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Primeira edição do fanzine Foi à Feira, com colaborações de Izaias Buson, Luisa Mollo, Paola Pasolini, Manoel Ricardo, Priscilla Martins, Rafael Abreu, Thiago Sales, Paulo Prot, entre outros jovens produtores culturais de Vitória - ES
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Ilust
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Jogamos tinta na parede. Dois anos de procura; mistura
das texturas que pudessem traduzir um sentimento de
expressão; nossas vontades estão aqui impressas – faz
tempo que deixaram de ser intenções. Palavras, ima-
gens e barreiras de som que nos atravessam a cabeça.
O fone de ouvido sintoniza as histórias narradas nas
próximas páginas; permite que ruídos se propaguem
pelo que sobrou da mistura de linguagens. Não dizemos
que aqui estão todas as intenções, mas o que sobrou
da vontade de imprimir em páginas anos de motivação,
a escrita dos nossos passos pela universidade, a con-
versa fiada, muito café.
Tempo que desaguou nos cinco meses em que tivemos
que dar conta de um edital de Núcleo de Criação do Pro-
grama Rede Cultura Jovem para grampear o Foi à Feira.
O produto dessas divagações - perspectiva de carac-
teres e pixels, nosso futuro em uma mancha gráfica.
É o que você pode acompanhar nas páginas
foiafeira.com e @foiafeira.
A barraca está armada! (brinks!)
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Não tenho a mínima idéia de quem foram, mas
escreveram em algum lugar que eles definiram
a minha geração.
Lázaro Pacheco, rápido, 15 de junho de 2035.
Se bobear, a vocalista nem tinha tre-
pado ainda, quando o grupo começou.
Era tudo menino de ensino médio, a
maioria achando que sabia muito de
arte, música, o diabo a quatro. Arro-
gantes, mas acontece. Tem coisa pior
que adolescente humilde? Iam acabar
fazendo música de igreja. Um tédio só.
Frederico Domingues, ateu,
13 de março de 2035.
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Não sei bem o estilo de som que eles faziam. Só lembro
da Mônica trazendo um povo meio estranho pra garagem
lá de casa e gravando uns demos que eu nunca ouvi. De
vez em quando, depois dos ensaios, ela conversava com
a gente, falando que eles tavam fazendo uma coisa inova-
dora, diferente, o papai dizendo no ato que as vanguardas
já tinham. Ele gostava de arte. Vivia comprando aquelas
coleções da Folha e d’O Globo que comentavam os ar-
tistas famosos e tal. Chato era quando teimava que, por
causa disso, ele fosse mais que um dentista que tinha uma
noção rasteira de arte e um pouquinho mais de conheci-
mentos gerais que a gente. E é claro que a Mônica ficava
puta, mas não dizia.
Rodrigo Vieira, sóbrio, na cozinha de sua casa,
13 de março de 2034.
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ilustração: Saulo Pratti
Calmaí, meu filho, que não tô te ouvindo direito. [...] Por que a
banda acabou? Ah, porque a gente cansou de tocar só por to-
car. Ganhar boas críticas e ser chamado de promessa era até
legal, mas não dava pra viver daquilo. Ninguém ali compunha
compulsivamente, ninguém acreditava muito em inspiração,
entende? Foi por isso que, ao contrário dos mil grupos que
surgiam o tempo inteiro, o Fora do Ouvido começou sério.
Podia até parecer que a gente fosse um pouco desleixado,
mas por baixo daquele visual excêntrico nós não passávamos
de adolescentes metidos num terno, bem executivos, bem
monocromáticos. Garotos de negócio. Por isso que o Caio se
vestia daquele jeito, era uma piada interna que a gente tinha.
Sabe a história de que a gente tocava samples ao vivo, nos
nossos shows? Então – era manobra. A gente não acreditava
naquele papo de crise de originalidade, de morte do autor. O
que a gente queria era pegar uma coisa meio morta, que tava
mais pro lado de “recorte e cole”, e refazer de um jeito que
parecesse virtuosismo musical. Fora a questão que era ter um
projeto multimídia, com a música como destaque: aquilo não
era novo. Desconhecido, sim. Não novo. O negócio é que, de-
pois de um tempo, todo o trabalho de criar a banda não dava em
nada. O que eu quero dizer é que a gente acabou mesmo porque
o grupo não era rentável. A nossa intenção era mais ganhar
notoriedade e dinheiro que fazer música boa, e parece que a
primeira parte a gente conseguiu. Afinal, você me ligou, não é?
Júlia Diniz, desencantada e desfeita, 12 de agosto de 2032.É cl
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Desculpe, Eduardo, mas não tenho muito contato com ninguém daquela época. Queria ajudar
com a sua pesquisa, mas vou viajar amanhã e só volto daqui a duas semanas. Tenho certeza
que se você ligar pro Murilo, ele fala com você sem problemas: o telefone dele é 3227 9750.
Atenciosamente, Caio Bizo.
De: caiobizo@yahoo.com.br, esquecido, Para: eduardofrasao@hotmail.com, desinformado,
15 de agosto de 2035.
Todo mundo morto ou de-
saparecido. Não desapa-
recido desaparecido. Per-
dido por aí, no anonimato.
Renato Guimarães, embria-
gado, bar do Cláudio, 31 de
dezembro de 2037.
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imploro a surdez
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minha lucidez
texto: Lívia Corbellari | ilustração: Pauto Prot
Ilustração: Camila Torres
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fotografia: Marianna Schmidt | texto e ilustração: Aline Manente
ilustracao aline
Mas não existe um certo charme
em ser um “maldito” da MPB? Vê o
Macalé, tira de letra... Que charme o
quê! É legal ver uns meninos cantando
uma música sua em cada esquina e
saber que você não tem dinheiro pra
comprar café no outro dia? A gente
só vê menino fazer fama com as
músicas dos outros, vem com aquela
história de músicas raras, de que tá
Por que você não deu certo? Acha que faltou
beleza, ser um rostinho bonito, um ser comporta-
do? Tenho certeza, não foi nada disso. Caetano era
e é feio pra caramba e olha aí... acabou aclamado
por ter sido exilado. O que aconteceu comigo é
a praga de ter ido pro Rio de Janeiro... em 1978,
um gato preto cruzou o meu caminho. Ah, se eu
tivesse ido pra Brasília seria bem mais feliz, ia ter
conhecido o Renato Russo e impedir que o Dinho
Ouro Preto avacalhasse com as suas letras.
Por que você não deu certo? Acha que faltou
beleza, ser um rostinho bonito, um ser comporta-
do? Tenho certeza, não foi nada disso. Caetano era
e é feio pra caramba e olha aí... acabou aclamado
por ter sido exilado. O que aconteceu comigo é
a praga de ter ido pro Rio de Janeiro... em 1978,
um gato preto cruzou o meu caminho. Ah, se eu
tivesse ido pra Brasília seria bem mais feliz, ia ter
conhecido o Renato Russo e impedir que o Dinho
Ouro Preto avacalhasse com as suas letras.
Para a astrologia, Sérgio Sampaio é o ariano redimido de sua impulsividade depois de dar muitas cabeçadas em vida. Sempre soube o que quis, mas aparentemente, sempre quis a coisa errada e por isso é o exemplar perfeito de artista falido. Ressuscitado pela nova ordem musical capixaba, o FoiaFeira resolveu abrir uma sessão descarrego para Sérgio dar seu parecer.
Mas não existe um certo charme
em ser um “maldito” da MPB? Vê o
Macalé, tira de letra... Que charme o
quê! É legal ver uns meninos cantando
uma música sua em cada esquina e
saber que você não tem dinheiro pra
comprar café no outro dia? A gente
só vê menino fazer fama com as
músicas dos outros, vem com aquela
história de músicas raras, de que tá
Para a astrologia, Sérgio Sampaio é o ariano redimido de sua impulsividade depois de dar muitas cabeçadas em vida. Sempre soube o que quis mas, aparentemente, sempre quis a coisa errada e por isso é o exemplar perfeito de artista falido. Ressuscitado pela nova ordem musical capixaba, o Foi à Feira resolveu abrir uma sessão descarrego para Sérgio dar seu parecer.
Como foi a sua estadia na Bahia?
Dizem que você largou as drogas,
mudou de vida... é verdade? O que
aconteceu é que eu entendi todo
aquele papo sobre a Sociedade Alter-
nativa... arrumei uma mulher que bebe
mais whisky que eu, não liga nem um
pouco pro meu corte de cabelo e que
ainda vai me ensinar a jogar capoeira
qualquer dia... ou não. De qualquer
jeito, fiquei na subnutrição por muito
tempo pra praticar exercícios físicos
agora. Mas quem sabe um dia eu fico
sarado?
Que tipo de musica você tem escuta-
do ultimamente? Meu sobrinho mais
novo - ele tem 14 anos - andou me
mostrando umas coisas novas, meio
coloridas... eu pedi umas dicas de algo
meio depressivo e vanguardista na
contracultura de hoje em dia, sabe c
resgatando a cultura e etc. Compor que é bom nin-
guém quer mais. Se pelo menos um deles pagasse
minha conta no boteco, aí sim, seria massa.
Mas você também nunca conseguiu levar uma
vida de compositor profissional, a ponto de
ganhar dinheiro e tudo o mais... Músico que
ganha dinheiro no Brasil só se for compositor de
jingles... E, olha, sinceramente quero uma cruz da
grã-ordem kavernista cravada no meu peito antes
de ter que ouvir minhas músicas idiotas a cada vez
que o Faustão for para o comercial.
E você tem músicas idiotas? Ah, claro que tenho!
Todos nós, os compositores, as temos! Ima-
gina, os Beatles fizeram a música mais idiota do
mundo quando compuseram “Obla di Obla dá”. E
ainda tem gente que acha que é harmonicamente
perfeito! Rapaz, fiquei tão revoltado quando li isso
que até fiquei tuberculoso... ou foi o cigarro e a
cachaça, tanto faz. Mas teve lá suas coisas boas...
a primeira vez que fui pra CTI eu compus “Que
Loucura!”. Agora estou esperando alguém dizer
que é genial e aí vamos finalmente lançar um LP
que vai ser uma brasa.
Falando em ‘brasa’, você até tentou compor para
o Robertão. Por que não deu certo? Aquele filho
da mãe ainda teve coragem de me procurar pra
compor um “bloco à la jovem guarda” pra ele.
Compus um bloco, de cimento desta vez, p ara
atirar na janela da casa dele, que ficava a uns 300
metros da minha. Fulica, que era meu vizinho de
longa data, dizia que era um pecado acabar na
concretude das letras do Roberto...
Como foi a sua estadia na Bahia?
Dizem que você largou as drogas,
mudou de vida... é verdade? O que
aconteceu é que eu entendi todo
aquele papo sobre a Sociedade Alter-
nativa... arrumei uma mulher que bebe
mais uísque que eu, não liga nem um
pouco pro meu corte de cabelo e que
ainda vai me ensinar a jogar capoeira
qualquer dia... ou não. De qualquer
jeito, fiquei na subnutrição por muito
tempo pra praticar exercícios físicos
agora. Mas quem sabe um dia eu fico
sarado?
Que tipo de musica você tem escuta-
do ultimamente? Meu sobrinho mais
novo - ele tem 14 anos - andou me
mostrando umas coisas novas, meio
coloridas... eu pedi umas dicas de algo
meio depressivo e vanguardista na
contracultura de hoje em dia, sabe
resgatando a cultura e etc. Compor que é bom nin-
guém quer mais. Se pelo menos um deles pagasse
minha conta no boteco, aí sim, seria massa.
Mas você também nunca conseguiu levar uma
vida de compositor profissional, a ponto de
ganhar dinheiro e tudo o mais... Músico que
ganha dinheiro no Brasil só se for compositor de
jingles... E, olha, sinceramente quero uma cruz da
grã-ordem kavernista cravada no meu peito antes
de ter que ouvir minhas músicas idiotas a cada vez
que o Faustão for para o comercial.
E você tem músicas idiotas? Ah, claro que tenho!
Todos nós, os compositores, as temos! Ima-
gina, os Beatles fizeram a música mais idiota do
mundo quando compuseram “Ob-la-di, Ob-la-da”.
E ainda tem gente que acha que é harmonicamen-
te perfeito! Rapaz, fiquei tão revoltado quando li
isso que até fiquei tuberculoso... ou foi o cigarro
e a cachaça, tanto faz. Mas teve lá suas coisas
boas... a primeira vez que fui pro CTI eu compus
“Que Loucura!”. Agora estou esperando alguém
dizer que é genial e aí vamos finalmente lançar um
LP que vai ser uma brasa.
Falando em ‘brasa’, você até tentou compor para
o Robertão. Por que não deu certo? Aquele filho
da mãe ainda teve coragem de me procurar pra
compor um “bloco à la jovem guarda” pra ele.
Compus um bloco - de cimento, desta vez - para
atirar na janela da casa dele, que ficava a uns 300
metros da minha. Fulica, que era meu vizinho de
longa data, dizia que era um pecado acabar na
concretude das letras do Roberto...
O que você tem feito em todos esses
anos de ostracismo? Eu to tentando
me dedicar mais às artes plásticas,
uma coisa que eu já tinha vontade de
fazer há muito tempo. Pra mim um ar-
tista tem que ser completo, sabe? Tem
que entender a Arte como um todo...
Já fiz alguns quadros aqui na comuni-
dade do Cemitério do Caju que foram
muito aplaudidos, apesar de não ter
vendido quase nada. Acho que é um
carma, mas tudo bem, eu to acostu-
mado. Também to querendo investir no
meu potencial de escritor... já tenho
até um título pro meu romance “Eu
sou aquele que disse”... é sobre um
músico profeta que é renegado três
veze s antes de ser santificado.
Você está numa fase de revalorização
enquanto artista. Como você enxerga
essa “onda sampaiófila”? Sincera-
mente, acho um tédio. Mas que se
há de fazer? Só espero que continue
rendendo direitos autorais...
com é, né, a gente precisa se atualizar. Ele diz que
é o que tem de mais moderno e mais rebelde hoje
em dia. Raulzito, que é pra mim o rebelde maior,
é imensamente monocromático... não entendi
ao certo a poesia das cores. Cor demais ofusca
os meus olhos, não que eu esteja sempre sóbrio
para prestar atenção, mas... como é que eu posso
sentar num boteco e tomar pinga ouvindo falsete e
auto tune? Não dá...
Hoje em dia, com os downloads em mp3 e a pi-
rataria, as vendas de discos caíram significativa-
mente e muitos artistas foram a falência. Como
você encara essa situação?
Numa ótima! Eu nasci falido! Pior não dá pra ficar.
E até faz parte do meu estilo “artista marginal”
não vender muitos discos, não ganhar muito
dinheiro. Até virei vegetariano pra economizar nos
gastos de casa. E acho que tem uma real beleza
em compartilhar... Quer dizer, desde a década de
70 que eu já estou na era do compartilhamento.
O compartilhamento ao vivo. Em cada bar que eu
parei pra tomar uma pinga eu deixei uma canção,
uma homenagem ao garçom que me arrumava
um quartinho nos fundos... acho que música boa
é boa pra tudo. As vezes eu lembro da Angélica,
uma travesti que dividiu quarto comigo em 71 que
dizia que a minha música era boa de escutar en-
quanto ela trabalhava... por isso sempre me pedia
pra tocar uma pra ela.
como é, né, a gente precisa se atualizar. Ele diz que
é o que tem de mais moderno e mais rebelde hoje
em dia. Raulzito, que é pra mim o rebelde maior,
é imensamente monocromático... não entendi
ao certo a poesia das cores. Cor demais ofusca
os meus olhos, não que eu esteja sempre sóbrio
para prestar atenção, mas... como é que eu posso
sentar num boteco e tomar pinga ouvindo falsete e
auto tune? Não dá...
Hoje em dia, com os downloads em mp3 e a pi-
rataria, as vendas de discos caíram significativa-
mente e muitos artistas foram à falência. Como
você encara essa situação?
Numa ótima! Eu nasci falido! Pior não dá pra ficar.
E até faz parte do meu estilo “artista marginal”
não vender muitos discos, não ganhar muito
dinheiro. Até virei vegetariano pra economizar nos
gastos de casa. E acho que tem uma real beleza
em compartilhar... Quer dizer, desde a década de
70 que eu já estou na era do compartilhamento.
O compartilhamento ao vivo. Em cada bar que eu
parei pra tomar uma pinga eu deixei uma canção,
uma homenagem ao garçom que me arrumava
um quartinho nos fundos... acho que música boa
é boa pra tudo. As vezes eu lembro da Angélica,
uma travesti que dividiu quarto comigo em 71 que
dizia que a minha música era boa de escutar en-
quanto ela trabalhava... por isso sempre me pedia
pra tocar uma pra ela.
O que você tem feito em todos esses
anos de ostracismo? Eu tô tentando
me dedicar mais às artes plásticas,
uma coisa que eu já tinha vontade de
fazer há muito tempo. Pra mim um ar-
tista tem que ser completo, sabe? Tem
que entender a Arte como um todo...
Já fiz alguns quadros aqui na comuni-
dade do Cemitério do Caju que foram
muito aplaudidos, apesar de não ter
vendido quase nada. Acho que é um
carma, mas tudo bem, eu tô acostu-
mado. Também tô querendo investir
no meu potencial de escritor... já te-
nho até um título pro meu romance
“Eu sou aquele que disse”... é sobre
um músico profeta que é renegado
três vezes antes de ser santificado.
Você está numa fase de revalorização
enquanto artista. Como você enxerga
essa “onda sampaiófila”? Sincera-
mente, acho um tédio. Mas que se
há de fazer? Só espero que continue
rendendo direitos autorais...
“Desde a década de 70 que eu já estou na era do compartilhamento”
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Criação coletiva produzida na Tábua de Carne (coletivo Foi à Feira + grupo Cronópio).
texto: Haroldo Lima | ilustração: Juliana Colli e Rayza Mucunã
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Este desenho fez parte de uma intervenção urbana com lambe-lambes em Olinda, Recife e Vitória. (set/out 2010)
fotografia e criação: Jorge Pena
Cristiano Rezende: estuda Design Gráfico,
tem interesse em revistas, fotos e moda.
Izaias Buson: estudante de Comunicação
Social da Ufes, adora andar de bicicleta.
Joanna Ardisson: faz Design de Moda, gosta
de tudo quanto é novidade sobre maquiagem
e música pop.
João Oliveira: estuda Publicidade e faz alguns
quadrinhos nas horas vagas.
Jorge Pena: designer gráfico e fotógrafo.
Juliana Tinoco: graduanda em Jornalismo.
Apaixonada por comunicação visual e
aspirante a designer.
Lívia Corbellari: faz Jornalismo, interessa-se
por literatura e é colaboradora da
@revistagraciano
Luisa Mollo: faz Design Gráfico, Moda e curso
de maquiagem. Participa do blogue
mulamula.com.br.
Manoel Ricardo: estuda design, gosta de
desenhar e tocar contrabaixo. Escreve para
o blogue sobre HQs acabandoaquartafeira.
wordpress.com
Marianna Schmidt: estuda design e fotografia,
não sabe desenhar.
Nathália Vargas: graduanda em artes
plásticas, gosta de fazer ilustrações e
colagens.
Paola Lougon Pasolini: faz Design Gráfico, se
formou em fotografia, escreve para o blogue
de besteirices Mulamula junto de Luisa Mollo.
Paulo Prot: designer free lancer, músico e
surdo de um ouvido. Curte tipografia, ilustração
e música instrumental.
Priscilla Martins a.k.a. catastrophize: designer,
notívaga e tia. movida a café e metáforas.
Rafael Abreu: aspirante a jornalista cuja
necessidade básica (além de comer e dormir) é
ouvir música. Escreve para o bloodypop.com.
Sarah Vervloet: faz Letras e Relações
Internacionais, se amarra em Literatura
Brasileira e Literatura Fantástica.
Thairo Pandolfi: ex engenheiro e aspirante
a arquiteto, arrisca numas fotos de fim de
semana.
Thiago Sales: pesquisador de relações de
frequências, tocando guitarra e aplicando
design; iluminador cênico e ilustrador.
COLABORADORES DO FOIÀFEIRA#1
Naturalmente, existem muitas digitais perdidas entre as páginas deste zine - mãos que deixaram traços e qualidades indissociáveis ao objeto que você tem agora . À todos que acompanharam, de perto ou de longe, o nosso processo criativo e que não couberam em duas ou três linhas de descrição, agradecemos por todos os palpites, críticas e toda e qualquer palavra de incentivo.
REVISÃOJoyce Castello: estudante de Jornalismo,
mantém o blogue pedecarona.wordpress.com.
Rodolpho Paixão: conterrâneo de Zé Mayer,
estuda Jornalismo e participa do Observatório
da Mídia Regional.
ALINE MANENTE_ alinemanente@gmail.com
Estuda Design Gráfico e Moda. Ouve Florence and the
Machine pra se exorcizar nas madrugadas enquanto devora
uma barra de chocolate ao leite e surta no Facebook.
CAMILA TORRES_ camila.lombardi@gmail.com
Designer que, enquanto rolam playlists, emite sua própria
trilha onomatopaica.
CAROL RUAS_ carolina.ruasp@gmail.com
Escuta Mestres da Guitarrada nos domingos em que pensa
em amazônia, xamãs, caboclos, tucupis, bebe cachaça e
come sururu debaixo de um sol de rachar.
HAROLDO LIMA_ haroldolia@gmail.com
Faz do Gal Fa-Tal a oração da manhã de sábado - a proposta
de recomeço que todo fim de noite de sexta pede.
JULIANA COLLI_ contato@juuz.com.br
Bolotas, designer e malabarista. Costuma estourar os
tímpanos com Daft Punk para potencializar trabalhos
mecânicos nas segundas, pela manhã.
JULIANA LISBOA_ contato@juuz.com.br
Para ouvir com um fanzine e uma limonada sem açúcar na
mão, Foge Foge Bandido!
RAYZA MUCUNÃ_ rayzamucuna@gmail.com
Gosta de ouvir Funeral do Arcade Fire imaginando estar
dentro de Edward Mãos de Tesoura fazendo esculturas de
gelo e maquiando o Johnny Depp.
SAULO PRATTI_ sppratti@gmail.com
Designer, curioso, zen e esquecido; ouve Bryter Layer só
com a lâmpada do abajur acesa enquanto o mundo inteiro
acaba lá fora.
Todos os textos, ilustrações, colagens
e experimentações são fruto de
colaborações entre os membros
do Coletivo e os colaboradores que
toparam doar um tanto de criatividade
e compartilhar experiências para que
o Foi à Feira pudesse ser publicado.
Contato: foiafeira@gmail.com
O Foi à Feira é uma publicação do
Coletivo Foi à Feira – contemplada
pelo edital de Núcleo de Criação
do Programa Rede Cultura Jovem,
2009/2010.
Impressão: Gráfica Jep | Tiragem: 1000 exemplares | Vitória, maio/novembro de 2010 | www.foiafeira.com
PROGRAMA REDE CULTURA JOVEM
COLETIVO FOIÀFEIRAEXPEDIENTE
Xepa em:
ilustração: Manoel RicardoImpressão: Gráfica Jep | Tiragem: 1000 exemplares | Vitória, maio/novembro de 2010 | www.foiafeira.com
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