Estrutura Geológica do Planeta - georoc.com.br · • O núcleo externo se movimenta ao redor do...

Preview:

Citation preview

Estrutura Geológica do Planeta

Prof˚ Robert Oliveira Cabral

robertgeografia@gmail.com georoc.com.br Youtube: geografia & Rock`n`RollProf˚Robert R

oc

Astronomia Introdutória• Em grande parte do entendimento do nosso planeta passou pela

observação astronômica.

• O movimento dos astros no céu possibilitavam o entendimento dos ciclos climáticos ou estações e seu posicionamento possibilitava a navegação (direção).

• A personificação de conjuntos de estrelas (constelações) consolida a importância destas para a vida humana, tornando parte das religiões pagãs.

• Contudo, a evolução científica possibilitou um embate direto com as religiões, especialmente da astronomia.

• O entendimento do nosso planeta e a discussão sobre a sua origem e sua forma continuam na atualidades.Prof˚Robert R

oc

Deus X Big Bang• Abordaremos abaixo uma estrutura estabelecida pelo astrônomo Marcelo Gleiser em seu

livro “A Dança do Universo” sobre os mitos que marcam as diversas culturas que se debruçaram nesta perspectiva do cosmo.

!3

Existe um começo?

SIM

Ser Negativo

Ser Positivo Deus, o Criador

Mitos da Criação

Ser X Não-Ser Ordem X Caos

Não

Existência eterna Universo Rítmico

Mitos sem Criação

robertgeografia@gmail.com georoc.com.br Youtube: geografia & Rock`n`Roll

(Cultura judaico-cristã)

(Cultura Maori-Nova Zelândia)(Taoísmo) (Jainismo)

(Hinduísmo)Prof˚Robert Roc

O Sistema Solar • A formação do sistema solar está diretamente ligada aos detritos

sólidos e gasosos que ficaram orbitando o Sol após a sua formação.

• Os detritos sólidos pela agregação/colisão e atração gravitacional possibilitaram a formação da geoide. Este fenômeno é conhecido astronomicamente como acreção.

• As altas temperaturas decorrentes da colisão e da ação e dos ventos solares possibilitaram que os materiais mais densos migrassem para a área central do planeta formando o seu núcleo, formado majoritariamente por Níquel e Ferro (NiFe).

• Porém a existência de Urânio e outros materiais radioativos no interior do planeta explicam a manutenção das altas temperaturas no interior e a dinâmica dos núcleos externos e internos.

robertgeografia@gmail.com georoc.com.br Youtube: geografia & Rock`n`Roll

Prof˚Robert Roc

Prof˚Robert Roc

A FORMAÇÃO DO PLANETA• O planeta encontra-se dividido em camadas

diferenciadas pela densidade, temperatura e materiais que as compõem. São elas:

• Litosfera – densidade (SiAl-2,7 g/cm3 e SiMa (– 3,0 g/cm3) e espessura (SiAl - 25 a 90km e SiMa – 5 a 10 km).

• Manto – densidade de 3,3 a 5,5 g/cm3 e espessura de aproximadamente 2900 km.

• Núcleo externo – densidade entre 7 e 10 g/cm3 e espessura aproximada de 1500 km.

• Núcleo interno – densidade 12 g/cm3 e espessura de, aproximadamente, 1800 km.

robertgeografia@gmail.com georoc.com.br Youtube: geografia & Rock`n`Roll

Prof˚Robert Roc

Prof˚Robert Roc

Fonte: PITTET, Jean Robert. Geografia Geral. FTD

robertgeografia@gmail.com georoc.com.br Youtube: geografia & Rock`n`Roll

Prof˚Robert Roc

CARACTERÍSTICA DE CADA CAMADA

LITOSFERA • Camada menos espessa, com menor densidade e

temperatura. Encontra-se fragmentada em diversos blocos denominados placas tectônicas. Estas placas são como jangadas de pedra que flutuam sobre o manto. As placas continentais (SiAl - silicato de alumínio) são menos densas e as placas oceânicas (SiMa - silicato de magnésio) mais densas – isostasia

• Antes da fragmentação da litosfera encontrávamos um mega-continente denominado PANGÉIA.

• As placas tectônicas foram formadas e se movimentam em função das células de convecção magmáticas.

• Os deslocamentos das placas possibilitam fenômenos tectônicos (falhamentos, vulcanismo, terremotos, maremotos/tsunamis). robertgeografia@gmail.com

georoc.com.br Youtube: geografia & Rock`n`Roll

Prof˚Robert Roc

PANGÉIA

LAURÁSIA GONDWANA

AMÉRICA DO NORTE EURÁSIA (EUROPA + ÁSIA) AMÉRICA DO SUL ÁFRICA OCEANIA

(PLACA INDO-AUSTRALIANA) ANTÁRTIDA

FRAGMENTAÇÃO DA PANGÉIA E A FORMAÇÃO DOS ATUAIS CONTINENTES

robertgeografia@gmail.com georoc.com.br Youtube: geografia & Rock`n`Roll

Prof˚Robert Roc

robertgeografia@gmail.com georoc.com.br Youtube: geografia & Rock`n`Roll

Prof˚Robert Roc

!12robertgeografia@gmail.com georoc.com.br Youtube: geografia & Rock`n`Roll

Círculo (ou Anel) do Fogo

Prof˚Robert Roc

VULCANISMO• O tectonismo (contato entre placas tectônicas) possibilita, além

dos tremores e tsunamis, a formação de vulcões. • O contato convergente entre placas possibilita a formação de

zonas de subducção, onde a placa mais densa (normalmente a placa oceânica) mergulha no manto e é fundida.

• Neste caso, notamos a formação dos vulcões explosivos, visto a diferença na densidade entre os materiais derivados da placa derretida e do manto.

• O segundo caso deriva dos contatos transformantes e divergentes, onde notamos a formação da maioria dos vulcões não-explosivos.

• Logo notamos que a maioria dos vulcões ativos encontram-se próximos dos limites entre as placas tectônicas, onde notamos tectonismo.

• Os Hot Spots representam um caso mais raro notado em alguns pontos do planeta.

robertgeografia@gmail.com georoc.com.br Youtube: geografia & Rock`n`Roll

Prof˚Robert Roc

MANTO• Trata-se de uma camada que possui uma grande

influência sobre a litosfera, em especial pelas células de convecção e pelo material piroclástico (material liberado em uma erupção).

• Possui temperatura entre 2000ºC e 3000ºC. • Sua densidade é menor nas proximidades da litosfera

(aprox.:3,3) e maior nas proximidades do núcleo (aprox.: 5,5).

• Se separa da litosfera pela descontinuidade de Mihorovicic ou astenosfera (100 – 150km de profundidade) – aspecto fluido.

• Se separa do núcleo pela descontinuidade de Wiechert-Gutemberg (2900km de profundidade).

robertgeografia@gmail.com georoc.com.br Youtube: geografia & Rock`n`Roll

Prof˚Robert Roc

OBS1: A Astenosfera• Representa uma parte do

manto próximo a litosfera, em estado de um fluido viscoso (longo período) ou um sólido elástico (curto período).

• Representa a parte do planeta onde notamos a origem (vulcões não explosivos) ou processamento (vulcões explosivos) dos materiais piroclásticos.

• Região de ação das células de convecção magnética sobre a litosfera e o tectonismo. robertgeografia@gmail.com

georoc.com.br Youtube: geografia & Rock`n`Roll

Prof˚Robert Roc

NÚCLEO• Composto basicamente por Ni (níquel) e Fe (ferro), o

núcleo possui uma importância crucial na existência de vida no planeta. Estudos comprovam que o núcleo se dividem em dois: um mais externo (fluido) e outro interno (sólido) que possuem uma dinâmica peculiar.

• O núcleo externo se movimenta ao redor do núcleo interno criando um campo magnético que protege o planeta da radiação solar, em especial os ventos solares.

• Sem este escudo eletromagnético a temperatura na superfície do planeta seria superior a 1500ºC.

ESTE MAGNETISMO É RESPONSÁVEL PELA EXISTÊNCIA DO NORTE MAGNÉTICO.

robertgeografia@gmail.com georoc.com.br Youtube: geografia & Rock`n`Roll

Prof˚Robert Roc

Dinâmica do Núcleo

robertgeografia@gmail.com georoc.com.br Youtube: geografia & Rock`n`Roll

Prof˚Robert Roc

CAMPO MAGNÉTICO DA TERRA

robertgeografia@gmail.com georoc.com.br Youtube: geografia & Rock`n`Roll

Prof˚Robert Roc

Geomorfologia

robertgeografia@gmail.com georoc.com.br Youtube: geografia & Rock`n`RollProf˚Robert R

oc

PROCESSOS ENDÓGENOSTIPOS DE BORDAS DE CONTATO DE PLACAS

* EXISTEM TRÊS TIPOS DE CONTATO DE PLACAS DE GRANDE RELEVÂNCIA PARA O NOSSO ESTUDO:

1º- BORDA DE CHOQUE CONVERGENTE 2º - BORDA DE DISTENSÃO 3º - BORDA DE CHOQUE CONCORRENTE OU

TRANSFORMANTE

Prof˚Robert Roc

1˚- BORDAS CONVERGENTES• CASO A: CONTATO OCEÂNICO CONTINENTAL

Prof˚Robert Roc

1˚-BORDAS CONVERGENTES• CASO B: CONTATO OCEÂNICO-OCEÃNICO (OU

PACÍFICO INSULAR)

Prof˚Robert Roc

1˚-BORDAS CONVERGENTES• 3º CASO C: CONTATO CONTINENTAL-CONTINENTAL

(HIMALAIA)

Prof˚Robert Roc

OBS2: AFT OU OBDUCÇÃO NA NOVA ZELÂNDIA

Prof˚Robert Roc

2˚ - BORDA DIVERGENTEESTE TIPO DE BORDA DE (DES)CONTATO É NOTADO PRINCIPALMENTE

NOS OCEANOS E DEMONSTRAM OS PONTOS ONDE OS CONTINENTES SE SEPARARAM (DORSAIS MESOCEÂNICAS)

Prof˚Robert Roc

3˚- BORDA CONCORRENTE OU TRANSFORMANTE• ESTE TIPO DE CONTATO É RARO, CONTUDO TEMOS DOIS CASOS QUE

PODEM ILUSTRAR O QUANTO ESTE TIPO DE CONTATO É AGRESSIVO: A FALHA DE SAN ANDREAS (EUA) e os TSUNAMIS QUE OCORRERAM NO OCEANO ÍNDICO EM 2004.

Prof˚Robert Roc

Prof˚Robert Roc

Prof˚Robert Roc

FALHAMENTOS• Falhamentos - Com os choque entre as placas

partes da litosfera foram rompidos, possibilitando a ação das forças verticais (ou epirogênicas), em especial a pressão promovida pelo manto. Com isso, notaremos os falhamentos ou linhas de falhas.

• 1- Tipos de falhas • Os falhamentos se diferenciam pela estrutura de

ruptura da litosfera provocada pelas força endógenas, assim como a continuidade em seu processo evolutivo. As falhas são decorrentes tanto do choque entre placas como da distensão (ruptura de uma placa formando uma nova placa). Os tipos principais de falhas são:Prof˚Robert R

oc

Falha normal: Um bloco desce em relação ao outro

Prof˚Robert Roc

Falha transcorrente: um bloco desloca-se lateralmente em relação ao outro

Prof˚Robert Roc

Falha inversa: Um bloco sobe em relação ao outro

Prof˚Robert Roc

OBS:

È importante ressaltar que parte do relevo brasileiro é decorrente de

falhamentos ocorridos pela divergencia entre a placa africana e a placa sul americana, especialmente na faixa litorânea. A Serra do Mar (bloco basculhado), a Guanabara

(graben ou rift)Prof˚Robert Roc

Dobramentos• Porém quando as forças endógenas atuam

horizontalmente sobre a litosfera e encontram rochas mais passíveis de deformação (flexíveis), notamos dobramentos. Este tipo de evento é caracterizado como OROGÊNESE.

• Os dobramentos formados pela deformação das rochas dão origem as montanhas e cordilheiras.

Prof˚Robert Roc

OS TIPOS DE ROCHAS QUE COMPÕEM A LITOSFERA

• 1)� Rochas Magmáticas (vulcânicas ou Ígneas) - Estas rochas são formadas a partir do resfriamento do magma a partir da erupção (extrusão) ou pelo confinamento deste material magmático no interior da litosfera (intrusão).

• a) Extrusivas ou Efusivas - rochas que se resfriaram rapidamente, logo frágeis, e de rápida intemperização

FonolitoBasalto

Obsidiana Riolito

Logo as rochas magmáticas podem ser caracterizadas como:

Prof˚Robert Roc

OS TIPOS DE ROCHAS QUE COMPÕEM A LITOSFERA

• b) Intrusivas ou plutônicas - rochas que se resfriaram lentamente no interior da litosfera, logo muito resistentes ao intemperismo).

!36

diabásio

Gabro

sienito GranitoProf˚Robert Roc

OS TIPOS DE ROCHAS QUE COMPÕEM A LITOSFERA

• 2)� Rochas Sedimentares - Resultante do acumulo de material sedimentar de origem orgânica (petróleo e carvão mineral), química (sal-gema) e detritos de outras rochas que sofreram processos de intemperização e erosão.

arenito siltito

argilitoDiamanteProf˚Robert Roc

OS TIPOS DE ROCHAS QUE COMPÕEM A LITOSFERA

• 3)� Rochas metamórficas - Quando rochas de composições minerais e origens diferentes se fundem em função das altas temperaturas e a ação da pressão, formando uma nova rocha.

Micaxisto Filito

Migmatito QuartzitoProf˚Robert Roc

Forças Exógenas• As forças exógenas, também conhecidas como

esculpidoras, são basicamente as responsáveis pela atuação sobre as rochas.

• Dentre as as forças exógenas temos: • Intemperismo (químico, físico e biológico) • Erosão • Sedimentação • As forças exógenas são fundamentais para o

entendimento da evolução dos solos e do relevo.

!39Prof˚Robert Roc

Forças que Atuam na Formação do Relevo

!40Prof˚Robert Roc

As Macroformas de relevo• Dependendo da atuação de agentes

internos e externos, o relevo pode apresentar diversas formas. As principais são: montanhas, planaltos, planícies e depressões.

• Montanhas são aquelas regiões em que ainda hoje os processos internos superam os externos, ou seja, o soerguimento é mais forte que a erosão. Os Andes, as Rochosas, os Alpes, o Himalaia ainda apresentam falhamentos, terremotos e vulcanismos, demonstrando a forte atuação dos agentes internos. É comum, no entanto, considerar montanhas aquelas áreas que, mesmo antigas, apresentam altitudes superiores a 300 metros.

Prof˚Robert Roc

As Macroformas de relevo• Planaltos são

superfícies elevadas, com ondulações suaves, delimitadas por escarpas que constituem declives e nos quais os processos de destruição superam os de construção. Entre os fatores externos, predominam os agentes de desgaste, e não os de sedimentação. Os planaltos típicos são de estrutura sedimentar, mas podem ser formados pelo soerguimento de blocos magmáticos.

Prof˚Robert Roc

!43

Planalto

Escarpas

Depressão

Prof˚Robert Roc

As Macroformas de relevo• Planícies são

superfícies que apresentaram pequenos movimentos na crosta, sendo quase completamente aplainadas. São delimitadas por aclives, e os processos de deposição superam os de desgaste. Podem ser classificadas em planícies costeiras, quando o agente de sedimentação é o mar; fluviais, quando um rio é responsável por sua formação: e planícies de origem lacustre, ou seja, formadas pela ação de um lago.Prof˚Robert R

oc

!45Prof˚Robert Roc

!46Prof˚Robert Roc

As Macroformas de relevo• Nas depressões a

altitude da superfície é mais baixa que as formas de relevo que as circundam. Classificam-se em depressões absolutas, quando estão abaixo do nível do mar, e relativas, quando estão acima. Em geral, as depressões relativas decorrem de intensos processos erosivos ocorridos nas bordas de planaltos. A região em que se encontra o mar Morto é um exemplo de depressão absoluta. Um vale em um planalto ou entre montanhas constitui uma depressão relativa de forma alongada.

Prof˚Robert Roc

!48Prof˚Robert Roc

!49Prof˚Robert Roc

As Macroformas de relevo• Cada uma das formas

de relevo pode receber denominações diferentes, conforme suas dimensões e particularidades morfológicas. Assim, por exemplo, uma pequena montanha é chamada, em geral, de morro; um alinhamento de montanhas de serra. Do mesmo modo, a depressão alongada, denominada vale, em geraI contém um leito de um curso de água (provavelmente responsável pela erosão do terreno).Prof˚Robert R

oc

Fontes Bibliográficas• CASSETI, Valter. Elementos da Geomorfologia. Ed. UFG.

• GLEISER, Marcelo. A Dança do Universo. Companhia das Letras.

• GUERRA, Antônio J. T. & DA CUNHA, Sandra B. Geomorfologia: Uma Atualização de Base e Conceitos. Bertrand Brasil.

• ROSS, J. Geografia Geral e do Brasil. EDUSP

• LEINZ, Viktor & DO AMARAL, Sérgio E. Geologia Geral. Companhia Editora Nacional.

• TEIXEIRA, W; FAIRCHILD, T; DE TOLLEDO, M.C.M; TAIOLBI, F. Decifrando a Terra. Companhia Editora Nacional.

• PRESS; SIEVER; GROTZINGER; JORDAN. Para Entender a Terra. Ed. Bookman.

• BBC. Earth: The Power of the Planet. Ep 1 (Vídeo)

robertgeografia@gmail.com georoc.com.br Youtube: geografia & Rock`n`Roll

Prof˚Robert Roc

Recommended