Impedância bioelétrica (BIA): como fazer, como interpretar, análise vetorial, BIA segmentar e...

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Impedância bioelétrica (BIA): Impedância bioelétrica (BIA): como fazer, como interpretar, como fazer, como interpretar,

análise vetorial, BIA segmentar análise vetorial, BIA segmentar e validação.e validação.

MÓDULO 1

Curso de Aperfeiçoamento em Terapia Nutricional: Nutrientes bioativos em nutrição clínica, da Curso de Aperfeiçoamento em Terapia Nutricional: Nutrientes bioativos em nutrição clínica, da evidência à prática clínicaevidência à prática clínica

Análise da Composição Corporal

Impedância Bioelétrica

As propriedades elétricas de tecidos tem sido abordadas desde 1871Thomasset 1963; Hoffer et al. 1969; Nyober 1970

Método não invasiso

Rápido

Fácil execução

Impedância Bioelétrica

Condutividade de corrente na água corporal total (corpo é um condutor)

Massa magra (MCM) = alta condutividade

Massa gorda (MG) = baixa condutividade

Lukaski HC 1987

Impedância é a medida de condução elétrica iônica dos tecidos moles

Impedância mede parâmetros elétricos (resistência e reactância) e esta informação é convertida em volume

estimado

Lukaski HC 1987

Resistência é a oposição oferecida pelo corpo ao fluxo da corrente elétrica

↑ resistência = ↓ água e ↓ eletrólitos

Reactância: capacidade das propriedades da membrana celular e pode variar dependendo da integridade, função e composição dessa membrana (resistência dos fluídos extra e intracelulares)

Impedância Bioelétrica

Impedância Bioelétrica

Resistência e reactância

Lukaski HC 1987

A relação entre reactância e resistência reflete diferentes propriedades elétricas dos tecidos que são

afetados por doenças, estado nutricional e hidratação.

Impedância Bioelétrica

A corrente na mais alta freqüência (50 kHz) passa através dos fluídos extra e intracelulares e provê um índice de água corporal total.

Por equação de regressão linear calcula-se a MCM e a MG.

Kushner RF, 1992

Impedância Bioelétrica: equações

Kyle UG et al., 2004 ESPEN Guidelines

Impedância Bioelétrica: equações

Kyle UG et al., 2004 ESPEN Guidelines

Impedância Bioelétrica: equações

Kyle UG et al., 2004 ESPEN Guidelines

O erro padrão das estimativas das equações preditas são na ordem de 0,5 a 2 Kg para água corporal

total e 1,5 a 3 Kg para massa livre de gordura e massa gorda em adultos e criança maiores de 3

anos.

Impedância Bioelétrica

Impedância Bioelétrica

Comer ou beber antes da BIA: êrro de 3% na TBW.

Exercício diminui a R em 3% e a Xc em 8%; normaliza 1 hora após o exercício.

Paciente restrito ao leito pode ter a TBW alterada em até 1,0 a 1,5 litros.

Impedância Bioelétrica

Kyle UG et al. Clin Nutr 2004; ESPEN Guidelines

BIA deve ser usada em indivíduos saudáveis e em pacientes estáveis (balanço hidro-eletrolítico normal).

BIA não está recomendada para pacientes com IMC extremo e/ou com desequilíbrio hidro-eletrolítico.

BIA está recomendada em pacientes com IMC entre 16 – 34kg/m2 para acompanhamento longitudinal. Se IMC > 34kg/m2, interpretar com cautela.

BIA: Novas interpretações

A impedância corporal,

representada pela impedância vetorial Z é a combinação

de resistência – R e reactância – Xc

através de tecidos. O arco tangente de Xc/R é chamado de

ângulo de fase

Impedância Bioelétrica

Impedância Bioelétrica

Ângulo de fase é indicador da

integridade da membrana e da distribuição de

água entre o intra e o extracelular; também pode predizer MCC

A determinação e o controle das taxas de balanço de fluído e

composição corporal são importantes e muito desejadas no tratamento intensivo de pacientes

Análise vetorial de bioimpedância elétrica

(BIVA)

Piccoli et al, 1997

BIVA contribui no monitoramento do

balanço de fluídos, bem como das alterações da

água corporal extra e

intracelular, que, em última

instância, tem repercussões

tanto nutricionais quanto clínicas

More fluids

Less fluids

Análise vetorial de bioimpedância elétrica

(BIVA)

Comparison of vector and conventional bioelectrical

impedance analysis in the optimal dry weight prescription in

hemodialysis

Guida B. et al. 2000; Am J Nephrol

Normo-hidratado

Desidratado

Super-hidratado

BIA convencional

73%

18%

9%

BIA vetorial

27%*

73%*

0%*

* P < 0,05

Síndrome da Lipodistrofia Síndrome da Lipodistrofia da AIDSda AIDS

A impedância bioelétrica afere com exatidão

alterações regionais de composição corporal?

Síndrome da LipodistrofiaSíndrome da Lipodistrofia

gordura visceral (adipogênese e lipogênese)gordura visceral (adipogênese e lipogênese)

circunferência abdominal e gordura dorsocervical circunferência abdominal e gordura dorsocervical

Shevitz A et al., AIDS 2001Shevitz A et al., AIDS 2001

Síndrome da LipodistrofiaSíndrome da Lipodistrofia

Lipoatrofia de face, braços, pernas, nádegas (atrofia Lipoatrofia de face, braços, pernas, nádegas (atrofia celular, apoptose) celular, apoptose)

Shevitz A et al., AIDS 2001Shevitz A et al., AIDS 2001

Avaliação dos pacientesAvaliação dos pacientes

Shevitz A et al., AIDS 2001Shevitz A et al., AIDS 2001

Impedância bioelétrica (bom Impedância bioelétrica (bom indicador da GC e MCM total, além do indicador da GC e MCM total, além do risco nutricional mas não avalia risco nutricional mas não avalia redistribuição de gordura; validar redistribuição de gordura; validar equações específicas) equações específicas)

Swanson B et al., Nutrition 2000Swanson B et al., Nutrition 2000

Knox TA. et al., Clin Infec Diseases 2003Knox TA. et al., Clin Infec Diseases 2003 Schwenk A et al., Am J cLin Nutr 1999Schwenk A et al., Am J cLin Nutr 1999

BIA Segmentar

A BIA segmentar das pernas e braços tem sido associado a perda de gordura subcutânea nas extremidades

BIA Segmentar: Técnica

Posição para obtenção da estatura corporal

Rabito EI, Penaforte F, Mialich MS, 2007

BIA Segmentar: Técnica

Rabito EI, Penaforte F, Mialich MS, 2007

Posição para obtenção do comprimento do corpo a partir do

acrômio

BIA Segmentar: Técnica

Rabito EI, Penaforte F, Mialich MS, 2007

Posição para obtenção do comprimento do tronco e da perna

O comprimento do tronco será calculado através da diferença entre a altura medida a partir do acrômio

menos o comprimento da perna (Chumlea et al., 1989)

BIA Segmentar: Técnica

Rabito EI, Penaforte F, Mialich MS, 2007

O comprimento da perna será calculado através da diferença entre a medida da estatura total menos a estatura sentado (Chumlea et al.,

1989)

BIA Segmentar: Técnica

Rabito EI, Penaforte F, Mialich MS, 2007

Posição para obtenção do comprimento do

braçoO comprimento do braço deverá ser

calculado a partir do ponto mais distal do terceiro metacarpo até o acrômio

com o braço completamente estendido (Chumlea et al., 1988)

BIA Segmentar: Técnica

Braço

Rabito EI, Penaforte F, Mialich MS, 2007

Receptores de corrente

Injetor de corrente

Receptores de corrente

Injetor de corrente

BIA Segmentar: Técnica

Braço

Rabito EI, Penaforte F, Mialich MS, 2007

Um par de eletrodos deve estar localizado na posição convencional. Sendo um na mão e o outro a uma distância de 5 cm no punho; o

outro par de eletrodos deve estar localizado no processo acromial e na dobra axilar

(Chumlea et al., 1988).

BIA Segmentar: Técnica

Tronco

Rabito EI, Penaforte F, Mialich MS, 2007

Injetor de correnteInjetor de corrente

Receptores de corrente

Receptores de corrente

BIA Segmentar: Técnica

Tronco

Rabito EI, Penaforte F, Mialich MS, 2007

Um par de eletrodos deve estar localizado na linha média anterior da coxa proximal, com

eletrodo “recepção” no mesmo plano da dobra glútea e o eletrodo “origem” 5 cm distal do

eletrodo “recepção”. Com relação ao segundo par, o eletrodo “recepção” deve estar localizado acima da fenda esternal e o

eletrodo “origem” na linha média anterior do pescoço a 5 cm do crânio (Baumgartner et al.,

1989)

Rabito EI, Penaforte F, Mialich MS, 2007

BIA Segmentar: TécnicaPerna

Injetor de corrente Injetor de corrente

Receptores de corrente

Receptores de corrente

BIA Segmentar: TécnicaPerna

Um par de eletrodos deve estar localizado na linha média anterior da coxa proximal,

enquanto que o outro par deverá estar na posição convencional, sendo um no tornozelo e o outro a 5 cm no pé (Chumlea et al., 1989).

Rabito EI, Penaforte F, Mialich MS, 2007

BIA Segmentar: TécnicaFórmulas

Rabito EI, Penaforte F, Mialich MS, 2007

Braço (MG): Feminino

-8,20 + 8,13 x peso corporal x resistência do braço

comprimento do braço 2

Braço (MCM): Feminino

18,04 + 1,87 x comprimento do braço 2

resistência do braço

BIA Segmentar: Limitações e Aplicações

Requer padronização: diferentes abordagens, Requer padronização: diferentes abordagens, diferentes locais dos eletrodos, diferentes aparelhos.diferentes locais dos eletrodos, diferentes aparelhos.

Variação da massa corporal magra: 13 – 17% (braço) Variação da massa corporal magra: 13 – 17% (braço) e 10 – 13% (perna).e 10 – 13% (perna).

Freqüências acima de 50 kHz não melhoram os Freqüências acima de 50 kHz não melhoram os resultados da BIA segmentar.resultados da BIA segmentar.

Aplicação mais clínica: distribuição de fluídos em Aplicação mais clínica: distribuição de fluídos em doenças (insuf. Renal; cirurgia; ascite).doenças (insuf. Renal; cirurgia; ascite).

Requer validação. Requer validação. Kyle UG et al., 2004 ESPEN Guidelines

BIA Segmentar: Controvérsias

BIA Segmentar: Controvérsias

A drenagem de fluídos pós-diálise não mostrou alterações significantes nos segmentos avaliados pela

BIA segmentar, exceto o segmento abdominal, que apresentou pequena correlação com o volume de

fluído extraído.

BIA Segmentar: Controvérsias

Impedância convencional prediz melhor a água corporal total do que a impedância segmentar,

após correção para variáveis de confusão

BIA Segmentar: Criança

Análise da composição corporal pela BIA segmentar apresentou boa concordância com a determinada pela DEXA em crianças de 8 a 12

anos.

OBRIGADA...