View
262
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE MANAUS
CREDENCIADO PELO DECRETO DE 26/03/2001- D.O.U. DE 27/03/200 ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL LUTERANA DO BRASIL - AELBRA
Curso: Engenharia Aluno (a):
Disciplina: Instalações Elétricas em Alta Tensão Turma: 0042-A Professor: Pierre Vilar Dantas Turno: 2N Semestre: 2018/01 Data: 31/04/2018
De acordo com (Freire, 2017), responda às seguintes perguntas:
1) Explique o princípio de funcionamento dos medidores do tipo “loop de terra”.
2) Os medidores de “loop de terra” estão sujeitos a interferências eletromagnéticas das instalações elétricas,
geralmente representadas por tensões espúrias. Quais as técnicas usadas por estes equipamentos para atenuar
estes efeitos?
3) A aplicação destes equipamentos requer algumas premissas. Cite três, de acordo com o texto.
4) O que são loops metálicos e quais os valores considerados “baixos” para medição de resistências elétricas deste
tipo?
5) Estes medidores podem ser utilizados para detectar cabos elétricos seccionados, abertos ou isolados. Como é
exibida esta informação no medidor?
De acordo com (Sotille, 2017), responda às seguintes perguntas:
6) A avaliação de malhas de aterramento de subestações requer procedimentos e cuidados específicos. Cite como
comumente é feito este processo.
7) Cite pelo menos uma vantagem do método de “injeção de alta frequência” para avaliação de malhas de
aterramento de subestações.
8) Explique o princípio de funcionamento do método de “injeção de alta frequência”.
9) Cite algumas características técnicas dos instrumentos usados neste tipo de avaliação.
Bibliografia Freire, E. d. (11 de 2017). Medidores de "loop de terra". O Setor Elétrico, pp. 30-32.
Sotille, C. A. (10 de 2017). Medições em Instalações Energizadas - Método da Injeção de Alta Frequência. O Setor Elétrico, pp. 22-27.
- Apoio
30
o ü :....
+-' ,a, Q)
o +-' e Q)
E ro :.... :.... Q)
+-' <(
~ CLAMPER® OiStribuidora1de Materiais Elétricos
Por Paulo Edmundo da Fonseca Freire*
Capítulo XI
Medidores de "loop de terra"
No capítulo anterior, apresentamos
detalhes sobre avaliação de malhas e
medições em instalações energizadas
utilizando o método da injeção de alta
frequência. No presente artigo abordaremos
medições utilizando alicates terrômetros,
ou melhor dizendo, medidores de "loop de
terra".
É fundamental conhecer os detalhes
da utilização deste método de medição
para obter resultados confiáveis e corretos.
Cabe destacar que este tipo de equipamento
não mede resistências de aterramento, mas
sim a impedância de um loop. Se este loop
contiver uma resistência de aterramento,
então teremos uma leitura do seu valor. É
importante, portanto, reconhecer o loop
que está sendo medido.
MEDIDORES DE "LOOP DE TERRA"
Princípio de funcioname nto
O princípio de funcionamento deste
medidor consiste em um gerador CA que
aplica uma tensão em uma bobina com N
espiras, cujo núcleo ferromagnético envolve
um circuito fechado, que vem a ser a única
espira do secundário de um transformador
com relação N:l. A tensão aplicada na
bobina produzirá no circuito fechado uma
força eletromotriz (f.e.m) conhecida. O
uso de uma outra bobina com M espiras
permite a medição da corrente que circula
neste circuito secundário de uma única
espira (Figura 1).
A soma das resistências Rx + Rc pode
ser obtida pela relação entre a tensão
gerada e a corrente circulante. Quando
Rc representar um conjunto de eletrodos
em paralelo ( condição característica
de sistemas multiaterrados), pode -se
considerar que Rx » Rc. Nesta condição
tem-se que o instrumento indicará um
valor conservativo (um pouco mais alto)
para a resistência de aterramento Rx a ser
medida.
FI
A Figura 2 representa um sistema
multiaterrado, estando o circuito elétrico
correspondente ilustrado na Figura 3. Este
sistema pode ser o cabo terra de uma linha
de baixa tensão, o cabo mensageiro de uma
linha telefônica ou os cabos para-raios de
uma linha de transmissão. Neste circuito,
o conjunto de eletrodos Rl, R2, .... Rn
substitui Rc da Figura 1. Quando se aplica
uma tensão E no eletrodo Rx através de um
transformador especial sobre o solenóide,
circula uma corrente I através do circuito
secundário. A Tabela 1 apresenta a equação
deste circuito, assim como a condição a ser
atendida de modo que se possa admitir Rx
= E/I.
Figura 1 - Princípio de funcionamento do medidor de "loop de terra".
Apoio 31
! _ _ !_
R R
Figura 2 - Sistema formado por cabo terra mult iaterrado.
-=
-0 <' ~ <' ~), <'
<' •• • 1 <'
R. R:1 R;., R:.. • R..
Figura 3 - Circuito elét rico correspo ndente do sistem a ilustrado na Fig ura 2.
Equações que estabelecem as relações de tensão e corrente na medição com o medidor
de "loop de terra":
E ""'R +- 1-/ X n 1
6Rk Aplicação do medidor
As normas ABNT NBR 15749/2009 -
Medição de resistência de aterramento e de
potenciais na superfície do solo em sistemas
de aterramento e a revisão de 2011 do USA
National Electrical Code, Section 250,
regulamentam o uso deste tipo de medidor .
A maioria dos medidores deste tipo se
apresenta como um alicate cuja pinça tem
dois núcleos partidos dimensionados para
envolver o rabicho de aterramento (Figura
4). Um dos núcleos gera a fe.m que, por
sua vez, produz a corrente que circula no
circuito, e o outro é um transformador
de medida de corrente. Para atenuar as
interferências provocadas pela presença
de tensões espúrias, os alicates geralmente
trabalham com frequências de medição
diferentes da frequência industrial
(tipicamente entre 1,5 kHz e 2,5 kHz) e tem
filtros adequados.
1 >> --
n 1
~N
A aplicação deste equipamento
exige que sejam cumpridas as seguintes
premissas:
- Para a medição de resistência de
aterramento é necessária a disponibilidade
de circuito fechado (laço ou loop) incluindo
a resistência do aterramento que se deseja
medir, sendo que a resistência do circuito
que fecha o laço deve ser muito menor que
a resistência do aterramento sob medição;
- A distância entre o aterramento sob
medição e o mais próximo dos aterramentos
que fecham o laço deve ser suficientemente
grande para que as respectivas zonas de
influência não apresentem sobreposição;
- A resistência do aterramento sob medição
deve ser percorrida pela totalidade da
corrente injetada.
Este tipo de equipamento, além de
-32
o ü :....
+-' ,a, Q)
o +-' e Q)
E ro :.... :.... Q)
+-' <(
Apoio
~ CLAMPER®
funcionar como alicate amperímetro ("true
RMS"), usualmente serve também para a
medição de correntes de fuga em rabichos
de aterramento, permitindo os seguintes
tipos de medições:
- Resistências de aterramento em sistemas
multiaterrados, tais como redes telefônicas
(blindagem dos cabos e mensageiro), redes
de distribuição (blindagem dos cabos e fio
neutro), para-raios de linhas de transmissão
etc.;
- Testes de continuidade em instalações
com elementos multiaterrados, tais como
redes captoras de descargas atmosféricas
com muitas descidas e estruturas metálicas
longas ("pipe/cable racks", esteiras
transportadoras) ou em quadros de
distribuição e em circuitos elétricos em
geral.
O equipamento mede a resistência
total do loop, que inclui a resistência
do aterramento que desejamos medir
(Rx) ligada em série com a resistência
equivalente de todo os demais aterramentos
interligados, conforme ilustrado na Figura
5. Considera-se que Rx » Reqv e que
este último pode ser estimado quase nulo.
Aproxima-se, portanto, a resistência a ser
medida por toda a resistência do "loop de
terra", valor este que é adequado para efeito
de avaliação e como teste de continuidade
do sistema.
Caso o loop seja metálico, ou seja, não
envolva a circulação de corrente pela terra,
e sim apenas por condutores ou estruturas
metálicas, a medição presta-se para a
avaliação de continuidade elétrica dos
condutores e das conexões.
Os valores medidos em "loops"
metálicos devem ser sempre baixos (R
< 1 !1), podendo chegar a poucos Ohms
quando envolvem grandes espiras ( da
ordem de dezenas de metros). Resistências
da ordem de dezenas ou centenas de Ohms
denotam conexões deficientes. Resistências
superiores a 1 k!1 indicam provável
seccionamento do cabo ou conexão aberta/
isolada.
Em um quadro de distribuição
pode ser testada a continuidade dos
diversos condutores de interligação com
aterramentos que convergem para a barra
de terra, tais como neutro do alimentador
geral, rabicho do aterramento local e
outros condutores de ligação equipotencial
(aterramentos de para-raios, estruturas
metálicas, tubulações, DG de telefonia etc.).
Os fios terra de circuitos de alimentação
de equipamentos eletrônicos, ao contrário
dos condutores multiaterrados devem
apresentar circuito aberto quando medidos
com o "GroundTester". Este resultado é
justificado pelo fato de que estes condutores
devem ser radiais, com um único ponto de
interligação com a malha, de modo a não
formarem "loops de terra" que possam
dar origem à circulação de correntes por
indução ou em condições transitórias
(tipicamente quando da queda de raios).
Esta observação não vale para ambientes
providos e "malhas de referência de sinal"
A• .. .i11
V 1
(CPDs e Datacenters), onde os condutores
terra dos circuitos de alimentação dos
equipamentos nos racks são aterrados na
malha de referência de sinal em ambas as
extremidades (no quadro de distribuição e
no rack).
Figura 4 - Medidor de "loop de te rra" tipo alicate (GroundTester) .
Rn
I R:,; + 1 ,, considerando q
11.1e
"\' " J?:i;.,_.,,----
L, , .1 u;
Figura 5 - Medi ção de resistência de aterramento em sistema multiaterrado.
*Paulo Edmundo da Fonseca Freire é engenheiro eletnc1sta, mestre em Sistemas de
Potência e doutorando em Geolog1a/Geofís1ca pela Umcamp É membro do C1gré e do
Comitê de Aterramento do Cobei/ABNT Atualmente, é diretor da Paiol Engenhana 1
paulofre1re@pa1olengenhanacom.br
CONTINUA NA PRÓXIMA EDIÇÃO
Acompanhe todos os artigos deste fasc1culo em www osetoreletnco com br
Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para
redacao@at1tudeed1tonal com br
- Apoio
22
o ü :....
+-' ,a, Q)
o +-' e Q)
E ro :.... :.... Q)
+-' <(
~ CLAMPER® OiStribuidora1de Materiais Elétricos
Por Carlos Alberto Sotille •
Capítulo X
Medições em instalações energizadas -Método da injeção de alta frequência
O envelhecimento das malhas de terra
de subestações, aliado ao grau cada vez
maior de contato com pessoas qualificadas
ou não para essa interação, impõe uma
necessidade premente de avaliá-las
periodicamente.
As concessionárias brasileiras
efetuam tal avaliação com o sistema
linha de distribuição/transmissão
desenergizado (muitas das vezes
somente no comissionamento da malha
original). Esporadicamente, uma ou outra
empresa buscou desenvolver técnicas de
medições com as instalações energizadas,
deparando-se, porém, com obstáculos
que comprometiam a qualidade dos
resultados de ensaios, como interferências
eletromagnéticas nos instrumentos
utilizados e, consequentemente, nas leituras
realizadas, exposição a riscos (segurança
pessoal e aparelhos utilizados), bem como
os longos tempos de execução dos ensaios.
A busca pela adequação dos processos
às restrições de desligamentos do sistema de
transmissão e distribuição recebe, a cada dia,
mais e mais aliados, por razões de interesse
das áreas técnica e comercial, passando
sempre pelas questões regulatórias da Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Neste artigo apresenta-se uma
proposta de metodologia que propicia
uma rápida avaliação da malha, sem
prejudicar a qualidade do fornecimento
e de forma segura. Na sua elaboração,
procurou-se mesclar os procedimentos
atualmente utilizados na medição de
malhas de subestações desenergizadas
com experimentos feitos em instalações
energizadas por concessionárias e
pesquisadores do país e de fora, acreditando
assim, ter dado um passo, sabe-se discutível
e ainda pequeno, mas para a frente, em um
tema que se mostra de interesse para o setor
elétrico e para a comunidade em geral.
INTRODUÇÃO
Os procedimentos aplicáveis às
avaliações em malhas de subestações no
Brasil foram objeto das partes 1 e 2 do
capítulo VII, em que se deu ênfase ao
método da queda de potencial e instalações
desenergizadas, não se fazendo referência,
assim como na norma ABNT NBR
15749, aos procedimentos para a situação
de instalações energizadas, deixando
evidente a necessidade de se desenvolver
metodologia para essa situação. A norma
faz clara menção de que os cabos para
raios de todas as linhas de transmissão
que chegam à instalação devam ser
desconectados do sistema de aterramento
sob ensaio, bem como as blindagens
dos cabos isolados, neutros de linhas de
distribuição e contrapesos contínuos de
linhas de transmissão. Argumenta ainda,
que o efeito do acoplamento entre os cabos
de interligação dos circuitos de corrente e
potencial torna-se um fator importante nas
medições de resistência de aterramento
com valores muito baixos, particularmente
envolvendo sistemas de aterramento
de grande porte, que exigem grandes
comprimentos de cabos de interligação.
MÉTODO DE INJEÇÃO DE ALTA
FREQUÊNCIA
Um equipamento deste tipo deve
permitir a determinação da resistência
de aterramento do sistema constituído
de todos os sistemas de aterramentos
interconectados .
A configuração para esta medição
é similar à medição de resistência de
aterramento de um sistema qualquer, com a
particularidade de que os pontos de fixação
dos eletrodos de potencial serão nas regiões
limítrofes da malha.
É importante registrar que não será
necessário especificar a quantidade e
o tipo dos aterramentos dos sistemas
interconectados, visto que, para a medição
da resistência da malha, a alta frequência
injetada deve garantir o desacoplamento
das demais instalações.
Apoio
DA MEDIÇÃO EM ALTA FREQUÊNCIA
O instrumen to deve operar em uma
frequência tal que a impedância indutiva
do(s) cabo(s) para-raios de uma ou
mais linhas de transmissão acopladas à
subestação, em um vão de comprimento
normal, seja razoavelmente alta, a ponto
de se reduzir o efeito dos aterramentos
adjacentes ao que se está medindo.
A utilização de uma frequência alta
nas medições deve permitir que se teste o
aterramen to numa condição mais próxima
daquela em que este será chamado para
dissipar um surto tipo de chaveamento ou
mesmo de descarga atmosférica.
- Comp ensação da componente reativa
O instrumento deve possuir um módulo
que permite a introdução de capacitâncias
com a finalidade de efetuar a compensação
dos reativos presentes na medição.
Para uma subestação da qual partem/
chegam linhas de transmissão com seus
cabos para-raios ligados à malha de terra,
estima-se que um instrumento com tal
frequência deve medir somente a resistência
da malha de terra em estudo.
Impedâncias envolvidas entre cabo PR
e retorno pelo solo (exemplo para uma alta
frequência de 25 kHz)
Para se ter uma ideia da ordem de
grandeza das impedâncias envolvidas nos
23
circuitos das linhas de transmissão (mútua
entre cabo para-raios e fases e própria da
malha formada pelo cabo para-raios e
retorno pelo solo), utiliza-se a formulação
de Carson para as frequências de 60 Hz e a
que está em análise.
Observa-se que, para a frequência de
25 kHz, a impedância mútua entre cabo
para-raios e fases aumenta cerca de 200
vezes enquanto que a impedância própria
da malha formada pelo cabo para-raios e
retorno pelo solo aumenta cerca de 100
vezes, passando o ângulo para próximo de
90°.
Dessa forma, os parâmetros (resistência
+ reatância) dos cabos para-raios tendem a
infinito, ou seja, passam a ser excluídos da
medição em alta frequência.
Assim sendo, a corrente de alta
frequência tenderá a circular na sua
totalidade pelo circuito formado agora
pela malha de terra e o eletrodo auxiliar
de corrente, elevando os potenciais de
superfície junto a ele. Em consequência, ao
se deslocar o eletrodo auxiliar de potencial
em uma região livre das influências, tanto
da malha de aterramento sob ensaio quanto
do eletrodo auxiliar de corrente (patamar
da curva com compensação obtido na
região B), aparecerá o valor procurado para
a resistência da malha.
A Figura 1 mostra a tendência das
curvas com e sem compensação de reativos.
·• . C COIWJ)tflf~lo
l\m -
~=,.._..,__..m-•_• _11_• _• ,_•_M'4 _ _ ~_-_Med_-_--t-:=1/
~
- ..
Figura 1 - Tendência das curvas "s em e com" compen safã o de reat ivos.
- Apoio
24
o ü :....
+-' ,a, Q)
o +-' e Q)
E ro :.... :.... Q)
+-' <(
~ CLAMPER®
l'I 111
lh
.. ,.
R •l[p
Figura 2 - Esquema simplificado da medi fão com alta frequência .
ELEMENTOS ENVOLVIDOS NA
MEDIÇÃO DE ATERRAMENTO
aterramento do eletrodo de corrente;
• LEp representa a parte indutiva da
impedância do eletrodo de potencial;
No esquema da Figura 2 • REr representa a parte resistiva da
encontram-se, de forma simplificada, os impedância do eletrodo de potencia l;
parâmetros que compõem a medição alta • Rat Ep representa a resistência de
frequência. aterramento do eletrodo de potencia l;
Neste esquema é possíve l identificar • C1, C2, C3 representam o banco de
os parâmetros envolvidos na medição, capaci tores utilizado para compe nsar a
sendo que: parte reativa do circuito .
• L1 . .. L
11 representam a parte indutiva da
impedância do circuito formada pelas
torres ( cabos para-raios das lin has de
transmissão);
• R1 ... Rn representam uma parte da
resistência do circuito ( cabos para-raios
das linhas de transmissão);
• R,11 ... R,,n representam as resistências
dos aterramentos de cada torre das
linhas de transmissão;
• Lm representa a parte indutiva da
impedância da malha de aterramento
sob ensaio;
• Rm representa a parte resistiva da
impedância da malha de aterramento
sob ensaio;
METODOLOGIA
Met odologia convencional reduzida
Essa metodologia se aplica a
sistemas de aterramento na condição
de energizados, em locais com poucas
e peq uenas áreas disponíveis para
colocação dos eletrodos de retorno de
corrente e de potencial, tais como áreas
em regiões semi-urbanas ou rurais.
Nessa metodologia de medição, é
utilizad o o métod o convencional da
queda de tensão aplicado, porém, a
eletrodos de corrente posicionados
"relativamente próximos " do sistema de
aterramento em teste.
Nessas medições, com frequências
de algumas dezenas de kHz, o
posicioname nto do eletrodo de corrente
se dará a distâncias máximas de 1,25
vez a maior dimensão do sistema de
aterramento .
O levantamento da curva de
resistência de aterramento em função
da distância do eletrodo de potencial
se processará tal como definido no
levantamento com as instalações
desenerg izadas .
Meto dologia DDPp rox (diferenças
de p ote ncia l em p ontos pr óximos ao
sistema de aterramento)
Essa metodologia se aplica a sistemas
energizados e localizados principa lmente
em áreas de nenhuma disponibilidade
(densamente edificadas) para colocação
dos eletrodos de corrente e potencial, a
....
• LE, representa a parte indutiva da
impedância do eletrodo de corrente;
• RE, representa a parte resistiva da
impedância do eletrodo de corrente;
• R ,1 Ec representa a resistência de Figura 3 - Metodologia DDPprox aplicadas a malhas de aterramento com configura fão conhecida.
- Apoio
26
o ü :....
+-' ,a, Q)
o +-' e Q)
E ro :.... :.... Q)
+-' <(
~ CLAMPER®
não ser aquela imediatamente adjacente
à do sistema em teste.
Nessa metodologia não se utiliza
o conceito de queda de potencial
em relação a um ponto remoto, o
que pode inviabilizar as medições
notadamente de sistemas de aterramento
de médias e grandes dimensões feitas
convencionalmente. São realizadas em
espaços bem pequenos as medições de
diferença de potencial em pontos pré
determinados do sistema de aterramento,
dependendo do grau de conhecimento
que se tenha de sua configuração,
relativamente ao ponto de injeção de
corrente.
Metodologia DDPprox aplicada
a malhas de aterramento com
configuração conhecida
Definidas as coordenadas limítrofes
da configuração, posiciona-se o eletrodo
de corrente em função da maior dimensão
da malha, os eletrodos de potencial devem
ser posicionados em pontos como centro
de maior e menor quadrícula, próximos
da periferia e, a partir desta, de metro em
metro, até em torno de 1/10 da distância
do eletrodo de corrente.
Metodologia DDPprox aplicada
a malhas de aterramento com
configuração desconhecida
Não dispondo de informações do
sistema de aterramento (dimensões reais,
tamanhos de quadrículas, profundidade
de condutores, etc.), estimam-se as
coordenadas de um provável condutor
periférico previsto a partir da presença de
algum elemento (final de camada de brita,
alambrado divisório de área energizada,
etc.) e efetua-se o posicionamento do
eletrodo de corrente; os eletrodos de
potencial devem ser posicionados ( em
número e espaçamentos diferentes e
aleatórios função das características da
planta do local), independentemente de
se conhecer a posição relativa do sistema
de aterramento, até uma distância em
torno de 1/10 do eletrodo de corrente
para cada direção escolhida.
frequência e possua filtros, altamente
seletivos, dimensionados para eliminar
o efeito das correntes parasitas de
freqüência industrial presentes no solo;
O instrumento deve possuir um
módulo de aquisição e armazenamento
dos dados coletados dos eletrodos de
corrente e potencial.
O instrumento deve possuir um
módulo de controle dos dados, no qual
se efetue a correção de erros e redução
de ruídos, bem como a proteção contra
sobretensões.
Imunidade
O instrumento deve apresentar
imunidade eletrostática segundo a
IEC 61000-4-2, imunidade a radiação
eletromagnética segundo a IEC 61000-
4-3, EMC segundo a IEC 61326-1 e
proteção ambiental IP 54.
COMPETÊNCIAS DO INSTRUMENTO Medição de tensões de passo e toque
O instrumento deve permitir a
O instrumento deve possuir obtenção dos potenciais de passo e
um módulo gerador de sinal de alta toque em V/ A de corrente injetada
frequência (algumas dezenas de kHz), para posterior extrapolação ao valor de
com sinais de corrente da ordem de corrente de malha.
algumas dezenas de mA, controlado
por um cristal que dê estabilidade à Determinação da continuidade elétrica
entre elementos vinculados à malha da
,lkl do olo
1111
subestação
O instrumento deve permitir a
medição da impedância entre dois
pontos do sistema que engloba a
malha de aterramento na condição de
sistema energizado. Como detector
de continuidade, o instrumento
deve permitir a determinação das
resistências vistas por esses dois
pontos, concluindo-se, então, pela sua
continuidade.
DA CORRENTE DE MEDIÇÃO
Figura 4 - Met odolog ia DDPprox aplicada a malhas de ate rramento com configurafã o
desc onhecida.
A corrente de medição é função da
resistência de aterramento do eletrodo
~ Apoio CLAMPER®
Resistência da malha terra Método conivenciona.l reduzido
9
8 7
-I
/ - ----6
E -~ -.e
4 o 3
,_,... _/
2 _.,,-
✓
o li '1 2 J 4 5 6 7 8 9 10 - comcorreção 25
Ep(n,,) - Cllt:ilàlo
Figura 5 - Curva para o método convenc ional reduzido .
14,00
12,00
10,00
E 8,00 .e o 6,00
4,00 -+- com,pensado
2,00 · ---- não c:o1111ensado - Calculado
0.00
o 50 100 150 200
EP (m)
Figura 6 - Curvas para a metodologia DDPprox.
de corrente; eletrodos com poucas hastes AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE
em para lelo ou em solos de resistividades ATERRAMENTO
altas podem propiciar correntes baixas
de medição, incompatíveis com as
correntes indicadas pelos fabricantes
dos instrumentos, quando se definem
as precisões dos mesmos. Como regra
prática, a resistência de aterramento do
eletrodo de corrente usualmente deve ser
inferior a 500 n, devendo a relação entre
a resistência de aterramento do eletrodo
de corrente e a resistência do sistema
de aterramento sob ensaio não exceder
Metodologia convenciona l reduzida
Deve-se efetuar o levantamento dos
valores de resistência com compensação
capacitiva pelo deslocamento do eletrodo
de potencia l a partir da periferia da
malha em direção ao eletrodo de corrente
posicionado para distâncias da ordem de
1,25 vez a maior dimensão da malha .
A resistência de aterramento
1000:1, sendo preferíveis relações abaixo procurada será dada pelo patamar da
de 100: 1. curva com compensação obtida.
METODOLOGIA DDPPROX
Para avaliação da resistência de
aterramento utilizando-se a metodologia
DDPprox, as malhas deverão estar
conectadas a outros sistemas de
aterramento, via, por exemplo, cabo(s)
para-raios de linhas de transmissão.
Nessa condição:
• o valor mínimo da curva sem
compensação (obtido nas proximidades
da periferia da malha) tende ao valor da
resistência da malha;
• o valor mínimo da curva com
compensação (obtido nas proximidades
da periferia da malha) tende ao valor da
impedância do sistema .
Pela metodologia DDPprox, basta
então medir-se o valor da diferença de
potencia l entre malha e um ponto a
m de sua periferia, referenciando-se à
corrente de medição, para obter-se:
- A resistência específica da malha de
terra (valor sem compensação);
- A impedância do sistema (valor com
compensação) .
*Carlos Alberto Sotille é engenheiro
eletricista , mestre em Ciências pela Coppel
UFRJ e pesquisador. Atualmente, é diretor
técnico da Sola Consultoria e Projetos
Ltda. e membro da CE-03:102- Comissão
de estudos "Segurança em aterramento
elétrico de subestações C.A. ", do Cobei.
CONTINUA NA PRÓXIMA EDIÇÃO
Acompanhe todos os artigos deste fascículo
em www.osetoreletrico.com.br
Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para
redacao@atitudeeditorial.com.br
-27
Recommended