Espaço urbano brasileiro

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CELM

O Espaço urbano brasileiro

Geografia – 2º ano

Janiere Mendonça

As transformações ocorridas na estrutura produtiva do país nas últimas décadas levaram a um redirecionamento do perfil demográfico brasileiro. A modernização alterou, direta e indiretamente, a dinâmica populacional, reduzindo a taxa de natalidade e de mortalidade infantil, paulatinamente. Assim, o país atravessa o chamado período de transição demográfica, com a diminuição da parcela de jovens e o aumento da porcentagem da população idosa.

Tais alterações fizeram distribuir a população por todo o território brasileiro. A indústria alterou a proporção entre a população rural e urbana, e o processo de modernização do campo expulsou pessoas para a cidade. Essas transformações econômicas vinculadas à globalização da economia, mudou o próprio perfil da estrutura urbana, impondo mudanças no modo de vida das pessoas.

Crescimento urbano Urbanização

Crescimento natural da população das cidades.

Transferência das populações das zonas rurais em direção às cidades (êxodo rural). Esta só ocorre quando a população da cidade ultrapassa o campo.

A partir de 1970, a maior parte da população brasileira já era urbana, o que refletiu a modernização econômica e o grande desenvolvimento industrial, graças a entrada de capital estrangeiro (necessidade de um mercado consumidor, infra-estrutura, mão-de-obra especializada).

CARACTERÍSTICAS DESSA INDUSTRIALIZAÇÃO

Gerou emprego para os especialistas, expandiu a classe média, aqueceu o consumo urbano e estimulou o comércio e os serviços.

Apoiada no capital estrangeiro, a modernização econômica estava apoiada à realidade dos países desenvolvidos, que provocou em conseqüência o desemprego.

CONSEQUÊNCIAS DESSA MODERNIZAÇÃO

Aumento do setor terciário informal (pequenos comerciantes, biscateiros, camelôs, oficinas ...), para atender as populações de baixa renda, crescimento do subemprego.

Não há vínculo formal diminuindo garantias trabalhistas previstas por lei.

METROPOLIZAÇÃO

O domínio de uma cidade que detém um maior desenvolvimento econômico (capitais), bombardeadas de investimentos e atividades modernas e de maior atração populacional. Estes aglomerados formaram as cidades milionárias (com mais de 1 milhão de pessoas), sendo pólo de desenvolvimento formam com suas cidades vizinhas as regiões metropolitanas.

REGIÕES METROPOLITANAS

São regiões de planejamento governamental, transformando várias cidades em uma mancha urbana (cornubação), marcada pela integração de atividades, forte concentração populacional e grande dinamismo econômico.

PRINCIPAIS REGIÕES METROPOLINA DO BRASIL

São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, Fortaleza, Distrito Federal e Curitiba.

Natal (16º lugar) envolve as cidades de: Parnamirim, São Gonçalo, Macaíba, Extremoz e Ceará-Mirim.

Muitas cidades do interior se desenvolveram, pois era mais fácil a atividade produtiva no local de origem e se fixaram com populações de 200 a 500 mil. Estas não atrapalharam as metrópoles, pois a influência sobre o território nacional por meio dos sistemas de transportes, informação e comunicação são muito fortes.

Pode se dizer que o Brasil como um todo se modernizou, pois a maioria da população está integrada aos sistemas de produção, consumo e informação, mas não dono delas.

OS DOIS LADOS DA MODERNIZAÇÃO

Propicia o desenvolvimento e riqueza aos seus beneficiários (ricos), que desfrutam de um conforto crescente.

Aprofunda os contrastes existentes no país, aumentando a diferença entre ricos e pobres.

BRASIL, PAÍS URBANO

O Brasil é um país urbano pelo o aumento da porcentagem da população cidade-campo.

O campo passa a atender a cidade incorporando novas tecnologias, que vão desde hábitos da cidade aos avanços biotecnológicos.

A própria cultura entre campo e cidade foi modificada. Exemplo: música sertaneja, vaquejada, parabólica, celular e assim por diante.

A INTERGRAÇÃO URBANO-AGRÍCOLA

O Brasil urbano desenvolve-se sob o comando das atividades terciárias (comércio e prestação de serviços) e secundárias (indústria de transformação) e pela população que vive nas cidades.

O Brasil rural atende as atividades do setor primário, integrando cada vez mais a novas formas de produção, com absorção de modernização para a agropecuária. A produtividade atende aos mercados nacionais e internacionais.

A HIERARQUIZAÇÃO URBANA BRASILEIRA

Hierarquização urbana-rede urbana

Um conjunto intergrado de cidades que estabelecem relações econômicas, sociais e políticas entre si, no entanto, uma exerce influência mais forte sobre as outras.

O modelo industrial

A influência da indústria transformou duas cidades brasileiras muito importante a nível global, são elas: São Paulo e Rio de Janeiro. A nível nacional, se destacam: Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, Fortaleza, Curitiba e Brasília.

O modelo informacional

A influência dos fluxos de informação caracteriza esse modelo. São Paulo, concentra os principais circuitos internacionais, as sedes das grandes empresas, bancos, atraindo os melhores profissionais (cientistas, pesquisadores, artistas, esportistas, jornalistas...), é uma metrópole informacional.

PROBLEMAS SOCIAIS DAS GRANDES CIDADES

A internacionalização da economia produziu aglomerações urbanas e atração de grandes investimentos, mas também trouxe vários pólos de pobreza e outros problemas sociais.

PROBLEMAS

A população cresceu de forma acelerada e desorganizada, maior que a oferta de emprego, habitações, infra-estrutura e serviços sociais.

Por conseqüência, gerou a violência das camadas mais pobres.

Não houve investimento no setor social. O que ocorreu foi a preocupação de construção de vias para escoar a mercadoria, modernização das telecomunicações para facilitar os negócios, entre outros.

Se os espaços estavam se dinamizando, por que esses problemas não foram sanados!

CONSEQUÊNCIAS

Desemprego, periferização, submoradia, decadência e escassez da escola pública, deterioração dos serviços de saúde, falta de transporte e infra-estrutura básica (luz, água, pavimentação, coleta de esgoto e lixo). Enfim, a necessidade é maior que a oferta, e de todos citados a habitação é o mais grave deles. Algo tem sido feito com a construção de conjuntos habitacionais, com a ajuda do próprio dono.

p.s: O IBGE denomina favela, o espaço ocupado pelo menos com 50 moradias, construídas de forma precária, carentes de infra-estrutura e que não são de propriedade do morador. Cabe ao poder público minimizar os problemas dessas comunidades, oferecendo a mínima infra-estrutura.

O que levou a disseminação das favelas nas megalópoles brasileira?

Ilusão de emprego já que é o berço da economia brasileira.