HUMANS OF FABICO

Preview:

DESCRIPTION

 

Citation preview

“Eu nem sei o que eu ainda faço aqui.”

“Eu odeio esse lugar.”

“Esse casaco não é meu, é do meu chefe. Ele foi pra Indonésia e eu roubei. A gente se conheceu porque eu ficava com a prima dele, então acho que não vou ser demitido por usar o casaco de vez em quando.”

“Escrevi 60 linhas na prova do Rüdiger e passei, mas rodo na Elisa e tiro 4/10 na prova da Berê. Não sei por que eu sou assim, meu.

“Quando eu tinha 17 para 18 anos eu tava me formando no colégio e peguei caxumba. Foi muito ruim porque ninguém pega caxumba nessa idade, daí eu fiquei um pouco afastada e quando eu voltei para as aulas, ninguém queria ficar perto de mim achando que ia pegar caxumba, só que o período de contágio é antes de dar o inchaço.

Então se alguém tinha quer ter pego, já tinha pegado.”

“Nos conhecemos no CABAM.”

“Troquei de habilitação, voltei pro primeiro semestre e descobri duas coisas:

não sou sociável e a FABICO perdeu a graça, quero me formar logo.”

“Eu sou bicuíra, morei em Tramandaí desde os 6 anos e saí da praia porque tinha acabado o peixe. Fiz cursinho em Canoas, passei e vim estudar aqui em 2012. Eu tenho a língua presa, mas isso as

pessoas já notaram.”

“Tô no quinto semestre de RP, sou uma aluna nota dez, mas meu real dream job é ser babá do macaco do Latino.”

“Preciso aprender a confiar menos nas pessoas e nas coisas. A tecnologia por exemplo, gosto tanto, trato tão bem, mas ela está sempre me fodendo.”

“A FABICO está fazendo 45 anos. O que será que as pessoas pensam sobre isso?”

“A FABICO é a maior propaganda enganosa. Pior foi achar que o Jornalismo valia a briga que tive com a minha família por não querer fazer Direito. Agora ou fico presa aqui, ou faço vestibular de novo. Sendo completamente honesta: conheci pessoas maravilhosas aqui, mesmo. Pessoas que merecem muito mais do que esse prédio, essas aulas (salvo pequenas exceções), esse lugar. Pena que foi

nessa situação.”

“Eu danço há 17 anos. Me colocaram no Ballet com 3 anos e eu nunca mais quis sair. É aquela coisa: tu é criança e te colocam em algo para tu não ficar incomodando em casa. Mas eu gostei e agora vou porque gosto. É difícil juntar isso com a faculdade,

mas a gente dá um jeito quando gosta.”

“No Ensino Médio, eu fazia parte da pastoral do colégio. Era muito engraçado porque todo mundo achava que a gente rezava muito, mas na verdade eu nunca fui católica nem nada do gênero. Eu ia porque eu gostava muito de fazer trabalho voluntário e a gente fazia vários encontros para falar sobre liderança estudantil. O que eu mais gostava era quando íamos uma vez por ano pra Pelotas, para uma comunidade carente. Passávamos 5 dias na casa de alguém da comunidade enquanto fazíamos trabalho com as crianças da escola e distribuíamos cestas básicas pela comunidade.”

“Sabe aquelas pessoas que tu sabe que não importa o que vida vai fazer com a gente, mas estaremos sempre junto de alguma forma? Então, têm pessoas que transformaram/transformam o dia melhor, o aprendizado melhor, a vida melhor. Elas que me fazem rir sempre. A FABICO trouxe pessoas divinas pra minha vida, e dela elas não saem mais.”

“Temos todas as cadeiras juntos. O foda é que, quando brigamos, não tem pra onde ir.”

“Essa faculdade é um lugar onde as pessoas defendem a legalização do aborto com unhas e dentes, mas quando uma menina de 19 anos

engravida e decide ter o bebê, ninguém dá a mínima. Todo mundo encara, mas dá pra contar nos dedos quantos colegas vão lá e dão uma

palavra de apoio pra ela. A minha gestação foi o período mais difícil da minha vida, mas ninguém parecia se importar comigo, só com a fofoca.

Mesmo assim, hoje vejo tudo com outros olhos, e apenas espero que se acontecer com outra menina, que ela seja amparada o máximo possível.”

“Entre os diversos boatos que me contornam, o mais forte é que nasci às 4h20...”

“Só assisti o primeiro episódio de Game of Thrones mas como tenho DDA, não consegui acompanhar. Agora que vou me formar na faculdade

e vou ser desempregado, vou assistir.”

“Tenho 25 anos e quando eu tiver 26, vou ficar muito deprimido porque vou estar mais perto dos 30 do que dos 20. Que merda.”

“Tenho 16 anos de Fabico. Comecei a trabalhar aqui porque foi a oportunidade que me deram, principalmente pela idade que eu já tinha, e

eu não sabia tirar cópia. O xerox da Fabico era exatamente aqui no Anexo, depois é que fomos para o prédio principal, e agora retornamos para o

local de início, onde era a Escola Técnica.”

“Sou professora substituta na Fabico e desde o final de 2014, sou empreendedora do ramo da moda. Tenho uma confecção com duas marcas

em Porto Alegre e isso é algo que me deixa muito feliz.”

HUMANS OF FABICO

Recommended