 10ca1iza,<iio das eml'resas de alto
nivel dar·se-ill 110 II ro das gromlcs cidildcs. Nada, ahsohl1amcnle Ilada, das a
mtH
ses eh,boradas allloriza lal concilisilo. Alilorizariam, iSlo sim. a conclusl\u de qUll
aq lIelas emp resas
se
localil.ariam "n:ls gra ndes cidades·.'
GoUdicncr (1965, 58) - para citar urn lIUlor q lIC se aproxima da andl isc im TU-
urh
n" - 11,,0 e ,m, ito claro sobre a q I C S I ~ O <las rela,<ues cnl re a eSI r l l 1 u m ~ u iUlm
"Tbana c as grand es I
n s f o r m a ~ u e s 50
cioeconomicas. Anrma
dc
<I'n lado . ... que
OCOTTcrllm iml'Orlanl cs lransform",<oes no padrno espaeial e na rCestrUlum,<; .o,
porque
elas silo
f u n ~
i i o
de
transforllla,<oes
no
sis
lema
socilll mais
amp
lo, e
nil.o
porqlle se
jam llrodutos
de
processos in1ernos lis ploprias o c ~ l i d a d e s " . A essn vi-
s ~ o
opue
outrn. a que
chama
de "
convencional
" e, para d e s c r e v ~ - I a . cila Robert
ParI:, da Escoln
dc
Chicago: /I, c i d ~ d c ullin unidade extemamenle organiz.1da
ntllll e s p a ~ o produzido [lor suns I'r6prias lei s" (idem. illid. ). Por
OUlro
Iml o, reco
nheee a exislcncia de vjrios processos inleralivos impoTlnntes ([ue lambcIII alII
anI dcnlrO
do
ambicnl/) u rba no c que I ' resenta origem l'ural1lcnle l
oca
l.
E s s e s
processos.
en\relnnlo,
s ~ o
produzidos
por
neccssidade
s que pOlleo lem qlle vcr
cum oS 1111:" rc s < Ilq IIanlo tai s e sno mais ~ f e l a d o pelos proce"sos sis lcmir.os ope·
ra n
do
Cl1110da a
parlc
,
i510
C,
lanto
em al11bienws rurais e
sullurbanos
como
em
nmbielll/)s urbanos" (idem, ibid .).
,\ s cond usues de Laborgne e Lipi elz refcrentes
localiza,<; .o
das empre.as de
ailO
nl\"el no cent ro das grandes cidndes de\"cm valer pa ra as melropoles
nortc-ame
·
ricanas. pois ~ b o r d n m 0
c s
p a ~ o pos· fordista. Ora. em principio. devemos aCeil, r a
c o n s l a l a ~
o ue I<.larl: GOlld
~ n e r
(1965. 1990)
de
que as regiucs mctropolilan s nor
le·,ulleric;u",s O n l e l 1 p o r ~ n c a s ~ o hOle
pulinuc1cmhs.
1 ~ " I " - s e
de
11m3
posi,<;\o de
difkil
C O l l l c s t a ~ ; . o .
pois eo nslil
I
i uma simplcs observa,<; .o empIric". c n5.o lima Co ·
ria. Nesse caso, us "cmpresas de alto nivel" daq\\clas
meu6polcs podcriam, em
prill'
cfl';o, l
oe
a
li l
.a r
os
e
cm
't,mlquer d
os
SellS
vr.rios miclcos {
ou
cenl ros . ono l\(lcessari
mente
no
l l I / ro,
como
cu
udueU l.."bOfgl1e e
U p i e l ~ . 1 \ l c ~ l 1 l o
em San Paulo que,
afinal,
n ~
o ~ I ~ O polinucleada como
U l n ~
mcnopole
none·amcri
cana, as cmprcsas
poderi I \ l l o c a l i z ~ r_sc nn a \'cnidn 1';t\\lista. nn a\"Cnida Luis Carlos
Be
rrilli
01.1
no Cell '
l ro Empn:sarilll, a
17 q ih
) mellOs (i, primcim c a
2()
qllilOmetros do cen ro d dda
de, negaodo
a ~ s i l 1 l
"'I uclas
co
nclusoes.
Prossig:uno
s anallsando Gou tl iencr. Em prlmciro 1.llpr,
~ bom
recordar qllc
esse J 1II0r se p ropoe a expl icar 'in ica e excl nsivameme a form a polinuclcadn e dis
pcrsn da mCllopo e
I I O T l e · ~ l l l c r i c n n a . quc
niio encontm similar nem mcstnn " .. HI
Europn indus riali7.ada"{
19115,
9).
Em
segundo.
fe
•.
uso de U ila
mCl
odnlogia imhl1iva.
que Ilarle de TC ;ularid;ulcs
cmp
iricamenlC obserl'lIvcis. proclirando, a partir da[,
conslrui r ullla Coria. 0 aUlor elll qllcSI; .O (1990. 59) n1l0 vi :
de
que maneira liS leo
rias que villcularn •... a rt.:Qr ;:ulil(;',<iio
do
cap i ' . nas
a l U : l i ~
condi,<oes de crise. as
8/17/2019 Espaço Intra Urbano
http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 23/32
m u d a n ~ a s
sodoespadais que reestruturarn 0 ambiente urbano .Y possam cxpli·
car
as
r n u d a t 1 ~ a s o c o r r i d a s
nas regiOcs metropoliwnas dos Estados
Un
idos, caracte
riz.1das fllndarncntal
mcn
lc por
I I In
pmcesso ao qual ele chmnn de
d
c s c o
n
c e n t m ~ ~ o ·
c pelo dcscnvolvirnenlO
de
enonnes
reglMs urh:Ulas polinucleadns c esp;usas.
Em
c
o n l m p o s i ~ l I o , tenta apresemar um a r c a b o u ~ o tl>6rico- pa m slibstiluir 0 que embasa
aquelns leorias e propOe a tese de que, emb
om
reconheccndo que as
m u d n ~
pw\'ocndas
pela ctise
Cll mprem II
m papel importante na
p r o d l l ~ i i o
do
s p a ~ o urba-
na.
II
d e s c o n c c n l m ~ ~ o
espadal
~ •
..
. conseq(i ':ncia da a T l i c u a ~ ~ o contingente de
seis fmores independemes C .) (1990, 61/62 , Cllj;IS origens remOl/lllm /
vt r;m
rld-
callas. S ~ o
ell's:
• mcismo;
• os gastos mil itares c a penl1lHlenle economia de guerra:
• 0
selor
imobillilrio rOlllo circuilo secu ndario do capital;
• a
i n t e r v e n < ; ~ o
ntiva do Estn do na t r a n s f e r
~ n c i n
global do valor;
• a papel da tcenologia e do
conhcci
mc1\lo na Iransforma<;ilo
das
forClls
de
produ<;aa;
• a pratica
de
fazer das fontes ti ll mllo.dll·obr.l.
c r i t ~ r i o
para as decisi'ies sobre
loeaUza<;1Io.
CO ul r e l a c ; : ~ o 110 mcismo 0 primeiro [;llor
adma,
dl z Coud iener que nos anos
50
1160
muilas ....,
ddades
n;l.o
sO
experimentnram lImll
onda
de
m g m ~ : i o
de popu-
Illo;:ao negro, como tam bern um rapido influxo de hispfmicos de I'o rlo Rico e do Me
xico.
Dumnle
esse rnesmo perlodo, a r
ugn
dos hmncos para
as suburbios
virHlal·
mente esvaziou as cid mles de ramflillSdeciasse media com filhos.
Em
eonseqUcnci:l,
ja pelos anos 60, as rtreas
u r b a n ~ s
dos ESlndos Unidos eSlavmn marcadas
pa
r divi·
soes e problemas mciai
s,
com uma entrada infqua de recursos
em
delrimcnlo
dos
bairros dllS minorias ctnicas e meiais.
Na
Europa nunca hom'e nad;
que
pudess
eser
eomparado (lOS
mot ins ocorridos em gumos nos
ES111dos
Ullidos
durante
as
;rnas
GO
c
que
clmrnnrom n
l t e n ~ i l o
do
mundo
pam cssa forma de
secreCllO;:1l.o·
Udem, Ibid),
Jdlmtica
o l o c a ~ 1 I o
jll
havia sido feita em obro anterior, qUllndo 0 aUl
or
lentOl des·
vendllr
II
caus;' da
u m
n i z a ~ i i o . Declarou ele, cntao,
que
os caslos m i
li
ta tes live·
ram um profundo cfcito sabre 0
S ] l a ~ o ,
" .. como no caso da conslruc;:1Io do SiStenlll
interesladllal
de
auto·cstrada s Jigado
II
dcfcSll. A pcsquisa e a p w d u ~ ( i o Iig:ldllS
II
(nleresses miliwres canalizamm enormes gllstoS esta ais
pam r c a s suburba
nas,
em
dctrimcnto do dcsenvolvimcnto dn c idnde .:
en
tral, ;,judando assirn n alimcnlar a
vimda demogrMica dn cidadc para os sub.irbios no.. anos
50
c 60" (
196
5, 212). Se
gundo 0 aulor, isso ocorrell,
em
parle, pela necessidllde de levar oS cstaheledmen·
tos mHitllrcs para lange dos grandes cen1ras
de
populac;:1Io.
Nas dccadlls de 1950 e 1960, re lalll Gottdiener, oeorrcmm dOis i
mportantes
processos espaciais
intra·urbanos
nos Estatlos Unitlos, mnrc<lndo au
acenluando
segregllc;:ilo mcilll: 0 innUXQde Ilegrns e hisl"micos, quevieram ocupnr liS Mens a i ~
eentmis das mClr6polcs, c;,
fUll
da classe
~ d
bmnea , com mho
s, pam
os sub\1r
bias..
F.. isC
e
I'redsamente
a proeesso socioeSI)aeial intm-urbano que precisa
ser
expli-
8/17/2019 Espaço Intra Urbano
http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 24/32
c;l(lo. 0 ilulOr PilrlC CX;llamente dnquilo
que
precisa s
er
explicado. Pnr que os pn
bres
ocupamm 0
ce
ntro C
il
classc
media hnmca
com filhos
produ
)';iu os suLlIirbi
os? Por que ~ o ocorrell 0 conwlrio? e GOl1diener n:to explica isso nem se
prop<".ie
a cxplicnr. Em I'
CZ
disso.
admitc
esse processo
como
"dad
o'
e a
part
ir
dai passa
a
u ' is:lr ;, "ent
rad:1
inil] un dc
r e c u r s o ~
em det rimento dos hilirros
de
IIi o r i ~ CI
nieas c ra cia
is
·.
Em nossas rnctr6pole
s. por
exemplo, deu-
se
0 OPOSIO: nas d6cadas dc 1950 C
1960
os
]lob res CO lli inu.1 ",rn a nutrir
os
~ u h l i
i o s
subcqll ip.1dM, e classe media
OCUpOIl as 1';7.inhatlt;:as
do
centro. Por que? No
caso
brasileiro, a q u e s t ~ o espacial
illlra-urbana seri 'l ~ p l i c porquc
oc
orreu 0 oposto. No Bmsii,:' 'c
ntrada
infqua dc
recuTSos" privilcgioll as
it
reas mai s ' I 1 r n l ~ .
Dol mesilla fom,a. Goltdicncr nfio expliea:
I. p
orquc:,
\,a
ngualda espad
al
urh:lIla l>roduzid:, pela c assc
mMia
norte-"m
e
r cana " OS anos 50 e
60
assurniu a form:, de
su
hurbi
os
COrn
~ a s a s
unif" millares.
Essa
' I s s ~
poue rt' rnor:tr em bairros mnis centrais
co
mo as dnsses m 6dia e
media alta bmsileiras. Poderia
morar
nos
su
burbi
os
c ocupar
apartamcnto
s
na Bana da Tijm:
a.
11M exemplo,
2. por '1"e OS p
umcric;lllos Illota III no ce l1 roo I'odcriam
morar 1I0
S subu
r
bios, comO faz cm 05 pobrcs brasileiros.
Vejn"'os
o m o
Gund iencr uburd: "ss:,s <lllesH)Cs ( I
165
,
92
e 242). [)"l'ois d"
ressaltar <jue" •... constTU«ilo e vend:, dc
re,idimcia.
unifamiliares (
..
j
r
eprese
nla
uma ali\'id:,de e ~ o n o m i \,;t a
ll\os
cs tados Ullidos", elc a
nrma qu
e a " oca
lil'.
a
t;:ao
de
lais mercadurias las cas'"'1 ocone mad ,,:ullenlc nas Meas su
burbana.
de nossas
regioes metropolitanas". Ora. se 'dado'
fo
r u i\izado como ponto de partida. en ;' o
loda trnllsfofma"ao econ (\m ica
quc
le"a a Il fla a l i l ' l I ~ i i o do capila l f i n a n ~ c i r o no
fi
tmn
dn
menlOda
~ a s a
propria leva n
e<:
essari",nenlc a ca
sa
unifam il ia r sub" rbana
e. portanto,
fo
rma metropoli lana dispersa. Oa mes ma
fo
rma, tada a ~ a o eslalal no
scntido de lima polf
ticol
hnbitndonal que fa\'OI ecc a c asse media ( unm a,,;"\o eSlalal
que
prolllove os sub ; rhius c.-parso •. "/\
t J h u r h a n i a ~ a o da
casa pr6p ria c quasc eX
cllIsivnmen e
1111];'
~ o
n s C C [ i i
c i l l
tlJ
nliI'H
intcrvent;:ilo
do
£..tado". diz
Gondiener
(1985. J: ). Em seguida llcclam: "Telll sido frC'lllcutclI1cntc repelillo pclos anaJisias
cU l\"cn cionais que 0 descll l'olvimclI1o suburbano
oco
neu ern I'i rlUdc de u m ~ de
manda insad :l\"el <jue
os
mllCriCmlOS 1i 1I1 pcla casa un lfamillar". Gotldienc r assim
contes : essa t f i r I 1 l J ~ ~ o : "No cntal1l o. esse cnMmc cresc
im
cnt o c a ' l ) e J l t c
nno
tC_
ria ocorrido dcpols ll:, Sc ;und" Gucrm Mund ial
$e
nno fossc:, v:triedallc llc subsld
i
os gOl'crnamemais orienwdos para apolar a oferta dc ssa forma
I",rticularde
morn
di,,". Em ncnhu m mom
ento
Gondiener
sc
prop
i'ic
a c x p l i c ~ r por
qu
e
os
subsidios
~ S I W prndllzelll necc.,s'Hialllcrnc urna dcterminadH forma
de
m o r a d i ~ e nilo
onl "'_ No Bras
il.
0
r o ~ c t l S o
fOi i n ~ ' C r ~ o . Os subsidios gU'lcrmuncnlais atnw6$ do a n ~ o
Nacional dn Habila,,:lo (llNH) foram rcsponsdveis
po.
lima forma de
m o r ~ d
10(,,1-
mente difercnte: 0
apar amcnto
cm bairros mais cenl", is c
os
grande coniuntos
h : l b i t a ~ ; o n ~ \ i s
su
hurhanos.
lambcm
rle apa
rl
nl1wntos.
8/17/2019 Espaço Intra Urbano
http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 25/32
Aconclusao c '1uc ncm a ~ l I o do
s l a d o o ~
finnnciamcn\Os que SUSlcntmn
uma
pol(tica habitacional-
ncm
os inlcrusse$
<10
caplwl
f i n ~ n c e i r o
cxplicam a
fo
r
ma
da morlldiu
ou
sua 1 0 c a 1 i z n ~ l \ o _
ou
scja, ni\o
c x p l i e ~ m
melr6pole n m e r i e ~ n
a
dispCTsn t:lmponco:l brasileim
compaclil-
sc compnrm1a
iI
americana_
D mcslllo
equfvocoque Gottdiencrcomclc
com
n ~ a o 30S
subtlrbios mani
festn -so em
SUM
amlliscs
<los
cen tros
a ~ metr6po
lcs
•
Mals sign ificaliva c
p o s ~ i \ o
que
derendo" - diz cle - de
quc a
u r t i c u
u ~ ~ o
cn t
re
a Inlcrvcm;;i\o
do Est
udo c 0
circuito
secnndlirio do
capital constilui a
linha
de frellle
das t r r m s f o T m n ~ o c s
socioespaciais, embora nao soja a llnicn causa. Ass im,
por
exempio, se 0 siSlema
mundialse consolida em lorno da
o c a l i z . a ~ ~ o
docapilnl financciro nos centros prin
cipais I"downtown sCdions" no origina ll de Nov;] lorque 011
Los
Angeles.
emao
in
centivos
o l f \ i c o ~
c imobili:lrios pnvi mentarnrn 0 eaminhn parn esse aspeclo pa n
i
cnlar
da roesl rut
r a ~ l I o
cspacial
(1965,
236)."
II lais adiame (265), em sua eonstarue e convincellte critiea lls teorias cspaeiais
urbanas convencionais. esse aUlor
i n t e l l i l
muito bern
~ u ; \
crilicn
~ o fC
lichismo do
c s p n ~ o :
'·Scgundo no"",o pooto de visla,
uma
cicndil dils formas do
s p a ~ o
de 1lssen
tamento precisa bascar-se nUlll conhecimento da c l l l a ~ i 1 o em re r g a n i z a ~ ~ o soci
ill
e espm.o.
Po
r si 51'1, os lugares e
ns
fo rmas nadn fazclll e nilda produz
em-somente
ilS pessoas. de nlro de redes
de
r g a n i z a ~ ~ o social. tem esse poder' _ Nada podeda scr
mals
COrt'Cto
. Isso c poueo, porcm.
I
preciso recoil hec
er
que as arl
e u l a ~ O e s
entn: a
o r g ; ] l I i z . I ~ ~ o social e 0 e s p n ~ o dcwm ser buscndns em nfveis d ifercntcs, confoTllle se
trale
do
espa tO regional ou
do
intra-urbano; GOlldlenerehanm de"vineulaoy<lcs horl
Z:<JOtilis
asde
nfvel inlra-urbnno; porexcmplo a o m i n : 1 ~ ~ o que, em mniorou menor
escala, 0 centro urbano CKcrce sobre 0
res-
Iantc dn
c i d ~ d c au
mctropole.
As
nrl cula
~ o e s
do e s p ; ] ~ o l l T b a n o corn a economia. u politicn e a cuhum manifeslndasem esca a
nacional. chama de · v i l \ e u a ~ ~ o nmical"_Assim, logo a segui r (266
),
nlirma: "Ccrl(l
mellie. centroscomerci<lis fomdosccnlrosvelhos 1"01derCllDs" no originnll
s ~ o
aulo
suficiemes como s c o a d o u r o ~ de mereado,
mas
tal jlcns,'Imento. limitndo lls nrl cula
'tOes horiwn
l
nis,
ignom as il1lportalllcs
r t i c u l n ~ i i c s \·crtic:l.is
de cada lugnf aos sislemas
hie rMquicos da
r g a n a ~ a o
capitalisla global" .
Esse :lutor, crilieando 0
que chama
de ·conl'('nlionnl
urban
ecology", muito
eorrctmnente se recusa a eneamr 0 efeilo dos transportes sob re 0 espn<;o urbano
como urn cleterminismo \ecnoI6gieo, ou seja, como U I1(1 f o r ~ a dotada de umil ..UIO
no mla
till que
a
lome n c o n t r o l ~ v c l
pela socil.'d ..
dl.'
(1985,
741
. Pam eviwr essc risco.
c necessllrio articular os IransjloTlcs
urbanos
com os interesses d;] j l r o d n ~
o
e de
classe, anlliisando, por excmplo, a r e l a < ; ~ o
transpone
pl\blico.T prlvado C a difusllo
do
alllom6vcI mnis cm cenas classes do <]Ile em olllms. Tem-se ai um "gancho" para
articular 0 desenvolvimemo econ6mico nacional c 0 es
palj:o
intra- urbano. A nrlicu
l a ~ l I o ,
entrelalllo, e
1110
verdadcira
quanta
remola, e h:l
m e < l i a ~ u e s : l
considcrar.
Incidemalmentc, urn regislro suseilado por Gottdicner (1965
).
Se esse autor
pretCllde desenvolvcr lllll
a r c a b o u ~ o
le6rico
que
cxplique as
mctr6po
les poli
Tlucleadns (vejn a
1101.1 5)
, que, segurHlo cle, exislCIll
p
enns nos Es\;]dos Unidos, e
se Castells (1994) pretende leorizar acerea apenas das rnetr6poles
d;] Europa
Dc -
8/17/2019 Espaço Intra Urbano
http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 26/32
denial. c ~ b e a n 6 ~ .
b r a s i l e i r o ~ .
procurar (corizar sobre as nOS$.1S
c.
cxtcnsivllIncnre.
sobre as m i n o - ~ m r i c ; m l l s . parlir
do ]lensamcnlo
produ7
.ido
no hemisfcrio
nOri
e
_ ]lelo menos lal como rnanifeswdo por csscs dois brilhanres representantcs .
vAlido
conduiT
que
u ~ ~
teori3S
n ~ o
5e
aplkam
metr6poles latino-arnericanas.
Suas posi(,':oes soam co mo um
fOrie
indicio de que a eslrulura(,'::io es
padal
intra
urbana de nossns mClmpoles teria e t e r m i n a ~ o e s diferenresdas
do
PTimeiro Mundo.
abordagem
de
Harvey mOSlra como 0 erlfoque regional conventional
E
inadequado il
amili.e
I n t r a - u r b ~ n ~ e, ao ~ z ~ - I o ,
revela uma pista
predosa
para a
s u ~ esped Ilcidadc.
A
n \ ' e s t i g a ~ a o
da
o d u
~ i i o de o n l l g u r a ~ " j c s c s p a c i ~ i
que
esse
autor
faz ern TIl{ /imUs
'0
C(lIJi/(I/ hascia. se na m O l ' i n 1 e n t a , ~ o cspac ial do capital.
0 c'"pitnl
pode
mover-se
C0l110
mcrcm/ori(l, como
dinheir
o ou como \1m
proccsso
de rmuallw cmprcg3ndo c3pital
constante
e I'aritivel de diferentes 'tempos
de
TO
t : l ~ a o ' ' '
(
I 102,37fil. '
Ora.
se nesse contexto. J13rvey
eS
luda a urbaniza(,':iio
cnquanto
11m processo
de prod\l(;:ao c l n l l 1 1 W ( , ' : ~ O
do
e . ~ p n ( , : o regiona l, r a 7 . 0 ~ v e l . partindo
deuas consider:u,ues. admilir a possibilidade de nno ser esse 0 enfoq\le adeq\lado
para a
a n ~ l i s e
ua
e S l r m l l r 1 l ~ ~ O
do e s r n ~ o intra-lIIiJ3no. a pr6prio Hnrvcy, logo a
segui r n1l0
s6
confirma e5sa
suspeit
a como tambl5m fornece a
pista
para a u ~ a o
da q u e ~ l ~ u . Dcpuis de afinn;lT que 0
ca
pital pode mOI'er-se segundo diferente,
forma
s.
prosseJ:ue ele: Iais ainda. a r e l a ~ a o enlre
a mobilidade do
C(ll'it(l/ varit -
ucl
e aquc1a
do
s pr6prios rmuallwdores ("l abourers Ihemsc1l<es
') introduz
uma
Olll
ra
d imcl1_,1Io na lu ta de classes, enqua n to oS problem as Gue se "illcul: ",
11
cir
c u l a ~ ~ o
do
capital no
amui(m(c
cOllslru
{do
li
tnlicos no original
I
tambc:m
damam
]JOt especial a t e n ~ a n · .
,\n anaHsar 0 I'rocessn
dn
I r b a n i 7 . a ~ ~ o , por
o n ~ c g l l i n os
s p a ~ o s regionais
e
pJaneljrio
(evenlualmcnll' do Primeiro Mundo, apena_9. Harvey aborda somentc
a cirellla(,':iio
do
capila e de mcrcadorias;
os
deslm:amentos dn
mercadoria
o r ~ a de
tmbalho silo dammente focalizados no nivel regional Oil planetMio.
Quando
fala
em
Imnsportes. refere-se
sempre ao
tr.lt1sporlc lie mert:adorias. ou de Capilal ern
S\IIIS
vAr
ias formas,
mas
nunCil
ao
transporte
intm-urbano
de pa ssageiros. Deixa ell
t ~ o lima pista que nos leva
11
hip61esc de que.
sc
desejamos esludar 0 processo
de
eSI
r \ 1 l [ m ~ : l "
int m_l1rhnna. deve ahnrdnr
se
115.0
n
: i r c u l n ~ : i o
dQ
capitnl
nn
nmbicnle
const ruldo, soh GunlqUCr u n1:l
de
suns form as.
nHl
s
'"
circulaCill>
dus SCTeS
humann
s;
n:to
enquanto
capital. mas cnmn consul1lidoros 0 _ lalvcz_pnrt:1dorcs un
mcr
ca
doria f o r ~ a de trabalho_N:lo
15
0 proccssodc l r o d l 1 ~ : t o e sim 0 de consumo que mais
inleressa .10 e S J l a ~ o inlra-urh;l1ln. Nfio ca i r c u l a ~ ~ o dn nHltl;ndoria e si m n do con
sltmidor - d s "trab
lhadnrc
s pr<Jpriamcnic". Diz ele:'1\ capaci
dade
de movimen
tar IIell$ (10 mo\'e goods nrroundj dellne a mohilidadc
do
capilal soh a forma
de
mercadori,," (g
ri
fo n0550, 19112.3761." Para 0
e s p a ~ o
intra-urbano a quest50 emo
\'cr pl.'Opli
arouml.
n1l0 goods;
cm
gmndc pn
rIC
dos llIovimemos de pessons no
cspa
-
-
"C.pl,.1
can tIlove as t f " " , , , , x l i ' u , s money ' " a l a l ~ " " pm c m p l o y i n ~ C Il .nt . t,,]
"",I.,
LI"
~ ; ' l ' l t 1
o i f [ ~ , " n l
'urno,e,
Ii ,
,,,,,"
. . The
. bm, y n, m .e
< X H I . < Qor"
n",1
delin ,
,10£ mobility of
eapit.l
I conumKJi'y fmm I ~ r l f "
"" .>:
1962.3761:
8/17/2019 Espaço Intra Urbano
http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 27/32
(,:0 urbano, e S I ~ S nao se movem enqllanto capilal-
v ~ r i f t \ ' e l -
nem enquanlo mer
cado ria - fon;a de tmbalho - mas enquanto consllmidores. Os movimentos enlre
a casa e a escola, as cOlnpms, 0 I1lcdico, 0 l a ~ e r : mcsmo e'n sell llIovimcnio casa
I
a b ~ l h o ,
i
question; vel
que
0 I mbaIhador
se
mova e
nqua
UIO
capi ta l,
ou
seja,
que
0
Iransporte intm-urbano dcpassagdros seja inseri
do
na esfern da produ(,: \o. Note ·se
que Mao; (s.d .
1.
2., v.
3, 155).
ao inserir
0
tmnsporlC na esfem da
p r o d u ~ 5 0 .
es nva
considemndo 0 lmnsflone de mercat oria s; nao
eS
lava em absoluto jlensando no
trnnsponc do
trabalhador entre
sua
casa e a
f ~ u r i c a ,
pois esse aspecto ele
m'lo
eslU·
dou. A nosso I'er, esse deslocamento se inscre na esfera do consu rno. nao na da pro
d u ( , : ~ o AnaHsa Harvey:
1. As rc/af{}cs de ramporteC I molJilida /edo capilli/ cnqliUtllOmercar/orill. UnHl
:lIlftlise que ahordn apenas 0 : s p a ~ o regional; em nenhum momento n 1r:ms
porte
de eonslImidores e de "tmbalhadores propriamcllIc" i enfocado.
2
A movilidadc
do capi/a/ ~ ' ( l r i t f w l e t in fOrl;lI de lmvlIlho. Em IOda essa :m:\ ise,
a mobilidade do capital vari:lvel e da for<;:a de tmba lho
c
encarada no espa<;:o
regional, nadonal 011 planetario. onde. meSlllo em sua mobilidade es pacial,
o trabalhndor
e·'um
objcto essencialmerne dom i
nado
pelo capital" (380).
No ;unhito intra· urbano. as o n d i ~ u e s segu
ndo
nstluai s 0
tmbalhndor
i "urn
oujeto
euencinlnwnte
dominado pclo cap ilal'· e, co mo tnl. "n
ada
mais que capitnl
v a r i ~
sao
diferentes
do
nlvel regiozlal. naciona 1
Oil
pianc :lrio.
0
tmnsporte
I tT·
bnno de pnssageiros nao tem rccebido da
economia
politica a mesma atcn(,:ao ([Ile
lern sido dispensada
ao transporte
regiona l de carga. E mport arne atendcr a
um
alerta
do proprio Harvey:
"A for<;:a
de
trabalh
o C lima mercmloria, mas as COIl<li
(,:OIlS
que govllrnnm sua It\obilidade sfio muito especiais. a linica m e r c ~ d o r i a 'lUll
pOdll trazcr-Sll a
5i
pro
pria parOl
0 mercado,
co
,n su as
pr6pria
s energias. Portmlto,
o
tenn
o ·m ob ilidadc do trnbalho· ocupn
nnw.
p o s
~ i l o
espce in l no discurso econu
mico"(380). '
A alirma(,:fio dc ([lie "em b
ll
sca de lU ll emprego e d ~ um sa lftrio pMa viver, 0
tmbnlhador
c
or<;::ldo
a seguir 0
ca
pila
l,
onde
q
lIer
'jue
ele nlla"
(311 ),
56
vale para 0
espa(j'O
regional. No oll'cl intra·urbano. 0 tmbalhador j:\
CSI:\
no "local"
de
lrabalho,
e nao muda dllcasa toda \'Czquc nmda de cmprego.
0
trahalhador tem sua 10eali7.a-
~ i l o
esscndalmcnlC
dUllli nada rein c<lp ltal- '·segue 0 cap i al"- quando,
em
busca
de emprcgo, muda de eldnde, dc regiilo (do Nordeste para 0 Sudesle) ou de pais (as
rntgrn(j'6cs tnlcrnacionnl s). No c s p ~ o u r l > ~ n o . para ··6cg\llr 11 ca plwt". ,rnbnlhado r
exige Imnspor C IITbano de passagciros. o mes
mo
tempo que Ccsrnagado pela con
corri ncia ernru classes que disp lltml1 ;' mc hor 0 c ~ ; I < ; : i l o in ra· urbana. Cmllo vc
remos
nesta obm, essn o c n l i 1 _ 1 ~ : I o ; aqucla quc ol im iza suns c o n d i ~ i ' i e s de conSlJ
mo
.
Em
huscn de
um
emprcgo, 0 Ir.lbalhador
se
movc no espa(j'o Tegional; elc
m u d ~
.
• "1..01>0'" 1"'11'''' is a commodity. I
nn
'he
c u l 1 d i ' ~ m '
,ho,
~ n v t n
It.
l l i '
nrc very ojlCCiol.
II
Is Ihe " nly
c<>,n",<Klj,y lh.1 con r i l l ~ II.df '0 m k , \Ind., its 011'11 ",,"m. 11\e term ·mobility ofbbou,· the ,folC
r , , - ~ ' t '
Ics
•
'I
"'" I,ll '
i i " t \
t"')I
" o
k
,II
>ern"""."
8/17/2019 Espaço Intra Urbano
http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 28/32
por
exemp
lo,
do No
rdeste ~ m Sao Paulo. U m ~ v
ez
em S ~ o I'mllo, ele l \ l t ~ nao m ~ i
p c l ~
ddmJe
do ernprego -
po
is pnm isso ele veio Ila ra Silo l ~ \ l l
o
-; uta par
proxi-
mit/adc 110 cm
l1TCg
O, par redurdo do Icm l < > e
CII /O do
lles/OCllmeIW' lUI viagem rill
residc
llcia
aD
lmiJallw.
0 primeiro
c so
n
hu
sc::t
dn d
dade
do
em
preg
o-
envo
lv
e
m ovi
nwm os
cspac
ini
s {jU I.'
s ~ o
feitos uma ou poucas \'Cl,eS na vida. 0
segun
do
caso
_ a ving
cm
da
re sid4<
ncin
ao
trabalho - em'olve movim
entos
{jue se repetem dia ri
nmente,
por
alios c d l c
adas, cque se
ligam 11 r r o d u ~ i l o
do
trabnlhado r. llo
co
m r:i
rio do
tmnsport
c de carga , que 0 capital
tem
constamemcnt e
penetrado
c revolu
cionado, por
se
inseri r na esfem da prodlH,ao, 0 tmnsporte dt: possagt:lros urban
os
a p T e s e n t ~ noTerceiro Mundo, piissirn"s o n d i ~ u c s pam 0 traualh;uJ or.Tal como ocor
re com a h n b l t a ~ ~ o , 0 cnpitnl procura - ernbora nCIIl
sempre co
nsiga - dcsvenci
Ihnr·se dele. na
medida em
que r
epresenta
um
em
u
s.
3. Finalmcmc,
II
ilrvey ilnallM
a
/ w/
JilidlUle
I"
Cl
l f l iwI
rlilliteiro
.
Nessc mo
mento d;'i-sc
en
fase
115
comlln c a ~ o e s e ao dinhei ",-crl d ito, j
;'i
'l eeSSe lipo de des
l
oc
alllcnto 0 mai s usual e cssa forma de dinheiro. aqueia 'lue
~ i
Sl' desloca es
pacialmcnte. S6 qlle isSQ, novamcnlc,
C
significalivo apenns p ~ m a n ~ l i s a r 0 e s p a ~ o
regional . Como jr. disscmos, nilo
Se tem
notk ia de n
enhl
lm est udo empirico ou teo·
rico '1uc most re a innui'ncia das t m n s f o r l l l 3 ~ o e s nas
com
lm c a ~ o e s
sobr
e a estrum·
1<[(;:\0 do espa <;o int ra .urbano. Os
e s l o c ~ m c n
o s de pes sons dominnm tilo viol
cnta·
mente
essnest rut
I m ~ 3 0
que
os
efeit
os
dos progressos nas cOlllli
nica<;oes
to m
am-se
ilIl11crcept(\'eis -
5e
CqUIl exiSICIIl _
n
ouvio
<J
u
e,
emliit
i
ma
inst;in
ci
a,
tu
do
- inclush'c 0 csp
a'Yo
intra-
lII'uano
('Slar:, l i lp o ao modo
dc , r o d u ~ i 1 o
011 regimc de
c u m u l a 1 I 0
domlnante e sua s
t r a n S f o m l ~ ~ o c s ,
co
mo se nmnlfesta no pais onde se
situam
as c l d ~
d c
cuJ os es
pa'Yos intra·urbanos
se
pretendc analis<lr. Enlrctanto,
c
6bvio tamb l m
que
isso ex
plica ao mesllIo tempo tmlo I. nada. II q u e s ~ o central na analise dc quaiqucrtipo
de
e spa'Y0 social
co
ns iste elll idcnt illcar as m e d i a ~ u c co rre tas entre as n
mcro
de
t c r m i n a ~
o e s
sncioeconl'lmicas c cssc
<" S
I'3
'Y0
s
odal, OU
scja, as f o r ~ a s sociais
qu
c
atllam ncssas e d i a ~ o c s e suas correspo ndemes formas de ~ a o .
II
ideologia,
pur
cxemplo,
,;
omo lIlostrarcrnos adiante, dcscmpcnha um papl:l rc lativamente
menor
no
S a ~ o
regional.
m
l
furulamcnlal no
s p a ~ o
in
Im
-II
rb:ultl.
ES
SI:
C
ou
lro
aSl'e.:lo dl: rllndm
llcnta
l import,ln.:ia
lI
a d istill
\do
entre cspa'Yo i
II
m-urb:mo.., n.g
io
nal. P
re
cisamell c por
estar
rml ito pr6ximo dos ill teresses
do
e
onsu
mo -
mai
s visf·
vel e
sens
ivelmcllte proximo - 0 cspa'Yo intra 'lIrbano eSI;'i slIjeito a e
norm
e
ca
rga
ideologica. a que contecc llle
li
OS com 0 e s p a ~ o regional. l efebvre' nos alerta de
que
0
e s p a ~ o l L l l n
prod
ut
o litcralmentc r
ep
lelO de
id
eologias". E
qua nl
o produ
~ ~ o
idcol6gica, qual a r e l a ~ . ' I o
Clu re
e
s p a ~ o intm-uruano
e idcologia? Qun a ide
o1
0·
gia produzida? Qual a \'er
sao do
real
qu
e veicul a? Por q
ufr?
E quanta 11 domina'Yao;
hi\?
Como
a class", dOlllitHlIlle IH",ilcira, c t'lh'c].
bti
no-'llilcricllna,
li
sa 0 e 5 p a ~ o
IIrbono pm;) fin s de d O l l l i n a ~ ~ o c ex tors:lo? lsso YCIlL
Se dan
do somcnle a l r a v ~ s do
pcrifcriil sllbc
qu
i
l'ada I:
do centro cquipado?
Sohw qu
cstoes dessc genero, pai ra
8/17/2019 Espaço Intra Urbano
http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 29/32
urn sil€ncio scpulcml nas
n
~
is
es espncia
is.
Prctendemos contribuir
pam
"q uellmr"
esse sill ncio, pois 'lwtlquer
an:11isc
sobre a domin;u; lo - como a que aqui
p ~ l e n -
demo
s
rater co
m 0
e s p a ~ o
intra·urhano - nao pode prcscindir da
i n v c ~ l i g ; l . ( a o
da
ideologia enqllanlo inst rumento eoadjuvante da
o r n i n a ~
Note-se,
aiijs
,
que
lais
pergunlas dilicil menll c;Iberiam para 0
cSpa,o
regional.
Nossa tese c a de que. para as m ctr6polcs brasileir
s
c quasc certamcntc
tamb
cm pa ra as
a l i n o - a 1 l l c r i c ~ u H l s iI
for,a nmis podc ro sa (mas na o '\l1 ica) ag in
do
sobre a cslrutura, io do
espa
1fo imra·lIrbano tem origem
113
luta
de
classes pela
apropritu;:lio difcrenciada das vantngens e dcsva
nlagcn
s do
cspa,o co
ns trufdo e
na
segrcga,ao
e
sp
acial dela resultanle.
r\S
la , c
omo
sera moslrad o. e u
ma o n d i ~ a o
neces
sr.
ria
pam
0 cxerclcio dn domina,flo
por
meio do
e p a ~ o
intra-u{b'Hlo.
Tal
e s t r l n l l r a , ~ o s6
remotamente sc
rc
l
l1ciol\;l. C0 111
as transforma1foes
por que
tern
passado
0 capitalismo natiollal c mundial nns 11liimas decndns.
1I
dOlnina,iio a tra
ves
da
csl 1 U r a , ~ o do espa,o intra-urbano \'isa principalmentc ~ p
r o p r i ~ n
o di
ferenciada de
SliaS vantagens
lo
cado
nai
s. Tr;\I<I-se
de
UllIa
displlla
em lorno
de
c o n d i ~ c . l e s
de
consumo.lIs d ificuldades para sc c
ompre
en
der
que uma dlspuln
por
eondl(ocs
de consum
o
consiste
no
detcrminame principal
do p ro cesso
de
e s t r u t u r a ~ n o
int
ra-urbana decorre
sobretu do
do fa
lo de linD
5e
eap
lar
com
cl
are1:.1
a
difcren,a entre
es
pa,
o
inlrn-mbano
e regional.
Espac;o e sociedade
E.xiSle uma
tcn
dC
ncla gencra1izada a se acreditar nllma i
nler-rela,
ilo pro fun
da erllre
s p a ~ o
e
o r m a , ~ o
soc ial;
Inc
as t
ra
nsrorma,lIcs da s cslruturas sociais pro
I'ocam
transforma,oe
s no espa(o. Ern
mcnor
grall, h
:i a f i r m a ~ i i e s
-
mas
Jloucas
dcrnonslmo;Xic s -
de
que,
i n l ' c r ~ a m e n 1 c .
0 c s p a ~ o pml'oeil.
tran
sforma,i.iCS
no o _
cial (v
er
nbaixo. neste item, So ja,
1980;
l.efebl're,
1970;
Buddy,
1976;
GO dien
er
, 1985).
A maio rin dos estudos sucioespaciais produl.idos nns
til
limas
d ~ e ~ d a s pancm
das
transfomln,iks
~
e s m l l u r ~
social (pnrticularm
cn
tc
da
s
transfonna,iics
ceoniimi
cas) para dcduzir c cxpl ica r,
en
tao. as
n
o r ~
o e s
do espa
,o.
A esse respeito, e IlOssil'el dis t inglli r Ires esfcms nos
CSt
mlos ,'spacinis.
11. s ~
I
Os est udos Iradido n,li
s, procedcnles
da E5co
ln de
Chicago.
eontinuaram
pc
los
llco·ccologistas Oil
pnssnram
pclos pioneiros do
ini
do
nn
decada de
1970. os qunis,
co
m S
Ua
rCl'isiio cr
il
ica rca1iz:uia part ir de
\nll<l
ha se ma
r
~ i s t 1 l . ,
re
l olucionaram
inicialmente a sociologia
mban n.
dcpois a
ccono
min polili en c a geografia. e hnje
criam
cam
Jl
os Inte rd isc iplirwres
<I
e eSlu
do do
e
s p
~ o ,
agom ja filindos a, ou
n f ~ ~ l n d o s
de. diferentcs ··marxismos".
Pcrten
ce a CSS; I csfcra, por excmpl
o,
a prcstigiada Escola Fr
ancesn da
Il eg
ula
l;
30. Suas nn:llises part
em
<ias
n
s f o r m a ~ i ' i c s
sucill i
s,
c
~ ( } t 1 i
\ m i c a s
el
0
II
poW
iellS
e
cllc&1I111
ao . ~ p B ~ O it e las co n espo
nden
Ie.
011
]lor ela s
pro
d m ~ i d
Co
mo panelll
do
so
cial.
com
f
orte
enf
as
e
eeo
n
6mica.
esscs eS
lU
do s referem·se muito l ro ll
t :tlo
do
cspa,o;
cntrctan lO. al'C511.[ d
essa
cn·
f
; l
sc ccun<>rnica , qunsc nadn disconclll sohre II conslI1no e muilo
menos
8/17/2019 Espaço Intra Urbano
http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 30/32
sobre a
lrocn
ou c i r c u l n ~ i l o do frllto dessn
p r o d u ~ 1 i o
POllI;o se manifcs .
l,lIn,
13l11bem,
sobre
0 \'31or produzido.
Tamb'::m
quase nada
dlscorrem
sobre 0
deilo
do
e5pa<;:0
sobre 0 social.
2
J
scgll
llda
csfcra
rcferc-se
aos
e<ludos
dos
cfcHos
do
s p a ~ o
sobre
0
50cinl.
Esses cSlUdos
~ h a m - s e
menDs
desclll'oll'ido
s.
Neste I rab
. lho, a I'ClllUm
mo
nos \' m pOlleo nessa Men no colocnr a
segrcga<;:1Io
espacinl das c]assc
socials
cumo processo ncc
css
:'irio Inlra 0 cxcrcfcio da d o m n n ~ ; l o polflien c d esi
gual
ap rolHia<;:ilo dos r
ecllrsos
do
(,
51,a<;:0
cnquanlo
I'rodulo do tmb;dho
e
como o r ~ ' 1
delerminanlC da
S l n u u r a ~ i l o
inlm·urhnnn. Eslamos a(
oa esfc
m ccon6mica - dn
d i s l r i b u i ~ ~ o
c
do eonsumo
-
scm
dli vidn,
mas
a
domi
nn<;:ilo polftiea e a neecssii ria i<lcologia scrilu t'lmbcllI cnr tilndn
5.
A eOIl
clusilo cspacilli. OU melhor. a cOllclusilo sobre 0 deito do c s p n ~ o sobre 0
5
0ci.11.
a 110550 vcr
imporlnnlr..
t: quc
umn
ccrla gcogrnria, limn
ccrla collfl-
Rw
·
ai<1o espllci l (a
s e g r e g a ~ i l o )
se
faz n e c e s
s ~ r p;Lm
vi;Lbii
i7.3
r ;Lquela do
i n : l ~ ~ o
c
aqucla p r o d u ~ l i o
ideol6gica.
Sem cssa conligura<;:lio, se
ri:llalvcz
i111]>0
55 il'" 0\1 eX I rcm;Ll 1"me difici l - a d O l 1 i n a ~ i i o e
;,
d s ; g l l a l
:,prol'ri
a ~ l I o . Tml a-se.
ponamo. de 1Il 1 cs\m
lo tlos c fcilos
do
espn<;:o
prod
uzido
so
bte 0 social. Es\e t raualho prclende 1I10S1 rar que
;L
s e s r c g a ~ l I o ( 11111<1 dCler-
1I1inada gengm ri<1, p rodllzida pcln l n 5 ~ c
domina
IllC. C
par
1I1eio d
a qua
l essa
classc cxer..:e S II n dom il1;L<;:ao - alr.w( , do 5
p a
0 urlmno.
II
s e g r c a ~ 1 I 0
o
IItn
I'm
c,,
o neces
s
:
rIo
pam
qU I ~ j ; L
<II
domi
~
~ o .
3 Finnlmcnr
e,
a U 1\;[ 1er..:eira eSrCr.I, talwz 'I mai s eorreln. Olas q lie se e Ileon-
1Ta
rmm
e S I ~ g i
o
cXlremamente
r u d i 0 1 ~ n I M
os uaS r e l a ~ o c s dialclicas entre
e s l ' ; ' ~ o c socicdmie.
1\
esse r e ~ p c i t o , Soja
(
19110) e GOlldiener
(
19115)
di
scor
rCIll so
b Ie a neeess
id;Lde de
ullIa
an
Alise diaici icn das
r e l a ~ o
espa<;:o·s
ocie
dade ma s pOlleo a \ ' a n ~ a r . u n
nesse
campo.
Sf
luI. \ lma inter_rel:l<;:au l n: 0 s p ~ . , : u C suci:ll. ue\·c haver
deitos
do esp:l<;:o
snbre
0 social. l
sso n ~ o
signilicaria. em nbsoluto.
co
nferir
aUlonomia
aD
c s p a ~ o ncm
ca
ir
no
sell feli ch is
mo
.
Ldchvrc
( 1970;
ciHldo
por
Soja,
1900
,2
10;
c
por
H;LT\
·
CY
.
1976.
306),
por
~ " l 1 I p l o . arirm<L : "I>adem as 11 :lIiuad"s
do
IItb:tnisl1\u
ser
<lefinidas
cumo
algo
5UpereSlnt1u ral, na supcrficie da base econo mica. scja
capila
liSla. scja socialis
t
a1
Nilo.
II
r
ca
li d
ade
do U1banismo mod ifica ;LS rc la(ucs de r o d u ~ ; " \ o . scm se r
su
ricl
eme
para lr.LI1sform;\-las.
0 urbani
smo
IOTl\;L·SC U111;L f o r ~ ~ de pmdu
<;:ilo,
comu
cicncin. 0 c5pn<;:o e;L o r g a n i z ; L ~ ; i o poH lica do c s p ~ ~ o exp ressam r e l a ~ o e s 50ci:li5,
mas 1>1> mewm temp nmgcm d{ J ln .Iolm · {'.
r/II.<
[srifo n055
0
1.·
M;Lrtin
Boddy
11976, 11.
n
um
P:'S5'lgCnl e ilada, fOTllllll" ;1
se
guinle hip61CSC sabre 0
efeilo do
• 'Co n ,c.'ilioo< r ,n
h,,,t.,,,
' 1 . r . " , ~ 1
. '
m c I l , i , , ~
>
1 ",,.,,,,,,,,,,1. on 'he of 'h ."Conumle
b .t . whe Ihef "ti>l m "1<
. .
[ 1No. n , . n<l tlly of
,,,,,,,
Iso,, mo,1I n
. .
be ... .110"< 01prorl clln
wl ' to
0'"
l > < i n ~ . rf,ck
,
'" 1",,,
, [
,,,,,, Ihe,," Ihb.n;, , ' ' ' ' ' ' '' ' ' '' ' ' "
/"'«
in ,.. ",lol<:llon. bOf ..,Ie
,,"
Sp.""
n ~ ') ,e "'I;,;e.,1 0'll ,;. , lon o l , l" c< e.pIC
'
,loJ rdOl;oruhil
/0,/1
,,1M>
,
~ r l
II,,,,, r ~ , l
",,,,,,):
8/17/2019 Espaço Intra Urbano
http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 31/32
espa(jo sobm 0 .ocial: "Ollfin ir
a
<;ampo ,Ia ~ o n o m i a pol flic;tllr/ <mu ' ( argll menta r
que ( deJllro I griro nosso] das cidades
que os
deilos
do
espadal sabre 0 socinl s110
mai. rortes e ernergem como 6b\'io •. 0 'urbano' lOma-se definido
em
lermos dos
deilos
particulares das intcnsidades das inlCrar,:oesentrc a social e
0
espac
ia
l cons
tilufdos pela forma especrfica de a r l k u l a ~ i i
o
espacial dll p r o d u ~ l i o . da drculllr,:llo e
do
consumo na f o r m a ~ a o social"."
GOlldiener
(1 l85. 230)
tllmbcm discorre sobre uma rear,:;io
do
s r a ~ o .
ao
lIfir
mar
Clue
a d e s c o n c e n t m ~ i i o melTOpolilana, urn processo socioespacia l, "(
amlHtS
as
co
isas: urn prodmo
das
m n s f o m l a ~ u e s conlemporilncas e urn processo de orga
n l z a ~ l I o socioi:'spacia] qUi:' reage de valla sobre omros processos". , . , Logo a seguir.
esse autor menciona,
mas
nao demonslm. uma u a ~ a o de innucncia
do
s p a ~ o 50 -
Ine 0 social. ••••
Pnw
Lcfe\)vle
0
s p i l ~ o
"rcalle de \'olla" sobre as
e l a ~ o e s
sociais; Boddy de"
clara
que
dIm TO [grifo nossoj das cidadcs ·05 efcilos
do
espadal sabre a social
se
riam m ~ i 5 fortes e emerr:iriom como obvi05". Sojn
(1 l80, 207)
procllm des\"Co
dar
ns
b n s e ~
de
umn diah: licn sncioespncial
As r e l 3 ~ o e s etllre, de lim Indo, n r o d l l ~ i i o , it d r c u l a ~ a o e 0 consllmo
do
espa·
~ o e de OUlro os efeitos
do
s p a ~ o ~ o b r e 0 50dnl - Oil melhor. das
e l n ~ i ' i e s
di:llc;licas
entre espa(jo esociednde - consliluem a desafio ninda a Ser enfrcnlado pe lns
eSlU
dos sodoespac iai
s.
Os processos 'I lie VamOS abordar nqui decorrem
do
cs\udo
do
e s p n ~ o intra
urbano
dn
s lOlllropoll s bmsileints. '
I"cmos,
entrelant
o,
fundadas razi'ies
pam
acredi
lar qUI tals processo5 ocorrem lamb( m nns demnis metropo les dn America \A1Iina.
Nn "erdade.
e5
1n
mos
inclinados n acredi l'l r 'Iue as
m e l r 6 p o l c ~
Inlino-;mlericanas
constill1cm urn compo privilcgimlo
de
an:ilise do s p a ~ o iOlm-urbano. Com cfcilo,
o grnnde desnfvel soda l entre as classes nas rn clr6poles lalioo-amcricanas faz co rn
que nelas seja r e a l ~ a d a nquela facew un IUla de <;lasses que ( tmvada em lorno das
c o n d i ~ u e s 1< : r o d u ~ ~ o o n s u m o do s p n ~ o I1Ilmno. isto ,
em
lorno
do
acesso es
pncial van1ngens ou rccursos
do
e s p a ~ o uruano.
Os conlrnSles socials, econ6mico. c de poder politico camclerislicos das me
Iroroles lalino-americanas
produwrn uma
cslrulliTn espacial e
uma
din;imica
.
(odr" nO , , , t ~ t , , . ; , l .
n , l < l ~ co",I,.; ,
lK
"..ibm,t.,ic de ' ' ' """
cd
'n u
...
de "'"" ,
n"",I.
tK,a'it
·"-. "'"
. ,t.,
.om d" ""
", , ,
, d i ~ . l ",,,,, i,,,, do que. H" e,c mp l .. ( ~ , d ; l \ o r . pam 'luom """",,"mi, poillio,"
p""i
o 'lno"," In ramod.,
<",
<mom
I . 1 : = I t ~ , ,
""
' ; n " I I \ C
' n ' ' ' l f
' ' ~ . " k ' ' " f )M,I;,k .1 oono my e<
,l
on
,, ",1 u
'h
e . c l o "r "",do . " r I'lO d"c U""
. • "d"
, t ' l ' l ~ j J \ ~
U,
" """""Ii'y o f
> j ' ~ i
"<>"co l',,,oll'.<II ;o ,,.
"I
the
''''''''''''
01 the pw,
h"
";",, a",) clrcula li
on
ul co " ,
mMill
" .. da
..
,""e
'",
o.
I,toology ,,1<1 'he . "'. 'hen. .
•• "To dofine, fickl 01
' "00' ' '
politic,l <'<"<>Il<,my is ,,, , ~ e 'M' i i
, ,hi
~ , ; f o " """I d,;",
,hat
'he
effc,," 01 he ' l ' , t i ,1un the ><",i.1
"'"
I U ~
.nd
m < · ' ~ o . , " b.·i"" . ·rne ·",b.,,· bem",,,,, defi ,,,,d in
'" "
""
of
'h
e 1","1<:"1,,,
Crr
e"," " r 'he huon, ity nr 1",,,,,,«1,,,,, I",n,,,,,,, "",Ia l .,ml 'he sl,a ,I" I. h , , , ~ h t
>buIL'
by
n,,,
'p<",mo
fmm
of
'p"i,1
.rtkllla';'ln
of
produo,;o
n.
d",ul.t;on
ood
con,ump'ion
;"
t
he
.""i
,1
fOllnotion:
•• , " ..
),
bo'h . a 1,,,11111« "I cIL""" "I"'r.uy
",1<
1a 1"
<><";'
f ,"'io>l'.1IlaJ , ~ a l \ l ' l l l ",hid, ,e'''
l'
bock "n <I,hor
1
'''''''''''''"
•••• "TI,e h = m u n y 01
L"c
C.'pi .li" rd . ,ion< ""Iuires
'he
"",u,ing ol ' p,oe
i u
,""ch os 'he
I,Ue, dq, ."d . the ." c i.1 loree. "I 'he IUlIIU·'."
8/17/2019 Espaço Intra Urbano
http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 32/32
s o c i o c s p a c
i ~ l intm-urlmna muito rna is exaccrbadasc, porisso,
n ~ i s
faccis de scrcm
capl
l a ~
Ito
'lue
a metropole descIJl'olvida.
No
t
us
. A 1", ,-<$.\0 "
me'n'I",l
i,"" ' ~ I o , , - (I,III, ..,[a t"" G < ' , l i ~ n ,
"'l"l\71le
• 1\0. . . elp=<oI" "fcgiJo
mCir"I'0I;I.'Il .,·.1I reI: " ", . 'top<>l;Ia"a qu." 0"'" ."" , , .e reie", " ' ;«c. Omnn de <n i.,iz>. I"", 0 ,.
fulOd 0, Un do . 1..0•• n ple • ao c", ui\
-..Jc
""e ,,.,:ida { 'roU o , , ~ 5O,i, IM{ropoUtnli """". " uliliuo;lo
pm (;'" td ie,,,,,,I. c>pr<:S>-l". c ~ l . n -
,I
""" . .
" " '' 'end d.o "0"'0 ,
' ~ n . ~
de
' n < ' ~ W O
tic u,bau""o;lI<>
'''1:.,n
.,I
.
I,d
m, dn da, i ,e" n",',n 1><>1;,"u" I
mdie
i
.
Z V ~ ,
ias
das m ",[
,le,
{iIe' leila, """Iva k: ,n 'anlloen, I"' '" n ' I ' O ; < >
, c ~ I
""I.
e",
. ,lel;"e.
n,
...
en''' ' Ian 'I .
,
1''''''''
> <::< p , ~ o In
to·"
I b,no,
l . 50),1. Ed",,,,,1 W. "The 00<1''"'1'",[.1 ,1I"k"'I<:".II ", ,
,I .
of Ihe M, nc,OIIo" ,,[ An,e.k.n Gcog'"p
toc ....
lo" ",
1980. n. 2. ". 70. 1'
.
207.
»
' ' ' ' ~ c m
1m
'
CI>c
,
id,
c
n,
(;,. gn,r
pds.moo rnru.
p
lZS.
4. I
:",
""",, n i ~ ""b", " 1""'",,0 'om, 11990.1 71
' aulo tl <.110
p",I1oul,,,,,,''''" n f ~ l i O O 5
'0
.f i,m» tic
m.n
cim re
i'.rad"
que"
rur
de> .bunlod""..:.o
'tioko
e I"f...,.,
5. NO\-,mcIlIc. ,,,,,:</i'
'm"" '"
;ml""" " Ie =<>Id,. 'n lello. a c< pecific;'Io,lc da -1",1 n u c l c , ~ ~ da ~ 1
mC""f",[i'"na . ~ , c , i c a n
••
1"'''' cvi lO' pmcil'ilOd•• o m p o r . ~ O c . con, . , b"" ileirn . De ."<>rdo co",
Go"
01;0"
cr. ,>t'm me",""'"
TIIclr
6po>k."' ,'0
r.""
, [,,'"'' ' ' I 11,.:"",.
"1
""' " ' '
am
"",
J: "
.lU , ~ : ,11
'1'<=","1<>
c
> < > l i
~ ~ n com l'"J""I .o rl mcrMI"' cs """e·,me.]c.>n:n.
1'.=. p o l i ' l C l c . ~ ~ o
urn proasso
<II
fe
,e'" c
<I" d.
r", , ~ , , d",
",ie
lcos ICf< den ,,,"6,,,, los.
oo
mo '
<en
llO, de
("'<>I,""",oon
••
)Mic" No'" ~ t ' Sa ,"" i \ . , , ( t o ~ . lI<Ja I ~ c , , , ';nhell"'. ere
Recommended