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INTRODUÇÃO
A empresa tem um papel muito importante na sociedade. Sua função principal é
organizar, direcionar e até mesmo tentar solucionar os problemas da empresa.
Em qualquer especialidade, para se obter uma promoção e o crescimento pessoal e da
empresa,é necessário especializar-se. Sendo assim, quando há o crescimento da empresa,
conseqüentemente, o funcionário fica mais valorizado.
A interferência do pedagogo na administração tem sido alvo de muitas discussões.
Com a intenção de buscar a melhoria nas empresas, este cada vez mais vem ocupando o seu
lugar no espaço que não seja dentro de sala de aula ou na administração de uma escola.
Atualmente o pedagogo está por toda parte como em empresas, escolas (administrando e
supervisionando), em clínicas.
Sendo assim, o pedagogo pode interferir no trabalho do corpo técnico administrativo.
Ele seleciona o que cada um deverá fazer de acordo com o seu perfil, organiza o quadro
funcional, direciona toda a equipe e faz um diagnóstico de tudo que foi feito na empresa.
Esta presente pesquisa teve como objetivo investigar como o pedagogo interferiu sobre
o corpo técnico administrativo em uma clínica. Daí surgiu a questão desta pesquisa: até que
ponto o pedagogo pode interferir na equipe administrativa de uma empresa? Sabendo-se que
esse profissional não está ocupando o cargo do administrador, mas ajuda os profissionais a se
relacionarem e trabalharem em equipe. Este estudo se insere na linha de pesquisa de
Formação de Profissionais da Educação Ética representação social e cidadania.
O pedagogo desenvolveu um papel muito importante na interferência no corpo técnico
administrativo, pois ele teve uma visão humanística no desenvolvimento da equipe na
empresa.
A escolha do tema foi devido ao fato desta pesquisadora ter feito curso de pedagogia
em Licenciatura Plena . Este estudo se insere na linha de pesquisa: “Gestão Educacional:
Políticas e Projetos nas Agências não Formais de Educação”.
Segundo Chiavenato (1999), a equipe técnica administrativa vai além de desenvolver o
seu papel coordenado e orientado quando for necessário. Além das tarefas operacionais e
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burocráticas, os chamados gestores, desenvolvem funções operacionais e táticas como órgãos
prestadores de serviços especializados..
Foi utilizado como referencial teórico Ribeiro (2003) que caracteriza a Pedagogia
como uma das possibilidades de atuação e formação do pedagogo, principalmente na
preparação do pedagogo para trabalhar em Recursos Humanos das empresas.
Procurando conhecer a questão do pedagogo interferindo na equipe administrativa de
uma empresa, este trabalho deu-se sob a forma de pesquisa descritiva, que segundo Gil (1996),
parte dos seus objetivos que acabam servindo como uma visão para resolução do problema.
Foi utilizado como instrumento de pesquisa uma entrevista, com três profissionais da
parte administrativa que responderão de acordo com suas percepções sobre como o pedagogo
interfere na equipe administrativa da instituição pesquisada.
Este trabalho foi dividido em três capítulos. O primeiro capítulo tratou da pedagogia
na sua concepção e o pedagogo na empresa. O segundo capítulo focalizou o pedagogo
interferindo no corpo técnico administrativo e a relação dele com a equipe. O terceiro capítulo
foi feito uma análise das entrevistas dos três profissionais entrevistados na área administrativa.
Pôde-se constatar que a interferência do pedagogo é muito importante para um bom
desempenho na clínica pesquisada, mas não depende só dele. Depende de toda a equipe que
ali trabalha.
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CAPÍTULO I - O QUE É PEDAGOGIA?
Este primeiro capítulo tem como objetivo conceituar a Pedagogia e analisar a presença
do pedagogo na empresa.
Nos tempos atuais, a necessidade de mudança e transformações na economia, faz com
que profissionais que até então não se destacavam, consigam situar o seu trabalho valorizando
o seu setor, como é o caso do pedagogo, que pouco a pouco consegue se superar frente
grandes mudanças.
1.1. – CONCEITUANDO PEDAGOGIA Segundo Libâneo (2002), a Pedagogia atualmente não está relacionada somente a uma
visão escolar, mas também a uma visão empresarial, onde todos vêm tendo oportunidade de
expor o seu profissionalismo no ambiente de trabalho.
Com relação a isso Libâneo (ibid) diz que:
A Pedagogia ocupa-se, de fato, dos processos educativos, métodos, maneiras
de ensinar, mas antes disso ela tem um significado vem mais amplo, bem
globalizante, ela é um campo de conhecimentos sobre problemática
educativa na sua totalidade e historiedade e, ao mesmo tempo, uma diretriz
orientadora da ação educativa (LIBÂNEO, ibid, p. 29).
O assunto abordado ganhou novas proporções no final do século XX e vem sendo
apresentado, de forma abrangente e precisa.
Para Piletti (1997) Pedagogia tem outra definição:
é uma palavra de origem grega, onde é dividida em duas partes.(paidós-
criança e agein – conduzir). O conceito moderno de Pedagogia é o seguinte:
pedagogia é a filosofia, a ciência e a técnica da educação, completo porque
abrange todos os aspectos fundamentais da Pedagogia (PILETTI, 1997,
p.40).
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Para Ribeiro (2003) as atividades são diversificadas e têm auxílio de um superior para
tirar dúvidas.
A Pedagogia apresenta conhecimentos científicos, filosóficos e técnico profissionais
onde explicitam os processos de intervenções metodológicas e organizativas que são
referentes à transmissões de saberes da ação.
Sendo assim, o pedagogo ganhou o seu espaço atuando em vários setores,
principalmente na área administrativa.
Ribeiro (2003) diz que:
A Pedagogia precisa de uma formação filosófica, humanística e técnica
sólida a fim de desenvolver a capacidade de atuação junto aos recursos
humanos da empresa. Isso inclui as disciplinas de Didática aplicas ao
treinamento, jogos e simulações empresariais. (RIIBEIRO, 2003, p.10)
A formação de pedagogos, faz parte do sistema onde capacita profissionais,
qualificando-os para atender diversas necessidades. O pedagogo tem como função coordenar
e orientar todos os esforços no sentido de que este profissional produza junto à equipe
melhores resultados. A integração do corpo técnico administrativo promove o
estabelecimento em torno de objetivos comuns, embora sejam feitas através de meios
específicos diferentes. A ação deve ser não só integrada, mas também integrada.
Na visão de Libâneo (2002), a Pedagogia ocupa-se de processos educativos, métodos,
maneiras de ensinar, tendo seu significado amplo, onde seus conhecimentos sobre a
problemática direciona para objetivos sóciopolíticos a partir dos quais se estabelecem formas
organizativa e metodológicas da ação educativa.
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Libâneo (ibid) diz que:
A Pedagogia é um campo de conhecimento que se ocupa do estudo
sistemático da educação, isto é, do ato educativo, da pratica educativa
concreta que se realiza na sociedade como um dos ingredientes básicos da
configuração da atividade humana.(LIBÂNEO, ibid, p.30)
Sendo assim, a Pedagogia perderia sua capacidade de consciência prática para a
capacidade de influir uma ciência profissional para a transmissão de conhecimentos para o
domínio técnico e artesanais como é feito na maioria das vezes.
A definição de Bomfin (1995) conceitua a Pedagogia como uma prática importante
para o treinamento.
Bomfin (ibid) afirma que:
Tendo a área de Treinamento e Desenvolvimento de Recursos Humanos
como responsável pelo processo educacional do trabalhador no âmbito das
empresas, justifica-se a necessidade de se ter um fundamentação sobre as
correntes pedagógicas que orientam esta prática educativa, uma vez que são
elas que irão dar sustentação teórica-metodológica neste processo de ensino-
aprendizagem, e que constituem a chama da Pedagogia de Treinamento
(BOMFIN, 1995, p.6).
Acredita-se que a contribuição do treinamento pode auxiliar a equipe administrativa
em seu desenvolvimento na clínica. Apesar de algumas clínicas estarem sendo pioneiras no
assunto (interferência do pedagogo na área de saúde), alguns resultados vem apresentando
bem satisfatórios.
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1.2 – O PEDAGOGO NA EMPRESA
O papel do pedagogo na empresa, vem sendo apreciado não somente pelos diretores
mas, por uma equipe que observa como acontece o desenvolvimento deste profissional.
Como o pedagogo está inserido num sistema, Oliveira (2004) define:
Sistema é um conjunto de partes interagentes e interdependentes que,
conjuntamente, formam um todo unitário com determinado objetivo e
efetuam determinada função (OLIVEIRA, 2004, p.33).
Para Ribeiro (2003), o desenvolvimento de competências e o exercício deste
empreendimento têm no âmbito das organizações, pois, refere-se à capacidade de adequar e
transformar os conhecimentos tecnológicos em atividades práticas com um bom
direcionamento.
Ribeiro (ibid) afirma que:
Na medida em que a tarefa de formação nas empresas assume um caráter
antecipativo e contínuo em termos de qualidade , o trabalho de manutenção
da qualificação do profissional é acompanhado da tarefa de preparar, apoiar
e dirigir processos de mudança.(RIBEIRO, ibid, p.29).
Nessa perspectiva, os métodos utilizados nas empresas evoluíram a partir de diferentes
dimensões, tendo como definição quatro tipos de competências, a de atuação que é pautada
em uma idéia instrumental da aprendizagem e caracterizada na aprendizagem por ação.
Para Ribeiro (2003) a competência técnica afirma que:
as técnicas como discurso, conferências, debates dentre outros. A
competência para a auto-aprendizagem técnicas em aprender a trabalhar; por
fim a competência social que é desenvolvido em trabalho em equipes e
métodos de comunicação (RIBEIRO, 2003, p.30).
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Ribeiro (2003) também afirma que a Pedagogia empresarial é caracterizada como uma
das possibilidades de atuação de formação do pedagogo, destacando-se as preocupações que
as empresas vêm demonstrando como o lado humano de seus profissionais.
Segundo Perrenoud (2002), os aspectos importantes dessa conquista acontecem com
sucesso.
Perrenoud (ibid) diz que:
há uma exigência de novos perfis exigidos pela sociedade atualmente. Com
base no que o autor relata, o pedagogo pode interferir na empresa com tanto
que sua interferência esteja ligada à Pedagogia empresarial, que é uma das
principais metas das organizações (PERRENOUD, 2002, p.144).
Perrenoud (2002) afirma também que:
a competência remete à ideia de pessoalidade, é necessário que o pedagogo
empresarial compreenda que, no contexto organizacional, os conhecimentos
demandados ou construídos reflitam os seus significados pelas pessoas que
compõem a organização. Dito de outro modo, o conhecimento é sempre
pessoal. (PERRENOUD, 2002, p.144)
A partir das afirmações acima, ambas destacam o trabalho em equipe, o pedagogo
dirigindo um grupo de trabalho, conduzindo reuniões, enfrentando e analisando em conjunto
situações complexas, práticas de problemas profissionais.
O curso de Pedagogia forma pedagogos qualificados prontos para desenvolver os seus
papéis tanto dentro de uma empresa quanto numa instituição de ensino. As novas tecnologias
e a presença dos meios de comunicação e as informações que estão presentes, caracterizam o
profissional docente formalizando-o uma distinção entre trabalho pedagógico e o trabalho
docente.
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Segundo Libâneo (2002), esse profissional formaliza uma distinção entre trabalho
pedagógico e docente. Ele afirma que:
Entender que todo trabalho docente é trabalho pedagógico, mas nem todo
trabalho pedagógico é trabalho docente. Esse entendimento implica total
discordância do mote do movimento de reformulação dos cursos de
formação de educadores (LIBÂNEO, ibid, p. 39).
Para Libâneo (ibid), o educador baseia-se também na identidade profissional seja ela
na teoria e na prática em tornos dos saberes pedagógicos.
Segundo Oliveira (2004), o ambiente do sistema, quer seja quando o sistema
considerado é a empresa inteira tratada, quer seja quando é um procedimento específico.
Pode-se dizer que o sistema pode estar em diferentes níveis de análise. Nesse contexto,
Pode-se definir sistema de outra forma. Oliveira (2004) diz que: Sistema considerado ou
sistema núcleo é o foco do estudo ou núcleo central do que está sendo abordado. (OLIVEIRA,
2004, p. 35).
Com base na afirmação acima, existem limites do sistema, dentro do qual se analisa
como o ambiente influi ou é influenciado pelo sistema considerado.
Oliveira (2004) considera:
Ambiente de um sistema é o conjunto de todos os fatores que, dentro
de um limite específico, se possa conceber como tendo alguma
influência sobre a operação do sistema considerado (OLIVEIRA,
2004, p. 35)
Nesse sentido, Oliveira (ibid) considerou o ambiente de um sistema como um conjunto
de fatores que não pertencem ao sistema, mas qualquer alteração no sistema pode mudar os
fatores externos e qualquer mudança nos fatores externos altera o sistema. Segundo Oliveira
(2004) o ambiente também é chamado de meio ambiente, meio externo , meio entorno.
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O analista de sistemas, organização e métodos deve considerar três níveis de hierarquia
dentro de uma empresa. O primeiro é o sistema que está sendo estudado; o segundo é o
subsistema que são partes identificadas de forma estruturada, que integram o sistema e por
fim, supersistema que é o todo, e o sistema é um subsistema dele.
Nesse ponto, Oliveira (2004) apresenta algumas considerações sobre os sistemas
abertos. Pode ser citado como exemplo as empresas que estão permanentemente em
intercâmbio com seu ambiente e caracterizam-se por equilíbrio dinâmico. Esse intercâmbio é
constituído de fluxos contínuos de entradas e saídas de matéria, energia e / ou informações,
caracterizando, dessa forma, o equilíbrio dinâmico, com base em uma adaptação da empresa
em relação a seu ambiente.
Para Ribeiro (2003), quando o pedagogo trabalha em equipe, ele marca seus sistemas
de forma contemporânea. Portanto, o desenvolvimento da competência da regulação é
indispensável a manutenção da própria equipe.
Pode-se afirmar que, segundo Ribeiro (ibid), que trabalhar em equipe pressupõe
entender que a cooperação é um valor profissional e que nem sempre este trabalho pode ser
observado nas equipes. As resistências manifestadas em relação à cooperação ou ao trabalho
em equipe, devem-se especialmente, ao medo que seus membros têm de serem devorados ou
dominados pelo grupo ou mesmo pelo líder que gerencia.
Ribeiro (ibid) diz que conduzir uma reunião nem sempre é uma tarefa simples pois,
conduzir uma reunião significa muito mais do que distribuir a fala de cada participante ou
controlar para que a pauta seja respeitada: significa auxiliar à equipe que dela participa. Para
o desenvolvimento deste papel a autoridade administrativa identifica alguns itens como: todo
mundo falar ao mesmo tempo, ninguém falar para expor sua idéia, a discussão toma diversos
rumos..,uma ou duas pessoas falam sem parar e a reunião termina sem que se decida o
princípio.
Ribeiro (ibid) diz que:
para se evitar esses tipos de comportamentos, é necessário uma reflexão e
percepção mais cuidadosa do comportamento de quem coordena a reunião
assim como uma releitura da experiência, e a busca de referencias e
conhecimentos teóricos que permitam um melhor entendimento do assunto.
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A afirmação acima deixa claro que os maus comportamentos atrapalham tanto as
reuniões quanto a coordenação. Os desafios são maiores quando as equipes existem apenas no
organograma das organizações e não são reconhecidas como membros ativos de uma equipe
de trabalho. Em alguns casos o pedagogo não se sente como membro da organização.
Segundo Ribeiro(2003), um dos problemas a ser enfrentado pelo pedagogo empresarial
é quando há constantes reclamações e insatisfações sobre o trabalho, sobre a organização
dentre outros. A partir daí, uma equipe perde o brilho se não consegue trabalhar sobre o
trabalho.
Ribeiro (ibid) afirma que:
O verdadeiro trabalho de equipe começa quando os membros se afastam do
“mura das lamentações” para agir, utilizando toda a zona da autonomia
disponível e toda a capacidade de negociação de um ator coletivo que está
determinado, para realizar seu projeto, a afastar as restrições institucionais e
a obter os recursos e os apoios necessários.(Apud, 2003, p. 35)
Baseado na afirmação acima, é correto afirmar que, analisar e refletir sobre são práticas
que não assume a dimensão do ativismo o que acabaria por prejudicar a melhoria dos
desempenhos individuais e organizacionais.
O funcionamento de uma equipe depende da estabilidade, da serenidade das pessoas
que a compõem.
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CAPÍTULO II - O PEDAGOGO INTERFERINDO NO CORPO
TÉCNICO ADMINISTRATIVO
Este capítulo tem como objetivo apresentar a interferência do pedagogo no corpo
técnico administrativo e como é a sua relação com a equipe na instituição pesquisada.
Neste capítulo serão trabalhadas as opiniões dos autores Chiavenato (1999), que relata
o pedagogo interferindo na gestão administrativa, A autora que fala do corpo técnico
administrativo e Ribeiro (2003), que trata o pedagogo interferindo na empresa.
2.1 – O CORPO TÉCNICO - ADMINISTRATIVO
Lück (1981) a fim de conhecer, analisar, e controlar o que se passa dentro da
instituição e direcionar as inovações necessárias ao bom desempenho de suas funções, sem
que se corra o risco de ser tomar posições e medidas unilaterais e exclusivas a alguns setores.
Sua própria função, constitui-se em uma organização sistêmica aberta, isto é, necessário
examinar a instituição por meio de uma concepção sistêmica.
Para Lück (1981) a equipe técnico-administrativa tem como função coordenar e
orientar todos os esforços no sentido de que a instituição, como um todo, produza os melhores
resultados possíveis no sentido de atendimento às necessidades dos profissionais e promoção
dos seus desenvolvimentos.
Dentro dessa concepção e tendo vista a relevância e a problemática do papel do
profissional em qualquer papel, reveste-se no sentido da natureza especiais de seus esforços.
Lück (1981) diz que: o desenvolvimento dos conhecimentos, habilidades e atitudes do
gerenciador, a fim de que a sua atuação junto aos profissionais tornam-se eficazes
gradativamente. (LÜCK, 1981, p.16)
Para Lück (1981), a observação do processo educativo ou administrativo, é verificado
atualmente entre nós, notando-se o seu fracionamento. O mesmo vem acontecendo em outras
disciplinas dentre outros.
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Para Chiavenato (1999) os estudos recentes mostram que as empresas adotaram
algumas práticas comuns para administrar seus serviços com excelência.
Chiavenato (1999) diz que:
as empresas que prestam serviços de alto nível têm verdadeira obsessão
pelos seus consumidores. Possuem uma percepção clara dos seus clientes-
alvo e das necessidades que pretendem satisfazer. Desenvolvem uma
estratégia exclusiva para satisfazer essas necessidades de tal maneira que
conseguem conquistar a lealdade dos consumidores (CHIAVENATO, 1999,
p.191)
Chiavenato (1999) quando diz que as empresas que prestam serviços de alto nível têm
verdadeira obsessão pelos seus consumidores, é porque eles possuem uma clareza em seus
desempenhos onde os objetivos principais, é satisfazer as necessidades da empresa.
Para Ribeiro (2003) a mudança constante dos processos de aprendizagem nas empresas
mudam tanto as funções quanto ao aspecto didático metodológicos.
Portanto, quando se pensa em algum setor da instituição, deve-se pensar antes em suas
relações com os demais setores, bem como com quem trabalha nesses setores.
Ribeiro (2003) diz que:
Na medida em que a tarefa de formação nas empresas assume um caráter
antecipativo e contínuo em termos de qualidade, o trabalho de manutenção da
qualificação profissional é acompanhado da tarefa de preparar, apoiar e dirigir
processos de mudança (RIBEIRO, ibid, p. 29).
Este dado provoca mudanças nos métodos de formação , evoluindo de uma
aprendizagem transmitida para uma aprendizagem orientada. A formação adquire novas bases
conceituais e institucionais. O aprender transforma-se em uma parte integrante do
desenvolvimento da empresa, que passa a ter nos processos de aprendizagem uma forma de
vínculo com o seu entorno.
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Ribeiro (2003) também afirma que:
Considera-se como requisito principal de um departamento de recursos humanos ou
de um setor responsável pela formação profissional a elevação do potencial de
aprendizagem existente nos demais departamentos e o fortalecimento da
aprendizagem no próprio trabalho (RIBEIRO, 2003, p. 30).
O papel do pedagogo empresarial é responsável pela formação e aperfeiçoamento
profissional. A ideia de um instrutor ocupando-se com gestão do tempo, treinamento e
desenvolvimento de criatividade, cede lugar a idéia de uma assessor para assuntos processo de
formação e desenvolvimento organizacional que ele próprio atua.
Segundo Lück (ibid) as instituições tem estruturas sociais que se constituem em papéis
sociais. O papel é a expressão correspondente à localização da pessoa no sistema.
Para o autor deste estudo, a divisão do trabalho corresponde ao agrupamento de
funções, seguindo determinados critérios, de forma a permitir que a carga total de trabalho seja
desempenhada pelas pessoas.
Lück (ibid) afirma que:
A divisão de trabalho corresponde ao agrupamento de funções, seguindo
determinados critérios, de forma a permitir que a carta total de trabalho seja
desempenhada satisfatoriamente pelas pessoas disponíveis para o seu
desempenho (LÜCK, 1981, p.11).
A divisão do trabalho ao corresponder as funções, devem seguir determinados critérios
para que o desempenho seja satisfatório e disponível. Observou-se, no entanto, que esse
agrupamento especializado de funções e sua atribuição a pessoas diferentes produz situações
de conflito no sistema. Ele tende a promover disparidade de interesse e a dificultar a
comunicação.
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Lück (ibid) afirma que:
Os princípios de funcionamento do sistema e aplicação de medidas
integradoras devem ser preocupação de todos os participantes do sistema, a
fim de que o paralelismo e os conflitos gerados pela divisão de trabalho
ocorram ao nível mínimo possível (LÜCK, ibid, p.12).
Entende-se assim, que, os princípios de funcionamento dependem do sistema que os
assistem pois, se eles estão integrados as preocupações com relação a eles devem ser branda,já
que o possível conflito pode prejudicar o grupo.
Atualmente, a separação dos níveis e a formação dos profissionais oferecidas pelas
empresas, são tratados separadamente. Portanto vale destacar que o conceito de “organizações
como sistema de aprendizagem” está sendo utilizado.
Ribeiro (2003) diz que:
Ao serem aplicados os enfoques sistêmicos e global aos processos de
aprendizagem em uma empresa, a distinção entre ensino e aprendizagem
perde a importância, privilegiando um planejamento que contemple o ensino
e a aprendizagem como faces de um mesmo processo e, portanto
indissociáveis (RIBEIRO, 2003, p. 18).
Com base na afirmação acima, a linha de aprendizagem tem dois enfoques a serem
utilizados. O sistêmico e o global, que é um dos processos a ser utilizados por empresas, que
distingue o ensino da aprendizagem.
O ponto de vista didático-metodológico, pode-se destacar que em nível empresarial
torna-se necessária a adoção de estratégias que de fato permitam uma melhoria na formação
profissional e não apenas nas formas de atuação dos profissionais no âmbito dessa mesma
empresa.
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Ribeiro (2003) afirma que:
Em termos de métodos novos e antigos, em todas as épocas, utilizam-se
maneiras diferenciadas, privilegiadas para organizar espaços e circunstâncias
de aprendizagem no contexto de formação profissional (Apud, 2003,p.1)
Considerando a afirmação acima, os métodos por mais que sejam novos ou antigos eles
diferem um do outro pelo trabalho aplicado.
Sendo assim, um outro ponto que pode ser enfatizado é o respeito das opções e
propostas metodológicas para os processos de aprendizagem nas empresas que referem-se à
compreensão de não poder se qualificar somente em competências, habilidades e atitudes suas
ações de formação apenas a aspectos gerais e básicos.
As empresas não podem restringir suas ações de formação apenas a aspectos gerais
básicos para um bom desempenho num sentido mais amplo.
Para Ribeiro (2003), o equilíbrio entre os dois aspectos permitirá que os empregados
aprendizes entendam que a sua atuação limita-se ao alcance das metas organizacionais.
Os métodos novos e antigos na formação utilizada nas empresa evoluíram a partir de
diferentes dimensões, a competência na atuação, técnica, auto-aprendizagem e social. A
competência na atuação refere-se na configuração metodológica e didática pautada em idéias
eminentemente instrumentais da aprendizagem, caracterizada por transmissão e na
aprendizagem por ação. A competência técnica dá ênfase em técnicas como discursos
conferência, debates, uso de audiovisuias dentre outros. A competência para auto-
aprendizagem consiste em aprender a trabalhar com técnicas.
A competência social está voltado para o trabalho em equipes e métodos de
comunicação.
22
2.2 – A RELAÇÃO DO PEDAGOGO E A EQUIPE TÉCNICA –
ADMINISTRATIVA DA INSTITUIÇÃO PESQUISADA
Percebe-se que o pedagogo que atua na parte técnica-administrativa, ele tem muita
utilidade, porque por ele ser um profissional qualificado, ele entende sobre as relações
humanas.
Segundo Libâneo (2002), o pedagogo está interferindo não somente na parte educativa
mas, também na parte administrativa de algumas empresas. Apesar da Pedagogia como
campo de estudos específicos relacionados com as práticas educativas, ela está funcionando
mesma Pedagogia funcione em alta pois, ela está em baixa.
Libâneo (ibid) afirma que:
a teoria pedagógica faz integrar num todo articulado os diferentes processos
analíticos que correspondem aos objetos específicos de estudo de cada uma
das ciências da educação conforme se buscará comprovar (LIBÂNEO, ibid,
p.29.
Libâneo (ibid) diz que a teoria pedagógica faz interagir os diferentes processos que
correspondem aos objetivos específicos de estudo que as disciplinas de estudos específicos
que querem comprovar.
Nessa perspectiva, o pedagogo está atuando tanto na parte administrativa quanto na
parte seletiva como é feita nos hospitais. O trabalho em equipe é a marca principal das
organizações contemporâneas. Por isso, que é indispensável à manutenção da própria equipe.
Qualquer papel social é determinado por uma série de fatores interferente, uns de maior
impacto que outros, dependendo das circunstâncias.
Esses fatores interferentes são, as avaliações das necessidades e características das
instituições,a quantidade e formação dos seus recursos humanos, a expectativa mantida por
pessoas que participam do mesmo sistema social a própria concepção do papel, pelo seu
ocupante.
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Lück (1981) afirma que:
Os papéis são analisados ao nível de generalização. Sua tradução em
desempenho ocorre na medida em que os ocupantes das posições percebem
o seu papel da mesma forma, e as pessoas ocupando papéis circunstantes
mantém expectativas correspondentes (LÜCK, 1981, p. 13).
De acordo com afirmação acima, os papéis são analisados de acordo com o nível.
Baseando-se em sua tradução e desempenho ocorre à medida que os ocupantes das posições
vão percebendo o papel que desempenham e as ocupações que devem ocupar.
Os métodos vistos como mais atuais são predominantemente citados pelas publicações
especializadas em educação de adultos. Cabe informar que esses métodos até agora pouco
têm sido aplicados, inclusive no contexto empresarial. Assim, a discussão sobre a busca de
estratégias de formação mais efetiva justifica-se na medida em que a transmissão pra simples
de conhecimentos técnicos aos profissionais.
Ribeiro (2003) diz:
A validade de cada método utilizado deve ser questionada em termos de sua
contribuição para a qualificação profissional. Tais métodos são adequados
apenas à transmissão de conhecimentos e atitudes técnicas ou contribuem,
também para aprendizagem e trabalho dos que aprendem, oferecendo-lhes
melhoria de suas capacidades de trabalho em equipe e de comunicação
(RIBEIRO, 2003, p.19).
Estas mudanças nos métodos,decorrentes das transformações na cultura organizacional
com vistas a uma aprendizagem voltada para experiência significativas de aprendizagem
permitem perceber que a validade didática dos diferentes métodos aplicados no âmbito
empresarial é sobremaneira diversificada.
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Ribeiro (2003) diz que:
Os métodos clássicos não podem ser sumariamente abolidos posto querem
determinados contextos desempenha uma papel importante nos processos de
formação. Embora se possa pensar que aprendizagem (RIBEIRO, 2003,
P.21).
Com base na afirmação acima, os métodos clássicos não podem ser sumariamente
abolidos posto que em determinados contextos desempenham um papel importante nos
processo de formação.
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CAPÍTULO III – ANÁLISE DAS ENTREVISTAS
O estudo apresentado foi elaborado através de pesquisa exploratória e dividiu-se em
duas partes.
A primeira envolveu uma pesquisa bibliográfica onde Chiavenato (1999), relata que a
equipe técnica administrativa precisa de um bom líder para o seu gerenciamento. Além de
tarefas operacionais e burocráticas, chamados gestores, que desenvolvem funções operacionais
e táticas como órgãos prestadores de serviços especializados.
Na segunda parte foram realizadas entrevistas com três profissionais na parte
administrativa, que trabalham na clínica pesquisada.
Visando um melhor conhecimento das opiniões de quem trabalha diretamente com o
trabalho dentro da clínica, a primeira questão abordada foi sobre qual seria a função do
pedagogo na empresa. Os entrevistados responderam que:
Ele tem a função de auxiliar toda equipe caso haja necessidade assim como
o setor de recursos humanos que é responsável por todo o grupo da
empresa que atende desde estagiários à funcionários.(auxiliar
administrativo)
O pedagogo na clínica auxilia os profissionais a se relacionarem uns cons
os outros inclusive com os pacientes. O sucesso deste profissional é bem
considerável pois, a partir daí acontece o desenvolvimento dele junto a
equipe.(diretora)
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O papel do pedagogo para mim é válido em escolas. Na clínica, eu não vejo
muita função para ele além de cuidar da ala infantil. O que ele poderia nos
acrescentar com sua experiência? Para mim, nada de útil.(supervisora)
A segunda pergunta investigou-se como eles avaliam a participação do pedagogo na
empresa em que trabalha. A seguir, as respostas dos profissionais:
Bom, pois eu como estou fazendo faculdade de administração, é uma
oportunidade de crescimento pois, quem sabe eu posso conseguir uma
“brechinha” para mim aqui na clínica.(auxiliar administrativo)
Sim, pois este profissional só tem nos acrescentar. Como eu já me formei
há muito tempo, ele sempre nos traz novidades lá de fora e espero que
continue assim que ele não pare de estudar pois qualquer profissão é
essencial o estudo.( diretor)
Não. Creio que o pedagogo somente entende de livros, crianças e escola.
Esse profissional só vem tirar mais uma função do mercado de trabalho.
Daqui a pouco não teremos nem supervisor pois, se ele substitui o
administrador, diretor o supervisor está por um fio.(supervisor)
Dando prosseguimento, a terceira pergunta, questionava o que achava da interferência
no trabalho do corpo técnico administrativo e como o via. As respostas foram:
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Vejo como um elo de ligação da parte administrativa com a parte humana
da empresa. Ele vê o movimento da clínica pelo lado simples e prático. Já
o administrador vê o lado mais técnico. É difícil mas, não é
impossível.(auxiliar administrativo)
Como falei anteriormente (vide segunda pergunta do Anexo 1), só temos a
crescer com esse profissional em nosso ambiente pois, tudo está mudando .
Nada pára. Nada se cria tudo se transforma essa é a verdade. (diretor)
Embora tenha explicado para você sobre a minha visão da presença do
pedagogo na clínica, tenho certeza que nunca vi tal mudança acontecer na
minha longa experiência de 25 anos. Na minha época de estudo, não
lembro de ter ouvido falar na interferência desse profissional nessa área de
saúde. (supervisor)
De acordo como um dos autores referenciados, Libâneo (2002) afirma que:
É notório o crescimento e a complexidade cada vez maior do sistema
escolar, em face da amplitude que ao assumindo as diversas modalidades de
prática educativa na sociedade. São essencialmente permanentes e
crescentes as necessidades de atendimento escolar à população jovem
(LIBÂNEO, 2002, p.6).
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Para Ribeiro (2003) ele diz que:
O pedagogo empresarial precisa de uma formação filosófica, humanística e
técnica sólida fim de desenvolver a capacidade de atuação junto aos
recursos humanos da empresa. Via de regra sua formação inclui disciplinas
Didáticas, jogos, treinamentos etc.(RIBIEIRO, 2003, p.10)
Observou-se, pelas respostas dos entrevistados, que a equipe administrativa tem
algumas respostas adversas com relação a presença desse profissional do futuro.
Para ter essa visão mais ampla sobre o assunto, o autor deste estudo quis destacar até
que ponto o pedagogo pode interferir na questão administrativa na empresa.
Retornando ao referencial teórico deste trabalho de pesquisa, conclui-se que existe uma
ambigüidade do que foi abordado por Chiavenato (1999) e Ribeiro (2003).
Chiavenato (1999) diz, que a equipe técnica administrativa, deveria ter como objetivo estar
aberta às mudanças que vêm acontecendo no mercado de trabalho
Se o pedagogo está ganhando o seu espaço no mercado de trabalho, nada mais justo do
que ele gerenciar o grupo e expor o que aprendeu. Se o gerenciamento depende de seus
líderes para que o seu desenvolvimento seja qualitativo, é possível que daqui há algum tempo,
esses profissionais façam estes trabalhos de forma mais competente.
A seguir, a conclusão sobre esta pesquisa será aqui desenvolvida.
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CONCLUSÃO
Considerando a temática desta pesquisa, que aborda a interferência do pedagogo na
parte técnica administrativa, esta pesquisadora pôde atestar que seu objetivo de investigar
como o pedagogo interfere sobre o corpo técnico administrativo em uma clínica. Pode-se
dizer que esse objetivo foi atingido, sendo satisfatório.
Esta pesquisadora teve sua questão respondida de forma que a interferência do
pedagogo na equipe administrativa é de grande valia.
Chiavenato (1999) relatou que a equipe técnica administrativa precisava de um bom
líder para o seu gerenciamento e Ribeiro (2003) caracterizou, a Pedagogia como uma das
possibilidades de atuação de formação do pedagogo, em sua preparação para trabalhar no setor
de Recursos Humanos das empresas.
Esta pesquisadora escolheu essa questão devido ao fato de ter feito curso de Pedagogia
em Licenciatura Plena e de ter trabalhado em área administrativa em uma empresa privada e
atualmente atuar como docente.
Foi realizada uma pesquisa exploratória, para obtenção de maiores informações e
melhor familiarização da organização da interferência do pedagogo no corpo técnico
administrativo. Esta pesquisa foi um estudo de caso, onde se usou como instrumento uma
entrevista com três profissionais nessa área.
Sendo assim, esta pesquisa concluiu que a interferência do pedagogo é muito
importante pois, o que ele aplica na escola com relação à equipe pedagógica ele poderá fazer o
mesmo gradativamente nas clínicas ou nas empresas.
O resultado deste estudo pretende deixar alguns subsídios para outros pesquisadores
que manifestarem interesse por essa temática que é tão atual, como de questionamento e
estratégias para um direcionamento natural de uma outra pesquisa, como: O corpo técnico
administrativo vê o treinamento dos profissionais?
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 2ª edição. São Paulo: Atlas,
1993.
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? São Paulo: Cortez, 2002.
LÜCK, Heloísa. Ação integrada. Rio de Janeiro: Vozes, 1981.
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Sistemas, Organização & Métodos – Uma
abordagem gerencial. São Paulo: Atlas, 2004.
PERRENOUD, Philippe. As competências para ensinar no século XXI. Porto
Alegre:ArtMed, 2002.
PILETTI, Nelson. Psicologia Educacional. São Paulo, 1997.
RIBEIRO, Amélia Escotto do Amaral. Pedagogia empresarial: atuação do pedagogo na
empresa. Rio de Janeiro: Wak, 2008.
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ANEXO
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ENTREVISTA DA EQUIPE ADMINISTRATIVA
Nome:
Formação:
Atuação:
1. Na sua opinião, qual é a função do pedagogo na empresa?
2. Como você avalia a participação do pedagogo na empresa em que você trabalha?
3. Você acha que o pedagogo interfere no trabalho do corpo administrativo? Como você vê
essa interferência?
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