APOSTILA DIREÇÃO DEFENSIVA

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DIREO DEFENSIVA

Dirigir no somente conduzir um veculo. Dirigir muito mais que isso. ter responsabilidade e conhecimentos suficientes sobre tudo o que envolve trnsito e veculo visando o principal de tudo: poupar vidas humanas.

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Apresentao Introduo: educando com valores Riscos, perigos e acidentes Direo defensiva Por que praticar a direo defensiva? Problemas com o condutor Condies adversas Condio de luz Condies de Tempo Chuva Aquaplanagem ou hidroplanagem Neblina ou cerrao Vento Fumaa proveniente de queimadas Condies de Vias Fixao da Velocidade Curvas Declives Ultrapassagem Estreitamento de pista Acostamento Condies do piso da pista de rolamento Trechos escorregadios Sinalizao Caladas ou Passeios Pblicos rvores/vegetao Trechos escorregadios Trnsito Nas cidades (vias urbanas) Nas estradas (vias rurais) Veculo Pneus Cinto de segurana Suspenso Direo Sistema de Iluminao Freios Condutor Como evitar desgaste fsico relacionado maneira de sentar e dirigir Retrovisores: Uso correto O problema da concentrao O constante aperfeioamento Outras regras gerais e importantes Respeito ao meio ambiente e convvio social Poluio veicular e poluio sonora Voc e o meio ambiente Voc e sua relao com o outro Os fatores importantes para se evitar acidentes Ingesto de substncias txicas, lcool ou remdios Aquaplanagem ou hidroplanagem Maneira de conduzir Elementos bsicos da direo defensiva Conhecimento Ateno Previso Deciso Habilidade Como prevenir acidentes Coliso com o veculo da frente (coliso na traseira) Esteja atento Controle a situao Mantenha distncia Coliso com o veculo de trs Planeje o que fazer

4 4 4 5 5 5 5 6 6 7 7 7 7 7 8 8 8 8 9 9 9 9 9 10 10 10 10 10 11 11 11 12 12 12 13 13 13 13 14 14 14 15 15 16 16 17 17 18 18 18 18 18 19 19 19 19 19 20 20 20 20 20 20 21Pgina 2

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11.2.2 11.2.3 11.3 11.3.1 11.3.2 11.3.3 11.4 11.5 11.5.1 11.5.2 11.5.3 11.5.4 11.5.5 11.5.6 12 12.1 12.2 12.3 13 13.1 14 15 15.1 15.1.1 15.1.2 15.2 15.3 16

Sinalize suas atitudes Pare aos poucos Coliso frente a frente Evite as ultrapassagens perigosas Cuidado com as curvas Ateno nos cruzamentos Outras colises com dois ou mais veculos Outros tipos de coliso Coliso com pedestres Coliso com animais Coliso com objetos fixos Coliso com trens Coliso com bicicletas Coliso com motocicletas Comportamentos seguros no trnsito Como parar Distncia Segura Cinto de segurana Comportamentos perigosos no trnsito Manobra de marcha r Conduzir nas vias rurais Infrao e penalidade Medidas Administrativas e Penalidades As medidas administrativas As penalidades Recursos Crime de Trnsito Renovao da carteira nacional de habilitao

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1 - Apresentao Em 23 de setembro de 1997 promulgada pelo Congresso Nacional a Lei n. 9.503 que instituiu o Cdigo de Trnsito Brasileiro. Sancionada pela Presidncia da Repblica, entrou em vigor em 22 de janeiro de 1998, estabelecendo, logo em seu artigo primeiro, aquela que seria a maior de suas diretrizes, qual seja, a de que o trnsito seguro um direito de todos e um dever dos rgos e entidades do Sistema Nacional de Trnsito. No intuito do aprimoramento da formao do condutor, dados os alarmantes ndices de acidentalidade no trnsito, que hoje representam 1,5 milhes de ocorrncias, com 34 mil mortes e 400 mil feridos por ano, com um custo social estimado em R$ 10 bilhes, o Cdigo de Trnsito Brasileiro trouxe a exigncia de cursos terico-tcnicos e de prtica de direo veicular, incluindo direo defensiva, proteo ao meio ambiente e primeiros socorros. Estendeu, ainda, essa exigncia aos condutores j habilitados, por ocasio da renovao da Carteira Nacional de Habilitao (art. 150), de modo a tambm atualiz-los e instrumentaliz-los na identificao de situaes de risco no trnsito, estimulando comportamentos seguros, tendo como meta a reduo de acidentes de trnsito no Brasil. Como resultado de amplas discusses no mbito do Sistema Nacional de Trnsito, o processo de habilitao foi revisto e consolidado na Resoluo n. 168 do Conselho Nacional de Trnsito CONTRAN, que entrou em vigor em 19 de junho de 2005, em substituio Resoluo n. 50. O presente trabalho tem como objetivo conscientizar e dar suporte para a diminuio dos acidentes de trnsitos. 2 - Introduo: educando com valores O trnsito feito pelas pessoas. E, como nas outras atividades humanas, quatro princpios so importantes para o relacionamento e a convivncia social no trnsito. O primeiro deles a dignidade da pessoa humana, do qual derivam os Direitos Humanos e os valores e atitudes fundamentais para o convvio social democrtico, como o respeito mtuo e o repdio s discriminaes de qualquer espcie, atitude necessria promoo da justia. O segundo princpio a igualdade de direitos. Todos tm a possibilidade de exercer a cidadania plenamente e, para isso, necessrio ter equidade, isto , a necessidade de considerar as diferenas das pessoas para garantir a igualdade o que, por sua vez, fundamenta a solidariedade. O terceiro o da participao, que fundamenta a mobilizao da sociedade para organizar-se em torno dos problemas de trnsito e de suas consequncias. Finalmente, o quarto, o princpio da co-responsabilidade pela vida social, que diz respeito formao de atitudes e ao aprender a valorizar comportamentos necessrios segurana no trnsito, efetivao do direito de mobilidade a todos os cidados e a exigir dos governantes aes de melhoria dos espaos pblicos. Comportamentos expressam princpios e valores que a sociedade constri e referenda e que cada pessoa toma para si e leva para o trnsito. Os valores, por sua vez, expressam as contradies e conflitos entre os segmentos sociais e mesmo entre os papis que cada pessoa desempenha. Ser veloz, esperto, levar vantagem ou ter o automvel como status, so valores presentes em parte da sociedade. Mas so insustentveis do ponto de vista das necessidades da vida coletiva, da sade e do direito de todos. preciso mudar. Mudar comportamentos para uma vida coletiva com qualidade e respeito exige uma tomada de conscincia das questes em jogo no convvio social, portanto na convivncia no trnsito. a escolha dos princpios e dos valores que ir levar a um trnsito mais humano, harmonioso, mais seguro e mais justo. 3 - Riscos, perigos e acidentes Em tudo o que fazemos h uma dose de risco: seja no trabalho, quando consertamos alguma coisa em casa, brincando, danando, praticando um esporte ou mesmo transitando pelas ruas da cidade. Quando uma situao de risco no percebida, ou quando uma pessoa no consegue visualizar o perigo, aumentam as chances de acontecer um acidente. Os acidentes de trnsito resultam em danos aos veculos e suas cargas e geram leses em pessoas. Nem preciso dizer que eles so sempre ruins para todos. Mas voc pode ajudar a evit-los e colaborar para diminuir: O sofrimento de muitas pessoas, causados por mortes e ferimentos, inclusive com sequelas fsicas e/ou mentais, muitas vezes irreparveis; Prejuzos financeiros, por perda de renda e afastamento do trabalho; Constrangimentos legais, por inquritos policiais e processos judiciais, que podem exigir o pagamento de indenizaes e at mesmo priso dos responsveis. Custa caro para a sociedade brasileira pagar os prejuzos dos acidentes: estima-se em 10 bilhes de reais, todos os anos, que poderiam ser aproveitados, por exemplo, na construo de milhares de casas populares para melhorar a vida de muitos brasileiros. Por isso, fundamental a capacitao dos motoristas para o comportamento seguro no trnsito, atendendo a diretriz da preservao da vida, da sade e do meio ambiente da Poltica Nacional de Trnsito. E esta ocasio uma excelente oportunidade que voc tem para ler com ateno este material didtico e conhecer e aprender como evitar situaes de perigo no trnsito, diminuindo as possibilidades de acidentes. EstudeDIREO DEFENSIVA Pgina 4

o bem. Aprender os conceitos da Direo Defensiva vai ser bom para voc, para seus familiares, para seus amigos e tambm para seu pas. 4 - Direo defensiva Direo Defensiva dirigir de modo a evitar acidentes, apesar das aes incorretas dos outros e das condies adversas, que encontramos nas vias de trnsito. 4.1 - Por que praticar a direo defensiva? Pesquisas realizadas em todo o mundo, sobre acidentes de trnsito, apresentaram a seguinte estatstica: - Apenas 6 % dos acidentes de trnsito tm como causa os problemas da via; - 4 % dos acidentes tm origem em problemas mecnicos; - A maioria dos acidentes, (90%) tm como causa, problemas com o condutor. A primeira coisa a aprender que acidente no acontece por acaso, por obra do destino ou por azar. Na grande maioria dos acidentes, o fator humano est presente, ou seja, cabe aos condutores e aos pedestres uma boa dose de responsabilidade. Toda ocorrncia trgica, quando previsvel, evitvel. Atravessar a rua na faixa um direito do pedestre. Respeite-o. 4.2 - Problemas com o condutor Dentre os principais Problemas com o Condutor temos: - Dirigir sob o efeito de lcool ou substncias entorpecentes; - Imprudncia - trafegar em velocidade inadequada; - Impercia - inexperincia ou falta de conhecimento; - Negligncia - falta de ateno, falha de observao. O condutor defensivo aquele que adota um procedimento preventivo no trnsito, sempre com cautela e civilidade. O motorista defensivo no dirige apenas, pois est sempre pensando em segurana, pensando sempre em prevenir acidentes, independente dos fatores externos e das condies adversas que possam estar presentes. O condutor defensivo aquele que tem uma postura pacfica, conscincia pessoal e de coletividade, tem humildade e autocrtica. O motorista que dirige defensivamente consegue prever o erro dos outros dando tempo para correes, dessa forma evita o envolvimento em acidentes e diminui consideravelmente o cometimento de infraes. Dentro das diferentes tcnicas de como conduzir defensivamente existem vrias precaues que se deve tomar ao iniciar uma jornada, mesmo sem ter conhecimentos especializados de mecnica, para evitar envolver-se em situaes de risco, realizando um trajeto: Sem cometer infraes de trnsito Sem abusos com o veculo Sem atrasos de horrio Sem faltar com a cortesia devida Ou seja, sem envolver-se em acidentes.

No esquea: "Acidente evitvel" aquele em que voc deixou de fazer tudo o que razoavelmente poderia ter feito para evit-lo. A "Direo Defensiva" indispensvel no aperfeioamento de condutores. Trata-se de uma forma de praticar, no uso de seu veculo, uma maneira de dirigir mais segura, reduzindo a possibilidade de ser envolvido em acidentes de trnsito, apesar das condies adversas. Direo Defensiva dirigir de modo a evitar acidentes, apesar das aes incorretas dos outros e das condies adversas, que encontramos nas vias de trnsito. 5 - Condies adversas So todos aqueles fatores que podem prejudicar o seu real desempenho no ato de conduzir, tornando maior a possibilidade de um acidente de trnsito. Existem vrias "condies adversas" e importante lembrar que nem sempre elas aparecem isoladamente, tornando o perigo ainda maior.DIREO DEFENSIVA Pgina 5

Listaremos as seis condies adversas mais importantes para que voc as conhea bem, e tome os cuidados necessrios a fim de evit-las, ou de evitar os danos que elas podem causar a voc. So elas:1- LUZ 2- TEMPO 3- VIAS DE TRNSITO 4- TRNSITO 5- VECULO 6- CONDUTOR

Veremos a seguir cada uma das condies adversas, seus efeitos, consequncias e como diminuir ou evitar suas aes desfavorveis ao ato de dirigir. 5.1 - Condio de luz A falta ou o excesso de luminosidade podem aumentar os riscos no trnsito. Ver e ser visto uma regra bsica para a direo segura. Confira como agir: Farol Alto ou Farol Baixo Desregulado A luz baixa do farol deve ser utilizada obrigatoriamente noite, mesmo em vias com iluminao pblica. A iluminao do veculo noite, ou em situaes de escurido, por chuva ou em tneis, permite aos outros condutores, e especialmente aos pedestres e aos ciclistas, observarem com antecedncia o movimento dos veculos e com isso, se protegerem melhor. Usar o farol alto ou o farol baixo desregulado ao cruzar com outro veculo pode ofuscar a viso do outro motorista. Por isso, mantenha sempre os faris regulados e, ao cruzar com outro veculo, acione com antecedncia a luz baixa. Quando ficamos de frente a um farol alto ou um farol desregulado, perdemos momentaneamente a viso (ofuscamento). Nesta situao, procure desviar sua viso para uma referncia na faixa direita da pista. Quando a luz do farol do veculo que vem atrs refletir no retrovisor interno, ajuste-o para desviar o facho de luz. A maioria dos veculos tem este dispositivo. Verifique o manual do proprietrio. Recomenda-se o uso da luz baixa do veculo, mesmo durante o dia, nas rodovias. No caso das motocicletas, ciclomotores e do transporte coletivo de passageiros, estes ltimos quando trafegarem em faixa prpria, o uso da luz baixa do farol obrigatrio. Penumbra (ausncia de luz) A penumbra (lusco-fusco) uma ocorrncia frequente na passagem do final da tarde para o incio da noite ou do final da madrugada para o nascer do dia ou ainda, quando o cu est nublado ou se chove com intensidade. Sob estas condies, to importante quanto ver, tambm ser visto. Ao menor sinal de iluminao precria acenda o farol baixo. Inclinao da Luz Solar No incio da manh ou no final da tarde, a luz do sol bate na cara. O sol, devido sua inclinao, pode causar ofuscamento, reduzindo sua viso. Nem preciso dizer que isso representa perigo de acidentes. Procure programar sua viagem para evitar estas condies. O ofuscamento pode acontecer tambm pelo reflexo do sol em alguns objetos polidos, como garrafas, latas ou pra-brisas. Em todas estas condies, reduza a velocidade do veculo, utilize o quebra-sol (pala de proteo interna) ou at mesmo culos protetores (culos de sol) e procure observar uma referncia do lado direito da pista. O ofuscamento tambm poder acontecer com os motoristas que vm em sentido contrrio, quando so eles que tm o sol pela frente. Neste caso, redobre sua ateno, reduza a velocidade para seu maior conforto e segurana e acenda o farol baixo para garantir que voc seja visto por eles. Nos cruzamentos com semforos, o sol, ao incidir contra os focos luminosos, pode impedir que voc identifique corretamente a sinalizao. Nestes casos, reduza a velocidade e redobre a ateno, at que tenha certeza da indicao do semforo. Mantenha faris regulados e utilize-os de forma correta. Torne o trnsito seguro em qualquer lugar ou circunstncia. 5.2 Condies de Tempo Algumas condies climticas e naturais afetam as condies de segurana do trnsito, prejudicando o correto uso do veculo. A chuva, a neblina, o vento, a fumaa, o granizo, a neve e at mesmo o calor excessivo, diminuem muito a nossa capacidade de ver e avaliar as condies reais da estrada e do veculo. Alm da dificuldade de vermos e sermos vistos, as condies adversas de tempo causam problemas nas estradas como barro, areia, desmoronamento, tornando-as mais lisas e perigosas, causando derrapagens e acidentes. Sob estas condies, voc dever adotar atitudes que garantam a sua segurana e a dos demais usurios da via.

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5.2.1 - Chuva A chuva reduz a visibilidade de todos, deixa a pista molhada e escorregadia e pode criar poas de gua se o piso da pista for irregular, no tiver inclinao favorvel ao escoamento de gua, ou se estiver com buracos. bom ficar alerta desde o incio da chuva, quando a pista, geralmente, fica mais escorregadia, devido presena de leo, areia ou impurezas. E, tomar ainda mais cuidado, no caso de chuvas intensas, quando a visibilidade ainda mais reduzida e a pista recoberta por uma lmina de gua podendo aparecer muito mais poas. Nesta situao, redobre sua ateno, acione a luz baixa do farol, aumente a distncia do veculo sua frente e reduza a velocidade at sentir conforto e segurana. Evite pisar no freio de maneira brusca, para no travar as rodas e no deixar o veculo derrapar, pela perda de aderncia. Se o seu veculo tem freios ABS (que no deixa travar as rodas), aplique a fora no pedal mantendo-o pressionado at o seu controle total. No caso de chuvas de granizo (chuva de pedra), o melhor a fazer parar o veculo em local seguro e aguardar o seu fim. Ela no dura muito nestas circunstncias. Ter os limpadores de pra-brisa sempre em bom estado, o desembaador e o sistema de sinalizao do veculo funcionando perfeitamente aumentam as suas condies de segurana e o seu conforto nestas ocasies. O estado de conservao dos pneus e a profundidade dos seus sulcos so muito importantes para evitar a perda de aderncia na chuva. Piso molhado reduz a aderncia dos pneus. Velocidade reduzida e pneus em bom estado evitam acidentes. 5.2.2 - Aquaplanagem ou hidroplanagem Com gua na pista, pode ocorrer a aquaplanagem, que a perda da aderncia do pneu com o solo. quando o veculo flutua na gua e voc perde totalmente o controle sobre ele. A aquaplanagem pode acontecer com qualquer tipo de veculo e em qualquer piso. Para evitar esta situao de perigo, voc deve observar com ateno a presena de poas de gua sobre a pista, mesmo no havendo chuva, e reduzir a velocidade utilizando os freios, antes de entrar na regio empoada. Na chuva, aumenta a possibilidade de perda de aderncia. Neste caso, reduza a velocidade e aumente a distncia do veculo sua frente. Quando o veculo estiver sobre poas de gua, no recomendvel a utilizao dos freios. Segure a direo com fora para manter o controle de seu veculo. O estado de conservao dos pneus e a profundidade de seus sulcos so igualmente importantes para evitar a perda de aderncia. 5.2.3 - Neblina ou cerrao Sob neblina ou cerrao, voc deve imediatamente acender a luz baixa do farol (e o farol de neblina se tiver), aumentar a distncia do veculo sua frente e reduzir a sua velocidade, at sentir mais segurana e conforto. No use o farol alto porque ele reflete a luz nas partculas de gua, e reduz ainda mais a visibilidade. Lembre-se que nestas condies o pavimento fica mido e escorregadio, reduzindo a aderncia dos pneus. Caso sinta muita dificuldade em continuar trafegando, pare em local seguro, como um posto de abastecimento. Em virtude da pouca visibilidade, na neblina, geralmente no seguro parar no acostamento. Use o acostamento somente em caso extremo e de emergncia e utilize, nestes casos, o pisca-alerta. Sob neblina, reduza a velocidade e use a luz baixa do farol. 5.2.4 - Vento Ventos muito fortes, ao atingir seu veculo em movimento, podem desloc-lo ocasionando a perda de estabilidade e o descontrole, que podem ser causa de colises com outros veculos ou mesmo capotamentos. H trechos de rodovias onde so frequentes os ventos fortes. Acostume-se a observar o movimento da vegetao s margens da via. uma boa orientao para identificar a fora do vento. Em alguns casos, estes trechos encontram-se sinalizados. Notando movimentos fortes da vegetao ou vendo a sinalizao correspondente, reduza a velocidade para no ser surpreendido e para manter a estabilidade. Os ventos tambm podem ser gerados pelo deslocamento de ar de outros veculos maiores em velocidade, no mesmo sentido ou no sentido contrrio de trfego ou at mesmo na sada de tneis. A velocidade dever ser reduzida, adequando-se a marcha do motor para diminuir a probabilidade de desestabilizao do veculo. 5.2.5 - Fumaa proveniente de queimadas A fumaa produzida pelas queimadas nos terrenos margem da via provoca reduo da visibilidade. Alm disso, a fuligem proveniente da queimada pode reduzir a aderncia do piso. Nos casos de queimadas, redobre sua ateno e reduza a velocidade. Ligue a luzDIREO DEFENSIVA Pgina 7

baixa do farol e, depois que entrar na fumaa, no pare o veculo na pista, j que com a falta de visibilidade, os outros motoristas podem no v-lo parado na pista. 5.3 Condies de Vias Via pblica a superfcie por onde transitam veculos, pessoas e animais, compreendendo a pista, a calada, o acostamento, a ilha e o canteiro central. Podem ser urbanas ou rurais (estradas ou rodovias). Cada via tem suas caractersticas, que devem ser observadas para diminuir os riscos de acidentes. Antes de iniciarmos um percurso devemos procurar informaes sobre as condies das ruas, das estradas que vamos usar, para planejarmos melhor nosso itinerrio, assim como o tempo de que vamos precisar para chegarmos ao destino desejado. Procure informar-se das condies das ruas e das estradas com o guarda, pelo rdio, ou com outros condutores que a usem com frequncia, e tome as providncias necessrias para a sua segurana no percurso Conhecendo suas reais condies como: estado de conservao, largura, acostamento, quantidade de veculos, etc., podemos nos preparar melhor para aquilo que vamos enfrentar e tomar os cuidados indispensveis segurana e ao uso de equipamentos que auxiliem no percurso, como, por exemplo, o uso de correntes nas estradas. So muitas as condies adversas das vias de trnsito e listamos algumas para que voc tenha idia dos problemas que ir enfrentar: - curvas; - desvios; - subidas e descidas; - tipo de pavimentao; - largura da pista; - desnveis; - acostamento; - trechos escorregadios; - buracos; - obras na pista. Verifique se os equipamentos de uso obrigatrio para tais situaes esto em perfeitas condies de uso, assim como o bom funcionamento do veculo. 5.3.1 - Fixao da Velocidade Voc tem a obrigao de dirigir numa velocidade compatvel com as condies da via, respeitando os limites de velocidade estabelecidos. Embora os limites de velocidade sejam os que esto nas placas de sinalizao, h determinadas circunstncias momentneas nas condies da via trfego, condies do tempo, obstculos, aglomerao de pessoas que exigem que voc reduza a velocidade e redobre sua ateno, para dirigir com segurana. Quanto maior a velocidade, maior o risco e mais graves so os acidentes e maior a possibilidade de morte no trnsito. O tempo que se ganha utilizando uma velocidade mais elevada no compensa os riscos e o estresse. Por exemplo, a 80 km/h voc percorre uma distncia de 50 km em 37 minutos e a 100 km/h voc vai demorar 30 minutos para percorrer a mesma distncia. 5.3.2 - Curvas Ao fazermos uma curva, sentimos o efeito da fora centrfuga, a fora que nos joga para fora da curva e exige certo esforo para no deixar o veculo sair da trajetria. Quanto maior a velocidade, mais sentimos essa fora. Ela pode chegar ao ponto de tirar o veculo de controle, provocando um capotamento ou a travessia na pista, com coliso com outros veculos ou atropelamento de pedestres e ciclistas. A velocidade mxima permitida numa curva leva em considerao aspectos geomtricos de construo da via. Para sua segurana e conforto, acredite na sinalizao e adote os seguintes procedimentos: Diminua a velocidade, com antecedncia, usando o freio e, se necessrio, reduza a marcha, antes de entrar na curva e de iniciar o movimento do volante; Comece a fazer a curva com movimentos suaves e contnuos no volante, acelerando gradativamente e respeitando a velocidade mxima permitida. medida que a curva for terminando, retorne o volante posio inicial, tambm com movimentos suaves; Procure fazer a curva, movimentando o menos que puder o volante, evitando movimentos bruscos e oscilaes na direo. 5.3.3 - Declives Voc percebe que frente tem um declive acentuado: antes que a descida comece, teste os freios e mantenha o cmbio engatado numa marcha reduzida durante a descida. Nunca desa com o veculo desengrenado porque, em caso de necessidade, voc no vai ter a fora do motor para ajudar a parar ou a reduzir a velocidade e os freios podem no ser suficientes.DIREO DEFENSIVA Pgina 8

No desligue o motor nas descidas. Com ele desligado, os freios no funcionam adequadamente, e o veculo pode atingir velocidades descontroladas. Alm disso, a direo poder travar, se voc desligar o motor. 5.3.4 - Ultrapassagem Onde h sinalizao proibindo a ultrapassagem, no ultrapasse. A sinalizao a representao da lei e foi implantada por pessoal tcnico que j calculou que naquele trecho no possvel a ultrapassagem, porque h perigo de acidente. Nos trechos onde houver sinalizao permitindo a ultrapassagem, ou onde no houver qualquer tipo de sinalizao, s ultrapasse se a faixa do sentido contrrio de fluxo estiver livre e, mesmo assim, s tome a deciso considerando a potncia do seu veculo e a velocidade do veculo que vai frente. Nas subidas s ultrapasse quando j estiver disponvel a terceira faixa, destinada a veculos lentos. No existindo esta faixa, siga as mesmas orientaes anteriores, mas considere que a potncia exigida do seu veculo vai ser maior que na pista plana. Para ultrapassar, acione a seta para esquerda, mude de faixa a uma distncia segura do veculo sua frente e s retorne faixa normal de trfego quando puder enxergar o veculo ultrapassado pelo retrovisor. Nos declives, as velocidades de todos os veculos so muito maiores. Para ultrapassar, tome cuidado adicional com a velocidade necessria para a ultrapassagem. Lembre-se que voc no pode exceder a velocidade mxima permitida naquele trecho da via. Outros veculos podem querer ultrapass-lo. No dificulte a ultrapassagem, mantendo a velocidade do seu veculo ou at mesmo reduzindo-a ligeiramente. No tenha pressa. Aguarde uma condio permitida e segura para fazer a ultrapassagem. 5.3.5 - Estreitamento de pista Qualquer estreitamento de pista aumenta riscos. Pontes estreitas ou sem acostamento, obras, desmoronamento de barreiras, presena de objetos na pista, por exemplo, provocam estreitamentos. Assim que voc enxergar a sinalizao ou perceber o estreitamento, redobre sua ateno, reduza a velocidade e a marcha e, quando for possvel a passagem de apenas um veculo por vez, aguarde o momento oportuno, alternando a passagem com os outros veculos que vm em sentido oposto. 5.3.6 - Acostamento uma parte da via, mas diferenciada da pista de rolamento, destinada parada ou estacionamento de veculos em situao de emergncia, circulao de pedestres e de bicicletas, neste ltimo caso, quando no houver local apropriado. proibido trafegar com veculos automotores no acostamento, pois isso pode causar acidentes com outros veculos parados ou atropelamentos de pedestres ou de ciclistas. Pode ocorrer em trechos da via um desnivelamento do acostamento em relao pista de rolamento, um degrau entre um e outro. Nestes casos, voc deve redobrar sua ateno. Concentre-se no alinhamento da via e permanea a uma distncia segura do seu limite, evitando que as rodas caiam no acostamento e isso possa causar um descontrole do veculo. Se precisar parar no acostamento, procure um local onde no haja desnvel ou ele esteja reduzido. Se for extremamente necessrio parar, primeiro reduza a velocidade, o mais suavemente possvel para no causar acidente com os veculos que venham atrs e sinalize com a seta. Aps parar o veculo, sinalize com o tringulo de segurana e o pisca-alerta. proibido e perigoso trafegar pelo acostamento. Ele se destina a paradas de emergncia e ao trfego de pedestres e ciclistas. 5.3.7 - Condies do piso da pista de rolamento Ondulaes, buracos, elevaes, inclinaes ou alteraes do tipo de piso podem desestabilizar o veculo e provocar a perda do controle. Passar por buracos, depresses ou lombadas pode causar desequilbrio em seu veculo, danificar componentes ou ainda fazer voc perder a dirigibilidade. Ainda voc pode agravar o problema se usar incorretamente os freios ou se fizer um movimento brusco com a direo. Ao perceber antecipadamente estas ocorrncias na pista, reduza a velocidade, usando os freios. Mas, evite acion-los durante a passagem pelos buracos, depresses e lombadas, porque isso vai aumentar o desequilbrio de todo o conjunto. 5.3.8 - Trechos escorregadios O atrito do pneu com o solo reduzido pela presena de gua, leo, barro, areia ou outros lquidos ou materiais na pista e essa perda de aderncia pode causar derrapagens e descontrole do veculo. Fique sempre atento ao estado do pavimento da via e procure adequar sua velocidade a essa situao. Evite mudanas abruptas de velocidade e frenagens bruscas, que tornam mais difcil o controle do veculo nessas condies.DIREO DEFENSIVA Pgina 9

5.3.9 - Sinalizao A sinalizao um sistema de comunicao para ajudar voc a dirigir com segurana. As vrias formas de sinalizao mostram o que permitido e o que proibido fazer, advertem sobre perigos na via e tambm indicam direes a seguir e pontos de interesse. A sinalizao projetada com base na engenharia e no comportamento humano, independentemente das habilidades individuais do condutor e do estado particular de conservao do veculo. Por essa razo, voc deve respeitar sempre a sinalizao e adequar o seu comportamento aos limites de seu veculo. 5.3.10 - Caladas ou Passeios Pblicos As caladas so para o uso exclusivo de pedestres e s podem ser utilizadas pelos veculos para acesso a lotes ou garagens. Mesmo nestes casos, o trfego de veculos sobre a calada deve ser feito com muitos cuidados, para no ocasionar atropelamento de pedestres. A parada ou estacionamento de veculos sobre as caladas retira o espao prprio do pedestre, levando-o a transitar na pista de rolamento, onde evidentemente corre o perigo de ser atropelado. Por essa razo, proibida a circulao, parada ou estacionamento de veculos automotores nas caladas. Voc tambm deve ficar atento em vias sem caladas, ou quando elas estiverem em construo ou deterioradas, forando o pedestre a caminhar na pista de rolamento. As caladas ou passeios pblicos so espaos do pedestre. 5.3.11 - rvores/vegetao rvores e vegetao nos canteiros centrais de avenidas ou nas caladas podem esconder placas de sinalizao. Por no ver essas placas, os motoristas podem ser induzidos a fazer manobras que tragam perigo de colises entre veculos ou do atropelamento de pedestres e de ciclistas. Ao notar rvores ou vegetao que possam estar encobrindo a sinalizao, redobre sua ateno, at reduzindo a velocidade, para poder identificar restries de circulao e com isso evitar acidentes. 5.3.12 - Cruzamentos entre vias Em um cruzamento, a circulao de veculos e de pessoas se altera a todo instante. Quanto mais movimentado, mais conflito haver entre veculos, pedestres e ciclistas, aumentando os riscos de colises e atropelamentos. muito comum, tambm, a presena de equipamentos como orelhes, postes, lixeiras, banca de jornais e at mesmo cavaletes com propagandas, junto s esquinas, reduzindo ainda mais a percepo dos movimentos de pessoas e veculos. Assim, ao se aproximar de um cruzamento, independentemente de existir algum tipo de sinalizao, voc deve redobrar a ateno e reduzir a velocidade do veculo. Lembre-se sempre de algumas regras bsicas: Se no houver sinalizao, a preferncia de passagem do veculo que se aproxima do cruzamento pela direita; Se houver a placa PARE, no seu sentido de direo, voc deve parar, observar se possvel atravessar e s a movimentar o veculo; Numa rotatria, a preferncia de passagem do veculo que j estiver circulando na mesma; Havendo sinalizao por semforo, o condutor dever fazer a passagem com a luz verde. Sob a luz amarela voc dever reduzir a marcha e parar. Com a luz amarela, voc s dever fazer a travessia se j tiver entrado no cruzamento ou se esta condio for a mais segura para impedir que o veculo que vem atrs colida com o seu. Nos cruzamentos com semforos, voc deve observar apenas o foco de luz que controla o trfego da via em que voc est e aguardar o sinal verde antes de movimentar seu veculo, mesmo que outros veculos, ao seu lado, se movimentem. Cruzamentos so reas de risco no trnsito. Reduza a velocidade e respeite a sinalizao. 5.4 - Trnsito Aqui nos referimos presena de outros elementos (pedestres, veculos, animais, etc.) na via, e tambm a determinadas ocasies (natal, carnaval, frias) que interferem no comportamento do condutor e na quantidade de veculos em circulao nas vias. Podem-se diferenciar duas situaes de trnsito:

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5.4.1 - Nas cidades (vias urbanas) O trnsito mais intenso e mais lento, havendo maior nmero de veculos, mas existe uma sinalizao especfica para controle do trfego com segurana. Em determinados locais (rea central, rea escolar, rgos pblicos) em que o nmero de veculos maior, e tambm em determinados horrios (entrada ou sada de trabalhadores e escolares) que chamamos de "rush", em que aumentam as dificuldades de trnsito. Se possvel evite estes horrios ou locais, faa uso do transporte coletivo, obedea toda a sinalizao existente, redobre a ateno e cuidados ao conduzir. 5.4.2 - Nas estradas (vias rurais) Os nveis de velocidade so maiores, mas o nmero de veculos geralmente menor, o que predispe o condutor a exceder a velocidade permitida, aumentando tambm o risco de acidentes, alm de cometer infrao de trnsito. Em determinadas pocas (frias, feriado, festas) o nmero de veculos aumenta muito, causando congestionamento e outros tipos de problemas com o trnsito. Verifique as reais condies do seu veculo, abastea-o de combustvel necessrio ao percurso e mantenha a calma. Em certos locais, as condies de trnsito mudam devido presena de tratores, carroas, animais, nibus de excurso, caminhes de transporte, etc., tornando o trnsito mais lento e mais difcil. H tambm a possibilidade de recuperao de vias, ou construes, situaes que causam srios problemas ao deslocamento e dificultam o trnsito no local. O bom condutor cauteloso. Observa bem sua frente, prev situaes de risco no trnsito, evita situaes difceis, obedece s instrues recebidas no percurso e sempre mantm a calma e a educao. 5.5 - Veculo um fator muito importante a ser considerado na ocorrncia de acidentes, sendo as condies do veculo responsveis por um nmero enorme dos acidentes ocorridos em trnsito, normalmente envolvendo outros veculos, pedestres, animais e o patrimnio pblico. Devemos sempre manter o veculo em condies de transitar e reagir instantnea e eficientemente a todos os comandos necessrios, pois: "no possvel dirigir com segurana usando um veculo defeituoso". Um veculo em mau estado de conservao, alm da possibilidade de deix-lo na mo, vai resultar numa penalidade prevista no Cdigo. So muitas as condies adversas causadas por um veculo defeituoso; aqui listaremos apenas os defeitos mais comuns que podem causar acidentes: - pneus gastos (carecas); - limpadores de pra-brisa com defeito; - freios desregulados; - falta de buzina; - lmpadas queimadas; - espelhos retrovisores deficientes; - defeito nos equipamentos obrigatrios; - cinto de segurana defeituoso. Voc mesmo(a) pode observar o funcionamento de seu veculo, seja pelas indicaes do painel, ou por uma inspeo visual simples: Combustvel: veja se o indicado no painel suficiente para chegar ao destino; Nvel de leo de freio, do motor e de direo hidrulica: observe os respectivos reservatrios, conforme manual do proprietrio; Nvel de leo do sistema de transmisso (cmbio): para veculos de transmisso automtica, veja o nvel do reservatrio. Nos demais veculos, procure vazamentos sob o veculo; gua do radiador: nos veculos refrigerados a gua, veja o nvel do reservatrio de gua; gua do sistema limpador de pra-brisa: verifique o reservatrio de gua; Palhetas do limpador de pra-brisa: troque, se estiverem ressecadas; Desembaador dianteiro e traseiro (se existirem): verifique se esto funcionando corretamente; Funcionamento dos faris: verifique visualmente se todos esto acendendo (luz baixa e alta); Regulagem dos faris: faa atravs de profissionais habilitados; Lanternas dianteiras e traseiras, luzes indicativas de direo, luz de freio e luz de r: inspeo visual. Revises peridicas e completas mantm seu veculo em boas condies de uso, e pequenos cuidados dirios garantem sua segurana no trnsito e o cumprimento da legislao.

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Veja os itens imprescindveis de estar em pleno funcionamento em um veculo: 5.5.1 - Pneus Os pneus tm trs funes importantes: impulsionar, frear e manter a dirigibilidade do veculo. Confira sempre: Calibragem: siga as recomendaes do fabricante do veculo, observando a situao de carga (vazio e carga mxima). Pneus murchos tm sua vida til diminuda, prejudicam a estabilidade, aumentam o consumo de combustvel e reduzem a aderncia em piso com gua. Desgaste: o pneu dever ter sulcos de, no mnimo, 1,6 milmetros de profundidade. A funo dos sulcos permitir o escoamento de gua para garantir perfeita aderncia ao piso e a segurana, em caso de piso molhado. Deformaes na carcaa: veja se os pneus no tm bolhas ou cortes. Estas deformaes podem causar um estouro ou uma rpida perda de presso. Dimenses irregulares: no use pneus de modelo ou dimenses diferentes das recomendadas pelo fabricante para no reduzir a estabilidade e desgastar outros componentes da suspenso. No se esquea que todas estas recomendaes tambm se aplicam ao pneu sobressalente (estepe), nos veculos em que ele exigido. Voc pode identificar outros problemas de pneus com facilidade. Vibraes do volante indicam possveis problemas com o balanceamento das rodas. O veculo puxando para um dos lados indica um possvel problema com a calibragem dos pneus ou com o alinhamento da direo. Tudo isso pode reduzir a estabilidade e a capacidade de frenagem do veculo. 5.5.2 - Cinto de segurana O cinto de segurana existe para limitar a movimentao dos ocupantes de um veculo, em casos de acidentes ou numa freada brusca. Nestes casos, o cinto impede que as pessoas se choquem com as partes internas do veculo ou sejam lanados para fora dele, reduzindo assim a gravidade das possveis leses. Para isso, os cintos de segurana devem estar em boas condies de conservao e todos os ocupantes devem us-los, inclusive os passageiros dos bancos traseiros, mesmo as gestantes e as crianas. Faa sempre uma inspeo dos cintos: Veja se os cintos no tm cortes, para no se romperem numa emergncia; Confira se no existem dobras que impeam a perfeita elasticidade; Teste o travamento para ver se est funcionando perfeitamente; Verifique se os cintos dos bancos traseiros esto disponveis para utilizao dos ocupantes. Uso correto do cinto: Ajuste firmemente ao corpo, sem deixar folgas; A faixa inferior dever ficar abaixo do abdome, sobretudo para as gestantes. A faixa transversal deve vir sobre o ombro, atravessando o peito, sem tocar o pescoo; No use presilhas. Elas anulam os efeitos do cinto de segurana. Transporte as crianas com at dez anos de idade s no banco traseiro do veculo, e acomodadas em dispositivo de reteno afixado ao cinto de segurana do veculo, adequado sua estatura, peso e idade. Alguns veculos no possuem banco traseiro. Excepcionalmente, e s nestes casos, voc poder transportar crianas menores de 10 anos no banco dianteiro, utilizando o cinto de segurana. Dependendo da idade, elas devero ser colocadas em cadeiras apropriadas, com a utilizao do cinto de segurana. Se o veculo tiver air bag para o passageiro, recomendvel que voc o desligue, enquanto estiver transportando a criana. O cinto de segurana de utilizao individual. Transportar criana, no colo, ambos com o mesmo cinto, poder acarretar leses graves e at a morte da criana. As pessoas, em geral, no tm a noo exata do significado do impacto de uma coliso no trnsito. Saiba que, segundo as leis da fsica, colidir com um poste, ou com um objeto fixo semelhante, a 80 quilmetros por hora, o mesmo que cair de um prdio de 9 andares. 5.5.3 - Suspenso A finalidade da suspenso e dos amortecedores manter a estabilidade do veculo. Quando gastos, podem causar a perda de controle do veculo e seu capotamento, especialmente em curvas e nas frenagens. Verifique periodicamente o estado de conservao e o funcionamentoDIREO DEFENSIVA Pgina 12

deles, usando como base o manual do fabricante e levando o veculo a pessoal especializado. 5.5.4 - Direo A direo um dos mais importantes componentes de segurana do veculo, um dos responsveis pela dirigibilidade. Folgas no sistema de direo fazem o veculo puxar para um dos lados, podendo levar o condutor a perder o seu controle. Ao frear, estes defeitos so aumentados. Voc deve verificar periodicamente o funcionamento correto da direo e fazer as revises preventivas nos prazos previstos no manual do fabricante, com pessoal especializado. 5.5.5 - Sistema de Iluminao O sistema de iluminao de seu veculo fundamental, tanto para voc enxergar bem o seu trajeto, como para ser visto por todos os outros usurios da via e assim, garantir a segurana no trnsito. Sem iluminao, ou com iluminao deficiente, voc poder ser causa de coliso e de outros acidentes. Confira e evite as principais ocorrncias: Faris queimados, em mau estado de conservao ou desalinhados: reduzem a visibilidade panormica e voc no consegue ver tudo o que deveria; Lanternas de posio queimadas ou com defeito, noite ou em ambientes escurecidos (chuva, penumbra): comprometem o reconhecimento do seu veculo pelos demais usurios da via; Luzes de freio queimadas ou com mau funcionamento ( noite ou de dia): voc freia e isso no sinalizado aos outros motoristas. Eles vo ter menos tempo e distncia para frear com segurana; Luzes indicadoras de direo (pisca-pisca) queimadas ou com mau funcionamento: impedem que os outros motoristas compreendam sua manobra e isso pode causar acidentes. Verifique periodicamente o estado e o funcionamento das luzes e lanternas. Ver e ser visto por todos torna o trnsito mais seguro. 5.5.6 - Freios O sistema de freios desgasta-se com o uso do seu veculo e tem sua eficincia reduzida. Freios gastos exigem maiores distncias para frear com segurana e podem causar acidentes. Os principais componentes do sistema de freios so: sistema hidrulico, fluido, discos e pastilhas ou lonas, dependendo do tipo de veculo. Veja aqui as principais razes de perda de eficincia e como inspecionar: Nvel de fluido baixo: s observar o nvel do reservatrio; Vazamento de fluido: observe a existncia de manchas no piso, sob o veculo; Disco e pastilhas gastos: verifique com profissional habilitado; Lonas gastas: verifique com profissional habilitado. Quando voc atravessa locais encharcados ou com poas de gua, utilizando veculo com freios a lona, pode ocorrer a perda de eficincia momentnea do sistema de freios. Observando as condies do trnsito no local, reduza a velocidade e pise no pedal de freio algumas vezes para voltar normalidade. Nos veculos dotados de sistema ABS (central eletrnica que recebe sinais provenientes das rodas e que gerencia a presso no cilindro e no comando dos freios, evitando o bloqueio das rodas) verifique, no painel, a luz indicativa de problemas no funcionamento. Ao dirigir, evite utilizar tanto as freadas bruscas, como as desnecessrias, pois isto desgasta mais rapidamente os componentes do sistema de freios. s dirigir com ateno, observando a sinalizao, a legislao e as condies do trnsito. Para frear com segurana preciso estar atento. Mantenha distncia segura e freios em bom estado. 6 - Condutor Talvez seja essa a condio adversa mais perigosa, mas tambm a mais fcil de ser evitada, pois se trata do estado em que o condutor se encontra fsica e mentalmente no momento em que ir fazer uso do veculo em trnsito. So vrias as situaes envolvendo o estado fsico e mental do condutor (doenas fsicas, problemas emocionais) e podem ser momentneas ou passageiras, mas tambm definitivas (problemas fsicos, corrigidos e adaptados ao uso do veculo). Cabe ao condutor avaliar suas reais condies ao propor-se a dirigir um veculo, e ter o bom senso necessrio para evitar envolver-se em situao de risco. Dirigir quando sentir-se sem condies fsicas ou emocionais, pe em risco no s a sua vida, mas a de todos os usurios do trnsito.

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Existem muitas condies adversas do motorista, sendo as mais comuns: Fsicas: - fadiga; - dirigir alcoolizado ou aps ter utilizado um "rebite"; - sono; - viso ou audio deficiente; - perturbaes fsicas (dores ou doenas). Mentais: - estados emocionais (tristezas ou alegrias); - preocupaes; - medo, insegurana, inabilidade. 6.1 - Como evitar desgaste fsico relacionado maneira de sentar e dirigir A posio correta ao dirigir evita desgaste fsico e contribui para evitar situaes de perigo. Siga as orientaes: Dirija com os braos e pernas ligeiramente dobrados, evitando tenses; Apie bem o corpo no assento e no encosto do banco, o mais prximo possvel de um ngulo de 90 graus; Ajuste o encosto de cabea de acordo com a altura dos ocupantes do veculo, de preferncia na altura dos olhos; Segure o volante com as duas mos, como os ponteiros do relgio na posio de 9 horas e 15 minutos. Assim voc enxerga melhor o painel, acessa melhor os comandos do veculo e, nos veculos com air bag, no impede o seu funcionamento; Procure manter os calcanhares apoiados no assoalho do veculo e evite apoiar os ps nos pedais, quando no os estiver usando; Utilize calados que fiquem bem fixos aos seus ps, para que voc possa acionar os pedais rapidamente e com segurana; Coloque o cinto de segurana, de maneira que ele se ajuste firmemente ao seu corpo. A faixa inferior deve passar pela regio do abdome e a faixa transversal passar sobre o peito e no sobre o pescoo; Fique em posio que permita enxergar bem as informaes do painel e verifique sempre o funcionamento de sistemas importantes como, por exemplo, a temperatura do motor. A posio correta ao dirigir produz menos desgaste fsico e aumenta a sua segurana. 6.2 Retrovisores: Uso correto Quanto mais voc enxerga o que acontece sua volta enquanto dirige, maior a possibilidade de evitar situaes de perigo. Nos veculos com o retrovisor interno, sente-se na posio correta e ajuste-o numa posio que d a voc uma viso ampla do vidro traseiro. No coloque bagagens ou objetos que impeam sua viso atravs do retrovisor interno. Os retrovisores externos, esquerdo e direito, devem ser ajustados de maneira que voc, sentado na posio de direo, enxergue o limite traseiro do seu veculo e com isso reduza a possibilidade de pontos cegos ou sem alcance visual. Se no conseguir eliminar esses pontos cegos, antes de iniciar uma manobra, movimente a cabea ou o corpo para encontrar outros ngulos de viso pelos espelhos externos, ou atravs da viso lateral. Fique atento tambm aos rudos dos motores dos outros veculos e s faa a manobra se estiver seguro de que no vai causar acidentes. 6.3 - O problema da concentrao: Telefones, rdios e outros mecanismos que diminuem sua ateno ao dirigir Como tomamos decises no trnsito? Muitas das coisas que fazemos no trnsito so automticas, feitas sem que pensemos nelas. Depois que aprendemos a dirigir, no mais pensamos em todas as coisas que temos que fazer ao volante. Este automatismo acontece aps repetirmos muitas vezes os mesmos movimentos ou procedimentos. Isso, no entanto, esconde um problema que est na base de muitos acidentes. Em condies normais, nosso crebro leva alguns dcimos de segundo para registrar as imagens que enxergamos. Isso significa que, por mais atento que voc esteja ao dirigir um veculo, vo existir, num breve espao de tempo, situaes que voc no consegue observar. Os veculos em movimento mudam constantemente de posio. Por exemplo, a 80 quilmetros por hora, um carro percorre 22 metros, em um nico segundo. Se acontecer uma emergncia, entre perceber o problema, tomar a deciso de frear, acionar o pedal e o veculo parar totalmente, vo ser necessrios, pelo menos, 44 metros. Se voc estiver pouco concentrado ou no puder se concentrar totalmente na direo, seu tempo normal de reao vai aumentar, transformando os riscos do trnsito em perigos no trnsito. Alguns dos fatores que diminuem a sua concentrao e retardam os reflexos: Consumir bebida alcolica; Usar drogas; Usar medicamento que modifica o comportamento, de acordo com seu mdico;DIREO DEFENSIVA Pgina 14

Ter participado, recentemente, de discusses fortes com familiares, no trabalho, ou por qualquer outro motivo; Ficar muito tempo sem dormir, dormir pouco ou dormir muito mal; Ingerir alimentos muito pesados, que acarretam sonolncia. Ingerir bebida alcolica ou usar drogas, alm de reduzir a concentrao, afeta a coordenao motora, muda o comportamento e diminui o desempenho, limitando a percepo de situaes de perigo e reduzindo a capacidade de ao e reao. Concentrao e reflexos diminuem muito com o uso de lcool e drogas. Acontece o mesmo se voc no dormir ou dormir mal. Outros fatores que reduzem a concentrao, apesar de muitos no perceberem isso: Usar o telefone celular ao dirigir, mesmo que seja vivavoz; Assistir televiso a bordo ao dirigir; Ouvir aparelho de som em volume que no permita ouvir os sons do seu prprio veculo e dos demais; Transportar animais soltos e desacompanhados no interior do veculo; Transportar, no interior do veculo, objetos que possam se deslocar durante o percurso. Ns no conseguimos manter nossa ateno concentrada durante o tempo todo enquanto dirigimos. Constantemente somos levados a pensar em outras coisas, sejam elas importantes ou no. Force a sua concentrao no ato de dirigir, acostumando-se a observar sempre e alternadamente: As informaes no painel do veculo, como velocidade, combustvel, sinais luminosos; Os espelhos retrovisores; A movimentao de outros veculos sua frente, sua traseira ou nas laterais; A movimentao dos pedestres, em especial nas proximidades dos cruzamentos; A posio de suas mos no volante. 6.4 - O constante aperfeioamento O ato de dirigir apresenta riscos e pode gerar grandes consequncias, tanto fsicas, como financeiras. Por isso, dirigir exige aperfeioamento e atualizao constantes, para a melhoria do desempenho e dos resultados. Voc dirige um veculo que exige conhecimento e habilidade, passa por lugares diversos e complexos, nem sempre conhecidos, onde tambm circulam outros veculos, pessoas e animais. Por isso, voc tem muita responsabilidade sobre tudo o que faz no volante. muito importante para voc, conhecer as regras de trnsito, a tcnica de dirigir com segurana e saber como agir em situaes de risco. Procure sempre revisar e aperfeioar seus conhecimentos sobre tudo isso. Todas as nossas atividades exigem aperfeioamento e atualizao. Viver um eterno aprendizado. 7 - Outras regras gerais e importantes Antes de colocar seu veculo em movimento, verifique as condies de funcionamento dos equipamentos de uso obrigatrio, como cintos de segurana, encosto de cabea, extintor de incndio, tringulo de segurana, pneu sobressalente, limpador de pra-brisa, sistema de iluminao e buzina, alm de observar se o combustvel suficiente para chegar ao seu local de destino. Tenha, a todo o momento, domnio de seu veculo, dirigindo-o com ateno e com os cuidados indispensveis segurana do trnsito.

D preferncia de passagem aos veculos que se deslocam sobre trilhos, respeitadas as normas de circulao. Ao dirigir um veculo de maior porte, tome todo o cuidado e seja responsvel pela segurana dos veculos menores, pelos no motorizados e pela segurana dos pedestres. Veculos de maior porte so responsveis pela segurana dos veculos menores. Reduza a velocidade quando for ultrapassar um veculo de transporte coletivo (nibus) que esteja parado efetuando o embarque ou desembarque de passageiros.

Aguarde uma oportunidade segura e permitida pela sinalizao para fazer uma ultrapassagem, quando estiver dirigindo em vias com duplo sentido de direo e pista nica, nos trechos em curvas e em aclives. No ultrapasse veculos em pontes, viadutos e nas travessias de pedestres, exceto se houver sinalizao que permita.DIREO DEFENSIVA Pgina 15

Numa rodovia, para fazer uma converso esquerda ou um retorno, aguarde uma oportunidade segura no acostamento. Nas rodovias sem acostamento, siga a sinalizao indicativa de permisso. No freie bruscamente o seu veculo, exceto por razes de segurana. No pare seu veculo nos cruzamentos, bloqueando a passagem de outros veculos. Nem mesmo se voc estiver na via preferencial e com o semforo verde para voc. Aguarde, antes do cruzamento, o trnsito fluir e vagar um espao no trecho de via frente. Use a sinalizao de advertncia (tringulo de segurana) e o pisca-alerta quando precisar parar temporariamente o veculo na pista de rolamento.

Em locais onde o estacionamento proibido, voc dever parar apenas durante o tempo suficiente para o embarque ou desembarque de passageiros. Isso, desde que a parada no venha a interromper o fluxo de veculos ou a locomoo de pedestres. No abra a porta nem a deixe aberta, sem ter a certeza que isso no vai trazer perigo para voc ou para os outros usurios da via. Cuide para que os seus passageiros no abram ou deixem abertas as portas do veculo.

O embarque e o desembarque devem ocorrer sempre do lado da calada, exceto no caso do condutor.

Mantenha a ateno ao dirigir, mesmo em vias com trfego denso e com baixa velocidade, observando atentamente o movimento de veculos, pedestres e ciclistas, devido possibilidade da travessia de pedestres fora da faixa e a aproximao excessiva de outros veculos, que podem acarretar acidentes. Estas situaes ocorrem em horrios pr-estabelecidos, conhecidos como horrios de pico. So os horrios de entrada e sada de trabalhadores e acesso a escolas, sobretudo em plos geradores de trfego, como shopping centers, supermercados, praas esportivas, etc. Mantenha uma distncia segura do veculo da frente. Uma boa distncia permite que voc tenha tempo de reagir e acionar os freios diante de uma situao de emergncia e haja tempo tambm para que o veculo, uma vez freado, pare antes de colidir. Em condies normais da pista e do clima, o tempo necessrio para manter a distncia segura de, aproximadamente, dois segundos. Existe uma regra simples regra dos dois segundos que pode ajudar voc a manter a distncia segura do veculo da frente: 1. Escolha um ponto fixo margem da via; 2. Quando o veculo que vai sua frente passar pelo ponto fixo, comece a contar; 3. Conte dois segundos pausadamente. Uma maneira fcil contar seis palavras em sequncia cinquenta e um, cinquenta e dois. 4. A distncia entre o seu veculo e o que vai frente vai ser segura se o seu veculo passar pelo ponto fixo aps a contagem de dois segundos. 5. Caso contrrio reduza a velocidade e faa nova contagem. Repita at estabelecer a distncia segura. Para veculos com mais de 6 metros de comprimento ou sob chuva, aumente o tempo de contagem: cinquenta e um, cinquenta e dois, cinquenta e trs. Evite colises, mantendo distncia segura. 8 - Respeito ao meio ambiente e convvio social 8.1 - Poluio veicular e poluio sonora A poluio do ar nas cidades hoje uma das mais graves ameaas nossa qualidade de vida. Os principais causadores da poluio do ar so os veculos automotores. Os gases que saem do escapamento contm monxido de carbono, xidos de nitrognio, hidrocarbonetos, xidos de enxofre e material particulado (fumaa preta). A quantidade desses gases depende do tipo e da qualidade do combustvel e do tipo e da regulagem do motor. Quanto melhor a queima do combustvel, ou melhor dizendo, quanto melhor regulado estiver seu veculo, menor ser a poluio.DIREO DEFENSIVA Pgina 16

A presena desses gases na atmosfera no s um problema para cada uma das pessoas, um problema para toda a coletividade de nosso planeta. O monxido de carbono no tem cheiro, no tem gosto e incolor, sendo difcil sua identificao pelas pessoas. Mas extremamente txico e causa tonturas, vertigens, alteraes no sistema nervoso central e pode ser fatal, em altas doses, em ambientes fechados. O dixido de enxofre, presente na combusto do diesel, provoca coriza, catarro e danos irreversveis aos pulmes e tambm pode ser fatal, em doses altas. Os hidrocarbonetos, produtos da queima incompleta dos combustveis (lcool, gasolina ou diesel), so responsveis pelo aumento da incidncia de cncer no pulmo, provocam irritao nos olhos, no nariz, na pele e no aparelho respiratrio. A fuligem, que composta por partculas slidas e lquidas, fica suspensa na atmosfera e pode atingir o pulmo das pessoas e agravar quadros alrgicos de asma e bronquite, irritao de nariz e garganta e facilitar a propagao de infeces gripais. A poluio sonora provoca muitos efeitos negativos. Os principais so: distrbios do sono, estresse, perda da capacidade auditiva, surdez, dores de cabea, distrbios digestivos, perda de concentrao, aumento do batimento cardaco e alergias. Preservar o meio ambiente uma necessidade de toda a sociedade, para a qual todos devem contribuir. Alguns procedimentos contribuem para a reduo da poluio atmosfrica e da poluio sonora: Regule e faa a manuteno peridica do seu motor; Calibre periodicamente os pneus; No carregue excesso de peso; Troque de marcha na rotao correta do motor; Evite redues constantes de marcha, aceleraes bruscas e freadas excessivas; Desligue o motor numa parada prolongada; No acelere quando o veculo estiver em ponto morto ou parado no trnsito; Mantenha o escapamento e o silencioso em boas condies; Faa a manuteno peridica do equipamento destinado a reduzir os poluentes catalisador (nos veculos em que previsto). 8.2 - Voc e o meio ambiente A sujeira jogada na via pblica ou nas margens das rodovias estimula a proliferao de insetos e de roedores, o que favorece a transmisso de doenas contagiosas. Outros materiais jogados no meio ambiente, como latas e garrafas plsticas levam muito tempo para serem absorvidos pela natureza. Custa muito caro para a sociedade manter limpos os espaos pblicos e recuperar a natureza afetada. Por isso: Mantenha sempre sacos de lixo dentro do veculo. No jogue lixo na via, nos terrenos baldios ou na vegetao margem das rodovias; Entulhos devem ser transportados para locais prprios. No jogue entulho nas vias e suas margens; Em caso de acidente com transporte de produtos perigosos (qumicos, inflamveis, txicos), procure isolar a rea e impedir que eles atinjam rios, mananciais e a flora; Faa a manuteno, conservao e limpeza do veculo em local prprio. No derrame leo ou descarte materiais na via e nos espaos pblicos; Ao observar situaes que agridam a natureza, sujem os espaos pblicos ou que tambm possam causar riscos para o trnsito, solicite ou colabore na sua remoo ou limpeza. O espao pblico de todos, faa a sua parte mantendo-o limpo e conservado. 8.3 - Voc e sua relao com o outro Na Introduo, falamos sobre o relacionamento das pessoas no trnsito. Para melhorar o convvio e a qualidade de vida, existem alguns princpios que devem ser a base das nossas relaes no trnsito: Dignidade da pessoa humana Princpio universal do qual derivam os Direitos Humanos e os valores e atitudes fundamentais para o convvio social democrtico. Igualdade de direitos a possibilidade de exercer a cidadania plenamente atravs da equidade, isto , a necessidade de considerar as diferenas das pessoas para garantir a igualdade, fundamentando a solidariedade. Participao o princpio que fundamenta a mobilizao das pessoas para organizar-se em torno dos problemas de trnsito e suas consequncias para a sociedade. Co-responsabilidade pela vida social

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Valorizar comportamentos necessrios segurana no trnsito e efetivao do direito de mobilidade a todos os cidados. Tanto o Governo quanto a populao tm sua parcela de contribuio para um trnsito melhor e mais seguro. Faa a sua parte. O respeito pessoa humana e a convivncia solidria tornam o trnsito mais seguro. 9 - Os fatores importantes para se evitar acidentes So comportamentos do condutor que ajudam a evitar ou a criar condies que levem aos acidentes. Os comportamentos corretos so sua maior garantia de chegar em segurana ao seu destino. 9.1 - Ingesto de substncias txicas, lcool ou remdios O consumo de algumas substncias afeta negativamente o nosso estado fsico e mental e nosso modo de conduzir veculos. Alguns remdios usados, mesmo por recomendao mdica, alteram nosso estado geral, prejudicando nosso desempenho ao volante. Evite tom-los, ou no dirigir aps o seu uso. Exemplo: - remdios para emagrecer; - calmantes e antialrgicos; - Drogas para manter-se acordados ("rebites"). As drogas afetam o raciocnio lgico e o desempenho normal das funes fsicas e mentais. Conduzir alcoolizado infrao gravssima e acarreta vrias penalidades previstas no Cdigo de Trnsito Brasileiro. Dirigir alcoolizado, em nvel superior a 06 (seis) decigramas de lcool por litro de sangue, resulta em multa de 900 UFIRs, suspenso do direito de dirigir e deteno de seis meses a trs anos, sendo considerado infrao gravssima. de prtica popular fazer uso de exerccios fsicos, caf forte sem acar, banho frio ou remdios e chazinhos caseiros na tentativa de diminuir o efeito do lcool no organismo. Isso no adianta, mesmo para aquelas pessoas que se acham resistentes bebida ou pensam que conduzem melhor quando bebem. Importante: Recursos populares apenas conseguem transformar um bbado com sono, num bbado acordado. Nunca conduza um veculo depois de beber. Estes recursos populares no funcionam. A nica maneira de eliminar a bebida alcolica do organismo esperar passar o tempo necessrio para a eliminao natural, que varia de acordo com o peso, a altura, a quantidade e a espcie de alimentos existentes no estmago e com o tempo decorrido aps o ato de beber. Se voc bebeu, tomou remdios ou fez uso de qualquer tipo de droga, no dirija. Espere passar o efeito do produto ingerido. Tenha cuidado. Infrao gravssima. No se arrisque! 9.2 - Aquaplanagem ou hidroplanagem: Refere-se falta de contato dos pneus com a pista, cho ou pavimento e ocorre por causa de pistas molhadas ou poas d'gua, sendo sempre mais fcil de acontecer se os pneus estiverem lisos (carecas) ou o veculo velocidade alta. Em determinadas situaes forma-se uma camada de gua sobre o pavimento e o pneu do veculo roda sobre ela sem ter o atrito necessrio para a estabilidade. Importante: A falta de contato dos pneus com a pista (hidroplanagem) faz com que o veculo derrape e o condutor perca o controle do veculo, podendo causar um acidente de trnsito. Para acontecer a hidroplanagem dos pneus basta haver uma combinao da velocidade do veculo, o tipo de pista, da calibragem dos pneus, profundidade da gua na pista e dos frisos dos pneus e a falta de ateno do motorista. Em dias de chuva, reduza a velocidade, examine os frisos dos pneus, faa a calibragem correta, fique atento quanto s condies da pista e no tente "lavar" o seu veculo usando as poas de gua -- mantenha-se alerta. 9.3 - Maneira de Conduzir: A maneira incorreta de conduzir seu veculo uma das grandes causas de acidentes nas ruas ou estradas. Porm, muitos condutores "acham" que esto dirigindo direito por desconhecerem comportamentos adequados e leis de trnsito que visam manter a segurana nas vias pblicas. Conduzir com fones de ouvidos conectados a aparelhos de som ou telefone celular resulta em multa, sendo considerado infrao mdia: perda de 4 pontos. Alm disso, existem procedimentos praticados por condutores que pem em risco segurana do trnsito e dos usurios da via, alm da sua e que so passveis de penalidades previstas no Cdigo de Trnsito Brasileiro. Conduza com as duas mos no volante, evite acender cigarros ou apanhar objetos dentro do veculo em movimento, fazer movimentos ou manobras bruscas, desviar a sua ateno do ato de dirigir, participar de brincadeiras. Fique sempre atento. 10 - Elementos bsicos da direo defensiva Direo Defensiva dirigir de modo a evitar acidentes, apesar das aes incorretas dos outros e das condies adversas, que encontramos nas vias de trnsito.DIREO DEFENSIVA Pgina 18

Para que um condutor possa praticar a Direo Defensiva, ele precisa de certos elementos e conhecimentos, no s de legislao de trnsito, mas tambm de comportamentos que devem ser praticados no dia-a-dia, no uso do veculo. Destacamos os principais elementos, explicando-os para sua melhor compreenso, lembrando que o uso desses elementos transformaro voc num condutor defensivo, ajudando-o a evitar acidentes no trnsito. So eles: 10.1 - Conhecimento: O Cdigo de Trnsito Brasileiro o seu maior aliado na busca desse conhecimento, mas tambm necessrio desenvolver um rpido conhecimento dos riscos no trnsito e da maneira de prevenir-se contra eles. Voc precisa conhecer seus direitos e deveres em qualquer situao de trnsito, como condutor ou como pedestre, para evitar tomar atitudes que possam causar acidentes ou danos aos usurios da via. Cdigo de Trnsito Brasileiro - fornece muitas informaes que devemos conhecer, alm disso, existem livros e revistas especializadas para o trnsito e publicaes jornalsticas srias que nos mantm em dia com as novas leis e resolues. Existem alguns procedimentos do condutor ou problemas com o veculo que so considerados infraes, tendo como consequncia penalidades previstas nas leis de trnsito, por isso voc tem que conhecer todos eles. Outros procedimentos dependem do bom senso de todos os condutores e pedestres, so as atitudes educadas, compreensivas, de pacincia, que ajudam a fazer um trnsito mais seguro. 10.2 - Ateno: O veculo motorizado que circula em vias terrestres o que mais exige a ateno do condutor. Um trem ou avio conta com aparelhos e auxiliares que podem ajudar nessa tarefa. Mantenha sua ateno no trnsito e no se distraia com conversas, com som alto ou no uso de rdio ou aparelho celular. A ateno deve ser direcionada a todos os elementos da via (condies, sinalizao, tempo, etc.), e tambm as condies fsicas e mentais do condutor, os cuidados e a manuteno do veculo, tempo de deslocamento, conhecimento prvio do percurso, entre outros. O condutor deve manter-se em estado de alerta durante todo o tempo em que estiver conduzindo o veculo, consciente das situaes de risco em que pode envolver-se e pronto a tomar a atitude necessria em tal situao para evitar o acidente. 10.3 - Previso: Voc no precisa de uma bola de cristal para prever os perigos do trnsito, apenas precisa prever e preparar-se para algumas eventualidades comuns no dia-a-dia, como furar um pneu, um buraco ou leo na pista, um pedestre fazendo a travessia fora do local adequado, um acidente, etc. Essas previses podem ser desenvolvidas e treinadas no uso do seu veculo e so exercidas numa ao prxima (imediata) ou distante (mediata), dependendo sempre do seu bom senso e conhecimento. A direo defensiva exige tanto a previso mediata como a imediata, sendo que algumas, inclusive, fazem parte das leis de trnsito (cuidados com o veculo, equipamentos obrigatrios). Exemplos: - Fazer a reviso do veculo, abastecer de combustvel, verificar os equipamentos obrigatrios so previses mediatas que podem ser feitas com antecedncia, de forma planejada. - Ver um pedestre ou um cruzamento perigoso logo a sua frente e prever complicaes (o pedestre atravessar de repente, o veculo "furar" o sinal), uma previso imediata. 10.4 - Deciso: Sempre que for necessrio tomar uma deciso, numa situao de perigo, ela depender do conhecimento das alternativas que se apresentem e do seu conhecimento das possibilidades do veculo, das leis e normas que regem o trnsito, do tempo e do espao que voc dispe para tomar uma atitude correta. Essa deciso ou tomada de atitude vai depender da sua habilidade, tempo e prtica de direo, previso das situaes de risco, conhecimento das condies do veculo e da via. Ao renovar o exame de habilitao, o condutor que no tenha curso de Direo Defensiva e Primeiros Socorros, dever a eles ser submetido conforme art. 150 do CTB e Resoluo n. 50 - CONTRAN. Portanto, esteja sempre preparado para fazer a escolha correta nas situaes imprevistas, de modo que possa contribuir para evitar acidentes de trnsito, mantendo-se atento a tudo que circunda a via, mesmo sua traseira, para que esta deciso possa ser rpida e precisa, salvando sua vida e a de outros envolvidos numa situao de risco. 10.5 - Habilidade A habilidade se desenvolve por meio de aprendizado e da prtica. Devemos aprender o modo correto de manuseio do veculo e executar vrias vezes essas manobras, de forma a fixar esses procedimentos e adquirir a habilidade necessria prtica de direo no trnsito das vias urbanas e rurais. Esse requisito diz respeito ao manuseio dos controles do veculo e execuo, com bastante percia e sucesso, de qualquer uma das manobras bsicas de trnsito, tais como fazer curvas, ultrapassagens, mudanas de velocidade e estacionamento. Atualmente a Permisso para Dirigir tem a validade de 12 meses, sendo conferida a Carteira Nacional de Habilitao ao trmino desse prazo, desde que o condutor no tenha cometido nenhuma infrao de natureza grave ou gravssima nem seja reincidente em infrao mdia.DIREO DEFENSIVA Pgina 19

Ser um condutor hbil ou com habilidade significa que voc capaz de manusear os controles de um veculo e executar com percia e sucesso qualquer manobra necessria no trnsito, tais como: fazer curvas, ultrapassar, mudar de velocidade ou de faixa, estacionar, etc. A prtica conduz perfeio, tornando voc um condutor defensivo. necessrio conhecimento e ateno para que voc possa fazer uma previso dos problemas que vai encontrar no trnsito e tomar, no momento necessrio, a deciso mais correta, com habilidade adquirida pelo treino no uso da direo, tornando o trnsito mais humano e seguro para voc e para todos. A Direo Defensiva s funcionar se cada condutor conhecer e praticar os elementos bsicos que delam fazem parte, no dia-a-dia, cada vez que fizer uso do seu veculo nas vias pblicas (urbanas e rurais). Com o Cdigo de Trnsito Brasileiro surgiram vrios manuais ou livretos que ajudam a atualizar seus conhecimentos. Mantenha-se atento a todas as mudanas e dirija dentro da Lei. Atualize-se sempre. 11 - Como prevenir acidentes Existem procedimentos que, quando praticados conscientemente, ajudam a prevenir ou evitar acidentes. Podemos chamar estes procedimentos de Mtodo Bsico na Preveno de Acidentes e aplic-los em qualquer atividade no dia-a-dia, que envolva riscos. Podemos aplic-los, tambm, no ato de dirigir, desde que conheamos os fatores que mais levam ocorrncia de um acidente. Alm de conhecer estes fatores e os tipos de colises, voc deve estar preparado em todos os momentos, para atitudes que ajudem na preveno. Ver, pensar e agir com conhecimento, rapidez e responsabilidade, so os princpios bsicos de qualquer mtodo de preveno de acidentes. As estatsticas mostram que grande o nmero de acidentes que ocorrem envolvendo dois ou mais veculos e que as colises mais comuns so chamadas de "tradicionais", por peritos ou rgos ligados ao trnsito, alm de outros fatores que veremos a seguir. 11.1 - Coliso com o veculo da frente (coliso na traseira) aquela em que voc bate no veculo que est sua frente e diz "infelizmente no foi possvel evitar", por ele ter parado bruscamente ou no ter sinalizado que iria parar. O condutor defensivo evitaria facilmente esse acidente, utilizando-se corretamente das distncias recomendadas e evitando dirigir muito prximo ao veculo da frente. As condies encontradas pelos condutores nas vias, so as mais diversas e a surpresa o elemento causador dos acidentes dessa natureza, se no estivermos a uma distncia segura dos outros veculos. Deixar de guardar distncia de segurana lateral e frontal entre o seu veculo e os demais, bem como em relao ao bordo da pista, resulta em multa, sendo considerado infrao grave. Mas qual a distncia correta? aquela que nos d tempo suficiente para pararmos nosso veculo sem atingir o da frente, mesmo em situaes de emergncia ou de parada brusca. A aquaplanagem um dos motivos que ir dificultar sua parada a tempo, provocando a coliso, assim como os pneus lisos (carecas) ou mal calibrados, que fazem parte dos equipamentos obrigatrios. Conduzir o veculo sem equipamento obrigatrio ou estando este ineficiente ou inoperante, infrao grave, com penalidade de multa. Veja agora algumas sugestes para evitar a coliso com o veculo da frente: 11.1.1 - Esteja atento Nunca desvie a ateno do que est acontecendo em volta e observe os sinais do condutor da frente, tais como luz de freio, seta, pisca-pisca, sinalizao com os braos,etc., pois indicam o que ele pretende fazer. 11.1.2 - Controle a situao Procure ver alm do veculo da frente para identificar situaes que podem obrig-lo a manobras bruscas sem sinalizar, verifique a distncia e deslocamento tambm do veculo de trs e ao seu lado para poder tomar a deciso mais adequada, se necessrio, numa emergncia. 11.1.3 - Mantenha distncia Hoje isto resulta em multa se no for observado e se voc no estiver longe o suficiente, ir bater no veculo da frente. Lembre-se de que com a chuva ou pista escorregadia essa distncia deve ser maior que em condies normais. Comece a parar antes. Se necessrio pise no freio imediatamente ao avistar algum tipo de perigo, mas pise aos poucos para evitar derrapagens ou parada brusca, pondo em risco os outros condutores na via que talvez no conheam como voc estas normas de preveno de acidentes. 11.2 - Coliso com o veculo de trs: Uma das principais causas de colises na traseira motivada por motoristas que dirigem "colados" e nem sempre pode-se escapar dessa situao, principalmente numa emergncia. Tambm no adianta o fato de que "quem bate na traseira legalmente culpado", pois isso pode trazer-lheDIREO DEFENSIVA Pgina 20

consequncias graves ou at mesmo mat-lo, como no caso de fratura no pescoo. Dirigir sem ateno ou sem os cuidados indispensveis segurana, resulta em multa, sendo considerado infrao leve. A primeira atitude do condutor defensivo livrar-se do condutor que o segue a curta distncia, reduzindo a velocidade ou deslocando-se para outra faixa de trnsito ou acostamento, levando-o a ultrapass-lo com segurana. Veja as sugestes de Direo Defensiva para livrar-se de situaes de perigo: 11.2.1 - Planeje o que fazer No fique indeciso quanto ao percurso, entradas ou sadas que ir usar. Planeje antes o seu trajeto para no confundir o condutor que vem atrs com manobras bruscas. 11.2.2 - Sinalize suas atitudes Informe atravs de sinalizao correta e dentro do tempo necessrio o que voc pretende fazer, para que os outros condutores tambm possam planejar suas atitudes. Certifique-se de que todos entenderam e viram sua sinalizao. 11.2.3 - Pare aos poucos Alguns condutores s lembram de frear aps o cruzamento onde deveriam entrar. Isto muito perigoso, pois obriga os outros condutores a frear bruscamente e nem sempre possvel evitar a coliso. Livre-se dos colados sua traseira: Use o princpio da cortesia e favorea a ultrapassagem dos "apressadinhos", mantendo sempre as distncias recomendadas para sua segurana. Se voc parar bruscamente, mudar de faixa de trnsito ou no sinalizar suas intenes, poder causar um acidente grave. 11.3 - Coliso frente a frente: um dos piores tipos de acidente, pois em poucos segundos os veculos se transformam em ferro torcido, envolvendo os condutores e ocupantes de tal maneira que raramente escapam com vida. Vrios so os fatores que ocasionam este tipo de acidente e quase todos eles derivam do descumprimento das leis de trnsito ou de normas de direo defensiva. Ingesto de bebida alcolica, excesso de velocidade, dormir no volante, problemas com o veculo ou distrao do condutor so apenas alguns desses fatores. Essas colises tambm ocorrem nas ultrapassagens feitas em desacordo com as medidas de segurana. Veja algumas sugestes para evit-las: 11.3.1 - Evite as ultrapassagens perigosas Em locais de pouca visibilidade, nas curvas, locais proibidos por sinalizao, verificando sempre se o tempo e o espao de que voc dispe so suficientes para realizar a ultrapassagem com segurana. 11.3.2 - Cuidado com as curvas Vrios fatores como: velocidade, tipo de pavimento, ngulo da curva, condies do veculo e condutor so fatores que podem determinar a sada do seu veculo da sua faixa de direo, indo chocar-se com quem vem no sentido contrrio, causando um acidente grave. Nas curvas reduza sempre a velocidade e mantenha-se atento. 11.3.3 - Ateno nos cruzamentos Estes acidentes ocorrem nas manobras de virar direita ou esquerda, no observar o semforo ou a preferncia de passagem no local, assim como a travessia de pedestres. Espere com calma e s realize a manobra nos locais permitidos e com segurana. Na maioria destes acidentes, por fora do impacto, o condutor ou ocupantes so projetados para fora do veculo, atravs do pra-brisa ou portas do veculo. Isso no ocorre se eles usarem o cinto de segurana. 11.4 - Outras colises com dois ou mais veculos Existem ainda vrios tipos de coliso que envolvem dois ou mais veculos, porm em todos os tipos de coliso existem fatores determinantes que ocorrem mais comumente e que podem ser evitados se voc for um motorista defensivo. So eles: - falta de visibilidade; - desconhecimento de preferenciais; - manobras no sinalizadas; - trnsito de pedestres no local; - desobedincia s leis de trnsito e sinalizao. 11.5 - Outros tipos de coliso: 11.5.1 - Coliso com pedestres Como seu comportamento imprevisvel e no h como evitar o acesso de pessoas imprudentes, portadores de necessidades especiais ou alcoolizados nas vias, a melhor regra para o condutor ser cuidadoso com o pedestre e dar-lhe sempre o direito de passagem, principalmente nos locais adequados (faixas, rea de cruzamento, reaDIREO DEFENSIVA Pgina 21

escolar). Deixar de reduzir a velocidade do veculo prximo a escolas, hospitais, estaes de embarque e desembarque de passageiros ou onde haja intensa movimentao de pedestres, resulta em multa, sendo considerado infrao gravssima. Devemos ter ateno especial com as pessoas idosas, crianas ou portadores de necessidades especiais que so sempre mais sujeitos a envolver-se em acidentes. Lembre-se de que o dano causado ao pedestre sempre maior por ele no ter o veculo para proteg-lo e, se ocorrer morte ou deixar de prestar socorro pode ser considerado crime. Prestar socorro providenciar atendimento ou remoo do ferido da forma mais rpida e segura possvel, dentro das normas de Primeiros Socorros. 11.5.2 - Coliso com animais Ocorrem com mais frequncia nas zonas rurais, pois os animais muitas vezes rompem as cercas e invadem a estrada sem que o dono perceba de imediato. Lembre-se de que o animal no pensa e dificilmente tomar a atitude correta ou a que voc espera. Portanto, assim que perceber qualquer animal na pista, reduza a marcha at que o tenha ultrapassado e nunca use a buzina, pois poder assust-lo e fazer com que se volte contra o seu veculo. A luz tambm, s vezes, cega o animal e o impede de sair da via para que voc passe. Mantenha sempre a calma, analise a situao e tome a melhor atitude para o momento. 11.5.3 - Coliso com objetos fixos Ocasionado geralmente por culpa do prprio condutor, por mau golpe de vista, quando cansado ou com sono, sob influncia de lcool ou medicamentos, excesso de velocidade, desrespeito s leis e sinalizao de trnsito. Para evitar esses acidentes, o condutor defensivo deve tomar todas as medidas necessrias segurana e estar atento o tempo todo ao que ocorre ao longo da via. Lembre-se de que a velocidade ideal aquela que lhe permite andar com segurana em qualquer tipo ou condio de via e trnsito, parando o veculo a tempo de evitar uma coliso. 11.5.4 - Coliso com trens Quando ocorrem por falta de ateno ou pressa do condutor, mas tomando alguns cuidados, so facilmente evitveis. No parar o veculo antes de cruzar linha frrea, resulta em multa, sendo considerado infrao gravssima. Respeite a sinalizao existente quando houver, preste ateno redobrada na hora de transpor a linha frrea (passagem de nvel) e lembre sempre que o trem no pode parar da mesma forma que voc. 11.5.5 - Coliso com bicicletas A maioria dos ciclistas composta por menores ou por pessoas que desconhecem as leis de trnsito e andam pelas vias da maneira que lhes parece melhor. Porm, para evitar que voc se envolva nesse tipo de acidente, o melhor ficar atento principalmente noite e tomar precauo quando perceber um ciclista por perto. Certifique-se de que o ciclista viu e entendeu sua sinalizao, mantenha distncia e cuidado ao efetuar manobras ou abrir a porta do veculo. O condutor defensivo sempre capaz de evitar acidentes, apesar dos erros cometidos por outros condutores, pedestres, passageiros e cavaleiros, que no conhecem ou no cumprem as leis. 11.5.6 - Coliso com motocicletas Motocicletas e similares fazem parte integrante do trnsito e seus condutores devem obedecer sempre sinalizao e s leis de trnsito, mas isso nem sempre ocorre. No esquea que a motocicleta tambm um veculo (como caminho, carro, nibus) estando o motociclista sujeito a direitos e deveres como qualquer outro condutor. Muitos condutores desse tipo de veculo costumam ter comportamentos que pe em risco a segurana do trnsito e dos usurios da via. No importa de quem a culpa ou quem no cumpriu a lei. O condutor defensivo procura sempre diminuir os riscos de envolver-se em acidentes. Esteja alerta em relao a eles. Aumente a distncia entre voc e ele e na ultrapassagem, observe a mesma distncia e procedimentos, como se estivesse ultrapassando um carro. 12 - Comportamentos seguros no trnsito Como voc viu, existem vrios tipos de coliso que podem acontecer com o seu veculo, e os comportamentos perigosos dos condutores nas vias tambm so bem variados, mas o fator mais comum nos acidentes no ter conseguido desviar ou parar a tempo o seu veculo, evitando a coliso. 12.1 - Como parar Voc, condutor defensivo, deve conhecer os tipos de paradas do veculo, tempo e distncia necessrios para cada uma delas.

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- Distncia de seguimento: aquela que voc deve manter entre o seu veculo e o que vai frente, de forma que voc possa parar, mesmo numa emergncia, sem colidir com a traseira do outro. - Distncia de reao: aquela que seu veculo percorre, desde o momento que voc v a situao de perigo, at o momento em que pisa no freio. Ou seja, desde o momento em que o condutor tira o p do acelerador at coloc-lo no freio. - Distncia de frenagem: aquela que o veculo percorre depois de voc pisar no freio at o momento total da parada. Voc sabe que o seu veculo no pra imediatamente, no mesmo? - Distncia de parada: aquela que o seu veculo percorre desde o momento em que voc v o perigo e decide parar at a parada total do seu veculo, ficando a uma distncia segura do outro veculo, pedestre ou qualquer objeto na via. Importante: Voc deve ter percebido que a distncia de parada a soma da distncia da reao mais a distncia de frenagem e portanto, deve ser maior que as duas juntas para evitar a coliso e que esta deve ser a distncia de seguimento. 12.2 - Distncia Segura Para voc saber se est a uma distncia segura dos outros veculos, vai depender do tempo (sol ou chuva), da velocidade, das condies da via, dos pneus e do freio do carro, da visibilidade e da sua capacidade de reagir rapidamente. Existem tabelas e frmulas para voc calcular esta distncia, principalmente nas rodovias, mas como elas variam muito, e dependem alm do tipo e peso do veculo, de outros fatores que tambm variam muito, o melhor manterse o mais longe possvel (dentro do bom senso), para garantir a sua segurana. Porm, para manter uma distncia segura entre os veculos nas rodovias, sem a utilizao de clculos, frmulas ou tabelas, vamos lhe ensinar a usar a regra dos dois segundos.

- Observe a estrada sua frente e escolha um ponto fixo de referncia ( margem) como uma rvore, placa, poste, casa, etc. - Quando o veculo que est sua frente passar por este ponto, comece a contar pausadamente: cinquenta e um, cinquenta e dois. (mais ou menos dois segundos). - Se o seu veculo passar pelo ponto de referncia antes de contar (cinquenta e um e cinquenta e dois), deve aumentar a distncia, diminuindo a velocidade, para ficar em segurana. - Se o seu veculo passar pelo ponto de referncia aps voc ter falado as seis palavras, significa que a sua distncia, segura. - Este procedimento ajuda voc a manter-se longe o suficiente dos outros veculos em trnsito, possibilitando fazer manobras de emergncia ou paradas bruscas necessrias, sem o perigo de uma coliso. Ateno: Esta contagem s vlida para veculos pequemos (at 6 metros) e na velocidade de 80 e 90 km e em condies normais de veculo, tempo, estrada. 12.3 - Cinto de segurana Como o prprio nome diz, este um dispositivo que garante a sua segurana em caso de acidentes, alm de fazer parte dos equipamentos obrigatrios e seu uso nas vias urbanas e rurais obrigatrio a todos os ocupantes do veculo. Aplica-se aos automveis, caminhonetes, camionetas, caminhes veculos de uso misto e aos veculos de transporte de escolares. Atualmente so usados trs tipos de cinto: - Cinto plvico ou sub abdominal - aquele que se prende cintura; - Cinto torcico ou diagonal - aquele que se prende ao peito; - Cinto de trs pontos - aquele que se prende ao peito e ao quadril ao mesmo tempo. O cinto de trs pontos o que d mais proteo ao condutor e passageiros, impedindo que eles sejam jogados para fora do veculo, ou mesmo contra o painel ou partes contundentes do veculo e sofram muitas vezes danos fsicos graves ou a morte.DIREO DEFENSIVA Pgina 23