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Helena Ribeiro
Médica Interna de Medicina Geral e Familiar
USF Novos Rumos
Seminário Saúde e Violência no Namoro
9 de Maio de 2014
Abordagem multidisciplinar
Uma abordagem de sucesso é sempre feita com recurso a uma INTERVENÇÃO
MULTIDISCIPLINAR. O primeiro técnico a ter contacto com a vítima, ajuda a abrir a porta a todos
os recursos existentes na comunidade .
Enquadramento Legal e Normativo• Lei de Bases da Saúde(N.º 48/90 de 24 de Agosto)• Lei de Protecção de Crianças e Jovens em Perigo(N.º 147/99 de 1 de
Setembro)• Acção de Saúde para Crianças e Jovens em Risco (Despacho n.º
31292/2008, de 5 de Dezembro)
Tribunal
Comissão de Proteção de Crianças e Jovens
Entidades com competência em matéria de infância e juventude (Serviço de Saúde,
Educação, Associações, Autarquias, Entidades policiais, IPSS, ONG, Segurança
Social, …)
HospitalCentros de Saúde
Conceito: ocorrência de actos abusivos entre duas
pessoas numa relação de proximidade e intimidade com o objectivo de uma delas se colocar numa posição de poder e dominação sobre a outra, de a magoar e/ou controlar.
1 em cada 4 jovens: vítima de conduta abusiva no namoro
Violência no namoro
Violência Física
Violência sexual
Violência verbal
Violência Psicológica
Violência social
H – Home (casa,
família);
E – Education e employment
(escola e emprego);
E – Eating(alimentação);
A – Activities(atividades
desportivas e de lazer);
D – Drugs(consumos,
adição);
S – Sexuality(sexualidade);
S – Suicide (depressão,
suicídio, humor);
S – Safety (segurança, acidentes, violência).
Consulta médica
Mudanças físicas, comportamentais, académicas e
relacionais alheias ao funcionamento típico
Postura (colaborativa ou defensiva/evitante) do jovem perante o profissional
Danos e lesões físicas compatíveis com violência
SUSPEITA DE VIOLÊNCIA
Papel do profissional
Deteção de indicadores ou sinais de violência
Actuação atempada perante a situação de perigo instalada
Informar e encaminhar o jovem para outros recursos disponíveis na comunidade no domínio da protecção à infância e juventude
Promoção e protecção do superior interesse dos jovens, da sua segurança, bem-estar e desenvolvimento pleno
Desfazer crenças/mitos associados à violência que dificultem a intervenção
Acompanhamento dos pais ou outros familiares
Mostrar disponibilidade; Não fazer juízos de valor
Encorajar a pedir ajuda
Acompanhamento da situação
Físicas Psicológicas, emocionais e
comportamentaisRelacionais e Sociais
Hematomas/ Cortes/aranhões/Queimaduras
Redução auto-estima/ Desânimo
Receio de terminar relação/ Medo docompanheiro
Traumatismos/ Dores musculares/fraturas
Ansiedade/depressão/ Ideação suicida
Repetição de violência em futuras relações
Patologia gastrointestinal
Perturbações de stress pós-traumático
Desconfiança e inseguranças
ISTs (HIV, sífilis, HPV)Gravidez indesejada
Perturbações alimentares Perda de interesse em atividades/Hobbies
Patologias cardíacas Comportamentos sexuais de risco
Isolamento social
Perturbações do sono Consumo de substâncias (álcool,drogas)
Redução do rendimentoescolar/absentismo/abandono
Violação de normas/agressividade/Crimes
Consequências da violência
Potenciar o respeito pelos utentes nos seus profissionais;
Propiciar aos profissionais tempo e condições para o diálogo;
Garantir a privacidade e a confidencialidade ao utente;
Disponibilizar formações aos médicos e outros profissionais de
saúde sobre violência e os recursos disponíveis na comunidade;
Divulgar informação sobre rede intersectorial, recursos na
comunidade (ex.: afixação de cartazes e distribuição de folhetos
informativos, presença de pessoal informado nos guichets de
atendimento);
Papel da instituição
Linhas de apoio
Comissão de Proteção de Crianças e Jovens Vizela
Rua Dr. Alfredo Pinto, 42 - 4815 – 397 tel. 253 489 640cpcj@cm-vizela.pt
Linha Nacional de Emergência Social
144
Acção de Saúde para Crianças e Jovens em Risco - DGS
Telefone: 21 843 05 00Website: www.dgs.pt/Programas e Projectos/ Crianças e Jovens em Risco
Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV)
Telefone: 213 58 79 00Número único: 707 200 077 (dias úteis das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h00)Website: www.apav.ptE-mail: apav.sede@apav.pt
Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco (CNPCJR)
Telefone: 211 15 52 70Website: www.cnpcjr.ptE-mail: cnpcjr@seg-social.pt
Médico
Enfermeiro
Professor
Jovem/Pais
Autoridades policiais
Núcleo de Apoio a
Crianças e Jovens em
Risco
Vizela
CPCJ
Vizela
Em caso de abuso sexual/agressão recente
SU Hospital ou Instituto Nacional de Medicina
Legal
NHACJR
Serviço de Urgência
Consulta Externa
Internamento
Hospital
Núcleo de Apoio a Crianças e Jovens em Risco
Composição NACJR
Médico/
Coordenador
Fernando Carvalho
Enfermeira
Natália Vale
Técnica Superior Serviço
Social
Irene Costa
Psicóloga
Liliana Junot
• Entidade com autonomia organizativa e técnica• Objectivo: Promotor dos direitos das crianças e dos jovens, garantindo a sua
protecção aquando de situação de risco ou perigo. • NACJR Vizela: criada a 13.03.2013 (Elemento de referência do Núcleo :
Enfermeira Natália Vale.)
Núcleo de Apoio a Crianças e Jovens em Risco
Dinamizar o funcionamento da rede de intervenção
Permitir comunicação com CPCJ de Vizela e com o Tribunal
Acompanhamento e prestação de cuidados ( elaboração de Plano de Intervenção e Apoio à Família)
Detectar precocemente situações de risco de perigo
Contribuir para a informação prestada à população
Prestar consultadoria aos profissionais/Equipas que lidam directamente com a situação
Incrementar a formação e preparação dos profissionais
Estabelecer a colaboração com outros projecto s e recursos comunitários, em particular, no primeiro nível de intervenção, que contribuem para a prevenção e acompanhamento das situações de crianças e jovens em risco;
Assegurar a articulação funcional com os Núcleos Hospitalares de Crianças e Jovens em Risco
Ficha de sinalização NACJR
• Sinalização para o Nucleo de apoio a crianças e jovens em risco (NACJR)/ Núcleo hospitalar de apoio a crianças e jovens em risco (NHACJR);
• Pedido de colaboração interprofissional ou intersectorial.
Sinalização
Pré-avaliação
Consentimento da família
Avaliação
Elaboração do Plano de Intervenção de Apoio à Família
Intervenção (em colaboração com os parceiros)
Avaliação da Intervenção:
Reuniões de equipa do NACJR
Reuniões periódicas com parceiros envolvidos
Após implementação do PIAF deve-se efectuar a avaliação de cada
situação para eventual redefinição de objectivos e estratégias de
intervenção.
Métodos NACJR
Apoio da Saúde (CHAA/CSP)
Apoio Social Apoio Psicológico
Forças de segurança (GNR/PSP)
Câmara Municipal de Vizela
Comissão de Proteção e Jovens
Vizela
Apoio jurídico
Tipos de Apoio
Tribunais
Comissão de proteção de Crianças e Jovens
Entidades com competência em matéria de infância e juventude (Serviço de
Saúde, Educação, Associações, Autarquias, Entidades policiais, IPSS,
ONG, Segurança Social, …)
Criada em Vizela no ano de 2001 (Portaria n.º 1457/2001, 28 de Dez)
Objectivo: promover os direitos das crianças e jovens do concelho; proteção
em situações de perigo.
Entidade oficial, não judiciária, com autonomia oficial
Equipa de multiprofissional (Município; Segurança Social; Ministério da
Educação e Ciência; Serviços de Saúde; IPSS; Associações de Pais;
Associações ou organizações que desenvolvam atividades desportivas,
culturais ou recreativas destinadas a crianças e jovens; Serviços de
Juventude; Forças de Segurança; Cidadãos eleitores)
2001-2012: acompanhadas 618 crianças/jovens (instaurados 490 Processos
de Promoção e Proteção)
Comissão de Proteção de Crianças e Jovens
Quando a complexidade da matéria transcende a capacidade de
resposta das Entidades de primeira linha (NAJCR)
Quando se esgota as possibilidades de apoio das outras entidades de
primeiro nível
Exista consentimento expresso dos pais, do representante legal ou da
pessoa que detenha a guarda de facto; Não exista oposição da criança
ou jovem com idade igual ou superior a 12 anos.
Motivos de referenciação para CPCJ
Tribunal
Critérios para Intervenção Judicial
Não estiver instalada comissão de protecção na área de residência da criança ou jovem;
Não for possível chegar a uma solução consensual com os pais, representante legal ou quem tenha a guarda de facto da criança ou jovem e com esta, quando tenha mais de doze anos; Ausência de consentimento.
A comissão não tenha meios necessários para aplicar ou executar a medida que considere adequada;
Passados seis meses desde o conhecimento da situação de perigo, a comissão não tiver proferido qualquer decisão;
O Ministério Público considerar que a decisão da comissão é ilegal ou inadequada.
Prevenção
Prevenção Primária
Prevenção Secundária
Prevenção Terciária
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