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1.Maria Benedita Nascimento, Professora Matemática, PDE 2012,Tomazina, NRE-Ibaiti. 2. Me. Jonis Jecks Nervis, Professor UENP – Campos Jacarezinho.
JOGOS MATEMÁTICOS, COM MATERIAL CONCRETO, COMO SUPORTE PARA
A COMPREENSÃO E MEMORIZAÇÃO DA TABUADA NO 6º ANO DA ESCOLA
ESTADUAL FRANCISCO INÁCIO DE OLIVEIRA.
RESUMO: A preocupação com as dificuldades de aprendizagem da tabuada oportunizou a leitura sobre a Educação Matemática e a busca por metodologias relacionadas ao ensino aprendizagem, visando analisar as interferências pedagógicas que nos permitam compreender, superar ou minimizar as dificuldades relacionadas a este tema de pesquisa. Buscar metodologias mais adequadas para a superação ou minimização das dificuldades de aprendizagem da tabuada; Levantar a produção bibliográfica a respeito da temática pesquisada; elaborar e propor atividades de ensino aprendizagem, buscando subsídios para melhor analisar o processo de manifestação e superação das dificuldades de aprendizagem da tabuada; verificar quais as maiores dificuldades dos alunos na aprendizagem da tabuada, dando ênfase em dois aspectos: estabelecer um diálogo com os estudantes para que manifestem seus entendimentos sobre as causas de suas dificuldades e as sugestões de evitá-las ou superá-las e identificar, na ação pedagógica do educador, procedimentos que contribuem para a compreensão das etapas na aprendizagem da tabuada, procurando inserir atividades de compreensão e após esse processo levar a memorização através de jogos diversos. Palavras-chave: Educação Matemática; Tabuada; Compreensão; Memorização; Ensino.
JOGOS MATEMÁTICOS, COM MATERIAL CONCRETO, COMO SUPORTE PARA
A COMPREENSÃO E MEMORIZAÇÃO DA TABUADA.
1. Maria Benedita Nascimento
2. Me. Jonis Jecks Nervis.
1. INTRODUÇÃO
As pesquisas realizadas sobre como ocorre o processo de ensino e
aprendizagem da matemática, pode comprovar que não basta a memorização, mas
que também o interesse do aluno em descobrir a forma como ocorre a
aprendizagem, bem como a maneira que o conteúdo é trabalhado e intercedido em
sala de aula é o fundamental para que ocorra o ensino.
A realidade na sala de aula corresponde a uma série de situações em que as
crianças, muitas vezes, exibem dificuldades para apreender e aplicar os conceitos
que são facilmente estudados e utilizados no contexto das atividades cotidianas. O
uso de jogos contribui para que estes conteúdos ganhem significado, como
consequência natural da atividade desenvolvida pelo aluno e, o mais importante, faz
com que os mesmos criem situações pedagógicas que lhes permitem imaginar os
princípios fundamentais das operações matemáticas, levantar hipóteses, testá-las,
poder voltar atrás e refazer a trajetória, o que não é possível quando se pauta
apenas em raciocínios simbólicos e formais.
Ao utilizar material concreto no entendimento e compreensão e, em seguida
utilizar o jogo para conquistar a memorização. O trabalho do professor é de extrema
importância e deve ficar atento para o fato do aluno ainda não adquirir compreensão,
mesmo utilizando o material concreto, ou o princípio matemático, pois o mesmo se
concretiza sempre como raciocínio logicamente encadeado, abstrato e formal,
portanto fica claro que é a mediação do professor que sustenta a evolução do nível
concreto para o abstrato.
O número elevado de estudantes reprovados e com dificuldade na
assimilação dos conceitos matemáticos tornou-se uma inquietação para os pais e
educadores de matemática. Desta forma, percebe-se que as dificuldades de
aprendizagem e a consequente reprovação estão profundamente ligadas ao
procedimento de ensinar e aprender (ARAÚJO, 2005).
É de fundamental importância que o aluno adquira confiança em sua própria
capacidade para aprender Matemática e explore um bom repertório de problemas
que lhes permitam avançar no processo de formulação de conceitos matemáticos,
compreensão e aprendizagem da Tabuada.
Nessa conjuntura, há necessidade de analisar as intervenções pedagógicas
que nos permitam compreender, superar ou minimizar as dificuldades do processo
ensino aprendizagem da tabuada, e uma das alternativas pode ser o uso de jogos e
brincadeiras com materiais concretos, como recursos que podem subsidiar os
processos de ensino e aprendizagem, pois ao jogar os alunos precisam refletir
elaborar e organizar mentalmente pensamentos e ações.
O profissional de educação, mesmo que inconscientemente, exercita o
entendimento que vem incutido desde sua construção acadêmica sem dar-se conta,
que todo ato tem um objetivo. Nada é feito ao acaso na Educação. Ele tem que ter a
preocupação de ensinar regras, macetes, “caminhos” mais fáceis de chegar às
respostas. O aluno vai recebendo todas as informações e repetindo-as, através de
exercícios que avigoram capacidades e habilidades, mas não o leva a construção, e
sim somente a reprodução.
2. COMPREENSÃO DO PROCESSO DA TABUADA
A Educação Matemática tem como objetivo a averiguação permanente do
procedimento educativo, na busca constante onde o professor avalia as suas
práticas e se necessário for busca modificar suas metodologias para melhor realizar
o seu trabalho que é o ensino/aprendizagem. Deve procurar o conhecimento prático
e concreto, sustentado em uma prática investigativa e problematizadora, sentindo-se
parte, juntamente com o aluno, da edificação da ciência do aprender, de dividir
novas relações numa nova sociedade que necessita da ciência e da tecnologia para
melhorar a qualidade de vida de seus cidadãos.
Ainda assim, podemos observar que o ensino da matemática, sucedeu por
distintas mudanças ao longo dos anos, mudanças que acabaram refletindo
intensamente no processo de ensino aprendizagem atuais. (ARAÚJO, 2007)
Duarte (1987) assegura que a aprendizagem matemática essencial que se
embasa em técnicas de reprodução e memorização momentânea, já não satisfaz
mais as necessidades da sociedade em geral.
O professor assume então dois papeis: o de desenvolver seu papel de
pesquisador e se compromete a usar sua habilidade de observador, para aproveitar
as situações casuais ocorridas no dia-a-dia da sala de aula, problematizando-as,
para torna-las significativas no ensino da Matemática, pois na vida estamos sempre
fazendo escolhas matemáticas e usando os cálculos mentais da Tabuada.
O fundamental dentro do processo ensino-aprendizagem é a alteração de
"como ensinar" para "como os alunos aprendem” e “o que faço para favorecer este
aprendizado". (CHAGAS, 2001).
Para isso, devemos entender que os conteúdos direcionam a metodologia
ensino-aprendizagem onde se priorizam a construção individual e a coletiva. Com
isso, oportunizamos circunstâncias em que os educandos farão a interação com o
objeto do conhecimento e estabelecerão suas hipóteses para que estas sejam,
posteriormente, confirmadas ou reformuladas.
Citando o que escreve Biaggi (2000), "não é possível preparar alunos
capazes de solucionar problemas ensinando conceitos matemáticos desvinculados
da realidade, ou que se mostrem sem significado para eles, esperando que saibam
como utilizá-los no futuro".
Entende-se que os primeiros passos a serem dados é a valorização da
Educação Matemática no modelo tradicional, mas ao mesmo tempo escolher
caminhar por um contexto mais construtivista, onde os alunos possam analisar um
determinado problema para que, só então, passem a compreendê-lo e resolvê-lo.
Quando se pensa em aplicar métodos diferenciados e modernos e/ou antigos
para o ensino da Matemática, logo nos vem como mudar o ensino da Tabuada,
quando tantos outros pregam que o decorar seria o ideal, porém também se sabe,
como educadores, já há algum tempo, que sem a compreensão do processo não há
de fato aprendizagem.
O próprio Currículo Básico, 1990, já apontava como concepção de ensino:
[...] aprender Matemática é mais do que manejar fórmulas, saber fazer contas ou marcar x nas respostas: é interpretar, criar significados, construir seus próprios instrumentos para resolver problemas, estar preparado para perceber estes mesmos problemas, desenvolver o raciocínio lógico, a capacidade de conceber, projetar e transcender o imediatamente possível. (PARANÁ,1990, p.66)
Ao se trabalhar os jogos com materiais concretos se busca sanar dificuldades
de forma lúdica, procurando construir sentidos para a aprendizagem que ocorre em
sala de aula, detectando onde está às dificuldades de aprendizagem dos alunos, ou
na ação da prática pedagógica, mudá-la se necessário for para que haja de fato uma
caminhada e a aprendizagem se concretize.
Além disso, o professor deve ter em mente que para um bom aprendizado de
Matemática é fundamental que o aluno se sinta interessado na resolução de um
problema e no bom entendimento e compreensão do processo da Tabuada,
qualquer que seja o método, despertando, assim, a sua curiosidade e a sua
criatividade ao fazê-lo.
Fonseca afirma que:
Os jogos e desafios extrapolam os objetivos matemáticos, favorecem o desenvolvimento moral, social e emocional. Apresentam situações problemas, onde as crianças são desafiadas a utilizar seus esquemas mentais na construção da resolução. São atividades que instrumentalizam a criança para desenvolver sua habilidade de pensar. Propiciam a construção de regras, a utilização de combinações matemáticas, a cooperação entre o grupo e a tomada de decisões. (FONSECA, 1997, p.59)
O professor assume então dois papeis: o de desenvolver seu papel de
pesquisador e se compromete usar sua habilidade de observador, para aproveitar as
situações casuais ocorridas no dia-a-dia da sala de aula, problematizando-as, para
torna-las significativas no ensino da Matemática, pois na vida estamos sempre
fazendo escolhas matemáticas e usando os cálculos mentais da Tabuada.
Onde há o prazer de compreender, descobrir, construir e reconstruir o
conhecimento, curiosidade, autonomia, atenção, ocorre aprendizagem.
3. MEMORIZAÇÃO DA TABUADA
Para trabalhar e alcançar a memorização o professor deve direcionar a
metodologia ensino-aprendizagem buscando priorizar a construção individual e a
coletiva, através de jogos dinâmicos e competitivos.
Alicerçado nos PCNs (1997, p. 63) e nas Diretrizes Curriculares de
Matemática do Estado do Paraná (2008, p. 17 e 29), é extraordinário salientar, que
partir das informações que os alunos já têm, não constitui restringir-se a eles, pois o
desempenho da escola é expandir esse universo de informações e dar condições a
eles de constituírem vínculos entre o que reconhecem e os novos conteúdos que
vão estabelecer organizar, assimilar, permitindo uma aprendizagem mais
significativa.
A estrutura básica da Matemática, além de desenvolver conceitos que atualmente vêm sendo examinados desde as escolas primárias até as universidades, também servirá para formar uma base sobre a qual a criança poderá juntar eficientemente uma outra Matemática, que ainda não foi criada, mas que certamente será encontrada num futuro próximo de nossa sociedade em evolução.(D’AUGUSTINE, 1976, p.3)
A conquista do conhecimento acontece quando o aluno constitui significados
entre as novas ideias e as suas já existentes e para que isso suceda, o professor
tem o papel de realizar o elo e a interação entre o conhecimento prévio do aluno e
os novos saberes. A matemática proporciona ao professor, diversas chances de
desafiar seus alunos a buscarem soluções para as questões que eles confrontam na
vida diária.
Para Ramos a compreensão/conhecimento, colocado nas DCEs de
Matemática.
O processo de ensino-aprendizagem contextualizado é importante meio de estimular a curiosidade e fortalecer a confiança do aluno. Por outro lado, sua importância está condicionada à possibilidade de [...] ter consciência sobre seus modelos de explicação e compreensão da realidade, reconhece-los como equivocados ou limitados a determinados conceitos e reconstrução/apropriação de outros. (RAMOS, 2004, p.02, In. PARANÁ, 2008, p.28)
A partir da segunda metade do século XX a matemática começou a ter novos
caminhos, o que significa, que a partir daí, surgiu uma inquietação com o processo
de ensino aprendizagem da matemática, oferecendo início às mudanças que são
fundamentais e necessárias para a prática do professor. Fiorentini (1995) faz um
estudo denominado “Alguns modos de ver e conceber o ensino da Matemática no
Brasil”, salientando intenções no ensino da matemática, que aparecem como
probabilidades de seu melhoramento.
Para Fiorentini há distintos modos de idealizar e ver a questão da propriedade
do ensino da Matemática. Determinados relacionam ao nível de austeridade e
formalização dos conteúdos matemáticos trabalhados na escola. Outros ao emprego
de técnicas de ensino e ao domínio do processo ensino/aprendizagem com a
finalidade de reduzir as reprovações. Há ainda aos que catalogam ao uso de uma
matemática relacionada ao cotidiano ou a realidade do aluno, ou ainda aqueles que
depositam a Educação Matemática a serviço da cidadania. (In.PARANÁ, 2008)
Ramos volta a citar:
Quando se parte do contexto de vivência do aluno, é preciso enfrentar as concepções prévias que trazem e que, mesmo consideradas como conhecimento tático, podem estar no plano do senso comum, constituído por representações equivocadas ou limitadas para a compreensão e a explicação da realidade. (RAMOS, M. (s/d) In. PARANÁ, 2008, p.28(rodapé)
Na escola de anos atrás, saber a tabuada "na ponta da língua" era assunto de
honra para alunos e professores. Poucos professores atreveram-se em pôr em
dúvida o imperativo desta mecanização. Porém com o advir dos anos não houve
prosseguimento, hoje no Ensino Fundamental, anos final, era e é comum ainda nos
dias atuais receber alunos sem o domínio das quatro operações, em particular a
operação da multiplicação. Sendo um problema que vem se arrastando ao longo dos
anos, problema esse que não é só detectado no 6º ano, como também nos anos
subsequentes (7º, 8º, 9º e etc.), tornando-se assim um problema recorrente na
educação brasileira. (PARANÁ, 2008)
Refletindo sobre o problema acima alçado, tudo leva a crer que essa
descontinuidade em memorizar a tabuada ou entender a sua complexidade na
aprendizagem, está regulada na falta de captação que os alunos exibem com
relação compreensão do seu processo ao colocar na prática o uso do mesmo,
levando-os, por não saber como se alcançou àquele resultado na multiplicação,
acaba por comprometer o seu desempenho nas operações Matemáticas usadas nas
situações cotidianas de sua vida diária, pois tudo ao seu redor envolve o
conhecimento matemático e só não o usa aquele que não o conhece.
A metodologia das aulas de matemática supervaloriza o treinamento
mecanizado para a resolução de operações e cálculos com números. Então, quando
se indica a resolução de um problema de certa forma simples, o aluno não consegue
interpretar, pois não sistematiza a informação matemática. D’Ambrósio, enriquece
esta ideia afirmando que:
“E somos então levados a atacar diretamente a estrutura de todo o ensino da matemática, mudando completamente a ênfase do conteúdo da qualidade de conhecimentos que a criança adquira, para uma ênfase na metodologia que desenvolva atitude, que desenvolva capacidade de matematizar situações reais [...]” (D’AMBRÓSIO, 1986, p.14-15)
O desempenho da escola frente à sociedade precisaria ser de ampliar no
educando probabilidades de articular teoria à prática de forma crítica e
transformadora, contudo, esta concretização mostra-se distinta, na medida em que a
escola está inserida num teor capitalista e é um dos organismos que garante a
hegemonia deste modelo social.
Partindo do princípio de que o aluno já compreendeu como de dá o processo
da tabuada, o professor passa a comprovar na prática, ainda usando o lúdico
procurando confirmar se atingiu seu objetivo, pois nesse momento estará
caminhando pelo processo da memorização, utilizando os jogos e observando no
decorrer dessa metodologia o avanço alcançado.
4. ANÁLISE DOS RESULTADOS
4.1 COMPREENSÃO
No início da aplicação para colocar em prática e implementar as práticas
pensadas no estudo do PDE 2013, foi utilizada uma avaliação diagnóstica para obter
a real situação que se encontrava a turma do 6º Ano da Escola Estadual Francisco
Inácio de Oliveira, Ensino Fundamental.
Em primeiro lugar foi realizada uma sondagem, onde foi tomada a tabuada
individualmente para ter uma ideia do nível em que estava à turma alvo da
implementação do estudo PDE 2012, para que pudesse dar início ao mesmo.
Foi comprovado que o grau de aprendizagem dos mesmos era de fato
deficitário, pois dentre 33 (trinta e três) alunos apenas 5 (cinco) souberam responder
satisfatoriamente o que foi pedido, isto é 65% não souberam responder as questões
propostas pela professora, e somente 5% responderam satisfatoriamente.
Mostrando um resultado muito baixo e provando a necessidade do referido
estudo e aplicação do projeto para poder sanar o baixo resultado.
Segue o gráfico que foi montado e apresentado aos alunos como forma de
conscientizar que o projeto precisava sanar a falta de compreensão e memorização
do processo envolvido na Tabuada.
Imagem 1
Alunos 6º ANO
65% Não sabem a Tabuada; 25% Sabem Tabuada = Total de 35 Alunos.
Após o diagnóstico foi distribuído aos alunos canudos plásticos de diversas
cores, sendo que junto com os materiais concretos foi também distribuída uma folha
contendo a tabuada de forma somatória, isto é onde os alunos teriam que usar a
adição utilizando os materiais distribuídos.
Imagem 2 Imagem 3
Fotos da Autora Fotos da Autora
O objetivo da atividade era levar o aluno a visualizar e compreender que a
soma dos canudos pedidos em cada operação era o mesmo da multiplicação
presente na tabuada, desmitificando a tão temida tabuada, mostrando através de
materiais concretos que a mesma nada mais é do que uma operação de adição.
A partir desse momento os alunos começaram a gostar de manusear os
objetos levados em sala, cada aluno passou pelo processo diversas vezes, o
material esteve o tempo todo presente na sala de aula para que o aluno que
julgasse necessário utilizar.
Imagem 4
Foto da Autora
Esse material passou a fazer parte do cotidiano da sala de aula contribuindo
para que cada aluno o visse como seu aliado na compreensão do processo e
sentisse livre para manuseá-lo a hora e o momento que sentisse dificuldade, com
isso cada aluno envolvido passou a ver a Tabuada como algo concreto que pode ser
visualizada com materiais concretos e manuseáveis.
Imagem 5
Fotos da Autora Fotos da Autora
O projeto foi realizado em etapas sendo que no terceiro momento foi exposto
na lousa uma tabela Pitagórica em branco, contendo a tabuada do 0(zero) ao
10(dez). Ao montar a tabela, juntamente com a professora, cada aluno ia
completando a sua que também foi distribuído a todos e no passar das etapas
realizadas alguns alunos perceberam que ao multiplicar os números da linha
horizontal com a da linha vertical os resultados coincidem em linha cruzada.
Imagem 6
Fotos da Autora
Após preencher a tabela, foi entregue aos alunos atividades para que os
mesmos montassem a tabuada, só que dessa vez de forma alternada, também foi
explicado, usando a Tabela, para que aos alunos que observassem que se duplicar
a tabuada do 2(dois) se obtém os resultados da tabuada do 4(quatro), que se dobrar
a tabuada do 3(três) o resultado será a tabuada do 6(seis), e ainda assim se duplicar
a do 4(quatro) o resultado será a do 8(oito). Durante a explicação diversos alunos
perceberam que se triplicar a tabuada do 3(três) o resultado será a do 9(nove).
No quarto momento foi utilizada a TV PENDRIVE para que os alunos
pudessem ver o vídeo explicativo com regras do jogo "Multiplicação com uso do
Dominó" que seria utilizado ainda no processo da compreensão. Após assistirem
atentamente para memorizarem as regras do mesmo foram distribuídas as tabelas
com os dominós que acompanham o jogo e suas respectivas fichas. (Confeccionado
pela autora)
Imagem 7
Foto da Autora
A expectativa de ganhar o jogo levou a que todos procurassem prestar
atenção no seu adversário e ao mesmo tempo a se interessar na "Tabuada" que
está sendo apontada no tabuleiro e sempre torcendo para que os companheiros
errem para que possa ganhar.
Imagem 8
Foto da Autora
A tabela Pitagórica em branco foi impressa para cada aluno. Eles depois do
jogo para que se comprovasse que haviam compreendido realizaram o seu
preenchimento e ao fazê-lo tiveram o contato com novos conceitos matemáticos, tais
como o dos números pares, ímpares e enriquecido com dos números primos.
Imagem 9
Fonte:http://matematicaaoalcancedetodos.blogspot.com.br/2010/05/numeros-primos-o-que-sao.html
Imagem 10
Fonte:<http://www.mundoeducacao.com.br/matematica/numeros-primos.htm>
4.2 MEMORIZAÇÃO
Após trabalhar a compreensão, passou-se para a memorização e nesse
momento foi distribuído cartelas contendo a multiplicação do 2 (dois) ao 9 (nove) da
Tabuada, onde os alunos puderam jogar Bingo da Multiplicação.
O modelo seguido foi o seguinte
Imagem 11
Fonte da Autora Fonte da Autora
No momento do jogo pude perceber que mesmo tendo caminhado pelas
atividades da compreensão ainda tinha crianças que não dominavam a tabuada,
assim tentavam a sua maneira buscar o resultado e muitas vezes o faziam com o
uso dos dedos das mãos e conseguiam realizar as atividades estipuladas.
Dando sequência aos jogos foi realizada com os alunos a montagem de
quebra cabeça com a tabuada: Nessa atividade foi trabalhado com a tabuada do
4(quatro), (ressaltando que a mesma foi apresentada dominada por quase todos os
alunos) levando em conta a consideração do auxílio da professora essa minoria
fizeram uso de estratégias de assimilação e soma conseguindo montar.
Na sequência da aplicação foi realizada a disputa da tabuada entre meninos e
meninas. Nesse jogo percebi que os alunos se prepararam e gostaram da
competição entre si, porém algo mudou já não havia a torcida pelo erro e sim para o
acerto do colega.
4.3 DINÂMICA COM RESULTADOS POSITIVOS.
Num outro momento foi distribuído as peças de dominó de EVA, contendo a
tabuada do 2 (dois) ao 9 (nove). Os alunos acharam interessantes, pois não
conheciam a dinâmica e acharam que a nova forma de aprender a tabuada era
muito divertida. Também nessa atividade o resultado foi positivo, afinal foram
cinquenta minutos de pura compreensão e utilização da tabuada.
O jogo foi confeccionado com base na imagem abaixo, em EVA com a
participação de todos os alunos, levando alunos e professora a confirmar que com
diversão a aprendizagem se torna muito mais interessante.
Imagem 13
Fonte da Autora Fonte da Autora
E para encerrar foi aplicada a “Trilha da Tabuada”, esse jogo é realizado
pensando na fixação da tabuada, envolve disputa entre os alunos participantes em
cada tabuleiro, que disputam entre si.
Imagem 14
Fonte da Autora
Nesse jogo as duplas que jogam as partidas se concentram para não
errarem, pois aqueles que erram a tabuada pedida, ou mesmos aqueles que
apresentarem estágios menores e detectarem dificuldades, tiveram que abandonar o
jogo.
O jogo segue até ficarem apenas uma dupla que disputam entre si e se ter um
campeão, o que para o 6º ano não teve coisa melhor.
Mesmo tendo aplicado todas as metodologias propostas ao fazer novamente
a sondagem, idêntica a que foi feita no inicio do mesmo pode-se comprovar que não
foi atingido 100% do objetivo, pois ainda havia alunos que não conseguiam
completar a todas as multiplicações pedidas, isto é não souberam a Tabuada, porém
houve um inverso do resultado do início conforme gráfico a seguir.
Imagem 15
Alunos 6º ANO
65% Sabem a Tabuada; 25% Não sabem Tabuada = Total de 35 Alunos.
Este gráfico foi confeccionado e apresentado aos alunos para que pudessem
comparar com o do início do processo e perceber o quanto caminharam com as
atividades propostas ao decorrer do projeto aplicado.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para que todo o processo de fato alcançasse o sucesso esperado foi
necessário o professor estar sempre muito atento a tudo o que se passava no
espaço da sala de aula e perceber o quanto cada aluno caminhava e/ou precisava
de maiores explicações, se estava compreendendo o novo método e se estava
retendo as informações sem que lhe fosse cobrado o decorar.
Portanto o processo avaliativo teve que estar presente em todas as etapas,
tendo que partir do que antecede o ensino-aprendizagem, isto é a avaliação
diagnóstica como forma de nortear todo o processo, seja ele de investigação ou
mesmo de decisão de qual prática docente utilizar, a avaliação contínua é mais uma
prática parceira nesse projeto, para que se pudesse mudar se necessárias fossem
as estratégias de aprendizagem.
Como prática para se atingir os objetivos propostos, a avaliação teve que
possuir uma dimensão criadora e criativa para que de fato faça com que o aluno veja
o ensino como deve ser visto, participativo e desafiador, com isso a aprendizagem
ocorreu e a avaliação continua foi a parceira e a forma de acompanhar o
desempenho de cada um nas etapas, dando um sentido verdadeiro a avaliação que
nada mais é do que como nos fala as Diretrizes Curriculares Estaduais.
[...] acompanhar o desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir novas práticas educativas (LIMA, 2002/2003, In. DCE de MATEMÁTICA, 2008, p.31)
Mesmo usando todas as dinâmicas apresentada no projeto e aplicadas, foi
impossível fazer com que todos os alunos (35 ao todo) aprendessem e
compreendessem o mecanismo da tabuada, porém pode-se perceber que a
motivação para aprender a tabuada esteve presente em todo o processo, pois se
conseguiu apresentar o quanto ela é importante no dia-a-dia de cada um dos alunos.
Mesmo com as dificuldades que foram apresentadas os alunos caminharam e
puderam perceber que ao adentrar no processo de aprendizagem da Tabuada, que
muitas vezes é um processo estressante, divertir-se e o projeto aplicado pode
comprovar que o Jogo, através do uso de material concreto, como metodologia de
ensino atingiu seu objetivo, pois ocorreu uma inversão do resultado do início do
processo.
O lúdico, isto é o uso do jogo com materiais concretos, foi uma metodologia
que funcionou, pois os alunos estavam tendo contato com a Tabuada sem o
estresse do saber memorizado, como sempre foi cobrado deles, o que ajudou muito
o processo buscado, estudado e aplicado.
Comprovou também que a Matemática pode e deve ser prazerosa e andar
pelo caminho da compreensão para depois seguir o da memorização. No decorrer
dessa aplicação concluiu também que o processo só deu resultado porque se pode
comprovar juntamente com os alunos envolvidos do 6ª ano, que a memorização é
necessária no que diz respeito à Tabuada, pois não há materiais concretos
disponíveis no decorrer do processo que cada aluno vai enfrentar em sua vida,
sendo então a memorização estratégia e prática necessária na conclusão da
aprendizagem da Tabuada.
Saber a Tabuada é um dos requisitos básicos para o sucesso na vida,
ninguém o enganará nem o deixará a margem dos negócios, a vida cobra a
memorização diariamente na realização das transações comerciais e ele tem que
estar preparado para isso.
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