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Luiz Itano, André Simon, Michel Ferreira, Fernanda Gomes - Orientador Drº Sidney Jardluiz.hs.itano@gmail.com, andre_simon1994@hotmail.com, michelf.ferreira@hotmail.com, neuhold1@yahoo.com.br -
sidney.jard@ufabc.edu.br
INTRODUÇÃO
Em 30/08/2012 foi publicada no Diário da União, a lei Nº12.711, de 29 de agosto de 2012, que dispõe sobre o ingresso nas universidades federais de ensino vinculadas ao Ministério da Educação (MEC). Esta lei faz parte de um programa de políticas afirmativas e estabelece que 50% das vagas de todos os cursos oferecidos, por estas instituições, sejam reservadas para estudantes que cursaram integralmente o ensino médio em escolas públicas. As universidades e institutos federais terão até o início do segundo semestre de 2016 para efetuar a implantação progressiva do percentual reservado.
METODOLOGIA
A partir de dados coletados sobre a situação em que se encontram os grupos cotistas durante a graduação, de experiências de universidades que adotaram o sistema e da opinião de acadêmicos, procuraremos analisar a situação e capacitação dos ex-alunos cotistas após concluírem o ensino superior, rumo ao primeiro emprego em sua área de formação.
FIGURA 2: Trancamento de matrículas por tipo de aluno na UFABC
Fonte: “PESQUISA PERFIL E OPINIÃO DISCENTE” - CDI/PROPLADI
NA UNIVERSIDADE
Estudos realizados pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e pela Universidade de Campinas (Unicamp) mostraram que o desempenho médio dos alunos que entraram na faculdade graças ao sistema de cotas é superior ao resultado alcançado pelos demais estudantes.
Pesquisas realizadas em outras instituições
como Uneb, Unb, UFBA e a UFABC seguem para praticamente o mesmo resultado.
O MERCADO DE TRABALHO
Podemos considerar que não houve mudanças acentuadas nos períodos analisados, sendo que o cotista racial aparece em 2011, assim como no ano de 2010, com o mais baixo coeficiente de rendimento dos grupos analisados. Porém, ao compararmos alunos cotistas e não cotistas com uma maior progressão no curso, as disparidades dos coeficientes de rendimento praticamente desaparecem.
FIGURA 1: Média (por grupos) dos CRs dos alunos de graduação da UFABC (2010-2011)
Fonte: “PESQUISA PERFIL E OPINIÃO DISCENTE” - CDI/PROPLADI
FIGURA 3: Gráficos comparativos da empregabilidade (1) e da renda média (2) da população brasileira.
Fonte: Relatório "Education at a Glance 2012“ da OCDE
Porém os cotistas são minoria entre estudantes que concluem graduação, o número de alunos oriundos de escolas públicas que concluíram o Ensino Superior até 2012 é 34% menor do que o de jovens que cursaram o Ensino Médio na rede privada. Segundo o professor do curso de Políticas Públicas da UFABC, Sidney Jard, os cotistas levam mais tempo para concluir a graduação porque além de enfrentarem mais dificuldades, muitos precisam trabalhar, e assim diminuir o número de matérias cursadas por quadrimestre.
O diploma universitário é visto por muitos como um trampolim para uma vida financeira mais estável.
A entrada do ex-aluno cotista no mercado de trabalho criou uma nova dúvida, sua capacitação.
Nosso estudo revela que não há disparidades relevantes entre o desempenho acadêmico dos cotistas em relação aos não cotistas, desmentindo as ideias preconceituosas de que as cotas diminuem o nível acadêmico das universidades, e de que os ex-alunos cotistas são menos capacitados diante do mercado de trabalho. Ainda existe preconceito no mercado de trabalho, porém a melhor forma decombate-lo, é dando a oportunidade para aqueles que estão sujeitos a ele, de mostrarem o contrário.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS• PESQUISA CENSO E OPINIÃO DISCENTE
UFABC (2009 / 2010 / 2011). Disponível em: http://propladi.ufabc.edu.br/images/perfil_aluno/relatorio_final_perfil_do_aluno_2009_2010_2011.pdf
• Education at a Glance 2012 Indicadores da OECD. Disponível em: http://www.oecd.org/edu/EAG2012%20-%20Country%20note%20-%20Brazil.pdf
• Demais referências disponíveis em: http://ctscotas.wordpress.com/
COTISTASCAPACITAÇÃO E MERCADO DE TRABALHO
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